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PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS EM SAÚDE MENTAL E COLETIVA DISCIPLINA: PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS EM SAÚDE MENTAL E COLETIVA ATIVIDADE: ANÁLISE CRÍTICA DO FILME “NISE: O CORAÇÃO DA LOUCURA E O DOCUMENTÁRIO “HOLOCAUSTO BRASILEIRO” Os presentes filme “Nise: O coração da loucura” e o documentário “Holocausto Brasileiro” retratam, de forma reflexiva, como as doenças mentais eram abordadas no Brasil antes da reforma psiquiátrica e tem como objetivo expor, baseado em fatos reais, os traumas vividos por esses pacientes e a mudança que houve na vida dos mesmos após um olhar humanizado que a reforma trouxe. Através do filme e documentário é possível compreender que as pessoas que incomodavam a padronização da sociedade, os mendigos, as pessoas que surtavam devido a algum tipo de trauma vivido, as pessoas que não viviam de acordo com o que a família queria, entre tantos outros, eram levados para os hospícios e esquecidos. Independente de gênero, idade, escolaridade, classe social, se havia doença de fato ou não, ou estado civil. Pode-se notar ao assistir o filme que, os pacientes muitas vezes passavam dias sem o mínimo de higiene, agiam de maneira agressiva o tempo inteiro, eram usados para fazer a limpeza do hospital, isso quando não estavam drogados, quando não eram levados a lobotomia, ao tratamento de choque em que a voltagem era definida pelo médico de acordo com o que ele queria e não por um embasamento científico, muitas vezes os pacientes convulsionavam e até mesmo morriam. Eram tratados como objetos e muitos deles não possuíam doenças, eram apenas rejeitados pela sociedade, mas adquiriam devido ao tempo que permaneciam e tratamento que recebiam no local. Assim como no documentário, em que os pacientes eram tratados de forma agressiva com o guarda do “hospício” apontando a arma para a cabeça dos pacientes e até mesmo de funcionários como forma de ameaça, em que era decidido pelo mesmo e ensinado à equipe de Enfermagem que era para administrar duas medicações aos pacientes caso apresentassem agitação ou estivessem incomodando. O comprimido rosa e o azul, e se os mesmos não aceitassem, a arma era apontada mais uma vez. Muitos morriam de fome, a equipe de Enfermagem era composta por “qualquer” pessoa, geralmente indicadas por políticos, que nunca tiveram nenhum estudo ou base para exercer tal profissão. Observa-se que após a reforma psiquiátrica, tanto no filme como no documentário, criou-se uma visão holística, o paciente começou a ser olhado como um todo. No filme, Nise intervém com a terapia ocupacional, que na época era menosprezada pelos outros psiquiatras, superando as expectativas e mostrando à sociedade que aqueles pacientes eram muito mais do que doenças, eram humanos. Era preciso parar e procurar entender o que causou aquela doença no paciente, para assim, buscar o tratamento certo para a melhora ou até mesmo a cura. Tal como no documentário, em que os funcionários começaram a tratar os pacientes de modo humanizado, ensinando-os hábitos para conviver dentro da sociedade, assim fazendo a inclusão social.
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