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Fisiologia - medresumo

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Arlindo Ugulino Netto – FISIOLOGIA – MEDICINA P2 – 2008.1
1
FAMENE 
NETTO, Arlindo Ugulino.
FISIOLOGIA II
FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA
(Professora Mônica e Socorro Gadelha)
O sistema respirat€rio  respons‚vel por fornecer oxigƒnio (O2) aos tecidos para realiza„…o de rea„†es 
importantes ao metabolismo do corpo, alm de remover e eliminar o di€xido de carbono (CO2), produto deste 
metabolismo.
As fun„†es do sistema respirat€rio podem se resumir a trƒs: ventilação (respira„…o); trocas gasosas entre os 
alvolos e os capilares (respira„…o externa) ou entre os capilares sistƒmicos e as clulas teciduais do corpo (respira„…o 
interna); e a utilização do oxigênio na respira„…o celular. Para o desempenho destas fun„†es, a respira„…o pode ser 
dividida em quatro grandes eventos: 
 Ventilação pulmonar, que se refere ‡ troca de ar entre a atmosfera e os alvolos pulmonares;
 Difusão do oxigênio e do CO2 entre os alvolos e o sangue.
 Transporte de oxigênio e de CO2 no sangue e nos lˆquidos corporais, para as clulas (oxigƒnio) e a partir delas 
(di€xido de carbono).
 Regulação da ventilação e de outros aspectos da respira„…o.
O sistema respirat€rio interage tambm com outras “fun„†es n…o-respirat€rias”, porm importantes para a 
homeostasia: vocaliza„…o, degluti„…o, regula„…o trmica, v‹mito, mic„…o e defeca„…o e parto (manobra de Valsalva), 
sono e emo„†es.
ANATOMIA DAS VIAS RESPIRATRIAS
As vias de condução do sistema respiratório est…o representadas pelo 
nariz (cavidade nasal), boca, faringe, laringe, traquia, br‹nquios principais, br‹nquios 
secund‚rios e terci‚rios. As vias respiratórias, onde o oxigƒnio do ar inspirado j‚ 
pode ser trocado pelo CO2 do ar oriundo da circula„…o sistƒmica, s…o representadas 
pelos bronquˆolos respirat€rios e sacos alveolares (conjunto de alvolos).
Esses €rg…os podem ser divididos tambm em: trato respiratório superior e 
trato respiratório inferior (traquia e pulm†es). Este primeiro deve ser bem 
analisado em certas patologias pulmonares, uma vez que algumas desenvolvem 
sintomas nesse trato areo superior.
Os pulmões s…o dois €rg…os localizados na cavidade tor‚cica que contm os 
br‹nquios terminais e os bronquˆolos do sistema respirat€rio. Œ ele quem contm, ao
nˆvel de seu hilo (via de entrada e saˆda pulmonar), as artrias pulmonares (que 
levam sangue rico em CO2 do cora„…o) e as veias pulmonares (que trazem sangue
oxigenado de volta ao cora„…o).
CAVIDADE NASAL
A cavidade nasal  delimitada anteriormente pelas narinas e posteriormente 
pela nasofaringe, sendo dividia em duas partes por uma parede osteocartilaginosa. 
Em seu interior existem dobras chamadas de conchas (cornetos) nasais, 
respons‚veis por aumentar a superfˆcie de contato entre o ar e a mucosa, auxiliando 
na umidifica„…o e aquecimento do ar. No teto das fossas nasais, existem clulas 
sensoriais que comp†em o nervo olfat€rio (I par de nervos cranianos), respons‚vel 
pela olfa„…o.
Ela  revestida internamente pela mucosa nasal, cuja submucosa possui um grande nmero de vasos 
sanguˆneos. O calor do sangue nesses vasos aquece o ar e, assim, as demais vias respirat€rias e os pulm†es recebem 
ar aquecido.
A mucosa  dotada de cˆlios do epitlio respirat€rio e clulas caliciformes que produzem uma substŽncia viscosa, 
levemente amarelada, denominada muco. Alm de lubrificar a mucosa, junto com os pƒlos, retƒm microrganismos e 
partˆculas de poeira do ar, funcionando como um filtro; serve tambm para umedecer o ar.
Logo, a mucosa nasal tem como finalidade:
 Aquecimento e umidificação do ar: com auxˆlio das conchas nasais, que apresentam vasos sanguˆneos cujo 
trajeto do sangue se faz em sentido contr‚rio ao fluxo de ar que entra na via area.
 Limpeza e filtração do ar: devido a reten„…o de partˆculas no muco, que s…o dirigidos para a faringe pelos cˆlios 
do epitlio respirat€rio para serem expectorados ou deglutidos.
Arlindo Ugulino Netto – FISIOLOGIA – MEDICINA P2 – 2008.1
2
FARINGE
A faringe, órgão músculo-tubular comum aos sitemas respiratório e digestório, é reponsável por separar e 
conduzir o ar para traquéia e o alimento para o esôfago.
OBS1: Quando o alimento toca o palato duro da faringe e chega ao terço posterior da cavidade oral, ocorre uma 
sequência de eventos reflexos que promovem o fechamento das pregas vocais, o fechamento da epiglote sobre a glote 
e, consequentimente, a passagem do alimento para o esôfago, evitando que este alcance as vias aéreas.
OBS²: A presença de restos de alimento na epiglote ou na laringofaringe podem desencadear tais reflexos e causar a
oclusão das vias respiratórias, bloqueando a respiração e promovendo risco eminente de morte.
LARINGE
A laringe é um órgão complexo, 
envolvido com a fonação, formado por 9 
cartilagens interconectadas por membranas,
ligamentos e articulações sinoviais. O esqueleto 
cartilaginoso da laringe é formada por 3 
cartilagens ímpares (tireóidea, cricóidea e 
epiglótica) e por 3 cartilagens pares (aritenóidea,
corniculada e cuneiforme). Todas elas revestidas 
de membrana mucosa que são movidas pelos 
músculos da laringe. As dobras da membrana 
mucosa dão origem às pregas vocais; as de 
cima, falsas; as de baixo, verdadeiras.
Em resumo, a laringe é um órgão 
envolvido tanto com a respiração (impedindo a 
entrada de corpos estranhos nas vias 
respiratórias e permitindo a passagem de ar para 
a traquéia) como na fonação (graças à vibração 
das pregas vocais durante a passagem de ar na 
laringe). Portanto, a função das pregas vocais 
verdadeiras consiste na produção de sons 
quando elas estão praticamente fechadas, 
permitindo apenas a passagem de uma 
quantidade moderada de ar .
TRAQUÉIA E BRONQUIOS
São tubos músculo-cartilaginosos responsáveis 
por manter as vias aéreas sempre abertas, graças à
presença dos anéis cargilaginosos e de músculo liso.
Esta estrutura muscular é responsável pela 
broncodilatação ou broncoconstricção, que depende dos 
impulsos simpáticos e parassimpáticos, respectivamente.
Contudo, não há oclusão total neste núvel do trato 
respiratório devido à presença dos anéis de hialina.
Estes órgãos tem a função de conduzir ar para a 
zona respiratória.
A parede bronqueal é recoberta de cílios, que se 
projetam do topo de suas células epiteliais. Têm função de 
eliminar partículas juntamente como o muco, produzindo-o 
para manter a integridade da parede muscosa de toda 
árvore respiratória.
OBS3: O cigarro distrói os cílios, gerando metaplasia do 
epitélio respiratório, ou seja, mudança do epitélio pseudo-
estratificado ciliado para pavimentoso estratificado com 
proliferação células caliciformes.
OBS4: Os brônquios e a traquéia são tão sensíveis ao toque que até mesmo quantidades muito pequenas de matéria 
estranha, ou outra causa de irritação, desencadeia o reflexo da tosse. Os impulsos nervosos estimulados por esta 
irritação passam das vias aéreas até núcleos localizados no bulbo encefálico (núcleo do trato solitário), principalmente 
via fibras aferentes viscerais do nervo vago. No bulbo, uma sequência de envetos é deflagrada por circuitos neuronais
Arlindo Ugulino Netto – FISIOLOGIA – MEDICINA P2 – 2008.1
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do centro respirat€rio, que ativam os nervos frƒnicos, os nervos intercostais e os nervos da laringe. Estes nervos fazem 
com que uma grande quantidade de ar (devido ao aumento da press…o exercida pelo diafragma e pelos msculos
intercostais) seja direcionada de encontro ‡ glote e ‡ epiglote, que se encontram fechadas (gra„as ‡ inerva„…o da 
laringe que, em parte, se faz pelo nervo vago). Este fen‹meno faz com que a glote seja for„ada a abrir de forma sbita e 
grosseira, como uma explos…o, promovendo o som caracterˆstico da tosse e uma for„a press€rica que geralmente  
capaz de expulsar os elementos estranhos que desencadearam o processo. O espirro tem o mesmo mecanismo, a n…o 
ser pelo estˆmulo ocorrerna cavidade nasal e ser caracterizado pelo abaixamento do palato mole e vula, para que o ar 
se direcione pelo nariz, limpando-o.
BRONQUÍOLOS
A medida que v…o se aproximando da por„…o respirat€ria, os bronquios v…o diminuindo a sua luz e a cartilagem 
hialina vai sendo substituˆda por fibras de col‚geno e apenas a musculatura lisa vai predominando. Œ em nˆvel dos 
bronquˆolos que a broncoconstric„…o  mais evidente.
O calibre dos boronquˆolos, no geral,  controlada pela demanda de O2 necess‚ria ao organismo: em casos de 
exercˆcios, h‚ uma broncodilata„…o para chegar mais ar nas zonas respirat€rias, enquanto que, nas situa„†es de 
repouso, os bronquios passam por broncoconstric„…o, para evitar gasto desnecess‚rio de energia (devido a contra„…o 
muscular).
Em crises asm‚ticas, por se tratar de um processo inflamat€rio, h‚ libera„…o de histamina que causa uma 
broncoconstri„…o (broncoespasmo) ao contrair o msculo liso que recobre os bronquilos, gerando grande resistƒncia ‡ 
expira„…o e, consequentemente, dificuldade respirat€ria.
Portanto, a luz dos bronquˆolos  mantida gra„as ‡ contra„…o do msculo liso br‹nquico que, por sua vez,  
mediado pela a„…o de alguns neurotransmissores e citocinas:
 Por estimula„…o simp‚tica, a adrenal secreta noraepinefrina e epinefrina. Ambos os horm‹nios, particularmente 
a apinefrina, em virtude de sua maior estimula„…o por receptores beta, causam dilata„†es nas paredes dos 
bronquˆolos.
 A acetilcolina, liberada por efeito parassimp‚tico vagal, causa broncoconstric„…o.
 A histamina  um fator secretado pelos mast€citos do parenquima do pr€prio pulm…o, causando 
broncoconstric„…o, geralmente por respostas alrgicas.
A asma  uma doen„a inflamat€ria cr‹nica caracterizada 
pela obstru„…o cr‹nica ao fluxo de ar nas vias respirat€rias 
(e n…o na parte mecŽnica da respira„…o, diferentemente da 
miastenia, como veremos mais adiante). Sua fisiopatologia
est‚ relacionada ao edema da mucosa br‹nquica, a 
hiperprodu„…o de muco nas vias areas e a contra„…o da 
musculatura lisa das vias areas, com consequente 
diminui„…o de seu diŽmetro (broncoespasmo) e edema dos 
br‹nquios e bronquˆolos. Isto resulta em v‚rios sintomas, 
como: dispnia, tosse e sibilos (sons agudos resultantes da 
resistƒncia ‡ passagem do fluxo areo), principalmente ‡ 
noite. O estreitamento das vias areas  geralmente 
reversˆvel, porm, em pacientes com asma cr‹nica, a 
inflama„…o pode determinar obstru„…o irreversˆvel ao fluxo 
areo. As caracterˆsticas patol€gicas incluem a presen„a 
de clulas inflamat€rias nas vias areas, exsuda„…o de 
plasma, edema, hipertrofia muscular, rolhas de muco e 
descama„…o do epitlio. O diagn€stico  principalmente 
clˆnico e o tratamento consta de medidas educativas e 
drogas que melhorem o fluxo areo na crise asm‚tica e 
antiinflamat€rios, principalmente a base de cortic€ide.
OBS5: Asma, informa o texto acima, pode ser causada por contra„…o da musculatura lisa dos bronquˆolos, geralmente, 
devido a uma rea„…o alrgica. Esta rea„…o  mediada, principalmente, pela histamina, que  liberada pelos mast€citos, 
ativados por alrgenos da mucosa do trato respirat€rio inferior. Isso leva, em segundos, ‡ constri„…o br‹nquica e 
aumento de secre„…o de muco e lˆquidos, tornando a respira„…o mais dificultosa pelo aprisionamento de ar nos pulm†es.
Logo, ela  uma doen„a alrgica causada por uma resposta imunol€gica retro-alimentada, ou seja: a resposta alrgica 
inicia o seu processo e n…o para, acarretando a libera„…o de citocinas e histamina, respons‚veis por causar 
broncoconstrição (redu„…o do calibre dos br‹nquios, dificultando a saˆda e entrada de ar) e vasodilatação 
(aumentando assim, a permeabilidade dos vasos devido ao aumento de suas fenestra„†es – espa„os entre as clulas 
endoteliais – gerando edema, que piora os sintomas da asma). Esses efeitos associados dificultam a saˆda do ar rico em 
CO2 dos pulm†es, o que diminui, consequentemente, a entrada adequada de ar oxigenado, causando cianose.
Arlindo Ugulino Netto – FISIOLOGIA – MEDICINA P2 – 2008.1
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OBS6: Duas classes de medicamentos tƒm sido utilizadas para tratar a asma: os broncodilatadores (para aumentar a luz 
dos bronquˆolos) e os antiinflamat€rios hormonais (os cortic€ides, que inibem a a„…o imunol€gica das histaminas). As 
“bombinhas” (aparelho usado para perfurar capsulas medicamentosas inalantes) de asm‚ticos, geralmente combinam 
esses dois tipos de medicamentos, adiministrando-os de forma inalat€ria, para que o medicamento aja diretamente no 
ponto desejado – os bronquˆolos.
 Broncodilatadores: s…o medicamentos, como o pr€prio nome diz, que dilatam os br‹nquios (vias areas) 
quando o asm‚tico est‚ com falta de ar, chiado no peito ou crise de tosse. Existem broncodilatadores chamados 
beta2-agonistas - uns apresentam efeito curto e outros efeito prolongado (que dura at 12h). Alm dos beta2-
agonistas, outros broncodilatadores, como teofilinas e anticolinrgicos, podem ser usados.
 Antiinflamatórios (corticóides): os cortic€ides inalat€rios s…o, atualmente, a melhor conduta para combater a 
inflama„…o, sendo utilizados em quase todos os asm‚ticos. S€ n…o s…o usados pelos pacientes com asma leve 
intermitente (que tƒm sintomas espor‚dicos). Os cortic€ides apresentam, como um de seus mecanismos de 
a„…o, a capacidade imunossupressora, o que diminui a resposta imunol€gica da asma. Tais medicamentos s…o 
utilizados com o intuito de prevenir as exacerba„†es da doen„a ou, pelo menos, minimiz‚-las e aumentar o 
tempo livre da doen„a entre uma crise e outra. Os cortic€ides devem ser utilizados de maneira contˆnua (todos 
os dias), j‚ que combatem a inflama„…o cr‹nica da mucosa br‹nquica, que  o substrato para os acontecimentos 
subsequentes. Deve-se fazer uso, principalmente, de anti-histamˆnicos.
OBS7: As prostaglandinas tƒm efeito broncoconstrictor, e devem ser bloqueadas por corticóides em crises asm‚ticas.
ALVÉOLOS
Os alvéolos pulmonares s…o estruturas de pequenas dimens†es, mas bastante numerosas, localizadas no final 
dos bronquˆolos, onde se realiza a hematose pulmonar (trocas gasosas) atravs da difus…o gasosa. O alvolo 
corresponde, portanto, ‡ estrutura morfofuncional do pulm…o.
S…o cavidades diminutas que se encontram formando os pulm†es nas paredes dos vasos menores e dos sacos 
areos. Por fora dos alvolos h‚ redes de capilares sanguˆneos. Suas paredes s…o muito tƒnues e est…o compostas 
unicamente por uma capa de clulas delgadas e planas, pela qual as molculas de oxigƒnio e de di€xido de carbono 
passam com facilidade.
A hematose pulmonar, ou troca gasosa, ocorre durante a respira„…o orgŽnica do ser vivo e  o processo onde o 
oxigƒnio conduzido at os alvolos no pulm…o, passam para a corrente sanguˆnea para ser conduzido pelas hem‚cias e 
futuramente entrar nas clulas e ocasionar a respira„…o celular na presen„a da glicose. Na hematose, tambm ocorre o 
processo de elimina„…o do di€xido de carbono produzido pela combust…o da queima de oxigƒnio combinado com a 
glicose como resultado da respira„…o celular.
Os alvolos s…o unidades microsc€picas, que s…o circundados por vasos 
capilares. Œ nesta estrutura onde ocorre a hematose. Estes alvolos se 
organizam na forma de sacos alveolares, realizando uma hematose mais 
efetiva.
Os alvolos s…o revestidos por 2 tipos de clulas, pneumócito
tipo I (macr€fago) e pneumócito tipo II (a pr€pria clula de revestimento 
alveolar). O pneum€cito tipo II  respons‚vel pela produ„…o de surfactante.
H‚ cerca de 10 a 30 alvolos por ducto ou saco alveolar, ou seja, 
200 a 600 milh†es de alvolos nos pulm†es. Isto significa que, em 
separado, a superfˆcie respirat€ria conferida pelos alvolos  capaz de 
cobrir meia quadra de tƒnis. Por esta raz…o, sintomas pulmonares como a 
dispnia geralmente refletem doen„as mais avan„adas e graves. Autores 
afirmam que a pr€pria dispnia s€ se manifesta quando50% da 
capacidade pulmonar est‚ comprometida e, por esta raz…o, o diagn€stico 
de doen„as pulmonares geralmente se d‚ de forma tardia.
Síndrome da Angústia Respiratória Recém-nascido. Devido ao fato do sistema respirat€rio ser o aparelho 
mais tardiamente maturado, crian„as prematuras est…o propen„as a falta de surfactante devido ao pouco 
desenvolvimento dos pneum€citos dos alvolos. Isso faz com que os alvolos se colabem, incapacitando as 
trocas gasosas nesse nˆvel.
Síndrome da Angústia Respiratória no Adulto (SARA). A sˆndrome da angstia respirat€ria aguda (tambm 
denominada sˆndrome da angstia respirat€ria do adulto)  um tipo de insuficiƒncia pulmonar provocado por 
diversos distrbios que causam acmulo de lˆquido nos pulm†es (edema pulmonar). Essa sˆndrome  
considerada uma emergƒncia mdica que pode ocorrer mesmo em pessoas que anteriormente apresentavam 
pulm†es normais.
Arlindo Ugulino Netto – FISIOLOGIA – MEDICINA P2 – 2008.1
5
ÁRVORE RESPIRATÓRIA (BRONQUICA) E ALVÉOLOS
Posteriormente a entrada dos brônquios principais no 
hilo pulmonar, estes ramificam-se de forma constante dentro dos 
pulmões para formarem a árvore brônquica. São cerca de 20 
divisões das vias aéreas: da traquéia até os bronquíolos 
respiratórios: (ZONA DE CONDUÇÃO) Brônquios principais 
Brônquios lobares (3 no pulmão D e 2 no E)  Brônquios 
segmentares  Bronquíolos terminais  (ZONA 
RESPIRATÓRIA) Bronquíolos respiratórios  Ductos 
alveolares 5 ou 6 sacos alveolares  Alvéolo: unidade 
estrutural básica da respiração.
Os brônquios são estruturas tubulares, com diâmetros 
variados e que apresentam cartilagem na parede; os bronquíolos 
são vias aéreas desprovidas de cartilagem, apresentam além da 
porção condutora, alvéolos na sua parede. O epitélio é pseudo-
estratificado cilíndrico ciliado na traquéia e brônquios, torna-se 
cuboidal nos bronquíolos e pavimentoso nos alvéolos.
OBS8: Em resumo, no que diz respeito à divisão da árvore respiratória, temos:
 Zona de condução:
Traquéia  Bronquio primário  Árvore bronquial  Bronquios terminais (60000).
 Zona respiratória:
Bronquíolo respiratório (500000)  Sacos alveolares (8 milhões)  Alvéolos.
PLEURA PULMONAR
A pleura é uma fina capa membranosa formada por dois folhetos:
 Pleura parietal que recobre internamente a parede costal da cavidade torácica. 
 Pleura visceral que recobre os pulmões, o mediastino (pleura mediastinal) e o diafragma (pleura diafragmática).
Nas situações normais, a cavidade pleural ou espaço 
pleural, espaço virtual entre os dois folhetos da pleura, é ocupado 
por uma pequena quantidade de líquido para a lubrificação das 
pleuras denominado de líquido pleural. A função desse líquido 
seroso que é segregado pela pleura é a lubrificação e facilitação 
dos movimentos dos pulmões durante a mecânica da ventilação 
pulmonar, bem como na manutenção do vácuo interpleural, que 
consiste em um pressão negativa existente entre os dois 
folhetos. Esta pressão negativa se faz importante para a 
expansão pulmonar: quando a caixa torácica se expande, a 
pleura parietal se afasta da visceral, o que diminui ainda mais a 
pressão e, por propriedades físicas, a pleura visceral é repuxada, 
o que faz com que o pulmão se expanda junto aos movimentos 
de expansão da caixa torácica, mesmo sem que haja nenhum 
ligamento anatômico entre as duas pleuras.
A pleura é, portanto, uma membrana envoltória intra-torácica, que no seu interior tem um espaço laminar 
(espaço pleural/ interpleural/ intrapleural), também denominado de cavidade pleural.
Esse espaço poderá ser ocupado em situações patológicas com a formação de coleções de gases ou ar (
pneumotórax) ou líquido (derrame pleural, empiema pleural, hemotórax, quilotórax). As doenças que acometem as 
pleuras podem provocar seqüelas com aderências pleurais e espessamento pleural (pleuris) com encarceramento 
pulmonar, como por exemplo, o que ocorre no empiema pleural e na tuberculose pleural. Em quadros como esse, devido 
ao fim do vácuo interpleural, o pulmão é incapaz de expandir junto a parede torácica.
Apesar de essas coleções sempre constituírem uma condição anormal que dificultam a ventilação pulmonar, a 
conduta no tratamento poderá ser conservadora nos pequenos pneumotórax espontâneos, nos pacientes sem 
respiração mecânica e nas pequenas coleções líquidas não sépticas e cujo diagnóstico seja conhecido. Nas demais 
situações, impõe-se o tratamento cirúrgico com toracocentese (punção pleural) ou drenagem pleural. A toracocentese e 
a drenagem pleural são, portanto procedimentos cirúrgicos com finalidade diagnóstica e terapêutica nas doenças da 
cavidade pleural.
Arlindo Ugulino Netto – FISIOLOGIA – MEDICINA P2 – 2008.1
6
MÚSCULOS DA RESPIRAÇÃO
O pulmão funciona como um compartimento de trocas gasosas, onde há entrada e saída contínua de ar. Porém, 
ele não tem a capacidade de receber ar por si só. A entrada (inspiração) de ar no pulmão está relacionada à expansão 
da caixa torácica pelo auxílio de músculos respiratórios, bem como a saída (expiração) está ligada com a diminuição 
dessa caixa.
 Músculos inspiratórios: ao se contraírem, produzem aumento do volume da caixa torácica.
a) Diafragma: traciona a superfície inferior dos pulmões para baixo, aumentando o volume da caixa torácica no 
sentido vertical (crânio-caudal).
b) Intercostais externos e músculos do pescoço (Esternocleidomastóideo e escalenos): tracionam as 
costelas e o osso esterno para cima e para diante, aumentando o volume da caixa torácica no sentido horizontal 
(ântero-posterior). Esses são mais cobrados na respiração forçada.
 Músculos expiratórios: ao se contraírem, produzem diminuição do volume da caixa torácica.
a) Músculos abdominais (Transverso, oblíquo externo e oblíquo interno): elevam a superfície inferior dos 
pulmões, diminuindo o volume da caixa torácica no sentido vertical (crânio-caudal).
b) Músculos intercostais internos: tracionam as costelas e o esterno para baixo, diminuindo o volume da caixa 
torácica no sentido horizontal (ântero-posterior).
Ao expandir o tórax por meio da ação dos músculos inspiratórios, o pulmão acompanha essa expansão devido ao 
vácuo interpleural (que aumenta devido ao aumento do volume torácico) e repuxa a pleura visceral. Essa expansão do 
pulmão gera uma pressão subatmosférica, fazendo com que o ar flua do meio para dentro do pulmão. Ao reduzir de 
volume, o pulmão gera uma pressão supratmosférica, que faz com que o ar seja expulso de dentro dos alvéolos.
Miastenia grave: é uma doença auto-imune caracterizada 
pela presença de anticorpos (proteínas de defesa) do próprio 
organismo atacando os receptores de acetilcolina na junção 
neuromuscular (contato entre o nervo e o músculo), gerando 
prejuízos motores. A acetilcolina é um neurotransmissor 
(substância química que é liberada pelos impulsos nervosos) 
importante na passagem do estímulo nervoso ao músculo e 
provocar as contrações musculares, responsáveis pelo 
movimento. Entre muitos outros fatores, a miastenia grave 
pode causar falta de ar (quando envolve os músculos da 
respiração), sob condições extremas, como durante uma 
infecção respiratória, caracterizando uma "crise miastênica" 
na qual a pessoa pode precisar de ajuda respiratória 
(ventilação mecânica). Logo, em relação à respiração, essa 
doença afeta apenas a parte mecânica da respiração, 
diferentemente da asma, que está relacionada com a hiper-
reatividade da musculatura lisa.
Arlindo Ugulino Netto – FISIOLOGIA – MEDICINA P2 – 2008.1
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PRESS‚ES PULMONARES
Os pulm†es se expandem e esvaziam por causa da mudan„a de 
press…o entre a atmosfera e os alvolos, sempre acompanhando os 
movimentos da caixa tor‚cica.
PRESSÃO ALVEOLAR (Palv)
Œ a press…o no interior dos alvolos, sendo a respons‚vel por manter a
expans…o pulmonar contra a parede tor‚cica, evitandoassim seu colabamento. 
Quando a glote est‚ aberta, tem-se: Patm = Palv, n…o havendo at ent…o fluxo 
de ar. Mas com a expans…o da caixa tor‚cica, a Palv torna-se menor que a 
Patm, devido ao aumento do volume do pulm…o (Lei de Boyle-Mariote), 
ocasionando a entrada de ar nos pulm†es.
PRESSÃO INTRAPLEURAL (Pip)
Œ a press…o no espa„o pleural, ou seja, entre as duas pleuras. Ela 
deve ser sempre negativa em rela„…o ‡ Palv pela falta de ar nesse espa„o, o 
que  mantido por drenagem linf‚tica contˆnua. Ela  causada devido a tens…o 
superficial dos lˆquidos sobre os alvolos e pelas fibras el‚sticas retr‚teis do 
pulm…o que causam uma tendƒncia natural do pulm…o em colabar, diminuindo 
ainda mais essa press…o entre as pleuras. Essa press…o  mais negativa ainda 
na inspira„…o, e nunca pode se tornar igual ou maior que a press…o 
atmosfrica, o que seria impossˆvel a realiza„…o da respira„…o.
PRESSÃO TRANSPULMONAR (Ptp)
Œ a diferen„a de press…o entre a press…o alveolar e a press…o intrapleural:
Ptp = Palv – Pip
Ptp = 760 – 754 = 4mmHg
Pneumotórax:  uma emergƒncia mdica causada pela presen„a de ar na cavidade pleural, ocorrendo como 
resultado de uma doen„a ou les…o da pleura. A forma„…o do derrame gasoso, ap€s a rotura pleural, eleva a 
press…o intrapleural e o pulm…o tende ao colapso. Um pneumot€rax de grandes propor„†es ou um pneumot€rax 
aberto tende a aumentar progressivamente a press…o 
intrapleural ocasionando o colapso do pulm…o, desvio do 
mediastino, compress…o da veia cava, queda do dbito cardˆaco 
e hipotens…o arterial. O pneumot€rax espontŽneo hipertensivo se 
forma em decorrƒncia do mecanismo de v‚lvula unidirecional 
que s€ permite a passagem do ar do pulm…o para a pleura, e 
que, portanto, necessita de tratamento de emergƒncia. Na 
realidade, o pneumotrax hipertensivo  definido pela quantidade 
de ar na caixa tor‚cica suficiente para colabar a veia cava 
superior e a veia cava inferior. Consequentemente, se estas 
duas veias colabam, o paciente morre por choque hipovol‚mico 
por aus‚ncia de prƒ-carga. Por esta raz…o, o quadro clˆnico 
destes pacientes consiste em palidez cutŽneo-mucosa, 
hipotens…o arterial, aumento da frequƒncia cardˆaca e turgƒncia 
jugular.
MECƒNICA DA RESPIRA„…O
Os pulm†es, como j‚ foi discutido, acompanha a expans…o tor‚cica e sua diminui„…o, formando assim, 
diferentes sistemas. Esses sistemas obedecem algumas leis para que a mecŽnica da respira„…o seja possˆvel.
LEI DE BOYLE
A Lei de Boyle-Mariotte (enunciada por Robert Boyle e Edme Mariotte) diz que: “Sob temperatura constante 
(condi„†es isotermas), o produto da press…o e do volume de uma massa gasosa  constante, sendo, portanto, 
inversamente proporcionais. Qualquer aumento de press…o produz uma diminui„…o de volume e qualquer aumento de 
volume produz uma diminui„…o de press…o”.
Isso significa que, com o aumento do volume pulmonar, diminui a press…o alveolar em rela„…o ‡ pess…o 
atmosfrica, promovendo a entrada de ar para os pulm†es. Com a diminui„…o do volume pulmonar, aumenta-se a 
press…o alveolar em rela„…o a press…o atmosfrica, promovendo a saˆda de ar dos pulm†es.
Arlindo Ugulino Netto – FISIOLOGIA – MEDICINA P2 – 2008.1
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LEI DE HOOKE
Afirma que os corpos perfeitamente elásticos exibem uma relação linear entre a força aplicada e a deformação 
obtida até ser alcançado o módulo de elasticidade.
Tanto os pulmões como a caixa torácica são elasticas e armazenam energia quando se destendem. Grande 
parte do chamado comportamento elastico pulmonar se deve a tens€o superficial da interface líquido/gás e 
características do parênquima pulmonar.
 Tens€o superficial: a tendência da lâmina líquida que recobre os alvéolos internamente é de contrair devido a 
tensão superficial de alguns líquidos (efeito que ocorre na camada superficial de um líquido que leva a sua 
superfície a se comportar como uma membrana elástica, em que as moléculas situadas no interior de um líquido 
são atraídas em todas as direções pelas moléculas vizinhas e, por isso, a resultante das forças que atuam sobre 
cada molécula é praticamente nula). Com a entrada de ar nos alvéolos, essa tensão superficial existente força a 
saída do mesmo devido a essa tendência natural de colabamento dos alvéolos. Os alvéolos não colabam graças 
à existência de surfactante pulmonar, agente tensoativo na água produzido pelos pneumócitos tipo II dos 
alvéolos, que reduz acentuadamente a tensão superficial da água que encobre os alvéolos. O surfactante é uma 
mistura complexa de vários fosfolipídios (dipalmitoil fosfatidilcolina), proteínas (apoproteínas surfactantes) e íons 
(calcio), que não se dissolvem uniformemente em água, espalhando-se sobre a superfície da mesma, uma vez 
que alguns de seus componentes apresentam áreas hidrofílicas (que reagirão com a água) e outras áreas 
hirdofóbicas (não se dissolve, orientando e organizando de outra forma as partículas de água).
 Parenquima pulmonar: presença de fibras de elastina e colágeno entrelaçadas.
LEI DE LAPLACE E FENMENO DA INTERDEPEND‚NCIA
Laplace afirmava que, em um sistema fechado de bolhas comunicantes (como os 
alveolos), as menores tendem a esvaziar-se nas bolhas maiores. Isso é importante pois, 
quanto menor o tamanho dos alvéolos, maior a sua tensão superficial, a mais facilmente 
se colaba. 
O fenômeno da interdependência, mais um fator que estabiliza os alvéolos 
pulmonares evitando que eles colapsem, afirma que os alvéolos mais distendidos 
tracionam os alvéolos colapsados, abrindo-os outra vez.
OBS9: Complacƒncia pulmonar: na fisiologia, complacƒncia é uma medida da tendência de um órgão oco a resistir ao 
recuo às suas dimensões originais com a remoção de uma força compressiva ou distensiva. Em outras palavras, 
complacência pulmonar é a capacidade de extensão desse órgão quando ele é expandido por um aumento na pressão 
transpulmonar. A complacência dos pulmões em um adulto normal é de 200ml de ar/cmH2O, isto é, a cada 1cmH2O, o 
volume do pulmonar, após cerca de 10 a 20 segundos, expande em 200ml. A complacƒncia dos pulm„es é uma 
medida importante na fisiologia respiratória. Fibrose está associada com uma diminuição da complacência pulmonar, 
enquanto enfisema/DPOC estão associados com um aumento da complacência pulmonar. O surfactante pulmonar 
aumenta a complacência. A complacência é maxima em volumes pulmonares moderados, e muito baixa em volumes 
que são muito baixos ou muito altos.
MOVIMENTOS RESPIRATRIOS
Basicamente, a inspira…€o consiste na entrada do ar (com alta concentração de O2 e baixa de CO2) para os 
pulmões. Já a expira…€o consiste na saída do ar (alta concentração de CO2 e baixa de O2) dos pulmões.
INSPIRA†‡O EXPIRA†‡O
NORMAL
 Contrai o diafragma;
 Músculos intercostais externos aumentam 
o volume do tórax e do pulmão.
 Pressão intrapulmonar reduz em cerca de 
3 mmHg.
 Relaxa o diafragma
 Relaxam musculos intercostais internos e a 
elasticidade dos pulmões reduzem o volume 
do tórax e do pulmão.
 Pressão intrapulmonar aumenta em cerca de 
3mmHg.
FOR†ADA
 Inspiração auxiliada pela contração dos 
musculos acessórios (escalneos e ECM), 
reduzindo a pressão pulmonar em 
20mmHg ou menos.
 Expiração auxiliada pela contração dos 
musculos abdominais e intercostais intenos, 
que aumentam a pressão intrapulmonar em 
30mmHg ou mais.
Complacƒncia = ΔV
ΔP
Arlindo Ugulino Netto – FISIOLOGIA – MEDICINA P2 – 2008.1
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INSPIRAÇÃO
Durante a inspiração, com a expansão da caixa torácica, a pressão alveolar diminui em cerca de 3mmHg em 
relação a atmoférica (760mmHg). A pressão intrapleural torna-se mais negativa (-8mmHg).
EXPIRAÇÃO
Durante a expiração, com compessão da caixa torácica, a pressão alveolar aumenta em cerca de +3mmHg em 
relação a pressão atmosférica. A pessão intrapleural torna-se menos negativa (-2mmHg).
VOLUMESE CAPACIDADES PULMONARES
Os volumes e as capacidades pulmonares são medidos por meio da 
espirometria. A espirometria (do latim espiro = respirar; metrum = medida) 
consiste em medir a entrada e a saída de ar nos pulmões, ou seja, afere as 
capacidades e volumes pulmonares. O espirometro (figura ao lado) é um 
equipamento composto por uma escala indicadora de volume, uma campânula 
flutuante, um tranque com água e um bocal.
Na espirometria, podem ser medidos quatro volumes (volumes corrente, de 
reserva inspiratório, de reserva expiratório, residual) e quatro capacidades 
(capacidades inspiratória, funcional, vital e capacidade pulmonar total).
Volumes pulmonares.
Os volumes são as medidas individuais da quantidade de ar que o indivíduo é capaz de inspirar ou de expirar de 
acordo com a espirometria.
 Volume Corrente (VC= 500ml): corresponde ao volume de ar inspirado e expirado em cada ciclo respiratório em condições 
basais (o ciclo respiratório ocorre em repouso). O volume corrente pode ser designado ainda como VT (tidal volume).
 Volume de Reserva Inspiratória (VRI=3000ml): é o volume de ar extra que ainda se consegue inspirar depois de já ter 
inspirado o volume corrente, não incluindo-o então.
 Volume de Reserva Expiratória (VRE=1100ml): volume de ar que, por meio de uma expiração forçada, ainda pode ser 
exalado ao final da expiração do volume corrente normal.
 Volume Residual (VR=1200ml): volume do ar que permanece nos pulmões mesmo ao final da mais vigorosa das expirações 
(mesmo assim, é constantemente renovado). Não pode ser demonstrado no gráfico da espirometria, uma vez que o 
espirograma só demonstra volumes inspirados ou expirados. Caso fosse registrado, estaria abaixo da reserva expiratória. Ele 
é calculado por meio do método da diluição do He. Esse volume residual é sempre renovado por difusão. Ele está em 
equilíbrio com o sangue, pois ele nunca sai do alvéolo para os vasos.
Capacidades pulmonares.
As capacidades, por definição, são as somas de dois ou mais volumes pulmonares.
 Capacidade Inspiratória (CI=VC+VRI = 3500ml): é a quantidade de ar que um indivíduo pode inspirar, partindo do nível 
expiratório basal e enchendo ao máximo os pulmões.
 Capacidade Residual Funcional (CRF=VRE+VR=2300mL): consiste em uma quantidade de ar que, em condições normais, 
permanece nos pulmões ao final da expiração normal. Não pode ser calculada por espirometria.
 Capacidade Vital (CV=VRI+VC+VRE=4600ml): é a amplitude total de uma inspiração máxima e uma expiração máxima, 
passando pelo volume corrente (incluindo-o). Consiste, portanto, na maior quantidade de ar que uma pessoa pode expelir 
dos pulmões após tê-los enchido ao máximo e, em seguida, expirado completamente.
 Capacidade Pulmonar Total (CPT=VC+VRI+VRE+VR=5800ml ou CPT=CV + VR): representa o somatório de todos os 
volumes pulmonares, ou seja, todo o volume de ar existente no pulmão. Não pode ser medida na expirometria por ter volume 
residual como um de seus componentes.
Arlindo Ugulino Netto – FISIOLOGIA – MEDICINA P2 – 2008.1
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VOLUME RESPIRATÓRIO MINUTO (VRM)
O Volume Respirat€rio Minuto (VRM) corresponde ‡ quantidade total de ar que se movimenta pelas vias 
respirat€rias a cada minuto.
VRM= Volume Corrente (VC) x Freqüência Respiratória (FR)
VRM= 500ml x 12 ciclos.min-1 = 6000ml.min-1 ou 6 litros.min-1
VOLUME ESPAÇO MORTO (VEM = 150ml)
6 litros de sangue percorrem as vias areas por minuto. Porm, nem todo ar inspirado participa das trocas 
gasosas (aproximadamente 150mL). Este volume corresponde ao volume do espaço morto, que ocupa apenas a zona 
que n…o participa da difus…o area, isto , a zona de condu„…o.
Em outras palavras,  o volume de ar que entra nos pulm†es, porm n…o atinge os alvolos. Consiste no ar que 
se encontra no nariz, laringe, faringe, traquia e br‹nquios terminais e que ser‚ expirado sem nunca ter entrando nos 
alvolos. Compreende cerca de 150 ml de ar, ainda oxigenado, o que mostra a importŽncia das insufla„†es (“respira„†es 
boca a boca”) como forma de fornecer ar oxigenado para o socorrido.
VENTILAÇÃO ALVEOLAR
Œ o volume total de ar que chega aos alvolos a cada minuto. Œ o produto da freqƒncia respirat€ria pelo volume 
de ar que entra nos alvolos.
VA = FR x (VCVEM), em que VEMcorresponde ao Volume do Espa„o Morto (150ml).
VA = 12 ciclos.min-1 x (500ml-150ml)
VA = 12 ciclos.min-1 x 350ml
VA = 4200ml.min-1 ou 4,2 L.min-1
PRINC†PIOS F†SICOS DAS TROCAS GASOSAS
Os pulm†es do ser humano s…o os principais €rg…os do sistema respirat€rio. S…o respons‚veis pelas trocas 
gasosas entre o ambiente e os sangue. S…o dois €rg…os de forma piramidal, de consistƒncia esponjosa medindo mais ou 
menos 25 cm de comprimento.
Os alvolos s…o estruturas saculares (semelhantes a sacos) que se formam no final de cada bronquˆolo e tƒm 
em sua volta dos chamados capilares pulmonares. Nos alvolos ocorrem as trocas gasosas ou hematose pulmonar, 
em que h‚ a entrada de oxigƒnio na hemoglobina do sangue (formando a oxiemoglobina) e saˆda do g‚s carb‹nico ou 
di€xido de carbono (que vem da clula como carboemoglobina) com dois capilares para o alvolo.
CIRCULAÇÃO PULMONAR
A circula„…o pulmonar tem inˆcio com o sangue rico em CO2 proveniente do ventrˆculo direito, que passa para o 
pulm…o por meio do tronco pulmonar e artrias pulmonares. Essa circula„…o tem a fun„…o de transportar o sangue 
venoso rico em CO2 at os capilares pulmonares, onde o CO2  expelido para dentro do alvolos para ser eliminado na 
expira„…o e o O2  absorvido para dentro dos capilares para seguir na circula„…o sistƒmica.
A distribui„…o do fluxo depende da inter-rela„…o das artrias e veias pulmonares e as press†es alveolares. Os 
pulm†es normais apresentam um gradiente de perfus…o entre os ‚pices e bases dependendo dos efeitos da gravidade.
Na posi„…o ortost‚tica, a press…o hidrost‚tica na base  de cerca de 25 a 30 cmH2O, enquanto que no ‚pice  
praticamente zero. Existe, ent…o, um gradiente de concentra„…o entre a base e o ‚pice. Assim, s…o definidas trƒs zonas 
de perfus…o nos pulm†es:
 Zona 1: Nos ter„os superiores, a maior press…o do alvolo determina um colapso das veias e artrias, 
oferecendo portanto, uma maior resistƒncia ao fluxo sanguˆneo. Logo, nessa zona, a press…o alveolar excede a 
press…o arterial e o fluxo de sangue  muito reduzido nessa ‚rea. Isso acontece devido o fato do ar ser menos 
denso que o sangue, concentrando-se ent…o, no ‚pice dos pulm†es, fazendo dessa regi…o a zona mais 
hiperventilada do €rg…o.
 Zona 2: No ter„o mdio do pulm…o, a press…o do alvolo  superada pelo pico de press…o da arterˆola durante a 
sˆstole ventricular. Assim, nesta regi…o, a perfus…o se faz principalmente durante a sˆstole, parte do ciclo 
cardˆaco. Logo, nessa regi…o, a press…o arterial excede a press…o alveolar, e o fluxo sanguˆneo aumenta em 
dire„…o a base.
 Zona 3: Nos ter„os inferiores, a press…o alveolar  superada pelas press†es das veias e arterˆolas, que 
permanecem dilatados, havendo maior perfus…o dessa regi…o durante todo o ciclo cardˆaco (a base recebe 4x 
mais sangue que o ‚pice). Logo, nessa regi…o, a press…o arterial e venosa excedem a press…o alveolar e 
aumentam em dire„…o a base. A resistƒncia ao fluxo sanguˆneo  mˆnima, fazendo com que os capilares 
permane„am distendidos. Isso ocorre devido a a„…o da gravidade, que pelo sangue ser mais denso que o ar, 
concentra-se mais facilmente na regi…o da base. Isso faz com que essa regi…o seja a mais hiperfundida do 
pulm…o.
Arlindo Ugulino Netto – FISIOLOGIA – MEDICINA P2 – 2008.1
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OBS10: Por esta raz…o, doen„as pulmonares de dissemina„…o hematogƒnica, como trombose, infarto ou pneumonias, 
acometem, principalmente, as ‚reas mais perfundidas do pulm…o, como a base. Doen„as que est…o ligadas a regi†es 
mais ventiladas, como atelectasia ou tuberculose, acometem mais os ‚pices pulmonares.Tuberculose: doen„a infecciosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis. A tuberculose se dissemina atravs 
de gotˆculas no ar que s…o expelidas quando pessoas com tuberculose infecciosa tossem, espirram, falam ou 
cantam. A infec„…o pelo M. tuberculosis se inicia quando o bacilo atinge os alvolos pulmonares e pode se 
espalhar para os n€dulos linf‚ticos e daˆ, atravs da corrente sanguˆnea para tecidos mais distantes onde a 
doen„a pode se desenvolver: a parte superior dos pulm†es, os rins, o crebro e os ossos. A resposta 
imunol€gica do organismo se d‚ por meio de macr€fagos que matam a maioria dos bacilos, levando ‡ forma„…o 
de tecido fibroso cicatricial ("tubrculos"), formando n€dulos de tuberculose, que s…o pequenas les†es que 
consistem em tecidos mortos de cor acinzentada contendo a bactria da tuberculose. O problema  que 
geralmente, essa resposta imunol€gica falha e os bacilos se espalham por todo o pulm…o, acarretando na 
forma„…o de muitos tubrculos, diminuindo a capacidade de trocas gasosas.
Pneumonia s…o infec„†es que se instalam nos pulm†es que podem acometer a regi…o dos alvolos pulmonares
onde desembocam as ramifica„†es terminais dos br‹nquios e, ‡s vezes, os interstˆcios (espa„o entre um alvolo
e outro). Basicamente, pneumonias s…o provocadas pela penetra„…o de um agente infeccioso ou irritante (
bactrias, vˆrus, fungos e por rea„†es alrgicas) no espa„o alveolar, onde ocorre a troca gasosa. O tipo mais 
comum  a pneumonia bacteriana, causada pelos Pneumococcus. Esse local deve estar sempre muito limpo, 
livre de substŽncias que possam impedir o contacto do ar com o sangue. Porm, na pneumonia, os alvolos
est…o repletos de hem‚cias, leuc€citos e lˆquidos, devido ‡ inflama„…o infecciosa e fragilidade da membrna do 
alvolo. Isso causa uma redu„…o da superfˆcie respirat€ria e diminui a ventila„…o dessas ‚reas, causando 
hip€xia (↓O2) e hipercapnia (↑CO2). Diferentes do vˆrus da gripe, que  altamente infectante, os agentes 
infecciosos da pneumonia n…o costumam ser transmitidos facilmente.
OBS11: Note que a tuberculose acomete mais o ‚pice do pulm…o por ser uma regi…o hiperventilada, pois o bacilo  
adquirido pelo ar. J‚ a pneumonia acomete mais a base por ser uma regi…o hiperfundida, pois a maioria das pneumonias 
s…o de origem hematogƒnica (bactria vem pelo sangue).
REGULA„…O DO FLUXO SANGU†NEO PULMONAR PELA VENTILA„…O PULMONAR
O controle do fluxo sanguˆneo pulmonar  fun„…o da ventila„…o pulmonar. “reas pouco ventiladas (hip€xia) 
causa vasocontric„…o com diminui„…o do fluxo sanguˆneo local, e redistribui„…oi do sangue para ‚reas mais ventiladas.
A maior parte do sangue da circula„…o pulmonar, flui atravs de ‚reas bem ventiladas.
PERFUSÃO SANGUÍNEA REGULADA PELA MUDANÇA DA VENTILAÇÃO PULMONAR
Um queda da ventila„…o pulmonar causa redu„…o do PO2 no sangue, gerando uma vasoconstric„…o dos vasos 
pulmonares, decaindo o fluxo sanguˆneo (diferentmente da vasodilata„…o que ocorre nos capilares sistƒmicos). Quando 
h‚ aumento da ventila„…o pulmonar, haver‚ uma maior PO2 sanguˆnea, gerando vasodilata„…o de vasos pulmonares, 
aumentando, assim, o fluxo sanguˆneo para essa regi…o.
VENTILAÇÃO SANGUÍNEA REGULADA PELA MUDANÇA DA CIRCULAÇÃO PULMONAR
Quando o fluxo sanguˆneo aumenta, aumenta-se a hematose e o PCO2 nos alvolos, dilatando os bronquˆolos 
para aumentar o fluxo de ar entrando no pulm…o. Quando o fluxo sanguˆneo diminui, h‚ uma redu„…o na PCO2 dos 
alvolos, causando constric„…o dos bronquˆolos, diminuindo o fluxo de ar.
Arlindo Ugulino Netto – FISIOLOGIA – MEDICINA P2 – 2008.1
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TROCA DE L†QUIDOS NOS CAPILARES PULMONARES
A dinŽmica das trocas de lˆquidos atravs das membranas dos capilares pulmonares  qualitativamente a 
mesma que ocorre nos tecidos perifricos. Entretanto, do ponto de vista quantitativo, existem diferen„as importantes, 
que incluem as seguintes:
 A press…o capilar pulmonar  baixa, de cerca de 7mmHg, 
em compara„…o com a press…o do capilar funcional dos 
tecidos perifricos, que atinge cerca de 17mmHg.
 A press…o coloidosm€tica do lˆquido intersticial  
ligeiramente mais negativa do que no tecido subcutŽneo 
perifrico, sendo cerca de -14mmHg.
 Os capilares pulmonares s…o relativamente perme‚veis 
‡s proteˆnas, de modo que a press…o coloidosm€tica do 
liquido intesticial pulmonar  de cerca de 14 mmHg.
 As paredes alveolares t…o finas que qualquer press…o 
positiva nos espa„os intesticiais maior do que a pess…o 
alveolar (superio a 0 mmHg), permite a passagem de 
lˆquidos dos espa„os intesticiais para o interior dos 
alvolos. O lˆquido intersticial exerce press…o 
coloidosm€tica negativa de -8 mmHg.
Logo, tem-se: 
PRESS”O DE FILTRA•”O = FOR•A DE EXPULS”O (29) – FOR•A DE ABSOR•”O (28) = +1
OBS12: A press…o intesticial negativa dos pulm†es servem como mecanismo para manter os alvolos “secos”. Isso serve 
como explica„…o para intender o porque que os alvolos n…o se enchem de lˆquidos, uma vez que sua membrana  
muito fr‚gil. Isso n…o acontece porque os capilares pulmonares e o sistema linf‚tico pulmonar normalmente mantƒm uma 
ligeira press…o negativa nos espa„os intersticiais, o que mostra que qualquer excesso de lˆquido dentro do alvolo ser‚ 
simplesmente sugado para o interstˆcio. Uma pequena quantidade de lˆquidos exsuda do epitlio sobre a superfˆcie de 
revestimento dos alvolos para mantƒ-los midos.
Edema pulmonar: qualquer fator capaz de elevar a pess…o dos lˆquidos intersticiais, far‚ com que haja 
extravasamento deles para dentro dos alvolos, dificultanto o processo da hematose. As causas mais comuns 
s…o insuficiƒncia cardˆaca esquerda (causa grande aumento da press…o venosa pulmonar e inunda„…o dos 
espa„os intesticiais), insuficiƒncia hep‚tica (por diminui„…o da albumina srica) e les†es da membrana dos 
capilares pulmonares (causada por infec„†es como a pneumonia ou por inala„…o de substŽncias nocivas, como 
g‚s cloro e di€xido de enxofre). Para diminuir e tratar edemas pulmonares, aumeta-se a pess…o dos gases 
respirat€rios e administra-se albumina, fazendo com que o lˆquido intesticial volte para os capilares por pess…o 
area e osm€tica.
REGULA„…O NEUROLGICA DA RESPIRA„…O
A molcula de O2 se liga fracamente com a por„…o heme da 
hemoglobina, que transporta 97% do O2. Quando a PO2 nos capilares 
alveolares est‚ elevada o O2 se liga a hemoglobina, e quando a PO2 
cai nos tecidos, o O2 se dissocia da hemoglobina.
O centro respirat€rio  composto por neur‹nios localizados no 
bulbo e na ponte e ajuda no ajuste da respira„…o. Existem grupos de 
neur‹nios dorsais do bulbo respons‚veis pela inspira„…o e neur‹nios 
ventrais respons‚veis pela expira„…o.
O O2 n…o exerce efeito direto sobre o centro respirat€rio, porm 
atua antes sobre os quimioreceptores perifricos (carotˆdeos e 
a€rticos) os quais transmitem sinais nervosos ao centro respirat€rio via 
nervos vago e glossofarˆngeo. O excesso de di€xido (ou de ˆons de 
hidrogƒnio) exerce a„…o direta sobre o pr€prio centro respirat€rio, 
estimulando os movimentos de inspira„…o e expira„…o.
Uma vez alteradas, as concentra„†es dos gases estimulam o 
centro respirat€rio, o qual promove o aumento ou a diminui„…o da 
ventila„…o, regulando o equilˆbrio entre os gases respirat€rios.
Arlindo Ugulino Netto – FISIOLOGIA – MEDICINA P2 – 2008.1
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MED RESUMOS 2010
NETTO, Arlindo Ugulino.
FISIOLOGIA II
FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR
(Professora Mônica Rodrigues e Professor Jorge Garcia)
A cardiologia € a especialidade m€dica que se ocupa do 
diagnstico e tratamento das doen‚as que acometem o cora‚ƒo, bem 
como os outros componentes do sistema circulatrio.
O cora‚ƒo constitui, na realidade, duas bombas distintas: o 
cora‚ƒo direito (que envia sangue pobre em O2 para os pulm„es) e o 
cora‚ƒo esquerdo (que bombeia sangue rico em O2 para os rgƒos 
perif€ricos). Por outro lado, cada um desses cora‚„es€ uma bomba 
puls…til com duas c†maras, composta por …trio e ventr‡culo. O …trio 
funciona, principalmente, como bomba de escorva para os 
ventr‡culos. O ventr‡culo, por sua vez, fornece a for‚a principal que 
impulsiona o sangue para a circula‚ƒo pulmonar (pelo ventr‡culo 
direito) ou para circula‚ƒo pulmonar (pelo ventr‡culo direito).
Mecanismos especiais no cora‚ƒo produzem a ritmicidade 
card‡aca e transmitem potenciais de a‚ƒo por todo o mˆsculo 
card‡aco para gerar o batimento r‡tmico do cora‚ƒo.
FISIOLOGIA DO MSCULO CARD‚ACO
O cora‚ƒo € formado por tr‰s tipos principais de mˆsculos:
músculo atrial, músculo ventricular e fibras musculares 
especializadas excitatƒrias e condutoras. O mˆsculo do tipo atrial 
e ventricular contrai-se de forma muito semelhante Š do musculo 
esquel€tico, exceto pela dura‚ƒo da contra‚ƒo, que € bem maior. Por 
outro lado, as fibras excitatrias e condutoras contraem-se muito 
fracamente, porque t‰m poucas fibrilas contr…teis; por€m, exibem 
ritmicidade e velocidade de condu‚ƒo vari…vel, formando um sistema 
excitatrio que controla a propaga‚ƒo da contra‚ƒo card‡aca, 
formando um sistema excitatrio (sistema de condu‚ƒo) que controla 
a ritmicidade da contra‚ƒo card‡aca.
A fibra muscular card‡aca corresponde Š c€lula do mˆsculo card‡aco, que esta dividido nas seguintes camadas 
(de fora para dentro): epimísio, perimísio e endomísio. Ela € uma fibra estriada devido Š organiza‚ƒo dos 
miofilamentos (actina e miosina), sendo separadas uma das outras por discos intercalados (GAP Juncion), que se 
originam de invagina‚„es da membrana da fibra.
A miosina € um prottipo de uma mol€cula motora – € uma prote‡na que converte energia qu‡mica em forma de 
ATP em energia motora, gerando assim for‚a e movimento. As c€lulas musculares possuem uma estrutura interna mais 
organizada que qualquer outra c€lula do organismo. Cont€m centenas de padr„es finos e cil‡ndricos denominados 
miofibrilas. Cada miofibrila € constitu‡da de arranjos lineares repetidos de unidades contr…teis, denominados
sarcômeros. 
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Cada sarcŒmero exibe um bandeamento 
caracter‡stico, dando Š fibra a sua apar‰ncia estriada. 
Este bandeamento € resultado de uma parcial 
sobreposi‚ƒo de dois distintos tipos de filamentos: os 
filamentos fino e grosso. Cada sarcŒmero se estende 
de uma linha Z a outra, e cont€m v…rias bandas 
escuras e zonas claras. Um sarcŒmero cont€m um 
par de bandas I levemente coradas localizadas nas 
extremidades externas, uma banda A mais 
intensamente corada, localizada entre as bandas I, e 
uma zona H, levemente corada, localizada no centro 
da banda A. Uma linha M densamente corada est… no 
centro da zona H. As bandas I cont‰m somente 
filamentos finos, a zona H somente filamentos 
grossos, e a parte da zona A em ambos os lados da 
zona H representa a regiƒo de sobreposi‚ƒo e 
cont‰m ambos os tipos de filamento.
A contra‚ƒo card‡aca € caracterizada pelo encurtamento generalizado dos sarcŒmeros de actina e miosina que 
comp„em as fibras card‡acas, sendo necess…rios tr‰s fatores: excita‚ƒo, ATP e ‡ons c…lcio.
As fibras musculares organizam-se como treli‚as, em que as fibras se dividem e se recombinam. A membrana 
celular une-se uma as outras, formando junções abertas, que permitem a passagem de ‡ons de uma c€lula para a outra 
com facilidade.
O mˆsculo card‡aco € formado por muitas c€lulas individuais conectadas em s€rie, formando um sincício atrial 
e ventricular. O potencial de a‚ƒo se propaga de uma c€lula para outra com facilidade, atrav€s dos discos intercalados.
SINCÍCIO MUSCULAR
Diferentemente de qualquer outro rgƒo, as fibras que comp„e o cora‚ƒo devem funcionar de maneira uniforme 
e regulada. Dessa maneira, o cora‚ƒo € considerado um sincício, isto €: um conjunto de c€lulas que se fundem, 
perdendo parte de sua membrana, e formando uma ˆnica massa citoplasm…tica multinucleada. Deste modo, as c€lulas 
do sinc‡cio card‡aco sƒo formadas por v…rias c€lulas musculares card‡acas inteconectadas de tal modo que, quando uma 
dessas c€lulas € excitada, o potencial de a‚ƒo se propaga para todas as demais, passando de c€lula para c€lula por 
toda a treli‚a de interconex„es.
Na verdade o cora‚ƒo € formado por dois sinc‡cios: o sincício atrial, que forma as paredes dos dois …trios, e o 
sincício ventricular, que forma as paredes dos dois ventr‡culos. Os …trios estƒo separados dos ventr‡culos por um 
tecido fibroso que circunda as aberturas das valvas atrioventriculares (A-V) entre os …trios e os ventr‡culos. Quando o 
impulso € criado no nodo sinuatrial (localizado no …trio direito), normalmente, ele nƒo € passado diretamente para o 
sinc‡cio ventricular. Ao contr…rio, somente sƒo conduzidos do sinc‡cio atrial para o ventricular por meio de um sistema 
especializado de condu‚ƒo chamado feixe A-V. Essa divisƒo permite que os …trios se contraiam pouco antes de 
acontecer a contra‚ƒo ventricular, o que € importante para a efici‰ncia do bombeamento card‡aco.
POTENCIAIS DE AÇÃO DA FIBRA MUSCULAR CARDÍACA
Sƒo varia‚„es r…pidas do potencial de repouso da fibra muscular 
card‡aca de negativo para um valor positivo. Essas varia‚„es sƒo causadas 
pela abertura de dois tipos de canais: (1) r…pido de Sdio voltagem dependente
e (2) lento de C…lcio voltagem dependente. Este potencial de a‚ƒo € dividido 
nas seguintes fases: despolariza‚ƒo, potencial de PlatŒ e repolariza‚ƒo.
Primeiramente, o potencial de a‚ƒo do mˆsculo esquel€tico € 
provocado, quase inteiramente, pela abertura repentina de grande nˆmero dos 
chamados canais rápidos de sódio, que permitem a entrada de uma 
consider…vel quantidade de ‡ons sdio para a fibra muscular esquel€tica. Esses 
canais sƒo chamados de canais “r…pidos” por permanecerem abetos durante 
poucos d€cimos de mil€simos de segundo, fechando-se, logo em seguida, 
abruptamente.
No mˆsculo card‡aco, o potencial de a‚ƒo € provocado pela abertura 
de dois tipos de canais: (1) os mesmos canais rápidos de sódio, como no 
mˆsculo estriado esquel€tico, e (2) outra popula‚ƒo, inteiramente diferente, de 
canais lentos de cálcio (canais c…lcio-sdio). Esta segunda popula‚ƒo tem 
uma abertura mais lenta e, o que € mais importante, permanecem abertos por 
v…rios d€cimos de segundo. Durante esse tempo, grande quantidade de ‡ons 
c…lcio e sdio flui, por esses canais, para o interior da fibra muscular card‡aca, 
o que mant€m o per‡odo prolongado de despolariza‚ƒo, causando o potencial 
de Platô do potencial de a‚ƒo.
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Em resumo, na despolarização, ocorre a abertura de canais rápidos de sódio, associado à abertura dos canais 
lentos de cálcio. O influxo de cálcio inicia após o fechamento dos canais de sódio e perdura por 0,2 a 0,3 segundos. Este 
influxo de cálcio inibe a abertura dos canais de potássio retardando a repolarização por 0,2 a 0,3 segundos, que é o 
tempo de duração do Platô. Após este tempo, os canais lentos de cálcio se fecham e a repolarização procede 
normalmente, através do efluxo de íons potássio. A membrana não se repolariza imediatamente após a despolarização, 
permanecendo a despolarização em um platô por alguns milissegundos, antes que se inicie a repolarização (Músculo 
atrial  platô de 0.2 s; Músculo ventricular  platô 0.3 s).
O potencial de platô regula a contração cardíaca fazendo com que os átrios se contraiam antes que os 
ventrículos. O platô, em resumo, é responsável por:
 Aumentar a duração do tempo da contração muscular de 3 a 15 vezes mais do que no músculo esquelético.
 Permitir que os átrios se contraiam antes da contração dos ventrículos.
 Manter uma assincronia entre a sístole atrial e a sístole ventricular
FASES DO POTENCIAL DE AÇÃO
 FASE 0: Fase inicial de rápida despolarização. Representa a abertura dos canais rápidos de Na+ com grande 
influxo para o interiorda célula. É representada por uma linha vertical ascendente.
 FASE 1: É uma pequena e rápida repolarização. Representa o fechamento dos canais rápidos de Na+ e 
abertura do canais lentos de K+ com um efluxo de K+ para o exterior da célula. É representada por uma 
pequena linha vertical descendente.
 FASE 2: Representa a abertura dos canais lentos de Ca+ com grande influxo de Ca+ para o interior da célula. 
Representada por uma linha horizontal representando a duração da contração muscular (Platô). Ocorre durante 
a fase do platô um efluxo lento de K+ para o exterior da célula. Mesmo com a reserva de cálcio existente no 
retículo sarcoplasmático, a concentração muscular cardíaca necessita de uma demanda de cálcio extracelular a 
mais, que é transportada pelos túbulos T.
 FASE 3: Início da Fase de repolarização. Representa a abertura dos canais lentos de K+ com grande efluxo de 
K+ para o exterior da célula. Restabelece a diferença de potencial elétrico.
 FASE 4: Fase final da repolarização. Retorno ao potencial negativo de repouso, onde as concentrações iônicas 
são restabelecidas.
VELOCIDADE DE CONDUÇÃO
A velocidade de condução do sinal excitatório do potencial de ação nas fibras musculares atriais e ventriculares 
é de cerca de 0,3 a 0,5 m/s, cerca de 1/10 da velocidade nas fibras musculares esqueléticas. A velocidade de condução 
no sistema de condução especializado (fibras de Purkinje) é de 4m/s, permitindo a rápida condução do sinal excitatório 
pelo coração.
PERÍODO REFRATÁRIO
O período refratário consiste no intervalo de tempo durante o qual um 
estímulo elétrico não pode excitar uma área já excitada do músculo cardíaco. O 
período refratário normal do ventrículo é de 0,25 a 0,30s, o que corresponde à 
duração do potencial de ação. Existe um período refratário relativo de 0,05 s, 
durante o qual o músculo fica muito mais difícil de ser excitado do que o normal, 
podendo ser excitado por um sinal excitatório muito intenso. O período 
refratário absoluto do músculo cardíaco é de 0,25 a 0,30 s.
Quando a regra imposta pelo período refratário não é obedecida, o 
coração entra em arritmia.
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ACOPLAMENTO EXCITAÇÃO-CONTRAÇÃO
O termo “acoplamento excita‚ƒo-contra‚ƒo” refere-se ao mecanismo pelo qual o potencial de a‚ƒo faz com que as miofibrilas 
do mˆsculo de contraiam. Os túbulos T (transversos) sƒo invagina‚„es da membrana celular para o interior da c€lula, ao n‡vel da 
linha Z. O est‡mulo que chega na membrana da fibra € transportada para o interior da c€lula por meio desses tˆbulos para que haja 
uma despolariza‚ƒo do ret‡culo endoplasm…tico muscular. Os tˆbulos T do mˆsculo card‡aco t‰m um di†metro 5 vezes maior do que 
os do mˆsculo esquel€tico, visto que a maior parte dos ‡ons c…lcio para o mecanismo de contra‚ƒo do mioc…rdio prov€m do l‡quido 
extra celular. O ret‡culo sarcoplasm…tico, por sua vez, € menos desenvolvido do que o do mˆsculo esquel€tico.
O mecanismo de contra‚ƒo do mˆsculo card‡aco € o mesmo do mˆsculo esquel€tico, diferenciando apenas com rela‚ƒo Š
origem dos ‡ons c…lcios para o inicio da contra‚ƒo. Al€m dos ‡ons c…lcio que sƒo liberados das cisternas do ret‡culo sarcoplasm…tico 
(RS) para o sarcoplasma, grande quantidade de ‡ons Ca2+ tamb€m se difunde dos tˆbulos T para o sarcoplasma durante o potencial 
de a‚ƒo, proporcionando uma maior for‚a de contra‚ƒo. Essas duas medidas fisiolgicas sƒo o bastante para uma efic…cia maior na 
contra‚ƒo da fibra card‡aca.
A dura‚ƒo da contra‚ƒo do mˆsculo card‡aco € uma fun‚ƒo da dura‚ƒo do potencial de a‚ƒo da fibra muscular: Mˆsculo 
atrial  cerca de 0.2 segundos e Mˆsculo ventricular  cerca de 0.3 segundos.
AUTOMATISMO
Automatismo € a capacidade da fibra muscular card‡aca de gerar sinais el€tricos com um 
ritmo determinado.  causado pela permeabilidade natural da membrana da fibra muscular aos ‡ons 
sdio pelos canais de vazamento do Na+. Ao atingir o limiar de excita‚ƒo, ocorre a abertura de canais 
lentos de c…lcio, iniciando o potencial de a‚ƒo. 
As c€lulas capazes de auto-gerar est‡mulos estƒo localizadas no nodo sino-atrial (SA), no 
nodo …trio-ventricular (AV) e nas fibras de Purkinje.
CONDUTIBILIDADE
Condutibilidade € a capacidade da fibra muscular card‡aca em conduzir seu prprio est‡mulo 
el€trico. Ocorre de maneira r…pida nas fibras especializadas de condu‚ƒo: vias internodais, feixe AV 
(ou Feixe de Hiss) e fibras de Purkinje. A condu‚ƒo tamb€m ocorre em todo o mˆsculo atrial e 
ventricular, pelos discos intercalares.
CONTRATILIDADE
A contratilidade … a capacidade da fibra muscular card‡aca em se contrair aps um est‡mulo el€trico. Atende ao “princ‡pio do 
tudo ou nada”.
EXCITABILIDADE
Excitabilidade € a capacidade da fibra muscular card‡aca em se excitar quando estimulado. No repouso a excitabilidade € 
alta. Durante a fase de despolariza‚ƒo e de repolariza‚ƒo, a excitabilidade € muito baixa ou quase nula.
OBS1: Efeito da freqüência cardíaca sobre a duração da contração. Quando a freq‰ncia card‡aca aumenta, a dura‚ƒo de cada 
ciclo card‡aco, incluindo a fase de contra‚ƒo e a fase de relaxamento, diminui. A dura‚ƒo do potencial de a‚ƒo e o per‡odo de 
contra‚ƒo (s‡stole) tamb€m diminuem, mas nƒo em grau percentual tƒo alto como na fase de relaxamento (di…stole). Na freq‰ncia 
card‡aca normal de 72 batimento/min, o per‡odo de contra‚ƒo e de cerca de 40% do ciclo total. Com freq‰ncia card‡aca tr‰s vezes 
maior que a normal, esse per‡odo € de cerca de 65% do ciclo total, o que significa que o cora‚ƒo, contraindo com freq‰ncia muito 
r…pida, algumas vezes nƒo permanece relaxado por tempo suficiente para permitir o enchimento completo das c†maras card‡acas 
antes da contra‚ƒo seguinte.
REGULA„…O DA FREQ†‡NCIA CARD‚ACA PELO SISTEMA NERVOSO AUTˆNOMO
A frequ‰ncia card‡aca € controlada diretamente 
pelo sistema nervoso autŒnomo (SNA). O sistema nervoso 
autŒnomo, de um modo geral, € um componente do 
sistema nervoso perif€rico que inerva gl†ndulas, mˆsculo 
liso e o prprio mˆsculo card‡aco.
Diferentemente do sistema nervoso som…tico (que 
inerva mˆsculos estriados esquel€ticos e sensibilidade 
cut†nea), onde s um motoneurŒnio se estende do SNC 
at€ os mˆsculos, o SNA € formado por dois tipos de
neurŒnios, chamados pr€ e ps-ganglionares.
O SNA pode ser dividido em simp…tico e 
parassimp…tico, que se diferenciam anatomicamente e 
funcionalmente. De um modo geral, o sistema nervoso 
simpático € ativado em situa‚„es de estresse (aumenta a 
frequ‰ncia card‡aca, por exemplo), enquanto que o 
sistema nervoso parassimpático € ativado em situa‚„es 
de repouso (diminu‡ a frequ‰ncia card‡aca, por exemplo).
Na ocasiƒo, revisaremos alguns par†metros 
b…sicos sobre o SNA e, em especial, sua a‚ƒo sobre a 
fun‚ƒo cardiovascular.
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SISTEMA NEVOSO AUTÔNOMO SIMPÁTICO (SNA TÓRACO-LOMBAR)
O sistema nervoso simp…tico € o respons…vel por estimular a‚„es que permitem ao organismo responder a 
situa‚„es de estresse, como a rea‚ƒo de lutar ou fugir. Essas a‚„es sƒo: aumento da frequ‰ncia card‡aca (efeito 
cronotrpico positivo), aumento da contratilidade card‡aca (efeito inotrpico positivo), vasoconstri‚ƒo generalizada,
aumento da pressƒo arterial, o aumento da secre‚ƒo de adrenalina pela medula da adrenal, da concentra‚ƒo de a‚ˆcar 
no sangue (glicemia) e da ativa‚ƒo do metabolismo geral do corpo; tudo isso se processa de forma autom…tica, 
independentemente da nossa vontade.
Anatomicamente, ele € formado por dois grupos de neurŒnios pr€ e ps-ganglionares. Seus neurŒnios pr€-
ganglionares se situam na medula espinhal, mais precisamente nos n‡veis de T1 a L2. J… os seus neurŒnios ps-
ganglionares se situam prximo a coluna vertebral (em g†nglios pr€-vertebrais e paravertebrais). Isso faz com que o 
SNA simp…tico apresente uma fibra pr€-ganglionar curtae uma ps-ganglionar longa, que percorre um longo trajeto at€ 
seu rgƒo alvo. Seu principal neurotransmissor nas fibras pr€-ganglionares € a acetilcolina, j… em suas fibras ps-
ganglionares € a noradrenalina. Entƒo, dois tipos de neurŒnios unem o SNC ao rgƒo efetor:
 Neurônio Pré-ganglionar: corpo celular 
localiza-se na coluna lateral da medula 
espinhal (T1 – L2) e a fibra pr€-ganglionar 
(curta) segue a um ganglio da cadeia 
simp…tica paravertebral. Sƒo fibras 
colin€rgicas (secretam acetilcolina).
 Neurônio Pós-ganglionar: corpo celular 
localiza-se nos ganglios da cadeia 
simp…tica e d… origem a fibras ps-
ganglionares (longas) que se dirigem aos 
rgƒos efetores. Formam fibras 
adren€rgicas (secretam noradrenalina, na 
maioria das vezes, inclusive para o cora‚ƒo).
Em situa‚„es de estresse, o cora‚ƒo sofre a‚ƒo do sistema nervoso simp…tico, que aumenta a frequ‰ncia 
card‡aca, aumentando, assim, o aporte sangu‡neo para o c€rebro (no intuito de permitir uma melhor flu‰ncia na fisiologia 
cerebral) e para os mˆsculos. Isto acontece ao mesmo tempo em que o sistema nervoso simp…tico retarda os 
movimentos peristalticos e o processo da digestƒo, desviando o sangue necess…rio Š realiza‚ƒo desse processo para 
rgƒos nobres, como o cora‚ƒo e o c€rebro.
OBS2: Portanto, durante os exerc‡cios f‡sicos, a atividade simp…tica aumenta o fluxo sangu‡neo para o cora‚ƒo 
(promovendo aumento da frequ‰ncia card‡aca e da frequ‰ncia respiratria), desviando sangue do aparelho digestivo, 
para que esta bomba envie suprimento arterial para necess…rio ao c€rebro, permitindo a este centro nervoso a 
capacidade de adaptar o restante do corpo a novas taxas de metabolismo. Por esta razƒo, diz-se que € contra-indicada 
a realiza‚ƒo de exerc‡cios aps as refei‚„es, uma vez que o fluxo sangu‡neo seria desviado da circula‚ƒo entero-
g…strica, predispondo a congest„es.
SISTEMA NEVOSO AUTÔNOMO PARASSIMPÁTICO (CRÂNIO-SACRAL)
Chama-se sistema nervoso parassimpático a parte do sistema nervoso autŒnomo cujos neurŒnios se 
localizam no tronco cerebral (nˆcleos dos nervos cranianos, como o nˆcleo do Nervo Vago) ou na medula sacral
(segmentos S2, S3 e S4).
Assim como o sistema nervoso simp…tico, o parassimp…tico tamb€m apresenta uma via com dois neurŒnios:
 Neurônio pré-ganglionar: o corpo celular 
localiza-se no SNC e na medula sacral. Sua 
fibra € longa, e chega a atingir os rgƒos 
que inerva.
 Neurônio pós-ganglionar: seu corpo 
celular localiza-se prximo ou dentro da 
v‡scera que inerva e, por esta razƒo, sua
fibra ps-ganglionar € curta.
A localiza‚ƒo dos g†nglios pertencentes ao sistema parassimp…tico € geralmente perto dos rgƒos-alvo, 
podendo chegar at€ a estarem dentro destes rgƒos (como ocorre no plexo de Meissner e Auerbach, no trato 
gastrointestinal).
As duas fibras do sistema nervoso parassimp…tico (pr€ e ps-ganglionar) sƒo colin€rgicas (ambas secretam 
acetilcolina). Portanto, o neurotransmissor, tanto da fibra pr€ ganglionar como da ps ganglionar, € a acetilcolina, e os 
receptores podem ser nicotínicos ou muscarínicos.
Em situa‚„es relaxantes ou de repouiso, a atividade parassimp…tica reduz a frequ‰ncia card‡aca (reduzindo a 
pressƒo sangu‡nea) e a frequ‰ncia respiratria, reduzindo o metabolismo do corpo, permitindo o desvio de sangue para 
o sistema digestrio para obten‚ƒo cont‡nua de nutrientes na digestƒo, no intuito de gerar um aporte energ€tico para 
uma poss‡vel atua‚ƒo futura do sistema nervoso simp…tico.
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TIPOS DE FIBRAS NEVOSAS DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO E RECEPTORES
As fibras nevosas simp…ticas e parasimp…ticas sƒo classificados de acordo com o tipo de neurotransmissor 
liberado na fenda sinaptica:
 Fibras adrenégicas: secretam o neurotransmissor noradrenalina (sua capta‚ƒo € feita por receptores alfa e 
beta).
 Fibras colinérgicas: 
secretam o neurotransmissor 
acetilcolina (sua capta‚ƒo 
se d… por receptores 
muscar‡nicos e nicot‡nicos).
Quanto aos receptores, 
podem ser de tr‰s tipos:
 Receptor nicotínico: 
receptor para fibras 
colin€rgicas estimulado pela 
nicotina, que capta ACh. Est… 
presente nos receptores das 
fibras ps-ganglionares tanto 
do SN simp…tico quanto do 
parassimp…tico. Quanto aos 
rgƒos alvo, estƒo presentes 
apenas no mˆsculo estriado 
esquel€tico (sistema nervoso 
som…tico).
 Receptor muscarínico: receptor para fibras colin€rgicas estimulado pela muscarina, que tamb€m capta ACh. 
Nos rgƒos alvo, estƒo presentes: gl†ndula sudor‡para (simp…tico), mˆsculo liso e gl†ndulas (parassimp…tico).
 Receptor adrenérgico: receptor para fibras adren€rgicas (que secretam noradrenalina), podendo ser de dois 
tipos: receptores alfa (1 e 2) e beta (1 e 2).
OBS3: Quando a medula adrenal recebe ACh, por seus receptores nicot‡nicos, ela secreta 
para a corrente sangu‡nea adrenalina (80%) e noradrenalina (20%).
OBS4: Deve-se observar que na parede das art€rias, h… a presen‚a de mˆsculo liso (com 
receptores alfa e beta adren€gicos para o sistema nervoso simp…tico e muscar‡nicos para o 
sistema nervoso parassimp…tico). Em situa‚„es de estresse, quando h… libera‚ƒo de 
noradrenalina, se houver estimula‚ƒo de receptores alfa, ocorre uma vasoconstricção, 
enquanto que no cora‚ƒo, a noradrenalina estimula receptores beta para aumentar a 
frequ‰ncia card‡aca e a contratilidade para dar conta do aumento da demanda metablica. J… 
nos brŒnquios, com a‚ƒo da noradrenalina e receptores beta, h… uma broncodilatação 
para aumentar a demanda de O2.
RESUMO DA AÇÃO DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO NO SISTEMA CARDIOVASCULAR
Em resumo, portanto, o cora‚ƒo apresenta receptores adren€rgicos β1 que, quando estimulados por fibras 
simp…ticas ou pela adrenalina plasm…tica (liberada pela medula da gl†ndula adrenal), realiza um efeito de cronotropismo 
e inotropismo positivos, isto €: aumenta a frequ‰ncia card‡aca (taquicardia) e a contratilidade dos batimentos. Existem 
ainda receptores muscar‡nicos do tipo M2 que, quando estimulados pela acetilcolina do sistema nervoso parassimp…tico, 
resultam em efeitos de cronotropismo e inotropismo negativos (bradicardia).
No que diz respeito ao sistema vascular, os vasos sangu‡neos agem como exce‚ƒo quanto a inerva‚ƒo 
autŒnoma: a musculatura dos vasos nƒo recebe uma inerva‚ƒo dual, mas sim unicamente simp…tica. Eles nƒo 
apresentam inerva‚ƒo parassimp…tica, cabendo ao sistema nervoso simp…tico realizar efeitos de vasoconstric‚ƒo 
(diretamente no vaso, por meio dos receptores α1, que captam noradrenalina) e vasodilata‚ƒo (indiretamente, por meio 
da secre‚ƒo de adrenalina pela gl†ndula suprarenal, captada por receptores β2).
ÓRGÃOS INERVAÇÃO SIMPÁTICA INERVAÇÃO PARASSIMPÁTICA
Coração β1  Cronotropismo e 
Inotropismo positivos 
(taquicardia).
M2  Cronotropismo e inotropismo negativos (bradicardia).
Vasos 
sanguíneos
α1 (+ NA)  Vasocontric‚ƒo
β2 (+Adrenalina)  Vasodilata‚ƒo
Receptores muscar‡nicos no endot€lio (+ Ach)  “xido n‡trico 
(NO)  Relaxamento (vasodilata‚ƒo)
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CICLO CARD‚ACO
 o per‡odo que decorre entre o in‡cio de um batimento card‡aco at€ o in‡cio do batimento seguinte (contra‚ƒo 
atrial  contra‚ƒo ventricular  relaxamento ventricular).  iniciado pela gera‚ƒo de um potencial de a‚ƒo no nodo 
sinoatrial (marcapasso natural do cora‚ƒo) que se propaga por todo o cora‚ƒo. O ciclo card‡aco consiste de um per‡odo 
de relaxamento em que o cora‚ƒo se enche de sangue seguido por um per‡odo de contra‚ƒo, quando o cora‚ƒo se 
esvazia:
 Sístole: Per‡odo de contra‚ƒo da musculatura, durante o qual o cora‚ƒo ejeta o sangue. Dura cerca de 0,15 
segundos.
 Diástole: Per‡odo de relaxamento da musculatura, durante o qual o cora‚ƒo se enche de sangue. Dura cerca de 
0,30 segundos.
O ciclo card‡aco inicia-secom a gera‚ƒo espont†nea de um potencial de a‚ƒo no nodo SA. Este est‡mulo 
propaga-se para os …trios (atrav€s das jun‚„es abertas) e para o nodo AV (atrav€s das vias internodais). Os …trios se 
contraem, enquanto no nodo AV ocorre um breve atraso na transmissƒo do est‡mulo para os ventr‡culos. Aps a 
contra‚ƒo atrial, o est‡mulo propaga-se do nodo AV para os ventr‡culos atrav€s do feixe AV e das fibras de Purkinje, 
ocorrendo entƒo a contra‚ƒo ventricular. Aps a s‡stole, o cora‚ƒo relaxa e inicia-se o enchimento dos ventr‡culos. 
ECG E CICLO CARDÍACO
O eletrocardiograma (ECG) € o par†metro cl‡nico que 
registra os potenciais el€tricos gerados pelo cora‚ƒo durante 
o ciclo card‡aco e que sƒo projetados na superf‡cie do corpo.
Esta capta‚ƒo se faz por meio de eletrodos localizados em 
pontos estrat€gicos do trax, de modo que todo o cora‚ƒo € 
eletro-fisiologicamente “observado”. O registro de faz na 
forma de um gr…fico, no qual destacamos:
• Onda P: despolariza‚ƒo dos …trios (contra‚ƒo atrial).
• QRS: despolariza‚ƒo ventricular (contra‚ƒo 
ventricular).
• Onda T: repolariza‚ƒo ventricular (relaxamento 
ventricular). 
Qualquer altera‚ƒo nestas ondas, ou nos segmentos 
entre elas refletem altera‚„es do funcionamento card‡aco, e 
pode revelar manifesta‚„es patolgicas, como isquemia do 
mioc…rdio ou sobrecarga das c†maras card‡acas. 
FUNCIONAMENTO DOS ÁTRIOS COMO BOMBAS
Basicamente, o sangue flui de forma cont‡nua das grandes veias (cava superior, inferior e seio venoso card‡aco) 
para os …trios. Deste volume atrial, cerca de 75% do sangue flui diretamente dos …trios para os ventr‡culos pela simples 
a‚ƒo da gravidade, antes mesmo de acontecer contra‚ƒo atrial. Entƒo, com a contra‚ƒo atrial, acontece um enchimento 
adicional dos ventr‡culos de 25%. Portanto, os …trios funcionam, simplesmente, como bombas de escorva, que 
aumentam a efici‰ncia do bombeamento ventricular (d€bito card‡aco) em at€ 25%.
Partindo deste pressuposto, patologias que acometam o atrio podem reduzir o d€bito card‡aco em 25%, o que 
significa um volume consider…vel de sangue.
ESVAZIAMENTO DOS VENTRÍCULOS DURANTE A SÍSTOLE
O esvaziamento dos ventr‡culos durante a s‡stole se d… por tr‰s fases: contra‚ƒo isovolum€trica, eje‚ƒo r…pida e 
relaxamento isovolum€trico.
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1. Período de contração Isovolumétrica (isométrica): No final da diástole, com o início da contração 
ventricular a pressão intraventricular aumenta fechando as valvas atrioventriculares (VAV), porém ainda 
não abrindo as semilunares. Eletricamente a sístole ventricular compreende o intervalo entre o início do 
QRS e o final da onda T (intervalo QT). Mecanicamente a sístole ventricular compreende o intervalo entre 
o fechamento das VAV e a abertura da válvulas semilunares. Por tanto, neste período, há um aumento 
na tensão ventricular com a contração ventricular, porém não ocorre ejeção de sangue visto que as 
válvulas semilunares ainda estão fechadas. As VAV se fecham quando a pressão intraventricular excede 
a pressão nos átrios. Nesta fase o volume intraventricular não aumenta, porém, sua pressão aumenta 
rapidamente ate atingir a pressão na aorta e pulmonar.
OBS5: O impulso elétrico se propaga do NAV pelo feixe de HIS e seus ramos até o sistema de Purkinje, permitindo que os ventrículos 
se contraiam da ponta (ápice do coração) para a base. No ECG, essa fase é representada pelo QRS, que significa a despolarização e 
contração ventricular, caracterizando o início da sístole.
2. Período de ejeção: Com o aumento da pressão intraventricular, as válvulas semilunares se abrem nesta 
fase e o sangue é ejetado durante a contração ventricular. Com a contração ventricular, a pressão 
intraventricular ultrapassa a pressão das grandes artérias, abrindo as válvulas semilunares. Grande 
quantidade de sangue flui dos ventrículos para as grandes artérias, com rápida diminuição do volume e 
pressão intraventricular. Com a saída de sangue para as grandes artérias, a pressão intraventricular 
reduz até torna-se menor que a pressão diastólica das grandes artérias, resultando no fechamento das 
válvulas semilunares. Depois de atingir o pico de pressão ventricular, o fluxo sanguíneo de saída dos 
ventrículos diminui ainda mais, com diminuição do volume intraventricular (volume sistólico final). 
Quando a pressão intraventricular fica menor que o gradiente nas grandes artérias, o fluxo de retorno das 
grandes artérias fecha as válvulas semilunares.
OBS6: No ECG, o período de ejeção compreende o intervalo entre o final do QRS e o término da onda T.
3. Período de relaxamento isovolumétrico (isométrico): No início desta fase as válvulas AV estão fechadas 
e as válvulas semilunares estão fechadas. As válvulas AV ainda estão fechadas, porém os átrios estão com 
seu volume e pressão aumentados. A pressão intraventricular continua caindo bruscamente até atingir um 
valor próximo da pressão atrial. O volume intraventricular diminui um mínimo (volume sistólico final). 
OBS7: No ECG, não existe deflexão no ECG. O período de relaxamento isovolumétrico é representado pelo final da 
onda T.
ENCHIMENTO DOS VENTRÍCULOS DURANTE A DIÁSTOLE
Durante a sístole ventricular, grande quantidade de sangue se acumula nos átrios, devido ao fechamento das válvulas A-V. 
Portanto, tão logo que termina a sístole e as pressões ventriculares caem para seus baixos valores diastólicos, as pressões 
moderadamente aumentadas nos átrios promovem imediatamente a abertura das valvas A-V, permitindo o fluxo rápido de sangue 
para os ventrículos.
Esse período de enchimento rápido dura cerca do primeiro terço da diástole. Durante o terço médio da diástole, somente 
pequena quantidade de sangue flui, normalmente, para os ventrículos (sangue que continua a desaguar das veias para os átrios,
passando dos átrios diretamente para os ventrículos). Durante o último terço da diástole, os átrios se contraem e dão o impulso 
adicional ao influxo de sangue para os ventrículos (isso representa cerca de 25% do enchimento dos ventrículos durante cada ciclo 
cardíaco).
Em resumo, tem-se três fases durante o enchimento dos ventrículos durante a diástole:
1. Fase de Enchimento rápido: ao final da sístole, após a fase de ejeção, há uma diminuição da pressão 
intraventricular com o fechamento das válvulas semilunares. Com VAV aberta, o sangue acumulado no 
átrio flui rapidamente para o ventrículo. Representa o primeiro 1/3 da diástole. O volume sanguíneo 
dentro do ventrículo aumenta rapidamente, porém a pressão não eleva-se o bastante para abrir VS.
OBS8: No ECG, é representado pelo inicio da linha isoelétrica após a onda T.
2. Diastase: Pequena quantidade de sangue acumulado no átrio flui lentamente para o ventrículo, durante o 1/3 médio da 
diastole. O volume sanguíneo dentro do ventrículo aumenta lentamente, porém a pressão não se eleva o bastante para abrir 
VS. É uma fase de enchimento lento dos ventrículos, onde o sangue flui diretamente das veias para os ventrículos.
OBS9: No ECG, corresponde ao término da linha isoelétrica após a onda T.
3. Sístole Atrial: Antes da sístole atrial o sangue fluiu passivamente dos átrios para os ventrículos pelas 
válvulas AV abertas. Os átrios se contraem para encher os ventrículos antes da contração ventricular. 
Ocorre no 1/3 final da diastole. O volume sanguíneo dentro dos ventrículos aumenta, bem como a 
pressão, porém não o bastante para abrir as válvulas semilunares. Representa o volume diastólico final.
OBS10: O impulso elétrico chegando ao nodo sinatrial resulta em despolarização e contração dos átrios. A onda P 
representa a despolarização atrial. O segmento PR representa um atraso na despolarização do NAV. Este atraso 
na condução permite o enchimento completo dos ventrículos com a contração atrial.
Arlindo Ugulino Netto – FISIOLOGIA – MEDICINA P2 – 2008.1
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FUN€O DAS V‚LVULAS

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