Leitura diária textos 1

Prévia do material em texto

MOGLI - O MENINO LOBO 
ERA UMA VEZ UM MENINO CHAMADO MOGLI. ELE FOI 
ENCONTRADO NA FLORESTA POR UMA PANTERA CHAMADA 
BAGUÉRA, QUE O LEVOU PARA A MAMÃE LOBA CUIDAR DELE. 
MOGLI CRESCEU JUNTO COM OS OUTROS FILHOTES 
DA MAMÃE LOBA E, POR ISSO, VIROU UM MENINO LOBO. ELE 
ADORAVA BRINCAR COM SEUS IRMÃOS LOBOS. 
ALÉM DE BAGUÉRA, ELE TINHA OUTRO GRANDE AMIGO: O URSO 
BALÚ. 
QUEM NÃO ERA NADA AMIGO DO MOGLI ERA O TIGRE XERECÂN , QUE 
VIVIA QUERENDO O CAÇAR. BAGUÉRA E BALÚ TENTARAM CONVENCER MOGLI 
A FUGIR DA FLORESTA PARA MORAR NO POVOADO DOS HUMANOS, POIS ASSIM , 
ESTARIA SEGURO, MAS ELE NÃO QUERIA ABANDONAR A FLORESTA E SEUS AMIGOS. 
UM DIA, MOGLI, BALÚ E BAGUÉRA FORAM CERCADOS POR XERECÂN. E FOI UM 
ROLO E TANTO! TODOS OS ANIMAIS DA FLORESTA ENTRARAM NA LUTA E XERECÂN TEVE 
QUE FUGIR. ENTÃO, MOGLI PERCEBEU QUE, PARA A SEGURANÇA DE TODOS, SERIA 
MELHOR MESMO ELE IR PARA O POVOADO DOS HUMANOS. 
MOGLI SE ADAPTOU À NOVA VIDA, MAS NUNCA SE ESQUECEU DOS AMIGOS DA 
FLORESTA E l~A SEMPRE VISITÁ-LOS PARA RELEMBRAR OS BONS MOMENTOS 
QUE VIVEU LA. 
A BELA ADORMECIDA 
ERA UMA VEZ, UM REI E UMA RAINHA QUE ESTAVAM MUITO FELIZES COM O 
NASCIMENTO DE SUA LINDA FILHA. DERAM UMA GRANDE FESTA E CONVIDARAM TODOS 
OS MORADORES DO REINO, MENOS A FADA MALVADA. 
CINCO FADAS MADRINHAS JÁ HAVIAM CONCEDIDO DONS E BOAS 
QUALIDADES PARA A PRINCESINHA, MAS, ANTES QUE A SEXTA FADA CONCEDESSE SEU 
DOM, SURGIU DE UMA NUVEM, A FADA MALVADA E DISSE BEM ALTO: "QUANDO 
COMPLETAR 16 ANOS, A PRINCESA ESPETARÁ SEU DEDO NUMA AGULHA DE FIAR 
E MORRERÁ!". 
A SEXTA FADA DISSE, ENTÃO: 
- NÃO POSSO ANULAR O FEITIÇO, MAS DIGO QUE A PRINCESA NÃO MORRERÁ 
E SIM, DORMIRÁ. E SÓ ACORDARÁ COM O BEIJO DE UM CORAJOSO PRÍNCIPE. 
O REI MANDOU QUEIMAR TODAS AS AGULHAS DE FIAR DO REINO. 
A PRINCESA CRESCEU APRESENTANDO MUITAS QUALIDADES: ERA BELA, 
INTELIGENTE, PRENDADA E BONDOSA. 
NO SEU ANIVERSÁRIO DE 16 ANOS, A PRINCESA ENCONTROU UMA VELHA 
SENHORA E PERGUNTOU: 
- O QUE A SENHORA ESTÁ FAZENDO? ~ 
- ESTOU FIANDO LÃ. QUER EXPERIMENTAR? 
A PRINCESA EXPERIMENTOU E ESPETOU O DEDO NA AGULHA DE FIAR. 
CAINDO NUM SONO PROFUNDO. TODO O REINO ENTROU EM UM SONO PROFUNDO 
TAMBÉM. 
COM O PASSAR DO TEMPO, UM ESPINHEIRO MUITO DENSO TOMOU CONTA 
DO CASTELO. UM PRÍNCIPE OUVIU FALAR DE UM CASTELO ADORMECIDO, NO QUAL 
DORMIA UMA LINDA PRINCESA, E RESOLVEU AVERIGUAR. 
O PRÍNCIPE ULTRAPASSOU BRAVAMENTE O ESPINHEIRO 
E CHEGOU AO CASTELO ADORMECIDO. SUBIU À TORRE MAIS 
ALTA E ENCONTROU A PRINCESA ADORMECIDA. ELA ERA 
TÃO LINDA QUE ELE A BEIJOU. 
A PRINCESA ACORDOU E SE APAIXONOU 
PELO CORAJOSO PRÍNCIPE. TODO O REINO 
DESPERTOU. ELES SE CASARAM E FORAM 
FELIZES PARA SEMPRE. 
---- . 
5 O FERREIRO E O CACHORRO 
ERA UMA VEZ UM FERREIRO QUE TINHA UM CACHORRO CHAMADO BOA-VIDA. o 
FERREIRO ERA MUITO TRABALHAD~R E BOA-VIDA ERA UM GRANDE PREGUIÇOSO. ELE 
só GOSTAVA DE COMER. COMIA TRES VEZES !1,0 DIA, MAS TRABALHAR: NADA! 
UM DIA, O FERREIRO PERDEU A PACIENCIA COM BOA-VIDA E LHE DISSE QUE, 
SE ELE, PELO MENOS, NÃO TOMASSE CONTA DA CASA, O MELHOR SERIA PROCURAR 
OUTRO LUGAR PARA MORAR. BOA-VIDA ERA MUITO ORGULHOSO, FICOU OFENDIDO E 
DECIDIU IR EMBORA. SÓ QUE SE DEU MAL. 
PRIMEIRO, OFERECEU-SE PARA MORAR NUMA GRANJA, MAS O GRANJEIRO O 
TRANSFORMOU EM GUARDA DO GALINHEIRO E BOA-VIDA TINHA QUE FICAR ACORDADO 
A NOITE TODA, E SÓ COMIA UMA VEZ POR DIA. 
BOA-VIDA ACHOU QUE AQUELA NÃO ERA UMA BOA VIDA E FOI OFERECER-SE PARA 
FICAR NO CIRCO. LÁ, ELE TINHA QUE FAZER A LIMPEZA DO CIRCO DEPOIS DE CADA 
ESPETÁCULO. E TAMBÉM SÓ PODIA COMER UMA VEZ POR DIA. 
E, ASSIM, ELE PASSOU POR MAIS OUTROS TRÊS OU QUATRO LUGARES NOS QUAIS 
TINHA DE TRABALHAR MUITO E COMER POUCO. 
DEPOIS DE ALGUM TEMPO, ELE VOLTOU PARA A CASA DO FERREIRO, MUITO 
QUIETINHO, COM O RABO ENTRE AS PERNAS. LÁ, ELE TAMBÉM PASSOU A TRABALHAR 
BASTANTE, MAS, EM COMPENSAÇÃO, COMIA BASTANTE. E, ASSIM, O 
BOA-VIDA SE TORNOU O AMIGÃO INSEPARÁVEL E FIEL DO 
FERREIRO PELO RESTO DA VIDA. 
6 O MÁGICO DE OZ 
ERA UMA VEZ UMA MENINA CHAMADA DÓROTI. ELA MORAVA NUMA FAZENDA 
COM SEUS TIOS. 
UM DIA, UM VENTO MUITO FORTE LEVANTOU DÓROTI NO AR E A LEVOU PARA UM 
OUTRO PAÍS, QUE FICAVA BEM NO FIM DO ARCO-ÍRIS. 
ESSE PAÍS SE CHAMAVA OZ E ERA GOVERNADO POR UM MÁGICO. DÓROTI QUERIA 
VOLTAR PARA A FAZENDA E, ENTÃO, DECIDIU PROCURAR O MÁGICO PARA AJUDÁ-LA. 
PARA IR ATÉ O PALÁCIO DO MÁGICO, ELA TINHA QUE CAMINHAR POR UMA 
ESTRADA FEITA DE TIJOLOS AMARELOS. NO CAMINHO, PRIMEIRO, ELA ENCONTROU UM 
ESPANTALHO QUE QUERIA QUE O MÁGICO LHE DESSE UM CÉREBRO. 
DEPOIS, ENCONTROU UM HOMEM DE LATA, QUE QUERIA QUE O MÁGICO 
LHE DESSE UM CORAÇÃO. EM SEGUIDA, ENCONTROU UM LEÃO 
COVARDE, QUE QUERIA QUE O MÁGICO LHE DESSE CORAGEM. 
DEPOIS DE MUITO CAMINHAR, OS QUATRO CHEGARAM 
AO PALÁCIO DO MÁGICO, QUE LHES CONCEDEU TUDO O 
QUE QUERIAM. 
PARA MANDAR DÓROTI DE VOLTA, O MÁGICO 
ARRANJOU OUTRO VENTO FORTE QUE LEVOU A 
MENININHA VOANDO ATÉ A FAZENDA, 
NA QUAL SEU TIO E SUA TIA A 
RECEBERAM COM MUITA 
ALEGRIA. 
7 O LADRÃO DE BAGDÁ 
ERA UMA VEZ UM MENINO QUE MORAVA EM UMA CIDADE CHAMADA BAGDÁ. ELE 
VIVIA ROUBANDO OS OUTROS. 
CERTO DIA, ELE VIU UM VELHO PASSANDO NA RUA E O SEGUIU. ENQUANTO o 
VELHO COMPRAVA UM TAPETE MÁGICO, SEM QUE ELE PERCEBESSE, LHE ROUBOU A 
BOLSA REPLETA DE OURO. 
- EI, SEU LADRÃO! VOCÊ ROUBOU MINHA BOLSA! - GRITOU O VELHO. 
O MENINO TENTOU FUGIR, MAS FOI PERSEGUIDO E PRESO NO PALÁCIO DO 
SULTÃO. A FILHA DO SULTÃO PEDIU A SEU PAI QUE O LIBERTASSE, PORQUE ESTAVA 
APAIXONADA POR ELE. 
ENTÃO, O SULTÃO MANDOU LIBERTÁ-LO. O MENINO FOI PESCAR NO RIO E 
APANHOU UMA GARRAFA VERDE. QUANDO ELE TIROU A TAMPA DA GARRAFA, 
SAIU UM GÊNIO QUE DISSE: 
-MEU AMO! DIGA-ME O QUE DESEJA E EU DAREI! EU SOU SEU 
ESCRAVO! 
ENTÃO, O MENINO RESPONDEU: 
- QUERO TER MUITO OURO, GÊNIO! 
O GÊNIO PRONUNCIOU UMAS PALAVRAS MÁGICAS 
E APARECEU UM MONTE DE OURO. NO DIA SEGUINTE, O 
MENINO DIRIGIU-SE AO PALÁCIO E ENTREGOU AO SULTÃO 
PARTE DO MONTE DE OURO. 
O SULTÃO FICOU MARAVILHADO E PERDOOU O MENINO. 
DEPOIS, O RAPAZ E A PRINCESA SE CASARAM E ELE NUNCA 
MAIS VOLTOU A ROUBAR. E NINGUÉM MAIS SE 1 
LEMBROU QUE ELE TINHA SIDO O LADRÃO ' / 
~ ' 
DE BAGDA. 
• 
8 
,,,,, 
JOAO E MARIA 
ERA UMA VEZ DOIS IRMÃOS: UM MENINO 
CHAMADO JOÃO E UMA MENINA CHAMADA MARIA, 
QUE MORAVAM NO MEIO DE UM BOSQUE. 
UM DIA, OS DOIS SAÍRAM PARA PASSEAR SEM AVISAR 
SEUS PAIS. ANDARAM, ANDARAM E SE PERDERAM. AÍ, CHEGARAM A 
UMA CASA FEITA DE CHOCOLATE, ENFEITADA COM BOLACHAS E CARAMELO. 
NO JARDIM, EM VEZ DE FLORES, HAVIA SORVETES, BOLOS, BALAS E PIRULITOS. 
A CASA ERA DE UMA VELHA FEITICEIRA, QUASE CEGA, QUE CONVIDOU JOÃO 
E MARIA PARA ENTRAR E COMER TUDO O QUE QUISESSEM. OS DOIS INOCENTES 
ACEITARAM E FORAM TRANCADOS NUM QUARTO. A VELHA QUERIA VENDÊ-LOS NA 
FEIRA, COMO SE FOSSEM PORQUINHOS. 
COMO ERAM MAGRINHOS, ELA DECIDIU ENGORDÁ-LOS DANDO-LHES MUITA 
COMIDA. TODA A MANHÃ, ELA PEGAVA O DEDO INDICADOR DOS DOIS PARA SABER SE 
JÁ TINHAM ENGORDADO. ELA QUASE NÃO ENXERGAVA, ENTÃO, EM VEZ DE MOSTRAR O 
DEDO, COLOCAVAM UM OSSINHO DE GALINHA NO LUGAR. 
CANSADA DE ESPERAR, A VELHA DECIDIU VENDÊ-LOS COMO ESTAVAM, MAS AS 
CRIANÇAS A EMPURRARAM E SAÍRAM CORRENDO. A VELHA FEITICE! RA CAIU NA LAREIRA 
E SUA ROUPA PEGOU FOGO. ELA CORREU E SE JOGOU EM UM RIO PARA APAGAR O 
FOGO, MAS A CORRENTEZA A LEVOU PARA BEM LONGE. 
JOÃO E MARIA ACABARAM ACHANDO O CAMINHO DE CASA E NUNCA MAIS SAÍRAM 
SEM AVISAR OS SEUS PAIS. 
o 
V V 
9 
A PEQUENA SEREIA 
o 
ERA UMA VEZ UMA BELA SEREIA QUE TINHA UMA VOZ <t) 
MARAVILHOSA. QUANDO ELA CANTA~A, A TODOS ENCANTAVA. ,!'G) 
UM DIA, QUANDO ESTAVA NA SUPERFICIE DO MAR, ELA VIU UM v 
BARCO A VELA NAUFRAGAR. ENTÃO, PERCEBEU QUE UM JOVEM SE 
DEBATIA, E ESTAVA QUASE SE AFOGANDO. 
SEM PERDER UM SEGUNDO, A SEREIA MERGULHOU E SALVOU O JOVEM, 
LEVANDO-O PARA UMA ILHA. E, ANTES QUE ELE PUDESSE AGRADECER, 
ELA MERGULHOU E VOLTOU PARA SUA CASA NO FUNDO DO MAR. ELA NÃO 
CONSEGUIA ESQUECER DO JOVEM QUE SALVARA, POIS ESTAVA APAIXONADA 
POR ELE. 
ENTÃO, A BRUXA DO MAR CONVENCEU-A A TROCAR SUA VOZ 
MARAVILHOSA POR UMA APARÊNCIA HUMANA. ASSIM,A SEREIA, 1 
QUE AGORA ERA UMA LINDA MOÇA, NADOU ATÉ A ILHA NA QUAL 
DEIXARA O JOVEM QUE HAVIA SALVADO. 
ELE ERA UM PRÍNCIPE E MORAVA EM UM CASTELO. 
AO VÊ-LA, IMEDIATAMENTE, PEDIU-A EM CASAMENTO, 
MAS ELA NÃO PÔDE ACEITAR PORQUE ESTAVA SEM SUA 
VOZ, QUE FICARA COM A BRUXA. 
PORÉM, AVISADO PELOS SERES DO MAR, SEU PAI, 
NETUNO, O REI DO MAR, OBRIGOU A BRUXA A DEVOLVER A VOZ 
À SEREIA. 
E, QUANDO O PRÍNCIPE A PEDIU EM CASAMENTO 
NOVAMENTE, ELA, FINALMENTE, PÔDE DIZER SIM! 
ASSIM, OS DOIS SE CASARAM E FORAM FELIZES 
PARA SEMPRE. 
10 ., PINOQUIO 
ERA UMA VEZ UM CARPINTEIRO CHAMADO GEPETO. ELE VIVIA MUITO SOZINHO. 
PARA TER COMPANHIA, FEZ UM BONECO DE MADEIRA, E LHE DEU O NOME DE PINÓQUIO. 
GEPETO ESTAVA MUITO FELIZ. ENTÃO, ELE FEZ UM DESEJO À ESTRELA DALVA. ELE 
QUERIA QUE PINÓQUIO PUDESSE FALAR E BRINCAR COMO UM MENINO DE VERDADE. 
ASSIM QUE GEPETO ADORMECEU, A FADA DA ESTRELA DALVA, COM SUA VARINHA 
MÁGICA, FEZ O MILAGRE. GRANDE FOI A SURPRESA DE GEPETO AO VER QUE PINÓQUIO 
PODIA FALAR, BRINCAR E MOVER-SE SOZINHO, SEM AJUDA DE NINGUÉM. 
ENTÃO, COMO BOM PAI, GEPETO ACONSELHOU PINÓQUIO: 
- VOCÊ, AGORA, DEVE IR À ESCOLA PARA APRENDER A LER E A ESCREVER! 
SÓ QUE, EM VEZ DE IR PARA A ESCOLA, PINÓQUIO SE DISTRAIU COM UM GATO E 
UMA RAPOSA. ELES O CONVENCERAM QUE ERA MELHOR BRINCAR QUE IR À ESCOLA. 
PINÓQUIO DEIXOU-SE LEVAR PELA CONVERSA DOS DOIS MALANDROS. 
COMO PINÓQUIO NÃO IAÀ ESCOLA, SUAS ORELHAS COMEÇARAM A CRESCER, 
E FICARAM IGUAIS ÀS DE UM BURRINHO. ENTÃO, GEPETO LHE PERGUNTOU: 
- PINÓQUIO, VOCÊ TEM IDO À ESCOLA? 
PINÓQUIO MENTIU E DISSE QUE SIM. NA MESMA HORA, SEU NARIZ 
COMEÇOU A CRESCER SEM PARAR, ATÉ VIRAR UMA ARVOREZINHA COM UM 
PASSARINHO NUM DOS GALHOS. 
FINALMENTE, PINÓQUIO ACABOU CONFESSANDO QUE MENTIRA. ELE ESTAVA 
ARREPENDIDO DE VERDADE. ENTÃO, SUAS ORELHAS E O NARIZ VOLTARAM AO 
NORMAL. 
DE REPENTE, APARECEU A FADA DA ESTRELA DALVA, QUE TRANSFORMOU 
PINÓQUIO EM UM MENINO DE VERDADE, POIS ELE HAVIA APRENDIDO A LIÇÃO: 
PRECISAMOS DIZER SEMPRE A VERDADE! 
11 A LEBRE E A TARTARUGA 
BEM, TODO MUNDO SABE COMO UMA LEBRE É VEL~Z, NÃO É? MAS TINHA 
UMA QUE, ALÉM DE VELOZ, ERA CONVENCIDA COMO ELA SO. VIVIA SE GABANDO E 
DESAFIANDO TODOS OS BICHOS PARA UMA CORRl!)A. 
NINGUÉM OUSAVA ACEITAR O DESAFIO, ATE QUE A TARTARUGA, CANSADA DE 
TANTO PAPO, OLHOU BEM PARA A LEBRE E DISSE: 
- UMA CORRIDA CONTRA A SENHORA? ACHO QUE VOU TOPAR. 
- VOCÊ? ONDE JÁ SE VIU UMA MOLENGA COMO VOCÊ METER-SE A BESTA 
COMIGO? 
- POIS EU ME METO, SIM SENHORA. VAMOS DAR UMA VOLTA COMPLETA PELA 
FLORESTA PRA VER QUEM É A MAIS RÁPIDA. 
- FEITO! - ENCERROU A LEBRE. 
A BICHARADA TODA CERCOU AS DUAS. É CLARO QUE TODOS VIERAM PARA RIR DA 
TARTARUGA E FOI O QUE FIZERAM QUANDO COMEÇOU A CORRIDA. A LEBRE DISPAROU 
FEITO UMA BALA E A TARTARUGA, LENTAMENTE, COMEÇOU A ANDAR NO SEU PASSINHO 
DE TARTARUGA: TIC, TIC, TIC ... 
LÁ IA A LEBRE CORRENDO COMO SEMPRE, QUANDO, NO MEIO DO CAMINHO, 
RESOLVEU DAR UMA PARADINHA. 
- ORA, SOU MESMO UMA BOBA! PARA QUE CORRER TANTO ASSIM? PARA QUE 
ME CANSAR? A TARTARUGA VAI LEVAR O DIA INTEIRO SE ARRASTANDO. ACHO QUE VOU 
TIRAR UMA SONEQUINHA E, MAIS TARDE, VOU DANDO UM PASSEIOZINHO ATÉ A LINHA 
DE CHEGADA. COITADA DA TARTARUGA! NÃO VAI ESTAR NEM NA METADE DO CAMIN HO. 
A LEBRE PEGOU NO SONO. DORMIU E SONHOU COM A PRÓPRIA CHEGADA. NO 
SEU SONHO, IMAGINAVA ESTAR SENDO CARREGADA EM TRIUNFO POR TODOS OS 
BICHOS, DEPOIS DA FÁCIL VITÓRIA CONTRA A MOLENGA DA TARTARUGA. 
ENQUANTO ISSO, DEVAGARZINHO, A TARTARUGA FOI INDO, FOI CHEGANDO, 
PASSOU PELA LEBRE ADORMECIDA E CONTINUOU SEU CAMINHO. E A LEBRE? SÓ 
ACORDOU COM O BARULHO DA BICHARADA COMEMORANDO 
A VITÓRIA DA TARTARUGA! 
12. . CINDERELA 
ERA UMA VEZ UMA BELA JOVEM CHAMADA CINDERELA. ELA MORAVA COM SUA 
MADRASTA, QUE TINHA DUAS FILHAS. A MADRASTA E AS DUAS FILHAS ERAM MUITO 
MÁS E OBRIGAVAM CINDERELA A FAZER TODO O TRABALHO DA CASA. 
UM DIA, UM MENSAGEIRO TROUXE UM CONVITE PARA UM BAILE QUE O REI 
REALIZARIA PARA ESCOLHER A JOVEM QUE SERIA A ESPOSA DO PRÍNCIPE. O CONVITE 
ERA PARA TODAS AS JOVENS DO REINO. 
MUITO CONTENTE, CINDERELA COSTUROU SEU VESTIDO COM A AJUDA DOS SEUS 
AMIGOS RATINHOS E PASSARINHOS, MAS SUAS IRMÃS RASGARAM O VESTIDO SÓ PARA 
ELA NÃO IR AO BAILE. 
QUANDO A MADRASTA E AS DUAS FILHAS SAÍRAM PARA O BAILE, APARECEU UMA 
FADA QUE DEU UM NOVO E DESLUMBRANTE VESTIDO E SAPATINHOS DE CRISTAL PARA 
CINDERELA, DIZENDO-LHE QUE ELA DEVERIA IR AO BAILE E VOLTAR PARA CASA A 
MEIA-NOITE EM PONTO. 
NO BAILE, O PRÍNCIPE, JÁ APAIXONADO, SÓ DANÇOU COM CINDERELA. ENTÃO, 
O RELÓGIO BATEU MEIA-NOITE E CINDERELA SAIU CORRENDO DO BAILE, MAS DEIXOU 
CAIR UM DE SEUS SAPATINHOS. 
NO DIA SEGUINTE, UM ENVIADO DO REI FOI DE CASA EM CASA PROVAR O 
SAPATINHO EM TODAS AS JOVENS PARA ENCONTRAR CINDERELA. 
PARA O ESPANTO E A INVEJA DA MADRASTA E DE SUAS FILHAS, O SAPATINHO 
COUBE DIREITINHO NO PÉ DA CINDERELA. ELA SE CASOU COM O PRÍNCIPE E OS DOIS 
FORAM FELIZES PARA SEMPRE. 
13. ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS 
' ERAUMAVEZUMAMENINACHAMADAALICE. UM DIA,ALICESAIU PARA UM PASSEIO 
NO JARDIM DE SUA CASA, LEVANDO UM LIVRO. ELA COMEÇOU A LER, ENCOSTADA EM 
UMA ÁRVORE. COMO FAZIA MUITO CALOR, ALICE PEGOU NO SONO SEM PERCEBER 
QUE UM COELHO COR-DE-ROSA SE APROXIMAVA TODO AFOBADO, CONSULTANDO UM 
RELÓGIO E DIZENDO: 
- ESTOU ATRASADO! ESTOU ATRASADO! 
ALICE ACORDOU COM O BARULHO E PENSOU: 
- NOSSA! UM COELHO QUE FALA! PARA ONDE SERÁ QUE ELE VAI? 
LOGO DEPOIS, ALICE OUVIU UMA MÚSICA, E COMEÇOU A DANÇAR E CANTAR. UM 
CACHORRO SE APROXIMOU E DISSE: 
- VOCÊ NÃO PODE DANÇAR! 
ALICE SE ASSUSTOU. PARA COMPLETAR A CONFUSÃO, UM ESTRANHO GATO 
APARECEU PARA DEFENDÊ-LA. O GATO E O CACHORRO AFASTARAM-SE RINDO. ALICE 
PENSOU: 
- ONDE SERÁ QUE ESTOU? GOSTARIA DE VOLTAR PARA MINHA CASA! 
A PEQUENA ALICE COMEÇOU A OUVIR VOZES MUITO ALEGRES. 
- OLÁ! SOU O CHAPELEIRO LOUCO! 
- EU SOU O COELHO MALUCO! 
O CHAPELEIRO LHE DISSE: 
-~ -- NÃO ~IQUE TRISTE! VOCÊ ESTÁ CONVIDADA PARA A NOSSA FESTA DE 
l , . ' •: \;A.NIVERSARIO! 
"· / \ ALICE NÃO ENTENDIA NADA DO QUE ESTAVA ACONTECENDO, MAS, AGORA, 
r-~ ~- JÁ ESTAVA SE DIVERTINDO. FOI QUANDO O COELHO COR-DE-ROSA APARECEU DE 
;0-,.,
1 0-rt NOVO, DIZENDO PARA ALICE: 
, \.._i:IJ ; r't·'-. ,. ; ) , -A RAINHA ESTÁ PROCURANDO VOCÊ! 
f¾~ -[ , 
1
,~ PARA A SUA SURPRESA, A RAINHA, QUE TINHA CARA DE BRAVA, 
. -.. · 'jt'-·d- ~ f APARECEU PERGUNTANDO: 
- -1 f \f.7 - VOCÊ QUER JOGAR COMIGO, ALICE? 
...a 
~ E ALICE RESPONDEU: 
u;; - OBRIGADA PELO CONVITE, MAJESTADE, MAS TENHO QUE VOLTAR 
PRA CASA! 
A RAINHA NÃO GOSTOU, E MANDOU QUE SEUS GUARDAS 
PRENDESSEM ALICE. ELA CORREU ATÉ SE CANSAR. 
ENTÃO, PAROU PERTO DE UMA ÁRVORE, ESTAVA EXAUSTA. 
ENCOSTOU-SE NELA E ADORMECEU. QUANDO ACORDOU, 
~ ~ 11 VIU QUE ESTAVA ENCOSTADA NA MESMA 
ÁRVORE DO JARDIM DE SUA CASA . 
t 
t 18 
1 
1 
i 
; 
i .. 
f 
•• • • •• •• 
•• •· 
, 
O VELORIO DA ONCA , 
A ONÇA ESTAVA MEIO VELHA E CANSADA DE CORRER ATRÁS DOS BICHOS. ENTÃO, 
TEVE UMA IDEIA. ESPALHOU A NOTÍCIA DE QUE ESTAVA PARA MORRER E QUE, ANTES 
DE ESTICAR AS CANELAS, GOSTARIA DE RECEBER A VISITA DE TODOS OS BICHOS DA 
FLORESTA. 
EM SEGUIDA, METEU-SE EM SUA CAVERNA E ESPEROU. O PLANO FOI DANDO 
CERTO. UMA A UMA, AS VISITAS FORAM ENTRANDO NA CAVERNA PARA DESPEDIR-SE E 
A TODAS ELAS A ONÇA ESPERTA FOI PAPANDO. 
ATÉ QUE CHEGOU A VEZ DO JABUTI. ELE VEIO DEVAGARZINHO E PAROU PERTO 
DA ENTRADA DA CAVERNA. LÁ DE DENTRO, A ONÇA PERCEBEU QUE O JABUTI ESTAVA 
INDECISO, POR ISSO, COMEÇOU A DIZER: 
- ENTRE LOGO, AMIGO JABUTI. JÁ ESTOU TÃO FRAQUINHA. VENHA FAZER-ME 
COMPANHIA. 
O JABUTI RECUOU E, PREPARANDO-SE PARA ESCAPAR, RESPONDEU: 
- OBRIGADO PELO CONVITE, AMIGA ONÇA. MAS, PELAS PEGADAS QUE HÁ NO 
CHÃO, VEJO QUE MUITOS BICHOS ENTRARAM NA CAVERNA E NENHUM DELES SAIU DAÍ. 
PELO JEITO, SUA CAVERNA DEVE ESTAR SUPERLOTADA. EU VOLTO DEPOIS, QUANDO 
TODOS ESSE BICHOS TIVEREM SAÍDO E A CAVERNA ESTIVER MAIS ESPAÇOSA. 
E TRATOU DE IR LOGO EMBORA! 
19 O CONGRESSO 
DOS CAMUNDONGOS 
ERA UMA VEZ UMA PORÇÃO DE RATINHOS QUE MORAVAM NUM LUGAR CHAMADO 
RATOLÂNDIA. OS RATINHOS VIVIAM FELIZES, ATÉQUE, UM DIA, APARECEU UM GATO 
QUE ACABOU COM A FESTA DELES. OS RATINHOS NÃO PODIAM SAIR NA RUA QUE O 
GATO APARECIA E ATACAVA. 
ENTÃO, O PREFEITO DA RATOLÂNDIA DECIDIU CONVOCAR OS MAIS IMPORTANTES 
HABITANTES DA CIDADE PARA DISCUTIR A MELHOR MANEIRA DELES SE DEFENDEREM 
DO GATO. 
FALA DAQUI, DISCUTE DALI, UMA IDEIA CÁ, OUTRA LÁ, E AÍ APARECEU UM RATINHO 
SUPERGENIAL, QUE SUGERIU AMARRAR UM GUIZO NO PESCOÇO DO GATO. ASSIM, 
QUANDO ELE CHEGASSE, TODO O MUNDO OUVIRIA O BARULHO DO GUIZO E FUGIRIA. 
A IDEIA FOI APLAUDIDA E TODOS FICARAM FELIZES. ATÉ QUE ALGUÉM, LÁ NO 
FUNDO, UM RATINHO BEM VELHINHO, PERGUNTOU: 
- E QUEM VAI AMARRAR O GUIZO NO PESCOÇO DO GATO? 
SILÊNCIO GERAL. EM POUCOS MINUTOS, TODOS SAÍRAM DE FININHO DO SALÃO. 
E NÃO SE FALOU MAIS NISSO. 
NUMA CERTA NOITE, AQUELE RATINHO BEM VELHINHO PÔS PIMENTA NO PRATO 
DE COMIDA DO GATO, QUE, AO COMER, SAIU CORRENDO, SOLTANDO FOGO PELA BOCA 
E NARIZ, E SUMIU. PRONTO, O PROBLEMA FOI RESOLVIDO E RATOLÂNDIA VOLTOU A SER 
UM LUGAR FELIZ. 
( 
g . . .. 
0 VIVENDO E APRENDENDO 
CERTA VEZ, UM GRUPO DE TROPEIROS TINHA DE FAZER UMA LONGA VIAGEM E 
HAVIA MUITA CARGA PARA SER LEVADA PELOS BURROS. RESOLVERAM, ENTÃO, DEIXAR 
QUE CADA BURRO ESCOLHESSE O QUE QUERIA CARREGAR E A ESCOLHA DEVERIA SER 
FEITA POR ORDEM DE IDADE. 
O MAIS VELHO DOS BURROS, O PRIMEIRO DA LISTA, ESCOLHEU JUSTAMENTE 
OS BALAIOS MAIORES, OS MAIS PESADOS ENTRE TODOS, AQUELES QUE LEVAVAM A 
COMIDA DOS TROPEIROS. 
OS OUTROS BURROS ZURRARAM DE TANTO RIR: 
- MAS QUE BURRO! QUANTO MAIS VELHO, MAIS BURRO! 
O VELHO BURRINHO NADA DISSE. AGUENTOU AS GOZAÇÕES E FICOU QUIETO. E 
LÁ SE FOI O BURRINHO VELHO, ARCADO SOB O PESO DOS BALAIOS E DAS GOZAÇÕES 
DOS COMPANHEIROS. MAS, POR DENTRO, FICAVA PENSANDO: "RI MELHOR QUEM RI 
POR ÚLTIMO!". 
À MEDIDA QUE A VIAGEM SEGUIA SEU RUMO, A CADA PARADA, OS HOMENS 
SERVIAM-SE DA COMIDA DOS BALAIOS CARREGADOS PELO VELHO BURRO. ASSIM, EM 
POUCOS DIAS, ANDAVA ELE MUITO FELIZ E LAMPEIRO, FOLGADO COM SEUS BALAIOS 
QUASE VAZIOS. 
ENQUANTO ISSO, OS OUTROS BURROS QUE O HAVIAM RIDICULARIZADO ARFAVAM 
COM O PESO DE SUAS CARGAS, QUE NÃO TINHA DIMINUÍDO NEM UM POUQUINHO! 
21 PETER PAN 
ERA UMA VEZ UM MENINO CHAMADO PETER PAN. ELE SABIA VOAR E MORAVA NA 
"TERRA DO NUNCA", NA QUAL NINGUÉM PRECISAVA CRESCER. 
PETER BRINCAVA COM OUTROS MENINOS, FADAS, SEREIAS, ÍNDIOS E ÍNDIAS. 
UM DIA, A SOMBRA DE PETER FUGIU PARA O PLANETA TERRA. PETER E A FADA SININHO 
VIERAM VOANDO BUSCÁ-LA. A SOMBRA SE ESCONDEU NA CASA DE WENDY, JOÃO E 
MIGUEL, MAS PETER CONSEGUIU AGARRÁ-LA. 
ENTÃO, WENDY COSTUROU-A NOS SAPATOS DE PETER PARA ELA NÃO FUGIR 
MAIS. PETER E SININHO ENSINARAM WENDY E SEUS IRMÃOS A VOAR E OS LEVARAM 
PARA CONHECER A "TERRA DO NUNCA". 
ENTÃO, TODOS FORAM APANHADOS PELO CAPITÃO GANCHO E OS PIRATAS. PETER 
LUTOU E VENCEU OS INIMIGOS. DEPOIS, LEVOU WENDY, JOÃO E MIGUEL PARA CASA. 
ELES FICARAM MUITO AMIGOS E SEMPRE SE VISITAVAM, AQUI NA TERRA E NA "TERRt~ 
DO NUNCA". 
A VAIDADE DO CORVO 
A RAPOSA IA POR UMA ESTRADA, COM FOME, QUANDO VIU O CORVO NO ALTO 
DE UM GALHO, COM UM BELO PEDAÇO DE QUEIJO NO BICO. É CLARO QUE A LADRA DA 
RAPOSA QUIS O QUEIJO NA HORA, MAS O CORVO ESTAVA EMPOLEIRADO MUITO ALTO. 
A RAPOSA NEM SONHARIA EM PEDIR UM PEDACINHO. ELA NÃO SABIA PEDIR. SÓ 
GOSTAVA MES!'-110 DE ENGANAR OS OUTROS PARA CONSEGUIR O QUE QUERIA. 
PARA POR EM FUNCIONAMENTO SUA DESONESTIDADE, A RAPOSA TINHA DE 
USAR A ESPERTEZA. ELA CHEGOU DEBAIXO DA ÁRVORE E JOGOU SUA LÁBIA: 
- HUM, MAS SE NÃO É O GRANDE CANTOR QUE EU ENCONTRO! 
FALANDO COM O BICO FECHADO, PARA NÃO DEIXAR CAIR O QUEIJO, O CORVO 
ESPANTOU-SE: 
- GRUNF ... UMPF. .. GRAC ... QUE CANTOR? CADÊ ESSE CANTOR DE QUE A SENHORA 
ESTÁ FALANDO? 
- QUE CANTOR? ORA, MAS É O SENHOR MESMO! TODO MUNDO FALA, EM TODA A 
FLORESTA, DA MARAVILHOSA VOZ QUE O SENHOR TEM! TODO MUNDO FALA: "CANTOR 
BOM MESMO, SÓ O COMPADRE CORVO!". 
- GROF. .. MURFM .. URGC .. FALAM MESMO? NÃO DIGA? 
E O CORVO FOI SE INCHANDO DE ORGULHO. 
- DIGO E REPITO! EU ANDAVA ANSIOSA PARA ENCONTRÁ-LO PARA PODER OUVIR 
SUA MARAVILHOSA VOZ! 
MAIS INCHADO AINDA FICOU O CORVO: 
- URMC ... GROFC ... BONDADE SUA, COMADRE RAPOSA. 
- BONDADE, NADA: REALIDADE! GARANTO-LHE QUE, SE EU PUDER OUVIR UMA 
DE SUAS MARAVILHOSAS CANÇÕES, SEREI O ANIMAL MAIS FELIZ DA FLORESTA! 
O CORVO NEM AGUENTAVA MAIS DE TANTO INCHAÇO, DE TANTA VAIDADE 
E DE TANTO ORGULHO. FELIZ DA VIDA, ABRIU O BICO PARA SOLTAR MAIS UM 
DE SEUS HORRÍVEIS GRASNIDOS MAS O QUE SOLTOU FOI O QUEIJO, QUE CAIU 
ÁRVORE ABAIXO, B.EM NA BOCA DA RAPOSA! 
E LÁ SE FOI ELA, SABOREANDO O GOSTOSO QUEIJO E A VAIDADE t 
DO BOBO DO CORVO, QUE ACREDITAVA EM QUALQUER ELOGIO! 
DIZEMQUE,PARAHAVERUMVIGARISTABEM-SUCEDIDO, 
É PRECISO HAVER UM TROUXA BEM EMBRULHADO. 
23 A CIGARRA E A FORMIGA 
NUM DIA ENSOLARADO DE VERÃO, A CIGARRA CANTAVA FELIZ. A FORMIGA, SE 
CANSAVA JUNTANDO GRÃOS E LEVANDO PARA O FORMIGUEIRO. 
- POR QUE NÃO FICA COMIGO AQUI CANTANDO? - PERGUNTOU A CIGARRA. 
-PRECISO JUNTAR COMIDA PARA O INVERNO. E TE ACONSELHO FAZER O MESMO! 
- RESPONDEU A FORMIGA. 
- EU NÃO! POR QUE VOU ME PREOCUPAR COM O INVERNO ENQUANTO TENHO O 
SOL E COMIDA POR TODO LADO? VAMOS CURTIR O VERÃO, E CANTAR E 
CANTAR.. Ó 
A FORMIGA NEM RESPONDEU E CONTINUOU SEU TRABALHO. 
QUANDO CHEGOU O INVERNO, A CIGARRA VEIO À CASA DA Ó 
FORMIGA PARA LHE PEDIR O QUE COMER. 
o 
o 
o 
A FORMIGA, ENTÃO, PERGUNTOU A ELA: 
-O QUE VOCÊ FEZ DURANTE O VERÃO? 
- DURANTE O VERÃO, EU CANTEI - DISSE A CIGARRA. 
E A FORMIGA RESPONDEU: 
- MUITO BEM, POIS, AGORA, DANCE! o 
o 
o 
1 
I 
l 
1 
I 
·24 
,.. 
JOAOZINHO E 
, 
O PE DE FEIJAO 
UMA VIÚVA POBRE TINHA UM FILHO MUITO 
REBELDE E ESBANJADOR. SEU PAI, QUE FORA MUITO 
RICO, MORREU POBRE DEPOIS DE UM GIGANTE 
ROUBAR SUA HARPA MÁGICA E A GALINHA DE OVOS DE OURO. 
O POUCO QUE SOBROU, O MENINO GASTOU. A ÚNICA COISA QUE RESTOU FOI 
UMA VAQUINHA. NÃO TENDO MAIS O QUE COMER, A MÃE PEDIU AO MENINO QUE FOSSE 
VENDER A VAQUINHA PARA QUE PUDESSEM COMPRAR PÃO. 
NO CAMINHO, UM AÇOUGUEIRO LHE PROPÔS TROCAR A VAQUINHA 
POR UNS GRÃOS DE FEIJÃO MÁGICO, E JOÃO ACHOU BOM E ACEITOU. QUANDO CHEGOU 
EM CASA, SUA MÃE FICOU FURIOSA COM A TROCA, JOGOU OS GRÃOS DE FEIJÃO PELA 
JANELA E FOI DORMIR CHORANDO POR NÃO TER O QUE COMER. 
NO OUTRO DIA, JOÃO ACORDOU BEM CEDO, COM MUITA FOME E FICOU 
ESPANTADO AO VER UM PÉ DE FEIJÃO TÃO GRANDE QUE CHEGAVA AO CÉU. JOÃO, QUE 
GOSTAVA DE AVENTURAS, RESOLVEU SUBIR NO PÉ DE FEIJÃO. LEVOU HORAS PARA 
SUBIR, E, LÁ EM CIMA, ENCONTROU UM CASTELO ENTRE AS NUVENS. 
A PORTA ESTAVA ABERTA, E ELE RESOLVEU ENTRAR. DENTRO DO CASTELO, 
ENCONTROU O GIGANTE MALVADO QUE TINHA ROUBADO DO SEU PAI A HARPA MÁGICA 
E A GALINHA DOS OVOS DE OURO. 
QUANDO JOÃO PEGOU A HARPA MÁGICA E A GALINHA DOS OVOS DE OURO, A 
GALINHA COMEÇOU A CACAREJAR, DESPERTANDO O GIGANTE MAU. O GIGANTE AINDA 
VIU O MENINO FUGINDO, DESCENDO PELO PÉ DE FEIJÃO, E FOI ATRÁS. MAS COMO NÃO 
TINHA AGILIDADE, O GIGANTE NÃO CONSEGUIU ALCANÇAR JOÃO. 
O MENINO DESCEU PRIMEIRO, PEGOU UM MACHADO E CORTOU O PÉ DE FEIJÃO. 
O PÉ DE FEIJÃO CAIU E O GIGANTE SE ESTATELOU NO CHÃO. JOÃO CONTOU A AVENTURA, 
E SUA MÃE FICOU ORGULHOSA DE SUA CORAGEM. 
DEPOIS DE RECUPERAR A HARPA MÁGICA E A GALINHA DOS OVOS DE 
OURO, JOÃO E SUA MÃE NUNCA MAIS TIVERAM DIFICULDADES. 
O RATINHO DO CAMPO E 
O RATINHO DA CIDADE 
ERA UMA VEZ. UM RATINHO QUE MORAVA NA CIDADE E OUTRO QUE MORAVA 
NO CA·MPO. O RATINHO QUE MORAVA NA CIDADE SE CHAMAVA ANTÔNIO CARLOS E O 
RATtNHO QUE MORAVA NO CAMPO SE CHAMAVA ZÉ. OS DOIS ERAM PRIMOS. 
C[RTAVU. zt. CONVIDOU ANTÔNIO CARLOS PARA PASSAR UNS OtAS NO SEL: 
,sfnol MAS ELE NÃO GOSTOU. PARA ELE. A VtDA ALI ERA TRANQUI LA DEMAIS EN-:-AO. 
CONTOU T,QOAS AS MARAVILHAS QUE EXJSTIAM NA CIDADE , 
ZÉ FICOU fASCiNAOO COM ruoo o QUE o PR ~MO DA CfOADE CONTOU, E. 
ACASOtJ .ACEf1ANOO O CO.NVffE QUE O PRIMO LHE FEZ PARA MOHAR COM ELE. 
MAS, NA CIDADE, ZE SÓ LEVOU SUSTO. NA RUA1 QUASE FOI 1\ l ROPELADO POR 
UM CARRO. NA CASA 00 PRIMO. QUASE FOI DEVORADO POR UM G,~ro ENORME. 
NO DtA SEQU,fNlE AO OE SUA CHEGADA À CIDADE, ZE F'E l AS MALAS E VOLTOUCORRENDO PARA A SUA CASINHA NO CAMPO. AH ! AQUILO, SIM , É QUE ERA VIDA. 
UMA VlOA TRANQUJlA E FEUZ. 
◄ 
A FESTA N~ CÉU ~ 
ERA UMA VEZ UMA FLORESTA CHEIA DE PASSAROS E BICHOS. OS PASSAROS \ 
ESTAVAM EM POLVOROSA, POIS A FESTA NO CÉU ESTAVA PARA COMEÇAR. AS AVES, DE 
TODAS AS CORES E FORMAS, SABIAM QUE SÓ OS ANIMAIS QUE VOAM PARTICIPAVAM 
DA FESTA. 
MESMO NÃO SENDO PÁSSARO, A TARTARUGA DECIDIU IR À FESTA. ESCONDEU-
SE NA VIOLA DO URUBU E LÁ SE FOI, TODA PROSA, SEM O URUBU PERCEBER. 
- COMO VOCÊ CHEGOU AQUI NO CÉU? - SURPREENDERAM-SE AS AVES. 
- VOANDO! - DISSE A TARTARUGA, JÁ ENTRANDO NO ESPÍRITO DA FESTA. 
NA VOLTA, ESCONDEU-SE DE NOVO NA VIOLA DO URUBU, QUE, DESTA VEZ, FICOU 
DESCONFIADO. "QUE DIABO DE VIOLA MAIS PESADA!" - PENSOU ELE. 
MAIS ADIANTE, O URUBU ENTENDEU TUDO, E DISSE: 
- NÃO É A VIOLA QUE ESTÁ PESADA! É A TARTARUGA! 
ENTÃO, VIROU A VIOLA DE BOCA PARA BAIXO E A TARTARUGA ESTATELOU-SE NO 
CHÃO. PEDAÇOS DE SEU CASCO ESPALHARAM-SE POR TODA PARTE. MAS, FELIZMENTE, 
~ A TARTARUGA FOI REMENDADA. E É POR ISSO QUE O SEU CASCO PARECE REMENDADO 
ATÉ HOJE. 
DEPOIS DAQUILO, NUNCA MAIS A TARTARUGA QUIS VOLTAR À FESTA NO CÉU. 
27 . O PATINHO FEIO 
ERA UMA VEZ UM PATO E UMA PATA QUE SE CASARAM E LOGO QUISERAM TER 
FILHOS. FELIZ DA VIDA, DONA PATA PÔS VÁRIOS OVOS E COMEÇOU A CHOCÁ-LOS. 
UM DIA, UM OVO, QUE NÃO ERA DELA, VEIO ROLANDO, NÃO SE SABE DE ONDE 
, ' 
E, SEM NINGUEM PERCEBER, SE MISTUROU COM OS OVOS DE DONA PATA. ENTÃO ELA 
, ' 
TAMBEM CHOCOU AQUELE OVO. 
ATÉ QUE, UM DIA, PARA A ALEGRIA DE SEU PATO E DE DONA PATA, NASCERAM 
VÁRIOS PATINHOS E UM "PATÃO". OS PATINHOS ERAM TODOS MUITO ENGRAÇADINHOS 
E BONITINHOS. O "PATÃO", COITADO, ERA SEM GRAÇA E FEIOSO. 
O SEU PATO FOI LOGO DIZENDO QUE NÃO GOSTAVA DAQUELE "PATÃO" FEIOSO 
E O EXPULSOU DE CASA. O "PATÃO" FEIOSO SAIU À PROCURA DE UMA NOVA FAMÍLIA, 
MAS, NA FAZENDA, NINGUÉM O ACEITOU COMO FILHINHO. NEM DONA GALINHA, 
NEM DONA CACHORRA, NEM DONA CABRA, NEM DONA MULA, 
NEM DONA COELHA, PORQUE TODOS ACHAVAM QUE ELE ERA 
FEIOSO. 
ENTÃO, MUITO TRISTE, ELE FOI EMBORA DAQUELA 
FAZENDA E ENTROU NA FAZENDA VIZINHA. LÁ, ENCONTROU 
DONA CISNE, CUJOS FILHINHOS TAMBÉM TINHAM 
ACABADO DE NASCER, E ERAM IGUAIZINHOS A ELE. O 
"PATÃO" FICOU MUITO ALEGRE POR TER ENCONTRADO 
A SUA VERDADEIRA FAMÍLIA. E, QUANDO CRESCEU, 
TAL COMO SEUS IRMÃOS, ELE VIROU UM GRANDE 
E LINDO CISNE. 
7 
f CHAPEUZINHO VERMELHO 
ERA UMA VEZ, UMA MENINA MUITO BOAZINHA CHAMADA CHAPEUZINHO 
VERMELHO. UMA MANHÃ, SUA MÃE FEZ UM BOLO DELICIOSO E PEDIU QUE ELA O 
LEVASSE PARA SUA VOVÓ. 
INDO PARA A CASA DA VOVÓ, CHAPEUZINHO VERMELHO RESOLVEU PEGAR UM 
ATALHO PELA FLORESTA. LOGO APARECEU UM LOBO: 
- OLÁ, MENINA, AONDE VAI COM TANTA PRESSA? 
- ESTOU LEVANDO UM BOLO PARA A VOVÓ - RESPONDEU ELA, GENTILMENTE. 
- E ONDE MORA A SUA AVÓ? 
- ELA MORA NA CASINHA BRANCA PERTO DA FLORESTA. 
O LOBO PARTIU CORRENDO PARA A CASA DA VOVÓ. 
TOC! TOC! 
- QUEM ESTÁ AÍ? - PERGUNTOU A VOVÓ. 
- É CHAPEUZINHO VERMELHO, VOVÓ - MENTIU O LOBO. 
- PODE ENTRAR - DISSE A VOVÓ. 
ENTÃO, O LOBO ENTROU E DEVOROU A VOVÓ. ELE VESTIU UMA ROUPA DA VOVÓ 
E DEITOU EM SEU LUGAR. 
- VOVÓ, VOCÊ ESTÁ AÍ? 
- PODE ENTRAR, CHAPEUZINHO VERMELHO - DISSE O LOBO, IMITANDO A VOZ 
DA VOVÓ. 
CHAPEUZINHO VERMELHO ENTROU, E, QUANDO VIU A VOVÓ NA CAMA, 
FICOU MUITO ASSUSTADA. 
- MAS QUE OLHOS GRANDES VOCÊ TEM, VOVÓ! 
- É PARA TE VER MELHOR, MINHA NETINHA. 
- E QUE NARIZ TÃO GRANDE VOCÊ TEM, VOVÓ! 
- É PRA TE CHEIRAR MELHOR, MINHA NETINHA. 
- E QUE BOCA GRANDE É ESSA? 
- É PRA TE COMER! 
CHAPEUZINHO VERMELHO GRITOU DE MEDO. UM CAÇADOR QUE PASSAVA POR 
ALI OUVIU OS GRITOS, ENTROU NA CASA, MATOU O LOBO E TIROU A VOVÓ DA 
BARRIGA DELE. 
ENQUANTO COMIAM BOLO E TOMAVAM CHA. 
A_ ÇHAPEUZINHO VERMELHO PROMETEU À VOVÓ 
NUNCA MAIS CONVERSAR COM ESTRANHOS. 
' 
29 A PASTORA 
DE GANSOS 
ERA UMA VEZ UMA MENINA CHAMADA LUCINHA. ELA HAVIA SIDO PROMETIDA EM 
CASAMENTO A UM PRÍNCIPE DE OUTRO REINO. 
UM DIA, A MÃE CHAMOU-A E DISSE: 
- MINHA FILHA, AGORA, VOCÊ IRÁ CONHECER O PRÍNCIPE. LEVE ESTE LENÇO. 
ELE SERÁ SEU TALISMÃ E A PROTEGERÁ DE TODOS OS PERIGOS. 
E LUCINHA PARTIU COM SUA CAMAREIRA GLINDA, QUE ERA MUITO RUIM E 
INVEJOSA, POIS ELA É QUE QUERIA CASAR COM O PRÍNCIPE. 
NO CAMINHO, LUCINHA PERDEU O SEU LENÇO PROTETOR. ASSIM, A MALVADA 
GLINDA SE APRESENTOU AO REI COMO LUCINHA E DISSE QUE A MENINA ERA SOMENTE 
UMA CRIADA E QUE PODERIA GUARDAR GANSOS. 
E A POBRE LUCINHA VIU-SE OBRIGADA A SER UMA PASTORA DE GANSOS. 
SABENDO DE TUDO, UM PASTOR CONTOU AO REI O QUE ESTAVA ACONTECENDO 
COM A PRINCESA. 
O REI EXPULSOU A CAMAREIRA DO REINO E FEZ COM QUE 
LUCINHA SE CASASSE COM O PRÍNCIPE. E TODOS VIVERAM 
FELIZES POR MUITOS E MUITOS ANOS. 
J 
30 O PEQUENO 
POLEGAR 
ERA UMA VEZ UM MENINO BEM 
PEQUENININHO, MAS TÃO PEQUENININHO 
QUE ERA DO TAMANHO DE UM DEDO 
POLEGAR. POR ISSO, ERA CHAMADO DE 
PEQUENO POLEGAR. 
ELE TINHA SEIS IRMÃOS MAS TODOS ERAM , 
MUITO, MAS MUITO MAIORES DO QUE ELE. SEMPRE QUE 
PEQUENO POLEGAR E SEUS IRMÃOS IAM BRINCAR NO BOSQUE PERTO DE CASA, ELE 
LEVAVA UM MONTE DE PEDRINHAS. CONFORME CAMINHAVAM, ELE IA LARGANDO NO 
CHÃO AS PEDRINHAS. NA VOLTA PARA CASA, ERA SÓ SEGUIR AS PEDRINHAS E ASSIM 
NUNCA SE PERDIAM. 
UM DIA, PEQUENO POLEGAR DEU UMA DE BURRINHO E, EM VEZ DE PEDRINHAS, 
MARCOU O CAMINHO COM GRÃOS DE MILHO. A GALINHA DO VIZINHO VIU OS GRÃOS 
DE MILHO E FOI COMENDO TODOS. NA VOLTA, O PEQUENO POLEGAR E SEUS IRMÃOS 
SE PERDERAM. 
ELES FORAM PARAR NO CASTELO DO GIGANTE MALVADO QUE USAVA AS BOTAS 
DE SETE LÉGUAS. COM ELAS, CADA PASSO DO GIGANTE MEDIA SETE LÉGUAS (ISTO 
É, MAIS DE 46 QUILÔMETROS). 
COMO O GIGANTE ESTAVA DORMINDO, PEQUENO POLEGAR E SEUS 
IRMÃOS ENTRARAM NAS BOTAS E ELAS SAÍRAM VOANDO COM ELES DENTRO. 
E, NUM INSTANTINHO, ELES CHEGARAM EM CASA, 
PORQUE AS BOTAS ADIVINHAVAM O CAMINHO DE QUEM 
AS USAVA. 
AS BOTAS GOSTARAM TANTO DO PEQUENO 
POLEGAR QUE NÃO QUISERAM MAIS VOLTAR PARA 
O CASTELO DO GIGANTE. 
COM AS BOTAS, PEQUENO POLEGAR 
VIROU O CARTEIRO DO REI. ELE IA 
ENTREGAR AS CARTAS DO REI DE 
MANHÃ E ANDAVA TÃO DEPRESSA 
QUE ANTES DO ALMOÇO JÁ 
ESTAVA DE VOLTA.