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Histologia Avançada - Estruturas Especiais do Tegumento de Animais

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1 
Histologia Animal Avançada 
Medicina Veterinária - UNIFASB 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estruturas Especiais do Tegumento 
de Animais 
 
 
Centro Universitário São Francisco de Barreiras 
Curso de Medicina Veterinária – 3º semestre 
COMPONENTE: HISTOLOGIA ANIMAL AVANÇADA/ 2022.1 
DOCENTE: SILVANA SANTOS MARTINS LOPES 
DISCENTES: Gabriella Spinola Alcântara, Gabriela Ramos da Silva Elesbão, Laura 
Cardoso Souto Tomazini 
 
 
 
 
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Histologia Animal Avançada 
Medicina Veterinária - UNIFASB 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ouvido Externo 
A audição é um dos sentidos de grande importância para os seres vivos, inclusive para os 
animais, já que lhes permite maiores chances de sobrevivência na natureza ou também em ambientes 
modificados pelo homem. Ela é importante para detectar perigos, entre eles os predadores e os 
veículos motorizados, para responder também às verbalizações de seus semelhantes em 
comportamentos de acasalamento, além de outras variedades e necessidades da vida (Strain e Myers, 
2006). 
 
 
O Ouvido e Via Auditiva é 
composto por três regiões dentre elas: 
ouvido externo (recebe ondas sonoras), 
ouvido médio (ondas transformadas em 
vibrações mecânicas) e ouvido interno 
(vibrações mecânicas ➔ receptores 
auditivos ➔ impulsos elétricos ➔ chegam 
ao SNC via nervo auditivo) + estruturas 
vestibulares – Vestíbulo (equilíbrio). 
 
Ouvido Externo: Composto por pavilhão 
da orelha, meato acústico, membrana do 
tímpano. A captação do som é feita com a 
ajuda do pavilhão auricular, em que tem 
uma forma irregular, constituído por uma 
placa de cartilagem elástica coberta por 
uma fina camada de pele, repleta de 
glândulas sebáceas e sudoríparas. 
 
- Pavilhão Auricular (aurícula, pina): 
 Prega de pele fina típica 
 Cartilagem elástica 
 Músculo estriado esquelético 
(localização direcional) 
- Meato Acústico Externo: 
 Penetra no osso temporal 
 Pele fina: 
 Glândulas sudoríparas apócrinas 
modificadas (ceruminosas) 
 Folículos pilosos 
 Glândulas sebáceas 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cortes Histológicos da Região Auditiva. 
Fonte : Histologia Veterinária Especial,2021. 
 
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Histologia Animal Avançada 
Medicina Veterinária - UNIFASB 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A cartilagem do pavilhão auditivo se continua com a cartilagem 
que vai revestir a porção cartilaginosa do meato auditivo externo. O 
meato auditivo externo é revestido por pele delgada contendo folículos 
pilosos, glândulas cebáceas e glândulas ceruminosas, essas que vão 
produzir a cera de ouvido. Os pelos e a cera, caracterizados por uma 
consistência pegajosa, ajudam a impedir a penetração profunda de 
objetos no meato. A membrana timpânica cobre a extremidade mais 
profunda do meato auditivo externo, local onde as ondas sonoras são 
convertidas em energia mecânica, transmitida para os ossículos do 
ouvido médio (RODRIGUES, 2014,p.1). 
Anatomia do ouvido Canino. Fonte: Fossum, 2015. 
É importante notar que a porção 
externa do ouvido possui uma 
macrobiota residente que é 
composta por cocos e bastonetes 
Gram-positivos, e leveduras da 
espécie Malassezia pachydermatis 
(M.pachydermatis) (OLIVEIRA, 
2006). 
 
 A pele do canal vertical e 
horizontal tem folículos pilosos e 
glândulas sebáceas, responsáveis 
pela formação de cerúmen 
(HEINE, 2004; SCHERER et al., 
2014). 
 
 
 
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Histologia Animal Avançada 
Medicina Veterinária - UNIFASB 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ---- Membrana Tímpânica 
 É localizada no fundo do meato (oval) 
 Possui 3 camadas: 
 Externa: Faz contato com o meato, revestida pela pele do meato acústico (T.E.E.P), 
epitélio estratificado pavimentoso 
 Porção medial: Centro de fibras de colágeno, fibroblastos (dupla camada) 
 Interna: Faz contato com o ouvido médio, epitélio cúbico simples 
 Função: Transmitir as ondas sonoras para os ossículos do ouvido 
 
 
 Histologia do ouvido. Fonte: Passei Direto. 
 
 
 
Umas das infecções ligadas ao canal auditivo é a otite externa, em que é uma 
efecção do epitélio do condudo auditivo, podendo também acometer o pavilhão 
auricular. 
 
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Histologia Animal Avançada 
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Pálpebras 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As pálpebras são dobras finas de pele e músculo que vão revestir e proteger os olhos de partículas 
invasoras, ao se fecharem arrastam resíduos para fora dos olhos e ao se abrirem vão ajudar a umidificar 
a superfície ocular com as lágrimas. A pálpebra é considerada uma estrutura importante para a 
proteção do globo ocular. 
 
 
 
Esquema de um olho animal com foco nas pálpebras. Fonte: Slatter, D. Fundamentos de oftalmologia Veterinária, 5 ed. 
2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Histologia Animal Avançada 
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 Umas das principais funções das pálpebras são: 
 Proteção: É responsável pela proteção contra agressões externas, corpos estranhos 
 Filme lacrimal: Produção de mucina e lipídios 
 O ato de piscar promove assim: 
 Distribuição do filme lacrimal: nutrição 
 Drenagem do filme lacrimal: remoção de “produtos tóxicos” 
 Remoção física de debris da superfície ocular 
 
 Além disso, a pálpebra superior é composta por cílios, porém em cães e gatos essa 
característica é um pouco diferente, já que a pálpebra inferior é desprovida de cílios e cercada por 
pelos. 
 A terceira pálpebra possui anatomicamente bem em seu interior uma cartilagem em forma de 
T que vai auxiliar em sua movimentação sobre a superfície ocular. Existe uma glândula chamada 
glândula nictitante localizada bem abaixo da cartilagem, que vai ser responsável pela produção de 
60% da fração aquosa do filme lacrimal. Todo o revestimento da cartilagem é feito por uma 
conjuntiva, com folículos linfoides na superfície bulbar (proteção imunológica ocular). 
 Logo na margem da terceira pálpebra é geralmente pigmentada, exceto em alguns animais. A 
pigmentação é considerada normal e não pode ser confundida com conjuntivite. Ao everter a terceira 
pálpebra pode-se observar a superfície da conjuntiva com um tecido contendo pequenos grânulos, 
que podem ser denominado de tecido linfoide. Existe também uma região globosa que é a glândula 
nictitante. 
 
 
Fonte: Vet Profissional 
 
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Histologia Animal Avançada 
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J 
 
Seio Infraorbital 
 Os seios cutâneos são bolsas originadas na pele e existem 4 tipos que são o seio infraorbital, 
seio inguinal, seio paranal e seio interdigital. 
 
 
Fonte: Vet Profissional 
 
 
 Essa região possui glândulas e essas glândulas do seio infraorbital estão localizadas em um seio 
cutâneo rostral ao olho da face dos ovinos, servindo de marcadores territoriais, sendo maiores em 
carneiros. A parede do seio contém glândulas serosas e sebáceas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Histologia Animal Avançada 
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 Focinho 
 
O sistema respiratório é capaz de desenvolver várias funções dentro do organismo animal. A mais 
importante delas está relacionada às trocas gasosas em que são realizadas a oxigenação sanguínea e a 
liberação de gás carbónico, nos alvéolos pulmonares. A troca gasosa é chamada de hematose e, para que 
ocorra, é necessária aaproximação do ar inalado com o sangue na barreira alvéolo-capilar. Outras 
funções do sistema respiratório são representadas pela manutenção do equilíbrio ácido-base, pela atuação 
como um dos reservatórios sanguíneos do organismo, por filtrar e provavelmente destruir êmbolos 
sanguíneos, metabolizar substâncias como a serotonina, prostaglandina, corticosteróides e leucotrienos, 
além de ativar outras substâncias como a angiotensina. Atua, ainda, como um dos órgãos importantes 
para as funções de termorregulação dos animais e na fonação. 
O sistema respiratório constitui-se, anatomicamente, de narinas, coanas, seios paranasais, laringe, 
traquéia, brônquios principais, brônquios segmentares, bronquíolos, alvéolos. As vias de condução do ar 
para as unidades fisiológicas de trocas gasosas são chamadas de vias aéreas. As vias aéreas são divididas 
arbitrariamente na altura da borda caudal da cartilagem cricóidea em vias aéreas anteriores e posteriores. 
O ar inalado entra pelas duas narinas, é aquecido e umidificado nas coanas e nos seios paranasais, vai à 
laringe, daí à traquéia. Essas estruturas se situam fora do tórax. A porção final da traquéia, já no tórax, 
divide-se em dois brônquios principais que dão origem aos brônquios lobares ou principais que, por sua 
vez, originam várias gerações de brônquios segmentares. Esses brônquios, próximos ao hilo pulmonar, 
são chamados de grandes brônquios, pois são visíveis em qualquer corte transversal do pulmão possuem 
cartilagem espessa em suas paredes. 
 
 
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Histologia Animal Avançada 
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 VIAS DO TRATO RESPIRATÓRIO 
 
 1. Porção condutora: a. Cavidades nasais (fossa nasal); 
 Região vestibular 
 Região respiratória 
 Região olfatória 
 b. Seios paranasais ; 
 c. Nasofaringe 
 d. Laringe 
 e. Traquéia 
 f. Brônquios e bronquíolos. ( Aquece, umidifica e purifica o ar) – plexo venoso/sinusoides 
cavernosos. Seguido dos Brônquios primários (extrapulmonares) ; Brônquios secundários 
(intrapulmonares); Brônquios terciários (intrapulmonares); Bronquíolos; Bronquíolos terminais. 
 
2. Transição: bronquíolos respiratórios, conduzem o ar e trocam gases 
 
 3. Porção respiratória: bronquíolos, ductos alveolares, sacos alveolares e alvéolos. 
 ( Troca gasosa entre ar e sangue). 
 
 
 
 
Fonte: Medicina Veterinária - Unimonte. Por Thainá Ramos 
 
Cavidade Anasal 
Funções: Filtra, modifica a temperatura e umidifica o ar inspirado, 
percepção de odores. 
• Células de defesa. 
• Vasos sanguíneos (seios venosos). 
• Células de defesa. 
• Vasos sanguíneos (seios venosos). 
Porções: 
 1. Vestíbulo: porção anterior (mais externa) e mais dilatada. Formada por prega mucocutânea. 
(Primeira barreira de purificação). Apoia-se em placas ósseas ou de cartilagem hialina. 
 • Epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado. 
 • Lâmina própria de tecido conjuntivo denso. 
 • Pelos (folículos pilosos) e glândulas mucosas (sebáceas) e a pigmentação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Área respiratória: (umidificação das cavidades nasais). Mais extensa. 
 
 
 
 
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Histologia Animal Avançada 
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Cavidade Anasal 
Funções: Filtra, modifica a temperatura e umidifica o ar inspirado, 
percepção de odores. 
• Células de defesa. 
• Vasos sanguíneos (seios venosos). 
• Células de defesa. 
• Vasos sanguíneos (seios venosos). 
Porções: 
 1. Vestíbulo: porção anterior (mais externa) e mais dilatada. Formada por prega mucocutânea. (Primeira 
barreira de purificação). Apoia-se em placas ósseas ou de cartilagem hialina. 
 • Epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado. 
 • Lâmina própria de tecido conjuntivo denso. 
 • Pelos (folículos pilosos) e glândulas mucosas (sebáceas) e a pigmentação. 
 
 2. Área respiratória: (umidificação das cavidades nasais). Mais extensa. 
 • Epitélio pseudoestratificado prismático ciliado com células caliciformes. 
 • Lâmina basal. 
 • Lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo rica em glândulas seromucosas. 
 • Células de defesa. 
 • Vasos sanguíneos (seios venosos) 
 
Fonte: Fotografias e Legendas: Fabiana Morgado Garzoni 
Aluna 3º. Semestre Medicina Uni-FACEF. 
 
. 
 3. Área olfatória: Sensibilidade olfativa. Reveste conchas nasais e órgão vômeronasal. 
 A área olfatória possui diversas células; dentre elas estão as células de sustentação, basais, olfatórias. 
 Por fim, contem cílios olfatório, lâmina propia e quimiorreceptores. 
 
 
 
 
 
 
 
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4. Epitélio respiratório: Aquecimento do ar. 
 • Célula prismática ciliada (mais abundante) com muitas mitocôndrias embaixo dos corpúsculos basais. 
 • Células basais indiferenciadas 
 • Célula granular. 
 • Célula neuroendócrina (integração das secreções serosa e mucosa) 
 • Célula caliciforme (secretora de muco). 
 • Células em escova. 
 
 
Área olfatória. Fonte: GARTNER, Leslie P. Tratado de Histologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. 
 
 
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Histologia Animal Avançada 
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 Sacos Anais 
 
Os sacos anais, erroneamente chamados de glândulas anais, possuem um odor característico em 
função de reconhecimento social entre os cães, e as desordens que os afetam são enquadradas entre 
saculites, impactações, abscessos e neoplasias (JUNIOR, 2005). Essas condições permitem um fácil 
diagnóstico apenas por meio do exame clínico do animal, observando as alterações presentes nos sacos 
anais. Caso não seja obtido êxito no tratamento conservativo, pode ser realizado um procedimento 
cirúrgico para a excisão do saco anal, havendo duas técnicas citadas na literatura. O método aberto expõe 
o lúmen do saco anal, e no método fechado o lúmen não é exteriorizado para sua dissecção (ARONSON, 
2007). No pós-operatório uma das complicações é a incontinência fecal, porém o quadro pode ser 
restabelecido e suas funções fisiológicas normalizadas com uma conduta pós operatória imediata correta 
(ARONSON, 2007). Os sacos anais são especificamente seios perianais, formados por pares de 
invaginações na zona interna cutânea entre os músculos interno e externo do esfíncter anal (MACPHAIL, 
2008). A saculite anal é incomum em gatos, pois a espécie raramente apresenta incontinência do saco anal, 
resultando na frequente liberação da secreção produzida neste órgão. Ao contrário dos felinos, a saculite 
anal é comum na espécie canina (HEDLUND, 2008). 
 
 
Fonte: Maricy alexandrino- Medicina Veterinária 
1- Glândula saco anal normal 
2- Saco anal rompido 
 
 
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 Fonte: Tatiana M. Souza Rafael A. Fighera Glaucia D. Kommers Claudio S.L. Barro 
 
As doenças que acometem o saco anal do cão carecem de pesquisas para elucidar sua 
etiologia, embora o atendimento clínico para problemas associados a essas estruturas seja amplo e 
rotineiro. A causa exata da doença do saco anal é desconhecida, embora vários fatores 
predisponentes tenham sido relatados, como tamanho do animal, obesidade, doença inflamatória da 
pele, doença intestinal, dieta, inatividade e etnia. O tratamento clínico às vezes é ineficaz, sendo 
necessária intervenção cirúrgica em alguns casos. 
 
 
 
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Histologia Animal Avançada 
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c
 
 
 Glândulas Circum Anais 
 
Os tumores circum-anais são frequentes em cães, sendo a terceira neoplasia cutânea mais 
comum da espécie. Os adenomas de glândulas circum-anais possuem um bom prognóstico com a 
remoção cirúrgica associada à orquiectomia nos machos. Já os adenocarcinomas circum-anais 
apresentam alta taxa de recidiva, e os adenocarcinomas apócrinos de saco anal demonstram 
prognóstico de reservado a ruim, são altamente invasivos e metastáticos. Ainda não existe uma 
terapia de escolha para esses tumores, assim como, paraos adenocarcinomas circum-anais, 
principalmente os metastáticos. 
 
 
 Fonte: Slide Player, Sistema Tegumentar. 
 
 
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Histologia Animal Avançada 
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 Glândula Supra Caudal 
 
As glândulas especiais da pele têm relações anatômicas com outras estruturas e não estão 
associadas aos pelos. 
As glândulas supra caudais dos cães e gatos estão localizadas na porção dorsal da cauda 
(BANKS, 1991), tal região é rica em glândulas sebáceas e apócrinas onde tem a função de produzir 
secreções utilizadas para marcar território. 
As glândulas da cauda do gato se estendem ao longo de todo o comprimento do dorso da cauda e 
é denominada de órgão supra-caudal ou órgão dorsal da cauda. Quando esta glândula produz secreção 
em excesso, ocorre o acúmulo da mesma, levando à oleosidade excessiva. Essa dermatopatia é 
denominada hiperplasia do órgão supra caudal, por esse motivo, a maior parte dos autores considera essa 
glândula, como sebácea. A alteração é classificada como sendo um defeito da ceratinização (SCOTT et 
al; 1996), que são anormalidades congênitas ou adquiridas no processo de formação da epiderme, como 
resultado ocorre à descamação excessiva da pele ou produção de seborréia podendo formar um 
engurduramento da região (MESSINGER, 2002). Podem ocorrer foliculite bacteriana secundária, 
comedões, furunculose localizada e prurido (NORSWORTHY, 2004). 
 
 
 Fonte: Dicas Peludas – Cauda de Garanhão. 
 
 
 
 
 
 
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Histologia Animal Avançada 
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+ 
 
 Glândula Supra Caudal 
 
Os cães possuem uma glândula que apresenta-se como uma região oval, ligeiramente 
intumescida de pele, composta por folículos pilosos isolados (WILLEMSE, 1998). No cão, a glândula 
da cauda é uma glândula hepatóide (Scott et al. 2001). 
Os epiteliomas de glândulas hepatoides são neoplasias de baixo grau de malignidade e 
acometem, com maior frequência, machos inteiros, acima de sete anos de idade. 
Através do exame de citologia e histopatologia pode-se concluir o diagnóstico deste tipo de 
neoplasia. Para o tratamento, preconiza-se a retirada do tumor, acompanhada de orquiectomia. O 
prognóstico dessa neoplasia em cães é favorável, pois aproximadamente 95% dessas neoplasias 
regridem após a castração dos machos (MEDLEAU; HNILICA, 2003). 
 
 
 Fonte: Espaçoderma - Dermatologia Veterinária. 
 
 As glândulas prepuciais do garanhão são glândulas sebáceas ativas que elaboram o sebo. 
 As glândulas odoríferas ou glândulas dos cornos dos caprinos são glândulas sebáceas 
modificadas associadas aos pelos localizados no lado caudomedial da base do corno. Os 
seus produtos de secreção, que incluem o ácido capróico, são os responsáveis pelo odor 
típico dos bodes. 
 
 
Fonte: Departamento de Zootecnia – ppt carrear 
 
 
 
ESCREVER AQUI 
FONTE: TIMES NEW ROMAM 12 
 
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Histologia Animal Avançada 
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 Órgãos Digitais e Chifes 
 
O órgão digital consiste em epiderme queratinizada, derme subjacente e uma hipoderme de 
espessura variável. Queratina dura ou córnea forma a parte queratinizada dos cascos de cavalos, 
ruminantes e porcos, e nas garras de carnívoros. Na porção mais interna está localizado o tecido 
conjuntivo denso, onde contém vasos sanguíneos e nervo, chamado de cório (derme). A hipoderme 
está ausente em algumas regiões do dedo (muralha do casco – apresenta as bordas denominadas 
coronário e basal, sola - é a maior parte da superfície plantar do casco, garra), mas na região que faz 
contato com o solo, ela fica modificada para formar o coxim digital (EURELL e FRAPPIER, 2012), 
que ocupa o espaço entre os ossos e os tendões do pé e a superfície do casco em contato com o solo. 
Este tecido conjuntivo fibroelástico, localizado profundamente à derme, absorve os choques de 
forma eficiente. Os ossos e seus ligamentos e os tendões associados, formam a estrutura de 
sustentação do dedo (BANKS,1992). 
 
 
 
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Histologia Animal Avançada 
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 Órgãos Digitais e Chifres 
 
Os chifres consistem em uma epiderme queratinizada dura, uma derme e uma hipoderme. 
São constituídos de um cone de células queratinizadas e fibras, que crescem a partir da epiderme. As 
fibras crescem a partir das papilas dérmicas, cujas células produzem uma espécie de cimento que 
une as fibras, mantendo-as juntas. 
Uma camada delgada mais externa de queratina mole, a epiquera, forma a raiz do chifre e é 
semelhante à epiderme do períoplo. A epiquera descama em forma de escamas queratinizadas, de 
maneira parecida com o que ocorre com a camada externa do casco. A derme é papilada e, 
juntamente à hipoderme delgada, preenche o espaço entre a epiderme e o periósteo do osso 
(EURELL e FRAPPIER, 2012). 
 
o Nos ruminantes, os chifres são revestimentos dos processos cornuais do osso frontal do 
crânio. 
o Em búfalos, cabras e outros ruminantes são encontrados chifres ocos, que são extensões do 
osso frontal do crânio, coberta por uma camada córnea. 
o Nos cervídeos, não tem estímulo da pele, cresce a partir do osso frontal. 
o As galhadas são estruturas ósseas sem qualquer cobertura epidérmica, apenas nos jovens é 
revestido com pele, o que confere textura aveludada. 
 
 
Fonte: apoiogenética.com 
 
 
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Histologia Animal Avançada 
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 Casco de Ruminantes e Suínos 
 
Os cascos dessas espécies é classificado como Artilodatilo, possui dois dedos. Esses dedos 
sustentam o peso em cada pé. É formado por: parede, sola e bulbos bem desenvolvidos. Desta forma, 
a parede é mais curvada para formar uma margem dorsal (que se assemelha a garra); o bulbo 
(coxim) é grande e recobre toda a parte caudal do casco com a função de amortizar os impactos, 
quando pressionado durante a distribuição do peso, expande-se axial e abaxialmente, transferindo as 
forças para a parede do casco; a sola entre o bulbo e a parede é pequena e as lamelas que se 
interdigitam são menos desenvolvidas. 
 O Casco é a porção queratinizada da epiderme que recobre a extremidade distal do dedo, fazendo 
com que essas estruturas se interdigitem. 
 Os riscos paralelos em sentido longitudinais no casco, são as queratinas tubulares produzidas 
pela coroa, são lâminas bem desenvolvidas, que vão fazer a adesão dessas estruturas. Observa-se 
que a organização na sola do casco é diferente, composta pela queratina intertubular. Ela é uma 
queratina mais macia, porque não é produzida, nem organizada em forma de tubos paralelos. 
Formada por tubos espalhados conferindo menos resistência a sola do casco. 
 
 Fonte: wordpress.com 
 
 
 
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 Casco de Ruminantes e Suínos 
 
Epiderme 
Estrato córneo (avascular): 
o Estrato Externo - queratina tubular. 
o Estrato Médio – queratina tubular e intertubular (principal estrutura de sustentação). 
o Estrato Interno ou laminar – lâminas primárias e secundárias de queratina. 
Lâminas epidérmicas primárias e secundárias: 
o Trata-se de cerca de 600 lâminas primárias queratinizadas que se estendem do sulco. 
coronário para o interior a partir do estrato médio, com o qual tem continuidade. 
o 100 a 200 lâminas epidérmicas secundárias – repousam no tecido conjuntivo da lâmina 
dérmica secundária e também se fixa na lamina epidérmica primária queratinizada. 
 
 
 
 
 
 
 
Corte longitudinal de casco de 
feto ovino. A epiderme 
coronária ( C ), a lâminar 
( L ), e a sola ( S ) estão 
indicadas. 4X. Fonte: Banks, 
1992,p.416 
Lâminas de casco de feto 
bovino. Apenas as lâminas 
primárias estão presentes.40X. 
Fonte: Banks, 1992,p.416 
 
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Histologia Animal Avançada 
Medicina Veterinária - UNIFASB 
 
 Referências 
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