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EQUINODERMOS | Ana Flávia Medeiros Equinodermos Faz parte de deuterostomata (antes era protostomata; mudança na embriogênese- clivagem radial dos blastômeros, mesoderme derivada do arquêntero, celoma formado por enterocelia, blastóporo se torna ânus, presença de celoma tripartido) 1° registros fósseis- início da era Paleozóica Aproximadamente 7 mil espécies descritas Animais metazoários sem segmentação Tricelomados- 3 cavidades corporais Exclusivamente marinhos, não vivem em baixa salinidade e água salobra- são osmoconformadores Vivem no médio infralitoral, em profundidades e nos costões rochosos São bentônicos= vivem em substratos ou pedunculados (sésseis), não tem forma colonial Simetria pentarradial secundária- fase adulta. Estágio larval com simetria bilateral Sistema hidrovascular ou ambulacrário> sistema de canais fechados- anel central com 5 raios com canais radiais, forma os pés ambulacrais Tem corpúsculo de Tiedemann: remove bactérias e partículas indesejáveis Vesícula poliana: provável reservatório líquido Água entra pelo canal pétreo com ampola do madreporito e vai para sistema ambulacral EQUINODERMOS | Ana Flávia Medeiros Endoesqueleto- com ossículos calcários fusionados, formando endoesqueleto rígido. Tecido conectivo mutável- com matriz proteica de colágeno que possibilita elasticidade. Quanto mais ossículos menor o tecido conectivo mutável e mais rígido o animal Trato digestivo completo ou incompleto (sem ânus) e bem desenvolvido Não tem órgão excretor- excreção pelo sistema ambulacral Troca gasosa= difusão através dos pés ambulacrais Circulação= pouco desenvolvida, sistema hemal reduzido Sistema nervoso= anel circum oral (sai em 5 raios) e nervos radiais, dorsal Sensorial: pés ambulacrais Geralmente dioicos, poucas espécies com dimorfismo sexual, fertilização externa; ovo isolécito (vitelo bem distribuído e abundante), clivagem radial Larva planctotrófica: se alimenta do plâncton, fica à deriva, vida mais longa; ou larva lecitotrófrica- se alimenta do vitelo, vida curta Importância= comunidades ecológicas, cadeia alimentar, bioindicadores da qualidade de água Ameaças= exploração comercial, poluição, alimentação, artesanato, turismo inadequado 5 classes: Crinoidea= lírio-do-mar Asteroidea= estrela-do-mar Ophiuroidea= serpentes-do-mar Echinoidea- ouriço-do-mar, bolacha-da- praia Holothuroidea= pepino-do-mar EQUINODERMOS | Ana Flávia Medeiros Classe Crinoidea Sésseis (lírio-do-mar) ou de vida livre (penas-do-mar- não tem pedúnculo na fase adulta) Sésseis= lírio-do-mar; com haste e cálice por onde sai os braços com ramificações (pínulas). Vida livre= penas-do-mar; com cirros, cálice e braços com pínulas pena-do-mar Parte central com fixação ou natação e do outro lado com sulco ambulacral com pés ambulacrais, boca, ânus, sáculos que aumenta a superfície de absorção de nutrientes Superfície oral e boca voltadas para cima Cerca de 625 espécies vivas. Ordem Comatulida: penas-do-mar; pedúnculo apenas no estágio larval, sendo perdido na fase adulta, o elemento mais próximo de um pedúnculo na fase adulta é a base para apoiar os cirros, sendo um apêndice de fixação Ordem Cyrtocrinida: lírios-do-mar sem pedúnculo, em alguns casos tem cálice alongado e semelhante a um pedúnculo. Sem cirros, cálice fixado ao fundo ou por um disco; ex= Pilocrinus, Neogymnocrinus, Cyathidium, Holopus. Ordem Hyocrinida: lírios-do-mar com pedúnculo bem desenvolvido e fixado ao fundo por um disco terminal (grampo). Pedúnculo sem cirros; ex= Hyocrinus, Calamocrinus, Ptilocrinus. Ordem Isocrinida: lírios-do-mar com cálice composto por elementos espessos, pedúnculo bem desenvolvido formados por elementos intermodais (sem cirros) e nodais (com cirros); ex= Isocrinus, Hypalocrinus, Neocrinus, Teliocrinus, Endoxocrinus. Reprodução: gametas se desenvolvem nas pínulas que se icham e se abre Pode regenerar os braços e pínulas 2 estágios larvais- doliolárias EQUINODERMOS | Ana Flávia Medeiros Subfilo Asterozoa: animais estrelados, classe Asteroidea e Ophiuroidea, com boca voltada para o substrato Classe Asteroidea 5 raios: pode ter 5 braços ou múltiplo de 5 sistema ambulacral acompanha a quantidade de braços Ex: estrela-do-mar Corpo é achatado dorsiventralmente: superfície oral (boca) em contato com o substrato e superfície aboral oposta Superfície oral: boca + raios do sistema ambulacral + pés ambulacrais Superfície aboral: oposta à superfície oral; com madreporito (estrutura calcária perfurada, por onde a água entra) e ânus. Possui espinhos e placas calcárias pelo corpo Pode ter paxilas que aumentam a absorção de nutrientes Sistema ambulacral bem desenvolvido Troca gasosa: pápulas e pés ambulacrais Pápulas= pequenas evaginações epiteliais que permite a troca gasosa do corpo com o ambiente; presente ao longo do corpo (principalmente na superfície aboral), geralmente entre espinhos. Tubo digestivo: boca pequena, estômago alongado e eversível (usa para obter alimento), cecos pilóricos (aumenta a absorção de nutrientes). Alimento entra em contato com a superfície do corpo e fica retida no muco, sendo levada pela ação ciliar até os sulcos ambulacrais e depois a boca Boca é circundada por membrana peristomial coriácea= flexível e permite a eversão do estômago, com esfíncter para fechar o orifício oral Estômago cardíaco= parte eversível; estômago pilórico= relacionado aos cecos pilóricos, produz enzimas. Nutrição: maioria depositívoros predadores, alguns suspensívoros e planctônicos. Maioria tem pedicelárias: estruturas calcárias em forma de pinça, função de proteção e predação Endoesqueleto: derivado da mesoderme, composto por ossículos e placas formadas por cristais de CaCO3 (carbonato de cálcio) (com maior matriz proteica). Endoesqueleto é coberto por fina camada de tecido ciliado. Pés ambulacrais: tubulares, com ampolas internas, pode ter ou não ventosas (função de fixação, locomoção, sensorial). Funções pés EQUINODERMOS | Ana Flávia Medeiros ambulacrais= alimentação, fixação, locomoção, trocas gasosas Nervos radiais: espessamento epidérmico localizado em cada sulco ambulacral. Sensorial: espinhos, pedicelárias, neurônios sensoriais da epiderme. Fotorreceptores: ocelos côncavos pigmentados (manchas pigmentadas) na ponta dos braços. Extremidade dos braços com tentáculos pequenos (quimiorreceptor) e manchas pigmentadas (fotorreceptor) 2 pares de gônadas por braço, gametas liberados pela abertura genital na superfície aboral Desenvolvimento: clivagem radial, 2 estágios larvais= bipinária e braquiolária (começa a formar braços) Capacidade de regeneração Sistema circulatório: sistema de canais reduzidos- pseudohemais- com deposição radial, líquido incolor com amebócitos. Ameaças: venda do endoesqueleto Ordem Forcipulatida: 5 a 50 braços, pés tubulares com ventosas, tem ânus, tem pedicelárias parecidas com pinças. Ex= Asterias, Pisaster, Heliaster, Labidiaster, Pedicellaster, entre outros Labidiaster EQUINODERMOS | Ana Flávia Medeiros Asterias Ordem Brisingida: 6 a 20 braços longos, anel fundido com placas discais. Pedicelárias cruzadas semelhantes a pinças. Maioria são suspensívoras de mares profundos; ex= Brisinga, Odinia, Freyella, Astrocles. Ordem Spinulosida: 5 a 18 braços, pés tubulares com ventosas, ânus presente, geralmente não tem pedicelárias. Ex= Echinaster, Henricia, Acanthaster, Mithrodia Ordem Notomyotida: geralmente com 5 braços longos e com a lateral retilínea, disco pequeno. Ex= Benthopecten, Cheiraster Ordem Paxillosida: superfície superior com grupo de ossículos/paxilas,pés tubulares sem ventosas, ânus pode ser presente ou ausente. São epibentônicos ou cavadores de águas rasas. Ex= Astropecten, Luidia, Platasterias, Ctenodiscus Ordem Valvatida: pés tubulares com ventosas, ânus presente, alguns com paxilas, alguns com pedicelárias parecidas com pinças recuadas dentro das placas. Ex= Archaster, Asterina, Patiria, Goniaster, Fromia, Linckia Ordem Velatida: 5 a 15 braços, corpo espesso, disco largo, ossículos do estereoma pouco desenvolvido na região aboral em alguns. Geralmente são animais de água fria e de mar profundo. Ex= Pteraster, Hymenaster, Myxaster. Classe Ophiuroidea Ex: serpente-do-mar Tem 5 braços alongados, disco ventral pequeno Superfície aboral: disco central + placas (placa central + escudos radiais + escudos branquiais laterais). Pode ter espinhos ou não EQUINODERMOS | Ana Flávia Medeiros Superfície oral: placa mandibular, com dentículos em formato triangular ao redor, boca no meio e placas orais triangulares entre cada braço. Madreporito em uma das placas orais modificada. Ossículos do endoesqueleto mais evidente, com mais mobilidade Ao redor dos braços= fenda bursal Trocas gasosas: através das bursas Trato digestivo: sem intestino e ânus Sistema ambulacral reduzido; madreporito na superfície oral em uma das placas orais que é modificada para o madreporito. Sistema reprodutor: através das bursas Pode se regenerar Com 1 estágio larval= afiopluteus Ordem Ophiurida: braços não ramificados, capaz de fazer torção horizontal com movimentos verticais limitados. Tem placas orais e aborais bem desenvolvidas, glândulas digestivas dentro do disco central. Maioria das serpentes-do-mar, ex= Ophiura, Amphipholis, Amphiura, Ophiactis Ordem Euryalida: braços geralmente muito ramificados, capaz de fazer torção vertical e horizontal. Não tem placas dorsais dos braços, disco central coberto por derme espessa. Ex= Asteronyx, Astrodia, Astrodictyum, Euryale, Gorgonocephalus EQUINODERMOS | Ana Flávia Medeiros Subfilo Echinozoa: classe Echinoidea e Holothuroidea. Sem braços definidos, mas com subdivisão especializada da somatocele esquerda desenvolvendo melhor o aparelho mandibular (não é presente em Holothuroidea) Classe Echinoidea Ex: ouriço-do-mar Corpo com região interambulacral (sem pés ambulacrais) e região ambulacral (tem a saída de pés ambulacrais) Superfície aboral: conjunto de placas medianas; com madreporito, esqueleto formado por placas calcárias. Região ambulacral com vários poros (saída dos pés ambulacrais) Superfície oral: região ambulacral e interambulacral; região mediana pode ter brânquias; com pódios bucais ao redor da boca e pedicelárias (alimentação, defesa, limpeza). Com membrana perístoma Tem pedicelárias (pode ser simples ou venenosa em alguns), pés ambulacrais (locomoção e respiração) e espinhos de CaCO3, ventosas com glândula de muco nos pés ambulacrais. parede corporal ouriço-do-mar Lanterna de Aristóteles: formada por vários ossículos que formam pirâmides e dentes EQUINODERMOS | Ana Flávia Medeiros Equinóides irregulares: bolacha-da-praia São achatados, com petaloide (formato de flor), gonóporos ao redor dos petaloides; alguns podem ter lúmula- buraco que facilita o animal a afundar na areia. Madreporito mediano e espinhos curtos. Sistema oral: com boca, sulcos alimentares e espinhos Ameaças: venda de gônadas e artesanato Subclasse Cidaroidea: ouriço-lápis, com testa alta e globular, placas ambulacrais simples cada uma com um par de poros sustentado um único pé ambulacrário, espinhos primários grandes em formato de lápis. Cerca de 150 espécies em uma ordem- Cidaroida. Ex= Cidaris, Histocidaris, Stylocidaris, Eucidaris, Phyllacanthus Subclasse Euechinoidea: ouriços-do- mar, ouriço-coração, ouriço-lâmpada, biscoitos-do-mar, bolachas-da-praia. Com testa globular, simetria bilateral marcante em algumas formas, cerca de 850 espécies vivas Classe Holothuroidea Ex: pepino-do-mar Corpo alongado, com elasticidade- corpo rígido ou mole Trívio: parte em contato com substrato, 3 canais com fileiras de pés ambulacrais Bívio: região acima do trívio, com 2 fileiras de pés ambulacrais Ao redor da boca com 10 tentáculos. Madreporito se abre próximo à abertura da boca EQUINODERMOS | Ana Flávia Medeiros Sistema hemal bem desenvolvido Tem árvore respiratória que amplia a troca gasosa Túbulos de Cuvier: quando se sente ameaçado, é liberado pelo ânus Pode regenerar o trato digestivo Possui ossículos de CaCO3 na pele 1 gônada; gonóporo próximo da boca 2 estágios larvais: auriculária e doliária. Ordem Apodia: corpo vermiforme ou serpentiforme, longo e contrátil, sem pés tubulares ao longo do corpo. 10 a 25 tentáculos alimentares ramificados, sem árvore respiratórita. Ex= Chirodota, Myriothochus, Synapta, Euapta, Leptosynapta Chirodota Ordem Aspidochirodita: corpo com formato de salsicha, tem pés tubulares ao longo do corpo, tentáculos orais achatados, sem músculos retratores na parte oral, árvores respiratórias presentes. Ex= Holothuria, Stichopus, Parastichopus, Thelenota Ordem Dendrochirotida: corpo em forma de salsicha, parede corporal com ossículos pequenos, em alguns tem tentáculos alimentares não ramificados, pés tubulares ao longo do corpo. ex: Cucumaria, Eupentacta, Phyllophorus, Psolus, Thyone
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