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Blocos Parlamentares, Maioria, Minoria e Lideranças. Representação Externa. 
Comissões (parte 1 de 2). 
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Tópicos da Aula 
 
1. Apresentação ................................................................................ 2 
2. Blocos Parlamentares, Maioria, Minoria e Lideranças .................... 3 
3. Representação Externa ............................................................... 12 
4. Comissões ................................................................................... 13 
5. Comissões Permanentes e Temporárias ...................................... 14 
6. Composição ................................................................................. 21 
7. Organização ................................................................................ 22 
8. Suplência, Vagas e Substituições ................................................ 23 
9. Direção dos Trabalhos ................................................................. 29 
10. Competências Gerais ................................................................. 32 
11. Lista das questões apresentadas ............................................... 48 
12. Gabarito .................................................................................... 52 
 
1. Apresentação 
 
Olá, pessoal, como vão? 
 
Hoje estudaremos os seguintes assuntos do nosso Regimento Interno do 
Senado Federal: 
 
! Título IV (Blocos Parlamentares, Maioria, Minoria e Lideranças – art. 
61 a 66-A) 
! Título V (Representação Externa – art. 67 a 70) 
! Título VI (Comissões – na aula de hoje, apenas do art. 71 a 96-B) 
 
Vamos lá! 
 
Aula 2 – Blocos Parlamentares, Maioria, Minoria e Lideranças. 
Representação Externa. Comissões (parte 1 de 2). 
 
 
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2. Blocos Parlamentares, Maioria, Minoria e Lideranças 
 
O que vem a ser um Bloco Parlamentar? Ou simplesmente Bloco, como 
se costuma falar no Legislativo? Por várias vezes encontramos essa expressão 
no nosso RI e na legislação conexa. 
 
Bloco Parlamentar é a união de dois ou mais partidos, visando 
maior representatividade. Um partido que elege vários parlamentares tem 
mais força que outro que só conseguiu eleger um Senador, pois em diversos 
dispositivos do RI a distribuição de determinados cargos varia de acordo com o 
tamanho da agremiação partidária na Casa. 
 
Por exemplo, estabelece o RI, em seu art. 60: 
 
Art. 60. A eleição dos membros da Mesa será feita em escrutínio 
secreto, exigida maioria de votos, presente a maioria da composição do 
Senado e assegurada, tanto quanto possível, a participação proporcional 
das representações partidárias ou dos blocos parlamentares com atuação 
no Senado. (grifo nosso) 
 
Sabemos que o Senado conta hoje com 81 Senadores, enquanto a Mesa 
possui 7 cadeiras. Essas vagas são distribuídas de acordo com o tamanho dos 
partidos na Casa, obviamente o tanto quanto possível, devido à questão 
numérica. Assim, se um partido tiver 30% dos Senadores da Casa, terá direito 
a 30% das vagas na Mesa, aproximadamente. Isto que é o chamado princípio 
da proporcionalidade partidária (PPP). 
 
Mas e os partidos pequenos, com poucos Senadores? Partidos com 2, 3 
parlamentares ficariam a ver navios? Vocês concordam que fica difícil um 
partido com 2 Senadores pleitear uma vaga na Mesa, não é? Porém, caso 10 
partidos com 2 Senadores cada se juntem, já são 20 parlamentares, 
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aproximadamente 25% do Senado. Pronto, têm direito a 25% das vagas! 
Conseguiram assim maior representatividade, perceberam? 
 
Mas devo enfatizar que o direito a constituir um bloco é de todos os 
partidos, sejam grandes ou pequenos. Porém, existe um requisito importante: 
Só é admitida a formação de bloco parlamentar que represente, no 
mínimo, um décimo da composição do Senado. 
 
Assim, a soma de todos os integrantes dos partidos que querem se unir 
deve dar um número, no mínimo, de 9 parlamentares. 
 
Já vimos, por algumas vezes em nosso curso, a expressão “líder”. Mas 
de onde vem isto? Líder é um Senador que representa uma bancada 
(partido ou bloco, como regra). Ele possui algumas competências e alguns 
privilégios também. Por exemplo, lembram quando falamos do uso da palavra? 
Só há 3 casos de 20 min, correto? Uma das previsões é para ser utilizada por 
um Senador que seja líder, uma vez por sessão, após a ordem do dia, com 
preferência sobre os oradores inscritos. 
 
Há diversas competências de líderes espalhadas pelo RI. Uma delas é 
que compete aos líderes das representações partidárias indicar os 
representantes das respectivas agremiações nas comissões. Comissões é 
um assunto que iniciaremos ainda hoje, mas quem indica qual Senador de cada 
partido vai para qual comissão é o líder do partido, ok? 
 
Então, cada partido no Senado possui seu líder. E como é essa 
escolha? É interna do partido, entre os próprios Senadores. No início da 
primeira e da terceira sessões legislativas de cada legislatura é 
comunicada à Mesa, em documento subscrito pela maioria dos 
membros da respectiva bancada, a indicação dos líderes partidários, ou 
seja, quem vai ser o líder do partido. E se o líder não estiver tendo um bom 
“mandato”? Pode, a mesma maioria, substituí-lo em qualquer oportunidade. 
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Assim como existem líderes, existem vice-líderes. E para que servem 
os vice-líderes? Isso você já sabe intuitivamente: ausente ou impedido o líder, 
as suas atribuições serão exercidas pelo vice-líder. 
 
O que não é intuitivo é o seguinte: cada partido possui um líder, mas 
nem sempre só um vice-líder. O líder escolhe seu(s) vice(s), e a quantidade é 
estabelecida da seguinte forma: um vice-líder para cada grupo de três 
integrantes do partido ou bloco, assegurado pelo menos um vice-líder e 
não computada a fração inferior a três. 
 
Ih, professor, é Raciocínio Lógico agora? Vamos explicitar essa regra em 
uma tabela que a visualização é bem mais fácil: 
 
Quantidade de Senadores do partido Líder Vice(s) 
1 1* 0 
2 1 1 
3 1 1 
4 1 1 
5 1 1 
6 1 2 
7 1 2 
8 1 2 
9 1 3 
10 1 3 
11 1 3 
12 1 4 
 
*Aqui o Senador é líder dele mesmo. Quem são os liderados? Ninguém, 
não há. Mas mesmo assim, regimentalmente, o Senador é líder. 
 
Professor, e para números maiores que da tabela? Ainda não captei 
muito bem a lógica. Divida por 3 e desconsidere a fração. Um partido com 
17 Senadores, por exemplo, possuiria quantos vices? 17 dividido por 3 dá 
5,66... Desconsiderando a parte decimal, 5 vice-líderes. 
 
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O que é importante saber é que os blocos parlamentares também 
possuem líderes.Assim, quando dois ou mais partidos se juntam, cabe aos 
líderes destas agremiações indicarem quem vai ser o líder do bloco. 
Assim, um dos líderes será “promovido” ao status de líder do bloco. 
 
Os demais líderes assumirão, preferencialmente, as funções de vice-
líderes do bloco parlamentar, na ordem indicada pelo titular da liderança. 
 
As lideranças dos partidos que se coligarem em bloco 
parlamentar perdem suas atribuições e prerrogativas regimentais. 
 
Mas o que vem a ser isto? Vamos a um exemplo. 
 
Já sabemos que cada partido possui seu líder. Se o número de 
Senadores desse partido for a partir de 1/27 (um vinte e sete avos da 
composição do Senado, o que corresponde a 3 Senadores) esse partido terá 
direito a um gabinete para a liderança. Tem direito a alguns funcionários e 
tudo. 
 
E se 5 partidos com 5 Senadores cada resolvem constituir um bloco? 
Passará a existir apenas um gabinete de liderança para o bloco, e não mais 5 
gabinetes, como antes. 
 
E lembram-se da indicação dos Senadores para as comissões, feitas 
pelos líderes? Então, no caso acima, o líder do bloco que indicará todos os 
representantes, dos 5 partidos. 
 
Vimos lideranças de partidos e blocos, mas ainda há mais líderes. 
 
O Presidente da República poderá indicar Senador para exercer a 
função de líder do governo. 
 
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O líder do governo pode indicar vice-líderes dentre os integrantes das 
representações partidárias que apoiem o governo. 
 
Percebam que o RISF não estipulou a quantidade de vice-líderes do 
governo. Tanto na Câmara, quanto no Congresso Nacional (que também é 
importante para nós), isso é diferente. 
 
Agora vamos ver alguns conceitos novos: maioria e minoria. 
 
A maioria é integrada por bloco parlamentar ou representação 
partidária que represente a maioria absoluta da Casa. 
 
Assim, se um partido ou bloco tiver 41 Senadores, será chamado de 
maioria. Mas e se ninguém atingir esse número? 
 
A maioria será constituída pelo maior partido ou bloco da Casa. 
 
E o que vem a ser minoria? Aqui você não deve usar a intuição, pois a 
definição é a seguinte: é o maior partido ou bloco que se opõe à maioria. 
 
Quando digo “se opor” é porque devemos partir da seguinte premissa: 
os partidos e os blocos, no Senado, são ou de apoio ao governo (presidência da 
república) ou de oposição ao governo. 
 
Imagine que a maioria seja um bloco de apoio ao governo com 30 
Senadores. Existe um partido aliado com mais 15 Senadores, mas que não 
forme o bloco. E outro bloco, de oposição ao governo, possua 12 
parlamentares. Este último bloco será a minoria, ok? 
 
No meu exemplo a maioria foi governo, mas nada impede o contrário. É 
possível que o maior partido ou bloco da Casa seja de oposição à Presidência da 
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República. Assim, a minoria seria constituída por um partido de apoio ao 
governo. 
 
Resumindo: se a maioria for de apoio ao governo, a minoria será o 
maior partido ou bloco de oposição. Se a maioria foi de oposição ao governo, a 
minoria será o maior partido ou bloco de apoio. 
 
E tanto a maioria como a minoria também possuem líderes e vice-
líderes. 
 
A constituição da maioria e da minoria é comunicada à Mesa pelos 
líderes dos blocos parlamentares ou das representações partidárias que as 
compõem. 
 
E o líder da maioria e o da minoria são os líderes dos partidos ou blocos 
que as compõem, enquanto as funções de vice-liderança serão exercidas pelos 
demais líderes dos partidos que integrem os respectivos blocos parlamentares. 
 
Vamos a um exemplo da constituição das lideranças no início de abril de 
2016: 
 
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Pessoal, coloquei esse quadro para dar uma “realidade” maior ao curso, 
porém, há várias coisas diferentes do que estudamos, ok? Como quase tudo na 
prática... Por exemplo, o número que aparece ao lado do nome do partido ou 
bloco é o número de membros. Assim, o PSDB possui 11 Senadores. Deveria 
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ter três vice-líderes, correto? Só constam dois no quadro... Não estão 
aparecendo o líder e os vices do PMDB... Enfim, desconsidere as imperfeições 
do mundo real. 
 
Bem, vamos a algumas questões então, não é? 
 
(FGV/Senado Federal/Analista Legislativo/2008) O Regimento 
Interno do Senado estabelece as regras de convivência entre maioria e 
minoria parlamentar. Sobre tal tema, julgue as afirmativas a seguir: 
 
1) Cabe às representações partidárias organizar os blocos 
parlamentares e, caso possuindo maioria absoluta, comunicar tal 
situação à Mesa Diretora. 
 
CERTO. Em que pese a redação da questão não estar muito clara, o 
item está correto. A assertiva foi montada com base nos seguintes dispositivos: 
 
Art. 61. As representações partidárias poderão constituir bloco 
parlamentar. 
Art. 65, § 3º A constituição da maioria e da minoria será 
comunicada à Mesa pelos líderes dos blocos parlamentares ou das 
representações partidárias que as compõem. 
 
2) A minoria não pode indicar líder. 
 
ERRADO. Sabemos que os partidos, blocos, maioria e minoria possuem 
líderes. Assim, o item está incorreto. Não se esqueça ainda do líder do governo. 
 
Art. 65. A maioria, a minoria e as representações partidárias terão 
líderes e vice-líderes. 
 
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3) Não alcançada a maioria absoluta de um bloco ou 
representação partidária, as figuras do Líder da maioria ou minoria 
serão substituídas pelos lideres partidários. 
 
ERRADO. A banca inventou uma regra que não tem nexo. Veja o 
dispositivo do RISF que o examinador se baseou para montar a questão: 
 
Art. 65, § 5º Na hipótese de nenhum bloco parlamentar alcançar 
maioria absoluta, assume as funções constitucionais e regimentais da 
maioria o líder do bloco parlamentar ou representação partidária que tiver 
o maior número de integrantes, e da minoria, o líder do bloco parlamentar 
ou representação partidária que se lhe seguir em número de integrantes e 
que se lhe opuser. 
 
4) Os blocos parlamentares no Senado devem ter, pelo menos, 
um décimo dos Senadores. 
 
CERTO. Este é exatamente um dos requisitos para se formar um bloco. 
Lembre: não há bloco se a soma dos integrantes dos partidos não chega a 9 
Senadores! 
 
Art. 61, parágrafo único. Somente será admitida a formação de 
bloco parlamentar que represente, no mínimo, um décimo da composição 
do Senado. 
 
5) (FGV/Senado Federal/Analista Legislativo/2008) A definição 
de Minoria, no Senado Federal, é: 
 
a) O menor partido ou bloco parlamentar com representação no 
Senado Federal. 
b) O maior partido ou bloco parlamentar que se seguir em 
tamanho em relação à Maioria. 
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c) O menor partido ou blocoparlamentar que se opuser à 
Maioria. 
d) O maior partido ou bloco parlamentar que se opuser à 
Maioria. 
e) O menor partido ou bloco parlamentar de oposição ao 
governo. 
 
Gabarito: D. Não dá mais pra confundir essa definição. É o maior 
partido ou bloco, após a maioria, mas de posição contrária. Se a maioria é de 
apoio ao governo, a minoria é o maior partido ou bloco de oposição. Se a 
maioria é de oposição, a minoria é o maior partido ou bloco de apoio. 
 
Art. 65, § 2º Formada a maioria, a minoria será aquela integrada 
pelo maior bloco parlamentar ou representação partidária que se lhe 
opuser. 
 
3. Representação Externa 
 
O RISF possui um Título para tratar só da representação externa. E o 
que vem a ser isso? 
 
O Senado, atendendo a convite (e está expresso que é atendendo a 
convite), pode ser representado em ato ou solenidade de cunho 
internacional, nacional ou regional. 
 
Isso ocorrerá mediante deliberação do Plenário, por: 
 
! proposta do Presidente, ou 
! a requerimento de qualquer Senador ou comissão 
 
A representação externa pode ser constituída por uma comissão ou por 
um só Senador. 
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Em caso de ato de excepcional relevo, é possível que o presidente 
avoque a representação do Senado. 
 
Na impossibilidade de o Plenário deliberar sobre a matéria (por exemplo, 
imagine um convite para algum evento no final de semana que chegue na 
sexta-feira após o encerramento da sessão), será facultado ao Presidente 
autorizar representação externa para: 
 
! chegada ou partida de personalidade de destaque na vida pública 
nacional ou internacional 
! solenidade de relevante expressão nacional ou internacional 
! funeral ou cerimônia fúnebre em que, regimentalmente, caiba essa 
representação 
 
Neste caso, quando o Presidente autoriza a representação externa, e não 
o Plenário, o Presidente deve dar conhecimento ao Senado da providência 
adotada na primeira sessão que se realizar. 
 
4. Comissões 
 
Vamos iniciar agora mais um Título do RI, que versa sobre as 
comissões. A previsão da existência das comissões vem da própria 
Constituição: 
 
Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões 
permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as atribuições 
previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação. 
 
5. Comissões Permanentes e Temporárias 
 
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Existem comissões permanentes e temporárias. O RI estabelece 
que, atualmente, temos 14 comissões permanentes: 
 
NOME SIGLA MEMBROS 
Comissão Diretora CDIR 7 
Comissão de Assuntos Econômicos CAE 27 
Comissão de Educação, Cultura e Esporte CE 27 
Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania CCJ 27 
Comissão de Serviços de Infraestrutura CI 23 
Comissão de Assuntos Sociais CAS 21 
Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional CRE 19 
Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa CDH 19 
Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e 
Fiscalização e Controle 
CMA 17 
Comissão de Agricultura e Reforma Agrária CRA 17 
Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo CDR 17 
Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e 
Informática 
CCT 17 
Comissão de Transparência e Governança Pública CTG 17 
Comissão Senado do Futuro CSF 11 
 
Com exceção da Comissão Diretora, as comissões permanentes 
podem, no âmbito das respectivas competências, criar subcomissões 
permanentes ou temporárias. É possível criar até 4 subcomissões, e isso 
ocorre mediante proposta de qualquer de seus integrantes. 
 
A título de curiosidade (para exemplificar): 
 
A Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJ) possuía, em 
abril de 2016, as seguintes subcomissões: 
 
! CCJIPP - Subcomissão Permanente - Imagem e prerrogativas 
parlamentares 
! CCJSSP - Subcomissão Permanente de Segurança Pública 
 
Além disso, apareciam no site como subcomissões encerradas da CCJ: 
 
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! CCJSJ - Subcomissão do "Judiciário" (Encerrada) 
! CCJSTRA - Subcomissão Temporária para Análise do PRS nº 96, de 
2009 - REFORMA ADMINISTRATIVA (Encerrada) 
 
Quanto às normas de funcionamento das subcomissões, aplicam-se, no 
que couber, as disposições relativas ao funcionamento das comissões 
permanentes. 
 
Os relatórios aprovados nas subcomissões são submetidos à apreciação 
do Plenário da respectiva comissão, sendo a decisão final, para todos os efeitos, 
proferida em nome desta. Ou seja, quando uma subcomissão aprecia um 
assunto, vai discuti-lo e votá-lo. Porém, esta matéria ainda é apreciada pela 
própria comissão. 
 
E quanto às comissões temporárias? Estas podem ser: 
 
! Internas 
! Externas 
! Parlamentares de inquérito 
 
As comissões internas são as previstas no Regimento para 
finalidade específica. 
 
Lembram-se dos casos de perda de mandato que são decididos pelo 
plenário? Quais sejam: as proibições do art. 54 da CF, quebra de decoro 
parlamentar e sentença criminal irrecorrível? Devemos recordar que haverá 
uma apreciação da CCJ sobre o fato, que concluirá pela aceitação da 
representação para exame ou pelo arquivamento. Este parecer será incluído na 
ordem do dia para votação. Pois veja o que estabelece o RI: 
 
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Art. 33. Admitida a representação pelo voto do Plenário, o 
Presidente designará comissão composta de nove membros para 
instrução da matéria. (grifo nosso) 
 
Este é um exemplo de uma comissão interna. 
 
As comissões externas são destinadas a representar o Senado em 
congressos, solenidades e outros atos públicos. 
 
São criadas: 
 
! por deliberação do Plenário, a requerimento de qualquer Senador ou 
comissão; ou 
! por proposta do Presidente. 
 
O requerimento (quando vindo de qualquer Senador ou comissão) ou a 
proposta (do presidente) deve indicar o objetivo da comissão e o número dos 
respectivos membros. 
 
Ao final da tarefa, deve ser comunicado ao Senado o desempenho de 
sua missão. 
 
Exemplo de comissão externa é aquela que representa o senado nas 
cerimônias fúnebres de Senadores: 
 
Art. 27. O Senado far-se-á representar, nas cerimônias fúnebres 
que se realizarem pelo falecimento de qualquer dos seus membros, por 
uma comissão constituída, no mínimo, de três Senadores, designados 
pelo Presidente, de ofício ou mediante deliberação do Plenário, sem 
embargo de outras homenagens aprovadas. 
 
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Já as famosas comissões parlamentares de inquérito são criadas de 
acordo com a Constituição, para apurar fato determinado e por prazo 
certo. Teremos a oportunidade de detalhar mais esse assunto no momento 
oportuno. Um exemplo de CPI criada no segundo semestre de 2015 foi a CPI do 
Futebol, com a finalidade de “Investigar a Confederação Brasileira de Futebol 
(CBF) e o Comitê Organizador Local da Copa do Mundo FIFA Brasil 2014 (COL), 
no prazo de 180 dias”. 
 
Estamos abordando as comissões temporárias. Se são temporárias,é 
porque têm um fim. E quando acaba uma comissão temporária? 
 
As comissões temporárias se extinguem: 
 
! pela conclusão da sua tarefa 
! ao término do respectivo prazo 
! ao término da sessão legislativa ordinária (SLO) 
 
Mas imagine que uma comissão temporária não tenha concluído sua 
tarefa no prazo. Ela pode pedir mais tempo para a conclusão de seus trabalhos: 
 
! no caso do término do respectivo prazo, por tempo determinado não 
superior a um ano 
! no caso de término da SLO, até o término da sessão legislativa 
seguinte 
 
Percebam que, de acordo com o RI, não existe limitação a somente uma 
prorrogação de tempo. O regimento é omisso, ou seja, pode haver uma 
prorrogação, depois outra, depois outra... A única regra fica por conta das 
CPI´s: 
 
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Em qualquer hipótese o prazo da comissão parlamentar de 
inquérito não pode ultrapassar o período da legislatura em que for 
criada. 
 
O prazo das comissões temporárias é contado a partir da publicação dos 
atos que as criarem, suspendendo-se nos períodos de recesso do Congresso 
Nacional. 
 
Exercícios. 
 
6) O Senado, atendendo a convite, poderá ser representado em 
ato ou solenidade de cunho internacional, nacional ou regional. A 
representação será constituída, no mínimo, de três Senadores, 
designados pelo Presidente, de ofício ou mediante deliberação do 
Plenário. 
 
ERRADO. A questão misturou dois dispositivos diversos. A 
representação externa pode ser constituída de um só Senador ou ainda de uma 
comissão sem número mínimo estipulado. Esta comissão, de no mínimo três 
Senadores, é para aquelas homenagens fúnebres. Percebam: 
 
Art. 27. O Senado far-se-á representar, nas cerimônias fúnebres 
que se realizarem pelo falecimento de qualquer dos seus membros, por 
uma comissão constituída, no mínimo, de três Senadores, designados 
pelo Presidente, de ofício ou mediante deliberação do Plenário, sem 
embargo de outras homenagens aprovadas. 
Art. 67. O Senado, atendendo a convite, poderá se fazer 
representar em ato ou solenidade de cunho internacional, nacional ou 
regional, mediante deliberação do Plenário por proposta do Presidente ou 
a requerimento de qualquer Senador ou comissão. 
Art. 68. A representação externa far-se-á por comissão ou por um 
Senador. 
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7) (FGV / Senado Federal / Consultor de Orçamento / 2008): 
Assinale a afirmativa incorreta. 
 
(A) As Comissões Diretora e de Constituição, Justiça e Cidadania 
são comissões permanentes. 
(B) As comissões, quanto à duração, dividem-se em comissões 
permanentes e temporárias. 
(C) São comissões temporárias a interna, a externa e a 
parlamentar de inquérito. 
(D) As comissões externas são criadas por deliberação do 
Plenário ou por proposta do Presidente. 
(E) As comissões parlamentares de inquérito se enquadram nas 
comissões permanentes. 
 
Gabarito: E. As alternativas de A a D, na ordem, foram 
elaboradas com base nos seguintes dispositivos: 
 
Art. 72. As comissões permanentes, além da Comissão Diretora, 
são as seguintes: 
III - Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ); 
 
Art. 71. O Senado terá comissões permanentes e temporárias. 
 
Art. 74. As comissões temporárias serão: 
I - internas - as previstas no Regimento para finalidade específica; 
II - externas - destinadas a representar o Senado em congressos, 
solenidades e outros atos públicos; 
III - parlamentares de inquérito - criadas nos termos do art. 58, § 
3º, da Constituição. 
 
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Art. 75. As comissões externas serão criadas por deliberação do 
Plenário, a requerimento de qualquer Senador ou comissão, ou por 
proposta do Presidente. 
 
A alternativa E está errada porque uma CPI é comissão temporária, de 
acordo com o art. 74 acima. 
 
8) (FGV/Senado Federal/Analista Legislativo/2008): As 
comissões internas são as previstas no Regimento para finalidades 
específicas, ao passo que as comissões externas se destinam a 
representar o Senado em congressos, solenidades e outros atos 
públicos. 
 
CERTO. O examinador definiu o que são comissões internas e externas 
para o candidato. 
 
Art. 74. As comissões temporárias serão: 
I - internas - as previstas no Regimento para finalidade específica; 
II - externas - destinadas a representar o Senado em congressos, 
solenidades e outros atos públicos; 
 
9) (FGV/Senado Federal/Analista Legislativo/2008): A criação 
de comissões externas decorre de deliberação do Plenário, a 
requerimento de qualquer Senador ou comissão, ou de proposta do 
Presidente. 
 
CERTO. Mais uma vez, “copiou e colou” do regimento. Certo. Viu que 
não há invenção nenhuma, felizmente? 
 
Art. 75. As comissões externas serão criadas por deliberação do 
Plenário, a requerimento de qualquer Senador ou comissão, ou por 
proposta do Presidente. 
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10) Estabelece o RISF que as comissões se extinguem pela 
conclusão de sua tarefa, pelo advento do respectivo termo final ou ao 
término da sessão legislativa ordinária. 
 
ERRADO. Esta regra vale apenas para as comissões temporárias e não 
para todas as comissões do RI. As comissões permanentes são criadas ou 
extintas somente por uma alteração do regimento, mediante um projeto de 
Resolução. 
 
Art. 76. As comissões temporárias se extinguem: 
I - pela conclusão da sua tarefa; ou 
II - ao término do respectivo prazo; e 
III - ao término da sessão legislativa ordinária. 
 
6. Comissões – Composição 
 
Vimos, assim que começamos a falar das comissões, o número de 
membros que cada uma possui. 
 
A Comissão Diretora possui 7 membros, que são os titulares da Mesa. 
 
Os membros da Comissão Diretora, exceto o Presidente da Casa, 
podem integrar outras comissões permanentes. 
 
Cada Senador pode integrar até três comissões como titular e 
três como suplente. 
 
Os membros das comissões serão designados pelo Presidente, por 
indicação escrita dos respectivos líderes. Eu falei há pouco que são os 
líderes que indicam quais de seus liderados vão compor cada comissão. Após a 
indicação, o presidente faz a designação. Fazer a designação é simplesmente 
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colocar no papel, assinar e publicar a relação com os nomes que foram 
indicados pelos líderes. 
 
Na composição das comissões é assegurada, tanto quanto 
possível, a participação proporcional dos partidos ou blocos da Casa. 
Desse modo, um partido (ou bloco) que tenha 40% das vagas no Senado terá 
direito a 40% de cada comissão. 
 
Para fins de proporcionalidade, as representações partidárias são fixadas 
pelos seus quantitativos à data da diplomação, salvo nos casos de 
posterior criação, fusão ou incorporação de partidos. 
 
7. Comissões – Organização 
 
No início de cada legislatura, os líderes, uma vez indicados perante seus 
partidos ou blocos, irão se reunir para fixar a representação numérica de suas 
agremiações nascomissões permanentes (de acordo com o princípio da 
proporcionalidade partidária). 
Após a definição da representação acima, os líderes entregarão à Mesa, 
nos dois dias úteis subsequentes, as indicações dos titulares das comissões 
e, em ordem numérica, as dos respectivos suplentes, pois as comissões têm 
titulares e suplentes, em igual número (veremos a seguir). 
 
Recebidas as indicações, o Presidente fará a designação das 
comissões. 
 
O lugar na comissão pertence ao partido ou bloco parlamentar. 
Atenção! O lugar na comissão não é do Senador, mas sim do partido ou bloco 
ao qual ele pertença. 
 
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Desse modo, o respectivo líder pode pedir, em documento escrito, a 
substituição, em qualquer circunstância ou oportunidade, de titular ou 
suplente por ele indicado. 
 
Porém, a substituição de Senador que exerça a presidência de 
comissão, salvo na hipótese de seu desligamento do partido que ali 
representar, deve ser precedida de autorização da maioria da respectiva 
bancada. 
 
A substituição de membro da comissão que se desligar do partido ao 
qual pertence o lugar na comissão não alterará a proporcionalidade estabelecida 
na reunião de líderes no início da legislatura. 
 
E quanto a designação dos membros das comissões temporárias? São 
feitas: 
 
! para as internas, nas oportunidades estabelecidas no Regimento 
! para as externas, imediatamente após a aprovação do requerimento 
que der motivo à sua criação 
 
8. Comissões – Suplência, Vagas e Substituições 
 
As comissões permanentes, exceto a Diretora, terão suplentes 
em número igual ao de titulares. 
 
Compete ao suplente substituir o membro da comissão: 
 
! eventualmente, nos seus impedimentos, para quorum nas reuniões 
! por determinados períodos, nos casos que o titular se ausente do 
país, assuma outros cargos, esteja em representação da casa, missão oficial ou 
em licença 
 
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A convocação será feita pelo Presidente da comissão, obedecida a ordem 
numérica e a representação partidária. 
 
Imagine, em situação hipotética, que a composição da Comissão de 
Constituição, Justiça e Cidadania - CCJ fosse a seguinte: 
 
CCJ 
TITULARES SUPLENTES 
Bloco de Apoio ao Governo (PT, PDT) 
Sen. Jorge Viana (PT/AC) 1. Sen. Walter Pinheiro (PT/BA) 
Sen. Gleisi Hoffmann (PT/PR) 2. Sen. Telmário Mota (PDT/RR) 
Sen. José Pimentel (PT/CE) 3. Sen. Lindbergh Farias (PT/RJ) 
Sen. Fátima Bezerra (PT/RN) 4. Sen. Angela Portela (PT/RR) 
Sen. Humberto Costa (PT/PE) 5. Sen. Zeze Perrella (PDT/MG) 
Sen. Acir Gurgacz (PDT/RO) 6. Sen. Paulo Paim (PT/RS) 
Sen. Benedito de Lira (PP/AL) 7. Sen. Ivo Cassol (PP/RO) 
Sen. Ciro Nogueira (PP/PI) 8. Sen. Ana Amélia (PP/RS) 
PMDB 
Sen. Eunício Oliveira (PMDB/CE) 1. Sen. Roberto Requião (PMDB/PR) 
Sen. Edison Lobão (PMDB/MA) 2. Sen. Omar Aziz (PSD/AM) 
Sen. Ricardo Ferraço (PMDB/ES) 3. Sen. Garibaldi Alves Filho (PMDB/RN) 
Sen. Romero Jucá (PMDB/RR) 4. Sen. Waldemir Moka (PMDB/MS) 
Sen. Simone Tebet (PMDB/MS) 5. Sen. Dário Berger (PMDB/SC) 
Sen. Valdir Raupp (PMDB/RO) 6. Sen. Rose de Freitas (PMDB/ES) 
Sen. Jader Barbalho (PMDB/PA) 7. Sen. Sérgio Petecão (PSD/AC) 
Sen. José Maranhão (PMDB/PB) 8. Sen. Raimundo Lira (PMDB/PB) 
Bloco Parlamentar da Oposição (PSDB, DEM) 
Sen. José Agripino (DEM/RN) 1. Sen. Aloysio Nunes Ferreira (PSDB/SP) 
Sen. Ronaldo Caiado (DEM/GO) 2. Sen. Alvaro Dias (PSDB/PR) 
Sen. Aécio Neves (PSDB/MG) 3. Sen. Ataídes Oliveira (PSDB/TO) 
Sen. José Serra (PSDB/SP) 4. Sen. Ricardo Franco (DEM/SE) 
Sen. Antonio Anastasia (PSDB/MG) 5. Sen. Davi Alcolumbre (DEM/AP) 
Bloco Parlamentar Socialismo e Democracia (PCdoB, PPS, PSB, REDE) 
Sen. Antonio Carlos Valadares 
(PSB/SE) 
1. Sen. Vanessa Grazziotin (PCdoB/AM) 
Sen. Roberto Rocha (PSB/MA) 2. Sen. João Capiberibe (PSB/AP) 
Sen. Randolfe Rodrigues (REDE/AP) 3. Sen. José Medeiros (PPS/MT) 
Bloco Parlamentar União e Força (PTB, PSC, PR, PRB) 
Sen. Eduardo Amorim (PSC/SE) 1. Sen. Douglas Cintra (PTB/PE) 
Sen. Marcelo Crivella (PRB/RJ) 2. Sen. Blairo Maggi (PR/MT) 
Sen. Magno Malta (PR/ES) 3. Sen. Vicentinho Alves (PR/TO) 
 
Assim, imagine que um titular da comissão pertencente ao Bloco de 
Apoio ao Governo não possa comparecer à reunião em determinada data. O 
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presidente da comissão convocaria um dos suplentes do bloco, mas na ordem 
de indicação, ou seja, o 1º a ser convocado seria o Senador Walter Pinheiro 
(PT/BA). Essa é uma complementação para fins de quorum. 
 
Mas e se um titular da CCJ do PMDB for nomeado Ministro de Estado, por 
exemplo? É um caso de assunção de outro cargo que falei anteriormente. 
Assim, o 1º suplente do bloco, Senador Roberto Requião (PMDB/PR) (perceba 
que os suplentes das comissões são numerados, na sequencia), passaria a “ser 
titular” na ausência do Senador que virou Ministro. 
 
ATENÇÃO 
 
Agora vamos ver uma situação bastante importante. 
 
É possível que um Senador, suplente da comissão, mesmo na condição 
de suplente (ou seja, não está completando quorum nem substituindo titular 
ausente por motivos diversos) seja designado relator de uma matéria que 
esteja tramitando na comissão. 
 
Ao suplente pode ser distribuída proposição para relatar quando: 
 
! estiver substituindo o titular que se ausente do país, assuma 
outros cargos, esteja em representação da casa, missão oficial ou em 
licença 
! se tratar de matéria em regime de urgência 
! o volume das matérias despachadas à comissão assim o justifique 
 
Perceba que, nos dois últimos casos acima, o suplente atua 
“efetivamente como suplente”, não substituindo nenhum titular na reunião. Mas 
professor, aí o partido ou bloco vai ter um Senador a mais para votar? Que 
malandragem é essa? 
 
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O RI previu solução para o caso. Vamos ver como isso funciona, tendo 
como exemplo o Bloco Parlamentar da Oposição. 
 
Imagine que o volume de matérias na comissão está muito alto e o 
presidente decida escolher como relator de determinada matéria o Senador 
Davi Alcolumbre (DEM/AP), suplente da comissão, como podemos ver. No dia 
da reunião, o Senador Antonio Anastasia (PSDB/MG) não compareceu e foi 
convocado o 1º suplente, Senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB/SP). Assim, a 
bancada ficou completa, com seus 5 membros. 
 
Mas como o relator “é de fora” (e o relator vota), um dos membros do 
bloco não vai votar nessa matéria, porque senão o bloco teria direito a 6 votos 
no caso em questão, perceberam? 
 
Assim, o último membro do bloco não vai votar. No caso, o Senador 
Aloysio Nunes Ferreira (PSDB/SP), último suplente a ser convocado para a 
reunião. Mas e se os 6 titulares estivessem presentes? Aí o Senador Antonio 
Anastasia (PSDB/MG), mesmo sendo titular, não votaria na matéria em 
questão, relatada por um suplente. 
 
Ainda que, aparentemente, as regras acima pareçam complicadas, existe 
uma lógica: não pode um suplente de um partido ou bloco comparecer à 
reunião e “aumentar” a representatividade desse partido ou bloco, entenderam? 
 
São devolvidas ao Presidente da comissão, para serem redistribuídas, as 
proposições em poder de titular ou suplente quese afastar do exercício do 
mandato nos casos ausência do país, assunção de outros cargos, representação 
da casa, missão oficial ou licença. 
 
Pessoal, quando eu falo “assunção de outros cargos” nessa aula, estou 
falando daquela lista que se repetiu inúmeras vezes em aula passada, qual 
seja: 
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• Ministro de Estado 
• Governador de Território 
• Secretário de Estado 
• Secretário do Distrito Federal 
• Secretário de Território 
• Secretário de Prefeitura da Capital 
• Chefe de missão diplomática temporária 
 
Em caso de impedimento temporário de membro da comissão e 
não havendo suplente a convocar, o Presidente desta solicitará à 
Presidência da Mesa a designação de substituto. 
 
A escolha do substituto deve recair em Senador do mesmo partido ou 
bloco parlamentar do substituído, salvo se os demais representantes do 
partido ou bloco não puderem ou não quiserem aceitar a designação. 
 
Ausentes o Presidente e o Vice-Presidente da comissão, o 
Presidente do Senado pode designar, de ofício, substitutos eventuais a 
fim de possibilitar o funcionamento do órgão. Esses substitutos, obviamente, 
devem pertencer à comissão em questão. 
 
Cessará o exercício do substituto desde que o substituído compareça à 
reunião da respectiva comissão. 
 
É possível que um Senador renuncie seu lugar na comissão? Sim. A 
renúncia deve ser feita em comunicação escrita à Mesa. 
 
Um Senador que se encontre impossibilitado de comparecer a qualquer 
reunião de comissão a que pertença deve comunicar o fato ao Presidente a 
tempo de ser tomada a providência regimental para a sua substituição. 
 
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Muita teoria já. 
 
11) (FGV/Senado Federal/Técnico Legislativo/2008): Em relação 
às Comissões do Senado Federal, pode-se afirmar que na sua 
composição devem respeitar a representação proporcional de partidos 
e blocos parlamentares que participam da Casa. 
 
CERTO. A divisão das cadeiras na comissão é feita de acordo com o 
tamanho dos partidos ou blocos do Senado, ou seja, é aplicado o princípio da 
proporcionalidade partidária. 
 
Art. 78. Os membros das comissões serão designados pelo 
Presidente, por indicação escrita dos respectivos líderes, assegurada, 
tanto quanto possível, a participação proporcional das representações 
partidárias ou dos blocos parlamentares com atuação no Senado Federal 
(Const., art. 58, § 1º). 
 
CF, art. 58, § 1º Na constituição das Mesas e de cada Comissão, é 
assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos 
partidos ou dos blocos parlamentares que participam da respectiva Casa. 
 
12) (FGV/Senado Federal/Analista Legislativo/2008): Cada 
Senador só pode integrar, no máximo, três comissões como titular e 
três como suplente; o membro da Comissão Diretora, contudo, não 
pode integrar outra comissão permanente. 
 
ERRADO. O início até está correto, mas a limitação de participar de 
outras comissões vale somente para o presidente, e não para todos os 
membros da Comissão Diretora. Assim, os Vice-Presidentes e os Secretários 
podem sim participar de outras comissões permanentes. 
 
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Art. 77, § 1º Os membros da Comissão Diretora, exceto o 
Presidente da Casa, poderão integrar outras comissões permanentes. 
§ 2º Cada Senador poderá integrar até três comissões como titular 
e três como suplente. 
 
9. Comissões – Direção dos Trabalhos 
 
No início de cada biênio, as comissões se reúnem para instalar seus 
trabalhos e eleger, em escrutínio secreto, o seu Presidente e o Vice-
Presidente. 
 
Essa reunião ocorre, no início da legislatura, nos cinco dias úteis que se 
seguirem à designação de seus membros, e na terceira sessão legislativa, nos 
cinco dias úteis que se seguirem à indicação dos líderes. 
 
Se por acaso (o que nem é comum...) o Senado não cumprir esses 
prazos, o RI estabelece que ficam investidos nos cargos os dois titulares mais 
idosos, até que se realize a eleição. 
 
Ocorrendo empate na eleição, ela será repetida no dia seguinte. 
Havendo novo empate na segunda eleição, é considerado eleito o mais idoso. 
 
O mandato de Presidente e de Vice-Presidente das comissões 
permanentes e de suas subcomissões é de dois anos, vedada a reeleição 
para o período imediatamente subsequente. 
 
Na ausência do Presidente e do Vice-Presidente, preside a 
comissão o mais idoso dos titulares. 
 
Ei! Calma aí professor! E aquilo que está escrito na página 27: “Ausentes 
o Presidente e o Vice-Presidente da comissão, o Presidente do Senado poderá 
designar, de ofício, substitutos eventuais a fim de possibilitar o funcionamento 
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do órgão. Esses substitutos, obviamente, devem pertencer à comissão em 
questão”. 
 
É, meus alunos, vocês acabaram de se deparar com mais uma 
discrepância do RISF, que não é a última. Para a mesma regra, duas saídas. 
 
A título de curiosidade: O entendimento que existe no Senado é que 
essa regra de o mais idoso assumir vale para uma situação mais inopinada, 
enquanto que para afastamentos mais longos do presidente e vice da comissão, 
o Presidente do Senado que escolherá os substitutos. 
 
Tá! Legal essa curiosidade! E para a prova? Para a prova as duas 
situações estão corretas. Se a banca falar a primeira regra? Está certo! E se 
falar a segunda? Também está. O que ela não pode fazer é conflitar os dois 
dispositivos, porque aí não há resposta. Ok? 
 
Em caso de vaga (falecimento, renúncia e perda de mandato) dos 
cargos de Presidente ou de Vice-Presidente, o preenchimento será feito por 
meio de eleição realizada nos cinco dias úteis que se seguirem à vacância, 
salvo se faltarem sessenta dias ou menos para o término dos respectivos 
mandatos. 
 
A assunção daqueles cargos que já vimos 50 vezes implica renúncia ao 
cargo de Presidente ou de Vice-Presidente de comissão. 
 
Vamos agora conhecer quais são as competências do presidente de uma 
comissão: 
 
! ordenar e dirigir os trabalhos da comissão 
! dar-lhe conhecimento de toda a matéria recebida 
! designar, na comissão, relatores para as matérias (relator é o 
membro da Comissão que é escolhido para emitir o relatório – a “opinião” sobre 
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o projeto, que basicamente pode ser pela aprovação ou rejeição, ainda que 
existam outras opções; este relatório é discutido e votado por todos os 
membros da comissão, quando então passa a ser o parecer do órgão) 
! designar, dentre os componentes da comissão, os membros das 
subcomissões e fixar a sua composição 
! resolver as questões de ordem (são dúvidas sobre aplicação ou 
interpretação do regimento – estudaremos a partir do art. 403) 
! ser o elemento de comunicação da comissão com a Mesa, com 
as outras comissões e suas respectivas subcomissões e com os líderes 
! convocar as suas reuniões extraordinárias, de ofício ou a 
requerimento de qualquer de seus membros, aprovado pela comissão! promover a publicação das atas das reuniões no Diário do Senado 
Federal 
! solicitar, em virtude de deliberação da comissão, os serviços de 
funcionários técnicos para estudo de determinado trabalho, sem prejuízo das 
suas atividades nas repartições a que pertençam 
! convidar, para o mesmo fim e na forma do disposto no item acima, 
técnicos ou especialistas particulares e representantes de entidades ou 
associações científicas 
! desempatar as votações quando ostensivas (a votação é 
ostensiva quando é divulgado como cada Senador votou, sendo secreta quando 
apenas é divulgado o número de votos “sim”, “não” e de abstenções – neste 
caso, não se sabe como cada parlamentar votou) 
! distribuir matérias às subcomissões 
! assinar o expediente da comissão 
 
Quando o Presidente funcionar como relator, deve passar a Presidência 
ao substituto eventual, enquanto discutir ou votar o assunto que relatar. 
 
Ao fim da legislatura, o Presidente deve providenciar a fim de que os 
seus membros devolvam à secretaria da comissão os processos que lhes 
tenham sido distribuídos. O dispositivo refere-se às diversas matérias que 
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foram distribuídas aos relatores e se encontram com estes, ainda esperando a 
emissão do relatório. 
 
10. Comissões – Competências Gerais 
 
Vamos agora a algumas competências que são comuns a todas as 
comissões permanentes temáticas do Senado (são as comissões permanentes 
com exceção da Comissão Diretora, que é bem sui generis, diferenciada. 
 
Às comissões compete: 
 
! discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do 
regimento, a competência do plenário, salvo recurso de 1/10 dos 
Senadores (são os projetos terminativos, que veremos em breve o que 
significa) 
! realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil 
! convocar Ministros de Estado ou quaisquer titulares de órgãos 
diretamente subordinados à Presidência da República para prestarem 
informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições e ouvir os Ministros, 
quando estes solicitarem, para expor assunto de relevância de seu Ministério 
! receber petições, reclamações, representações ou queixas de 
qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas 
! solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão 
(serão aplicadas, no que couber, as disposições do Código de Processo Civil) 
! apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e setoriais 
de desenvolvimento e sobre eles emitir parecer 
! propor a sustação dos atos normativos do Poder Executivo 
que exorbitem do poder regulamentar (a comissão pode propor, via projeto 
de Decreto Legislativo, já que a competência para sustar é do Congresso 
Nacional) 
! acompanhar junto ao Governo a elaboração da proposta 
orçamentária, bem como sua execução 
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! acompanhar, fiscalizar e controlar as políticas 
governamentais pertinentes às áreas de sua competência 
! exercer a fiscalização e controle dos atos do Poder Executivo, 
incluídos os da administração indireta, e quanto às questões relativas à 
competência privativa do Senado 
! estudar qualquer assunto compreendido nas atribuições do Senado, 
propondo as medidas legislativas cabíveis 
! opinar sobre o mérito das proposições submetidas ao seu 
exame, emitindo o respectivo parecer (uma das funções das mais comuns) 
! realizar diligência 
 
Pessoal, agora vamos estudar um dos artigos mais importantes do seu 
regimento. O art. 91, que trata da apreciação de matérias em caráter 
terminativo pelas comissões. O que vem a ser isto? 
 
Antes, preciso falar um pouco sobre como é a tramitação normal 
(ordinária) de uma proposição. Um projeto de lei, por exemplo. Assim que 
recebido pelo Senado, ou mesmo após a iniciativa de um Senador, o projeto de 
lei vai ao Presidente, que vai designar quais são as comissões temáticas da 
Casa que vão apreciar a matéria, de acordo com o assunto tratado em cada 
proposição. 
 
Art. 48. Ao Presidente compete: 
X - determinar o destino do expediente lido e distribuir as matérias 
às comissões; (grifo nosso) 
 
Por exemplo, um projeto de lei que trate sobre disponibilização de 
recursos públicos para investimento no esporte nacional, provavelmente será 
distribuído às Comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Educação, Cultura 
e Esporte (CE). 
 
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Em cada comissão, seu presidente vai designar um relator. Este vai 
elaborar o relatório, que será discutido e votado. Após votado, passa a se 
constituir o parecer da comissão. 
 
Após passar pelas comissões, uma a uma (caso hajam várias), a matéria 
vai ao Plenário, onde será discutida e votada por todos os Senadores. Após isso 
a matéria pode ir à sanção, à Câmara dos Deputados ou ao arquivo (se 
rejeitada). 
 
Pessoal, esta foi um explicação bem simplista, tendo em vista que é 
matéria de processo legislativo. Mas saibam que existem inúmeras exceções a 
este procedimento, e uma delas vamos conhecer agora: quando as matérias 
são terminativas. 
 
Uma matéria que é terminativa não vai, a princípio, ao Plenário, 
tendo sua tramitação esgotada no âmbito das comissões. É um instituto que 
consta na própria Constituição que visa “desafogar” o plenário das Casas. 
 
CF, art. 58, § 2º Às comissões, em razão da matéria de sua 
competência, cabe: 
I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do 
regimento, a competência do Plenário, salvo se houver recurso de um 
décimo dos membros da Casa; 
 
E como se dá isso? 
 
A matéria é distribuída pelo Presidente às comissões (ou a uma comissão 
só, se for o caso). Quando do despacho a mais de uma comissão, o Presidente 
determinará: “a matéria é distribuída às comissões X, Y, e Z, sendo apreciada 
terminativamente nesta última”. 
 
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A comissão X vai deliberar (discutir o votar) sobre o assunto. Depois a Y 
e por último a Z. Pois bem, aqui vem a diferença principal. 
 
Concluída a votação terminativa na comissão, a decisão será comunicada 
ao Presidente do Senado para ciência do Plenário e publicação no Diário do 
Senado Federal. 
 
A comunicação é publicada no avulso da Ordem do Dia da sessão 
seguinte e é aberto prazo de 5 dias úteis para interpor recurso (assinado por 
1/10 dos membros da Casa e dirigido ao presidente) para apreciação da 
matéria pelo plenário. Se houver recurso, a matéria vai ao Plenário. 
 
Caso contrário, ou seja, não havendo recurso, o projeto é, conforme o 
caso, encaminhado à sanção, promulgado, remetido à Câmara dos Deputados 
ou arquivado. 
 
Perceberam a diferença? A matéria nem chega a passar pelo Plenário. 
Mas saiba que sempre será possível esse recurso para apreciação do projeto 
por todos os Senadores. 
 
Resumindo: quando a matéria é terminativa, ela (a princípio) não vai 
ao Plenário. Só tramita pelas comissões. A proposição somente será apreciada 
pelo Plenário caso haja recurso assinado por 1/10 dos membros da Casa. 
 
Mas o que pode ou não pode ser terminativo? É o presidente que escolhe 
e pronto? 
 
Não, meus caros, o próprio RI estabelece. 
 
Às comissões,no âmbito de suas atribuições, cabe, dispensada a 
competência do Plenário, discutir e votar: 
 
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! projetos de lei ordinária de autoria de Senador, ressalvado 
projeto de código 
! projetos de resolução que versem sobre a suspensão da 
execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por 
decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal 
! projetos de decreto legislativo de que trata o § 1º do art. 223 
da Constituição Federal 
 
Bem, vamos a algumas considerações antes de prosseguirmos. 
 
O primeiro item versa sobre um projeto de lei ordinária que seja de 
autoria um Senador. Esse é o critério. Um Senador apresentou um projeto de 
lei, ele vai tramitar de forma terminativa. Não pode ser autoria do Presidente da 
República, do STF, de comissão, nada disso. Mas, mesmo sendo de autoria de 
Senador, isso não se aplica aos projetos de código (código civil, penal, 
processual penal...) 
 
Em relação ao segundo item, se você nunca estudou controle de 
constitucionalidade na vida, não vai entender o que significa plenamente. Mas é 
minha função facilitar a sua vida, ainda que superficialmente para o caso. Se já 
estudou, só para relembrar: 
 
Existem dois tipos de controle de constitucionalidade: concentrado e 
difuso. 
 
Controle concentrado: é exercido pelo Supremo Tribunal Federal. 
Ocorre por meio de ação direta de inconstitucionalidade e ação declaratória de 
constitucionalidade. O controle concentrado tem eficácia erga omnes, ou seja, 
tem eficácia para todos. 
 
Controle difuso: É exercido por qualquer membro do poder judiciário, 
podendo ser um Juiz de primeira instância, um TJ... Tem o seu efeito, no caso 
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concreto, apenas entre as partes. Mas existem casos que o próprio STF exerce 
o controle difuso, assim suas decisões não possuirão, no caso em questão, 
eficácia erga omnes, mas sim somente entre as partes. 
 
Mas veja o que foi estabelecido pela Constituição Federal: 
 
Art. 52, X. Compete privativamente ao Senado Federal suspender 
a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por 
decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal. 
 
Imagine que uma lide entre dois cidadãos chegue ao STF, onde fique 
determinado que determinada lei é inconstitucional. Esse controle é difuso, 
ficando a referida lei afastada para o caso concreto, em questão, mas ainda 
plenamente em vigor na legislação pátria. O que foi conferido ao Senado é a 
possibilidade de suspender a execução dessa lei, como se a eficácia da 
inconstitucionalidade deixasse de ser somente entre as partes e passasse a ser 
para todos no país. 
 
Isso é uma faculdade do Senado, que pode fazer ou não. Mas se fizer, 
deve atender ao que ficou estabelecido pelo STF. Se o Supremo decidiu que 
somente 5 artigos da referida lei são inconstitucionais, não pode o Senado 
alterar isso. Pode até ficar inerte, mas declarar que somente 3 artigos seriam 
inconstitucionais, ou que a lei toda seria, isso não pode. 
 
Espero ter dado uma clareada àqueles que não conhecem o assunto. 
 
E quanto ao último item tratado de forma terminativa citado 
anteriormente? Ela versa sobre a apreciação, pelo Poder Legislativo, de ato do 
Executivo de outorga ou renovação de concessão, permissão e autorização para 
o serviço de radiodifusão sonora (rádio) e de sons e imagens (televisão). 
 
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Vimos as três matérias que são tratadas, por sua natureza, de forma 
terminativa. Porém, há outros casos: 
 
O Presidente do Senado, ouvidas as lideranças, poderá conferir às 
comissões competência para apreciar, terminativamente, as seguintes 
matérias: 
 
! tratados ou acordos internacionais 
! autorização para a exploração e o aproveitamento de recursos 
hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas minerais em terras indígenas 
! alienação ou concessão de terras públicas com área superior a dois 
mil e quinhentos hectares 
! projetos de lei da Câmara de iniciativa parlamentar que tiverem sido 
aprovados, em decisão terminativa, por comissão daquela Casa 
! indicações e proposições diversas, exceto: 
 
• projeto de resolução que altere o Regimento Interno 
• proposta de emenda à Constituição 
• projetos de resolução a que se referem os arts. 52, V a IX, e 
155, §§ 1º, IV, e 2º, IV e V, da Constituição 
 
De forma que seu material fique completo, segue a lista dos dispositivos 
acima. São projetos de resolução que versam sobre: 
 
• autorizar operações externas de natureza financeira, de 
interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos 
Municípios 
• fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais 
para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios 
• dispor sobre limites globais e condições para as operações de 
crédito externo e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
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Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder 
Público federal 
• dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia 
da União em operações de crédito externo e interno 
• estabelecer limites globais e condições para o montante da 
dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
• fixar alíquotas máximas de imposto por transmissão causa 
mortis e doação 
• estabelecer alíquotas aplicáveis às operações e prestações, 
interestaduais e de exportação 
• em relação às operações internas, estabelecer alíquotas 
mínimas e fixar alíquotas máximas para solução de conflito 
 
Vamos agora ver alguns dispositivos que tratam de audiências 
públicas. A audiência pública será realizada pela comissão para: 
 
! instruir matéria sob sua apreciação (pode ser dispensada, por 
deliberação da comissão) 
! tratar de assunto de interesse público relevante 
 
Mas também é possível que a audiência seja realizada por solicitação de 
entidade da sociedade civil. 
 
No dia previamente designado da audiência pública, a comissão pode 
realizá-la com a presença de, no mínimo, 2 de seus membros. 
 
Os depoimentos são prestados por escrito e de forma conclusiva. 
 
Na hipótese de haver defensores e opositores, relativamente à matéria 
objeto de exame, a comissão deve proceder de forma que possibilite a 
audiência de todas as partes interessadas. 
 
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Os membros da comissão podem, terminada a leitura, interpelar o 
orador exclusivamente sobre a exposição lida, por prazo de até 3 minutos. 
Lembram quando eu falei do uso da palavra por 3 minutos? 
 
O orador tem o mesmo prazo para responder a cada Senador, sendo-lhe 
vedado interpelar os membros da comissão. 
 
Da reunião de audiência pública é lavrada ata, arquivando-se, no âmbito 
da comissão, os pronunciamentos escritos e documentos que os 
acompanharem. 
 
É admitido, a qualquer tempo, a requerimento de Senador, o trasladode 
peças. 
 
A comissão receberá petições, reclamações, representações ou queixas 
de qualquer pessoa contra ato ou omissão de autoridade ou entidade pública 
sobre assunto de sua competência. 
 
Os expedientes referidos acima deverão ser encaminhados por escrito, 
com identificação do autor e serão distribuídos a um relator que os apreciará e 
apresentará relatório com sugestões quanto às providências a serem tomadas 
pela comissão, pela Mesa ou pelo Ministério Público. 
 
O relatório será discutido e votado na comissão, devendo concluir por 
projeto de resolução se contiver providência a ser tomada por outra instância 
que não a da própria comissão. 
 
Os dirigentes máximos das agências reguladoras devem 
comparecer ao Senado Federal, em periodicidade anual, para prestar 
contas sobre o exercício de suas atribuições e o desempenho da 
agência, bem como para apresentar avaliação das políticas públicas no 
âmbito de suas competências. 
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O comparecimento acima deve ocorrer em reunião conjunta da 
comissão temática pertinente e das Comissões de Assuntos Econômicos 
e de Constituição, Justiça e Cidadania. 
 
Vimos que é uma atribuição genérica das comissões “acompanhar, 
fiscalizar e controlar as políticas governamentais pertinentes às áreas de sua 
competência”. Para o cumprimento deste papel, as comissões permanentes 
devem selecionar, na área de sua competência, políticas públicas 
desenvolvidas no âmbito do Poder Executivo, para serem avaliadas. 
 
Cada comissão permanente selecionará as políticas públicas até o 
último dia útil do mês de março de cada ano. 
 
Para realizar a avaliação acima, que se estenderá aos impactos das 
políticas públicas e às atividades meio de suporte para sua execução, podem 
ser solicitadas informações e documentos a órgãos do Poder Executivo e ao 
Tribunal de Contas da União, bem como a entidades da sociedade civil. 
 
Ao final da sessão legislativa, a comissão deve apresentar relatório 
com as conclusões da avaliação realizada. 
 
E para subsidiar os trabalhos de avaliação das políticas públicas, o 
Senado contará com: 
 
! estudos e relatórios técnicos elaborados pela Consultoria 
Legislativa e a Consultoria de Orçamentos, Fiscalização e Controle; e 
! análises e relatórios estatísticos produzidos pelo Instituto de 
Pesquisa DataSenado. 
 
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Pessoal, encerramos aqui nossa teoria por hoje. No próximo encontro, 
iniciaremos com as competências específicas de cada comissão. Mas, claro, 
vamos fazer algumas questões. 
 
13) (FGV/Senado Federal/Técnico Legislativo/2008): Em relação 
às Comissões do Senado Federal, julgue o seguinte item: não podem 
convocar Ministros de Estado para prestar informações, pois tal 
prerrogativa é exclusiva das Comissões Parlamentares de Inquérito. 
 
ERRADO. Tanto a CF quanto o RI estabelecem que é uma das 
competências das comissões convocar Ministros de Estado para prestarem 
informações sobre assuntos inerentes às suas atribuições. Tanto não existe 
essa restrição somente à CPI que o Ministro pode ser convocado a ir ao Plenário 
da Casa, quando a convocação for feita pelo Senado (ou pela Câmara) de 
acordo com o art. 50 da CF. 
 
CF, art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou 
qualquer de suas Comissões, poderão convocar Ministro de Estado ou 
quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da 
República para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto 
previamente determinado, importando crime de responsabilidade a 
ausência sem justificação adequada. 
§ 1º Os Ministros de Estado poderão comparecer ao Senado 
Federal, à Câmara dos Deputados, ou a qualquer de suas Comissões, por 
sua iniciativa e mediante entendimentos com a Mesa respectiva, para 
expor assunto de relevância de seu Ministério. 
 
CF, art. 58, § 2º Às comissões, em razão da matéria de sua 
competência, cabe: 
III - convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre 
assuntos inerentes a suas atribuições; 
 
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Art. 90. Às comissões compete: 
III - convocar Ministros de Estado ou quaisquer titulares de órgãos 
diretamente subordinados à Presidência da República para prestarem 
informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições e ouvir os 
Ministros quando no exercício da faculdade prevista no art. 50, § 1º, da 
Constituição (Const., arts. 50 e 58, § 2º, III); 
 
14) (FGV/Senado Federal/Técnico Legislativo/2008): As 
comissões permanentes têm atribuição apenas de discutir projetos de 
lei, ficando a votação reservada ao Plenário do Senado Federal. 
 
ERRADO. As comissão discutem e votam o projetos de lei que por elas 
tramitam. Lembre que existe a tramitação terminativa (quando a matéria 
somente passa pelas comissões, a princípio) e a tramitação normal (quando a 
matéria passa pelas comissões e depois vai ao Plenário). Em ambos os casos, 
cada comissão discute e vota as proposições. 
 
Art. 90. Às comissões compete: 
I - discutir e votar projeto de lei nos termos do art. 91; 
 
15) (FGV/Senado Federal/Analista Legislativo/2008): O Senado 
Federal funciona, internamente, por Comissões Permanentes e 
Temporárias; cada Comissão elege o seu Presidente e o Vice-
Presidente. Dentre as atribuições do Presidente figuram: 
 
I. assinatura do expediente. 
II. desempatar as votações. 
III. convocar reuniões extraordinárias somente a requerimento 
dos seus integrantes. 
IV. coordenar a votação para escolha de relatores para as 
matérias que devem ser analisadas. 
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V. promover a publicação das atas das reuniões no Diário do 
Senado Federal. 
 
Estão corretos apenas os itens: 
 
(A) I, II e V. 
(B) III, IV e V. 
(C) II, III e IV. 
(D) I, III e V. 
(E) I, II e III. 
 
Gabarito: A. 
 
Item I: correto. Assinatura dos documentos da comissão é feita pelo 
presidente. 
 
Art. 89. Ao Presidente de comissão compete: 
XIII - assinar o expediente da comissão. 
 
Item II: se você achou esse item problemático, está certo. É 
competência do presidente desempatar as votações, quando ostensivas. 
Porém, como a banca foi FGV, isso passou batido e o item foi dado como certo. 
 
Art. 89. Ao Presidente de comissão compete: 
XI - desempatar as votações quando ostensivas; 
 
Item III: Uma reunião extraordinária de uma comissão pode ser sim 
convocada a requerimento de qualquer membro, mediante deliberação do 
colegiado. Porém, pode também o presidente convocá-la de ofício, o que 
torna o item errado. O detalhe é que se o candidato tivesse certeza que esse 
item estava errado ele eliminaria as alternativas B, C, D e E, sobrando apenas a 
A. É mole? Questão bem elaborada, não é? 
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Art. 89. Ao Presidente de comissão compete: 
VII - convocar as suas reuniões extraordinárias, de ofício ou a 
requerimento de qualquer de seus membros, aprovado pela comissão; 
 
Item IV:votação para escolha de relator? Que isso? É função do 
presidente designar (escolher) o relator, não há votação nenhuma. 
 
Art. 89. Ao Presidente de comissão compete: 
III - designar, na comissão, relatores para as matérias; 
 
Item V: correto, sem problemas. 
 
Art. 89. Ao Presidente de comissão compete: 
VIII - promover a publicação das atas das reuniões no Diário do 
Senado Federal; 
 
16) Compete às comissões permanentes sustar os atos 
normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar. 
 
ERRADO. O item está errado porque sustar tais atos ocorre por 
intermédio de um Decreto Legislativo, que deve ser aprovado por ambas as 
casas do Congresso Nacional. O que uma comissão pode fazer é propor a 
sustação, ou seja, apresentar o projeto de Decreto Legislativo sobre a matéria. 
 
Art. 90. Às comissões compete: 
VII - propor a sustação dos atos normativos do Poder Executivo 
que exorbitem do poder regulamentar (Const., art. 49, V); 
 
CF, art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: 
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do 
poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa; 
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17) Estabelece o RISF que o Presidente do Senado, ouvidas as 
lideranças, poderá conferir às comissões competência para apreciar 
terminativamente projetos de lei ordinária de autoria de Senador. 
 
ERRADO. Incorreto, tendo em vista que esse assunto é um dos três que 
são tratados de forma terminativa automaticamente, não necessitando o 
Presidente consultar os líderes. 
 
Art. 91. Às comissões, no âmbito de suas atribuições, cabe, 
dispensada a competência do Plenário, nos termos do art. 58, § 2º, I, da 
Constituição, discutir e votar: 
I - projetos de lei ordinária de autoria de Senador, ressalvado 
projeto de código; 
 
18) As comissões somente poderão solicitar depoimento de 
autoridades do poder público, não estando em sua abrangência a 
sociedade civil em geral. 
 
ERRADO. Errado, tendo em vista que existe a possibilidade de que uma 
comissão solicite depoimento inclusive de cidadãos. 
 
Art. 90. Às comissões compete: 
V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão 
(Const., art. 58, § 2º, V); 
 
CF, art. 58, § 2º Às comissões, em razão da matéria de sua 
competência, cabe: 
V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão; 
 
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19) Às comissões, no âmbito de suas atribuições, cabe discutir e 
votar de forma terminativa qualquer projeto de lei ordinária de autoria 
de Senador. 
 
ERRADO. Incorreto, pois não estão abrangidos os projetos de Código, 
ainda que de autoria de Senador. 
 
Art. 91. Às comissões, no âmbito de suas atribuições, cabe, 
dispensada a competência do Plenário, nos termos do art. 58, § 2º, I, da 
Constituição, discutir e votar: 
I - projetos de lei ordinária de autoria de Senador, ressalvado 
projeto de código; 
 
20) É lícito ao Presidente do Senado, ouvidas as lideranças, 
conferir às comissões competência para apreciar, terminativamente, 
uma matéria que verse sobre tratados ou acordos internacionais. 
 
CERTO. Esse é um assunto que pode vir a ser tratado de forma 
terminativa, atendidos os requisitos da questão. 
 
Art. 91, § 1º O Presidente do Senado, ouvidas as lideranças, 
poderá conferir às comissões competência para apreciar, 
terminativamente, as seguintes matérias: 
I - tratados ou acordos internacionais; 
 
 
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11. Listas das questões apresentadas 
 
(FGV/Senado Federal/Analista Legislativo/2008) O Regimento 
Interno do Senado estabelece as regras de convivência entre maioria e 
minoria parlamentar. Sobre tal tema, julgue as afirmativas a seguir: 
 
1) Cabe às representações partidárias organizar os blocos 
parlamentares e, caso possuindo maioria absoluta, comunicar tal 
situação à Mesa Diretora. 
 
2) A minoria não pode indicar líder. 
 
3) Não alcançada a maioria absoluta de um bloco ou 
representação partidária, as figuras do Líder da maioria ou minoria 
serão substituídas pelos lideres partidários. 
 
4) Os blocos parlamentares no Senado devem ter, pelo menos, 
um décimo dos Senadores. 
 
5) (FGV/Senado Federal/Analista Legislativo/2008) A definição 
de Minoria, no Senado Federal, é: 
 
a) O menor partido ou bloco parlamentar com representação no 
Senado Federal. 
b) O maior partido ou bloco parlamentar que se seguir em 
tamanho em relação à Maioria. 
c) O menor partido ou bloco parlamentar que se opuser à 
Maioria. 
d) O maior partido ou bloco parlamentar que se opuser à 
Maioria. 
e) O menor partido ou bloco parlamentar de oposição ao 
governo. 
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6) O Senado, atendendo a convite, poderá ser representado em 
ato ou solenidade de cunho internacional, nacional ou regional. A 
representação será constituída, no mínimo, de três Senadores, 
designados pelo Presidente, de ofício ou mediante deliberação do 
Plenário. 
 
7) (FGV / Senado Federal / Consultor de Orçamento / 2008): 
Assinale a afirmativa incorreta. 
 
(A) As Comissões Diretora e de Constituição, Justiça e Cidadania 
são comissões permanentes. 
(B) As comissões, quanto à duração, dividem-se em comissões 
permanentes e temporárias. 
(C) São comissões temporárias a interna, a externa e a 
parlamentar de inquérito. 
(D) As comissões externas são criadas por deliberação do 
Plenário ou por proposta do Presidente. 
(E) As comissões parlamentares de inquérito se enquadram nas 
comissões permanentes. 
 
8) (FGV/Senado Federal/Analista Legislativo/2008): As 
comissões internas são as previstas no Regimento para finalidades 
específicas, ao passo que as comissões externas se destinam a 
representar o Senado em congressos, solenidades e outros atos 
públicos. 
 
9) (FGV/Senado Federal/Analista Legislativo/2008): A criação 
de comissões externas decorre de deliberação do Plenário, a 
requerimento de qualquer Senador ou comissão, ou de proposta do 
Presidente. 
 
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Regimento Interno do Senado Federal 
Aula 2 
Prof. Julio Ponte 
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10) Estabelece o RISF que as comissões se extinguem pela 
conclusão de sua tarefa, pelo advento do respectivo termo final ou ao 
término da sessão legislativa ordinária. 
 
11) (FGV/Senado Federal/Técnico Legislativo/2008): Em relação 
às Comissões do Senado Federal, pode-se afirmar que na sua 
composição devem respeitar a representação proporcional de partidos 
e blocos parlamentares que participam da Casa. 
 
12) (FGV/Senado Federal/Analista Legislativo/2008): Cada 
Senador só pode integrar, no máximo, três comissões como titular e 
três como suplente; o membro da Comissão Diretora, contudo, não 
pode integrar outra comissão permanente. 
 
13) (FGV/Senado Federal/Técnico Legislativo/2008): Em relação 
às Comissões do Senado Federal, julgue o seguinte item: não podem 
convocar Ministros de Estado para prestar informações, pois tal 
prerrogativa é exclusiva das Comissões Parlamentares de Inquérito.

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