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0 FUNDAÇÃO UNIVERSITÁRIA IBEROAMERICANA FUNIBER MESTRADO EM ENGENHARIA INDUSTRIAL Walfredo Aurélio Gaido ATIVIDADE PRÁTICA: CASO PRÁTICO 1 – TKL; CASO PRÁTICO 2 – CORDEX I; CASO PRÁTICO 3 – CORDEX II Campinas 2022 1 WALFREDO AURÉLIO GAIDO MA098 – GESTÃO AMBIENTAL DA EMPRESA: ISO 14001 ATIVIDADE PRÁTICA: CASO PRÁTICO 1 – TKL; CASO PRÁTICO 2 – CORDEX I; CASO PRÁTICO 3 – CORDEX II. Atividade prática apresentado ao Programa de Mestrado em Engenharia Industrial da Fundação Universitária Iberoamericana, como parte dos requisitos para a composição da nota final à área de Gestão Ambiental da Empresa: ISO 14001. Professores: Dra. Alina Eugênia Pascual Barrera e Dra. Susana Estefany de León Aldaco. Campinas 2022 2 RESUMO A preocupação com o meio ambiente é um assunto que envolve o mundo atual. Buscando criar meios de preservação e da melhoria das condições ambientais, as organizações investem na melhoria dos processos e no controle do uso de elementos que prejudicam o meio ambiente. Existem vários sistemas que buscam minimizar os impactos ambientais, como por exemplo, o sistema de gestão ambiental (SGA). Nas organizações, o SGA tem como um dos objetivos, melhor a aplicação dos recursos naturais diminuindo a produção de resíduos. As discussões acerca da abordagem ambiental vêm crescendo consideravelmente, em especial na comunidade científica mundial. A pluralidade dos conceitos e direcionamentos no modelo de gestão ambiental, vem provocando debates acerca das vantagens e desvantagens da implantação de sistemas de gestão ambiental (SGA). A norma NBR ISO 14001 especifica os requisitos para a implementação de um sistema de gestão ambiental, o qual possibilite às organizações alcançarem metas ambientais e econômicas. Com a reformulação da norma ISO14001, em 2015, surgiram novos desafios para as organizações implementarem o Sistemas de Gestão Ambiental (SGA), pois o objetivo não só é o de proporcionar um sistema ecologicamente correto, mas também, o desenvolvimento sustentável para a organização. O sistema de gestão ambiental (SGA) é um dos instrumentos de reorientação do consumo e dos padrões de produção das atividades industriais, buscando o uso mais sustentável dos recursos naturais e a prevenção de danos ao ambiente. Neste caso prático, foram analisadas as condições e circunstâncias dos textos hipotéticos das organizações TKL, CORTEX I e CORTEX II quanto a análise crítica e desenvolvimento de um objetivo ambiental, política ambiental, procedimentos e instruções do sistema de gestão ambiental, assim como, o desenvolvimento de uma lista de análise de aspectos e impactos ambientais (LAIA) para a elaboração de um plano de ações. Todo o embasamento técnico para a análise e desenvolvimento dos casos práticos, foram baseados na norma NBR ISO 14001, de 06 de outubro de 2015. Palavras-chave: ISO 14001, certificação ambiental, SGA, Sistema de Gestão Ambiental. 3 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Evolução do ciclo PDCA aplicado ao SGA.....................................................8 Figura 2 – Ciclo PDCA.................................................................................................11 Figura 3 - Framework para aplicação diante de elementos do LAIA.............................17 Figura 4 - Fatores que intervêm na definição da política ambiental...............................19 Figura 5 - Ilustração de um sistema de flotação por ar dissolvido..................................21 Figura 6 – Fluxograma de resposta de emergência para descarte químico.....................22 4 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Lista de Aspectos e Impactos Ambientais - LAIA........................................18 Tabela 2 – Tabela de referente ao formulário padrão.....................................................24 Tabela 3 - Procedimento de resposta de emergência a vazamentos químicos................25 5 LISTA DE ABREVIATURAS ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas ETARI Estação de Tratamento de Águas Residuais Industriais INMETRO Instituto Nacional de Metrologia ISO International Organization for Standarization LAIA Lista de Aspectos e Impactos Ambientais NBR Norma Brasileira PDCA Plan Do Check Act SGA Sistema de Gestão Ambiental 6 1 INTRODUÇÃO De acordo com Ferreira e Gerolamo (2016), é evidente que discussões referentes a abordagem ambiental vêm crescendo consideravelmente no âmbito científico. Cordeiro (2003), lembra que historicamente, foi com a proclamação da Constituição Federal de 1988 que foi definido um dos mais relevantes marcos para os assuntos referentes ao meio ambiente no Brasil. Nessa lei maior, conceituou-se o meio ambiente como patrimônio de utilidade pública. Entre os pontos que resultaram como fruto desse debate legislativo, temos o art. 225, que expressa diretrizes sobre a defesa ambiental e o patrimônio genético, do qual é destaque: a regularização dos estudos de impactos do meio ambiente; o zoneamento ambiental; o esclarecimento do poluidor-pagador; a base da precaução e prevenção como norma organizacional; a normalização da questão indígena; o conceito de meio ambiente e do desenvolvimento sustentável e a elaboração de lei específica para os crimes ambientais. De acordo com Cardella (1999), em se tratando de sistema de gestão organizacional, o mesmo trata-se de um agrupamento de ferramentas inter-relacionadas, que são interdependentes e atuam entre si, utilizadas no planejamento, realização e controle das ações, com a intenção de sempre atingir os objetivos da organização. De modo mais profundo, em estudo mais recente, Colombo e Salgado (2015) e Campos et al. (2015), expõem que exigência de se admitir um novo padrão de desenvolvimento sustentável passou a pressionar as organizações da atualidade para que busquem a competitividade, porém levando em conta as temáticas ambientais. Assim, um dos mecanismos que opera na implementação de estratégias organizadas é o sistema de gestão ambiental (SGA), que tem como direção o aprimoramento do desempenho ambiental. Tal aprimoramento, por sua vez, pode possibilitar às organizações várias vantagens, como a competitiva, que pode ser mensurada sob pontos de vista distintos. Uma das distinções principais a ser observada pela organização na elaboração de seu plano de gestão ambiental é o seu potencial de poluição. Donaire (1995), coloca que se essa capacidade é alta, sua relevância na estratégia é essencial e sua análise adequada é uma questão de sobrevivência, em curto ou longo prazo. Para Feldmann (1997), uma organização que intenciona admitir um sistema de gestão ambiental deve avaliar, inicialmente, o nível do contexto em que está inserida. A formulação da política ambiental deve expressar compromisso formal da instituição junto à sociedade, observando a definição de seus interesses e medidas associados à sua responsabilidade ambiental. Isso está associado a uma explanação de efeitos e deve estar de acordo com o sistema de gestão. 7 Com relação à certificação do sistema de gestão ambiental, é notório que as empresas certificadas são capazes de diminuir o desperdício e a poluição, sendo que a certificação é entendida como um progresso ambiental e econômico para a organização queintenciona melhorar constantemente seus processos, de modo que não interfira negativamente na qualidade de vida da comunidade em que está inserida (França et al., 2015; Brisolara, Silva, Cardoso, 2016). Conforme Maranhão e Teixeira (2015) e Almeida e Nunes (2014), a admissão, implantação e administração de um SGA oferece ainda uma série de inovações fundamentadas na gestão de rotinas, processos e competências, sendo, de forma incontestável, uma fonte de capacidade dinâmica e inovação. Além disso, Aguiar e Côrtes (2014), afirmam que todo o processo de certificação da norma ISO 14001, especificamente, fundamenta-se em princípios de transparência e acessibilidade de informações. França (2015) alega que, existem ainda os sujeitos contrários à certificação ISO 14001, os quais afirmam que essa serve somente como rótulo para formação de imagem da marca e que acarreta apenas no aumento dos custos da empresa, por causa da certificação. Toda a problemática gerada pelo uso insustentável de recursos naturais para suportar o consumo de produtos tornou a preocupação com o meio ambiente um fator crítico nos negócios. Identificar antecipadamente potenciais situações que possam impor danos irreversíveis à natureza e encontrar meios e ferramentas que permitam atuar sobre esses problemas é o desafio. Ou seja, a gestão empresarial precisou incorporar ao seu planejamento estratégico e operacional variáveis ligadas à questão ambiental. O consumo de energia por unidade produzida, o controle do volume de resíduos industriais gerados, o monitoramento da legislação ambiental, o tratamento dispensado aos materiais recicláveis, os investimentos e despesas com os aspectos ambientais, a gestão dos planos de emergência, medidas operacionais visando à prevenção e controle da poluição, todas essas são atividades que compõem a gestão ambiental empresarial. Empresas que adotam práticas socialmente responsáveis podem se diferenciar em relação a outras e obter o que Porter (1991) consagrou na literatura de estratégia como vantagem competitiva. A utilização de práticas socialmente responsáveis pode gerar vantagem competitiva, além de contribuir para uma sociedade melhor. (Bruni et al., 2008). Este trabalho tem como objetivo estabelecer um comparativo das circunstâncias dos casos práticos TKL, CORTEX I e CORTEX II quanto a aderência aos requisitos estabelecidos na norma NBR ISO 14001, assim como, propor ações para o enquadramento das rotinas e processos que esteja, em desacordo com os requisitos desta norma. 8 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A ISO 14001 foi criada em 1996 e passou por reformulações nos anos de 2004 e 2015. Logo na primeira versão, a norma incluiu em sua estrutura o ciclo PDCA (Plan – planejamento; Do – execução; Check – verificação; - Action – ação) e a busca sistêmica de melhoria contínua. O PDCA representa uma ferramenta gerencial de tomada de decisão com o objetivo de garantir a melhoria contínua e sistemática, visando à padronização dos processos existentes em uma organização (Feltraco et al., 2012). Em relação às alterações mais recentes quanto à composição da ISO 14000, a sua reformulação, no ano 2015, trouxe modificações estruturais associadas ao PDCA, em comparação com a versão ISO 14001:2004, conforme exposto na Figura 1. Figura 1 – Evolução do ciclo PDCA aplicado ao SGA. Fonte: ABNT NBR ISO 14001 (2004, 2015). Na versão 2015 da ISO 14001, alguns requisitos foram destacados no que se refere ao ciclo PDCA: a liderança no papel central do SGA, a maior ênfase nos contextos internos e externos da organização e a estrutura de requisitos voltados para a avaliação de desempenho. Milazzo e colaboradores (2017), apontaram que na nova versão da norma foram incluídas melhorias quanto: ao desempenho ambiental relacionado a ações proativas, a um maior nível de envolvimento da alta administração, a uma maior especificidade na análise do ciclo de vida, ao pensamento voltado ao risco e a uma melhor estratégia de comunicação. 9 A comparação dos esquemas das versões de 2004 e 2015 sugere que as fronteiras das empresas deixaram de ser rigidamente delimitadas e passaram a permitir uma maior integração com o ambiente, tendo em vista a amplitude dos efeitos e as consequências dos impactos gerados (Silva et al., 2019). Ainda sobre as premissas do SGA relacionadas à ISO 14001:2015, ressalta-se que uma organização deve manter uma estrutura para proteção do meio ambiente que possibilite uma resposta às constantes mudanças nas condições ambientais, em equilíbrio com as necessidades e expectativas socioeconômicas. Outra premissa do SGA é a aplicabilidade do sistema de gestão e a possibilidade de certificação para qualquer organização, independentemente do tipo, tamanho e natureza. Em geral, as organizações de maior porte e maior potencial poluidor, majoritariamente, possuem o SGA mais estruturado, por necessitarem de ações mais amplas para atenderem aos requisitos legais. No Brasil, os registros da base de dados do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia apontaram que, até a data de 17 de abril de 2020, 1467 certificados da norma ISO 14001:2015 foram concedidos (INMETRO, 2020). A ISO 14001 traz requisitos que tratam do desempenho ambiental nas organizações através da avaliação de riscos do negócio, objetivos e metas ambientais, identificação e controle de aspectos ambientais significativos, além de orientações voltadas para melhoria do SGA (ABNT, 2015). Contudo, a exemplo de outras normas de sistemas de gestão, a ISO 14001 não determina as sistemáticas dos requisitos e as metodologias que devem ser utilizadas para cumprimento dos itens recomendados, cabendo à organização o estabelecimento da forma mais adequada, a depender do contexto local, de executar cada requisito normativo. O conjunto da metodologia apresentado pela norma, combinado com ações de sustentabilidade e comunicação interna e externa reforçam a vocação de melhoria do ambiente no entorno da organização. Assim, destaca-se o potencial benefício da certificação para a minimização de impactos ambientais negativos e para uma melhor relação com as partes interessadas no negócio da empresa (Bernardo et al., 2015). 2.1 Sistemas de Gestão Ambiental O Sistema de Gestão Ambiental (SGA) pode ser definido como um conjunto de procedimentos para gerir ou administrar uma organização, de forma a obter o melhor relacionamento com o meio ambiente. É voluntário, ou seja, não existe legislação específica no mundo que obrigue qualquer corporação a implantar e incorporar estes princípios em suas atividades. Porém, como já foi mencionado, o mercado atual está muito exigente quanto aos aspectos relacionados ao meio ambiente, e esta preocupação espontânea por parte das 10 organizações se transforma em um diferencial de mercado, sendo uma estratégia competitiva. O Sistema de Gestão Ambiental (SGA) foi estabelecido pela ABNT NBR ISO 14001. A série de normas ISO 14001 tem como objetivo principal especificar os requisitos para a implementação de um sistema de gestão ambiental possibilitando que todas as organizações, independentemente do seu porte, desenvolvam práticas sustentáveis em seus negócios, produtos e serviços. Possibilita que as organizações atendam às suas necessidades socioeconômicas em equilíbrio com a proteção do meio ambiente, através da prevenção ou mitigação dos impactos ambientais adversos e controle ou influência no modo que os produtos e serviços são projetados, fabricados, distribuídos, consumidos e descartados, utilizando uma perspectiva de ciclo de vida que possa prevenir o deslocamento involuntário dos impactos ambientais dentro do ciclo de vida. A Norma ISO 14001 especifica requisitos relativos a um Sistema de Gestão Ambiental, que dão suporte às auditorias, ou seja, são obrigações normativas que precisam ser cumpridas pelas empresas e organizações,independente do segmento ou tamanho, para estar de acordo com princípios estabelecidos pela legislação ambiental, assim permitindo a formulação de políticas e objetivos que levem em conta os aspectos legais e as informações referentes aos impactos significativos. Segundo Barbiere (2011), o SGA são atividades administrativas e operacionais realizadas pela organização para tratar problemas ambientais. Essas atividades podem buscar sanar problemas já decorrentes de sua atuação ou, ainda, de preferência, pro- ativamente, evitar a ocorrência desses problemas no futuro. Nesse conceito de enfoque empresarial, podemos definir como um conjunto de políticas, programas e práticas administrativas e operacionais, visando à proteção do meio ambiente pela minimização de impactos e danos ambientais. Ela se aplica aos aspectos ambientais que possam ser controlados pela organização e sobre os quais presume-se que ela tenha influência. 2.2 Sistema de Gestão Ambiental e o Ciclo PDCA O sistema de gestão ambiental (SGA) deve ser entendido como um processo adaptativo e contínuo, afirmando que a melhoria contínua é o elemento chave da ISO 14001. Tal melhoria está na essência do chamado ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Act), processo dinâmico e cíclico de planejar, implementar, verificar e analisar criticamente de forma a promover a melhoria contínua do sistema. A Figura 2 descreve a proposta da metodologia PDCA para a melhoria doa processos de uma organização. 11 Figura 2 – Ciclo PDCA. Fonte: Campos, V. F. (2014). TQC Controle da Qualidade Total: no estilo japonês. De acordo com Andrade (2003), o ciclo PDCA para o sistema de gestão ambiental (SGA) pode ser descrito da seguinte forma: P – Plan (planejar): estabelece os objetivos e processos necessários para atingir as metas, em concordância com a política ambiental da organização. D – Do (executar): implantar o que foi planejado. C – Check (avaliar): monitorar e medir os processos em conformidade com a política ambiental, objetivos, metas, requisitos legais e relatar os resultados. A – Act (agir): implementar ações necessárias para melhorar continuamente o desempenho do SGA. Para que o sistema implementado assegure a melhoria contínua do desempenho ambiental da organização, é necessária, periodicamente, a realização de monitoramentos e medições sistemáticas desse desempenho. A partir da análise destes resultados são elaborados indicadores de desempenho ambiental que servem para medir o grau de sucesso da implantação de uma estratégia em relação ao objetivo estabelecido. Assim a organização poderá verificar a conformidade com a legislação e seus critérios internos de desempenho. Para a implementação de um Sistema de Gestão Ambiental, o primeiro passo deve ser a formalização por parte da direção da empresa que, através da sua função administrativa, conduz e coordena os 12 colaboradores na execução das atividades planejadas e organizadas, deixando claro suas intenções e enfatizando seus benefícios. O alto grau de envolvimento da alta direção pode facilitar a integração das áreas da empresa e permite a disseminação da responsabilidade ambiental entre fornecedores, prestadores de serviços e clientes (internos e externos). As próximas etapas de implantação de um SGA – ISO 14001 seguem: planejamento, implantação, verificação, ações corretivas e preventivas, e revisão crítica. Nicolella, Marques e Skorupa (2004), ressalta que, de forma resumida, as etapas de implantação do SGA podem ser descritas da seguinte forma: Etapa 1- Planejamento: São estabelecidos os objetivos do projeto e os principais pontos de ação, incluindo as definições de ações ambientais (impactos previstos e ações planejadas) e levantamento de requisitos legais (restrições e obrigações pertinentes a cada organização). A Norma Técnica NBR ISO 14001 recomenda que a organização formule um plano para cumprir sua Política Ambiental. Etapa 1.1 – Política Ambiental: Política ambiental, de acordo com a norma NBR IS0 14001 (2015), é a declaração da organização, expondo suas intenções e princípios em relação ao seu desempenho ambiental global, que provê uma estrutura para a ação e definição de seus objetivos e metas ambientais. A política ambiental estabelece, dessa forma, um senso geral de orientação e fixa os princípios de ação para a organização (Nicolella; Marques; Skorupa, 2004, p.9). Etapa 2 – Implementação e Operação: No que se refere a este princípio, a recomendação é de que haja uma efetiva implantação da NBR ISO 14001, cabendo, portanto, à empresa desenvolver os mecanismos de apoio necessários a fim de atender o que está previsto em sua política, e nos seus objetivos e metas ambientais (Nicolella, Marques, Skorupa, 2004). Etapa 3 – Verificação e Ação Corretiva: Em relação a este item da norma, ele define as condições para se averiguar se a empresa está operando de acordo com o programa de gestão ambiental previamente definido, identificando aspectos não desejáveis e mitigando quaisquer impactos negativos, além de tratar das medias preventivas. A verificação e ação corretiva são etapas orientadas por quatro características básicas do processo de gestão ambiental: Monitoramento e Medição, Não-conformidades, Ações Corretivas e Preventivas, Registros e Auditoria do SGA” (Nicolella, Marques, Skorupa, 2004, p.12). Etapa 4 – Análise Crítica: Neste princípio, prevê-se que após a etapa da auditoria e caso ocorram possíveis mudanças nos cenários internos e externos, como novas pressões de mercado e as tendências do ambiente externo da empresa - além do compromisso de melhoria contínua requerido pelo SGA -, cabe à administração da organização identificar a necessidade de 13 possíveis alterações em sua Política Ambiental, nos seus objetivos e metas, ou em outros elementos do sistema, ou seja, é o momento em que o processo de gestão pode ser revisado, bem como o processo de melhoria contínua exercitado (Nicolella, Marques, Skorupa, 2004). Após todas as etapas do ciclo terem sido executadas, cabe a administração da empresa verificar os resultados obtidos e então executar novamente o ciclo PDCA afim de se elaborarem novas estratégias, traçar novos objetivos e talvez focar o ciclo em outras áreas da empresa, afim de estar sempre se aperfeiçoando e dando continuidade ao processo de melhoria contínua. 2.3 Auditoria Ambiental A auditoria ambiental é uma ferramenta de gestão utilizada para avaliar as atividades relacionadas com o sistema de gestão ambiental, também conhecido como SGA normalizados pelas normas da série ISO 14000. Constitui um mecanismo de gestão de abordagem construtiva fundamental para a sua melhoria contínua. Nas organizações onde se pretende ou já esteja implementado um SGA certificado, é mandatório a realização de auditorias. Sendo assim, surge a necessidade de qualificar técnicos com competências para fazer face a essas exigências normativas. As auditorias de gestão da ambiental se baseiam em procedimentos documentados do sistema de gestão ambiental, atitudes e comportamentos criteriosos, exigindo uma preparação e aquisição de competências por parte dos recursos humanos envolvidos. As auditorias ambientais são uma importante ferramenta para a gestão moderna do meio ambiente. Na concepção de Valle (1995), a auditoria ambiental é uma ferramenta de gestão que permite fazer uma ponderação sistemática, periódica, documentada e objetiva dos sistemas de gestão e do desempenho dos equipamentos instalados em uma organização, para fiscalizar e limitar atividades sobre o meio ambiente. Conforme Ribeiro (2006), a auditoria ambiental é um instrumento direcionado ao atendimento das práticas e procedimentos utilizados na operacionalização do controle e conservação do meio ambiente, levando-se em conta os parâmetros estabelecidos no SGA da organização, visando à sua continuidade sem agressão aomeio ambiente. Podemos afirmar, que o trabalho das auditorias ambientais reforça a política de gestão ambiental, assim como, a implementação do sistema de gestão ambiental e seu aprimoramento contínuo identificado através de pontos de melhoria e tomada de ações corretivas. 14 2.3.1 Definição A auditoria é um processo sistemático, independente e documentado para obter evidencias objetivas e avalia-las objetivamente a fim de determinar até que ponto os critérios da auditoria foram cumpridos. (NBR ISO 19011, 2018). Uma auditoria é uma avaliação planejada, programada e documentada, executada por pessoal independente da área auditada, a fim de verificar a eficácia do sistema de gestão implantado, através da constatação de evidências objetivas e da identificação de não- conformidades, servindo como mecanismo de realimentação e aperfeiçoamento do sistema da qualidade. Com base na definição acima citada, podemos ressaltar alguns pontos importantes conforme NBR ISO 14001 (2015): a) A auditoria ambiental pode ser realizada por qualquer pessoa da organização, desde que: - Esta seja de uma outra área que não a auditada; - Esta esteja treinada e capacitada para a realização da mesma. b) Uma vez que o objetivo principal da auditoria é verificar a eficácia do sistema de gestão ambiental implantada, consequentemente seu caráter é muito mais de prevenção do que de correção de problemas. c) Por servir como mecanismo de realimentação, as auditorias são um importante sistema de informações para a administração da empresa, pois possibilitam o aperfeiçoamento da gestão ambiental. 2.3.2 Objetivo da Auditoria de Gestão Ambiental Os principais objetivos de uma organização para a realização de auditorias ambientais são: - Avaliar a conformidade dos procedimentos do meio ambiente com as normas estabelecidas por clientes ou pela própria empresa; - Avaliar a aderência dos métodos empregados com os procedimentos estabelecidos; - Avaliar o processo de tomada de decisão da empresa, com relação ao meio ambiente; - Verificar e melhorar a eficácia do sistema de gestão ambiental; - Detectar riscos potenciais ao meio ambiente; 15 - Permitir à administração uma visão mais profunda da empresa, gerando uma consciência para o meio ambiente. 3 GESTÃO AMBIENTAL DA EMPRESA - CASOS PRÁTICOS 3.1 Apresentação do Caso Prático 1 – TKL Este caso prático trata-se de um estudo de caso de uma situação hipotética referente a uma organização que gera resíduos sólidos (água residuais) de diversas procedências, sendo: - Água contaminada por óleos de corte; - Lavagem de equipamentos e maquinários; - Contaminação por pinturas; - Geradas no laboratório de controle de qualidade; e - Urbanas, procedentes de banheiros e cozinha. O chão da fábrica é lavado diariamente com uma mangueira. Não existe registros de análise de águas residuais. 3.1.1 Objetivo Caso Prático 1 – TKL Os objetivos desse caso prático são: 1- Elaborar uma lista de aspectos ambientais com os correspondentes impactos. 2- Propor objetivos e elaborar uma política ambiental para a TKL. 3- Propor uma gestão para as águas residuais. 4- Propor um sistema para economia de água com os dados dispostos. 3.1.2 Resultado Caso Prático 1 – TKL 1 Aspectos ambientais e impactos ambientais: A NBR ISO 14001 estabelece que toda organização implemente e controle todo aspecto ambiental relacionado a suas atividades, produtos ou serviços. Para isso deve-se fazer um Levantamento de Aspectos e Impactos Ambientais (LAIA), onde todo aspecto deve ser quantificado segundo seu grau de significância. De acordo com Macke & Genari 2019), a revisão da literatura nas últimas décadas estabelece as relações do LAIA como estritamente voltadas aos novos empreendimentos ou 16 planejamentos em longo prazo, não abrangendo ações internas organizacionais, como a ação de novos projetos e determinação de mudanças internas dos processos produtivos. Conforme afirma Sánchez (2013), o LAIA, quando aplicado de maneira analítica e integrativa aos processos organizacionais, permite a distribuição de elementos e resultados diante da exibição de diversos recursos, e, entre esses, alguns fatores são primordiais para análise de gestão sustentável organizacional, como: a) Consumo de Energia: A energia é necessária para o desenvolvimento e o bem-estar da sociedade. Porém seu consumo tem custos associados, os quais podem ser controlados e minimizados. De acordo com Souto (2013), estes custos são de utilização de infraestruturas, hábitos e equipamentos ineficientes e desajustados, de impacto ecológico e econômico. b) Consumo de Plástico: Quando o tema é sustentabilidade ambiental a polêmica criada em torno do plástico é enorme. Apesar de a matéria-prima beneficiar os mais diferentes setores da economia, facilitar a vida das pessoas e ser 100% reciclável, a imagem é de vilão do meio ambiente, atesta especialistas, que a culpa é da falta de informação e da ausência de programas de coleta seletiva e reciclagem eficientes e capazes de reduzir o descarte inadequado do produto. Segundo Feldmann (2011), hoje em dia, há um continente de lixo que navega no Pacífico comum a grande sopa de restos da nossa civilização. Descoberto há uma década entre Hawai e Califórnia, é o maior lixão da terra flutuante, ele cobre uma área tão grande quanto ao do continente americano. c) Gestão de Resíduos Sólidos: O crescimento da quantidade e complexidade dos resíduos sólidos urbanos tem como causa o alto desenvolvimento econômico, a urbanização e o aumento dos padrões de consumo. Segundo Dias et. al. (2021), esses fatores favoreceram a geração de graves problemas sanitários em países em desenvolvimento, sendo imprescindível a participação de todos os envolvidos no processo: a sociedade, o Estado, iniciativa privada, cada um executando de forma harmônica e compromissada suas responsabilidades. Afirma Sánchez (2013), que a gestão efetiva dos resíduos sólidos se inicia pela conscientização, mudança comportamental e comprometimento público e privado. A Figura 3, a seguir, representa o framework do LAIA para sua aplicação. 17 Figura 3 – Framework para aplicação diante de elementos do LAIA. Fonte: Sánchez, L. E. (2013). Avaliação de Impacto Ambiental: Conceitos e Métodos. A ferramenta LAIA quando bem conduzida, traz para a empresa uma visão completa da sua atividade, possibilitando assim uma gestão com maior controle dos processos e dos possíveis impactos ambientais gerados. Vale ressaltar que a ferramenta possui uma notável aplicação na identificação e diagnóstico dos problemas ambientais (Sánchez, 2013). A Tabela 1, mostra a aplicação do LAIA na análise dos aspectos e impactos ambientais da empresa TKL conforme solicitado no item 1 deste caso prático. É possível mensurar quantitativamente as situações mais impactantes à organização, e, em seguida, traçar planos de ações para melhorias e otimização de processos, assim como definir os objetivos ambientais. 18 Tabela 1 – Lista de Aspectos e Impactos Ambientais (LAIA) Fonte: Fonte: Congresso internacional de administração (2019). Prospecções de otimização organizacional na aplicação da ferramenta ambiental LAIA: um estudo de caso. Através do LAIA estabeleceu-se quais foram as oportunidades de melhorias para cada impacto ambiental, foi possível estabelecer quais e como eles precisam ser controlados, e quais eram as oportunidades para implantar melhorias. 2 Proposta de objetivos e definição da política ambiental: Primeiramente, o objetivo ambiental da organização deve estar estabelecido e alinhado com a política ambiental, que por sua vez, devem considerar alguns fatores que intervêm na sua definição conforme ilustrado na Figura 4. 19 Figura 4 – Fatores que intervêmna definição da política ambiental. Fonte: Gestão ambiental da empresa: ISO 14001 FUNIBER Com base no item 5.2 Política Ambiental da norma NBR ISO 14001:2015, e descrito no caso prático 1 TKL, podemos definir a política ambiental da empresa TKL como: “A TKL na plena atividade de suas operações, reconhecendo que o meio ambiente é de uso comum e fundamental para a qualidade de vida de todos e que está engajada com a sustentabilidade, esta organização comprometendo-se com a proteção do meio ambiente visando: Buscar a melhoria contínua. Atender as legislações ambientais. Prevenir a poluição utilizando as melhores técnicas e práticas economicamente viáveis. Reduzir a geração de resíduos. Promover a conscientização dos princípios ambientais para as partes interessadas. Comunicar de forma transparente o desempenho ambiental. Racionalizar o uso de recursos naturais evitando desperdícios e contaminação. Respeitar e integrar com a sociedade onde a organização encontra-se inserida. Promover o desenvolvimento cultural dos colaboradores e da comunidade”. Os objetivos ambientais definidos e mantidos pela TKL, são: Incluir a política ambiental no plano estratégico da organização, considerando critérios ambientais no processo de planejamento. Reduzir o consumo de água, a produção de resíduos e lançamentos. Reduzir o descarte de resíduos sólidos no meio ambiente. 20 Melhoria dos processos de pintura. Eliminar contaminação da água por óleo de corte através de um projeto de melhoria do processo. Desenvolver projetos para a sensibilização e conscientização do meio ambiente. 3 Proposta para gestão de águas residuais na TKL: A gestão da água deve ser feita de forma sustentada, recorrendo a práticas de uso racional e eficiente quanto a sua utilização. Para a otimização dos consumos e das emissões de efluentes, deverá ter-se em conta: Redução das perdas; Promoção da utilização racional; Melhoria dos processos produtivos. Uma gestão eficaz tem como base os registros dos consumos de água por processo, tal como, identifica as operações mais consumidoras. É também importante a verificação de possíveis perdas no processo produtivo e nos equipamentos que podem ser substituídos, de modo a minimizar e otimizar os consumos. Uma opção é a implantação de uma estação de tratamento de águas residuais industriais (ETARI). É uma infraestrutura, que permite otimizar os processos naturais de depuração, possibilitando o tratamento da água residual de forma mais rápida e controlada. Numa indústria de pintura, como é o caso da TKL, pode-se ter como principais processos, o tratamento preliminar, o tratamento primário, o tratamento secundário, terciário e avançado. Conforme Dkm (2013), uma possibilidade para a gestão e tratamento das águas residuais, seria a utilização de um sistema de flotação por ar dissolvido, que basicamente consiste em: - Reservatório Tronco-cónico de Flotação/Decantação, onde se procede à libertação do ar dissolvido e à separação de fases. O material sólido retido é recolhido para o exterior por meio de um raspador de superfície e uma tremonha (Dkm, 2013). - Reservatório de neutralização e mistura, onde se procede à correção e acerto do pH do efluente recirculado, assim como à adição de coagulante e mistura rápida por meio de agitador de eixo vertical. - Conjunto de pressurização/recirculação, constituído por uma bomba, um compressor de ar e um reservatório de pressão, cuja função é pressurizar a mistura de ar/efluente a uma pressão de 2,5 – 3,5 Bar (Dkm, 2013). - Conjunto de preparação e doseamento de reagentes, incluindo reservatório e bomba dosadora de soluções alcalina, coagulante e floculante. Para o tratamento do efluente, é adicionada coagulante no reservatório de mistura rápida, sendo posteriormente pressurizado. 21 De acordo com Dkm (2013), durante a etapa de flotação/decantação primária, seriam expectáveis as seguintes taxas de remoção de contaminantes: • CQO: >40%; • SST: >80%; • Óleos e gorduras: >80%. A figura 5 ilustra um processo baseado no sistema de flotação por ar dissolvido. Figura 5 – Ilustração de um sistema de flotação por ar dissolvido. Fonte: Dkm. (2013). Sistema de flotação por ar dissolvido - Memória Descritiva e Justificativa. Todela. Concluindo, uma sistemática de gestão e tratamento da água residual seria através da implantação de um sistema conforme descrito acima. 4 Proposta para economia d’água: Uma proposta para a economia de água na TKL, seria a gestão dos consumos de água com base nos registros de consumo por processo, de tal modo, a identificar as operações e/ou processos com maior consumo d’água e intervir com ações de melhoria no processo. Um outro ponto importante, seria a verificação de possíveis perdas no processo produtivo e nos equipamentos que podem ser substituídos, implementando ações para minimizar e otimizar os consumos d’água. 3.2 Apresentação do Caso Prático 2 – CORTEX I Política Ambiental: A política ambiental da CORTEX consiste em satisfazer plenamente o conceito de desenvolvimento sustentável. Com este objetivo, temos desenvolvido um projeto de implantação de um sistema de gestão ambiental, que estabelecerá a sistemática a seguir com o fim de que nossa atividade seja a mais respeitosa possível com o ambiente. Todo o pessoal da empresa é obrigado a atuar a todo momento de acordo com os procedimentos e instruções estabelecidos nos documentos de nosso sistema de gestão ambiental. O chefe da Área Ambiental, por delegação expressa do Diretor Geral, tem autoridade para exigir o 22 cumprimento de tudo o que foi estipulado no documento do manual de gestão e supervisionar periodicamente por meio de auditorias internas seu nível de implantação e eficácia. Este caso prático trata-se de um estudo de caso de uma situação hipotética referente a uma organização. Procedimento: Um diagrama de fluxo é uma boa ferramenta para ajudar a redigir os procedimentos e as instruções de trabalho. Lembre-se de que os procedimentos costumam corresponder aos processos, enquanto as instruções de trabalho são informações específicas destinadas a fazer com que as pessoas completem uma tarefa. O procedimento deve ser redigido de forma clara, concisa e empregar uma linguagem simples. A Figura 6, mostra um diagrama de fluxo de procedimento de resposta de emergência referente ao descarte químico da CORTEX. Figura 6 – Fluxograma de resposta de emergência para descarte químico. Fonte: Apostila FUNIBER 3.2.1 Objetivo Caso Prático 2 – CORTEX I Os objetivos desse caso prático são: 1- A política ambiental da CORTEX é correta? Justifique sua resposta. 2- Reescreva a política ambiental da CORTEX. Lembre-se de todos os aspectos que uma declaração deste tipo deve conter. 23 3- Tendo em vista o diagrama de fluxo, termine de preencher o formulário padrão. Para uma mesma fase do processo (etapa de um procedimento), pode haver várias tarefas ou instruções de trabalho. Este documento servirá de base para confeccionar o procedimento do caso prático 3. 3.2.2 Resultado Caso Prático 2 – CORTEX I 1 A política ambiental da CORTEX I está correta? Justifique sua resposta: Não, a política ambiental apresentada pela CORTEX I não está correta, pois encontra-se em desacordo com o elemento 5.2 Política ambiental da NBR ISO 14001:2015. A política ambiental constitui o coração do SGA da organização, compatibilizando suas atividades com a conservação do meio ambiente e ser suficientemente clara para que todas as partes interessadas a atendam. Além dos fatores que intervêm na definição da política ambiental conforme descrito na Figura 4 do item 3.1.2 deste relatório, também não observamos os seguintes aspectos funcionais na política ambiental analisada: Referência para os objetivos ambientais. Propósitosapropriados ao contexto e magnitude das atividades e serviços da organização. Compromissos de proteção ao meio ambiente e cumprimento dos requisitos legais. Comprometimento com a melhoria contínua e do seu desempenho ambiental. Prevenir a poluição. Compromisso com o uso sustentável dos recursos naturais. Mitigação e adaptação da mudança climática. Comprometimento e amparo a biodiversidade e dos ecossistemas e outros aspectos ambientais. Contudo, não observamos no texto da política ambiental da CORTEX, a aderência aos requisitos legais e da ISO 14001, assim como dos princípios essenciais da gestão total da qualidade ambiental. 2 Reescrever a política ambiental da CORTEX I: Levando em consideração todos os aspectos que essa política ambiental da CORTEX I deve conter, poderíamos escreve-la da seguinte maneira: 24 “ A preocupação com a sustentabilidade ambiental tem direcionado as ações da CORTEX I em suas áreas de atuação. Para isso, foi criada a política ambiental da CORTEX I, que é constantemente divulgada aos nossos colaboradores e parceiros. A política ambiental da CORTEX I tem como pilares atender as legislações e as normativas ambientais, buscar a melhoria contínua do sistema de gestão ambiental, utilizar-se das melhores práticas para prevenir a poluição ambiental, reduzir a geração de resíduos sólidos, monitorar e divulgar de maneira transparente o desempenho ambiental,, evitar o desperdício dos recursos naturais e a contaminação do meio ambiente racionalizando o uso dos recursos naturais e promover o desenvolvimento cultural dos colaboradores e da comunidade”. 3 Com base no fluxo ilustrado conforme figura 6, termine a elaboração do formulário padrão: Conforme descrito na Tabela 1, segue formulário padrão preenchido. Tabela 2 – Tabela referente ao formulário padrão preenchido. 25 3.3 Apresentação do Caso Prático 3 – CORTEX II Procedimento: A CORTEX possui procedimentos do sistema de gestão ambiental, sendo o procedimento ENG – 16 Resposta de emergência a vazamentos químicos, conforme segue: Tabela 3 – Procedimento de resposta de emergência a vazamentos químicos ENG – 16 Resposta de emergência a vazamentos químicos 16.0 Geral 16.1 Finalidade 16.2 Abrangência e objetivos 16.3 Responsabilidades 16.4 Procedimentos 16.5 Definições 16.6 Documentos relacionados 16.7 Questões de auditoria Revisão: Autorizado por: Corporação XYZ Páginas 1 de 3 Auditoria: A CORTEX foi auditada no sistema de gestão ambiental, onde destacam- se as seguintes não conformidades: 1- Perguntado ao diretor da fábrica sobre como divulga a política ambiental ao pessoal da organização, ele responde: “está no manual de gestão, assinado por mim”. 26 2- Vários materiais situados no depósito são revisados e aparecem algumas meterias primas que foram inspecionados, juntamente com outros materiais que, sim, tenham sido inspecionados. 3- Já houve casos de reclamações de vizinhos com relação a ruído, no entanto, não ficam registradas na empresa. 4- O gerente de uma unidade de processamento está usando a revisão 2 de uma instrução que foi modificada e substituída pela revisão 3. 5- Não existe nenhum sistema de registro em que conste as ações corretivas que foram tomadas para prevenir a recorrência de não conformidades. 6- Um pedido de cola à Colas S.A., ao que tudo indica, a empresa não aparece na lista de fornecedores aprovados que cumprem com as especificações ambientais consultadas pelo auditor. 3.3.1 Objetivo Caso Prático 3 - CORTEX II Os objetivos desse caso prático, são: 1- Com base na tabela preparada no caso prático 2 e no formulário do enunciado, complete o procedimento de resposta de emergência a vazamentos químicos. 2- Tomando a documentação como referência, elabore a instrução de trabalho de limpeza do vazamento. 3- Que ações corretivas você implementaria para solucionar as não conformidades na CORTEX? 3.3.2 Resultados Caso Prático 3 – CORTEX II 1 Complete o procedimento de resposta de emergência a vazamentos químicos com base na tabela do caso prático 2: O procedimento de resposta de emergência a vazamentos químicos foi escrito e definido da seguinte maneira: ENG-16 Resposta de emergência a vazamentos químicos. 16.0. Geral Este procedimento estabelece diretrizes para a tratativa de emergências relacionadas à vazamentos e/ou derramamento de produtos químicos. 27 16.1. Finalidade Orientar, estabelecer disciplinar e determinar o procedimento a ser adotado pelos funcionários e colaboradores da CORTEX quando na ocorrência e/ou emergência nas instalações da organização quanto ao vazamento químico. 16.2. Abrangência e objetivos Este procedimento tem como abrangência todas as áreas da organização, assim como todos os funcionários e prestadores de serviço da CORTEX. Tem como objetivo resguardar os colaboradores quando na tomada de ações de contenção durante uma emergência de vazamento químico e definir diretrizes de treinamento para a equipe de emergência/contenção. 16.3. Responsabilidades Este procedimento define as responsabilidades de cada área sendo: - Gerente da área: responsável por garantir que este procedimento seja comunicado aos líderes de departamento. Em caso de emergência, o líder da área afetada deve analisar a situação, avaliar os impactos da ocorrência e deve tomar ações de contenção emergenciais. - Assistentes de zona: comunica imediatamente o líder do SGA e a brigada de emergência. - Líderes de departamento: é responsável por divulgar as diretrizes deste procedimento e tomar ações de contenção em caso de vazamento. - Brigada de emergência: conhece o procedimento e é treinado para a coordenação de uma evacuação, se necessário, assim como é responsável pela limpeza da área afetada em caso de emergência de vazamento químico. - Líder de SGA: responsável pela revisão deste documento, assim como a de avaliar o efeito da ocorrência, dá apoio a elaboração do relatório e revisa/valida o plano de ações corretivas em caso de vazamento químico. - Colaboradores: todos os colaboradores da CORTEX devem garantir o cumprimento deste procedimento. 16.4. Procedimento - Se ocorrer um derramamento de produto químico, a área responsável deve avaliar a situação e tomar a decisão de evacuar ou não. O assistente de zona notificará imediatamente o líder SGA e a brigada de emergência. - A brigada de emergência é responsável por coordenar a saída do pessoal, controlar a situação e demarcar/identificar a área afetada, assim como a limpeza da érea afetada. 28 - Verificar a condição das pessoas e em caso de feridos, os mesmos devem ser avaliados e encaminhados para atendimento médico. - Comunicar a todos da organização sobre o vazamento químico através de alarme. - Após o controle total da situação, a brigada de emergência fará a limpeza do local conforme treinamentos. - Uma análise deve ser realizada pelo líder do SGA para a elaboração do relatório identificando as causas e efeitos do vazamento químico. - O gestor da área em conjunto com o líder do SGA, deve informar a alta direção da CORTEX sobre a emergência. - Com base nas evidências e no resultado das análises feitas pelo líder de SGA, serão definidas ações de correção e preventivas através de plano de ação do sistema de gestão do meio ambiente. 16.5. Definições - Emergência: acontecimento inesperado que requer uma ação imediata ou urgente. - Vazamento químico: derramamento de produto químico no meio ambiente, seja sólido liquido ou gasoso. - Risco: possibilidade de um acidente ou infortúnio que alguém ou algo sofre um dano. - Ações corretivas: são ações para eliminar as causas de uma não conformidade. - Ação de melhoria: medida ou conjunto de medidas a fim de melhorar e otimizar os processos dentro de uma organização. 16.6. Documentosrelacionados. - Legislação nacional e ambiental. - Manual de gestão ambiental. - Avaliação de risco. 16.7 Questões de auditoria. Todos os reservatórios e/ou tanques de acondicionamento, assim como as contenções de produto químico e/ou resíduo químico deve ser avaliado periodicamente através de auditorias do SGA de forma a assegurar que não existam anomalias que possam causar um vazamento e/ou derramamento químico. Os registros das auditorias devem trazer informações das condições dessas inspeções e/ou qualquer ação resultante. 2 Escreva a instrução de trabalho de limpeza do vazamento: Com base na documentação definida, segue instrução de limpeza do vazamento. Instrução de trabalho de limpeza de vazamento químico 29 Objetivo. Garantir o uso adequado e seguro para as pessoas e o meio ambiente dos produtos e equipamentos necessários no processo de limpeza de vazamento químico. Responsabilidade. Brigada de emergência: garantir que esta instrução seja seguida e garanta a devida limpeza da área afetada. Líderes de departamento: garantir que está instrução de limpeza seja divulgada a todo o pessoal. Avaliação. - A partir do momento do vazamento e durante a resposta ao vazamento, os profissionais incumbidos de combater a emergência devem determinar os riscos que podem afetar a saúde humana, o meio ambiente e a propriedade. - O produto derramado deve ser identificado através dos rótulos e etiquetas em seus recipientes, identificação na área de armazenamento e/ou movimentação. Equipamento de Proteção Individual Para os casos de vazamento químico, os profissionais imbuídos do combate a emergência, deve utilizar roupas, mascaras e luvas de acordo com o risco oferecido pelo produto em questão. Procedimento - Verificar se existe o risco de outro vazamento químico, na área da emergência ou em outra área por abrangência. - Isolar o local da emergência informando o vazamento químico. - Confinar o derramamento em diques, mantas, bandejas e ou outros dispositivos cabíveis. - Fazer a descontaminação da superfície das áreas contaminadas com detergente neutro e água, se aplicável. - Descartar todos os materiais contaminados de acordo com as instruções do fabricante e normas legais vigentes. - Os resíduas resultante da emergência e/ou da limpeza coletados durante a ação de contenção, deverão seguir para os resíduos químicos para descarte conforme normas legais e manual do meio ambiente. 3 Quais as ações que você implementaria para eliminar as não conformidades na CORTEX? 30 As ações para eliminar as não conformidades no SGA da CORTEX, seriam as seguintes: Elaborar e implementar um procedimento específico para divulgar e fomentar a política ambiental Anexar a política ambiental em todos os departamentos da CORTEX e em áreas estratégicas. Realizar treinamentos de conscientização da política ambiental. Elaborar e implementar um procedimento e/ou instrução de trabalho a devida tratativa do material armazenado, acondicionado e inspecionado. Definir áreas para materiais inspecionados, reprovados e aguardando inspeção. Registrar as reclamações dos vizinhos quanto ao barulho. Analisar e tomar ações quanto as reclamações de vizinhos referente ao barulho. Criar uma sistemática que garanta que todo documento de SGA disponível dentro da CORTEX esteja na última versão. Treinar todo o pessoal quanto a controle de documentos e registros e sua importância. Estabelecer procedimentos de tomada de ações corretivas/preventivas para toda a organização. Garantir que todas as não conformidades apontadas em auditorias internas, de terceira parte e de emergências estejam devidamente documentadas. Garantir através de procedimento documentado e/ou instrução de trabalho a devida tratativa das informações de fornecedores conforme normas, especificações e ao SGA. Avaliar e gerir fornecedores conforme estabelecido pelas normas ISO. 4 CONCLUSÃO A implantação de Sistemas de Gestão Ambiental nas empresas é muito importante financeiramente para a organização. Além da ajuda do governo através de incentivos fiscais, às empresas que implantam o SGA também podem conseguir outros benefícios, como por exemplo, a maior facilidade de se firmar contratos com empresas multinacionais, já que o SGA é um requisito para a empresa estrangeira fazer investimentos em empresas que possui o SGA, 31 o que possibilita melhorar a lucratividade e maior abrangência no mercado nacional e internacional, gerando empregos direta e indiretamente. Deve-se ressaltar que a manutenção do meio ambiente é a chave para o futuro da humanidade, por isso preservar é a melhor opção para as empresas, independente do seu porte ou do seu ramo de atividade e a implantação do SGA é hoje uma das formas mais eficazes para que a empresa consiga um melhor aproveitamento das matérias-primas, o que permite continuar mantendo a variável ambiental como prioridade. A preocupação da sociedade com a questão ecológica ou ambiental tem obrigado governo e empresas a realizarem campanhas contra a poluição, o mau uso dos recursos naturais e o desperdício. Consumidor se torna cada vez mais exigente e já priorizam o consumo de produtos de empresas que se preocupam com a agressão ao meio ambiente. Assim, a empresa que não se preocupa com essas variáveis, tende a perder espaço no mercado. Podemos concluir no caso prático a qual trabalhamos, que as organizações devem avaliar o nível de amadurecimento da gestão e priorizar as ações que mais impactam no contexto empresarial no que se refere à sua atuação no processo de implementação do SGA. Nesse sentido, o estabelecimento de boas práticas para o atendimento dos requisitos da ISO 14001:2015 pode contribuir para a implantação do SGA nas organizações. Conforme Rodrigues, Almeida, Oliveira e Nascimento (2020), as recomendações para o sucesso de uma implantação de um sistema de gestão ambiental podem ser sumarizadas em: 1 - Antecipar a análise dos requisitos legais aplicáveis; 2 - Engajar a liderança; 3- Instruir e motivar as pessoas; 4- Utilizar ferramentas de análise de contexto empresarial; 5- Revisar procedimentos e documentos do SGA; 6- Identificar previamente as partes interessadas no negócio; 7- Identificar melhorias pontuais e oportunidades (melhorias potenciais) ao longo da implantação; 8- Antecipar o gerenciamento dos riscos do SGA. Como pudemos observar nos casos práticos analisados e trabalhados nesta disciplina, uma ou mais das recomendações citadas não foram contempladas e/ou observadas na implantação do SGA. Portanto, um planejamento bem elaborado com objetivos ambientais bem definidos e engajamento das pessoas, são elementos que garantirá um SGA devidamente implementado e trabalhando aderente a norma ISO 14001. 32 REFERÊNCIAS ABNT NBR ISO 14001, de 06 de outubro de 2015. Sistemas de gestão ambiental – Requisitos com orientações para uso. ABNT NBR ISO 19011, de 31 de julho de 2018. Diretrizes para Auditorias de Sistema de Gestão da Qualidade e/ou Ambiental. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Aguiar, A.O. & Côrtes, P. L. (2014). Conflitos de transparência e confidencialidade na certificação de sistemas de gestão ambiental. Revista Eletrônica de Administração. Ambientesst.com Levantamento dos Aspectos e Impactos Ambientais. Acesso em 24 de julho de 2022. http://ambientesst.com.br/identificacao-avaliacao-aspectos- impactos-ambientais/ Andrade, D., Macarenco, I. (2009). Responsabilidade Social e Ambiental para Desenvolvimento Sustentável: A Dimensão Comunicacional. 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Segurança no Trabalho e Prevenção de Acidentes – Uma Abordagem Holística: Segurança Integrada à Missão Organizacional com Produtividade, Qualidade, Preservação Ambiental e Desenvolvimento de Pessoas. Editora Atlas. Carvalho, A. C. V., Stefano, S. R. & Munck, L. (2015). Competências voltadas à sustentabilidade organizacional: um estudo de caso em uma indústria exportadora. Gestão & Regionalidade. Cordeiro, P. M. de F. (2003). O passivo ambiental gerado pela atividade industrial e os reflexos socioambientais de sua desinstalação. [Dissertação de Mestrado em Engenharia Industrial, Universidade Federal de Brasília]. Costa, M. V., Chaves, P. S. V. & Oliveira, F. C. (2005). Uso das Técnicas de Avaliação de Impacto Ambiental em Estudos Realizados no Ceará. In: XXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. Donaire, Denis. (2009). Gestão ambiental na empresa. Editora Atlas. Dkm. (2013). Sistema de flotação por ar dissolvido - Memória Descritiva e Justificativa. Tondela. Ferreira, C. 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Acesso em 24 de julho de 2022. https://www.linkedin.com/pulse/laia- levantamento-dos-aspectos-e-impactos-francinei-rodrigues/?originalSubdomain=pt MARANHÃO, R. A.; TEIXEIRA, C. E. (2015). Capacidades dinâmicas e Sistema de Gestão Ambiental em organização militar da marinha do Brasil. Revista Ibero- Americana de Estratégia – RIAE. Porter, M. E. & Kramer, M. R. (2006). Estratégia & sociedade: o elo entre vantagem competitiva e responsabilidade social empresarial. Rossa, S. R. L. G. S. (2006). Contribuições para um Uso mais Eficiente da Água no Ciclo Urbano: Poupança de água e reutilização de águas cinzentas. 177 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia do Ambiente), Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Acesso em 26 de julho de 2022. Sánchez, L. E. (2013). Avaliação de Impacto Ambiental: Conceitos e Métodos. Oficina de Métodos. VGR Levantamentodos Aspectos e Impactos Ambientais. Acesso em 20 de julho de 2022. https://www.vgresiduos.com.br/blog/levantamento-de-aspectos-e-impactos-na- gestao-de-residuos/ https://www.linkedin.com/pulse/laia-levantamento-dos-aspectos-e-impactos-francinei-rodrigues/?originalSubdomain=pt https://www.linkedin.com/pulse/laia-levantamento-dos-aspectos-e-impactos-francinei-rodrigues/?originalSubdomain=pt https://www.vgresiduos.com.br/blog/levantamento-de-aspectos-e-impactos-na-gestao-de-residuos/ https://www.vgresiduos.com.br/blog/levantamento-de-aspectos-e-impactos-na-gestao-de-residuos/
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