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MA098_Relatorio Caso Pratico

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0 
 
FUNDAÇÃO UNIVERSITÁRIA IBEROAMERICANA 
FUNIBER 
 
MESTRADO EM ENGENHARIA INDUSTRIAL 
 
 
 
 
 
Walfredo Aurélio Gaido 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA: CASO PRÁTICO 1 – TKL; CASO 
PRÁTICO 2 – CORDEX I; CASO PRÁTICO 3 – CORDEX II 
 
 
 
 
Campinas 
2022 
1 
 
WALFREDO AURÉLIO GAIDO 
 
 
 
MA098 – GESTÃO AMBIENTAL DA EMPRESA: ISO 14001 
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA: CASO PRÁTICO 1 – TKL; CASO PRÁTICO 2 
– CORDEX I; CASO PRÁTICO 3 – CORDEX II. 
 
 
 
 
 
Atividade prática apresentado ao Programa de Mestrado 
em Engenharia Industrial da Fundação Universitária 
Iberoamericana, como parte dos requisitos para a 
composição da nota final à área de Gestão Ambiental da 
Empresa: ISO 14001. 
 
 
Professores: Dra. Alina Eugênia Pascual Barrera e 
Dra. Susana Estefany de León Aldaco. 
 
 
 
Campinas 
2022 
2 
 
RESUMO 
 
A preocupação com o meio ambiente é um assunto que envolve o mundo atual. Buscando criar 
meios de preservação e da melhoria das condições ambientais, as organizações investem na 
melhoria dos processos e no controle do uso de elementos que prejudicam o meio ambiente. 
Existem vários sistemas que buscam minimizar os impactos ambientais, como por exemplo, o 
sistema de gestão ambiental (SGA). Nas organizações, o SGA tem como um dos objetivos, 
melhor a aplicação dos recursos naturais diminuindo a produção de resíduos. As discussões 
acerca da abordagem ambiental vêm crescendo consideravelmente, em especial na comunidade 
científica mundial. A pluralidade dos conceitos e direcionamentos no modelo de gestão 
ambiental, vem provocando debates acerca das vantagens e desvantagens da implantação de 
sistemas de gestão ambiental (SGA). A norma NBR ISO 14001 especifica os requisitos para a 
implementação de um sistema de gestão ambiental, o qual possibilite às organizações 
alcançarem metas ambientais e econômicas. Com a reformulação da norma ISO14001, em 
2015, surgiram novos desafios para as organizações implementarem o Sistemas de Gestão 
Ambiental (SGA), pois o objetivo não só é o de proporcionar um sistema ecologicamente 
correto, mas também, o desenvolvimento sustentável para a organização. O sistema de gestão 
ambiental (SGA) é um dos instrumentos de reorientação do consumo e dos padrões de 
produção das atividades industriais, buscando o uso mais sustentável dos recursos naturais e a 
prevenção de danos ao ambiente. Neste caso prático, foram analisadas as condições e 
circunstâncias dos textos hipotéticos das organizações TKL, CORTEX I e CORTEX II quanto 
a análise crítica e desenvolvimento de um objetivo ambiental, política ambiental, 
procedimentos e instruções do sistema de gestão ambiental, assim como, o desenvolvimento 
de uma lista de análise de aspectos e impactos ambientais (LAIA) para a elaboração de um 
plano de ações. Todo o embasamento técnico para a análise e desenvolvimento dos casos 
práticos, foram baseados na norma NBR ISO 14001, de 06 de outubro de 2015. 
 
Palavras-chave: ISO 14001, certificação ambiental, SGA, Sistema de Gestão Ambiental. 
 
 
 
 
 
 
3 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 - Evolução do ciclo PDCA aplicado ao SGA.....................................................8 
Figura 2 – Ciclo PDCA.................................................................................................11 
Figura 3 - Framework para aplicação diante de elementos do LAIA.............................17 
Figura 4 - Fatores que intervêm na definição da política ambiental...............................19 
Figura 5 - Ilustração de um sistema de flotação por ar dissolvido..................................21 
Figura 6 – Fluxograma de resposta de emergência para descarte químico.....................22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 – Lista de Aspectos e Impactos Ambientais - LAIA........................................18 
Tabela 2 – Tabela de referente ao formulário padrão.....................................................24 
Tabela 3 - Procedimento de resposta de emergência a vazamentos químicos................25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
LISTA DE ABREVIATURAS 
 
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas 
ETARI Estação de Tratamento de Águas Residuais Industriais 
INMETRO Instituto Nacional de Metrologia 
ISO International Organization for Standarization 
LAIA Lista de Aspectos e Impactos Ambientais 
NBR Norma Brasileira 
PDCA Plan Do Check Act 
SGA Sistema de Gestão Ambiental 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
De acordo com Ferreira e Gerolamo (2016), é evidente que discussões referentes a 
abordagem ambiental vêm crescendo consideravelmente no âmbito científico. 
Cordeiro (2003), lembra que historicamente, foi com a proclamação da Constituição 
Federal de 1988 que foi definido um dos mais relevantes marcos para os assuntos referentes ao 
meio ambiente no Brasil. Nessa lei maior, conceituou-se o meio ambiente como patrimônio de 
utilidade pública. Entre os pontos que resultaram como fruto desse debate legislativo, temos o 
art. 225, que expressa diretrizes sobre a defesa ambiental e o patrimônio genético, do qual é 
destaque: a regularização dos estudos de impactos do meio ambiente; o zoneamento ambiental; 
o esclarecimento do poluidor-pagador; a base da precaução e prevenção como norma 
organizacional; a normalização da questão indígena; o conceito de meio ambiente e do 
desenvolvimento sustentável e a elaboração de lei específica para os crimes ambientais. 
De acordo com Cardella (1999), em se tratando de sistema de gestão organizacional, o 
mesmo trata-se de um agrupamento de ferramentas inter-relacionadas, que são 
interdependentes e atuam entre si, utilizadas no planejamento, realização e controle das ações, 
com a intenção de sempre atingir os objetivos da organização. De modo mais profundo, em 
estudo mais recente, Colombo e Salgado (2015) e Campos et al. (2015), expõem que exigência 
de se admitir um novo padrão de desenvolvimento sustentável passou a pressionar as 
organizações da atualidade para que busquem a competitividade, porém levando em conta as 
temáticas ambientais. Assim, um dos mecanismos que opera na implementação de estratégias 
organizadas é o sistema de gestão ambiental (SGA), que tem como direção o aprimoramento 
do desempenho ambiental. Tal aprimoramento, por sua vez, pode possibilitar às organizações 
várias vantagens, como a competitiva, que pode ser mensurada sob pontos de vista distintos. 
Uma das distinções principais a ser observada pela organização na elaboração de seu plano de 
gestão ambiental é o seu potencial de poluição. Donaire (1995), coloca que se essa capacidade 
é alta, sua relevância na estratégia é essencial e sua análise adequada é uma questão de 
sobrevivência, em curto ou longo prazo. Para Feldmann (1997), uma organização que 
intenciona admitir um sistema de gestão ambiental deve avaliar, inicialmente, o nível do 
contexto em que está inserida. A formulação da política ambiental deve expressar compromisso 
formal da instituição junto à sociedade, observando a definição de seus interesses e medidas 
associados à sua responsabilidade ambiental. Isso está associado a uma explanação de efeitos 
e deve estar de acordo com o sistema de gestão. 
7 
 
Com relação à certificação do sistema de gestão ambiental, é notório que as empresas 
certificadas são capazes de diminuir o desperdício e a poluição, sendo que a certificação é 
entendida como um progresso ambiental e econômico para a organização queintenciona 
melhorar constantemente seus processos, de modo que não interfira negativamente na 
qualidade de vida da comunidade em que está inserida (França et al., 2015; Brisolara, Silva, 
Cardoso, 2016). 
Conforme Maranhão e Teixeira (2015) e Almeida e Nunes (2014), a admissão, 
implantação e administração de um SGA oferece ainda uma série de inovações fundamentadas 
na gestão de rotinas, processos e competências, sendo, de forma incontestável, uma fonte de 
capacidade dinâmica e inovação. Além disso, Aguiar e Côrtes (2014), afirmam que todo o 
processo de certificação da norma ISO 14001, especificamente, fundamenta-se em princípios 
de transparência e acessibilidade de informações. França (2015) alega que, existem ainda os 
sujeitos contrários à certificação ISO 14001, os quais afirmam que essa serve somente como 
rótulo para formação de imagem da marca e que acarreta apenas no aumento dos custos da 
empresa, por causa da certificação. 
 Toda a problemática gerada pelo uso insustentável de recursos naturais para suportar o 
consumo de produtos tornou a preocupação com o meio ambiente um fator crítico nos negócios. 
Identificar antecipadamente potenciais situações que possam impor danos irreversíveis à 
natureza e encontrar meios e ferramentas que permitam atuar sobre esses problemas é o desafio. 
Ou seja, a gestão empresarial precisou incorporar ao seu planejamento estratégico e operacional 
variáveis ligadas à questão ambiental. O consumo de energia por unidade produzida, o controle 
do volume de resíduos industriais gerados, o monitoramento da legislação ambiental, o 
tratamento dispensado aos materiais recicláveis, os investimentos e despesas com os aspectos 
ambientais, a gestão dos planos de emergência, medidas operacionais visando à prevenção e 
controle da poluição, todas essas são atividades que compõem a gestão ambiental empresarial. 
Empresas que adotam práticas socialmente responsáveis podem se diferenciar em 
relação a outras e obter o que Porter (1991) consagrou na literatura de estratégia 
como vantagem competitiva. A utilização de práticas socialmente responsáveis pode gerar 
vantagem competitiva, além de contribuir para uma sociedade melhor. (Bruni et al., 2008). 
Este trabalho tem como objetivo estabelecer um comparativo das circunstâncias dos 
casos práticos TKL, CORTEX I e CORTEX II quanto a aderência aos requisitos estabelecidos 
na norma NBR ISO 14001, assim como, propor ações para o enquadramento das rotinas e 
processos que esteja, em desacordo com os requisitos desta norma. 
8 
 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
A ISO 14001 foi criada em 1996 e passou por reformulações nos anos de 2004 e 2015. 
Logo na primeira versão, a norma incluiu em sua estrutura o ciclo PDCA (Plan – 
planejamento; Do – execução; Check – verificação; - Action – ação) e a busca sistêmica de 
melhoria contínua. O PDCA representa uma ferramenta gerencial de tomada de decisão com o 
objetivo de garantir a melhoria contínua e sistemática, visando à padronização dos processos 
existentes em uma organização (Feltraco et al., 2012). 
Em relação às alterações mais recentes quanto à composição da ISO 14000, a sua 
reformulação, no ano 2015, trouxe modificações estruturais associadas ao PDCA, em 
comparação com a versão ISO 14001:2004, conforme exposto na Figura 1. 
 
Figura 1 – Evolução do ciclo PDCA aplicado ao SGA. 
 
Fonte: ABNT NBR ISO 14001 (2004, 2015). 
 
Na versão 2015 da ISO 14001, alguns requisitos foram destacados no que se refere ao 
ciclo PDCA: a liderança no papel central do SGA, a maior ênfase nos contextos internos e 
externos da organização e a estrutura de requisitos voltados para a avaliação de desempenho. 
Milazzo e colaboradores (2017), apontaram que na nova versão da norma foram incluídas 
melhorias quanto: ao desempenho ambiental relacionado a ações proativas, a um maior nível 
de envolvimento da alta administração, a uma maior especificidade na análise do ciclo de vida, 
ao pensamento voltado ao risco e a uma melhor estratégia de comunicação. 
9 
 
A comparação dos esquemas das versões de 2004 e 2015 sugere que as fronteiras das 
empresas deixaram de ser rigidamente delimitadas e passaram a permitir uma maior integração 
com o ambiente, tendo em vista a amplitude dos efeitos e as consequências dos impactos 
gerados (Silva et al., 2019). Ainda sobre as premissas do SGA relacionadas à ISO 14001:2015, 
ressalta-se que uma organização deve manter uma estrutura para proteção do meio ambiente 
que possibilite uma resposta às constantes mudanças nas condições ambientais, em equilíbrio 
com as necessidades e expectativas socioeconômicas. 
Outra premissa do SGA é a aplicabilidade do sistema de gestão e a possibilidade de 
certificação para qualquer organização, independentemente do tipo, tamanho e natureza. Em 
geral, as organizações de maior porte e maior potencial poluidor, majoritariamente, possuem o 
SGA mais estruturado, por necessitarem de ações mais amplas para atenderem aos requisitos 
legais. No Brasil, os registros da base de dados do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade 
e Tecnologia apontaram que, até a data de 17 de abril de 2020, 1467 certificados da norma ISO 
14001:2015 foram concedidos (INMETRO, 2020). A ISO 14001 traz requisitos que tratam do 
desempenho ambiental nas organizações através da avaliação de riscos do negócio, objetivos e 
metas ambientais, identificação e controle de aspectos ambientais significativos, além de 
orientações voltadas para melhoria do SGA (ABNT, 2015). Contudo, a exemplo de outras 
normas de sistemas de gestão, a ISO 14001 não determina as sistemáticas dos requisitos e as 
metodologias que devem ser utilizadas para cumprimento dos itens recomendados, cabendo à 
organização o estabelecimento da forma mais adequada, a depender do contexto local, de 
executar cada requisito normativo. O conjunto da metodologia apresentado pela norma, 
combinado com ações de sustentabilidade e comunicação interna e externa reforçam a vocação 
de melhoria do ambiente no entorno da organização. Assim, destaca-se o potencial benefício 
da certificação para a minimização de impactos ambientais negativos e para uma melhor 
relação com as partes interessadas no negócio da empresa (Bernardo et al., 2015). 
 
2.1 Sistemas de Gestão Ambiental 
 
O Sistema de Gestão Ambiental (SGA) pode ser definido como um conjunto de 
procedimentos para gerir ou administrar uma organização, de forma a obter o melhor 
relacionamento com o meio ambiente. É voluntário, ou seja, não existe legislação específica 
no mundo que obrigue qualquer corporação a implantar e incorporar estes princípios em suas 
atividades. Porém, como já foi mencionado, o mercado atual está muito exigente quanto aos 
aspectos relacionados ao meio ambiente, e esta preocupação espontânea por parte das 
10 
 
organizações se transforma em um diferencial de mercado, sendo uma estratégia competitiva. 
O Sistema de Gestão Ambiental (SGA) foi estabelecido pela ABNT NBR ISO 14001. A série 
de normas ISO 14001 tem como objetivo principal especificar os requisitos para a 
implementação de um sistema de gestão ambiental possibilitando que todas as organizações, 
independentemente do seu porte, desenvolvam práticas sustentáveis em seus negócios, 
produtos e serviços. Possibilita que as organizações atendam às suas necessidades 
socioeconômicas em equilíbrio com a proteção do meio ambiente, através da prevenção ou 
mitigação dos impactos ambientais adversos e controle ou influência no modo que os produtos 
e serviços são projetados, fabricados, distribuídos, consumidos e descartados, utilizando uma 
perspectiva de ciclo de vida que possa prevenir o deslocamento involuntário dos impactos 
ambientais dentro do ciclo de vida. 
A Norma ISO 14001 especifica requisitos relativos a um Sistema de Gestão Ambiental, 
que dão suporte às auditorias, ou seja, são obrigações normativas que precisam ser cumpridas 
pelas empresas e organizações,independente do segmento ou tamanho, para estar de acordo 
com princípios estabelecidos pela legislação ambiental, assim permitindo a formulação de 
políticas e objetivos que levem em conta os aspectos legais e as informações referentes aos 
impactos significativos. Segundo Barbiere (2011), o SGA são atividades administrativas e 
operacionais realizadas pela organização para tratar problemas ambientais. Essas atividades 
podem buscar sanar problemas já decorrentes de sua atuação ou, ainda, de preferência, pro-
ativamente, evitar a ocorrência desses problemas no futuro. Nesse conceito de enfoque 
empresarial, podemos definir como um conjunto de políticas, programas e práticas 
administrativas e operacionais, visando à proteção do meio ambiente pela minimização de 
impactos e danos ambientais. Ela se aplica aos aspectos ambientais que possam ser controlados 
pela organização e sobre os quais presume-se que ela tenha influência. 
 
2.2 Sistema de Gestão Ambiental e o Ciclo PDCA 
 
O sistema de gestão ambiental (SGA) deve ser entendido como um processo adaptativo 
e contínuo, afirmando que a melhoria contínua é o elemento chave da ISO 14001. Tal melhoria 
está na essência do chamado ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Act), processo dinâmico e cíclico 
de planejar, implementar, verificar e analisar criticamente de forma a promover a melhoria 
contínua do sistema. A Figura 2 descreve a proposta da metodologia PDCA para a melhoria 
doa processos de uma organização. 
 
11 
 
Figura 2 – Ciclo PDCA. 
 
Fonte: Campos, V. F. (2014). TQC Controle da Qualidade Total: no estilo japonês. 
 
De acordo com Andrade (2003), o ciclo PDCA para o sistema de gestão ambiental 
(SGA) pode ser descrito da seguinte forma: 
P – Plan (planejar): estabelece os objetivos e processos necessários para atingir as 
metas, em concordância com a política ambiental da organização. 
D – Do (executar): implantar o que foi planejado. 
C – Check (avaliar): monitorar e medir os processos em conformidade com a política 
ambiental, objetivos, metas, requisitos legais e relatar os resultados. 
A – Act (agir): implementar ações necessárias para melhorar continuamente o 
desempenho do SGA. 
Para que o sistema implementado assegure a melhoria contínua do desempenho 
ambiental da organização, é necessária, periodicamente, a realização de monitoramentos e 
medições sistemáticas desse desempenho. A partir da análise destes resultados são elaborados 
indicadores de desempenho ambiental que servem para medir o grau de sucesso da implantação 
de uma estratégia em relação ao objetivo estabelecido. Assim a organização poderá verificar a 
conformidade com a legislação e seus critérios internos de desempenho. Para a implementação 
de um Sistema de Gestão Ambiental, o primeiro passo deve ser a formalização por parte da 
direção da empresa que, através da sua função administrativa, conduz e coordena os 
12 
 
colaboradores na execução das atividades planejadas e organizadas, deixando claro suas 
intenções e enfatizando seus benefícios. O alto grau de envolvimento da alta direção pode 
facilitar a integração das áreas da empresa e permite a disseminação da responsabilidade 
ambiental entre fornecedores, prestadores de serviços e clientes (internos e externos). As 
próximas etapas de implantação de um SGA – ISO 14001 seguem: planejamento, implantação, 
verificação, ações corretivas e preventivas, e revisão crítica. 
Nicolella, Marques e Skorupa (2004), ressalta que, de forma resumida, as etapas de 
implantação do SGA podem ser descritas da seguinte forma: 
Etapa 1- Planejamento: São estabelecidos os objetivos do projeto e os principais pontos 
de ação, incluindo as definições de ações ambientais (impactos previstos e ações planejadas) e 
levantamento de requisitos legais (restrições e obrigações pertinentes a cada organização). A 
Norma Técnica NBR ISO 14001 recomenda que a organização formule um plano para cumprir 
sua Política Ambiental. 
Etapa 1.1 – Política Ambiental: Política ambiental, de acordo com a norma NBR IS0 
14001 (2015), é a declaração da organização, expondo suas intenções e princípios em relação 
ao seu desempenho ambiental global, que provê uma estrutura para a ação e definição de seus 
objetivos e metas ambientais. A política ambiental estabelece, dessa forma, um senso geral de 
orientação e fixa os princípios de ação para a organização (Nicolella; Marques; Skorupa, 2004, 
p.9). 
Etapa 2 – Implementação e Operação: No que se refere a este princípio, a recomendação 
é de que haja uma efetiva implantação da NBR ISO 14001, cabendo, portanto, à empresa 
desenvolver os mecanismos de apoio necessários a fim de atender o que está previsto em sua 
política, e nos seus objetivos e metas ambientais (Nicolella, Marques, Skorupa, 2004). 
Etapa 3 – Verificação e Ação Corretiva: Em relação a este item da norma, ele define as 
condições para se averiguar se a empresa está operando de acordo com o programa de gestão 
ambiental previamente definido, identificando aspectos não desejáveis e mitigando quaisquer 
impactos negativos, além de tratar das medias preventivas. A verificação e ação corretiva são 
etapas orientadas por quatro características básicas do processo de gestão ambiental: 
Monitoramento e Medição, Não-conformidades, Ações Corretivas e Preventivas, Registros e 
Auditoria do SGA” (Nicolella, Marques, Skorupa, 2004, p.12). 
Etapa 4 – Análise Crítica: Neste princípio, prevê-se que após a etapa da auditoria e caso 
ocorram possíveis mudanças nos cenários internos e externos, como novas pressões de mercado 
e as tendências do ambiente externo da empresa - além do compromisso de melhoria contínua 
requerido pelo SGA -, cabe à administração da organização identificar a necessidade de 
13 
 
possíveis alterações em sua Política Ambiental, nos seus objetivos e metas, ou em outros 
elementos do sistema, ou seja, é o momento em que o processo de gestão pode ser revisado, 
bem como o processo de melhoria contínua exercitado (Nicolella, Marques, Skorupa, 2004). 
Após todas as etapas do ciclo terem sido executadas, cabe a administração da empresa verificar 
os resultados obtidos e então executar novamente o ciclo PDCA afim de se elaborarem novas 
estratégias, traçar novos objetivos e talvez focar o ciclo em outras áreas da empresa, afim de 
estar sempre se aperfeiçoando e dando continuidade ao processo de melhoria contínua. 
 
 2.3 Auditoria Ambiental 
 
A auditoria ambiental é uma ferramenta de gestão utilizada para avaliar as atividades 
relacionadas com o sistema de gestão ambiental, também conhecido como SGA normalizados 
pelas normas da série ISO 14000. Constitui um mecanismo de gestão de abordagem construtiva 
fundamental para a sua melhoria contínua. 
Nas organizações onde se pretende ou já esteja implementado um SGA certificado, é 
mandatório a realização de auditorias. Sendo assim, surge a necessidade de qualificar técnicos 
com competências para fazer face a essas exigências normativas. As auditorias de gestão da 
ambiental se baseiam em procedimentos documentados do sistema de gestão ambiental, 
atitudes e comportamentos criteriosos, exigindo uma preparação e aquisição de competências 
por parte dos recursos humanos envolvidos. 
As auditorias ambientais são uma importante ferramenta para a gestão moderna do 
meio ambiente. Na concepção de Valle (1995), a auditoria ambiental é uma ferramenta de 
gestão que permite fazer uma ponderação sistemática, periódica, documentada e objetiva dos 
sistemas de gestão e do desempenho dos equipamentos instalados em uma organização, para 
fiscalizar e limitar atividades sobre o meio ambiente. Conforme Ribeiro (2006), a auditoria 
ambiental é um instrumento direcionado ao atendimento das práticas e procedimentos 
utilizados na operacionalização do controle e conservação do meio ambiente, levando-se em 
conta os parâmetros estabelecidos no SGA da organização, visando à sua continuidade sem 
agressão aomeio ambiente. 
Podemos afirmar, que o trabalho das auditorias ambientais reforça a política de gestão 
ambiental, assim como, a implementação do sistema de gestão ambiental e seu aprimoramento 
contínuo identificado através de pontos de melhoria e tomada de ações corretivas. 
 
14 
 
2.3.1 Definição 
 
A auditoria é um processo sistemático, independente e documentado para obter 
evidencias objetivas e avalia-las objetivamente a fim de determinar até que ponto os critérios 
da auditoria foram cumpridos. (NBR ISO 19011, 2018). 
Uma auditoria é uma avaliação planejada, programada e documentada, executada por 
pessoal independente da área auditada, a fim de verificar a eficácia do sistema de gestão 
implantado, através da constatação de evidências objetivas e da identificação de não-
conformidades, servindo como mecanismo de realimentação e aperfeiçoamento do sistema da 
qualidade. 
Com base na definição acima citada, podemos ressaltar alguns pontos importantes 
conforme NBR ISO 14001 (2015): 
a) A auditoria ambiental pode ser realizada por qualquer pessoa da organização, desde 
que: 
- Esta seja de uma outra área que não a auditada; 
- Esta esteja treinada e capacitada para a realização da mesma. 
b) Uma vez que o objetivo principal da auditoria é verificar a eficácia do sistema de 
gestão ambiental implantada, consequentemente seu caráter é muito mais de prevenção do que 
de correção de problemas. 
c) Por servir como mecanismo de realimentação, as auditorias são um importante 
sistema de informações para a administração da empresa, pois possibilitam o aperfeiçoamento 
da gestão ambiental. 
 
2.3.2 Objetivo da Auditoria de Gestão Ambiental 
 
Os principais objetivos de uma organização para a realização de auditorias ambientais 
são: 
 - Avaliar a conformidade dos procedimentos do meio ambiente com as normas 
estabelecidas por clientes ou pela própria empresa; 
- Avaliar a aderência dos métodos empregados com os procedimentos estabelecidos; 
- Avaliar o processo de tomada de decisão da empresa, com relação ao meio ambiente; 
- Verificar e melhorar a eficácia do sistema de gestão ambiental; 
- Detectar riscos potenciais ao meio ambiente; 
15 
 
- Permitir à administração uma visão mais profunda da empresa, gerando uma 
consciência para o meio ambiente. 
 
3 GESTÃO AMBIENTAL DA EMPRESA - CASOS PRÁTICOS 
 
3.1 Apresentação do Caso Prático 1 – TKL 
 
Este caso prático trata-se de um estudo de caso de uma situação hipotética referente a 
uma organização que gera resíduos sólidos (água residuais) de diversas procedências, sendo: 
- Água contaminada por óleos de corte; 
- Lavagem de equipamentos e maquinários; 
- Contaminação por pinturas; 
- Geradas no laboratório de controle de qualidade; e 
- Urbanas, procedentes de banheiros e cozinha. 
O chão da fábrica é lavado diariamente com uma mangueira. Não existe registros de 
análise de águas residuais. 
 
3.1.1 Objetivo Caso Prático 1 – TKL 
 
Os objetivos desse caso prático são: 
1- Elaborar uma lista de aspectos ambientais com os correspondentes impactos. 
2- Propor objetivos e elaborar uma política ambiental para a TKL. 
3- Propor uma gestão para as águas residuais. 
4- Propor um sistema para economia de água com os dados dispostos. 
 
3.1.2 Resultado Caso Prático 1 – TKL 
 
1 Aspectos ambientais e impactos ambientais: A NBR ISO 14001 estabelece que 
toda organização implemente e controle todo aspecto ambiental relacionado a suas atividades, 
produtos ou serviços. Para isso deve-se fazer um Levantamento de Aspectos e Impactos 
Ambientais (LAIA), onde todo aspecto deve ser quantificado segundo seu grau de 
significância. 
De acordo com Macke & Genari 2019), a revisão da literatura nas últimas décadas 
estabelece as relações do LAIA como estritamente voltadas aos novos empreendimentos ou 
16 
 
planejamentos em longo prazo, não abrangendo ações internas organizacionais, como a ação 
de novos projetos e determinação de mudanças internas dos processos produtivos. Conforme 
afirma Sánchez (2013), o LAIA, quando aplicado de maneira analítica e integrativa aos 
processos organizacionais, permite a distribuição de elementos e resultados diante da exibição 
de diversos recursos, e, entre esses, alguns fatores são primordiais para análise de gestão 
sustentável organizacional, como: 
a) Consumo de Energia: A energia é necessária para o desenvolvimento e o bem-estar 
da sociedade. Porém seu consumo tem custos associados, os quais podem ser 
controlados e minimizados. De acordo com Souto (2013), estes custos são de 
utilização de infraestruturas, hábitos e equipamentos ineficientes e desajustados, de 
impacto ecológico e econômico. 
b) Consumo de Plástico: Quando o tema é sustentabilidade ambiental a polêmica 
criada em torno do plástico é enorme. Apesar de a matéria-prima beneficiar os mais 
diferentes setores da economia, facilitar a vida das pessoas e ser 100% reciclável, 
a imagem é de vilão do meio ambiente, atesta especialistas, que a culpa é da falta 
de informação e da ausência de programas de coleta seletiva e reciclagem eficientes 
e capazes de reduzir o descarte inadequado do produto. Segundo Feldmann (2011), 
hoje em dia, há um continente de lixo que navega no Pacífico comum a grande sopa 
de restos da nossa civilização. Descoberto há uma década entre Hawai e Califórnia, 
é o maior lixão da terra flutuante, ele cobre uma área tão grande quanto ao do 
continente americano. 
c) Gestão de Resíduos Sólidos: O crescimento da quantidade e complexidade dos 
resíduos sólidos urbanos tem como causa o alto desenvolvimento econômico, a 
urbanização e o aumento dos padrões de consumo. Segundo Dias et. al. (2021), 
esses fatores favoreceram a geração de graves problemas sanitários em países em 
desenvolvimento, sendo imprescindível a participação de todos os envolvidos no 
processo: a sociedade, o Estado, iniciativa privada, cada um executando de forma 
harmônica e compromissada suas responsabilidades. Afirma Sánchez (2013), que 
a gestão efetiva dos resíduos sólidos se inicia pela conscientização, mudança 
comportamental e comprometimento público e privado. 
A Figura 3, a seguir, representa o framework do LAIA para sua aplicação. 
 
 
 
17 
 
Figura 3 – Framework para aplicação diante de elementos do LAIA. 
 
Fonte: Sánchez, L. E. (2013). Avaliação de Impacto Ambiental: Conceitos e Métodos. 
 
A ferramenta LAIA quando bem conduzida, traz para a empresa uma visão completa 
da sua atividade, possibilitando assim uma gestão com maior controle dos processos e dos 
possíveis impactos ambientais gerados. Vale ressaltar que a ferramenta possui uma notável 
aplicação na identificação e diagnóstico dos problemas ambientais (Sánchez, 2013). 
A Tabela 1, mostra a aplicação do LAIA na análise dos aspectos e impactos ambientais 
da empresa TKL conforme solicitado no item 1 deste caso prático. 
É possível mensurar quantitativamente as situações mais impactantes à organização, e, 
em seguida, traçar planos de ações para melhorias e otimização de processos, assim como 
definir os objetivos ambientais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
Tabela 1 – Lista de Aspectos e Impactos Ambientais (LAIA) 
 
Fonte: Fonte: Congresso internacional de administração (2019). Prospecções de otimização organizacional na 
aplicação da ferramenta ambiental LAIA: um estudo de caso. 
 
Através do LAIA estabeleceu-se quais foram as oportunidades de melhorias para cada 
impacto ambiental, foi possível estabelecer quais e como eles precisam ser controlados, e quais 
eram as oportunidades para implantar melhorias. 
2 Proposta de objetivos e definição da política ambiental: Primeiramente, o 
objetivo ambiental da organização deve estar estabelecido e alinhado com a política ambiental, 
que por sua vez, devem considerar alguns fatores que intervêm na sua definição conforme 
ilustrado na Figura 4. 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
Figura 4 – Fatores que intervêmna definição da política ambiental. 
 
 Fonte: Gestão ambiental da empresa: ISO 14001 FUNIBER 
 
Com base no item 5.2 Política Ambiental da norma NBR ISO 14001:2015, e descrito 
no caso prático 1 TKL, podemos definir a política ambiental da empresa TKL como: 
“A TKL na plena atividade de suas operações, reconhecendo que o meio ambiente é de 
uso comum e fundamental para a qualidade de vida de todos e que está engajada com a 
sustentabilidade, esta organização comprometendo-se com a proteção do meio ambiente 
visando: 
 Buscar a melhoria contínua. 
 Atender as legislações ambientais. 
 Prevenir a poluição utilizando as melhores técnicas e práticas economicamente 
viáveis. 
 Reduzir a geração de resíduos. 
 Promover a conscientização dos princípios ambientais para as partes 
interessadas. 
 Comunicar de forma transparente o desempenho ambiental. 
 Racionalizar o uso de recursos naturais evitando desperdícios e contaminação. 
 Respeitar e integrar com a sociedade onde a organização encontra-se inserida. 
 Promover o desenvolvimento cultural dos colaboradores e da comunidade”. 
 
Os objetivos ambientais definidos e mantidos pela TKL, são: 
 Incluir a política ambiental no plano estratégico da organização, considerando 
critérios ambientais no processo de planejamento. 
 Reduzir o consumo de água, a produção de resíduos e lançamentos. 
 Reduzir o descarte de resíduos sólidos no meio ambiente. 
20 
 
 Melhoria dos processos de pintura. 
 Eliminar contaminação da água por óleo de corte através de um projeto de 
melhoria do processo. 
 Desenvolver projetos para a sensibilização e conscientização do meio ambiente. 
3 Proposta para gestão de águas residuais na TKL: A gestão da água deve ser feita 
de forma sustentada, recorrendo a práticas de uso racional e eficiente quanto a sua utilização. 
Para a otimização dos consumos e das emissões de efluentes, deverá ter-se em conta: 
 Redução das perdas; 
 Promoção da utilização racional; 
 Melhoria dos processos produtivos. 
Uma gestão eficaz tem como base os registros dos consumos de água por processo, tal 
como, identifica as operações mais consumidoras. É também importante a verificação de 
possíveis perdas no processo produtivo e nos equipamentos que podem ser substituídos, de 
modo a minimizar e otimizar os consumos. 
Uma opção é a implantação de uma estação de tratamento de águas residuais industriais 
(ETARI). É uma infraestrutura, que permite otimizar os processos naturais de depuração, 
possibilitando o tratamento da água residual de forma mais rápida e controlada. Numa indústria 
de pintura, como é o caso da TKL, pode-se ter como principais processos, o tratamento 
preliminar, o tratamento primário, o tratamento secundário, terciário e avançado. 
Conforme Dkm (2013), uma possibilidade para a gestão e tratamento das águas 
residuais, seria a utilização de um sistema de flotação por ar dissolvido, que basicamente 
consiste em: 
- Reservatório Tronco-cónico de Flotação/Decantação, onde se procede à libertação do 
ar dissolvido e à separação de fases. O material sólido retido é recolhido para o exterior por 
meio de um raspador de superfície e uma tremonha (Dkm, 2013). 
- Reservatório de neutralização e mistura, onde se procede à correção e acerto do pH 
do efluente recirculado, assim como à adição de coagulante e mistura rápida por meio de 
agitador de eixo vertical. 
- Conjunto de pressurização/recirculação, constituído por uma bomba, um compressor 
de ar e um reservatório de pressão, cuja função é pressurizar a mistura de ar/efluente a uma 
pressão de 2,5 – 3,5 Bar (Dkm, 2013). 
- Conjunto de preparação e doseamento de reagentes, incluindo reservatório e bomba 
dosadora de soluções alcalina, coagulante e floculante. Para o tratamento do efluente, é 
adicionada coagulante no reservatório de mistura rápida, sendo posteriormente pressurizado. 
21 
 
De acordo com Dkm (2013), durante a etapa de flotação/decantação primária, seriam 
expectáveis as seguintes taxas de remoção de contaminantes: 
• CQO: >40%; 
• SST: >80%; 
• Óleos e gorduras: >80%. 
A figura 5 ilustra um processo baseado no sistema de flotação por ar dissolvido. 
 
Figura 5 – Ilustração de um sistema de flotação por ar dissolvido. 
 
Fonte: Dkm. (2013). Sistema de flotação por ar dissolvido - Memória Descritiva e Justificativa. Todela. 
 
Concluindo, uma sistemática de gestão e tratamento da água residual seria através da 
implantação de um sistema conforme descrito acima. 
4 Proposta para economia d’água: Uma proposta para a economia de água na 
TKL, seria a gestão dos consumos de água com base nos registros de consumo por processo, 
de tal modo, a identificar as operações e/ou processos com maior consumo d’água e intervir 
com ações de melhoria no processo. Um outro ponto importante, seria a verificação de 
possíveis perdas no processo produtivo e nos equipamentos que podem ser substituídos, 
implementando ações para minimizar e otimizar os consumos d’água. 
 
3.2 Apresentação do Caso Prático 2 – CORTEX I 
 
Política Ambiental: A política ambiental da CORTEX consiste em satisfazer 
plenamente o conceito de desenvolvimento sustentável. Com este objetivo, temos desenvolvido 
um projeto de implantação de um sistema de gestão ambiental, que estabelecerá a sistemática 
a seguir com o fim de que nossa atividade seja a mais respeitosa possível com o ambiente. 
Todo o pessoal da empresa é obrigado a atuar a todo momento de acordo com os procedimentos 
e instruções estabelecidos nos documentos de nosso sistema de gestão ambiental. O chefe da 
Área Ambiental, por delegação expressa do Diretor Geral, tem autoridade para exigir o 
22 
 
cumprimento de tudo o que foi estipulado no documento do manual de gestão e supervisionar 
periodicamente por meio de auditorias internas seu nível de implantação e eficácia. Este caso 
prático trata-se de um estudo de caso de uma situação hipotética referente a uma organização. 
Procedimento: Um diagrama de fluxo é uma boa ferramenta para ajudar a redigir os 
procedimentos e as instruções de trabalho. Lembre-se de que os procedimentos costumam 
corresponder aos processos, enquanto as instruções de trabalho são informações específicas 
destinadas a fazer com que as pessoas completem uma tarefa. O procedimento deve ser redigido 
de forma clara, concisa e empregar uma linguagem simples. A Figura 6, mostra um diagrama 
de fluxo de procedimento de resposta de emergência referente ao descarte químico da 
CORTEX. 
Figura 6 – Fluxograma de resposta de emergência para descarte químico. 
 
Fonte: Apostila FUNIBER 
 
3.2.1 Objetivo Caso Prático 2 – CORTEX I 
 
Os objetivos desse caso prático são: 
1- A política ambiental da CORTEX é correta? Justifique sua resposta. 
2- Reescreva a política ambiental da CORTEX. Lembre-se de todos os aspectos que 
uma declaração deste tipo deve conter. 
23 
 
3- Tendo em vista o diagrama de fluxo, termine de preencher o formulário padrão. 
Para uma mesma fase do processo (etapa de um procedimento), pode haver várias 
tarefas ou instruções de trabalho. Este documento servirá de base para 
confeccionar o procedimento do caso prático 3. 
 
3.2.2 Resultado Caso Prático 2 – CORTEX I 
 
1 A política ambiental da CORTEX I está correta? Justifique sua resposta: Não, 
a política ambiental apresentada pela CORTEX I não está correta, pois encontra-se em 
desacordo com o elemento 5.2 Política ambiental da NBR ISO 14001:2015. 
A política ambiental constitui o coração do SGA da organização, compatibilizando 
suas atividades com a conservação do meio ambiente e ser suficientemente clara para que 
todas as partes interessadas a atendam. 
Além dos fatores que intervêm na definição da política ambiental conforme descrito 
na Figura 4 do item 3.1.2 deste relatório, também não observamos os seguintes aspectos 
funcionais na política ambiental analisada: 
 Referência para os objetivos ambientais. 
 Propósitosapropriados ao contexto e magnitude das atividades e serviços da 
organização. 
 Compromissos de proteção ao meio ambiente e cumprimento dos requisitos 
legais. 
 Comprometimento com a melhoria contínua e do seu desempenho ambiental. 
 Prevenir a poluição. 
 Compromisso com o uso sustentável dos recursos naturais. 
 Mitigação e adaptação da mudança climática. 
 Comprometimento e amparo a biodiversidade e dos ecossistemas e outros 
aspectos ambientais. 
Contudo, não observamos no texto da política ambiental da CORTEX, a aderência aos 
requisitos legais e da ISO 14001, assim como dos princípios essenciais da gestão total da 
qualidade ambiental. 
2 Reescrever a política ambiental da CORTEX I: Levando em consideração 
todos os aspectos que essa política ambiental da CORTEX I deve conter, poderíamos 
escreve-la da seguinte maneira: 
24 
 
“ A preocupação com a sustentabilidade ambiental tem direcionado as ações da 
CORTEX I em suas áreas de atuação. Para isso, foi criada a política ambiental da CORTEX 
I, que é constantemente divulgada aos nossos colaboradores e parceiros. 
A política ambiental da CORTEX I tem como pilares atender as legislações e as 
normativas ambientais, buscar a melhoria contínua do sistema de gestão ambiental, utilizar-se 
das melhores práticas para prevenir a poluição ambiental, reduzir a geração de resíduos 
sólidos, monitorar e divulgar de maneira transparente o desempenho ambiental,, evitar o 
desperdício dos recursos naturais e a contaminação do meio ambiente racionalizando o uso 
dos recursos naturais e promover o desenvolvimento cultural dos colaboradores e da 
comunidade”. 
3 Com base no fluxo ilustrado conforme figura 6, termine a elaboração do 
formulário padrão: Conforme descrito na Tabela 1, segue formulário padrão preenchido. 
 
Tabela 2 – Tabela referente ao formulário padrão preenchido. 
 
 
 
 
 
 
25 
 
3.3 Apresentação do Caso Prático 3 – CORTEX II 
 
Procedimento: A CORTEX possui procedimentos do sistema de gestão ambiental, 
sendo o procedimento ENG – 16 Resposta de emergência a vazamentos químicos, conforme 
segue: 
 
Tabela 3 – Procedimento de resposta de emergência a vazamentos químicos 
ENG – 16 Resposta de emergência a vazamentos químicos 
16.0 Geral 
16.1 Finalidade 
16.2 Abrangência e objetivos 
16.3 Responsabilidades 
16.4 Procedimentos 
16.5 Definições 
16.6 Documentos relacionados 
16.7 Questões de auditoria 
Revisão: Autorizado por: Corporação XYZ Páginas 1 de 3 
 
 
Auditoria: A CORTEX foi auditada no sistema de gestão ambiental, onde destacam- se 
as seguintes não conformidades: 
1- Perguntado ao diretor da fábrica sobre como divulga a política ambiental ao pessoal 
da organização, ele responde: “está no manual de gestão, assinado por mim”. 
26 
 
2- Vários materiais situados no depósito são revisados e aparecem algumas meterias 
primas que foram inspecionados, juntamente com outros materiais que, sim, tenham 
sido inspecionados. 
3- Já houve casos de reclamações de vizinhos com relação a ruído, no entanto, não 
ficam registradas na empresa. 
4- O gerente de uma unidade de processamento está usando a revisão 2 de uma 
instrução que foi modificada e substituída pela revisão 3. 
5- Não existe nenhum sistema de registro em que conste as ações corretivas que foram 
tomadas para prevenir a recorrência de não conformidades. 
6- Um pedido de cola à Colas S.A., ao que tudo indica, a empresa não aparece na lista 
de fornecedores aprovados que cumprem com as especificações ambientais 
consultadas pelo auditor. 
 
3.3.1 Objetivo Caso Prático 3 - CORTEX II 
 
Os objetivos desse caso prático, são: 
1- Com base na tabela preparada no caso prático 2 e no formulário do enunciado, 
complete o procedimento de resposta de emergência a vazamentos químicos. 
2- Tomando a documentação como referência, elabore a instrução de trabalho de 
limpeza do vazamento. 
3- Que ações corretivas você implementaria para solucionar as não conformidades na 
CORTEX? 
 
3.3.2 Resultados Caso Prático 3 – CORTEX II 
 
1 Complete o procedimento de resposta de emergência a vazamentos químicos com 
base na tabela do caso prático 2: O procedimento de resposta de emergência a 
vazamentos químicos foi escrito e definido da seguinte maneira: 
ENG-16 Resposta de emergência a vazamentos químicos. 
 
16.0. Geral 
Este procedimento estabelece diretrizes para a tratativa de emergências relacionadas à 
vazamentos e/ou derramamento de produtos químicos. 
 
27 
 
16.1. Finalidade 
Orientar, estabelecer disciplinar e determinar o procedimento a ser adotado pelos 
funcionários e colaboradores da CORTEX quando na ocorrência e/ou emergência nas 
instalações da organização quanto ao vazamento químico. 
16.2. Abrangência e objetivos 
Este procedimento tem como abrangência todas as áreas da organização, assim como 
todos os funcionários e prestadores de serviço da CORTEX. 
Tem como objetivo resguardar os colaboradores quando na tomada de ações de 
contenção durante uma emergência de vazamento químico e definir diretrizes de 
treinamento para a equipe de emergência/contenção. 
16.3. Responsabilidades 
Este procedimento define as responsabilidades de cada área sendo: 
- Gerente da área: responsável por garantir que este procedimento seja comunicado aos 
líderes de departamento. Em caso de emergência, o líder da área afetada deve analisar 
a situação, avaliar os impactos da ocorrência e deve tomar ações de contenção 
emergenciais. 
- Assistentes de zona: comunica imediatamente o líder do SGA e a brigada de 
emergência. 
- Líderes de departamento: é responsável por divulgar as diretrizes deste procedimento 
e tomar ações de contenção em caso de vazamento. 
- Brigada de emergência: conhece o procedimento e é treinado para a coordenação de 
uma evacuação, se necessário, assim como é responsável pela limpeza da área afetada 
em caso de emergência de vazamento químico. 
- Líder de SGA: responsável pela revisão deste documento, assim como a de avaliar o 
efeito da ocorrência, dá apoio a elaboração do relatório e revisa/valida o plano de ações 
corretivas em caso de vazamento químico. 
- Colaboradores: todos os colaboradores da CORTEX devem garantir o cumprimento 
deste procedimento. 
16.4. Procedimento 
- Se ocorrer um derramamento de produto químico, a área responsável deve avaliar a 
situação e tomar a decisão de evacuar ou não. O assistente de zona notificará 
imediatamente o líder SGA e a brigada de emergência. 
- A brigada de emergência é responsável por coordenar a saída do pessoal, controlar a 
situação e demarcar/identificar a área afetada, assim como a limpeza da érea afetada. 
28 
 
- Verificar a condição das pessoas e em caso de feridos, os mesmos devem ser avaliados 
e encaminhados para atendimento médico. 
- Comunicar a todos da organização sobre o vazamento químico através de alarme. 
- Após o controle total da situação, a brigada de emergência fará a limpeza do local 
conforme treinamentos. 
- Uma análise deve ser realizada pelo líder do SGA para a elaboração do relatório 
identificando as causas e efeitos do vazamento químico. 
- O gestor da área em conjunto com o líder do SGA, deve informar a alta direção da 
CORTEX sobre a emergência. 
- Com base nas evidências e no resultado das análises feitas pelo líder de SGA, serão 
definidas ações de correção e preventivas através de plano de ação do sistema de gestão 
do meio ambiente. 
16.5. Definições 
- Emergência: acontecimento inesperado que requer uma ação imediata ou urgente. 
- Vazamento químico: derramamento de produto químico no meio ambiente, seja sólido 
liquido ou gasoso. 
- Risco: possibilidade de um acidente ou infortúnio que alguém ou algo sofre um dano. 
- Ações corretivas: são ações para eliminar as causas de uma não conformidade. 
- Ação de melhoria: medida ou conjunto de medidas a fim de melhorar e otimizar os 
processos dentro de uma organização. 
16.6. Documentosrelacionados. 
- Legislação nacional e ambiental. 
- Manual de gestão ambiental. 
- Avaliação de risco. 
16.7 Questões de auditoria. 
Todos os reservatórios e/ou tanques de acondicionamento, assim como as contenções 
de produto químico e/ou resíduo químico deve ser avaliado periodicamente através de 
auditorias do SGA de forma a assegurar que não existam anomalias que possam causar 
um vazamento e/ou derramamento químico. Os registros das auditorias devem trazer 
informações das condições dessas inspeções e/ou qualquer ação resultante. 
2 Escreva a instrução de trabalho de limpeza do vazamento: Com base na 
documentação definida, segue instrução de limpeza do vazamento. 
 
Instrução de trabalho de limpeza de vazamento químico 
29 
 
 
Objetivo. 
Garantir o uso adequado e seguro para as pessoas e o meio ambiente dos produtos e 
equipamentos necessários no processo de limpeza de vazamento químico. 
Responsabilidade. 
Brigada de emergência: garantir que esta instrução seja seguida e garanta a devida 
limpeza da área afetada. 
Líderes de departamento: garantir que está instrução de limpeza seja divulgada a todo o 
pessoal. 
Avaliação. 
- A partir do momento do vazamento e durante a resposta ao vazamento, os profissionais 
incumbidos de combater a emergência devem determinar os riscos que podem afetar a 
saúde humana, o meio ambiente e a propriedade. 
- O produto derramado deve ser identificado através dos rótulos e etiquetas em seus 
recipientes, identificação na área de armazenamento e/ou movimentação. 
Equipamento de Proteção Individual 
Para os casos de vazamento químico, os profissionais imbuídos do combate a 
emergência, deve utilizar roupas, mascaras e luvas de acordo com o risco oferecido pelo 
produto em questão. 
Procedimento 
- Verificar se existe o risco de outro vazamento químico, na área da emergência ou em 
outra área por abrangência. 
- Isolar o local da emergência informando o vazamento químico. 
- Confinar o derramamento em diques, mantas, bandejas e ou outros dispositivos 
cabíveis. 
- Fazer a descontaminação da superfície das áreas contaminadas com detergente neutro 
e água, se aplicável. 
- Descartar todos os materiais contaminados de acordo com as instruções do fabricante 
e normas legais vigentes. 
- Os resíduas resultante da emergência e/ou da limpeza coletados durante a ação de 
contenção, deverão seguir para os resíduos químicos para descarte conforme normas 
legais e manual do meio ambiente. 
3 Quais as ações que você implementaria para eliminar as não conformidades na 
CORTEX? 
30 
 
As ações para eliminar as não conformidades no SGA da CORTEX, seriam as 
seguintes: 
 Elaborar e implementar um procedimento específico para divulgar e fomentar a 
política ambiental 
 Anexar a política ambiental em todos os departamentos da CORTEX e em áreas 
estratégicas. 
 Realizar treinamentos de conscientização da política ambiental. 
 Elaborar e implementar um procedimento e/ou instrução de trabalho a devida 
tratativa do material armazenado, acondicionado e inspecionado. 
 Definir áreas para materiais inspecionados, reprovados e aguardando inspeção. 
 Registrar as reclamações dos vizinhos quanto ao barulho. 
 Analisar e tomar ações quanto as reclamações de vizinhos referente ao barulho. 
 Criar uma sistemática que garanta que todo documento de SGA disponível 
dentro da CORTEX esteja na última versão. 
 Treinar todo o pessoal quanto a controle de documentos e registros e sua 
importância. 
 Estabelecer procedimentos de tomada de ações corretivas/preventivas para toda 
a organização. 
 Garantir que todas as não conformidades apontadas em auditorias internas, de 
terceira parte e de emergências estejam devidamente documentadas. 
 Garantir através de procedimento documentado e/ou instrução de trabalho a 
devida tratativa das informações de fornecedores conforme normas, 
especificações e ao SGA. 
 Avaliar e gerir fornecedores conforme estabelecido pelas normas ISO. 
 
4 CONCLUSÃO 
 
A implantação de Sistemas de Gestão Ambiental nas empresas é muito importante 
financeiramente para a organização. Além da ajuda do governo através de incentivos fiscais, 
às empresas que implantam o SGA também podem conseguir outros benefícios, como por 
exemplo, a maior facilidade de se firmar contratos com empresas multinacionais, já que o SGA 
é um requisito para a empresa estrangeira fazer investimentos em empresas que possui o SGA, 
31 
 
o que possibilita melhorar a lucratividade e maior abrangência no mercado nacional e 
internacional, gerando empregos direta e indiretamente. 
Deve-se ressaltar que a manutenção do meio ambiente é a chave para o futuro da 
humanidade, por isso preservar é a melhor opção para as empresas, independente do seu porte 
ou do seu ramo de atividade e a implantação do SGA é hoje uma das formas mais eficazes para 
que a empresa consiga um melhor aproveitamento das matérias-primas, o que permite 
continuar mantendo a variável ambiental como prioridade. A preocupação da sociedade com a 
questão ecológica ou ambiental tem obrigado governo e empresas a realizarem campanhas 
contra a poluição, o mau uso dos recursos naturais e o desperdício. Consumidor se torna cada 
vez mais exigente e já priorizam o consumo de produtos de empresas que se preocupam com a 
agressão ao meio ambiente. Assim, a empresa que não se preocupa com essas variáveis, tende 
a perder espaço no mercado. 
Podemos concluir no caso prático a qual trabalhamos, que as organizações devem 
avaliar o nível de amadurecimento da gestão e priorizar as ações que mais impactam no 
contexto empresarial no que se refere à sua atuação no processo de implementação do SGA. 
Nesse sentido, o estabelecimento de boas práticas para o atendimento dos requisitos da ISO 
14001:2015 pode contribuir para a implantação do SGA nas organizações. 
Conforme Rodrigues, Almeida, Oliveira e Nascimento (2020), as recomendações para 
o sucesso de uma implantação de um sistema de gestão ambiental podem ser sumarizadas em: 
1 - Antecipar a análise dos requisitos legais aplicáveis; 
2 - Engajar a liderança; 
3- Instruir e motivar as pessoas; 
4- Utilizar ferramentas de análise de contexto empresarial; 
5- Revisar procedimentos e documentos do SGA; 
6- Identificar previamente as partes interessadas no negócio; 
7- Identificar melhorias pontuais e oportunidades (melhorias potenciais) ao longo da 
implantação; 
8- Antecipar o gerenciamento dos riscos do SGA. 
Como pudemos observar nos casos práticos analisados e trabalhados nesta disciplina, 
uma ou mais das recomendações citadas não foram contempladas e/ou observadas na 
implantação do SGA. 
Portanto, um planejamento bem elaborado com objetivos ambientais bem definidos e 
engajamento das pessoas, são elementos que garantirá um SGA devidamente implementado e 
trabalhando aderente a norma ISO 14001. 
32 
 
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