Sistema reprodutor feminino

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Sistema reprodutor feminino
Constituição
· Dois ovários
· Duas tubas uterinas
· Útero
· Vagina
· Genitália externa
Funções
· Produção de ovócitos (gametas femininos)
· Transporte de gametas (femininos e masculinos)
· Acomodação e nutrição do indivíduo em desenvolvimento
· Parto
· Secreção de hormônios
· Produção de hormônios sexuais que controlam órgãos do sistema genital e têm influência sobre outros órgãos do corpo (ex: estrogênio e progesterona)
Ovários
· Superfície é coberta por um epitélio pavimentoso ou cúbico simples, o epitélio germinativo 
· Túnica albugínea: camada de tecido conjuntivo denso abaixo do epitélio germinativo
· Região cortical: abaixo da túnica albugínea, na qual há os folículos ovarianos (ovócitos + as céls que os envolvem) 
· Os folículos se localizam no tecido conjuntivo (estroma) da região cortical, o qual contém fibroblastos dispostos em um arranjo formando redemoinhos
· Região medular: contém tecido conjuntivo frouxo + vasos
Desenvolvimento inicial do ovário
- Ao fim do primeiro mês de vida embrionária, células germinativas primordiais migram do saco vitelino até os primórdios gonadais, onde as gônadas estão começando a se desenvolver. 
- Nas gônadas, essas células se dividem e se transformam nas ovogônias
- A partir do terceiro mês, as ovogônias começam a entrar na prófase da primeira divisão meiótica, mas param na fase de diplóteno e não progridem para as outras fases da meiose. Essas células constituem os ovócitos primários e são envolvidas por uma camada de células foliculares. 
- Antes do sétimo mês de gravidez, a maioria das ovogônias se transformou em ovócitos primários; porém, muitos ovócitos primários são perdidos por um processo degenerativo denominado atresia.
Controle das funções ovarianas
– HIPOTÁLAMO → HIPÓFISE → FSH e LH 
– LH → age nas células da TECA →aumenta captação de colesterol e produz androgênios 
– FSH → age nas células da granulosa → induzindo a conversão de androgênios em estrogênios 
→ FSH: estimula o crescimento dos folículos e a síntese de estrógeno pelas células da granulosa. 
→ LH: induz a ovulação e transforma a camada de granulosa e a teca interna em corpo lúteo. 
→ Estrógeno e progesterona, produzidos no ovário, agem no hipotálamo, estimulando ou inibindo a secreção de hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH)
Crescimento folicular
- Folículo ovariano: um ovócito envolvido por uma ou mais camadas de células foliculares/ células da granulosa.
· Folículos primordiais
- formados durante a vida fetal e que nunca sofreram nenhuma transformação. - Formados por um ovócito primário envolvido por uma camada de células da granulosa achatadas
- O ovócito do folículo primordial é uma célula esférica, com um grande núcleo esférico e um nucléolo evidente. Essas células estão na fase da primeira prófase da meiose. 
- Modificações do ovócito, das células foliculares e dos fibroblastos do estroma conjuntivo que envolve os folículos primordiais.
 - O crescimento folicular é estimulado por pelo FSH, secretado pela hipófise.
· Folículos primários 
- O ovócito cresce muito rapidamente durante a primeira fase do crescimento, o núcleo aumenta de volume, e as células foliculares aumentam de volume e se dividem por mitose, formando uma camada única de células cuboides – neste momento, o folículo é chamado de folículo primário unilaminar
- As células foliculares continuam proliferando e originam um epitélio estratificado também chamado de camada granulosa. O folículo é então denominado folículo primário multilaminar ou folículo pré-antral
- Uma espessa camada amorfa, a zona pelúcida é secretada e envolve todo o ovócito
· Folículos secundários
- Os folículos crescem, principalmente em virtude do aumento (em tamanho e número) das células da granulosa, e ocupam as áreas mais profundas da região cortical. 
- O líquido folicular começa a se acumular entre as células foliculares; então, os pequenos espaços que contêm esse líquido se unem e as células da granulosa gradativamente se reorganizam, formando uma grande cavidade, o antro folicular 
- Esses folículos são chamados de folículos secundários ou antrais.
 
Folículo primário unilaminar
→ Durante a reorganização das células da granulosa para formar o antro, algumas células dessa camada se concentram em determinado local da parede do folículo, formando um pequeno espessamento, o cumulus oophorus, que serve de apoio para o ovócito 
→ Além disso, um pequeno grupo de células foliculares envolve o ovócito, constituindo a corona radiata, que acompanha o ovócito quando este abandona o na ovulação. 
→ A grande maioria das células foliculares forma a camada granulosa (camada multicelular que reveste internamente a parede do folículo) 
· Tecas foliculares
- Durante essas modificações que ocorrem no folículo, o estroma situado imediatamente em sua volta se modifica para formar as tecas foliculares
- duas camadas – a teca interna e a teca externa 
- Células da teca interna: poliédricas, núcleos arredondados e citoplasma acidófilo. Células produtoras de esteroides 
- As células da teca externa são semelhantes às células do estroma ovariano, mas se arranjam de modo organizado concentricamente em volta do folículo. 
Folículo pré antral/ primário unilaminar 
Folículo antral/secundário
 Parede de um folículo antral
· Folículos pré-ovulatórios
- Normalmente, durante cada ciclo menstrual, um folículo antral cresce muito mais que os outros e se torna o folículo dominante que pode prosseguir até a ovulação. 
- Quando chega ao seu máximo desenvolvimento, esse folículo é chamado de folículo maduro, pré-ovulatório ou de Graaf 
- Os outros folículos, pertencentes ao grupo que estava crescendo com certa sincronia, entram em atresia. 
- Com o acúmulo de líquido, a cavidade folicular aumenta de tamanho, e a camada de células da granulosa torna-se mais delgada, pois essas células não se multiplicam na mesma proporção que o crescimento do folículo.
- Tecas muito espessas.
O processo total de crescimento do folículo na mulher, desde primordial até maduro, dura aproximadamente 90 dias.
Atresia folicular
- Processo de involução dos folículos, por meio do qual as células foliculares e os ovócitos morrem e são eliminados por células fagocíticas. 
- Folículos em qualquer fase de desenvolvimento (primordial, primário, pré-antral e antral) podem sofrer atresia.
Ovocitação
- Ruptura de parte da parede do folículo maduro e a consequente liberação do ovócito, que será capturado pela extremidade dilatada da tuba uterina. 
- Acontece na época próxima à metade do ciclo menstrual (14º dia)
- Na mulher, geralmente só um ovócito é liberado pelos ovários durante cada ciclo, mas, às vezes, nenhum ovócito é ovulado. 
- Algumas vezes, dois ou mais ovócitos podem ser expelidos ao mesmo tempo e, se forem fertilizados, podem desenvolver-se em dois ou mais embriões (originando gêmeos fraternos).
- Estímulo para a ovocitação: é um pico de LH, liberado pela hipófise em resposta aos altos níveis de estrógeno circulante produzido pelos folículos em crescimento. 
- Devido à ruptura da parede folicular, o ovócito e o primeiro corpúsculo polar, envoltos pela zona pelúcida, pela corona radiata e juntamente com um pouco de fluido folicular, deixam o ovário e entram na extremidade aberta da tuba uterina, onde o ovócito pode ser fertilizado. Se isso não acontece nas primeiras 24 horas após a ovulação, ele degenera e é fagocitado.
Folículo antral quase na etapa de pré-ovulatório. 
Corpo lúteo
- Após a ovocitação, as células da granulosa e as da teca interna do folículo que ovulou se reorganizam e formam uma glândula endócrina temporária, chamada de corpo lúteo.
- A reorganização do folículo ovulado e o desenvolvimento do corpo lúteo resultam de estímulo pelo LH liberado antes da ovocitação. Ainda sob efeito do LH, as células modificam seus componentes enzimáticos e começam a secretar progesterona e estrógenos.
- O destino do corpo lúteo depende de como ele é estimulado após a sua formação. Pelo estímulo inicial deLH, o corpo lúteo é programado para secretar durante 10 a 12 dias. 
→ Se não houver nenhum estímulo adicional, suas células degeneram por apoptose. Isso é o que acontece quando uma gravidez não se estabelece. Uma das consequências da secreção decrescente de progesterona (por falta de estímulo de LH) é a menstruação, que é a descamação de parte da mucosa uterina.
→ Altas taxas de estrógeno circulante inibem a liberação de FSH pela hipófise. Em contrapartida, depois da degeneração do corpo lúteo, a concentração de esteroides do sangue diminui, e FSH é liberado em quantidades maiores, estimulando o crescimento rápido de alguns folículos e iniciando o ciclo menstrual seguinte.
→ O corpo lúteo que dura só parte de um ciclo menstrual é chamado de corpo lúteo de menstruação. Seus restos são fagocitados por macrófagos. Fibroblastos adjacentes invadem a área e produzem uma cicatriz de tecido conjuntivo denso denominada corpo albicans
→ Se houver uma gravidez, a mucosa uterina não poderá descamar Um sinal para o corpo lúteo é dado pelo embrião implantado, cujas células sintetizam um hormônio chamado de HCG, que estimulando o corpo lúteo. Assim, a HCG resgata o corpo lúteo da degeneração, causa crescimento e estimula a secreção de progesterona pelo corpo lúteo durante pelo menos metade da gravidez. 
* A progesterona, além de manter a mucosa do útero, também estimula a secreção das glândulas uterinas, o que provavelmente é importante para a nutrição do embrião antes de a placenta se tornar funcional. Esse é o corpo lúteo de gravidez, que persiste durante 4 a 5 meses e, em seguida, degenera e é substituído por um corpo albicans, que é muito maior que o de menstruação.
Células intersticiais
- Células da teca interna que persistem isoladas ou em pequenos grupos no estroma cortical após a atresia. 
- Elas existem desde a infância até a menopausa e são ativas secretoras de esteroides, estimuladas por LH.
Tubas uterinas
· Onde ocorre a fertilização e a clivagem inicial do zigoto
· Tubos musculares 
· Partes anatômicas
1. Infundíbulo com fímbrias
2. Ampola
3. Istmo
4. Intramural
· A parede da tuba uterina é composta de três camadas: 
- Mucosa pregueada com epitélio cilíndrico simples com células ciliadas e secretoras + lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo.
- Muscular músculo liso com camada circular interna e longitudinal externa
 - Serosa formada de um folheto visceral de peritônio.
· Secreção: nutrição e proteção do óvulo e capacitação do espermatozoide
· A contração de músculo liso e a atividade das células ciliadas transportam o ovócito ou o zigoto ao longo do infundíbulo e do restante da tuba.
Útero
· Funções: 
- Depósito do sêmen (cavalo, suíno)
- Transporte de sptz (contrações)
- Desenvolvimento do embrião e do feto
· Morfologia
-Maioria das espécies domésticas: corpo, dois cornos e cérvice
· Parede do útero: 
- Endométrio (mucosa uterina): epitélio + lâmina própria com glândulas 
- Miométrio: fibras musculares lisas + tecido conjuntivo
- Serosa: mesotélio + tecido conjuntivo
Miométrio
· Camada mais espessa do útero
· Feixes de fibras musculares lisas separadas por tecido conjuntivo. 
· Pelas camadas intermediárias passam os grandes vasos sanguíneos que irrigam o órgão.
Endométrio
· Epitélio + lâmina própria que contém glândulas tubulares simples
· Camada funcional: epitélio + glândulas + tecido conjuntivo
· Camada basal: glândulas + tecido conjuntivo (é o fundo das gêandulas)
OBS: Enquanto a camada funcional sofre mudanças intensas durante os ciclos menstruais, a basal permanece quase inalterada.
Ciclo uterino
1. Fase folicular
-folículos começam a secretar estrogênio, que estimula a reconstituição do endométrio
- Epitélio cilíndrico simples 
- As glândulas uterinas são tubos retilíneos, e seu lúmen é estreito 
2. Fase luteínica
- começa depois da ovulação 
- resulta da ação da progesterona secretada pelo corpo lúteo 
- a progesterona continua estimulando as células epiteliais das glândulas 
- glândulas tortuosas 
Cérvice uterina
· Porção tubular que separa o corpo do útero da vagina
· Composição
- Mucosa: epitélio cilíndrico simples secretor de muco 
- Lâmina própria/submucosa de tecido conjuntivo (suínos e pequenos ruminantes podem apresentar glândulas exócrinas tubulares)
- Camada muscular
- Serosa
· Na época da ovocitação, as secreções mucosas são mais fluidas e facilitam a penetração do esperma no útero.
Vagina
· Funções: 
- acomoda o pênis no momento da cópula
- saída do feto
- saída de secreções endometriais, cervicais e tubárias
· Parede:
- Mucosa: epitélio pavimentoso estratificado
- Lâmina própria/ submucosa: tecido conjuntivo
- Múscular
- Adventícia
Sistema reprodutor feminino de aves
· Diferente dos mamíferos, deve-se considerar como oviduto da ave a parte do sistema genital que se estende desde o ovário até a cloaca. 
Assim, se apresenta formado pelo: 
Infundíbulo 
- Mucosa pregueada revestida por epitélio cilíndrico simples ciliado.
Magno
- O epitélio pseudoestratificado é composto de células cilíndricas ciliadas e células secretoras.
- Suas glândulas tubulares bem desenvolvidas produzem albumina.
Istmo
- O epitélio é cilíndrico pseudoestratificado ciliado, com células secretoras.
- Suas glândulas tubulares secretam as membranas da casca
Útero
- Mucosa pregueada revestida por epitélio cilíndrico pseudoestratificado ciliado.
- A casca do ovo é produzida a partir de secreções de suas glândulas tubulares.
Vagina