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Brazilian Journal of Development 
ISSN: 2525-8761 
44222 
 
 
Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.6, p. 44222-44244, jun.,2022 
 
Uso de ansiolíticos e antidepressivos por acadêmicos de imperatriz-ma 
durante a pandemia/COVID-19 
 
Use of anxiolytics and antidepressants by scholars of the emperatriz-
ma during the pandemic/COVID-19 
 
DOI:10.34117/bjdv8n6-107 
 
Recebimento dos originais: 21/04/2022 
Aceitação para publicação: 31/05/2022 
 
Joales Lima Silva 
Graduanda do curso de Farmácia pela Faculdade de Imperatriz – FACIMP WYDEN 
Instituição: Faculdade de Imperatriz – FACIMP WYDEN 
Endereço: Av. Prudente de Morais, s/n, Parque Sanharol, Imperatriz – MA 
CEP: 65900-000 
E-mail: joales12@icloud.com 
 
Marcos Antônio Bandeira Azevedo 
Orientador, Dr. Química, pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG 
Professor na Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão 
Instituição: Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG 
Endereço: Rua Godofredo Viana, 1300, Centro, CEP: 65900-000, Imperatriz-MA 
E-mail: marcoazevedo@uemasul.edu.br 
 
RESUMO 
Em um cenário preocupante da pandemia de COVID-19 os acadêmicos tiveram que lidar 
nesse cenário atual com diversos fatores que levam ao estresse devido a quarentena, como 
se daria o ano letivo, solidão, frustração, e informações com assuntos falsos em relação a 
doença. Avaliar o índice de uso de ansiolíticos por acadêmicos em IES’s da cidade de 
Imperatriz durante a pandemia da COVID-19. Trata-se de uma pesquisa do tipo descritivo 
e corte transversal, com abordagem quantitativa e seguidamente análises de dados. A 
pesquisa possuiu como alvo 60 acadêmicos distribuídos entre o gênero masculino e 
feminino. A coleta de dados foi realizada através de um questionário composto de 10 
perguntas fechadas para os acadêmicos durante os meses de março a abril de 2022 através 
do aplicativo google forms. O Projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Bioética 
(COEB) da instituição envolvida e cada participante da pesquisa foi instruído e recebeu 
o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para a utilização de seus dados na 
pesquisa. Diante desse contexto a pesquisa apontou a utilização desses ansiolíticos e 
antidepressivos por acadêmicos na cidade de Imperatriz-MA. Os dados apontaram que 
durante a pandemia a maioria dos acadêmicos já utilizou esse tipo de medicamento em 
pelo ao menos uma vez e que o isolamento social foi uma das principais consequências. 
Observou-se que dentre as classificações mais administradas o diazepan e o clonazepan 
foram apresentados e que efeitos colaterais foram identificados como a cefaleia e a 
tontura. Foi apontada também a procura de uma assistência farmacêutica para o uso 
devido desses fármacos, o que obteve como resposta que quase sempre esses 
universitários procuram um profissional farmacêutico para as devidas orientações 
farmacológicas, e que dentre os usuários quase toda a comunidade universitária 
entrevistada já tentou parar de usar esses fármacos. Considera-se o final desse estudo, a 
importância de conscientização e orientação por parte do profissional farmacêutico, que 
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ISSN: 2525-8761 
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tem papel importante na promoção de saúde em relação aos riscos, boas práticas no uso 
dos medicamentos ansiolíticos e antidepressivos. 
 
Palavras-chave: ansiolíticos, covid-19, acadêmicos. 
 
ABSTRACT 
In a worrying scenario of the COVID-19 pandemic, academics had to deal in this current 
scenario with several factors that lead to stress due to quarantine, such as the school year, 
loneliness, frustration, and information with false subjects regarding the disease. To 
evaluate the rate of use of anxiolytics by academics in HEIs in the city of Imperatriz 
during the COVID-19 pandemic. This is a descriptive and cross-sectional research, with 
a quantitative approach and then data analysis. The research had as target 60 academics 
distributed between the masculine and feminine gender. Data collection was carried out 
through a questionnaire composed of 10 closed questions for academics during the 
months of March to April 2022 through the google forms application. The Project was 
approved by the Ethics and Bioethics Committee (COEB) of the institution involved and 
each research participant was instructed and received the Free and Informed Consent 
Term for the use of their data in the research. Given this context, the research pointed to 
the use of these anxiolytics and antidepressants by academics in the city of Imperatriz-
MA. The data showed that during the pandemic most academics have already used this 
type of medication at least once and that social isolation was one of the main 
consequences. It was observed that among the most administered classifications, 
diazepam and clonazepam were presented and that side effects were identified, such as 
headache and dizziness. The search for pharmaceutical assistance for the proper use of 
these drugs was also pointed out, which obtained as a response that these university 
students almost always seek a pharmaceutical professional for the proper 
pharmacological guidance, and that among the users, almost the entire university 
community interviewed has already tried to stop. to use these drugs. The end of this study 
is considered to be the importance of awareness and guidance on the part of the 
pharmaceutical professional, who has an important role in health promotion in relation to 
risks, good practices in the use of anxiolytics and antidepressants. 
 
Keywords: anxiolytics, covid-19, academics. 
 
1 INTRODUÇÃO 
Em um cenário preocupante da pandemia de COVID-19, convém apontar que 
devido ao acelerado crescimento da doença e a ausência de informações não seguras, 
diversas vezes discordantes, vêm se tornando um contexto favorável para alterações no 
comportamento de forma impulsionadora de adoecimento que mexem com o psicológico, 
que podem surgir graves consequências na Saúde Mental (SM) do ser humano (LIMA, 
2020). 
Entre as principais estratégias no processo de prevenção, a medida inicial adotada 
foi o distanciamento social, tendo como finalidade evitar as aglomerações com o intuito 
de manter uma distância mínima de um metro e meio entre os indivíduos, como também 
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a proibição de eventualidades que possam causas uma elevada quantidade de pessoas 
reunidas sendo em (escolas, shows, universidades, shoppings, eventos esportivos, 
academias esportivas, entre outros), no qual o público acadêmico foi um dos mais 
atingidos em decorrência das restrições (REIS-FILHO ; QUINTO, 2020). 
Os acadêmicos tiveram que lidar nesse cenário atual com diversos fatores que 
levam ao estresse como é a tensão e o medo de contrair o vírus, o tempo que a quarentena 
levaria, como se daria o ano letivo do acadêmico, solidão, frustração, propagação de mitos 
negações e informações com assuntos falsos em relação a doença. Além disso, foram 
postergadas pesquisas, projetos, planejamentos futuros como pós-graduações, formaturas 
e a inserção no mercado de trabalho. Há ainda as relações de adaptação à introdução das 
aulas remotas e a realização de trabalhos à distância, o que possibilitou essa comunidade 
a utilização de ansiolíticos e antidepressivos, muitas vezes sem a devida atenção 
farmacêutica pelos profissionais capacitados (MAIA, 2020; TEIXEIRA, 2020). 
As classes de ansiolíticos e antidepressivos são fármacos bastante utilizados para 
os transtornos que causadores de depressão e ansiedade por agirem de forma direta no 
aumento da concentração de neurotransmissores, possibilitando assim, efeitos 
tranquilizantes e sedativos nas ações do sistema nervoso central. Sãoconsiderados 
medicamentos confiáveis, porém sua utilização sem o devido acompanhamento de um 
profissional farmacêutico ou seu uso de forma excessiva podem causar dependência e 
riscos à saúde (OMS, 2017). 
Um dos principais riscos na utilização desses fármacos por acadêmicos durante a 
pandemia de Covid/19 é a automedicação sem auxílio de um profissional farmacêutica, o 
que pode ainda possibilitar inúmeras interações medicamentosas de elevada relevância 
com outros processos de tratamentos realizados previamente, além da produção de riscos 
inaceitáveis e de efeitos colaterais tendo em vista o tratamento terapêutico (SCHMID, 
BECK; ALFORD, 2020). 
O objetivo desse artigo foi avaliar o índice de uso de ansiolíticos por acadêmicos 
em IES’s da cidade de Imperatriz durante a pandemia da COVID-19. 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
2.1 CARACTERIZAÇÃO DOS ANSIOLÍTICOS 
Quando se refere a saúde coletiva e prescrição na atenção básica, os ansiolíticos 
também conhecidos mais especificamente como benzodiazepínicos (BZD) e os 
barbitúricos, são utilizados na farmacoterapia de distúrbios de ansiedade, agindo como 
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depressores do Sistema Nervoso Central (SNC), e são tidos como uma das classes 
medicamentosas mais utilizadas para esse fim (BRAGA et al., 2016). 
Os BZD fazem parte do grupo de psicotrópicos mais utilizados na prática clínica 
em todo o mundo, pois apresentam quatro atividades principais: ansiolítica, hipnótica, 
anticonvulsivante e relaxante muscular. No geral, estes fármacos são indicados para os 
transtornos de ansiedade, insônia e epilepsia (NALOTO et al., 2016). 
Na década de 50 foram sintetizados os primeiros benzodiazepínicos e em virtude 
à sua relativa segurança e rápido início de ação, vem sendo utilizados até a atualidade. 
Com esses medicamentos foi possível oferecer um grande aliado a psiquiatria tradicional, 
criando expectativa de resolutividade para casos relacionados à ansiedade e à insônia na 
época (FIORELLI; ASSINI, 2017). 
Tanto na classe médica como na população, os ansiolíticos têm alcançado grande 
popularidade nas décadas de 1970 e 1980, demonstrando tamanha eficácia no combate da 
ansiedade, insônia, agressividade e convulsões, dentre outras ações, com menos efeitos 
adversos sobre o SNC (AZEVEDO; ARAÚJO; FERREIRA, 2016). 
Segundo uma pesquisa realizada no ano de 2001 em 107 cidades do Brasil com 
mais de 200 mil habitantes, foi constatado que os benzodiazepínicos foram a terceira 
substância mais utilizada pelos 8.589 entrevistados (NALOTO et al., 2016). 
Fiorelli e Assini (2017) destacou em seu estudo que o uso prolongado desses 
fármacos é contraindicado devido aos riscos de efeitos adversos, como ataxia, sedação, 
amnésia e dependência química que constitui uma das grandes preocupações para a saúde 
pública devido a suas implicações. 
Fatores como, prescrição errônea e continuada pelo médico, aumento da dose pelo 
próprio paciente, e a necessidade psicológica da droga, influencia na capacidade de gerar 
tolerância e dependência, relatando ainda o padecimento de muitos pacientes com a 
síndrome de abstinência após a interrupção do uso prolongado desses medicamentos 
(FIORELLI; ASSINI, 2017). Amaral e Machado (2012), ressaltam que as chances de 
manifestação da síndrome de abstinência são maiores quando o tempo de tratamento com 
os BDZ é prolongado, dificultando assim a interrupção do tratamento. 
 
2.2 ANTIDEPRESSIVOS 
Os antidepressivos (AD), fármacos que modulam os níveis de neurotransmissores 
no cérebro, são utilizados para o tratamento das manifestações agudas da depressão 
moderada e grave, tanto para sua melhoria sintomática, como também para sua remição 
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total, sendo utilizados ainda, em outros problemas de saúde, como transtornos de 
ansiedade e dores crônicas (LEE et al., 2016; FILHO et al., 2014). 
Segundo estudos de Fonseca et al., (2008), a depressão foi a segunda doença que 
mais afetou a população até o ano de 2010, ficando atrás somente das doenças isquêmicas 
cardíacas graves, e de acordo com a OMS até o presente ano seria a síndrome que mais 
afetaria os países desenvolvidos, ocupando o segundo lugar e a primeira em países em 
desenvolvimento. 
Nas últimas décadas a eficácia dos AD em relação aos sintomas da depressão veio 
sendo um assunto bastante discutido, pois aproximadamente 50% dos pacientes que 
fazem tratamentos com os AD não alcançam uma resposta adequada, não apresentando 
melhoras sobre os sintomas depressivos leves em relação aos observado com placebo. 
Contudo, estudos recentes demonstram haver consenso de que há efeitos maiores dos AD 
quando comparados com o uso de placebos sobre sintomas depressivos e de ansiedade na 
depressão, esses efeitos são proporcionalmente semelhantes ao observado para outros 
medicamentos de uso geral no tratamento das suas indicações (MENOLI et al., 2020). 
Havia apenas duas classes de AD até a década de 80, os Tricíclicos (ADTs) e os 
Inibidores de Monoaminooxidase (IMAOs), e ambas classes foram consideradas efetivas 
nos tratamentos, no entanto devido ao alvo ser utilizado por várias outras vias da sua 
atividade farmacológica surgiram diversos efeitos adversos (LIMA et al., 2020). 
Os efeitos adversos dos AD são descritos de acordo com cada fármaco, baseados 
no seu mecanismo de ação, sendo os mais relatados: ansiedade, tremor, taquicardia, 
diaforese, ganho de peso, sedação ou insônia, soando como uma alerta para ampliação 
dos níveis de atenção sobre as consequências desses efeitos adversos na população 
(LIMA et al., 2020). 
Márcia Angell (2011) pôs em dúvida a eficácia dos antidepressivos entre os 
tratamentos convencionais e, segundo ela, o índice de resposta dos pacientes a 
antidepressivos é pouquíssimo superior ao de placebos e continua apontando de que há 
graves efeitos colaterais além de que uma boa parte das pessoas que usam o medicamento 
apresenta disfunção sexual. 
Destacam-se as alterações bioquímicas cerebrais em pacientes diagnosticados 
com transtornos psiquiátricos, que antes do tratamento medicamentoso não sofriam 
nenhum desequilíbrio químico: “No entanto, depois que uma pessoa passa a tomar 
medicação psiquiátrica que, perturba a mecânica normal de sua via neural, seu cérebro 
começa a funcionar anormalmente”. (ANGELL, 2012 apud WHITAKER 2009). 
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Robert Whitaker (2009), ainda mais incisivo, fundamenta o quanto novos 
fármacos psiquiátricas contribuíram e contribuem diretamente para uma alarmante 
epidemia de doenças mentais induzidas por drogas, segundo ele, os medicamentos 
prescritos à população pelos médicos com objetivo de estabilizar desordens mentais, são 
capazes de, como dito anteriormente, provocar mudanças patológicas cerebrais dando 
origem a comportamentos suicidas, episódios maníacos e psicóticos, convulsões, 
violência, diabetes, falência pancreática, doenças metabólicas e morte prematura. 
Entretanto, Flack (2016) é um dos defensores do uso de antidepressivos e que 
combatendo as teorias de que estes causariam danos neurológicos, argumenta que não há 
evidencias do fato, quando, na verdade, a exposição a sintomas depressivos por longo 
prazo é que costuma provocar alterações cerebrais como a diminuição de ramificações 
dos neurônios interferindo na troca de informações nervosas e termina dizendo que assim 
como os medicamentos deste tipo, são capazes de combater os sintomas depressivos, são 
também aliados do bom funcionamento do cérebro. 
 
2.3 USO DOS ANSIOLÍTICOS E ANTIDEPRESSIVOS EM TEMPOS DE 
PANDEMIA 
O novocoronavírus é uma patologia estabelecida pela sigla COVID-19, 
caracterizado por SARS-CoV-2, que representa um clínico espectro variando seu quadro 
clínico a infecções de relações assintomáticas e a situações de quadros graves. De acordo 
com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a maioria (cerca de 85%) dos usuários que 
apresentam a COVID-19 podem ser oligossintomáticos (mínimos sintomas) ou 
assintomáticos, e aproximadamente uma média de 25% dos índices detectados requer 
uma atenção no atendimento hospitalar por apresentarem sintomas em relação a 
dificuldade no sistema respiratório, dos quais apresentam de forma aproximada 5% e 
podem vir a necessitar de aparelhos que darão um suporte ventilatório. (MINISTÉRIO 
DA SAÚDE, 2020). 
A pandemia estabelecida pela COVID-19 pode ser descrita como uma dessas 
crises, a qual tem se caracterizado como um dos maiores problemas de saúde pública 
internacional das últimas décadas, tendo atingido praticamente todo o planeta (World 
Health Organization [WHO], 2020a). Um evento como esse ocasiona perturbações 
psicológicas e sociais que afetam a capacidade de enfrentamento de toda a sociedade, em 
variados níveis de intensidade e propagação (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020a). 
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De acordo com o Presidente do Sindicato Daniel Marchiori, houve aumento de 20 
a 30% na venda de medicamentos contra ansiedade, insônia e depressão durante a 
pandemia. O Brasil é considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) um dos 
principais países com transtorno de ansiedade, quase 9% da população brasileira é ansiosa 
(OMS, 2020). 
O transtorno de ansiedade traz em seus aparecimentos de angústia, a oscilação por 
um extenso período, sem acometimentos de ataques, nem também relações com 
circunstâncias produzidas. Estendem-se por longos dias, meses e até anos. O seu sinal de 
aparecimento fundamental é a probabilidade ansiosa ou inquietação extrapolada, doentia. 
O individuo acometido por esse mal, fica em seu maior tempo com preocupações 
exageradas, além do mais, passa a lidar também com sintomas como, canseira, problema 
de concentração, suscetibilidade, crise no tecido muscular, dificuldade de adormecer ou 
de manter o sono e transpiração em excesso (BALLONE, 2020). 
A pandemia de COVID-19 tem posto em pauta, sobretudo a saúde física dos 
indivíduos como também a SM visto que, para além de pensar nos efeitos psicológicos 
do IS, pesquisadores têm discutido sobre as estratégias de enfrentamento para tornar o 
período de distanciamento social menos adoecedor (WANG et lá. 2020). 
Nesse cenário, durante uma pandemia, o medo intensifica os níveis de estresse e 
ansiedade em pessoas saudáveis e aumenta os sintomas daquelas com transtornos mentais 
pré-existentes (RAMÍREZ-ORTIZ et al., 2020). 
Pacientes diagnosticados com COVID-19 ou com suspeita de infecção podem ter 
emoções intensas e reações comportamentais, além, da culpa, medo, melancolia, raiva, 
solidão, ansiedade, insônia, etc. Estes estados podem evoluir para transtornos como 
ataques de pânico, Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), sintomas psicóticos, 
depressão e suicídio. Sobretudo preponderantes em pacientes em IS, no qual o estresse 
tende a ser o mais prevalente. (SHIGEMURA; BROOKS, 2020). 
Segundo Ballone (2020), os antidepressivos e ansiolíticos são, em geral, os 
tranquilizantes ou benzodiazepínicos, mais utilizados durante a onda de pandemia do 
Covid-19, sendo sua principal característica o devido efeito ansiolítico que em diversos 
casos apresentam doses baixas ou em graves casos em doses altas levando em 
consideração o surgimento do efeito sedativo. Os medicamentos dessas classificações, 
além de estabelecerem a produção de um efeito miorrelaxante e apresentar atividade 
anticonvulsiva, são usados para o tratamento e acompanhamento de inúmeros sintomas, 
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como é de exemplo insônia, ansiedade, estresse ou até mesmo para causar inibição de 
crises de pânico nos indivíduos. 
 
3 METODOLOGIA 
3.1 TIPO DE PESQUISA 
Trata-se de uma pesquisa do tipo descritivo e corte transversal, com abordagem 
quantitativa e seguidamente análises de dados. Segundo Marconi e Lakatos (2010), a 
pesquisa de campo é utilizada com o propósito de obter informações e/ou conhecimentos 
em relação a um problema, para qual procura-se uma resposta. Constitui-se da observação 
de fatos e fenômenos que acontecem espontaneamente, na coleta de dados referentes aos 
mesmos e, à verificação e interpretação desses dados, baseado em uma fundamentação 
teórica de referência, com a finalidade de compreender e elucidar o problema pesquisado. 
Para Gil (2007), a pesquisa exploratória tem como propósito proporcionar mais 
familiaridade com o problema para torná-lo mais visível ou a constituir hipóteses. De 
acordo com Marconi e Lakatos (2010), estudos exploratórios – descritivos são aqueles 
que descrevem completamente determinado fenômeno, podendo ser encontrado tanto 
descrições quantitativas e/ou qualitativas quanto à acumulação de informações 
detalhadas. Pesquisa quantitativa é aquela que prever a determinação de variáveis 
preestabelecidas, realizando a análise estatística para dados adquiridos, assim o 
pesquisador descreve, explica e prediz (CHIZZOTI, 2009). 
 
3.2 UNIVERSO E AMOSTRA 
A pesquisa possuiu como alvo 60 acadêmicos distribuídos entre o gênero 
masculino e feminino de cursos distintos em Imperatriz-Ma. A determinação da escolha 
do público a ser entrevistado para coleta de dados foi realizado devido o papel do 
profissional farmacêutico de oferecer atenção primária. 
 
3.3 LOCAL DA PESQUISA 
A coleta de dados foi realizada na cidade de Imperatriz situada no estado do 
Maranhão. Segundo dados estimados do IBGE (2018) a região apresenta uma população 
cerca de 230 mil habitantes, situada ao sudoeste do estado e considerada o portal da 
Amazônia onde se concentra um grande polo universitário do Sul do Maranhão. 
 
 
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3.4 ANÁLISE DE DADOS 
A coleta de dados foi realizada através de um questionário composto de 10 
perguntas fechadas para os acadêmicos. As entrevistas aconteceram durante os meses de 
março a abril de 2022 através do aplicativo google forms em decorrência do 
distanciamento social em tempos de pandemia. O questionário, segundo Gil (1999, p.128) 
pode ser definido “como a técnica de investigação composta por um número mais ou 
menos elevado de questões apresentadas por escrito às pessoas, tendo por objetivo o 
conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas, situações 
vivenciadas etc.” 
 
3.5 CRITÉRIOS ÉTICOS 
Referente aos aspectos éticos, conforme a resolução do Conselho Nacional de 
Saúde (CNS) nº 466/2012, o presente foi submetido ao comitê de ética, atendendo desta 
forma, todos os fundamentos éticos e científicos exigidos. Ressalva-se que, os 
participantes não foram obrigados a participarem, podendo então desistir da participação 
da pesquisa a qualquer momento, de forma que, toda e qualquer informação pertinente ao 
presente estudo poderá ser consultada no acervo bibliográfico da instituição ou recorrer 
ao orientador para maiores esclarecimentos. O Projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética 
e Bioética (COEB) da instituição envolvida e cada participante da pesquisa foi instruído 
e recebeu o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para a utilização de seus dados 
na pesquisa. 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Os resultados foram realizados distribuindo os dados em duas grandes categorias: 
a primeira refere-se aos dados sócios demográficose a segunda aos dados relacionados 
as causas, uso e freqüência de uso de ansiolíticos e antidepressivos entre os acadêmicos 
univirsitários de Imperatriza-MA. A amostra foi composta pôr 60 acadêmicos 
pertencentes a todos os cursos universitários. Não foi estabelecido em fazer uma análise 
individual para cada curso, pois se almeja expor os resultados desta pesquisa de uma 
maneira coletiva para toda a comunidade. Após essa coleta de dados às informações foram 
tabuladas em gráficos e serão discutidas conforme os questionamentos abaixo. 
No gráfico 01 apontou-se o gênero e faixa etária dos participantes da pesquisa. 
Verificou-se que a maioria dos entrevistados é do gênero feminino (80%) e para o gênero 
masculino observou-se uma menor participação (20%). 
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Gráfico 01 – Gênero e faixa etária 
 
Fonte: Autor (2022). 
 
Conforme a análise em relação a faixa etária as respostas apontaram que cerca 
de 87% apresentaram idade que compreende entre 18 a 30 anos, observou-se também 
um público considerado adulto entre 31 a 40 anos, estabelecendo assim 8% da estimativa 
de respostas e 3% dos entrevistados apresentou idade entre 41 a 50 anos, e somente 2% 
estabeleceu faixa etária acima de 50 anos. 
O gráfico 02 mostrou os resultados em relação às áreas acadêmicas que esses 
alunos frequentam. 40% dos entrevistados apontou que optaram pela a área da saúde, 
onde apresentou uma demanda grande de alunos que aderiram a participação da pesquisa, 
e que se torna uma adesão positiva, por se tratar de um assunto que está totalmente 
relacionado com esse público-alvo. Os demais entrevistados estudam outras áreas, onde 
estabeleceu que 39% cursavam nas ciências humanas, 6% nas ciências exatas e 15% em 
outras áreas. Notou-se que muitos acadêmicos de outros cursos se interessaram por 
participar dos estudos, a pesar de não configurar como assunto específico para sua 
formação, mas sim considerando uma relação de saúde pública e que todos devem estar 
informados. 
 
 
 
 
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Gráfico 02 - Área específica de graduação. 
 
Fonte: Autor (2022). 
 
Conforme Silva (2013) a adesão pelo curso na área de saúde cresceu em mais de 
30% como escolha profissional, devido a flexibilização curricular, ofertas de aulas 
práticas e expansão de laboratórios destinados ao desenvolvimento de experiências 
científicas. 
Já para Melo (2014), os cursos da área de ciências Humanas e demais cursos 
elevaram-se em mais de 50% devido à oferta de cursos a distância e que poderiam ser 
assimilados sem um laboratório de aprendizagem específico, o que facilitaria ainda mais 
a adesão de uma população. 
O gráfico 03 apontou a utilização de algum medicamento para a ansiedade 
durante a pandemia do Covid-19, As estatísticas demostraram que a maioria desses 
acadêmicos com cerca de 63% das repontas já utilizaram, o que torna-se um quadro 
preocupante durante a crise de saúde pública vivenciada em um contexto atual nas 
universidades do município de Imperatriz-MA. 
 
 
 
 
 
 
 
40%
39%
6%
15%
Ciências biológicas
Ciências humanas
Ciências exatas
outras áreas
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Gráfico 03 - Já fez uso de medicamentos para o controle da ansiedade durante o período da 
pandemia? 
 
Fonte: Autor (2022). 
 
Na incessante busca pela cura, tratamento e prevenção de doenças mentais 
provocadas pelo novo coronavírus, muitas pessoas arriscam sua saúde com o processo 
da automedicação, um exemplo disso e a comprovação dessa utilização de forma 
irracional e a elevação nas vendas de medicamentos ansiolíticos e antidepressivos como 
possível tratamento de transtornos para a ansiedade. Estudos demostram que cerca de 
56% da população universitária de São Paulo-SP já fez uso desses fármacos, sendo umas 
das capitais de grande porte a apresentar os primeiros casos de Covid-19 no Brasil 
(BOLETIM ISMP, 2020). 
Os resultados demostraram também que 37% dos entrevistados não fizeram uso 
dessas medicações, o que nos remete a refletir que esses resultados ainda podem 
aumentar com a expansão de novos casos confirmados entre o público universitário. 
Na cidade do Rio de Janeiro, as redes de farmácias registraram 15% de elevação 
nas vendas dos antidepressivos e ansiolíticos que atuam no sistema nervoso central nos 
primeiros 20 dias de maio de 2020, na comparação relacionada com o mesmo período 
de 2021, segundo apurou o jornal o Globo, no Brasil, a utilização de medicamentos 
controlados contra a ansiedade elevou-se 34%, na medida em que a expansão de 
contaminação do vírus foi aumentando e através de uma segunda onda, sendo 
considerada mais letal trazendo assim a sensação de medo e transtornos que abalasse a 
saúde mental (MAIA; DIAS, 2021). 
63%
37%
Sim
Não
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Em relação ao gráfico 04, pode-se questionar aos universitários que usaram os 
medicamentos antidepressivos e ansiolíticos e em que frequência vem acontecendo essa 
prática. A maioria dos entrevistados estabelecendo 54% das respostas respondeu que 
utilizaram somente uma vez, o que vem configurar uma frequência relativamente baixa, 
mas que não possa descartar uma futura dependência, uma vez esses fármacos são 
considerados medicamentos controlados. Já 34% discorreram que fizeram uso de duas a 
três vezes durante a pandemia podendo já ser considerados usuários ativos. 
 
Gráfico 04 - Se sua resposta foi sim, com que frequência fez esse uso? 
 
Fonte: Autor (2022). 
 
Na literatura relacionada a saúde ao longo dos anos de 2019 a 2020, todos os 
indivíduos questionavam sobre uma segunda onda de surgimento da Covid-19. Seria o 
transtorno mental secundário ao isolamento social e ao stress, pelo possível temor da 
morte de pessoas queridas, pela perda na renda econômica, pela ausência de perspectiva 
de oportunidade de trabalho em decorrência no atraso das atividades curriculares na 
universidade, e esses foram um dos principais fatores desencadeadores para o a frequência 
de administração de medicamentos para ansiedade e transtornos da depressão por mais de 
duas vezes, sendo preocupante nas questões de futuras dependências (OPAS, 2020). 
Para 8% demostrou na pesquisa que a administração foi de quatro a seis vezes, e 
4% mais de seis vezes, o que nos leva a pensar que esses acadêmicos já faziam uso desses 
medicamentos muito antes da pandemia do Covid-19. 
A preocupação com a saúde mental da população eleva no decorrer de uma crise 
complicada de saúde no âmbito social, como é o caso do surgimento do novo coronavírus, 
54%34%
8%
4%
somente uma vez
de duas a três vezes
de quatro a seis vezes
mais de seis vezes
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porém vale ressaltar que em estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz apontou que 
mais de 9% da população universitária que utiliza medicamentos antidepressivos 
frequentemente durante a pandemia, já faziam antes mesmo dessa crise desencadear, 
levando em consideração outros problemas sociais, econômicos e de saúde (FIOCRUZ, 
2020). 
O gráfico 05, trouxe o questionamento de quais motivos levaram ao uso de 
ansiolíticos pela comunidade acadêmica durante a pandemia do Covid-19. Observou-se 
que a maioria desses estudantes apresentava o medo de contrair o vírus sendo estabelecido 
um índice de 30% das respostas, o que vem confirmar a World Health Organization– 
WHO (2020) em seus estudos apresentou que devido a grande propagação do vírus e o 
medo de contraí-lo tem causado problemas de saúde mental em mais de 17% da 
população do Brasil (empresários, universitários, trabalhadores formais e informais), o 
que os levaram ainda mais ao consumo excessivo de antidepressivo e ansiolítico sem as 
devidas orientações de um profissional adequado de saúde. 
 
Gráfico 05 - Quais motivos o levaram ao uso de ansiolíticos durante a pandemia? 
 
Fonte: Autor (2022). 
 
Essa pesquisa também ressaltou que 29% desse público-alvo chegaram a fazer uso 
de algum ansiolítico em decorrência da ansiedade. O acompanhamento da situação em 
uma relação global e a elevação dos casos designados positivos para COVID-19 parecem 
ter ocasionado níveis de depressão, ansiedade e estresse entre os acadêmicos 
universitários, sabendo mesmo que este não seria um grupo de elevado risco em níveis de 
letalidade. Nesse sentido, essa comunidade buscou a usar mais medicamentos que 
27%
29%
30%
14%
isolamento social
ansiedade
medo de contrair o vírus
falta de informação
sobre a doença
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amenizasse esse problema de saúde mental, que devidamente em alguns casos são 
administrados de forma irracional ou sem prescrição de uma profissional de saúde 
(WEISS; MURDOCH, 2020). 
Outra consequência para o uso de ansiolíticos foi o isolamento social instituído 
como protocolo de prevenção pela Organização Mundial de Saúde e tendo como respostas 
um índice de 27% dos alunos entrevistados. 
O isolamento social pode originar o avanço de problemas de quadros mentais, 
consequentemente em populações com elevado grau de atividade diária. as percepções 
distorcidas, o medo do incerto, pode motivar algumas relações comportamentais sociais 
negativas e o aumento do número de preocupações a atenções com saúde mental. Alguns 
previstos riscos envolvem o uso de mecanismos que levam a fuga dessa atual 
problemática, como o uso de ansiolíticos e medicamentos que possam amenizar essa 
ociosidade durante o distanciamento social. (ALCANTARA, 2020). 
Por fim, 14% discorreram que a falta de informação foi uma das principais 
consequências no uso desses medicamentos, o que leva Zhoy (2020) a apontar que, a 
pesar dos estudantes universitários sempre estarem buscando conhecimento sobre 
assuntos da atualidade, há ainda a preocupação com notícias incertas, falsas e 
desinformação cientificamente correta para sanar essas dúvidas. 
O gráfico 06 considerou os tipos de ansiolíticos e antidepressivos mais utilizados 
pelos acadêmicos durante a pandemia do Covid-19. Os resultados apontaram que a 
maioria deles com 54% das respostas utilizaram o diazepan, podendo ser o medicamento 
mais conhecido por todos e mais acessível nas farmácias, seguindo do clonazepan que 
apresentou dados de uso em 33% dos entrevistados. Destes, também foi ressaltado 7% 
que usam lorazepan, 3% midazolan e os demais 3% administram outros medicamentos 
das classes dos ansiolíticos e antidepressivos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Gráfico 06 – Qual foi o tipo de ansiolítico e antidepressivo mais utilizado? 
 
Fonte: Autor (2022). 
 
Diante desse contexto vale ressaltar que esses medicamentos (diazepam, 
clonazepan, lorazepan e midazolam) fazem parte da classificação dos 
benzodiazepínicos que são considerados fármacos ansiolíticos e hipnóticos bastante 
usados na prática clínica em relação a saúde mental. Consequentemente são prescritos 
no devido tratamento de situações agudas de transtorno de humor, ansiedade, crises 
convulsivas, depressão e outras relacionadas condições ao sistema nervoso central, 
sendo estes uns dos principais agravos acometidos durante a crise no novo coronavirus 
(FONTES; NERI, 2020). 
Segundo Alcantara (2020), atualmente, os usuários de benzodiazepina 
apresentaram elevada probabilidade de surgimento de histórico de doença cardíaca 
isquêmica, de hipertensão, insuficiência respiratória, AVC - Acidente Vascular 
Cerebral, diabetes, hiperlipidemia, câncer e doenças renais, sendo essas comorbidades 
uma das principais causas do agravamento e complicações em decorrência da Covid-19. 
O gráfico 07 levantou o questionamento sobre alguns efeitos adversos advindos 
da utilização desses medicamentos. A maior parte dos universitários discorreu que sim, 
representando uma probabilidade de 57%, seguindo de 43% dizendo que não sentiram 
nenhuma reação. Vale ressaltar que essas ações no organismo dependem de diversos 
fatores, como a situação do sistema imunológico, presença de comorbidades, e hábitos de 
vida saudável. 
 
 
54%
33%
7%
3% 3%
diazepan
clonazepan
lorazepan
midazolan
outros
https://pebmed.com.br/crises-convulsivas-qual-e-a-melhor-abordagem-terapeutica/
https://pebmed.com.br/crises-convulsivas-qual-e-a-melhor-abordagem-terapeutica/
https://pebmed.com.br/hipertensao-arterial-sistemica-revisao-clinica-pebmed/
https://pebmed.com.br/insuficiencia-cardiaca-revisao-clinica-pebmed/
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Gráfico 07 - Apresentou efeitos adversos durante o uso desse (s) medicamento(s)? 
 
Fonte: Autor (2022). 
 
Segundo estudos realizados pela Universidade de Uberlândia-MG, a utilização em 
longo prazo de ansiolíticos e antidepressivos durante a pandemia do Covid-19 tem 
apresentado efeitos opostos a finalidade inicial. Ou seja, um quadro de piora na reação e 
elevada vulnerabilidade do paciente (WEISS, MURDOCH, 2020). 
O Gráfico 08 vem apontar a prevalência dos tipos de efeitos colaterais em 
decorrência de pessoas usuárias dos ansiolíticos e antidepressivos. Os resultados 
apontaram que a maioria dos entrevistados respondeu que a cefaleia (dor de cabeça) 
apresentou como reação adversa após a utilização da medicação totalizando uma 
estatística de 40% das respostas dos participantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
57%
43%
Sim
Não
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Gráfico 08 – Se sim, quais? 
 
Fonte: Autor (2022). 
 
Em pesquisa apontada no ano de 2019 pela Secretaria de Saúde do estado de São 
Paulo ainda com a pandemia não alastrada pelo Brasil apontou que 43% dos jovens 
estudantes de universidades particulares que utilizam os medicamentos controlados vem 
apresentando dor de cabeça assim na medida em que os efeitos da medicação vão 
finalizando, trazendo principalmente desconforto e insegurança para uma melhor 
qualidade de vida (LIMA, 2020). 
Já 15% desses entrevistados discorreu que a tontura foi o principal efeito 
colateral apresentado o que se estima que poderá ser em consequência da associação 
com outras substâncias ilícitas como é o caso das drogas e álcool, muito comum entre 
esse público-alvo. 
Dentre os questionados, 13% responderam ter apresentado náusea (enjoo) no 
consumo de ansiolíticos e antidepressivos. 
Segundo Alcantara (2020) uma das principais reações adversas surgidas com a 
ingestão de medicamentos psicotrópicos durante a pandemia é a sensação de 
desconforto no sistema gastrointestinal o que muitas pessoas conhecem como “enjoo”, 
levando em consideração que a mistura desses medicamentos associados com outros 
fármacos pode causar interações medicamentosas originando assim, essas 
desconfortáveis reações. 
14% dos entrevistados respondeu que a Fadiga resultou como reações adversas, 
sendo ocasionada pela a ocorrência de uma má alimentação durante a administração 
dessas drogas farmacológicas. 
40%
15%
13%
12%
5% 7%
8% cefaléia
tontura
nauseafadiga
dor abdominal
alucinações
não sentiu
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5% ressaltaram sentir uma dor abdominal e 7 % reações de alucinações levando em 
consideração os medicamentos com efeitos sedativos e controlados. 
Já 8% não apresentou nenhum efeito colateral, tornando-se um fator positivo 
pela ausência desse problema, mais preocupante pela relação de que se esse indivíduo 
não apresenta reação adversa continuará a utilizar de forma constante, o que poderá ser 
um dos principais causadores da dependência medicamentosa. 
O gráfico 09 levantou a discussão se alguns desses participantes da pesquisa já 
conversaram ou procuraram orientações advindas de um profissional farmacêutico 
durante a pandemia. Apresentando uma porcentagem de 45%, os universitários que 
responderam quase sempre, o que nos leva a fundamentar que a orientação desse 
profissional de saúde é de extrema importância para que esses usuários possam conhecer 
a medicação, suas indicações e seus possíveis efeitos adversos. 
 
Gráfico 09 - Procurou assistência farmacêutica durante a pandemia para orientações do uso desses 
medicamentos? 
 
Fonte: Autor (2022). 
 
Já uma quantidade significante de acadêmicos, totalizando 30% responderam 
que sempre procuraram um profissional de farmácia, o que se torna uma relação positiva 
do quanto a população esta sendo mais presente para adquirir informações e orientações 
durante um período de crise de saúde pública. A pesquisa também relacionou 25% dos 
entrevistados que ressaltaram que nunca buscaram uma atenção farmacêutica para saber 
sobre o uso correto desses medicamentos 
Segundo Oliveira (2013), o profissional farmacêutico torna-se indispensável na 
assistência farmacêutica aos pacientes, pois, tem o papel de orientação de como os 
30%
45%
25%
sempre
quase sempre
nunca
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medicamentos (estimulantes suais) são administrados, suas reações adversas e seus 
efeitos psicológicos. 
O gráfico 10 sendo o último questionamento da pesquisa argumentou sobre se 
os entrevistados que utilizam o medicamento com frequência já tentaram para de usar 
durante a pandemia. Dos universitários questionados, 65% disseram que sim. Esse ponto 
torna-se positivo, pois quando tenta interromper uma medicação com a devida 
orientação médica, o organismo começa a manter respostas de adaptação, o que vai se 
desprendendo ainda mais dessa dependência, 
 
Gráfico 10 - Tentou parar de utilizar os ansiolíticos ainda na pandemia 
 
Fonte: Autor (2022). 
 
Uma boa parte (35%) desses acadêmicos discorreu que não tentaram parar a 
medicação, o que nos leva a pensar que já causou uma dependência no organismo desse 
estudante, ou nunca sentiu nenhuma reação adversa. 
Outro problema provocado pelo uso dos estimulantes é o risco de dependência 
psicológica quando usado com frequência e quando não se tenta interrompe-lo. Segundo 
o médico MURTA (2018, p. 02) “O paciente acaba achando que só vai conseguir conter 
os transtornos de ansiedade, quando se faz o uso de forma constante desses 
medicamentos”. Ele pode conviver sim com o fármaco, basta procurar uma orientação 
medica ou farmacêutica e fazer o uso correto. 
 
 
 
65%
35%
Sim
Não
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5 CONCLUSÃO 
No âmbito acadêmico, há um elevado número de estudantes que fazem uso desses 
medicamentos. Em um contexto atual da pandemia do Covid-19, esse índice aumentou 
ainda mais, devido a interrupção das aulas, possibilitando o isolamento social, ociosidade, 
dificuldades com as aulas remotas e incertezas do quando iria durar essa problemática de 
saúde pública. 
Diante desse contexto a pesquisa apontou a utilização desses ansiolíticos e 
antidepressivos por acadêmicos na cidade de Imperatriz-MA. Os dados apontaram que 
durante a pandemia a maioria dos acadêmicos já utilizou esse tipo de medicamento em 
pelo ao menos uma vez e que o isolamento social foi uma das principais consequências. 
Observou-se que dentre as classificações mais administradas o diazepan e o clonazepan 
foram apresentados e que efeitos colaterais foram identificados como a cefaleia e a 
tontura. 
Foi apontada também a procura de uma assistência farmacêutica para o uso devido 
desses fármacos, o que obteve como resposta que quase sempre esses universitários 
procuram um profissional farmacêutico para as devidas orientações farmacológicas, e que 
dentre os usuários quase toda a comunidade universitária entrevistada já tentou parar de 
usar esses fármacos. 
Considera-se o final desse estudo, a importância de conscientização e orientação 
por parte de uma equipe multidisciplinar, destacando o profissional farmacêutico, que tem 
papel importante na promoção de saúde em relação aos riscos, boas práticas no uso do 
medicamento e prevenção de agravos em pacientes que fazem uso do fármaco de maneira 
abusiva e desnecessária, podendo esta temática vir a contribuir com futuros estudos e 
colaborara com outros acadêmicos universitários, comunidade em geral e dar 
continuidade para possíveis estudos como dissertações e teses de mestrado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.6, p. 44222-44244, jun.,2022 
 
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Brazilian Journal of Development 
ISSN: 2525-8761 
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