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introdução a micro e macro drenagem

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SISTEMAS DE DRENAGEM URBANA
Introdução a Micro e a Macro-Drenagem
Ricardo de Aragão
2020-2
Universidade Federal de Campina Grande - UFCG
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais- CTRN
Unidade Acadêmica de Engenharia Civil - UAEC
2
INTRODUÇÃO A MICRO/MACRO
DRENAGEM
 Saneamento Básico: é um serviço público que
compreende os sistemas de abastecimento
d'água, de esgotos sanitários, de drenagem de
águas pluviais e de coleta de lixo.
 São serviços essenciais e, se regularmente bem
executados, elevarão o nível de saúde da
população beneficiada, gerando maior
expectativa de vida e conseqüentemente, maior
produtividade
3
INTRODUÇÃO A MICRO/MACRO
DRENAGEM
 As água servidas deverão ser tratadas antes de serem
conduzidas para um corpo hídrico. O tratamento é
efetuado em ETEs.
 Posteriormente, as águas serão destinadas para corpos
hídricos próximos a ETE. Quanto este processo não é
cumprido a contento, diversos transtornos poderão ser
esperados!!
 Assim, como as água servidas, as águas provenientes
de escoamento superficial, em geral vazões sazonais de
origem pluvial, também deverão ser drenadas para
corpos de água receptores de maiores dimensões tais
como córregos, rios, lagos, a fim de evitar transtornos
e acidentes.
4
INTRODUÇÃO A MICRO/MACRO
DRENAGEM
 Este conjunto de condutos artificiais de esgotamento,
denominados de sistemas de drenagem pluvial ou
sistema de esgotos pluviais é fundamental para
preservação da estrutura física da comunidade, pela
redução ou controle dos efeitos adversos provocados
pela presença incontrolada dessas vazões
5
INTRODUÇÃO A MICRO/MACRO
DRENAGEM
Classificação
 Os sistemas de drenagem urbana são
classificados de acordo com suas dimensões em
sistemas de microdrenagem e sistemas de
macrodrenagem ou drenagem principal.
6
INTRODUÇÃO A MICRO/MACRO
DRENAGEM
Sistemas de Microdrenagem
 Os sistemas de microdrenagem incluem a coleta e
afastamento das águas superficiais ou subterrâneas
através de pequenas e médias galerias, fazendo ainda
parte do sistema todos os componentes do projeto para
que tal ocorra.
 Tradicionalmente são obras em cujo projeto são
adotadas vazões produzidas por eventos hidrológicos
com 2, 5 e, no máximo, 10 anos de período de retorno.
São calculados para que funcionem a partir de pré-
determinados limites.
7
INTRODUÇÃO A MICRO/MACRO
DRENAGEM
Sistemas de Microdrenagem
 As áreas envolvidas, na sua maioria com menos de um
quilômetro quadrado ou cem hectares, são trechos de
ruas, quarteirões, etc, e as unidades mais comuns são
metro quadrado (m2) e hectares (ha).
 Seu traçado é função da arquitetura urbana, ou seja, a
malha resultante de seus condutos depende do
projetista e da disposição dos arruamentos.
 Sendo assim, as vazões são conduzidas de acordo com
as ruas da área de projeto, obedecendo ao alinhamento
arquitetônico das fachadas dos quarteirões, criando-se
mini-cursos artificiais.
8
INTRODUÇÃO A MICRO/MACRO
DRENAGEM
Sistemas de Macrodrenagem
 Destina-se ao escoamento final das águas escoadas
superficialmente, inclusive as captadas pelas estruturas
de microdrenagem;
 São compostos dos seguintes itens: sistema de
microdrenagem, galerias de grande porte, canais e rios
canalizados (Gois, 1998);
 Sendo assim, a macrodrenagem compreende a rede de
drenagem natural, existente antes da ocupação;
 São obras de retificação ou de embutimento dos corpos
aquático, são de grande vulto, dimensionadas para
grande vazões e com maiores velocidades de
escoamento.
9
INTRODUÇÃO A MICRO/MACRO
DRENAGEM
Sistemas de Macrodrenagem
 O crescimento da urbanização levou ao crescimento da
impermeabilização e, por consequência, um aumento
no volume escoado e que deverá ser drenado;
 As obras de macrodrenagem retificam os cursos de
água natural e reduzem o percurso a ser vencido pelo
escoamento superficial;
 O traçado da macrodrenagem obedece ao
caminhamento natural dos corpos aquáticos;
10
INTRODUÇÃO A MICRO/MACRO
DRENAGEM
Sistemas de Macrodrenagem
 As área envolvidas são, na maioria, maiores que 3 km2
(grandes bairros, bacias hidrográficas);
 As vazões de projeto são oriunda de eventos com 20,
50 ou 100 anos de período de retorno.
11
INTRODUÇÃO A MICRO/MACRO
DRENAGEM
 Generalidades sobre os sistemas de drenagem urbana
 Os sistemas de drenagem urbana deverão ser
planejados concomitantemente aos planejamento
urbano, sob pena de se construir um sistema de alto
custo e deficiente, ou seja, os planos de urbanizãção
deverão prever um projeto de drenagem urbana;
12
INTRODUÇÃO A MICRO/MACRO
DRENAGEM
 Generalidades sobre os sistemas de drenagem urbana
 EM GERAL, NAS ÁREA URBANIZADAS, O MAU
FUNCIONAMENTO DOS SISTEMAS DE DRENAGEM
URBANA É A PRINCIPAL CAUSA DE INUNDAÇÕES.
 “AS ENCHENTES URBANAS SÃO PROBLEMAS CRÓNICOS
NO BRASIL, DEVIDO, PRINCIPALMENTE, A GERÊNCIA
INADEQUADA DO PLANEJAMENTO DA DRENAGEM E A
FILOSOFIA ERRÔNEA DOS PROJETO DE ENGENHARIA”
(Tucci et al., 1995)
 A GESTÃO DEFICIENTE É RESULTADO DA FALTA DE
MECANISMOS, LEGAIS E ADMINISTRATIVOS , DE
CONTROLE DA AMPLIAÇÃO DAS CHEIAS DEVIDO A
URBANIZAÇÃO (Tucci et al., 1995).
13
FUNDAMENTOS DE SISTEMAS DE 
DRENAGEM URBANA
Um sistema de drenagem urbana fundamenta-se nos
seguintes itens: planos, projetos, obras, legislação e
medida. Estas ultimas compreendem :
As legislações e medidas compreendem:
A) Códigos, leis e regulamentos sobre as edificações, 
zoneamento, parcelamento e loteamento do solo;
B) Fiscalização da administração pública nas áreas urbanizadas e 
edificadas e planos de urbanização;
C)Zoneamento com delimitações clara das áreas frequentemente 
inundadas;
D) Fixação de cotas aquém das quais a ocupação é 
desaconselhada ou mesmo vedada;
E) Restrição de acesso às áreas sujeitas a inundações
14
FUNDAMENTOS DE SISTEMAS DE 
DRENAGEM URBANA
F)Impedimentos a expansão nas áreas inundadas de serviços 
públicos, como água, esgotos, iluminação pública
G)Fixação de incentivos fiscais para que os terrenos inundáveis 
permaneçam ociosos
H)Obras de controle, amortecimento ou retardamento de cheias
I)Planos de emergência contra inundações, compreendendo 
diques de sacos de areia, esquemas de evacuação da população, 
entre outros.
15
FUNDAMENTOS DE SISTEMAS DE 
DRENAGEM URBANA
VANTAGENS DO PLANEJAMENTO DA DRENAGEM URBANA:
1. Obtenção simultânea de reduzidos custos e excelentes 
resultados;
2. Quanto mais cedo as questões da drenagem forem 
examinadas, melhores resultados poderão ser obtidos do plano 
urbanístico;
3. *Caso o sistema seja estudado a posteriori ou se for 
projetado considerando objetivos de curto prazo, as 
repercussões para a comunidade serão sempre negativas;
4. Ao se coletar dados e informações para o planejamento de um 
sistema de drenagem previamente as necessidade emergentes, 
evita-se a execução de levantamentos desnecessários ou de 
menor importância
16
FUNDAMENTOS DE SISTEMAS DE 
DRENAGEM URBANA
Planejamento de um sistema de drenagem:
Um plano de drenagem urbana é muito importante para a
administração pública, para os empresários e para a comunidade
em geral. Ele possibilita a todos os conhecimentos das obras que
serão executadas, dos respectivos prazos e, portanto, do
potencial de uso do solo urbano, em suas várias regiões;
Não se deve basear exclusivamente em projetos hidráulicos, mas
também em critérios ambientais, sociais, e econômicos. Outros
planos como os relativos ao zoneamento, ao sistema viário, às
áreas verdes, etc, deverão ser coerentes com o plano diretor;
Um plano diretor de drenagem urbana que seja homogêneo traz
melhores resultados do que projetos de drenagem isolados.
17
FUNDAMENTOS DE SISTEMAS DE 
DRENAGEM URBANA
Planejamento de um sistema de drenagem:
A drenagem urbana moderna deve ter os seguintes
princípios (Tucci e Genz, 1995) :
• Não transferir impactos para jusante ; 
• Não ampliar cheias naturais ; 
• Propor medidas de controle para o conjunto da bacia ; 
• Legislação e Planos de Drenagem para controle e 
orientação ; 
• Constante atualização de planejamentopor estudo de 
horizontes de expansão ; 
18
FUNDAMENTOS DE SISTEMAS DE 
DRENAGEM URBANA
Planejamento de um sistema de drenagem:
A drenagem urbana moderna deve ter os seguintes 
princípios (Tucci e Genz, 1995) : 
•
• Controle permanente do uso do solo e áreas de risco ; 
• Competência técnico-admnistrativa dos órgãos públicos 
gestores; 
• Educação ambiental qualificada para o poder público, 
população e meio técnico.
19
FUNDAMENTOS DE SISTEMAS DE 
DRENAGEM URBANA
Na verdade, há a proposição de mudança de paradigma da
gestão da drenagem urbana de um enfoque sanitário-
higienista (do livrar-se das águas pluviais o mais rápido
possível), para um enfoque ambiental (re-equilíbrio do ciclo
hidrológico para mais perto do natural), que segue os
princípios acima, destacando-se o controle na fonte. Para
isso é necessária uma verdadeira integração entre todos os
chamados setores da água.
20
FUNDAMENTOS DE SISTEMAS DE 
DRENAGEM URBANA
Planejamento de um sistema de drenagem:
Para Tucci (2002) citado por Silveira (2002) esta integração
está vinculada ao reconhecimento de que as seguintes
inter-relações devem ser efetivamente consideradas no
planejamento urbano :
• o abastecimento de água é realizado à partir de
mananciais que podem ser contaminados pelo esgoto
cloacal, pluvial ou por depósitos de resíduos sólidos;
• a solução do controle da drenagem urbana depende da
existência de rede de esgoto cloacal e suas características;
• a limpeza das ruas, a coleta e disposição de resíduos
sólidos interfere na quantidade e na qualidade da água dos
pluviais.
21
FUNDAMENTOS DE SISTEMAS DE 
DRENAGEM URBANA
Planejamento de um sistema de drenagem:
O enfoque sanitário-higienista que setorizou
demasiadamente a drenagem pluvial influenciou até a
estrutura institucional municipal. Hoje, os municípios
apresentam uma capacidade institucional limitada para
enfrentar problemas tão complexos e interdisciplinares.
• toda água circulante deve ir rapidamente para o esgoto,
evitando insalubridades e desconfortos, nas casas e nas
ruas
22
Silveira (2002)
23
Sarjeta
Galeria
Boca de lobo
Poço de visita
Rua
Fonte: Moraes, A.P. PROCEDIMENTOS TÉCNICOS DE DIMENSIONAMENTO DA MICRODRENAGEM DO 
MUNICÍPIO DE SANTO ANDRÉ. XIX Exposição de Experiências Municipais em Saneamento De 24 a 29 de maio de 
2015 – Poços de Caldas - MG.
20/08/2021
SISTEMAS DE MICRODRENAGEM 
Elementos que compoem um sistema de 
micro-drenagem urbana
24
Elementos que compoem um sistema de 
micro-drenagem urbana
MEIO-FIO: São constituídos de blocos de concreto ou de pedra,
situados entre a via pública e o passeio, com sua face superior nivelada
com o passeio, formando uma faixa paralela ao eixo da via pública.
SARJETAS: São as faixas formadas pelo limite da via pública com os
meio-fios, formando uma calha que coleta as águas pluviais oriundas da
rua.
Dimensões de 
um conjunto 
de guia e 
sarjeta
25
Guia (Meio Fio)
(Wilken, 1978;CETESB, 1986;Fendrich, 1998, Medeiros Filho, 2004)
 É a peça de granito ou de concreto pré-moldado, destinada a
separar a faixa de pavimentação da faixa de passeio, limitando a
sarjeta longitudinalmente. Sua função é definir os limites do
passeio e do leito carroçável;
 Há vários tipos de tamanhos de guias. As mais usadas são os
padrões tipo 75 e 100. A gua 100 é maior que a 75, possibilitando
formar uma calha de maior capacidade hidráulica
26
FUNDAMENTOS DE UM SISTEMA DE 
DRENAGEM URBANA
Elementos que compõem um sistema de microdrenagem 
SARJETÕES: São formados pela própria pavimentação nos
cruzamentos das vias públicas, formando calhas que servem para
orientar o fluxo das águas que escoam pelas sarjetas.
27
FUNDAMENTOS DE UM SISTEMA DE 
DRENAGEM URBANA
Elementos que compõem um sistema de microdrenagem 
MEIO-FIO: São constituídos de blocos de concreto ou de pedra,
situados entre a via pública e o passeio, com sua face superior nivelada
com o passeio, formando uma faixa paralela ao eixo da via pública.
SARJETAS: São as faixas formadas pelo limite da via pública com os
meio-fios, formando uma calha que coleta as águas pluviais oriundas da
rua.
SARJETÕES: São formados pela própria pavimentação nos
cruzamentos das vias públicas, formando calhas que servem para
orientar o fluxo das águas que escoam pelas sarjetas.
BOCAS-DE-LOBO: São dispositivos de captação das águas das
sarjetas.
POÇOS DE VISITA: São dispositivos colocados em pontos
convenientes do sistema, para permitir sua manutenção.
GALERIAS. São as canalizações públicas destinadas a escoar as águas
pluviais oriundas das ligações privadas e das bocas-de-lobo.
CONDUTOS FORÇADOS E ESTAÇÕES DE BOMBEAMENTO: Quando
não há condições de escoamento por gravidade para a retirada da água
de um canal de drenagem para um outro, recorre-se aos condutos
forçados e às estações de bombeamento.
28
FUNDAMENTOS DE UM SISTEMA DE 
DRENAGEM URBANA
Elementos que compõem um sistema de microdrenagem 
BOCAS-DE-LOBO: São dispositivos de captação das águas das
sarjetas.
29
FUNDAMENTOS DE UM SISTEMA DE 
DRENAGEM URBANA
Elementos que compõem um sistema de microdrenagem 
POÇOS DE VISITA: São dispositivos colocados em pontos
convenientes do sistema, para permitir sua manutenção.
GALERIAS. São as canalizações públicas destinadas a escoar as 
águas pluviais oriundas das ligações privadas e das bocas-de-lobo.
CONDUTOS FORÇADOS E ESTAÇÕES DE BOMBEAMENTO:
Quando não há condições de escoamento por gravidade para a 
retirada da água de um canal de drenagem para um outro, recorre-se 
aos condutos forçados e às estações de bombeamento.
30
A função das Ruas (CETESB, 1986)
1. As ruas servem a um importante e necessário fim de
drenagem, embora sua função primordial seja a de
permitir o tráfego de veículos e de pedestres;
2. O escoamento das águas pluviais ao longo das
sarjetas, é necessário para conduzi-las até as bocas
de lobo que, por sua vez, as captam para as galerias.
Um bom planejamento do sistema viário pode reduzir
substancialmente o custo do sistema de drenagem, e
até dispensar a necessidade de galerias de águas
pluviais;
3. Um bom projeto de drenagem proporciona benefícios
diretos ao tráfego e menores custos de manutenção
das ruas;
31
Classificação das vias públicas (CETESB, 
1986, Fendrich, 1998)
1. Rua secundária: é aquela destinada ao tráfego local 
de uma área, e é geralmente caracterizada por 2 
faixas de trânsito, com estacionamento permitido ao 
longo do meio fio;
2. Rua principal: a função da rua principal é coletar e
distribuir o tráfego, proveniente de vias de maior
movimento para as secundárias. Pode ter duas a
quatro faixas de trânsito, e o estacionamento, junto
ao meio fio, poderá ser permitido ou não. O trânsito
das ruas principais tem preferência sobre o das ruas
secundária;
32
Classificação das vias públicas (CETESB, 
1986, Fendrich, 1998)
• As avenidas: devem permitir um movimento de
trânsito rápido e relativamente desimpedido através
de uma cidade. Podem ter de quatro a seis faixas e o
estacionamento junto ao meio fio, em geral, não é
permitido;
• Via expressa:devem permitir um movimento de
tráfego rápido e desimpedido, através ou em torno
de uma cidade. O acesso a via expressa é parcial ou
totalmente controlado. Poderá ter até oito faixas de
tráfego, e o estacionamento não é permitido.
33
Características principais
Tipo Secundária Principal Avenida Expressa
função tráfego local coletar e
distribuir o
tráfego
trânsito rápido
e desimpedido
através da
cidade
limitação de
fluxos no
perímetro
urbano
faixas de
trânsito
duas duas a quatro quatro a seis
faixas
quatro a seis
faixas
estacionamento sim nem sempre não é
permitido
acostamento
sinalizado
sinalização placas placas e
semáforos
placas e
semáforos
placas
velocidade
máxima
30 a 40
Km/h
40 a 60 Km/h 60 Km/h 80 Km/h
inundação
máxima
até a crista
da rua
preservar uma
faixa de
trânsito
preservar uma
faixa de
trânsito em
cada direção
nenhuma ou
somente na
largura da
sarjeta
34
Interferência entre a drenagem das ruas 
e o tráfego
As interferências poderãoocorrer quando existe água nas ruas 
resultante dos seguintes fatos:
• Escoamento superficial, transversal ao pavimento e em 
direção às sarjetas, decorrente da chuva que incide 
diretamente sobre o pavimento;
• Escoamento adjacente à guia, pelas sarjetas, podendo invadir 
uma parte da pista;
• Poças de água em depressões;
• Escoamento transversal à pista proveniente de fontes 
externas (distintas da água de chuva caindo diretamente 
sobre o pavimento);
• Espirro de água sobre os pedestres.
35
Dimensionamento-Largura
1. A largura das vias públicas pode ser dimensionada em função 
da faixa elementar, de trânsito ou estacionamento, conforme 
pode ser visto na tabela a seguir (CETESB, 1986).
36
Sarjetas
37
Dimensões recomendadas das vias 
urbanas
38
39
40
1. Sugestão de gabarito 
mínimo de vias públicas 
(adaptado de Fendrich et 
al., 1998)
41
Sarjetas
1. São canais, em geral de seção transversal triangulares,
situados nas laterais das ruas, entre o leito viário e os passeios
para pedestres destinados a coletar as águas de escoamento
superficial e transportá-las até as bocas coletoras (Medeiros
Filho, 2004);
2. Limitadas verticalmente pela guia do passeio, têm seu leito em
concreto ou no mesmo material de revestimento da pista de
rolamento. Em vias públicas sem pavimentação é frequente a
utilização de paralelepípedos na confecção do leito das sajetas,
sendo neste caso, conhecidas como linhas d´água (Medeiros
Filho, 2004);
3. Uma sarjeta pode transportar determinada vazão que se traduz
numa inundação parcial da via pública. Além dos aspectos de
segurança, dirigibilidade dos veículos (acqua-planning) e
conforto dos transeuntes (espirros dágua), devem ser
considerados os aspectos relativos à inundação competa do
pavimento de rodagem e das calçadas, inclusive comprejuízos
causados às residências e ao comércio (Fendrich et al., 1998);
42
Sarjetas
1. A consideração de que a vazão máxima é atingida quando toda a
bacia contribui para a seção (tempo de concentração), leva ao
entendimento que o hidrograma atingiu a vazão de equilíbrio;
2. Esta consideração é válida para estudos de microdrenagem,
considerando-se extensões máximas tradicionais entre bocas
coletoras consecutivas são da ordem de 60 m, o seja, o
comprimento máximo contínuo das sarjetas fica em torno desse
valor, porém sem limitações para mais ou para menos (Medeiros
Filho, 2004);.
3. A sarjeta padrão, quando incorporada a uma guia, deverá ter 15 cm
de profundidade e 60 de largura, e a parte mais profunda adjacente
à guia.
(Adaptado de Medeiros Filhos, 2004)
43
Sarjetas
(CETESB, 1986).
44
45
46
Dimensões Padrão para Sarjetas
Profundidade máxima H = 15 cm
Lâmina d'água máxima maximorum y = 15 cm
Lâmina d'água máxima para evitar 
transbordamento
y0= 13 cm
Largura da grelha, da depressão ou da 
sarjeta
W = 60 cm
Declividade mínima I = 0,004 m/m
Velocidade mínima do escoamento vmin = 0,75 m/s
Velocidade máxima do escoamento
Largura da seção molhada do escoamento 
vmax = 3,50 m/s
Wo ou T = Yo x Z
47
(CETESB, 1986);
48
(CETESB, 1986);
49
Tecnicas de dimensionamento
 Método Izzard
 A capacidade teórica de descarga 
das sarjetas, pode ser computada 
usando-se a fórmula de Manning 
modificada por IZZARD,
50
Sarjetas -
Dimensionamento
ZdyIY
n
dQ
sedosubstituin
Zdydx
entao
tgZYtgxmas
dxIY
n
dQ
dxYIY
n
dQ
ou
IRh
n
V
YRhFazendo
VdxYdq
oo
2/13/5
2/13/5
2/13/2
2/13/2
1
1
1
1










que
n
I
ZYQo
ZdyIY
n
Qo
o
Yo

 
2/1
3/8
0
2/13/5
375,0
1
A expressão da vazão por um lado da rua.
Da expressão acima obtemos,
4/1
4/32/1
4/1
8/3
2/18/3
1
958,0
1
445,1 Qo
n
I
Z
Vo
n
I
Qo
Z
Yo 



















A vazão pelos dois lados da rua será
2/13/875,02 IYo
n
Z
Qo 


 Equação de Izzard
51
A vazão pelos dois lados da rua será
2/13/875,02 IYo
n
Z
Qo 


 Equação de Izzard
Q em m3/s e Yo em metros;
Considerando um lado da rua e Qo em l/s a equação toma a forma
2/13/8375 IYo
n
Z
Qo 



Onde Qo é a vazão máxima teórica transportada por uma sarjeta com 
Declividade longitudinal I e transversal 1/Z
Para sarjeta parcialmente cheia (Q<Qo), a fórmula de Izzard deverá ser 
Aplicada substituindo-se Yo por Y (Y<Yo)
52
 A determinação da velocidade de
escoamento na sarjeta (V ) é
importante, pois, além de ter limites
restritos, função do tipo de
revestimento, permite determinar o
tempo de percurso na sarjeta.
53
Porção de sarjeta (Medeiros Filho, 2004)
Quando sobre a pista de rolamento é lançado um outro tipo de
revestimento, normalmente asfalto, observa-se uma elevação
adicional ao pavimento que deverá ser contabilizado no cálculo da
sarjeta
)')(/(375,01
1
3/83/82/1
'
YYonZIQ
QQoQ


Sarjeta com seção composta
Calcula-se como se fossem duas sarjetas independentes e da soma 
desse cálculo subtrai-se a vazão correspondente a que escoaria pela 
parte da seção que é comumQ=Qa+Qb-Qaxb
54
55
56
57
8/35,03/5 )]..376.0/([ LSSxQnT Largura da água na sarjeta
58
 Deve-se observar o fato de que a equação
de Izzard para o calculo de vazão na sarjeta
é originada da equação de Manning para
escoamento em condutos livres. Contudo, a
simplificação utilizada para obter-se esta
equação em alguns casos leva a valores
menores de vazão.
 Sendo assim, deve-se dar preferência ao
emprego da equação de Manning no cálculo
da vazão nas sarjetas
59
60
• Escoamento nas sarjetas
Calçada
Largura
da
faixa
de
inundação
Calçada
.
61
A capacidade de condução da rua ou sarjeta pode ser 
calculada a partir de duas hipóteses:
1. água escoando por toda a calha da rua;
2. água escoando somente pelas sarjetas.
62
Nomograma 
de Izzard 
para o 
cálculo de 
sarjetas ou 
canais 
triangulares
63
64
65
Descarga admissivel (Medeiros Filho, 2004)
 Deve-se considerar uma certa margem de segurança na capacidade
da sarjeta, tendo em vista problemas funcionais que tanto podem
reduzir seu poder de escoamento como provocar danos materiais
com velocidades excessivas.
 Nas declividades inferiores é freqüente o fenômeno do
assoreamento e obstruções parciais através de sedimentação de
areia e recolhimento de pequenas pedras reduzindo, assim, a
capacidade de escoamento. Nas declividades maiores a limitação da
velocidade de escoamento torna-se um fator necessário para a
devida proteção aos pedestres e ao próprio pavimento.

 Essa margem de segurança é conseguida pelo emprego do "fator de
redução F", o qual pode ser obtido pela leitura da Figura IV.7. Neste
caso, quando se calcula a capacidade máxima de projeto a
expressão deduzida em IV.2.1 assuma o seguinte aspecto:
 Qadm = F.Qo = F. [0,375.I 1/2. (z/n). yo8/3].
66
67
68
Tecnicas de dimensionamento
 Método FHWA (1996)
 A Federal Highway Administration (FHWA-
EUA) apresenta uma modificação na 
fórmula de Manning para seção triangular, 
pois, o raio hidráulico na equação não 
descreve adequadamente o que se passa 
na seção, particularmente quando o topo 
da superfície das águas pluviais é maior 
que 40 vezes a altura na sarjeta. 
69
Método do FHWA
 A equação de Manning foi integrada através de 
incrementos na seção e resulta na equação:
 Sendo: 
 Q=vazão (m3/s); Sx=declividade transversal 
(m/m); SL=declividade da rua (m/m); 
T=largura da superfície livre da água na rua 
(m); n=rugosidade de Manning=0,016 
(geralmente) para pavimentos em asfalto com 
textura áspera
67,25,067,1 ..)./376.0( TSSxnQ L
70
71
Método do FHWA
 Largura da agua na seção triangular da sarjeta
 Sendo: T=largura da água na seção triangular (m); 
Q=vazão (m3/s); n=coeficiente de rugosidade de 
Manning; Sx=declividade transversal (m/m); 
SL=declividade longitudinal da rua (m/m)
 Altura de água na sarjeta Y=T.Sx
 Velocidade para o canal triangular
 V=velocidade na sarjeta (m/s)
375,05,067,1 )]..376.0/().[( LSSxnQT 
67,05,067,0 ..)./752,0( TSSxnV L
72Rasgos e Sarjetões
 Algumas vezes, na implantação das ruas surgem pontos
baixos localizados (A) que se situam próximos (mas
descontínuos) a outros pontos mais baixos (B). Uma solução
econômica é ligar esses pontos baixos através de soluções
superficiais (sem bocas de lobo e sem galerias enterradas).
Como exemplo do exposto temos os sarjetões e o rasgo;
 O sarjetão é construído, preferencialemente,
transversalmente à rua de menor fluxo de veículos. No
exemplo a seguir a rua M é principal em relação à rua P;
 Não se deve estranhar o fato de rasgos e sarjetões serem
construídos de concreto ou paralelepípedo. Seria impossível
construir esses dispositivos, que interrompem a
pavimentação, com materiais menos resistentes. Sendo
singularidades, precisam ter resistência para suportar
esforços das rodas dos veículos que passam sobre ele
73
Rasgos e Sarjetões
74
Rasgos e Sarjetões
75
Sargetão
76
77
Cruzamento de rua secundária com 
principal
(CETESB, 1986)
78
(CETESB, 1986)
79
80
(CETESB, 1986)
81
82
83
Bocas coletoras ou Boca de Lobo
 É uma estrutura hidráulica destinada a interceptar as águas
pluviais que escoam pela sarjetas para, em seguida,
encaminhá-las às canalizações subterrâneas. São também
frequentemente denominadas de bocas-de-lobo (Medeiros
Filho, 2004);
 Consiste de uma caixa de alvenaria ou premoldado de
concreto localizada sob o passeio ou sob a sarjeta. No
primeiro caso, capta as águas superficiais através da
abertura na guia denominada chapéu. No segundo caso,
capta as águas superficiais por meio de uma grelha de ferro
fundido;
84
Bocas coletoras ou Boca de Lobo
 Classificação:
 A classificação de uma boca de lobo depende de vários fatores,
dentre eles a estrutura de que é feito, a localização, o
funcionamento, dentre outro. Sendo assim, temos (Tucci, 1993;
Medeiros Filho, 2004):
 Quanto a estrutura
 Simples ou lateral
 Gradeada com barras longitudinais, transversais ou mistas;
 Combinada;
 Múltipla
 Quanto a localização ao longo das sarjetas
 Intermediárias;
 De cruzamentos
 De pontos baixos;
 Quanto ao funcionamento
 Livre;
 afogada
 Grupos principais: bocas ou ralos de guias; ralos de sarjetas
(grelhas); ralos combinados.
85
Bocas coletoras ou Boca de Lobo
 a)quanto à localização (Medeiros Filho, 2004);
- as intermediárias são aquelas que situam-se em pontos ao 
longo das sarjetas onde a capacidade destas atingem o limite 
máximo admissível;

- as de cruzamento situam-se imediatamente a montante das
seções das sarjetas, nas esquinas dos quarteirões, nascendo da
necessidade de evitar o prolongamento do escoamento pelo
leito dos cruzamentos;
 - as bocas coletoras de pontos baixos caracterizam-se por
receberem contribuições por dois lados, visto que situam-se em
pontos onde há a inversão côncava da declividade de rua, ou
seja, na confluência de duas sarjetas de um mesmo lado da rua.

b) quanto ao funcionamento (Medeiros Filho, 2004);
 - dependendo da altura da água na sarjeta e da abertura da 
boca coletora denomina-se de livre a que funciona como 
vertedor e de afogada a que funciona como orifício, sendo estas 
mais freqüentes em pontos baixos e, na maioria, com grades. 
86
87
Bocas de lobo
Combinada-abertura na guia e grade
Com grade Com abertura na guia e depressão
Tubog
88
Boca de Lobo simples ou lateral
(Medeiros Filho, 2004);
Tipos de boca de lobo
89
90
Erro de projeto ou de execução?
91
92
93
Bocas-de-Lobo
Fonte: MIRANDA, J. U. Sistema de Drenagem de Águas Pluviais. Salvador, BA. 1973
94
Bocas-de-Lobo
Fonte: MIRANDA, J. U. Sistema de Drenagem de Águas Pluviais. Salvador, BA. 1973
95
Bocas-de-Lobo intermediária
Fonte: WILKEN, P. S. Engenharia de Drenagem Superficial. São Paulo, 1978.
96
BOCA DE LOBO
97
BOCA DE LOBO
98
Boca de
lobo
Colocação recomendada
Colocação recomendadanão
No Rio de Janeiro, adota-se a distância máxima de 40
metros entre duas bocas de lobo
99
Bocas coletoras ou Boca de Lobo
(recomendação de locação)
(Fendrich, 1998;Medeiros Filho, 2004)
 a)Serão locadas em ambos os lados da rua, quando a saturação da
sarjeta o requerer ou quando forem ultrapassadas as suas capacidades
de engolimento;
 b)serão locadas nos pontos baixos das quadras;
 c)Recomenda-se adotar um espaçamento máximo de 60 m entre as
bocas de lobo, caso não seja analisada a capacidade de escoamento da
sarjeta;
 d)A melhor solução para a instalação de bocas de lobo é em pontos
pouco a montante de cada faixa de cruzamento usada pelos pedestres,
junto às esquinas;
 e)Não é conveniente a sua localização junto ao vértice de ângulo de
interseção das sarjetas de duas ruas convergentes pelos seguintes
motivos: os pedestres para cruzarem uma rua, teriam que saltar a
torrente num trecho de máxima vazão superficial; as torrentes
convergentes pelas diferentes sarjetas teriam como resultante um
escoamento de velocidade em sentido contrário ao da afluência para o
interior da boca.
100
Bocas coletoras ou Boca de Lobo
(recomendação de locação)
(Fendrich, 1998;Medeiros Filho, 2004)
 a) Quanto maior a declividade transversal da rua, melhor a
condição de esgotamento através da boca de lobo. Entretanto não
convém aumentar demasiadamente esta declividade, porque poderá
comprometer o tráfego de veículos e prejudicar a comodidade dos
pedestres;
 b) O espaçamento das bocas de lobo devem ser projetados de
modo que 90 a 95% da vazão pela sarjeta seja interceptada,
deixando a parcela restante para a boca de lobo de jusante,
contanto que a vazão excedente não seja muito alta;
 c)Para ruas com declividade suave, de até 5%, recomenda-se a
utilização de bocas de lobo simples, com ou sem depressão,
dependendo da vazão a ser captada. O uso de outros tipos depende de
considerações a respeito dos seguintes fatores: vazão de projeto,
possibilidade de obstrução, interferência com o tráfego de veículos.
 d) Em pontos baixos das sarjetas, quando há mudança de
declividade longitudinal, a boca de lobo preferencialmente deve ser
do tipo simples ou combinada
101
(Adaptado de Tucci, 1993;Fendrich, 1998)
102
Localização de boca de lobo
Calçada
Largura
da
faixa
de
inundação
Calçada
Boca de
lobo
Colocação recomendada
Colocação recomendadanão
104
Espaçamento entre pares de boca de lobo
(Adaptado de Wilken, 1978)
105
Localização da caixa de ligação
106
Particionamento de quarteirões em áreas 
contribuintes para cálculo de vazão
107
Critério de cálculo e particionamento
para determinação de áreas 
contribuintes as ruas adjacentes
(Adaptado de Wilken, 1978; Fendrich, 1998)
108
• Elaboração do Projeto
A1
A2 A3
1PV 2PV 3PV
1Q 1Q 2Q+
1V
109
Capacidade máxima da sarjeta
 Considerando a área contribuinte para a sarjeta,
como mostrado na figura a seguir, pode-se
determinar o comprimento máximo de sarjeta para
que seja atingido a profundidade Yo=13 cm
 Uma vez atingida esta altura faz-se necessária a
primeira boca de lobo
110
 Onde: 
 L1 = faixa da plataforma da rodovia que 
contribui para a sarjeta. 
 L2 = largura da projeção horizontal 
equivalente a contribuição do lote; 
 C1 = coeficiente de escoamento 
superficial da plataforma da rodovia; 
 C2 = coeficiente de escoamento 
superficial do lote
111
 Calcula-se a descarga de projeto pelo método 
racional

 Q = descarga por metro linear da rodovia (m3/s/m); 
 c = coeficiente médio de escoamento superficial 
(adimensional); 
 i = intensidade de precipitação (cm/h); 
 A - área de contribuição por metro linear da sarjeta, (m2/m);

 Coeficiente médio de escoamento superficial (c).
 Igualando-se a equação do método racional a equação de 
Manning, será obtido o comprimento crítico

112
Bocas coletoras ou Boca de Lobo
(Localização da primeira boca de lobo)
 Considerando-se que o caminho das águas de chuva seja o mais
extenso possível, a primeira boca-de-lobo do sistema deverá ser
instalada no ponto em que o escoamento pluvial ultrapasse o limite
da capacidademáxima da vazão na sarjeta. Sendo a altura máxima
da guia de 15 cm, supõe-se o valor máximo de Yo igual a 13 cm
para evitar transbordamento.
113
 A primeira boca coletora (normalmente um par de bocas, 
sendo uma em cada lado da rua) deveria ser posicionada 
imediatamente após a seção de saturação da sarjeta, ou 
seja, ao atingir Yo=13 cm. 
 Entretanto, mesmo com as equações antes citadas, o 
posicionamento da boca coletora de extremo montante da 
seqüência de conjuntos de bocas coletoras dependerá do 
bom senso do projetista, e de algumas observações sobre 
o posicionamento adequado.
114
 1)Caso os cálculos indiquem que a primeira Boca Coletora
poderia ficar um pouco a jusante do cruzamento, deve-se
projetá-la para o montante da esquina anterior (Medeiros
Filho, 2004);
 2)no caso inverso, a primeira BC resulta e pouco metros
antes do cruzamento, deve-se dividir a extensão da sarjeta
de modo que essa primeira BC situe-se em posição
intermediária em relação a fachada do quarteirão, enquanto
que a próxima da série se situaria no imediato montante da
próxima esquina (Medeiros Filho, 2004);
 3)no caso de existir saídas de edificações de uso público de
grande movimento de pessoas (escolas, por exemplo),
mesmo que a sarjeta tenha muita folga, é aconselhável a
localização da primeira BC a montante (Medeiros Filho,
2004);
115
Adaptado de Medeiros Filho, 2004)
116
Localização das bocas de lobo
117
Espaçamento entre bocas de lobo 
(DNIT, 2006)
 Para o cálculo do espaçamento entre as bocas de lobo 
pode-se utilizar a fórmula de Izzard associada à fórmula 
racional para a determinação das descargas afluentes.
 Pelo método racional, Q=2,78X10-7 A x i x C
 Q = descarga afluente à sarjeta, em m/s; 
 C = coeficiente de escoamento superficial; 
 i = intensidade de precipitação, em mm/h; 
 A = área de drenagem, em m2
 , que pode ser expressa como; 
 A = L x d, onde: 
 L = largura do implúvio, em m; 
 d = comprimento crítico da sarjeta, em m. 
118
 Igualando-se a capacidade hidráulica da 
sarjeta,com a descarga afluente 
119
Espaçamento entre bocas de lobo 
(SÃO PAULO, 2012)
 Em áreas urbanas, o critério que deve nortear o 
espaçamento entre bocas de lobo baseia-se na 
fixação de uma largura máxima de escoamento 
na sarjeta que seja compatível com o conforto 
dos pedestres. 
 A largura superficial do escoamento na sarjeta 
depende da geometria da sua seção transversal 
e da vazão. Esta última por sua vez depende da 
intensidade de chuva adotada no projeto.
120
Bocas de lobo em áreas planas 
(SAO PAULO, 2012)
 Em áreas com pequena declividade, recomenda-
se, manter o topo da rua a um nível constante, 
enquanto a declividade transversal vai variando 
de um valor mínimo de aproximadamente 1:60 
no ponto médio entre duas bocas de lobo 
consecutivas até um valor da ordem de 1:30 em 
frente à boca, de modo que a água convirja para 
a boca de ambos os lados. 
 A declividade longitudinal formada por este 
procedimento não deve ser menor que 1:250, 
uma vez que o espaçamento das bocas pode ser 
limitado por uma restrição da altura da guia.
121
Escolha do tipo de Boca de Lobo
 Deve-se analisar diversos fatores físicos 
e hidráulicos, tais como (Medeiros Filho, 2004); :
 ponto de localização;
 vazão de projeto;
 declividade transversal e longitudinal da 
sarjeta e da rua;
 interferência no tráfego;
 possibilidade de obstrução
122
Escolha do tipo de Boca de Lobo
 Boca coletora Lateral (Medeiros Filho, 2004) :
 Intermediária em sarjetas com leve 
declividade longitudinal (I=5%);
 Presença de materiais obstrutivos nas 
sarjeta;
 Vias de tráfego intenso e rápido;
 Montante dos cruzamento
123
Escolha do tipo de Boca de Lobo
 Boca coletora com grelha (Medeiros Filho, 2004) :
 Sarjetas com limitação de depressão;
 Inexistência de materiais obstrutivos;
 Em pontos intermediários em ruas com alta 
declividade longitudinal (I=10%)
124
125
Escolha do tipo de Boca de Lobo
 Boca coletora combinada (Medeiros Filho, 2004) :
 Pontos baixos de ruas;
 Pontos intermediários da sarjeta com 
declividade média entre 5 e 10%;
 Presença de detritos
126
Escolha do tipo de Boca de Lobo
 Boca coletora múltipla (Medeiros Filho, 2004) :
 Pontos baixos;
 Sarjetas com grandes vazões
127
Dimensionamento
(Wilken, 1978, Fendrich, 1998, Medeiros Filho, 2004)
 Deve-se lembrar que a boca coletora não deve ser dimensionada 
para funcionamento com sua capacidade de capitação limite igual 
a vazão de chegada, isto é, a vazão de definição de suas 
dimensões deve ser um pouco superior a vazão de projeto da 
sarjeta que a abastecerá. Neste sentido, alguns fatores devem ser 
considerados:
 Obstruções causadas por detritos carreados pela água;
 Irregularidade nos pavimentos das ruas, na sarjeta e na 
entrada da própria boca,
 Hipótese de cálculo irreais.
 Deve-se observar que as de pontos baixos devem ser 
dimensionadas com uma folga adicional, considerando a 
possibilidade de obstruções em bocas coletoras situadas à 
montante, caso existam, nas sarjetas contribuintes;
 Se sua localização for em pontos onde não houver cruzamento 
de ruas a unidade deverá captar, obrigatoriamente, 100% das 
vazões 
128
Dimensionamento
 Método Izzard
 O dimensionamento via este método é feito considerando a 
relação vazão/extensão e torna-se bastante simplificado com a 
utilização do gráfico de Izzard, que é baseado em estudos feitos 
pelo Bureau of Public Roads (EUA).
 O método foi desenvolvido para ser aplicado a problemas
relacionados a boca de lobo simples em pontos baixos das
sarjetas.
 Uma vez que a vazão de projeto a ser captada e a lâmina de água
junto a guia sejam determinadas, procura-se uma vazão por metro
linear, para uma depressão adequada, de modo que o
comprimento da abertura não seja inferior a 0,60 m e nem
superior a 1,50 m.
129
BOCA DE LOBO 
LOCALIZADA EM 
PONTOS BAIXOS -
NORMOGRAMA DE 
IZZARD
130
Método Hsiung-Li – Univ. John Hopkins (CETESB, 1986)
Boca de lobo sem depressão em pontos intermediários
131
Método Hsiung-Li – Univ. John Hopkins (CETESB, 1986)
Boca de lobo sem depressão em pontos intermediários
 Onde: :
 Q/L = Capacidade da boca-de-lobo (m3/s.m) 
calculada a partir de Izzard considerando-se g=9,81 
m/s2

 Q: vazão absorvida pela boca-de-lobo (m3/s) 
 Q0: vazão da sarjeta à montante (m3/s) 
 I: declividade longitudinal (m/m) 
 n: rugosidade da sarjeta 
 q = Q0 – Q : vazão que ultrapassa a boca-de-lobo 
(m3/s) 
132
Dimensionamento
 Observação (Medeiros Filho, 2004)
133
Dimensionamento
 Boca coletora de Pontos baixos
 Podem ser do tipo lateral, com grades, combinada ou múltipla. São
calculadas para funcionarem afogadas ou mesmo que não sejam,
poderão vir a funcionar como tal devido à situação atípicas e
imprevistas no projeto, contribuindo para isto tormentas
excessivas ou entupimentos de bocas coletoras a montante por
motivos imprevistos
134
Dimensionamento
 Boca coletora de Pontos baixos
 (Wilken, 1978; Medeiros Filho, 2004)
 onde h-altura da abertura na guia (Yo+depressão) (m), Y-altura
máxima que a água na saída da sarjeta (m), L-comprimento da
abertura (m), Q-vazão de projeto (m3/s)
 1)Para uma carga Y≤h, o funcionamento é tido como vertedor e
dimensiona-se através da expressão
 2)Para cargas Y≥2h o comprimento da entrada é de orifício e a
expressão de cálculo é
 3)Para 1<Y/h<2 o funcionamento da boca é indefinido cabendo ao
projetista avaliar o comportamento como vertedor ou como orifício
afogado
3703,1 Y
L
Q

hYh
L
Q
5,0101,3 
135
Dimensionamento
Bocas Com grades em pontos baixos 
(Wilken, 1978; Medeiros Filho, 2004)
 onde Q-vazão de projeto a ser captada (m3/s), P-perímetro
da área com abertura (m), A-área total da abertura (m2), Y-
altura máxima da água sobre a grade (m), e-espaçamento
entre barras consecutivas (máximo de 2,5 cm)
 1) para cargas de até 12 cm, grade como vertedor
 2)Para caras iguais ou superior a 42 cm, grades funcionandocomo orificio
 onde em ambos os casos deve-se tomar um coeficiente de
segurança igual a 2, ou seja, uma folga sobre a capacidade
teórica de uma vez mais.
3655,1 Y
P
Q

Y
A
Q
91,2
136
Dimensionamento
 (Wilken, 1978; Medeiros Filho, 2004)
 Se 12<Y<42 cm, a situação é dita de transição entre
vertedor e orifício ficando o projetista com a opção de
escolher e justificar a hipótese de cálculo que o mesmo julgar
mais adequada
 Os estudos da Univ. John Hopkins mostram que a capacidade
teórica de esgotamento das bocas de lobo combinada é,
aproximadamente, igual a somatória das vazões pela grelha
e pela abertura na guia considerada isoladamente
137
138
139
Dimensionamento
Bocas combinadas em pontos intermediários
 Utiliza-se 
os 
gráficos 
seguintes
140
141
142
143
144
145
Dimensionamento
 Espaçamento entre bocas coletoras consecutivas
 As bocas coletoras intermediárias são frequentes em quarteirões
com fachadas extensas, ou seja, onde os cruzamentos de ruas
consecutivos encontram-se bastante afastados um do outro.

Um critério racional é verificar a capacidade da sarjeta para,
analiticamente, determinar-se a necessidade ou não de bocas
coletoras intermediárias.
 Há autores, no entanto, que preferem limitar o espaçamento entre
dois pares consecutivos usando como critério a área da rua e outros
a distância entre eles. Recomendam, por exemplo, um par de bocas
coletoras a cada 500 m2 de rua e outros a cada 40 m de eixo.
 De um modo geral a frequência de pares de bocas coletoras ocorre a
cada 40 a 60 m de extensão de rua ou a cada 300 a 800 m2 de área
das mesmas.
146
Dimensionamento
Bocas de lobo tipo Tubog (Fendrich, 1998)
 Consiste em uma única peça feita em concreto composta de
guia, sarjeta e tubo, possuindo ainda dois furos (50 cm2
cada) que possibilitam o engolimento das águas ao longo de
toda a rua, substituindo as convencionais grelhas e
aberturas na guia.
 Segundo os fabricantes, foi comprovado no teste de
eficiência de capitação que num quarteirão de 80 m, apenas
8 peças foram suficientes para substituir uma boca de lobo
 A galeria de águas pluviais é projetada e executada na
mesma declividade da pista de rolamento da via pública. Os
diâmetros comercialmente disponíveis são de 40, 50 e 60
cm.
147
Observações 
(Wilken, 1978;CETESB, 1986;Fendrich, 1998, Medeiros Filho, 2004)
 A capacidade de esgotamento de uma boca de lobo simples é uma
função da rapidez com que se processa a mudança de direção do
escoamento na sarjeta. Esta mudança de direção é ocasionada
principalmente, pela declividade transversal da superfície da
sarjeta;
 A principal vantagem da boca de lobo simples é que as obstruções
por detritos, embora sejam inevitáveis, são menos freqüentes por
serem as aberturas maiores quando comparadas com outros tipos
de boca de lobo;
 A principal desvantagem das grelhas é a sua redução da
capacidade de esgotamento das mesmas, tornando-se muitas
vezes completamente inativas. Para aumentar a capacidade de
esgotamento das grelhas pode-se construí-las com depressão;
 A experiência demonstra que as grelhas longitudinais são mais
eficientes que as grelhas transversais por que são menos sujeitas
a obstrução do que as grelhas transversais.
148
Observações
(Wilken, 1978;CETESB, 1986;Fendrich, 1998, Medeiros Filho, 2004)
 Nas bocas de lobo simples combinadas as grelhas são, geralmente,
instaladas defronte à abertura da guia, mas também poderá ser
colocada a montante ou a jusante;
 Enquanto não houver obstrução na grelha da boca de lobo
combinada a abertura na guia pouco influi na sua capacidade.
Porém, em caso de obstrução esta abertura torna-se importante
para o funcionamento da boca de lobo;
 Quanto maior a declividade transversal da rua melhor serã a
condição de esgotamento através da boca de lobo. Porém não
convem aumentar demasiadamente esta declividade, porque
poderá ser comprometido o tráfego de veículos e prejudicada a
comodidade dos pedestres;
 Os espaçamentos das bocas de lobo devem ser projetados de
modo que 90 a 95% da vazão da serjeta seja interceptada,
deixando a parcela restante para a BL a jusante, contanto que a
vazão excedente não seja muito alta;
149
Observações
(Wilken, 1978;CETESB, 1986; Fendrich, 1998, Medeiros Filho, 2004)
 Para ruas com declividades suave, de até 5% recomenda-se
a utilização de boca de lobo simples, com ou sem
depressão, dependendo da vazão a ser captada. O uso de
outros tipos depende de considerações a respeito dos
seguintes fatores: vazão, possibilidade de obstrução das
bocas, interferência com o tráfego de veículos;
 Nos pontos baixos das sarjetas existentes, quando há
mudança de declividade longitudinal, de positiva para
negativa, a boca de lobo poderá funcionar como uma seção
de controle das águas pluviais. Nesse caso deverá ser
projetada como do tipo simples ou combinada
150
Observações
(Wilken, 1978;CETESB, 1986; Fendrich, 1998, Medeiros Filho, 2004)
 Conforme PMSP/FCTH (1999), devido a vários fatores entre
os quais as obstruções causadas por detritos,
irregularidades no pavimento das ruas junto às sarjetas e
ao alinhamento real, usa-se a tabela a seguir para estimar
as reduções nas vazões de engolimento devido as bocas de
lobo.
151
Observações
(Wilken, 1978;CETESB, 1986;Fendrich, 1998, Medeiros Filho, 2004)
simples 0,8
Ponto baixo com grelha 0,5
combinada 0,65
simples
0,8
grelha longitudinal 0,6
Ponto intermediário grelha transversal 0,50
combinada com longit. 0,50
combinada com transv. 1,1
Coeficiente de segurança para boca de lobo
152
Galerias
(Wilken, 1978;CETESB, 1986;Fendrich, 1998, Medeiros Filho, 2004)
 Denomina-se de galerias de águas pluviais todos os
condutos fechados destina dos ao transporte das águas de
escoamento superficial, originárias das precipitações
pluviais captadas pelas bocas coletoras.
 O termo galeria por si só já é designação de todo conduto
subterrâneo com diâmetro equivalente igual ou superior a
400 mm.
 Tecnicamente sistema de galerias pluviais é um conjunto de
bocas coletoras, condutos de ligação, galerias e seus órgãos
acessórios tais como poços de visita e caixas de ligação. É a
parte subterrânea de um sistema de micro-drenagem.
Partes constitutivas de um sistema 
de galerias
153
Diogo e Scimmarella (2008)
154
Diogo e Scimmarella (2008)
155
156
A sequencia lógica de implantação das obras de infraestrutura urbana
em áreas novas ou de expansão: a abertura das vias, seguida do
assentamento das redes de condução de água-com a drenagem
pluvial ocupando o eixo e as redes de abastecimento de água e de
esgotamento sanitário ocupando as laterais-passando pelos terços
médios da largura da via, sendo a rede de água pelo lado
topograficamente mais elevado e a rede de esgoto pelo lado mais
baixo, posteriormente vem a pavimentação e , por ultimo, a
urbanização das vias
CONFEA/CREA-DF (2014)
157
Galerias
(Wilken, 1978;CETESB, 1986;Fendrich, 1998, Medeiros Filho, 2004)
 Nos sistemas de micro-drenagem são adotados como
chuvas de projeto, aquelas com freqüência de 2, 5 e
10 anos, de acordo com a ocupação da área a ser
drenada. Para obras de macro-drenagem o período de
retorno é de 50 ou de 100 anos e este último é mais
conhecido como tempo de retorno de chuvas intensas.

Para projetos de galerias pluviais de micro-drenagem
os valores básicos de períodos de retorno a adotar são
os indicados na Tabela 1.
158
Galerias
Tempo de Retorno ou de Recorrência (T) em função da 
ocupação
OCUPAÇÃO DA ÁREA
T
(anos)
Residêncial 2
Comercial 5
Com edifícil de atendimento público (hospitais e 
postos de saúde, prefeitura, forúns, bancos, etc.) 5
Aeroportos 2 a 5
Áreas de grandes riscos e de intenso movimento de 
pedestres e veículos (terminais rodoviários, 
avenidas, etc.)
5 a 10
Macrodrenagem
Áreas comerciais e residenciais 50-100
Áreas de importância específica 500
20/08/2021 Sistemas de Drenagem Urbana
159
Galerias
(Wilken, 1978;CETESB, 1986;Fendrich, 1998, Medeiros Filho, 2004)
 HIPÓTESEPARA CALCULAR A GALERIA
 Escoamento em conduto livre, regime permanente e uniforme, seção
plena, ou seja, não haverá variação das variáveis hidráulicas trecho a
trecho.
 Serão empregadas:
 Eq. ContinuidadeQ=AV;
 Eq. Bernoulli
 P = pressão, N/m² 
g = peso específico, N/m 
V = velocidade do escoamento, m/s 
g = aceleração da gravidade, m/s² 
Z = altura sobre o plano de referência, m 
h12= perda de energia entre as seções em estudo, devido a turbulência, atritos, 
etc, denominada de perda de carga, m 
 A perda de carga unitária h12/L é considerada igual a declividade I de projeto
para cada trecho de galeria.
12
2
22
2
2
11
1 22
h
g
VP
Z
g
VP
Z 

160
Galerias
(Wilken, 1978;CETESB, 1986;Fendrich, 1998, Medeiros Filho, 2004)
 HIPÓTESE PARA CALCULAR A GALERIA
 Para o cálculo da velocidade, as considerações anteriores levam a
fórmula de Chezy com coeficiente de Manning, onde:
 onde n é o coeficiente de Manning e depende da rugosidade da
superfície das paredes- normalmente n=0,015 para tubos de
concreto; R=raio hidráulico=A/P.
 Forma: As seções circulares são as mais empregadas; Na ausência de
tubos pré-moldados ou para galerias com diâmetros equivalentes
superiores a 1,50m, pode-se recorrer a seções quadradas ou retangulares
(paredes de alvenaria e laje de concreto armado).
2/13/22/13/21 IR
n
A
QouIR
n
V 
16/12/1)(  nRCRICV
161
Galerias
(Wilken, 1978;CETESB, 1986;Fendrich, 1998, Medeiros Filho, 2004)
 Dimensões:
 No geral, o diâmetro mínimo para galerias é de 400 mm,
mas para projetos de baixo custo pode-se empregar o
diâmetro de 300 mm nos trechos iniciais e nas ligações;
 Diâmetros usuais, especialemente em concreto, também
chamados de diâmetro nominal (NBR8890/2003):
0,3;0,4;0,5;0,6;0,7;0,8;1,0;1,2;1,3;1,5;1,75;2,0 m;
 Na mudança de diâmetro os tubos deverão ser alinhado
pela geratriz superior, sendo a ligação efetuada com caixa
de ligação ou poço de visita;
 As dimensões são sempre crescentes para jusante não
sendo permitida a redução da secção no trecho seguinte;
162
Galerias
(Wilken, 1978;CETESB, 1986;Fendrich, 1998, Medeiros Filho, 2004)
 Dimensões:
 Desnível mínimo longitudinal deve ser de 0,10 m no
fundo da unidade de ligaçao;
 Nos condutos circulares, a capacidade máxima é
calculada pela secção plena ou vazão para lâmina
molhada máxima equivalente (+-85%); nos
retangulares recomenda-se uma folga superior mínima
de 0,10m;
163
Galerias
(Wilken, 1978;CETESB, 1986;Fendrich, 1998, Medeiros Filho, 2004)
 Velocidades:
 As condições de estabilidade da estrutura e a fluidez do
escoamento devem ser garantidas através de valores limites
mínimos e máximos para a velocidade;
 Velocidade máxima: não deve provocar erosão nas paredes dos
condutos e promover a economia dos sistemas de drenagem
urbanamenores seções hidráulicas possíveis;
 Velocidade mínima:não deverá provocar assoreamento nas
tubulações dos sistemas de drenagem urbana, principalmente
nas áreas com grandes quantidades de areia fina superficial.
 O valor de Vmax é função do material do revestimento e
Vminimo depende do tipo de sedimento que chega até a
galeria;
 Assim, Vmax=5 m/s; Vminimo=0,8 m/s;
164
Galerias
(Wilken, 1978;CETESB, 1986;Fendrich, 1998, Medeiros Filho, 2004)
 Declividade:
 A declividade média é estabelecidade de acordo com a
inclinação média do terreno ao longo do do trecho, do diâmetro
equivalendo e dos limites de velocidade;
 Na prática a declividade média varia entre 0,3% e 4%. Para
valores menores poderá ocorrer sedimentação/assoreamento
do trecho e para valores maiores poderá haver erosão;
 Para I>10% são necessárias soluções específicas para prevenir
os processos acima citados;
 Quanto maiores as dimensões transversais dos condutos,
menores serão as declividades necessárias
165
De acordo com Azevedo Neto, devem ser adotados os
seguintes valores para declividade mínima das
tubulações
166
Galerias
(Wilken, 1978;CETESB, 1986;Fendrich, 1998, Medeiros Filho, 2004)
 Recobrimento:
 Adota-se como recobrimento mínimo 1 m e máximo de 4 m para
estruturas comuns (sem armadura);
 Para recobrimentos menores ou maiores do que os citados, as
estruturas das canalizações deverão ser projetadas com
armadura;
167
Galerias
(Wilken, 1978;CETESB, 1986;Fendrich, 1998, Medeiros Filho, 2004)
 Recobrimento:
 Adota-se como recobrimento mínimo 1 m e máximo de 4 m para
estruturas comuns (sem armadura);
 Para recobrimentos menores ou maiores do que os citados, as
estruturas das canalizações deverão ser projetadas com armadura;
(Adaptado de 
Medeiros Filho, 
2004)
168
Com base na figura anterior temos
]
2
1arccos[)
1
(
])
2
1(1[*]
2
1[]
2
1arccos[
1
(
sin
1)sin(
2
1
sin
1
sin
1
2
)sin(
2
1
2/12
3/2
do
y
Po
P
do
y
do
y
do
y
Ao
A
â
â
ââ
Qo
Q
â
â
Vo
V
â
â
Ro
R
â
Po
P
ââ
Ao
A






 





 





 








Estas relações estão mostradas na figura seguinte cujas curvas poderão ser
desenhadas a partir das expressões
169
(Adaptado de Medeiros Filho, 2004)
Elementos hidráulicos de secções circulares
Condutos circulares parcialmente cheios –
Relações baseadas na equação de Manning
170
171
Diâmetros e velocidades a seção plena em função da vazão e da 
declividade do trecho
172
Diâmetros e velocidades a secção plena em função da vazão e da 
declividade do trecho
173
174
 Nos poços de visita quanda da chegada de tubos, deve-se
adotar, se possível, o critério da coincidência da geratriz
superior dos tubos
Para galerias retangulares, valerão as prescrições :
Dimensões AxB; A>B; Altura h máxima, sempre que possível, 
menor que 90% da altura total 
175
Galerias
(Wilken, 1978;CETESB, 1986;Fendrich, 1998, Medeiros Filho, 2004)
 A regra básica para a construção de uma rede pluvial é fazê-la a
mais rasa possível, pois com isso se economizam:
 A)volumes de escavação, de reposição e compactação;
 B)caros escoramentos de vala;
 C)Caros rebaixamentos de lençol freático;
 Deve-se procurar trabalhar com profundidades pequenas e baixas
declividades nos coletores, mas estas devem ser compatíveis com
as exigências de velocidade mínima;
 As vezes, em um poço de visita chegam canalizações com
diferentes profundidades, gerando degrau. Por razoes de evitar
erosão, esse degrau não deve ser superior a 1,5 m (normalmente
1 m). Se isso vier a ocorrer é melhor aprofundar a tubulação de
chegada mais alta, apesar de tudo o que foi escrito antes.
 Para reduzir os efeitos da erosão no fundo do PV é indicado fazê-lo
de paralepipedo de granito
176
Galerias 
(Wilken, 1978;CETESB, 1986;Fendrich, 1998, Medeiros Filho, 2004)
 Galeria ramal- é a galeria que conduz a
contribuição de um curso de água secundário,
ou que fica em fundo de vale secundário à bacia
de drenagem;
 Galeria tronco – é a galeria que conduz a
contribuição de água principal ou que fica
localizada no fundo do vale principal da bacia de
drenagem
177
Galerias – princípios e critérios
(Azevedo Netto, 1998)
 A duração da chuva que resulta na vazão máxima é igual ao
tempo de concentração;
 A intensidade permanece constante na duração da chuva;
 A impermeabilidade da superfície não se altera na duração da
chuva;
 O escoamento nas galerias é o de conduto livre em regime
permanente e uniforme;
 Nas seções circulares, o diâmetro mínimo é de 300 mm;
 Nas seções retangulares a dimensão mínima é de altura=0,5 m;
 As seções circulares são dimensionadas à seção plena ou y=0,95d
e as retangulares com altura livre mínima =0,10H, sendo
H=altura;
 A velocidade mínima é de 0,75 m/s e a máxima é de 5 m/s;
 A declividade econômica é igual a do terreno, mas limites de
recobrimento e profundidade devem ser fixados (recobrimento
mínimo=1 m e profundidade máxima=3,5 m);
 Os diâmetros
Parâmetros utilizados em canais e/ou seção 
circular das galerias de águas pluviais
178
Menezes Filho (2007)
179
Elementos essenciais de um sistema 
coletor pluvialGribbin (2009)
180
 Orientações sobre
instalação de
galerias
Gribbin (2009)
181
Esboço típico de um sistema de coleta de 
águas pluviais
Gribbin (2009)
182
Projeto hidráulico – áreas de drenagem delineadas afluentes às bocas-de-
lobo individuais de um típico sistema de coleta de águas pluvias
Gribbin (2009)
183
Áreas de drenagens afluentes aos trechos de tubulações 
através do sistema de coleta de águas pluviais
Gribbin (2009)
184
Áreas de drenagens afluentes aos trechos de tubulações 
através do sistema de coleta de águas pluviais
Gribbin (2009)
185
Dois percursos hidráulicos possíveis para o 
cálculo de Qp para o trecho 2-3
Gribbin (2009)
186
Três possíveis percursos hidráulicos para calcular 
Qp para o trecho 3-5
Gribbin (2009)
187
Sujestão para o traçado de galerias
188
189
• Elaboração do Projeto
A1
A2 A3
1PV 2PV 3PV
1Q 1Q 2Q+
1V
190
1
2
3
4
tc = 10
tc = 12
tc = 13
tc = 16
tc = 16 tc = 15
tc = 13
tc = 12
QA
QB
191
TRAÇADO DA REDE DE 
MICRODRENAGEM
192
Exemplo de traçado de 
galeria de acordo com 
a topografia
193
Exemplo de traçado 
de galeria
(CETESB, 1986)
Gabarito de ruas e avenidas
194
Traçado das galerias 
e particionamento 
das quadras para 
cálculo da área de 
contribuição
(CETESB, 1986)
195
Localização das 
bocas de lobo
(CETESB, 1986)
196
Vazões nas galerias 
e sobre os 
pavimentos
(CETESB, 1986)
197
Perfil das galerias
Pelas ruas A e X
Fluxograma que representa as principais etapas 
para dimensionamento de galerias de águas pluviais 
198
Menezes Filho (2007)
199
Procedimento para o cálculo de galeria nos projetos 
de drenagem urbana
 1) Dados da rua
 L=...(m)-largura da faixa de rolamento;
 I=... (%)- declividade longitudinal;
 (AD)=.. (há)-área contribuinte;
 Z=...Inclinação da sarjeta= tgo
 2)Especificações – valores máximos
 Yo=.. (m)-altura de água na sarjeta ~0,13 m
 Vo=....(m/s)-velocidade -3,0 aà 3,5 m/s;
 I=...(%)-função de Vo
200
3) Diagonalização para a determinação da área contribuinte
A diagonalização é feita tirando-se de centro a centro da rua ou 
subdividindo-se os quarteiroões pelas bissetrizes nas esquinas.
As convenções para o processo são:
___.___.___.___ Divisor de sub-bacias
(1) Número de sub-bacias
________ Galerias
 Direção do escoamento superficial
201
Diagonalização para a determinação da área Contribuinte
202
Procedimento para o cálculo de galeria nos projetos 
de drenagem urbana
 4) Cálculo do tempo de concentração no início da galeria
 O tempo de concentração no início da galeria é dado pela
equação:
 Tc=T+Tps
 Sendo te=o tempo decorrido à partir do início da chuva até
a formação do escoamento superficial dentro das quadras
residenciais, geralmente estimado entre 5 min≤Te ≤ 15 min
 Na sarjeta, calculado em função do comprimento do trecho
e da declividade longitudinal da rua
 5) Cálculo da intensidade da chuva a ser adota: Serão
utilizadas as equações de chuvas intensas ou os ábacos;
 6) Cálculo da vazão que escoa pelas quadras e sarjetas
utilizando o método racional;
 7) Cálculo da declividade da galeria
203
Procedimento para o cálculo de galeria nos projetos 
de drenagem urbana
 8) Cálculo do diâmetro da galeria via equação de Manning
 9) Escolha de um diâmetro comercial, imediatamente superior ao
encontrado no item 8
 10) Determinação da vazão a seção plena para o diâmetro
encontrado no item 9
 11) Cálculo da velocidade a seção plena para o diâmetro
encontrado no item 9
 12)Determinar a relação Q/Qp e V/Vp, onde Q seria a vazão
encontrada no item 6 e Qp seria a vazão calculada no item 10;
 13) Procurar na Tabela 18.3 (Azevedo Netto, 2009), a seguir, o
valor da relação Q/Qp e na mesma linha o valor de V/Vp;
 14) Multiplicar o valor de V/Vp pela velocidade encontrada devido
a divisão de Qp pela área correspondente ao diâmetro encontrado
no item 9;
 15) Caso o valor de V (velocidade real do escoamento na galeria)
seja menor que o valor máximo considerado no início do projeto,
calcular o tempo de percurso Tp=L/V, onde L é o comprimento da
galeria sob análise;
 16) Caso a velocidade seja maior que o máximo, ou aumentar o
diâmetro ou reduzir a declividade.
204
POÇO DE VISITA-PV
 Cálculo da rede de galerias preenchendo-se a seguinte planilha
 PLANILHA A
205
Método alternativo para dimensionamento de 
galerias
 Menezes Filho (2007), considerando o método de Saatçi
(1990), o método racional e a equação de Manning para 
determinação do ângulo central da superfície (), propôs uma 
sistematização para o dimensionamento de galerias de águas 
pluviais cujas principais equações são listadas a seguir:
206
MENEZES FILHO, FREDERICO CARLOS MARTINS DE. SISTEMATIZAÇÃO 
PARA PROJETO DE GALERIA DE ÁGUAS PLUVIAIS. Dissertação 
(Mestrado) – Universidade Federal de Goiás, Escola de Engenharia Civil, 
2007. 166 f
Método alternativo para dimensionamento de 
galerias. Menezes Filho (2007)
207
Método alternativo para dimensionamento de 
galerias. Menezes Filho (2007)
Considerando o escoamento uniforme, a declividade I na equação 
anterior poderá ser substituída pela declividade Sg
Para obtenção do ângulo central da superfície (), conhecendo a vazão, 
a declividade e o diâmetro após o cálculo da constante k, faz-se 
necessário determinar a equação de  em função de k.
A partir de valores de “ө” (rad) geraram-se valores de “k” 
Por meio da relação altura lâmina de água-diâmetro (h/D) também em 
função do ângulo central fixou-se uma faixa para o enchimento entre 10 
% e 85 %
Método alternativo para dimensionamento de 
galerias. Menezes Filho (2007)
Para se determinar o ângulo central em função da área 
correspondente a uma certa vazão e velocidade, fez-se necessário 
determinar uma equação, fixando uma faixa para a relação altura-
diâmetro (h/D) entre 10% e 85 %. 
Declividade do terreno no trecho (St)
Método alternativo para dimensionamento de 
galerias. Menezes Filho (2007)
Cota inferior da galeria
Profundidade de galeria=Recobrimento + 
diâmetro da galeria
Método alternativo para dimensionamento de 
galerias. Menezes Filho (2007)
Conhecido o ângulo central da superfície livre “θ ”, pode-se obter a 
relação altura da lâmina d’água-diâmetro “h/D” 
Método alternativo para dimensionamento de 
galerias. Menezes Filho (2007)
Tempo de percurso
Determina-se a relação altura da lâmina d’água-diâmetro “h/D” que deverá estar
na faixa de 0,10 (10%) a 0,85 (85%)
Verifica-se que 0,10 ≤ h/D ≤ 0,85 e que 0,75 m/s ≤ V ≤ 5,0 m/s, tem-se a
solução mais econômica para o trecho
Método alternativo para dimensionamento de 
galerias. Menezes Filho (2007)
Rotina para correção da relação “h/D” na faixa 0,10 ≤ h/D ≤ 0,85
Caso a relação altura-diâmetro resulte em valores fora da faixa, deve-se avaliar
separadamente as duas condições, ou sejam, valores menores que 0,10 (10 
%) e valores superiores a 0,85 (85 %)
a) fixação de “h/D” em 0,10 para valores de “h/D” menores que esse ou fixação
de “h/D” no valor máximo 0,85 para valores maiores;
b) cálculo do ângulo central para “h/D” correspondente a 10% ou 85 % através 
da a seguir, com “ θ ” explicitado:
c) determinação da constante “k”:
d) cálculo da nova declividade da galeria “Sg”, com emprego da a seguir,
com “Sg” explicitado:
Método alternativo para dimensionamento de 
galerias. Menezes Filho (2007)
Rotina para correção da relação “h/D” na faixa 0,10 ≤ h/D ≤ 0,85
e) encontra-se a nova cota seja ela de montante para h/D = 0,10 ou 
de jusante para h/D = 0,85. 
Método alternativo para dimensionamento de 
galerias. Menezes Filho (2007)
Rotina para correção da velocidade “V” na faixa 0,75 m/s ≤ V ≤ 5,00 m/s 
Caso a velocidade esteja fora da faixa existem duas situações 
distintas com rotina semelhante de cálculo: 
a) dada a vazão “Q” no trecho, fixa-se a velocidade “V” no valor 
mínimo (0,75 m/s) ou máximo (5,0 m/s) e calcula-se a área molhada 
“Am” 
b) cálculo do ângulo central para “h/D” correspondentea 10% ou 85 % através 
da a seguir, com “ θ ” explicitado:
b) obtém-se a relação entre a área molhada “Am” e a área da seção 
plena ”:
Método alternativo para dimensionamento de 
galerias. Menezes Filho (2007)
Rotina para correção da velocidade “V” na faixa 0,75 m/s ≤ V ≤ 5,00 m/s 
Caso a velocidade esteja fora da faixa existem duas situações 
distintas com rotina semelhante de cálculo: 
c) calcula-se então o ângulo central “θ ”, em função da relação abaixo 
, independentemente do diâmetro da galeria: 
d) calcula-se “k”
e) Determina-se a declividade da galeria 
f) Encontra-se a nova cota seja ela de jusante para a velocidade mínima ou 
de montante para a velocidade máxima
217
Exemplo de cálculo
 Dimensionamento hidráulico das galerias do
esquema atendendo aos seguintes critérios:
 recobrimento mínimo=1 m; profundidade
máxima= 3 m; velocidade mínima=0,75 m/s;
velocidade máxima=3,5 m/s; diâmetro
mínimo=dn300; chuva com recorrência de 10
anos e duração de 5 min; nas areas
contribuintes iniciais (1-2), (3.1-3) e 5.1-5)
adotar tc= 5 min. nos outros trechos tc é igual
ao tc do trecho anterior, acrescentado do
tempo de escoamento tp do dito trecho
218
219
220
POÇO DE VISITA-PV
(Wilken, 1978;CETESB, 1986;Fendrich, 1998, Medeiros Filho, 2004)
 É uma caixa de alvenaria ou premoldados de concreto que une
dois trechos consecutivos de uma galeria e pode receber os
condutos de conexão das bocas de lobo. É visitável através da
chaminé, o que permite limpeza, inspeção e desobstrução da
galeria por operários ou por uso de equipamentos mecânicos.
 São intalados PV em:
 A) cruzamento de ruas;
 B)quando a galeria tem o diâmetro de seus tubos aumentados;
 C)quando ocorre mudança de direção da galeria;
 D)trecho muito longos de modo que a distância máxima entre dois
poços de visita consecutivos seja de 100 m.
 Em cidades planas, onde a ocorrência de entupimento tende a ser
maior devido as menores velocidades de água, deve-se prever
uma maior densidade de poço de visita, no caso contrário, em
cidades de alta declividade essa densidade diminuir
221
POÇO DE VISITA-PV
(Wilken, 1978;CETESB, 1986;Fendrich, 1998, Medeiros Filho, 2004)
 Possui dois compartimentos distintos que são a chaminé e o balão,
construidos de tal forma a permitir fácil entrada e saída do
operador e espaço suficiente para este operador executar as
manobras necessárias ao desempenho das funções para as que a
câmera foi projetada
222
• Poços de Visita
Tem a função primordial de permitir o acesso à
canalização para limpeza e inspeção.
Devem ser colocados:
 nas cabeceiras dos coletores
 nas mudanças de direção
 nas mudanças de declividade
 nas mudanças de seção
 nas mudanças de material
 na confluência de coletores
 nos alinhamentos retos em intervalos não superiores a 
40m
223
224
POÇO DE VISITA-PV
 O balão ou câmara de trabalho é o compartimento
principal da estrutura, de secção circular, quadrada ou
retangular, onde se realizam todas as manobras
internas, manuais ou mecânicas, por ocasião dos
serviços de manutenção de cada trecho. Nele se
encontram construídas em seu piso, as calhas de
concordância entre as secções de entrada dos trechos
a montante e de saída.
 A chaminé, pescoço ou tubo de descida, consiste no
conduto de ligação entre o balão e a superfície, ou
seja, o exterior. Convencionalmente inicia-se num furo
excêntrico feito na laje de cobertura do balão e
termina na superfície do terreno, fechada por um
tampão de ferro fundido.
225
POÇO DE VISITA-PV
 O movimento de entrada e saída dos operadores, é
feito através de uma escada de ligas metálicas
inoxidáveis, tipo marinheiro afixada degrau em
degrau, na parede do poço ou, opcionalmente, através
de escadas móveis para poços de pequenas
profundidades.
 As calhas do fundo do poço são dispostas de modo a
guiar as correntes líquidas desde as entradas no poço
até o início do trecho de jusante do coletor principal
que atravessa o poço, e de tal maneira a assegurar
um mínimo de turbilhonamento e retenção do material
em suspensão, devendo suas arestas superiores
serem niveladas com a geratriz superior do trecho de
saída.
226
POÇO DE VISITA-PV
 No caso de trechos de coletores chegarem ao PV acima do nível do
fundo são necessários cuidados especiais na sua confecção a fim
de que haja operacionalidade do poço sem constrangimento do
operário encarregado de trabalhar no interior do balão. Para
desníveis abaixo de 0,50m não se fazem obrigatórias medidas de
precaução, considerando-se a quantidade mínima de respingos e a
inexistência de erosão, provocados pela queda do líquido sobre a
calha coletora. Para desníveis a partir de 0,50m serão
obrigatoriamente instalados os chamados "poços de queda"
Poço de queda
227
 Localização
 Convencionalmente empregam-se poços de visita: 
- nas cabeceiras das redes; 
- nas mudanças de direção dos coletores (todo 
trecho tem que ser reto); 
- nas alterações de diâmetro; 
- nas alterações de posição e/ou direção de 
geratriz inferior da tubulação; 
- nos desníveis nas calhas; 
- nas mudanças de material; 
- nos encontros de coletores;
228
POÇO DE VISITA-PV
 Espaçamento máximo
 Recomenda-se que a distância entre dois PV consecutivos não exceda os
limites abaixo, para que não haja limitação na manutenção das galerias
decorrentes do alcance dos equipamentos de desobstrução (Medeiros
Filho, 2004)
Diâmetro do 
conduto 
principal (m)
Espaçamento 
máximo 
(m)
0,30 a 0,50 120
0,60 a 1,0 150
Mais de 1,0 180
As ligações intermediárias de efluentes de bocas coletoras poem ser 
executadas com caixas mortas;
229
POÇO DE VISITA-PV
 Dimensões
 A chaminé e o tampão terão diâmetro mínimo útil de 0,60 m para
permitir movimento vertical do operador e entrada no PV;
 O balão, sempre que possível deverá ter uma altura útil mínima de 2
m;
 A chaminé não deverá ter altura hc inferior a 0,30 m para não
interferir no nível da superfície do pavimento da rua, e nem superior a
1 m por recomendações funcionais e psicológicas para o operador
Profundidade h do PV e 
diâmetro D de saída (m)
Altura "hc" da chaminé (m) Diâmetro "Db do balão (*) 
(m)
h  1,50 e qualquer D hc = 0,30 Db = D
1,50h < h < 2,50 e D  0,60 hc = 0,30 Db =1,20
1,50h < h < 2,50 e D  0,60 hc = 0,30 Db = D+1,20
h  2,50 e D  0,60 0,30 < hc< 1,00 Db = 1,20
h  2,50 e D  0,60 0,30 < hc< 1,00 Db = D+1,20
Dimensões mínimas para chaminé e balão em função da 
profundidade e do diâmetro Db
(*) Para PV quadrangular Db = aresta 
230
POÇO DE VISITA-PV
 Para altura máxima do balão, hb tem-se hb=hc+hl+ht
 Onde hc é a altura da chaminé, hl é a altura da laje de transição;
ht altura extra do tampão;As distâncias máximas para poços de
visitas deverão ser de 120 m para D até 0,60 m e 150 m para D
superior
 Elementos para especificações
 Pré-moldados
 Os poços de vista executados com anéis pré-moldados de concreto
armado são muito raros, tendo em vista que as tubulações de
saída são raramente inferiores a 400 mm de diâmetro. São
construídos com a superposição vertical dos anéis de altura 0,30m
ou 0,40m, sendo que, para o balão, estas peças tem 1,00 a 1,50
m de diâmetro e, para a chaminé 0,60m, como dimensões úteis
mínimas.
 A redução do balão para a chaminé é feita por uma laje pré-
moldada, "peça de transição", servindo também como suporte
para a chaminé, com uma abertura excêntrica de 0,60m, que deve
ser colocada de maneira tal que o centro de abertura projete-se
sobre o eixo do coletor principal que passa pelo poço para
montante
231
232
SISTEMAS DE DRENAGEM URBANA
Macro-drenagem
Ricardo de Aragão
2020-3
Universidade Federal de Campina Grande - UFCG
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais- CTRN
Unidade Acadêmica de Engenharia Civil - UAEC
234
MACRO-DRENAGEM
 O sistema de macrodrenagem é 
constituído, em geral, por estruturas de 
maiores dimensões, sendo elas, canais 
naturais ou construídos, reservatórios de 
detenção, reservatórios de retenção e de 
galerias de maiores dimensões;
235Motivos de implantação (São Paulo, 
2012)
 as obras de macrodrenagem não constituem 
solução definitiva para os problemas de 
inundações.
 Assim é conveniente que sejam 
complementadas por outras medidas que 
visem a aumentar a proteção oferecida pelas 
obras, como: sistemas de alerta, desvios de 
rotas, desocupação de áreas, zoneamentos de 
áreas inundáveis, etc.
236
Motivos de ampliação ou de 
implantação (Tucci et al., 1995)
 Aumento das vazões;
 A ocupação dos leitos secundários de córregos, cuja 
utilização dá-se apenas por ocasião das cheias;
 O aumento da taxa de aporte de sedimentos, devido 
ao desmatamento e manejo inadequados dos terrenos, 
e a detritos, como rejeitos industriais e lixo, lançados 
diretamente sobre os leitos;
 A necessidade de ampliação da malha viária em vales 
ocupados;
 Saneamento de área alagadiças
237
Critérios de projeto (São Paulo, 2012)
 Vazão de projeto (determinadas via 
método racional para bacias < 3 
km2 e hidrograma unitário sintético 
para bacias > 3 km2;
 Diretrizes geométricas;
 Desempenho e impactos 
ambientais;
238
Diretrizes geométricas (Tucci et al., 
1995)
 Requisitos hidráulicos (vazão, velocidade, 
declividade);
 Exigências urbanas locais;
 Percurso e declividade longitudinal (definem os limites 
máximo e mínimos de velocidade, tipo de seção 
compatível com o revestimento);
 O solo do lugar por onde o canal deve passar;
 Dimensões e o acesso a faixa do canal (definem seção 
fechada ou aberta, pontos de acesso para limpeza);
 Dimensões da malha viária lateral (fixarão as 
dimensões máximas da seção);
 Volumes de corte e aterro;
 As cotas das seções com relação á area drenada e os 
projetos urbanísticos;
239
Motivos de utilização de canais abertos 
(São Paulo, 2012)
 Possibilidade de veiculação de vazões superiores à de 
projeto mesmo com prejuízo da borda livre;
 Facilidade de manutenção e limpeza;
 Possibilidade de adoção de seção transversal de 
configuração mista com maior economia de 
investimentos;
 Possibilidade de integração paisagística com valorização 
das áreas ribeirinhas, quando há espaço disponível;
 Maior facilidade para ampliações futuras caso seja 
necessário.
 Os canais abertos apresentam, por outro lado, restrições 
à sua implantação em situações em que 
 Os espaços disponíveis sejam reduzidos, como é o caso 
de áreas de grande concentração urbana.
240
Recomendações de projeto
 A configuração ideal para um canal de drenagem 
urbana é a seção trapezoidal simplesmente 
escavada com taludes gramados, pela sua 
simplicidade de execução e manutenção, assim 
como pelo menor custo de implantação;
 Quando, por outro lado, o espaço disponível para 
implantação do canal é limitado, o canal revestido 
poderá ser inevitável para garantir maiores 
velocidades de escoamento e, 
consequentemente, necessidade de menores 
seções transversais.
241
Recomendações de projeto
 Na prática usual de projeto de canais urbanos é comum
conceber canais visando apenas a veiculação de vazões de
cheias, o que leva a sérios problemas de assoreamento e
deposição de detritos para condições de operação de
vazões de média intensidade;
 Para evitar tais problemas, ou pelo menos reduzi-los, a
solução recomendável é adotar seções compostas,
dimensionadas no seu conjunto, para veicular as vazões
máximas previstas e que permitam conduzir as vazões
modeladoras em subleitos menores em condições
adequadas de velocidade;
 É conveniente que tais seções sejam dimensionadas de
forma a serem autolimpantes.
242
243
244
Dimensionamento (São Paulo, 2012)
 Para obras e intervenções em macrodrenagem 
(canais, córregos e rios de médio e grande 
porte, reservatórios de detenção, etc.), o risco 
deve diminuir;
 Sugerem-se períodos de retorno entre 25 e 50 
anos, uma vez que a falha desses sistemas 
resulta em prejuízos e transtornos mais 
significativos: inundações de edificações, 
interrupção de tráfego, proliferação de doenças 
de veiculação hídrica, etc.;
245
Dimensionamento
 Para regiões onde se prevê prejuízos de alta 
magnitude, como grandes corredores de 
tráfego ou áreas vitais para dinâmica da 
cidade, sugere-se adotar período de retorno de 
100 anos;

 Para áreas onde se localizam instalações e 
edificações de uso estratégico, como hospitais, 
bombeiros, polícia, centros de controle de 
emergências, sugere-se período de retorno de 
500 anos. 
246
Dimensionamento
 Conforme o regime de escoamento as velocidades 
serão maiores ou menores e o revestimento 
devera suportar os esforços decorrentes;
 Estes regimes podem ser: escoamento 
supercrítico (Fr>1), crítico (Fr=1), subcrítico 
(Fr<1);
 Supercrítico – muitas vezes precisam de 
revestimento de concreto armado;
 Subcrítico – são utilizados somente onde exista 
estreitamento das faixas disponíveis para a sua 
implantação;
247
Dimensionamento
 Para um canal sob dadas condições de rugosidade, 
descarga e declividade existe apenas uma profundidade 
que corresponda ao escoamento sob regime uniforme, 
a profundidade normal. Para estas condições existe 
uma vazão correspondente ao regime uniforme;
 Se o canal é uniforme e se as firlas de resistencia e 
forças devida a gravidade se equilibram, a superficie da 
agua será paralela ao fundo do canal (condição de 
escoamento uniforme);
 Para esta condição a equação que permite o 
dimensionamento da seção do canal é a equação de 
Manning.
248
Equação de Manning 
249
Coeficiente de Manning 
250
Elementos geométricos
251
252
253
 Calcular a Vazão transportada por um canal 
revestido de nata de cimento (n = 0,012) tendo uma 
declividade de 0,3%o . As dimensões e forma estão 
na figura abaixo.Verificar o valor da velocidade média 
de escoamento.
 Calcular a vazão transportada por um canal 
de terra dragada (n = 0,025), tendo 
declividade de 0,4%o . 
Boa sorte!!!
254
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CAIXA DE LIGAÇÃO
 As caixas de ligação são utilizadas quando se faz 
necessária a locação de bocas de lobo inter-
mediárias ou para se evitar a chegada em um 
mesmo poço de visita de mais de quatro 
tubulações. 
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