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1 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO FAVENI OS CONCEITOS DA DISCIPLINA DE FÍSICA NA INSTITUIÇÃO DE ENSINO MÁRCIA ALMEIDA DE CARVALHO PASSOS COSTA RICA-MS 2021 2 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO FAVENI OS CONCEITOS DA DISCIPLINA DE FÍSICA NA INSTITUIÇÃO DE ENSINO MÁRCIA ALMEIDA DE CARVALHO PASSOS Artigo científico apresentado a FAVENI como requisito parcial para obtenção do título de Graduação em Física com Ênfase em Licenciatura. COSTA-RICA-MS 2021 3 OS CONCEITOS DA DISCIPLINA DE FÍSICA NA INSTITUIÇÃO DE ENSINO RESUMO Este trabalho científico mostra a evolução no ensino de física aplicados no decorrer da vivência escolar e acadêmica, tendo como ajuda a interpretação do educador, auxiliando na descoberta de métodos que ajudem a evolução cognitiva dos educandos no decorrer de um ensino mais expressivo e inovador. Este estudo busca analisar os métodos de aprendizado da física no dia a dia do aluno; a diferença entre os meios empregados anteriormente e nos dias atuais, por exemplo o livro didático; e as ações das fontes de investigação na aprendizagem dos alunos. Logo o objetivo geral deste estudo é analisar a disciplina de Física em diversos conceitos nas instituições de ensino. Para a Licenciatura em Física as habilidades específicas incluem também o planejamento de experiências didáticas e elaboração ou adaptação de materiais didáticos. Na visão dos professores de física, o método docente não só no discurso, mas na atuação em sala de aula, no decorrer da interação professor-aluno e suas funções, assim como a maneira de entender a procura pelo entendimento, na articulação docente manifestada pela relação entre o conteúdo e as práticas que organiza os métodos de ensino, para alcançar as finalidades do trabalho docente. Palavras-chave: Física. Instituição de Ensino. Docente 4 1-INTRODUÇÃO O trabalho do educador qualifica-se pela conduta e interação entre indivíduos com vistas à edificação de conhecimentos para a realidade. A docência atualmente está inclusa em transformações importantes, com a implementação de novos meios tecnológicos. Debater a evolução no ensino de física aplicados através da vida escolar e acadêmica, tendo como auxílio a interpretação do educador, ajudará a descobrir métodos que melhorem a evolução cognitiva dos educandos a partir de um ensino mais expressivo e inovador. Para que aconteça um aprendizado considerável, é necessário o envolvimento de docentes e alunos, cogitando os recursos que intercedem nessa aprendizagem, como o livro didático e as recentes tecnologias. Este é o entendimento que ocorre o ensino de física na atualidade. E, apesar de que alguns até o momento julguem o educador como detentor pleno do saber e centro do método de ensino-aprendizagem, vários já veem seus alunos como parceiros na procura por conhecimento, compreendendo que esse segmento envolve o compartilhamento de saberes e informações diferentes. Nessa perspectiva, Freire (1996) afirma que “não há docência sem discência, as duas se explicam, e seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto, um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar, e quem aprende ensina ao aprender” (FREIRE, 1996, p.25). Assim, este estudo procura analisar a prática da física no dia a dia do aluno; a ligação educador-aluno; a diferença entre os meios empregados anteriormente e nos dias atuais, por exemplo o livro didático; e as ações das fontes de investigação na aprendizagem dos alunos. Ao apurar este tema, estamos procurando verificar o comportamento de docentes diante das buscas recentes para o ensino de Física. Estas demandas têm em seu âmago a defesa de que a física pode ser compreendida como um método, da qual a construção aconteceu ao longo da história da humanidade, levando em consideração seu apoio cultural, econômico e social. Essa concepção do conhecimento físico como edificação humana, faz-se essencial para que se propicie um pensamento ético e social e não apenas cognitivista Logo o objetivo geral deste estudo é analisar a disciplina de Física em diversos conceitos nas instituições de ensino. 5 2-DESENVOLVIMENTO A formação de professores de Física no Brasil é bastante comentada, sendo tema de vários seminários e encontros promovidos pela Sociedade Brasileira de Física (SBF) (MACHADO, 2009). Nesses encontros demonstra-se a grande insatisfação com a formação dos professores, ou seja, como eles são preparados nas universidades do país e quais os caminhos a seguir. Na realidade, o problema da formação docente vem desde o descobrimento do Brasil (MACHADO, 2009). A escola em si, surgiu com a chegada dos Jesuítas, por volta de 1570; período em que foi implantada uma elitização do ensino; pois os negros e índios iam para os campos, enquanto os filhos da elite iam para a escola para serem preparados para o trabalho intelectual. Merece destaque neste período inicial as leis orgânicas do ensino secundário, a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 1961). Segundo Machado (2009), em 1968 foi aprovada a lei que “fixou a organização e as normas de funcionamento do ensino superior e sua articulação com a escola média”, Lei 5.540/1968. Em 1971 aprovou-se a LDB 5.692, com ela, a reestruturação dos ensinos de 1º e 2º graus e a exigência de uma formação mínima para o exercício do magistério. No entanto, contraditoriamente, a própria lei que exigia a formação mínima permitia a presença do leigo na sala de aula, no artigo 78; e, dentre eles, o professor de Física, o que potencializou a situação que perdura nesta primeira década do século XXI, qual seja a falta maciça professores para a educação básica para as disciplinas de Física, Química e Matemática. Segundo Pereira (1999), são vários os fatores externos ao processo pedagógico que prejudicam a formação inicial e continuada dos professores no país; inclusive servindo de desestímulo aos jovens para se tornarem professores; isto é resultado das más condições de trabalho, dos salários pouco atraentes, da jornada de trabalho excessiva e em alguns casos a falta de planos de carreira. Começamos a segunda década do século XXI e o ensino de Física está fundamentado em métodos tradicionais nas instituições de ensino, docente e aluno. Para Tricárico (1989), eles formam uma orientação para o grupo de receptores do processo, no qual os alunos apenas recebem o conteúdo e não participam da sua construção. E quando o resultado das avaliações é apresentado já é tarde para uma mudança de conceito. O autor afirma ainda que para que essa realidade seja diferente 6 é necessário que os docentes tenham liberdade para inovar e criar situações de acordo com o material disponível e a comunidade assistida. Os futuros professores devem desenvolver sua inteligência e personalidade com relação ao ensino- aprendizagem dos seus alunos e não simplesmente reproduzirem conhecimentos pré- fabricados. Igualmente pesquisando a formação de educadores no Brasil, Scheibe (2008) afirma que é necessário que se compreenda que a escola é uma instância social que tem como missão a organização do pensamento de novas gerações, isso é fundamental na trajetória da formação dos profissionais da educação. Seguindo o pensamento de Scheibe (2008), a construção de um sistema nacional de formação dos profissionais da educação nos mostra e exige o desafio da análise cuidadosa e atenta das mudanças e ações previstas para o futuro da formação. A função da escola não é apenas reproduzir o conhecimento que existe e uma cultura considerada única (LEITE, 2006, p. 281); admite-se que a formação de professores tem que ir além doacúmulo de conhecimentos e do domínio das disciplinas para que a educação escolar possa ser inclusiva e formadora de opinião, trazendo valores para uma sociedade mais justa e democrática. Para Leite (2006), exige-se dos professores a capacidade de estabelecer uma ligação entre o pensar, enquadrando as situações, o decidir, frente a opções possíveis, e o agir; buscando fortalecer a relação teoria-prática. Nesta conjuntura, é necessário destacar, a relevância da teoria crítica e no ambiente da formação do docente de Física, a proposta de Mion (2008), afirmando que o conhecimento construído guardado em teorias, remete a uma teoria e prática e a inter-relação entre ambas. Para a autora, a teoria crítica não trata separadamente teoria e prática; e sim busca a interação entre as duas, assumindo assim compromisso com a transformação social. A finalidade do conceito crítico é estruturar propostas educacionais que proporcionem a relação entre teoria e prática na elaboração de conhecimentos científico-educacionais, procurando avançar na composição da cidadania, discutindo o vínculo entre ciência, tecnologia e sociedade. 7 2.1 Legislação Um discente na disciplina de física através de sua formação passa por diversos temas, assuntos e problemas, contudo como são estabelecidos esses conteúdos, a base curricular do seu curso? Encontra-se uma legislação característica para a sua formação, o que encaminha a formação do currículo, a quantidade mínima de horas e de conteúdo a ser aplicado. No relatório do Conselho Nacional de Educação, parecer nº CNE/CES 1.304/2001 sobre as diretrizes nacionais curriculares para os cursos de Física, o Conselheiro faz as seguintes observações: É praticamente consenso que a formação em Física, na sociedade contemporânea, deve se caracterizar pela flexibilidade do currículo de modo a oferecer alternativas aos egressos. É também bastante consensual que essa formação deve ter uma carga horária de cerca de 2400 horas distribuídas, normalmente, ao longo de quatro anos. Desse total, aproximadamente a metade deve corresponder a um núcleo básico comum e a outra metade a módulos sequenciais complementares definidores de ênfases. É igualmente consensual que, independentemente de ênfase, a formação em Física deve incluir uma monografia de fim de curso, a título de iniciação científica. (CNE/CES 1.304/2001). Nas Diretrizes Curriculares para os cursos de Física tem-se quais as competências e habilidades que um graduado em Física deve ter: descrever e explicar fenômenos naturais; utilizar a matemática como linguagem para a expressão dos fenômenos maturais; resolver problemas; dentre outros. Para a Licenciatura em Física as habilidades específicas incluem também o planejamento de experiências didáticas e elaboração ou adaptação de materiais didáticos (CNE/CES 1.304/2001). A estrutura do curso deve ser dividida em duas partes: um núcleo comum (a todos os cursos de física) e um módulo sequencial (parte específica da formação). A carga horária é de aproximadamente 50% para o núcleo comum e 50% para o módulo sequencial. No núcleo comum o conjunto das disciplinas é relativo à física geral, matemática, física clássica e moderna e a ciência como atividade humana. No módulo sequencial para a Licenciatura a ideia é o ensino da Física incluindo produção de material instrucional, conteúdos da educação básica e as Diretrizes Curriculares para educação básica, ensino médio e superior. Além dessa estrutura os cursos devem ter estágios e uma monografia como conclusão do curso (CNE/CES 1.304/2001). Os cursos de licenciatura, em geral, são regulamentados pela Resolução CNE/CP n° 2 que institui a duração e a carga horária dos cursos de licenciatura: 8 Art. 1º A carga horária dos cursos de Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, será efetivada mediante a integralização de, no mínimo, 2800 (duas mil e oitocentas) horas, nas quais a articulação teoria-prática garanta, nos termos dos seus projetos pedagógicos, as seguintes dimensões dos componentes comuns: I – 400 (quatrocentas) horas de prática como componente curricular, vivenciadas ao longo do curso; II – 400 (quatrocentas) horas de estágio curricular supervisionado a partir do início da segunda metade do curso; III – 1800 (mil e oitocentas) horas de aulas para os conteúdos curriculares de natureza científico cultural; IV – 200 (duzentas) horas para outras formas de atividade acadêmico- científicos-culturais. (CNE/CES 1.304/2001). Essa carga horária deve ser cumprida em 200 dias letivos como previsto na LDB 9.394/1996. 2.2 Interdisciplinaridade e o Ensino de Física Com as teorias positivistas de Conte, criou-se a disciplinização dos conhecimentos, tornando o ensino fragmentado não atendendo mais as necessidades do saber. Surgiram os especialistas, cada um sendo um profundo conhecedor numa determinada área do conhecimento, deixando de buscar conhecimento de outras áreas. O ensino de Física, historicamente também atrelado ao modelo positivista, tem- se realizado mediante a apresentação de conceitos, leis e fórmulas, de forma desarticulada, distanciados do mundo vivido pelos alunos e professores e não só, mas também por isso, vazios de significado. Privilegia-se a teoria e a abstração desde o primeiro momento, em detrimento de um desenvolvimento gradual da abstração que, pelo menos, parta da prática e de exemplos concretos (BRASIL, 2000 Apud PAZ, 2014). Assim, realçamos a necessidade da interdisciplinaridade como um movimento entre os saberes para acometer com esse conceito, e construir uma ligação entre as inúmeras disciplinas que integra a base curricular do ensino médio. Esse novo modo da concepção do saber, não mais como uma disciplina, mas como uma metodologia, leva os docentes por direções no decorrer do próprio conceito de ciência e filosofia, submetendo a profundos estudos a respeito de tudo aquilo que se aprende e se ensina. Esse olhar inovador de educação, no qual supera a visão do saber através de disciplinas soltas e desconectadas, certamente transformará a 9 metodologia de trabalho de seus professores que pretendam buscar um conhecimento mais relevante para seus alunos. Compreendemos com isso, que docente deve estar sempre aberto à renovação, estar pré-disposto a aceitar mudanças no ensino e aceitar outros meios de conhecimento. A divisão, causada pela fragmentação das ciências, gerou a diminuição do conhecimento, adicionando os espaços no mundo atual. A interdisciplinaridade deve ser o caminho para esclarecer a separação entre o conhecimento como um todo e esse conhecimento como parte deste todo, abrangendo em um elo de reciprocidade; de adaptação proporcionando o diálogo entre os interessados, ela depende principalmente de uma mudança de atitude ante o problema do entendimento, substituindo um entendimento fragmentado pela unidade da humanidade, com a finalidade de articular o universo de assuntos que encontramos no ensino que devem ser trabalhados atualmente. 2.3 Física no Ensino Médio Quando os alunos chegam na primeiro ano do ensino médio tem em mente a disciplina de Física como ciência, pois no 9° ano eles tem a disciplina de Ciência que é dividida em Física e Química, contudo com o passar do tempo vão perdendo essa visão e progressivamente esquecendo a vontade de estudar a disciplina, porque julgam essa matéria complexa e desse modo perdem o desejo de estudar esta matéria por conta de não ser capaz de aprender os inúmeros cálculos passados pelos docentes. Nesse sentido, Oliveira (2007, p. 12) afirma: O educador pode ser considerado como a peça mais importante do sistema de educação, porque cabe a ele o contato direto com o aluno para transmitir o conhecimento. Toda a estrutura sistematizada e hierarquizada com suas instalaçõesfísicas e humanas, com o objetivo de educar, resume-se na ação do educador ao ministrar a sua aula. Com isso pode-se inferir que de nada adianta todo o sistema funcionar perfeitamente e a última engrenagem não andar. Pode-se dizer então que os profissionais da educação possuem uma grande responsabilidade nas mãos e devem ter noção da importância da função que desempenham. Contudo, o educador tem a função facilitadora da aprendizagem e para que o ensino de Física se torne intrigante o mesmo tem que permitir o processo tradicional de ensinar e procurar atuais técnicas de ensino para estimular o intusiasmo e curiosidade de seus alunos. De acordo com Carvalho Júnior (2002, p.53): 10 O trabalho crítico do professor deve auxiliar ao aluno a construir uma mentalidade também crítica, questionadora, transgressora. Em uma palavra: libertária. Além de crer na importância de seu trabalho como educador, o professor deve pautar toda a sua prática em uma discussão consistente a respeito da realidade, ser ético nas relações mantidas com todos os envolvidos no processo educativo e coerente em suas atitudes. Visto que o ensino de física prepara cidadãos críticos, os alunos terão o benefício de participar das aulas, mostrando sua aprendizagem adquirida anteriormente em outras ocasiões com base em apresentação de ideias o ensino poderá se tornar mais proveitosa para quem está ensinando e para os que estão aprendendo. Os Parâmetros Curriculares vem dizer que: Uma escola que pretende formar por meio da imposição de modelos, de exercícios de memorização, da fragmentação do conhecimento, da ignorância dos instrumentos mais avançados de acesso ao conhecimento e da comunicação. Ao manter uma postura tradicional e distanciada das mudanças sociais, a escola como instituição pública acabará também por se marginalizar. (BRASIL, 2000, p. 12). Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais para Ensino Médio, é relevante que os educadores adotem a prática de solucionar problemas que possam ser empregados no dia a dia dos alunos para que sejam capazes de entender os vários fenômenos naturais com base em acontecimentos expostos em sala de aula. Isso pode acontecer quando ambos vivenciarem diante de problemas que ocorrem frequentemente. Segundo Bonadiman e Nonenmacher (2007) quando os alunos ingressam no ensino médio chegam cheios de motivação na busca de conhecimentos científicos, ou seja, querem compreender os fenômenos naturais e resolver os problemas que os envolvem. No entanto quando começa a estudar percebe que tudo é diferente da forma como eles imaginavam e cada vez mais vai se complicando, porque não conseguem entender os cálculos matemáticos e a partir de então tudo vai se tornando menos prazeroso devido as metodologias de ensino, pois são obrigados a decorar muitas fórmulas que em pouco tempo podem esquecer. Dessa forma: A física no Ensino médio deve assegurar que a competência investigativa resgate o espírito questionador, o desejo de conhecer o mundo onde se habita, logo a mesma é uma ciência que permite a investigação dos mistérios do mundo, propiciando ao indivíduo a interpretação de fenômenos naturais que estão sempre em transformação, através da interação com os vários tipos de tecnologias, para que ele possa compreender melhor o mundo a sua volta. (CARVALHO, 2012, p.15). Logo, o ensino de Física pode ser ministrado aos alunos como uma ciência que está atuante no seu dia a dia, segundo sua contextualização e interdisciplinaridade, 11 aulas experimentais, dinâmicas, exibir aquilo que de fato acontece na prática para que eles compreendam o “por quê” de compreender a física como ciência, e desse modo os alunos passam a ter uma vontade maior em estudar a mesma chegando até a gosta da Física. Manegotto e Filho (2002), geralmente nas aulas de Física o professor trabalha os cálculos antes mesmos dos estudantes compreender os diversos conceitos que os assuntos trazem e dessa maneira dificulta muito a aprendizagem dos alunos. Segundo Santos (2007) muitas vezes uma grande parte dos professores, na maioria das vezes passam a adotar somente o uso de problemas matemáticos em sala de aula, por não possuírem um conhecimento mais amplo de situações que envolvem os fenômenos físicos, por isso muitas vezes acaba complicando a aprendizagem do aluno e assim eles não obtêm uma aprendizagem significativa e no futuro não irão conseguir associar os conhecimentos novos com os conhecimentos prévios, porque antes só decorou as fórmulas. Ainda sobre essa temática Lima afirma: Tradicionalmente, o processo de ensino-aprendizagem dos conteúdos das disciplinas de Física em todos os níveis escolares é considerado complexo e difícil, principalmente pelo fato de alguns professores dessas disciplinas adotarem práticas de ensino baseadas em memorizar fatos e fórmulas matemáticas, bem como na resolução de inúmeros exercícios matemáticos. (LIMA, 2011, p. 13). Como a maior parte dos professores adotam no método de ensino- aprendizagem somente práticas de ensino fundamentadas em estratégias que permitem os alunos só a memorizar os conteúdos, tendo a aula muito mecanizada, e para os alunos os conteúdos se tornam muito árduo e complexos. 3.CONCLUSÃO O método de ensinar do educador de Física deve expor unidade entre os conceitos, em todas as suas proporções, de maneira que o docente possa entender a relação entre ensino e o aprendizado como a ação do professor apto a evidenciar objetivos, estruturar os conteúdos, considerar o nível cognitivo dos alunos, ter uma elucidação metodológica constituída, projetadas e diversificada. Na visão dos professores de física, o método docente não só no discurso, mas na atuação em sala de aula, no decorrer da interação professor-aluno e suas funções, assim como a maneira de entender a procura pelo entendimento, na articulação docente manifestada pela relação entre o conteúdo e as práticas que organiza os 12 métodos de ensino, para alcançar as finalidades do trabalho docente. Os educadores consideram necessário que os alunos tenham um saber precedente do assunto, no mínimo parcialmente, ou que detêm informações mínimas a respeito da física. Contudo devemos dizer que é no decorrer de uma orientação pela perspectiva da disciplina de física onde orientar e adequar o método pedagógico pode-se romper costumes e acomodações dos alunos e igualmente dos docentes, uma vez que essa ação implica em procurar algo recente, o que é certamente, um enorme desafio para os professores de ensino de física. REFERÊNCIAS BRASIL. CNE Parecer n° CNE/CES 1.304, de 06 de novembro 2001. 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