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PERICIA CONTABIL

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Prévia do material em texto

PERÍCIA CONTÁBIL
Professor Esp. Heric Garcia de Morais
Diretor Geral 
Gilmar de Oliveira
Diretor de Ensino e Pós-graduação
Daniel de Lima
Diretor Administrativo 
Eduardo Santini
Coordenador NEAD - Núcleo
de Educação a Distância
Jorge Van Dal
Coordenador do Núcleo de Pesquisa
Victor Biazon
Secretário Acadêmico
Tiago Pereira da Silva
Projeto Gráfico e Editoração
Douglas Crivelli
Revisão Textual
Leandro Vieira
Web Designer
Thiago Azenha
FATECIE Unidade 1
Rua Getúlio Vargas, 333,
Centro, Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
FATECIE Unidade 2
Rua Candido Berthier
Fortes, 2177, Centro 
Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
FATECIE Unidade 3
Rua Pernambuco, 1.169,
Centro, Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
FATECIE Unidade 4
BR-376 , km 102, 
Saída para Nova Londrina
Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
www.fatecie.edu.br
FICHA CATALOGRÁFICA
FACULDADE DE TECNOLOGIA E 
CIÊNCIAS DO NORTE DO PARANÁ. 
Perícia Contábil 
Heric Garcia de Morais
Paranavaí - PR.: Fatecie, 2018. 50 p.
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária 
Zineide Pereira da Silva.
As imagens utilizadas neste 
livro foram obtidas a partir
do site Freepik.
Atribuições:
Designed by rawpixel.com / Freepik
Designed by jannoon028 / Freepik
Designed by Pressfoto / Freepik
Designed by Peoplecreations / Freepik
Designed by mindandi / Freepik
Designed by Freepik
PALAVRA DA DIREÇÃO
Prezado Acadêmico(a),
É com muita satisfação que inauguramos um novo mundo de oportunidades e 
expansão de nossa instituição que estrapolam os limites físicos e permite por 
meio da tecnolgias digitais que o processo ensino educação ocorra de formas 
ainda mais dinâmicas e em consonância com o estilo de vida da sociedade 
contemporânea. 
Empregamos agora no Ensino a Distância toda a dedicação e recursos para 
oferecer a você a mesma qualidade e excelência que virou a marca de nosso 
grupo educanional ao longo de nossa história. 
Queremos lembrar a você querido aluno, que a Faculdade Fatecie nasceu do 
sonho de um grupo de professores em contribuir com a sociedade por meio da 
educação. Motivados pelo desafio de empreender, tornaram o sonho realidade 
com a autorização da faculdade fatecie no ano de 2007. Desde o princípio a 
fatecie parte da crença no sonho coletivo de construção de uma sociedade 
mais democrática e com oportunidades para todos, onde a educação prepara 
para a cidadania de qualidade. 
Toda dedicação que a comunidade acadêmica teve ao longo de nossa história 
foi reconhecido ao conquistarmos por duas vezes consecutivas o título de 
Faculdade Número 1 do Paraná. Um feito inédito para paranavaí e toda 
região noroeste. No ranking, divulgado pelo mec em 2014 e 2015, a Fatecie 
foi destaque como a faculdade melhor avaliada em todo o estado. Posição 
veiculada em nível nacional pela Revista Exame e Folha de São paulo, 
apontando a Fatecie como a 1ª colocada no Paraná.
Essas e outras conquistas que obtivemos ao longo dos nossos 10 anos de 
história tem como base a proposta global da faculdade fatecie, que consiste 
em criar um ambiente voltado para uma abordagem multidisciplinar, crítica e 
reflexiva, onde se desenvolvem as atividades ensino, pesquisa e extensão. 
Para isso, a Fatecie conta com um corpo docente composto, em sua maioria, 
por professores com mestrado e doutorado e com ampla experiência 
profissional nas mais diversas áreas do mercado e da educação. 
Seja bem-vindo!
Direção 
Faculdade Fatecie
A
U
T
O
R
Prof. Esp. Heric Garcia de Morais
Graduado em Ciências Contábeis pela Universidade Estadual 
do Paraná - UNESPAR - Campus Paranavaí. MBA (Master 
of Business Administration) em Custos e Controladoria 
pela Universidade de Tecnologia do Norte do Paraná (PR) - 
UniFatecie. Pós-Graduado em Auditoria e Perícia Contábil 
pela Faculdade Cidade Verde - FCV. Mestrando em Ciências 
Contábeis na Universidade Estadual de Maringá - UEM. 
Atualmente é professor de graduação na Faculdade de 
Tecnologia e Ciências do Norte do Paraná - UniFatecie. 
Professor de pós-graduação EAD na UniFatecie. Professor 
conteudista/formador na EAD - UniFatecie. Tutor Mediador nos 
cursos de graduação e pós graduação na modalidade EAD do 
grupo UniFatecie. Ministra aulas em cursos preparatórios para 
o Exame de Suficiência Contábil - CFC. Ministra palestras e 
treinamentos para o segmento empresarial. Sócio Proprietário 
e Contador na SLOGAN Consultoria e Treinamentos Ltda - 
Maringá/PR. Consultor Empresarial credenciado ao Serviço 
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE/
PR. Possui experiência na área de Auditoria, Perícia Contábil e 
Gestão Empresarial.
Lattes: http://lattes.cnpq.br/2730214457302756
APRESENTAÇÃO
Seja bem vindo(a) ao curso de Perícia Contábil, é um prazer fazer parte 
dessa jornada rumo ao desenvolvimento e soluções de conflitos judiciais. Esta 
especialidade da contabilidade, de forma geral, costuma ser um grande desafio 
aos estudantes, e não poderia ser diferente, afinal, ela trata do ensino de uma 
nova maneira de pensar, com a qual você será capaz de olhar para problemas 
cotidianos e solucionar conflitos judiciais e extrajudiciais de maneira eficiente e 
prática. 
Portanto, esta é uma disciplina básica e bastante importante para qualquer 
profissional da área contábil, sendo inclusive, disciplina indispensável para 
outras áreas do conhecimento, como o direito por exemplo. Ela lhe fornecerá a 
base necessária para desenvolver soluções nos mais diversos tipos de perícias 
contábeis.
É preciso que você entenda, nesse início de curso, a importância da prática na 
disciplina de Perícia Contábil. Ela é essencial para a fixação do aprendizado e 
para a internalização dos novos conceitos aprendidos. Isto porque objetivamos 
que, aos poucos, você seja capaz de produzir com facilidade as suas próprias 
soluções. Faça todos os exercícios propostos com atenção e dedicação, isso 
com certeza será o grande diferencial para um bom aprendizado da disciplina. 
Mais uma vez eu reforço, pratique... pratique muito!
No primeiro módulo de nosso curso, teremos o primeiro contato com 
os conceitos de Perícia. Aqui vamos compreender a importância deste 
profissional, o conceito, a finalidade, objetivo, objeto, a legislação vigente e os 
tipos de perícia de modo geral.
No segundo módulo você será apresentado as exigências para se tornar um 
perito contábil. É com ela que você entenderá o processo de cadastramento 
judicial, os tipos de perito e a importância da ética nos trabalhos periciais. 
Neste módulo apresentaremos também os direitos e deveres do perito contábil 
ao assumir um trabalho judicial, enfatizando sua responsabilidade civil e 
criminal sobre o serviço prestado ao magistrado.
Em seguida compreenderemos as situações que impossibilitam o perito de 
exercer sua função, apresentando os casos de suspeição e impedimento. 
Neste módulo discutiremos sobre o planejamento e a execução dos trabalhos 
periciais, a elaboração da proposta de honorários e a composição do termo de 
diligência.
Já no módulo quatro, conheceremos um pouco mais da parte prática do 
trabalho realizado pelo perito contábil, apresentando os conceitos de 
diligências e papéis de trabalho elaborados por este profissional. Neste último 
módulo, discutiremos sobre os tipos de provas periciais, a formação dos 
quesitos e a emissão do laudo ou parecer pericial.
Espero que goste do conteúdo e possa aproveitar cada conteúdo aqui exposto 
para crescer nessa área que é muito promissora. Tenha a certeza que o 
mercado precisa de profissionais capacitados para agir em situações litigiosas 
no âmbito judicial, cabe a você decidir se quer ser esse profissional. 
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1
08 | Introdução a Perícia Contábil
CAPÍTULO 2
18 | Direitos e Deveres do Perito Contábil
CAPÍTULO 3
28 | Prática Pericial l
CAPÍTULO 4
38 | Perícia Prática ll
PÁGINA 8
CAPÍTULO
1 INTRODUÇÃO APERÍCIA CONTÁBIL
Professor Heric Garcia
Objetivos de Aprendizagem:
•	 Compreender a importância da Perícia Contábil;
•	 Conceituar o que é Perícia;
•	 Conhecer os diferentes tipos de Perícia.Plano de estudo:
•	 Surgimento da Perícia Contábil;
•	 Objetivo da Perícia Contábil;
•	 Objeto da Perícia Contábil;
•	 A importância da Perícia Contábil;
•	 Legislação vigente;
•	 Perícia Contábil antes e após o Novo Código de Processo Civil;
•	 Perícia Contábil Judicial, Extra Judicial e Arbitral;
PÁGINA 9
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
A Ciência Contábil é uma Ciência Social Aplicada que oferece diferentes áreas 
de atuação profissional para os contabilistas. Assim, podemos destacar a Perí-
cia Contábil como uma especialidade da Contabilidade que desperta interesse 
não só de profissionais da área, mas de diversas outras, como por exemplo: o 
Direito.
A Perícia Contábil é uma das áreas de atuação mais importantes da Contabili-
dade, pois o perito deve possuir, além da condição legal, capacidade técnica e 
idoneidade moral e responsabilidade para exercer a profissão. Neste sentido, 
tem-se que a perícia contábil é auxiliadora na resolução de conflitos judiciais e 
extrajudiciais, que tem como pontos controvertidos matérias técnicas especiali-
zadas.
O conteúdo a seguir, tem por objetivo fornecer informações necessárias ao 
exercício da atividade pericial, tornando-o um instrumento de consulta, em con-
cordância com as normas que regulam a existência desta profissão. Para atin-
girmos tal finalidade, foram evidenciadas as principais noções quanto ao es-
tudo da origem da perícia contábil, introduzindo aspectos relevantes quanto 
aos seus objetivos, espécies e aplicações, bem como os conceitos essenciais 
quanto à figura do perito contábil. 
Para a elaboração e desenvolvimento deste material, realizamos uma funda-
mentação teórica, aliada a uma pesquisa empírica, com o intuito de salientar a 
importância da perícia e conhecer a sua contribuição para as decisões judiciais.
PÁGINA 10
1.1 Surgimento da Perícia Contábil
Não existem registros que possam datar com exatidão o surgimento da perícia 
contábil, diferentemente do surgimento da contabilidade em geral, que se ini-
ciou com os primórdios da civilização. Todavia, sabemos que o questionamento 
acerca da verdade dos fatos é sim muito antigo.
No antigo Egito e na Grécia, iniciou-se os conhecimentos jurídicos e a utiliza-
ção de especialistas que realizavam exames de algumas questões. Na Índia 
surgiu a figura do árbitro, eleito pelas partes, sendo que era perito e juiz ao 
mesmo tempo, pois verificava, examinava e decidia tudo.
Foi no direito romano que se começou a perceber melhor a figura do perito, 
uma vez que estava desvinculado do árbitro. Quando o juiz tinha dificuldade 
de interpretação ou apreciação técnica de determinado fato, ele tinha a possi-
bilidade de delegar esse juízo a homens que possuíam maior conhecimento na 
área.
Analisando a etimologia da palavra Perícia, originária do latim “peritia”, temos o 
significado de experiência, conhecimento, notório saber de determinada área.
No Brasil, as regras de perícia são regulamentadas desde o Código de Proces-
so Civil de 1939, sendo que a perícia contábil se consolidou com a criação do 
Conselho Federal de Contabilidade (CFC), em 1946.
O Conselho Federal, através das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC), 
esclareceu que a perícia contábil constitui o conjunto de procedimentos técni-
cos e científicos destinados a levar à instância decisória elementos de prova 
necessários a subsidiar à justa solução do litígio, mediante laudo pericial con-
tábil e/ou parecer pericial contábil, em conformidade com as normas jurídicas e 
profissionais, e a legislação específica no que for pertinente.
A perícia contábil nada mais é do que a investigação científica, pericial, de 
questões relacionadas ao patrimônio, aos registros e informações próprias da 
contabilidade. 
PÁGINA 11
1.2 Objetivo da Perícia Contábil
Trazer aos autos, provas ou uma opinião especializada sobre o estado verda-
deiro do objeto ou matéria examinada, visando subsidiar ou fornecer elementos 
de convicção para uma decisão. Ou seja, examinar, realizar levantamentos, vis-
toriar, fazer indagações, investigar, avaliar, com o intuito de elucidar as dúvidas 
ou contradições.
Para Zanna (2016), o objetivo da perícia contábil é apresentar a verdade dos 
fatos, sejam eles econômicos, comerciais, tributários, previdenciários, finan-
ceiros, trabalhistas, fiscais e administrativos, respeitando as peculiaridades de 
cada caso e de acordo com o que está sendo pleiteado na petição inicial e/ou 
rebatido na contestação.
Resumindo, a perícia tem por finalidade desvendar algo que não está evidente 
e mostrar o que não está claro para quem está analisando.
PÁGINA 12
REFLITA
1.3 Objeto da Perícia Contábil
O objeto da perícia contábil são fatos ou questões contábeis utilizadas para 
que se possa provar determinada situação.
Segundo Zanna (2016), a perícia contábil tem por objeto a escrituração con-
tábil, os documentos que lhe dão suporte e as demonstrações contábeis e fi-
nanceiras dela resultante, os cálculos trabalhistas e financeiros, a apuração de 
haveres e seus balanços.
Assim, entende-se que a perícia contábil tem como objeto o patrimônio das 
pessoas, jurídicas ou físicas. Uma vez que o patrimônio se demonstra através 
da Contabilidade, os meios disponíveis para a perícia contábil são todos os 
componentes do sistema contábil venham a elucidar e esclarecer um litígio ju-
dicial.
1.4 A importância da Perícia Contábil
O Laudo ou Parecer técnico contábil, emitido pelo perito contador, é docu-
mento de fundamental importância na instrução processual, que visa por um 
lado esclarecer ao Juiz, elementos particulares daquela discussão, trazendo 
questões de caráter técnico-contábil para melhor compreensão, auxiliando na 
fundamentação da decisão a ser proferida. Por outro lado, procura auxiliar a 
parte, bem como o próprio perito judicial nos trabalhos periciais com o objetivo 
de que a verdade venha à tona e a Justiça seja feita. 
Como surgiu a Perícia? Qual é a finalidade da Perícia Contábil? Qual é o seu 
Objeto? Qual é a importância da Perícia nas decisões judiciais?
1.5 Legislação Vigente
Toda a carreira dos contabilistas, em geral, é regida pelas Normas Brasileiras 
de Contabilidade, que estabelecem um conjunto de regras e procedimentos da 
conduta profissional que devem ser atendidas pelos profissionais da área. E 
assim não é diferente com o perito-contador, este por sua vez, deve estar aten-
to às NBC TP 01 e NBC PP 01, que são as normas que regem a profissão de 
perito contador. 
PÁGINA 13
A NBC TP 01 trata das normas técnicas da perícia contábil, ou seja, dos proce-
dimentos que devem ser adotados quando ocorre a realização da perícia com 
relação ao planejamento, execução, procedimentos, laudo e parecer pericial 
contábil. É aplicável aos peritos contador nomeados em juízo, contratados pe-
las partes, escolhidos na arbitragem e também ao perito-contador assistente. 
Enquanto que a NBC PP 01 trata das normas profissionais do perito contábil, 
ou seja, dos direitos e deveres do profissional quanto a: competência técnico 
profissional, independência, impedimento e suspeição, honorários, sigilo, res-
ponsabilidade e zelo, bem como, utilização de trabalho de especialista e aper-
feiçoamento profissional. 
O Perito judicial também deve estar atento às normas do Código de Processo 
Civil, que em seu art. 156 elenca o perito como um dos auxiliares da justiça, 
vejamos:
Art. 156. O juiz será assistido por perito quando a prova 
do fato depender de conhecimento técnico ou científico. 
1.6 Perícia Contábil antes e após o Novo Código de Processo Civil 
(NCPC).
A legislação brasileira é bastante complexa e muda constantemente seus tex-
tos, visando melhorar a prática dos operadores do direito, bem como, a vida do 
cidadão comum que tem seu cotidiano, direta ou indiretamente, afetado pela 
mudança legal.
Neste sentido, observa-se a alteração do Código de Processo Civil, que era 
regido pela Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, e, que, foi revogado pela Lei 
nº 13.105, de 2015 (Novo Código de ProcessoCivil), que entrou em vigor em 
março de 2016.
Dentre as alterações e melhorias inseridas pelo novo Código, se destacam 
como aspectos relevantes (não contemplados no código anterior): Estimativa 
de honorários do perito (critério técnico); Especialização dos peritos; Cadas-
tro de peritos; Prova técnica simplificada; Comunicação do perito ao assistente 
técnico e acompanhamento da perícia; perito escolhido pelas partes; Estrutura 
de apresentação do Laudo Pericial. 
PÁGINA 14
1.7 Perícia Contábil Judicial, Extra Judicial e Arbitral
1.7.1 Perícia Contábil Judicial
A perícia judicial tem como escopo o aparecimento da verdade real (prova), de-
monstrável científica ou tecnicamente, subsidiando a convicção do agente jul-
gador. Ou seja, a perícia judicial é aquela realizada sob a tutela do judiciário, 
que provocado a decidir sobre determinada lide, encontrou nos pontos contro-
vertidos matéria técnica, necessitando de esclarecimentos de um expert, que 
por meio de seu laudo pericial, fornece elementos de convencimento para a 
tomada de decisão.
Alberto (2012, p. 38) afirma que: 
 
A perícia judicial é aquela realizada dentro dos procedi-
mentos processuais do poder judiciário, por determinação, 
requerimento ou necessidade de seus agentes ativos, e se 
processa segundo regras legais específicas. Esta espécie 
de perícia subdivide-se, segundo suas finalidades precí-
puas no processo judicial, em meio de prova ou de arbitra-
mento. 
1.7.2 Perícia Contábil Extra Judicial
Em outras palavras, a perícia extrajudicial é aquela realizada fora do judiciário, 
que atua em conflitos de particulares (pessoas físicas e/ou jurídicas), em suas 
relações privadas, que tentam se resolver sem envolver o Estado.
Utiliza-se da perícia contábil extrajudicial quando existe a necessidade da opi-
nião de um douto da matéria em questão, sendo exemplos os casos de cisão, 
fusão, incorporação e em questões administrativas de empresas.
É bastante comum em casos de perícia extrajudicial as partes não chegarem a 
um acordo, e posteriormente recorrerem ao judiciário.
Nesse contexto, é de extrema importância que o perito se atenha as normas 
vigentes, pois mesmo que a perícia tenha sido realizada fora do judiciário, ela 
pode vir a ser utilizada como prova em algum processo futuro, ou apresentada 
como cálculo em petições iniciais. 
PÁGINA 15
REFLITA
1.7.3 Arbitral
A Perícia arbitral ou arbitragem é criada pela vontade das partes envolvidas na 
lide, sendo realizada em instância decisória, onde serão determinadas as re-
gras que serão aplicadas à arbitragem.
Nesse sentido é considerada pelos profissionais da área como sendo a priva-
tização da justiça, pois, funciona como sendo o próprio árbitro da causa em 
questão. 
Alberto (2007, p. 39) define a perícia arbitral da seguinte forma:
“É aquela perícia realizada no juízo arbitral - instância de-
cisória criada pela vontade das partes -, não sendo enqua-
drável em nenhuma das anteriores por suas características 
especialíssimas de atuar parcialmente como se judicial e 
extrajudicial fosse.” 
Pode-se concluir que as partes elegem um indivíduo responsável para ser o ár-
bitro da perícia, as partes o obedecem como se fosse o juiz que delimitasse as 
regras, porém, fica claro que esta não tramita na esfera judicial e não se consti-
tui como extrajudicial. 
Quais foram as principais alterações introduzidas pelo Novo Código de Proces-
so Civil na perícia Contábil? Qual é a diferença entre Perícia Contábil Judicial, 
Extra Judicial e Arbitral?
PÁGINA 16
SAIBA MAIS
Principais diferenças entre Auditoria e Perícia Contábil.
ITEM PERÍCIA AUDITORIA
Escopo do trabalho
Deve acompanhar o laudo 
pericial como anexo, para 
confirmar a conclusão do pe-
rito. 
Constitui prova do 
auditor não, necessi-
tando de confirmação 
junto ao relatório ou 
parecer 
Opinião do profissio-
nal 
É absoluta, necessária, 
detalhista e precisa. 
É relativa, observa 
aspectos mais 
relevantes e materiais. 
Duração do trabalho 
De pouca duração. Tem data 
prevista para iniciar e termi-
nar. Não se repete. 
É continuado. A 
programação é 
previamente definida 
e em períodos 
convenientes. É 
repetitivo. 
Relacionamento do 
trabalho 
Com as partes (autor e réu) e 
o Juiz. 
Com toda a equipe do 
auditado onde o tra-
balho for realizado. 
Divulgação externa 
do resultado Não é divulgado 
Na imprensa escrita, 
normalmente em jor-
nal de grande circula-
ção. 
Local de realização 
do trabalho 
Normalmente no escritório do 
perito 
No escritório do audi-
tado ou do auditor 
Divulgação interna 
do trabalho 
Não é divulgado, fica à dispo-
sição das partes na Justiça. 
Mediante reunião do 
auditor com o audita-
do ao final do traba-
lho, antes da entrega 
do relatório 
Autoridade 
Tem autoridade que dispõe a 
lei e a que é concedida pelo 
Juiz. 
Não tem autoridade 
no processo da enti-
dade auditada. 
Fonte: http://www.crc-ce.org.br/
PÁGINA 17
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste primeiro módulo é importante entender que estamos aprendendo os con-
ceitos básicos de perícia contábil, como objetivo, objeto, legislação aplicável a 
prática pericial e sua tipologia.
Embora existam diferentes tipos de perícias, e, dentre elas a perícia contábil 
(Judicial, Extrajudicial e Arbitral), destaca-se neste trabalho a Perícia Judicial, 
com o intuito de melhor abordar o tema proposto e demonstrar a relevância 
social prestada pela classe contadora à Justiça, buscando elucidar os casos 
omissos através de investigações, exames, diligências, avaliações e indaga-
ções.
O perito judicial nomeado é um auxiliar da justiça que ajuda a resolver os confli-
tos através da busca pela verdade dos fatos, atuando de maneira imparcial às 
partes envolvidas na lide, sejam elas de natureza cível, trabalhista, tributária ou 
criminal, muitas vezes fazendo valer os direitos do cidadão comum, potenciali-
zando a sensação de justiça na sociedade. 
A perícia judicial pode ser determinada de ofício ou requerida por qualquer uma 
das partes, e, caso deferida, é nomeado pelo Juiz um perito oficial e facultado 
aos envolvidos na demanda a indicação de seus peritos assistentes.
O Perito-contador-judicial assume, portanto, um papel de extrema importância 
na demanda jurídica, sempre comprometido com a moral e a ética, sendo pro-
fundo conhecedor da matéria, demonstrando de maneira técnica e objetiva o 
seu trabalho, afim de facilitar o entendimento da autoridade judicial.
PÁGINA 18
CAPÍTULO
2 DIREITOS E DEVERES DO PERITO CONTÁBIL
Professor Heric Garcia 
Objetivos de Aprendizagem:
•	 Direitos e deveres do Perito Contábil;
•	 Penalidades aplicáveis na prática pericial;
•	 Entender o trabalho realizado pelo perito;
•	 A importância da ética na execução dos trabalhos;
Plano de estudo:
•	 Exigências para se tornar um perito contábil;
•	 Cadastramento de Perito Judicial;
•	 Ética nos trabalhos periciais;
•	 Direitos e Deveres dos peritos;
•	 Responsabilidade Civil e Penal;
•	 Trabalho realizado pelo Perito Oficial e Assistente.
PÁGINA 19
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
A Perícia Contábil é uma especialidade da Ciência Contábil, que vem se des-
tacando, principalmente, nos gabinetes dos magistrados, que reconhecem a 
necessidade de o profissional de perícia possuir o domínio de noções funda-
mentais quanto à produção de provas, já que aquele tem papel significativo ao 
apresentar a veracidade dos fatos e auxiliar à Justiça na decisão judicial. 
Neste segundo módulo verificaremos os critérios necessários para a inserção 
do contador como perito no mercado de trabalho judicial, bem como, identificar 
as atividades desenvolvidas por este profissional conforme as Normas Brasilei-
ras de Contabilidade (NBC) e o Novo Código de Processo Civil, analisando o 
perfil ideal de um Perito Contador. 
PÁGINA 20
2.1 Exigências para se tornar um Perito Contábil
Primeiramente, devemos lembrar que perito contador é o profissional regular-
mente registrado em Conselho Regional de Contabilidade, que exerce a ativi-
dadepericial de forma pessoal, devendo ser profundo conhecedor, por suas 
qualidades e experiência, da matéria periciada
Assim, o perito é aquele profissional que só aceitará a realização do trabalho 
pericial se o mesmo tiver capacitação, ou seja, todo o conhecimento técnico su-
ficiente para executar a atividade pericial. 
Mas não basta somente ter o conhecimento, para Sá (2011), o perito deve ser 
contador, estar registrado e em dia com suas obrigações perante o Conselho 
Regional de Contabilidade, conforme as normas e a lei. 
Alberto (2012) corrobora dizendo que o primeiro requisito legal exigível do peri-
to é de que seja profissional de nível universitário, porém com a observação de 
que seja profissional na matéria sobre a qual recairá a perícia. Logo o segundo 
requisito legal é que o perito esteja inscrito no órgão de classe competente.
Conforme a NBC PP 01, o perito deve comprovar sua habilitação como perito 
em contabilidade por intermédio de Certidão de Regularidade Profissional emi-
tida pelos Conselhos Regionais de Contabilidade. O perito deve anexá-la no 
primeiro ato de sua manifestação e na apresentação do laudo ou parecer para 
atender ao disposto no Código de Processo Civil. É permitida a utilização da 
certificação digital, em consonância com a legislação vigente e as normas esta-
belecidas pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileiras – ICP-Brasil.
O NCPC, ainda destaca em seu art. 156 que:
“§ 1o Os peritos serão nomeados entre os profissionais 
legalmente habilitados e os órgãos técnicos ou científicos 
devidamente inscritos em cadastro mantido pelo tribunal 
ao qual o juiz está vinculado.
§ 2o Para formação do cadastro, os tribunais devem 
realizar consulta pública, por meio de divulgação na rede 
mundial de computadores ou em jornais de grande circula-
ção, além de consulta direta a universidades, a conselhos 
de classe, ao Ministério Público, à Defensoria Pública e à 
Ordem dos Advogados do Brasil, para a indicação de pro-
fissionais ou de órgãos técnicos interessados.” 
PÁGINA 21
SAIBA MAIS
2.2 Cadastramento de Peritos Judiciais
Visando atender as exigências do Código de Processo Civil, o Conselho Fede-
ral de Contabilidade Editou a Resolução CFC Nº 1.502/2016, que dispõe so-
bre o Cadastro Nacional de Peritos Contábeis (CNPC) do Conselho Federal de 
Contabilidade (CFC).
Dentre os aspectos relevantes, podemos destacar que os peritos contadores 
tiveram até a data de 31 de dezembro de 2016 para se cadastrarem no Cadas-
tro Nacional de Peritos Contábeis, devendo, para tal, anexar documentos que 
comprovassem a sua experiência de atuação com perícia contábil.
Já a partir de 1º de janeiro de 2017, o ingresso no CNPC foi condicionado à 
aprovação no Exame de Qualificação Técnica (EQT), específico para a área 
contábil, regulamentado pelo CFC.
É importante destacarmos que a permanência do profissional no CNPC foi con-
dicionada à obrigatoriedade do cumprimento do Programa de Educação Profis-
sional Continuada, a ser regulamentada pelo CFC. 
O Cadastro Nacional de Peritos Contábeis (CNPC) do Conselho Federal 
de Contabilidade (CFC), tem o objetivo de oferecer ao judiciário e à sociedade 
uma lista de profissionais qualificados que atuam como Peritos Contábeis.
Desta forma, no Sistema CFC/CRCs identificam-se os peritos com o intuito de 
dar maior celeridade à ação do poder judiciário, uma vez que se poderá co-
nhecer geograficamente e, também, por especialidade a disponibilidade desses 
profissionais.
O CNPC se justifica tendo em vista o novo Código de Processo Civil Brasileiro 
(CPC), que entrou em vigor no dia 18 de março de 2016, determinando que os 
juízes sejam assistidos por peritos quando a prova do fato depender de conhe-
cimento específico e que os tribunais consultem os conselhos de classe para 
formar um cadastro desses profissionais.
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2.3 Ética nos trabalhos periciais
Neste tópico, é de suma importância destacarmos os itens dispostos nas Nor-
mas Brasileiras de Contabilidade. A NBC PP 01 dispõe sobre a aplicação do 
Código de Ética Profissional aos profissionais da perícia contábil, a NBC PG 
100 – Aplicação Geral aos Profissionais da Contabilidade e a NBC PG 200 – 
Contadores que prestam Serviços (contadores externos). 
O Código de Ética Profissional do Contador, ainda, esclarece que: 
Art. 5º O Contador, quando perito, assistente técnico, audi-
tor ou árbitro, deverá; 
I – Recusar sua indicação quando reconheça não se achar 
capacitado em face da especialização requerida; 
II – Abster-se de interpretações tendenciosas sobre a maté-
ria que constitui objeto de perícia, mantendo absoluta in-
dependência moral e técnica na elaboração do respectivo 
laudo; 
III – Abster-se de expender argumentos ou dar a conhecer 
sua convicção pessoal sobre os direitos de quaisquer das 
partes interessadas, ou da justiça da causa em que estiver 
servindo, mantendo seu laudo no âmbito técnico e limitado 
aos quesitos propostos; 
IV – Considerar com imparcialidade o pensamento exposto 
em laudo submetido à sua apreciação; 
V – Mencionar obrigatoriamente fatos que conheça e repute 
em condições de exercer efeito sobre peças contábeis ob-
jeto de seu trabalho, respeitado o disposto no inciso II do 
art. 2º; 
VI – Abster-se de dar parecer ou emitir opinião sem estar sufi-
cientemente informado e munido de documentos; 
VII – Assinalar equívocos ou divergências que encontrar no 
que concerne à aplicação dos Princípios de Contabilidade 
e Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo CFC; 
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2.4 Direitos e Deveres do Perito
Analisando o Código de Ética do Conselho Nacional de Peritos Judiciais do 
Brasil - CONPEJ, podemos destacar como direitos e deveres dos peritos:
1.1.1 Direitos: 
	Proposta de honorários, 
	Escusa por motivo justificado, 
	Dilação de prazos, 
	Solicitação de documentos, 
	Levantamento de 50% dos honorários no início dos trabalhos, 
	Poder de investigação. 
2.4.2 Deveres:
	Aceitação da nomeação (salvo por motivo plausível e legal), 
	Ética, imparcialidade e zelo profissional, 
	Comparecer nas audiências, 
	Responder aos quesitos ou justificar a impossibilidade de fazê-lo,
	Cumprimento de prazos processuais. 
2.5 Responsabilidade Civil e Penal
A legislação vigente determina responsabilidades e penalidades para o profis-
sional que exerce a função de perito, as quais consistem em multa, indeniza-
ção e inabilitação.
O art. 468 do Código de Processo Civil, esclarece que o perito poderá ser 
substituído nos seguintes casos:
I - Faltar-lhe conhecimento técnico ou científico; 
II - Sem motivo legítimo, deixar de cumprir o encargo no 
prazo que lhe foi assinado. 
§ 1o No caso previsto no inciso II, o juiz comunicará a ocor-
rência à corporação profissional respectiva, podendo, ain-
da, impor multa ao perito, fixada tendo em vista o valor da 
causa e o possível prejuízo decorrente do atraso no pro-
cesso. 
§ 2o O perito substituído restituirá, no prazo de 15 
(quinze) dias, os valores recebidos pelo trabalho não 
realizado, sob pena de ficar impedido de atuar como perito 
judicial pelo prazo de 5 (cinco) anos. 
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A legislação penal, ainda, estabelece penas de multa e reclusão para os profis-
sionais que exercem a atividade pericial e que venham a descumprir as normas 
legais. Vejamos:
Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a ver-
dade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intér-
prete em processo judicial, ou administrativo, inquérito poli-
cial, ou em juízo arbitral: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. 
§ 1o As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o 
crime é praticado mediante suborno ou se cometido com 
o fim de obter prova destinada a produzir efeito em proces-
so penal, ou em processo civil em que for parte entidade 
da administração pública direta ou indireta.
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2.6 Trabalho realizado pelo Perito Oficial
Perito oficial ou perito judicial é aquele nomeado pelo juiz, é o profissional que 
produzirá um relatório paraconstar como prova no processo. O perito repre-
senta a Justiça na perícia judicial, sendo um auxiliar direto do juízo. O trabalho 
realizado pelo perito oficial consiste na perícia judicial em si e todas as diligên-
cias necessárias para se obter as respostas para os quesitos formulados e os 
elementos de provas suficientes para a elaboração de seu parecer e o laudo 
pericial. 
2.7 Trabalho realizado pelo Perito Assistente
Não há essa referência no Código de Processo Civil – CPC, porém, ouve-se 
esta expressão em diversas regiões do país. Alguns dizem perito assistente 
para designar o assistente técnico. A colaboração do perito assistente é muito 
importante aos advogados, debatendo com os mesmos as possibilidades téc-
nicas quanto ao desenvolvimento da prova técnica contábil, culminando por 
sugerir quesitos ou proposição que possam solucionar os fatos controvertidos 
objetos da lide. 
Art. 466: 
§ 1o Os assistentes técnicos são de confiança da parte e 
não estão sujeitos a impedimento ou suspeição.
§ 2o O perito deve assegurar aos assistentes das partes 
o acesso e o acompanhamento das diligências e dos 
exames que realizar, com prévia comunicação, compro-
vada nos autos, com antecedência mínima de 5 (cinco) 
dias. 
Ou seja, o código supracitado, esclarece também que as partes terão 5 (cinco) 
dias, contados da data da intimação do despacho que nomeia o perito, para in-
dicar assistente técnico e apresentar os quesitos
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REFLITA
Professor, em que local a perícia contábil poderá ser realizada?
Nas Varas Cíveis: 
•	 Prestação de contas – Quando alguém tem o direito de exigir que ou-
trem lhe preste contas, porque tem o direito assegurado de exigi-las, e 
tal prestação não ocorre com defeitos e simulações, pode o interessado, 
como autor, propor a ação de “Prestação de Contas”. 
•	 Avaliações Patrimoniais – Nas ações que visam discutir o prejuízo da 
minoria sobre uma incorporação, cujos valores são contestáveis ou dis-
cutíveis. A perícia se dá sobre o laudo, sem abandonar a hipótese de 
verificar escrita contábil. 
•	 Litígios entre sócios – Violação de estatuto, suspeita de irregularidade, 
liberalidade excessiva. 
Nas Varas Criminais: 
•	 Fraudes e Vícios Contábeis - Exames já direcionados para detectar frau-
des. Fraudes contra sócios, contra herdeiros, contra o fisco, contra cre-
dores, justiça, etc.;
•	 Adulterações de lançamentos e registros; 
•	 Desfalques ou apropriações indébitas. 
Na Justiça do Trabalho: 
•	 Indenizações de diversas modalidades; 
•	 Litígios entre empregadores e empregados de diversas espécies.
Entre outros locais.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vencemos mais uma etapa, e nessa unidade percebemos que das áreas que 
um profissional da contabilidade poderá seguir, o ramo da perícia tem crescido 
consideravelmente. Assim, o perito contador deve ter em mente que o seu pa-
pel é fundamental para a resolução da controvérsia, razão pela qual seu traba-
lho deverá ser sempre pautado por sólido conhecimento da matéria, para que 
seus méritos tenham de fato relevância nas decisões judiciais.
Além disso, analisando a unidade estudada, outro ponto que não podemos ig-
norar é a questão da postura ética que tanto o perito judicial quanto o assisten-
te técnico estão submetidos, afinal, todo o conhecimento de que são detentores 
só será válido se aplicado com elevados padrões éticos e morais na busca pela 
verdade dos fatos.
Neste contexto, cabe ainda ressaltar que, embora o papel do assistente técnico 
seja justamente o de auxiliar a parte contratante na resolução do litígio, sendo 
um aliado em defesa de seus interesses, deve realizar seu trabalho dentro dos 
limites da lei e sem qualquer manipulação da verdade, valendo-se apenas de 
argumentos válidos e elucidativos e não de subterfúgios que só visam o atraso 
dos procedimentos judiciais.
Por fim, verificamos que entre os principais critérios de inserção dos peritos no 
mercado estão a qualificação, a experiência e a qualidade do laudo emitido. 
Assim, esses profissionais devem ser empreendidos por alguém de confiança 
do juiz, que tenha responsabilidade ética, moral e profissional, experiência em 
Perícia Contábil, notório saber em Contabilidade e que tenha noção do funcio-
namento do Poder Judiciário.
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CAPÍTULO
3 PRÁTICA PERICIAL 1
Professor Heric Garcia
Objetivos de Aprendizagem:
•	 Compreender as situações que impossibilitam o perito de exercer 
sua função;
•	 Planejamento e execução da perícia contábil;
•	 Elaboração da proposta de honorários; 
•	 Composição do termo de diligência.
Plano de estudo:
•	 Casos de Suspeição e Impedimento;
•	 Planejamento e Organização do trabalho pericial;
•	 Honorários Periciais
•	 Registro do tempo gasto com trabalhos periciais;
•	 Prazo para a execução da Perícia Judicial;
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INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Subimos mais um nível, e agora você já é capaz de compreender que Perícia 
Contábil é uma técnica de trabalho que está à disposição de pessoas físicas 
ou jurídicas, realizada por contadores, legalmente habilitados, a fim de apurar, 
esclarecer ou evidenciar certos fatos, ou seja, sua finalidade é estudar os con-
tornos, origens e reflexos que produz, para fornecer, através de um laudo, rela-
tório ou parecer, em linguagem acessível, condições para o julgamento e apre-
ciação jurídica do fato analisado.
O contador que se propõe a ser um profissional da área pericial irá encontrar 
algumas condições legais e grandes desafios para atuar como um auxiliar da 
justiça. Nesse sentido, o perito contábil deverá exercer a sua profissão com 
zelo, diligência, honestidade pautada nos princípios da consideração, respeito, 
apreço e solidariedade, em consonância com os postulados previstos no Códi-
go de Ética Profissional do Contabilista.
Em regra, o perito nomeado não poderá recusar o trabalho oferecido pelo ma-
gistrado, porém, nesta unidade, estudaremos alguns casos em que o contador 
não poderá exercer a função de perito judicial. Destacaremos também, a impor-
tância do planejamento pericial e da elaboração da proposta de honorários.
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3.1 Casos de Suspeição e Impedimento
Em regra geral, o profissional contábil nomeado como perito não pode 
recusar o chamado da Justiça. No entanto, o perito contábil pode recusar a pe-
rícia por vários motivos sem sofrer qualquer tipo de penalidade. Dentre essas 
escusas (recusas) estão o impedimento e a suspeição.
Os motivos de impedimento e suspeição são situações fáticas ou circunstan-
ciais que impossibilitam o perito de exercer, regularmente, suas funções ou rea-
lizar atividade pericial em processo judicial ou extrajudicial, inclusive arbitral. 
O Código de Processo Civil trata de impedimento e suspeição de juízes, nos 
artigos 144 a 148. Essa regra é aplicável (no que couber) aos peritos e demais 
auxiliares da justiça, por analogia, conforme o inciso II do artigo 148 do CPC: 
Art. 148. Aplicam-se os motivos de impedimento e de sus-
peição: 
I – ao membro do Ministério Público;
II – auxiliares da justiça; 
Ainda, conforme o Código de Processo Civil, o assistente técnico não 
está sujeito ao impedimento ou suspeição:
Art. 466. O perito cumprirá escrupulosamente o encar-
go que lhe foi cometido, independentemente de termo de 
compromisso.
§ 1º Os assistentes técnicos são de confiança da parte e 
não estão sujeitos a impedimento ou suspeição.
Apesar do CPC informar que o perito assistente não está sujeito ao impedi-
mento (de forma geral), entendemos que o impedimento técnico-científico para 
o perito assistente previsto na NBC PP 01 continua válido. Tal compreensão 
advém de que o perito assistente ao aceitar um trabalho no qual não possui 
capacidade técnica, apesar de não estar descumprindo expressamente o CPC, 
estará infringindo o Código de Ética e a NBC PP01.
O perito deve se declarar suspeito quando após nomeado, contratado ou esco-
lhido verificar a ocorrência de situações que venha suscitar suspeição em fun-
ção da sua imparcialidade ou independência e, desta maneira,comprometer o 
resultado do seu trabalho em relação à decisão. 
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No quadro a seguir, esquematizamos os casos de Suspeição abordados no 
Novo Código de Processo Civil, bem como, na Norma Brasileira de Contabilida-
de (NBC) PP 01: 
 
Casos de suspeição no CPC – art. 
145 Casos de suspeição NBC PP 01 
I - amigo íntimo ou inimigo de 
qualquer das partes ou de seus 
advogados; 
II - que receber presentes de 
pessoas que tiverem interesse na 
causa antes ou depois de iniciado o 
processo, que aconselhar alguma das 
partes acerca do objeto da causa ou 
que subministrar meios para atender 
às despesas do litígio; 
III - quando qualquer das partes 
for sua credora ou devedora, de 
seu cônjuge ou companheiro ou de 
parentes destes, em linha reta até o 
terceiro grau, inclusive; 
IV - interessado no julgamento do 
processo em favor de qualquer das 
partes.
 
§ 1o Poderá o juiz declarar-se 
suspeito por motivo de foro íntimo, 
sem necessidade de declarar suas 
razões. 
§ 2o Será ilegítima a alegação de 
suspeição quando: 
I - houver sido provocada por quem a 
alega; 
II - a parte que a alega houver 
praticado ato que signifique manifesta 
aceitação do arguido. 
a) ser amigo íntimo de qualquer 
das partes; 
b) ser inimigo capital de qualquer 
das partes; 
c) ser devedor ou credor em 
mora de qualquer das partes, 
dos seus cônjuges, de parentes 
destes em linha reta ou em linha 
colateral até o terceiro grau 
ou entidades das quais esses 
façam parte de seu quadro 
societário ou de direção; 
d) ser herdeiro presuntivo ou 
donatário de alguma das partes 
ou dos seus cônjuges; 
e )ser parceiro, empregador ou 
empregado de alguma das partes; 
f) aconselhar, de alguma forma, 
parte envolvida no litígio acerca 
do objeto da discussão; e 
g) houver qualquer interesse no 
julgamento da causa em favor 
de alguma das partes 
Fonte: Código de Processo Civil e Norma Brasileira de Contabilidade 
 
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O Perito Judicial deve se declarar impedido quando não puder exercer suas ati-
vidades com imparcialidade e sem qualquer interferência de terceiros, ou ocor-
rendo uma das seguintes situações: 
Casos de impedimentos 
CPC – art. 144
Casos de impedimentos 
NBC PP 01
Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado 
exercer suas funções no processo:
I - em que interveio como mandatário da parte, 
oficiou como perito, funcionou como membro do 
Ministério Público ou prestou depoimento como 
testemunha;
II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, 
tendo proferido decisão;
III - quando nele estiver postulando, como 
defensor público, advogado ou membro do 
Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, 
ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, 
em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, 
inclusive;
IV - quando for parte no processo ele próprio, 
seu cônjuge ou companheiro, ou parente, 
consanguíneo ou afim, em linha reta ou 
colateral, até o terceiro grau, inclusive;
V - quando for sócio ou membro de direção 
ou de administração de pessoa jurídica parte no 
processo;
VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário 
ou empregador de qualquer das partes;
VII - em que figure como parte instituição de 
ensino com a qual tenha relação de emprego ou 
decorrente de contrato de prestação de serviços;
VIII - em que figure como parte cliente do 
escritório de advocacia de seu cônjuge, 
companheiro ou parente, consanguíneo ou 
afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro 
grau, inclusive, mesmo que patrocinado por 
advogado de outro escritório;
IX - quando promover ação contra a parte ou 
seu advogado.
§ 2o É vedada a criação de fato superveniente 
a fim de caracterizar impedimento do juiz.
I - for parte do processo; 
II - tiver atuado como Assistente 
Técnico ou prestado depoimento 
como testemunha no processo; 
III - tiver cônjuge ou parente, 
consanguíneo ou afim, em linha reta ou 
em linha colateral até o terceiro grau, 
postulando no processo ou entidades 
da qual esses façam parte de seu 
quadro societário ou de direção; 
IV - tiver interesse, direto ou indireto, 
mediato ou imediato, por si, seu cônjuge 
ou parente, consanguíneo ou afim, em 
linha reta ou em linha colateral até o 
terceiro grau, no resultado do trabalho 
pericial; 
V - exercer cargo ou função 
incompatível com a atividade 
de Perito Judicial, em função de 
impedimentos legais ou estatutários; 
VI - tiver mantido, nos últimos cinco 
anos ou mantenha com alguma das 
partes ou seus procuradores, relação 
de trabalho como empregado, 
administrador ou colaborador 
assalariado; 
VII - tiver atuado, pessoalmente, como 
advogado de uma das partes ou de 
algum de seus procuradores 
 
Fonte: Código de Processo Civil e Norma Brasileira de Contabilidade 
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SAIBA MAIS
Caso o contador recuse a nomeação, este deve dirigir petição fundamentada 
ao juiz no prazo legal. Este prazo é de 15 dias contados da intimação ou de 
alguma hipótese de impedimento que venha a surgir durante o processo. Veja-
mos o que dispõe o Código de Processo Civil:
Art. 157. O perito tem o dever de cumprir o ofício no pra-
zo que lhe designar o juiz, empregando toda sua diligência, 
podendo escusar-se do encargo alegando motivo legítimo.
§ 1º A escusa será apresentada no prazo de 15 (quinze) 
dias, contado da intimação, da suspeição ou do impedi-
mento supervenientes, sob pena de renúncia ao direito a 
alegá-la.
O não cumprimento do prazo assinalado pode ensejar a substituição do perito 
em função Judicial. O art. 468, CPC, esclarece que o perito poderá ser substi-
tuído quando faltar-lhe conhecimento técnico científico ou, sem motivo legítimo, 
deixar de cumprir o encargo no prazo fixado pelo juiz.
No caso de perito assistente, a recusa será manifestada em resposta 
à parte que o indicou. Esta resposta será enviada com cópia para o juiz.
O foro íntimo (motivo íntimo) para rejeitar a perícia é algo subjetivo, decorrente 
dos valores éticos e sociais do perito. O contador pode recusar por motivo ínti-
mo, por exemplo, uma perícia que envolva determinada pessoa a qual ele não 
concorda com suas convicções religiosas ou políticas.
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REFLITA
 3.2 Planejamento e organização do trabalho pericial 
Para organizar e planejar uma perícia é necessário inicialmente conhecer o li-
tígio e a que época ele se refere, para isso o perito lê com atenção a petição 
inicial e a contestação.
Com a leitura da petição inicial o perito se atenta as alegações do autor da 
ação e na contestação os pontos divergentes da parte reclamada. Isso engloba 
observar os documentos juntados por ambas as partes.
Feito isso, o perito foca nos quesitos formulados pelas partes e planeja quais 
levantamentos técnicos serão necessários para respondê-los (cálculos, análi-
ses, pesquisas bibliográficas ou de legislação específica, etc.) 
Segundo Ornelas (2017), planejar o trabalho pericial é ordenar os procedimen-
tos que serão desenvolvidos para obter os elementos necessários ao laudo pe-
ricial.
Importante destacar que o planejamento de trabalho é realizado no escritório 
do perito, previamente à execução da perícia e visa, entre outros aspectos, 
criar um cronograma capaz de atender os prazos processuais.
Qual a diferença entre os casos de suspeição e impedimento na execução da 
Perícia? Porque o planejamento da Perícia Contábil é fundamental para a reali-
zação dos trabalhos periciais?
3.3 Honorários Periciais 
A NBC PP 01 apresenta aspectos muito importantes sobre como o perito irá 
elaborar sua proposta de honorários. Nessa elaboração, o perito dever consi-
derar os seguintes fatores:
	a relevância, 
	o vulto, 
	o risco, 
	a complexidade, 
	a quantidade de horas, 
	o pessoal técnico, 
	o prazo estabelecido, 
	e a forma de recebimento, entre outros fatores. 
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Nada mais justo, pois existem os mais variados trabalhos a serem realizados 
e, portanto, a proposta de honorários deve estar de acordo com as dificulda-
des que serão encontradas em sua realização, isto é, a proposta de honoráriosdeve ser bem fundamentada. 
O art. 465, § 2, do Novo CPC esclarece que:
§ 2o Ciente da nomeação, o perito apresentará em 5 
(cinco) dias: 
I - Proposta de honorários; 
II - Currículo, com comprovação de especialização; 
III - Contatos profissionais, em especial o endereço ele-
trônico, para onde serão dirigidas as intimações pessoais. 
O Código de Processo supracitado, ainda, destaca que cada parte adiantará 
a remuneração do assistente técnico que houver indicado, sendo a do perito 
adiantada pela parte que houver requerido a perícia ou rateada quando a perí-
cia for determinada de ofício ou requerida por ambas as partes. Assim, a quan-
tia para o pagamento dos honorários periciais será recolhida em depósito ban-
cário à ordem do juízo.
Caso houver a necessidade de desembolso para despesas supervenientes, 
como viagens e estadias, para a realização de outras diligências, o perito deve 
requerer ao juízo ou solicitar ao contratante o pagamento das despesas, apre-
sentando a respectiva comprovação, desde que não estejam contempladas ou 
quantificadas na proposta inicial de honorários.
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SAIBA MAIS
A Lei 13.467/17, trouxe alterações significativas em relação ao recebimento dos 
honorários periciais nos processos trabalhistas (Reforma). Anteriormente à mu-
dança da Lei, o artigo 790-B, estabelecia que o pagamento dos honorários pe-
riciais seria de responsabilidade do perdedor da demanda, mas se este fosse 
beneficiário da Justiça gratuita deixaria de arcar com tal ônus.
Com a alteração do artigo 790-B, a nova redação determina o seguinte:
“A responsabilidade pelo pagamento dos honorários pe-
riciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da 
perícia, ainda que beneficiária da justiça gratuita.”
Portanto, com a mudança trazida ao artigo 790-B, podemos constatar que o 
beneficiário da justiça gratuita, que antes não estava obrigado a arcar com o 
pagamento dos honorários do perito, agora terá sim que pagar o perito, se su-
cumbente (perdedor da demanda).
3.4 Prazos para a execução da Perícia Judicial
O juiz nomeará perito especializado no objeto da perícia e fixará de imediato o 
prazo para a entrega do laudo. O perito tem o dever de cumprir o ofício no pra-
zo estipulado pelo juiz, empregando toda sua diligência, podendo escusar-se 
do encargo alegando motivo legítimo, como vimos anteriormente.
O perito nomeado protocolará o laudo em juízo, no prazo fixado pelo juiz, pelo 
menos 20 (vinte) dias antes da audiência de instrução e julgamento. As partes 
serão intimadas para, querendo, manifestar-se sobre o laudo do perito do juízo 
no prazo comum de 15 (quinze) dias, podendo o assistente técnico de cada 
uma das partes, em igual prazo, apresentar seu respectivo parecer.
O art. 477, § 3, do Código Processual Civil, destaca que se houver necessida-
de de esclarecimentos, a parte requererá ao juiz que mande intimar o perito ou 
o assistente técnico a comparecer à audiência de instrução e julgamento, for-
mulando, desde logo, as perguntas, sob forma de quesitos. Logo, o perito ou o 
assistente técnico será intimado por meio eletrônico, com pelo menos 10 (dez) 
dias de antecedência da audiência.
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REFLITA
Como será elaborada a proposta de honorários? Qual é o prazo de execução 
de uma perícia judicial?
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta unidade, percebemos que a perícia se reveste de grande valor por apro-
fundar e trazer à luz da verdade, acontecimentos ocultos que, para serem es-
clarecidos, necessitam do conhecimento de profissionais dotados de capacida-
de técnica-científica e consciência ética. 
O principal objetivo da perícia é verificar a veracidade do objeto, sem levar em 
conta interesses pessoais das partes periciadas, focando o interesse maior que 
é o da coletividade
 O Perito Contador, no exercício de sua função, primeiramente, deve se autoco-
nhecer, e através da autocrítica direcionar suas atitudes não apenas com a in-
tenção de se autopromover, mas com a consciência de que sua função exerce 
implicações socioeconômicas, já que o resultado de sua atuação é prova para 
a aplicação da justiça. 
O exercício da perícia, por ser uma série de procedimentos dos quais decorrem 
direitos, deveres e responsabilidades inerentes à própria atividade como resul-
tado da atuação do perito, se baseia da constante observância dos requisitos 
legais e morais.
Portanto, é indispensável ao profissional, sempre atuar mantendo a qualidade 
técnica e a postura moral consciente, jamais deduzindo a verdade por presun-
ção, demonstrando fielmente as informações acerca da veracidade do objeto 
do seu trabalho.
Por fim, quando nos referimos ao profissional que exerce a função pericial é 
indispensável à postura ética e responsabilidade social, pois essas qualidades 
proporcionam ao perito a continuidade no mercado de trabalho dos seus servi-
ços e por sua vez respeito e confiança daqueles que necessitam de uma opi-
nião consumada.
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CAPÍTULO
4 PERÍCIA PRÁTICA II
Professor Heric Garcia
Objetivos de Aprendizagem:
•	 Conhecer as diligências e o papel de trabalho;
•	 Compreender os tipos de provas perícias;
•	 Entender os quesitos da perícia.
•	 Elaboração do laudo ou parecer pericial;
Plano de estudo:
•	 Diligências – Conceitos;
•	 Papéis de trabalho na Perícia Contábil;
•	 Provas Periciais – NCPC e NBC TP 01;
•	 Quesito – Conceitos e Definições;
•	 Laudo Pericial e Parecer Técnico – Conceitos e Definições;
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INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Nas unidades anteriores, entendemos que a Perícia Contábil se caracteriza 
como um instrumento considerável na resolução de conflitos judiciais, além de 
ser um trabalho de extrema relevância social, prestado pela classe contábil à 
justiça, com o objetivo de apurar a verdade por meio de investigações, exames 
e avaliações.
Analisamos também que a Perícia Contábil é uma especialidade da Ciência 
Contábil da qual a justiça utiliza o trabalho do Contador para auxiliar na 
resolução de conflitos que fogem do âmbito do direito, mas, para isso é preciso 
que o contador possua registro ativo no Conselho Regional de Contabilidade e 
esteja inserido no Cadastro Nacional de Peritos Contábeis (CNPC), sujeitando-
se aos casos de impedimento e suspeição previstos em lei.
Nesta unidade, aprofundaremos o nosso conhecimento sobre a prática 
pericial, revelando a sua importância no auxílio ao Poder Judiciário para 
elucidar fatos controversos, esclarecendo o que está oculto, a fim de atender 
às necessidades das partes envolvidas em um conflito, proporcionando o bem-
estar a todos aqueles que tenham interesse no esclarecimento do processo 
judicial.
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4.1 Diligências – Conceitos 
De acordo com Ornelas (2017), diligência é uma das fases do trabalho pericial 
e consiste no trabalho de campo. Ou seja, é o trabalho realizado para buscar 
os elementos necessários à confecção do laudo pericial.
As diligências realizadas, que podem ser cálculos, vistorias, exames, visitas 
in loco, etc., devem ser documentas através de termo próprio a ser incluso no 
laudo pericial contábil.
4.1.1 Termo de diligência
Termo de diligência é o instrumento por meio do qual o perito solicita 
documentos, coisas, dados e informações necessárias à elaboração do laudo 
pericial contábil e do parecer técnico-contábil.
Serve também para determinar o local, a data e a hora do início da perícia, e 
ainda para a execução de outros trabalhos que tenham sido a ele determinados 
ou solicitados por quem de direito, desde que tenham a finalidade de orientar 
ou colaborar nas decisões, judiciais ou extrajudiciais.
Caso ocorra a negativa da entrega dos elementos de prova formalmente 
requeridos, o perito deve se reportar diretamente a quem o nomeou, contratou 
ou indicou, narrando os fatos e solicitando as providências cabíveis.
Conforme a NBC TP 01, o termo de diligência conterá os seguintes itens:
(a) identificação do diligenciado; 
(b) identificação das partes ou dos interessados e, em 
se tratando de perícia judicial ou arbitral, o número 
do processo ou procedimento,o tipo e o juízo em que 
tramita; 
(c) identificação do perito com indicação do número 
do registro profissional no Conselho Regional de 
Contabilidade; 
(d) indicação de que está sendo elaborado nos termos desta 
Norma; 
(e) indicação detalhada dos documentos, coisas, dados 
e informações, consignando as datas e/ou períodos 
abrangidos, podendo identificar o quesito a que se refere; 
(f) indicação do prazo e do local para a exibição dos 
documentos, coisas, dados e informações necessários à 
elaboração do laudo pericial contábil ou parecer técnico-
contábil, devendo o prazo ser compatível com aquele 
concedido pelo juízo; 
(g) local, data e assinatura 
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SAIBA MAIS
O termo de diligência deve ser redigido pelo perito, ser apresentado 
diretamente ao perito-assistente, à parte, a seu procurador ou terceiro, por 
escrito e juntado ao laudo.
O perito deve observar os prazos a que está obrigado por força de 
determinação legal e, dessa forma, definir o prazo para o cumprimento da 
solicitação pelo diligenciado.
4.2 Papéis de trabalho
Entende-se por papéis de trabalho a documentação preparada pelo perito para 
a execução da perícia. Eles integram um processo organizado de registro de 
provas, por intermédio de termos de diligência, informações em papel, meios 
eletrônicos, plantas, desenhos, fotografias, correspondências, depoimentos, 
notificações, declarações, comunicações ou outros quaisquer meios de prova 
fornecidos e peças que assegurem o objetivo da execução pericial.
De acordo com a NBC TP 01, item 15, o perito deve documentar os elementos 
relevantes que serviram de suporte à conclusão formalizada no laudo pericial 
contábil e no parecer pericial contábil, por meio de papéis de trabalho, que 
foram considerados relevantes, visando fundamentar o laudo ou parecer e 
comprovar que a perícia foi executada de acordo com os despachos e decisões 
judiciais, bem como as normas legais e Normas Brasileiras de Contabilidade. 
4.3 Provas periciais
A perícia técnica tem por objetivo auxiliar o juiz com um conhecimento 
especializado que ele não possui, de modo a lhe dar condições objetivas para 
que tome a melhor decisão possível, formando seu convencimento a partir do 
esclarecimento técnico de questões controvertidas. 
Neste contexto, o Novo Código de Processo Civil (CPC) e as Normas 
Brasileiras de Contabilidade (NBC) reconhecem a importância da prova pericial 
e apresentam grandes inovações para a designação do perito.
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4.3.1 Prova pericial no Código de Processo Civil
A prova pericial consistirá em exame, vistoria ou avaliação, e poderá ser 
determinada de ofício ou a requerimento das partes. Vejamos o art. 464, CPC:
Art. 464 - A prova pericial consiste em exame, vistoria ou 
avaliação. 
§ 4o Durante a arguição, o especialista, que deverá 
ter formação acadêmica específica na área objeto de 
seu depoimento, poderá valer-se de qualquer recurso 
tecnológico de transmissão de sons e imagens com o 
fim de esclarecer os pontos controvertidos da causa. 
É importante destacar também que caso o objeto da perícia envolva aspectos 
de maior complexidade, abarcando diversas áreas de conhecimento, o juiz 
nomeará mais de um perito, haja vista a necessidade de que cada um seja 
especializado em sua respectiva área do saber.
4.3.2 Prova pericial nas Normas Brasileiras de Contabilidade
A prova pericial visa fundamentar as conclusões que serão levadas ao laudo 
pericial contábil ou parecer pericial contábil, e abrange, total ou parcialmente, a 
natureza e a complexidade da matéria.
As provas periciais dispostas na NBC TP 01 consistem em: exame, vistoria, 
indagação, investigação, arbitramento, mensuração, avaliação e 
certificação. 
4.3.3 Dispensa da prova pericial
A produção da prova pericial poderá ser dispensada quando as partes, na 
inicial e na contestação, apresentarem, sobre as questões de fato, pareceres 
técnicos ou documentos elucidativos que forem considerados suficientes pelo 
magistrado (art. 472, CPC).
4.3.4 Prova Técnica Simplificada
Em muitos casos, apesar da necessidade de conhecimentos técnicos ou 
científicos especializados para a comprovação de determinado fato, pode 
ocorrer que a causa não envolva questões de alta complexidade. Nesta 
hipótese o juiz poderá de ofício, ou a requerimento das partes, substituir a 
perícia por prova técnica simplificada, a qual consiste apenas na explicação do 
perito sobre os pontos controvertidos da causa. 
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REFLITA
Provas Periciais - NCPC Provas Periciais - NBC TP 01
O exame é desenvolvido mediante 
analise de livros e documentos 
(escrituração contábil, notas fiscais, 
guias de impostos, etc.) 
Vistoria é mais adotado na área 
medica ou de engenharia, mas na 
área contábil pode consistir em olhar 
ou observar determinada coisa ou 
fato. 
Avaliação envolve a valorização, 
ou seja, estimar valor em moeda a 
algo. 
O exame é a análise de livros, 
registros das transações e 
documentos. 
A vistoria é a diligência que objetiva 
a verificação e a constatação de 
situação, coisa ou fato, de forma 
circunstancial. 
A indagação é a busca de 
informações mediante entrevista 
com conhecedores do objeto ou fato 
relacionado à perícia. 
A investigação é a pesquisa que 
busca trazer ao laudo pericial 
contábil ou parecer pericial contábil 
o que está oculto por quaisquer 
circunstâncias. 
O arbitramento é a determinação de 
valores ou a solução de controvérsia 
por critério técnico. 
A mensuração é o ato de 
qualificação e quantificação física de 
coisas, bens, direitos e obrigações. 
A avaliação é o ato de estabelecer 
o valor de coisas, bens, direitos, 
obrigações, despesas e receitas. 
A certificação é o ato de atestar 
a informação trazida ao laudo 
pericial contábil pelo perito-
contador, conferindo-lhe caráter 
de autenticidade pela fé pública 
atribuída a este profissional 
Fonte: Código de Processo Civil e Normas Brasileiras de Contabilidade.
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4.4 Quesito – Conceitos e definições
Pode-se entender por questionário básico, os quesitos formulados, seja 
pelo juiz ou pelas partes, antes do início das diligências, isto é, antes do 
desenvolvimento da produção da prova pericial contábil e entrega da peça 
técnica.
Para Cordeiro de Mello (2017), os quesitos são questionários básicos que as 
partes formulam ao perito e que devem ser respondidos e fundamentados, não 
sendo aceitas apenas respostas “sim ou não”.
Resumidamente, são perguntas de natureza técnica ou científica a serem 
respondidas pelo perito judicial e apreciadas pelo magistrado, afim de 
fundamentar sua decisão.
Vale destacar que o juízo também poderá formular quesitos oficiais, sendo 
estes respondidos previamente, respeitando-se a hierarquia processual.
4.5 Laudo Pericial e Parecer técnico – Conceito e definição
O laudo pericial contábil e o parecer técnico-contábil são documentos nos 
quais os peritos devem registrar, de forma abrangente, o conteúdo da perícia 
e particularizar os aspectos e as minudências que envolvam o seu objeto e as 
buscas de elementos de prova necessários para a conclusão do seu trabalho. 
O laudo e o parecer são, respectivamente, orientados e conduzidos pelo perito 
do juízo e pelo perito-assistente.
Laudo pericial é a peça escrita, na qual os peritos contábeis expõem, de forma 
circunstanciada, as observações e estudos que fizeram e registraram as 
conclusões fundamentadas da perícia, ou seja, deverá ser elaborado de forma 
escrita e assinada pelo perito contador, tratando-se de uma peça formal que se 
junta aos autos do processo.
Para Ornelas (2017), laudo pericial contábil é a materialização do trabalho 
pericial, ou seja, é a própria prova pericial.
Conforme a NBC TP 01, o laudo pericial contábil e o parecer pericial contábil 
devem conter, no mínimo, os seguintes itens: 
•	 identificação do processo e das partes; 
•	 síntese do objeto da perícia; 
•	 metodologia adotada para os trabalhos periciais; 
•	 identificação das diligências realizadas; 
•	 transcrição e resposta aos quesitos:para o laudo pericial 
contábil; 
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•	 transcrição e resposta aos quesitos: respostas formuladas 
pelo perito-contador e as respostas e comentários do peri-
to-contador assistente; 
•	 conclusão; 
•	 anexos; 
•	 assinatura do perito e o seu número de registro em Conse-
lho Regional de Contabilidade.
4.5.1 Laudo de Esclarecimentos
Esclarecimentos são respostas oferecidas pelo perito aos pedidos de 
esclarecimentos do laudo pericial contábil e parecer pericial contábil, 
determinados pelas autoridades competentes, quando estas por algum 
motivo entenderem a necessidade da presença do perito na audiência, para 
descrever e explicar de maneira ordenada e pormenorizada o conteúdo 
do laudo pericial. Os quesitos de esclarecimentos efetuados podem ser 
respondidos de duas maneiras: 
 
(a) de forma escrita: os quesitos de esclarecimentos 
deferidos e apresentados ao perito, no prazo legal, 
podem ser respondidos por escrito e, neste caso, deverá 
ser entregue o original, na audiência, para a juntada nos 
autos. 
(b) de forma oral: os quesitos de esclarecimentos deferidos 
e apresentados ao perito, no prazo legal, podem ser 
respondidos de forma oral, cuidando para sanar as 
obscuridades, omissões, contradições ou interpretações 
distintas daquelas constantes no laudo pericial contábil. 
 
Se for necessário efetuar diligências para arrecadar novos documentos 
ou outros elementos de prova, o perito deve adotar todas as providências 
constantes nesta Norma, não podendo, no entanto, requerer honorários 
complementares para aquele feito. (NBC TP 01) 
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4.5.2 Laudo Suplementar 
Sobre o laudo complementar, o Novo Código de Processo Civil dispõe que as 
partes poderão apresentar quesitos suplementares durante a diligência e que 
poderão ser respondidos pelo perito previamente ou na audiência de instrução 
e julgamento. 
É importante, ainda, destacar que, conforme a norma supracitada, o juiz 
poderá não aceitar quesitos impertinentes (estranhos ao assunto) e também, 
poderá formular os quesitos que entender necessários ao esclarecimento da 
causa. Vejamos: 
Art. 470. Incumbe ao juiz: 
I - Indeferir quesitos impertinentes; 
II - Formular os quesitos que entender necessários ao 
esclarecimento da causa.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A elaboração da perícia judicial está pautada com o exercício profissional, 
motivo pelo qual, o perito designado para cumprimento do trabalho, carecerá 
obedecer não exclusivamente à legislação processual, como também à 
legislação regulamentadora de sua profissão. 
É o laudo pericial contábil que esclarece acerca do objeto em ação, por isso, 
sua forma de realização e sua qualidade é de extrema importância, já que o 
mesmo propiciara a autoridade melhores condições de interpretar os fatos e 
decidir o litígio. 
Ainda que a matéria não permita conclusão, em face de sua extensão e 
abrangência, as informações apresentadas nesta unidade evidenciam, de 
maneira irrefutável, que a prova pericial contábil para ser considerada como um 
trabalho científico, exige apresentar rigor tecnológico e estreita correlação com 
os registros contábeis periciados: os fatos, os dados, provas e documentos 
verificados; os quais, não permitem margem de dúvidas. 
Assim, a Perícia Contábil é o instrumento que traz às decisões judiciais a 
verdade comprovada de forma científica, onde a Ciência Contábil é aplicada de 
tal maneira que o Direito alcança sua plenitude, pois passa a contar, por meio 
desta, com um fundamento seguro e exato.
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MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
NA WEB
Título: Perícia Contábil.
Autoras: Paulo Cordeiro de Mello
Editora: SENAC
Sinopse: Levantamento de perdas e danos, revisão 
de encargos financeiros ou prestação de contas são 
alguns dos tipos de ações em que perito contábil 
é acionado pelo judiciário hoje. Cada vez mais 
indispensável para a solução de litígios na justiça, 
esse profissional elabora o laudo especializado para 
auxiliar o magistrado no esclarecimento de pontos 
controvertidos. Temas práticos como parecer técnico 
na inicial ou contestação de um processo judicial, 
auxílio na formulação de quesitos e tópicos que 
representam possíveis atuações de assistentes técnicos e peritos contábeis 
são aprofundados por Paulo Cordeiro de Mello em Perícia contábil. 
LEI Nº 13.105/2015. – CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL (CPC).
Link: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm
Normas brasileiras de contabilidade: perícia contábil: NBC TP 01 - 
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE
Link: https://cfc.org.br/wp-content/uploads/2016/02/NBC_TP_01.pdf
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REFERÊNCIAS
ALBERTO, Valder Luiz Palombo. PERÍCIA CONTÁBIL. 5. ed. São Paulo: 
Editora Atlas, 2012. 
 
Código de Ética dos Peritos Judiciais – CONSELHO NACIONAL DOS 
PERITOS JUDICIAIS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL; disponível 
em: https://www.conpej.org.br/codetica.pdf;
 
CORDEIRO DE MELLO, Paulo. PERÍCIA CONTÁBIL. 2.ed. atualizada. São 
Paulo: Editora SENAC, 2017. 
 
CORDEIRO DE MELLO, Paulo. A PERÍCIA NO NOVO CÓDIGO DE 
PROCESSO CIVIL. São Paulo: Editora Trevisan, 2016. 
 
LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015. – CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL 
(CPC). Brasília: DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO, 2015. 
 
MOURA, Ril. PERÍCIA CONTÁBIL: JUDICIAL E EXTRAJUDICIAL. 4.ed. Rio 
de Janeiro: Editora Freitas Bastos, 2017. 
 
Normas brasileiras de contabilidade: perícia contábil: NBC TP 01 e NBC PP 01 
- CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Brasília: Conselho Federal de 
Contabilidade, 2015. 
 
ORNELAS, Martinho Maurício Gomes - PERÍCIA CONTÁBIL - DIRETRIZES E 
PROCEDIMENTOS, 6ª ed. São Paulo: Editora Atlas, 2017. 
 
Resolução CFC Nº 1.502/2016 - CADASTRO NACIONAL DE PERITOS 
CONTÁBEIS (CNPC), Brasília: Conselho Federal de Contabilidade, 2016. 
 
Resolução CFC Nº 803/1996 - CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO 
CONTADOR, Brasília: Conselho Federal de Contabilidade, 1996. 
 
SÁ, Antônio Lopes de. - PERÍCIA CONTÁBIL. 10 ed. São Paulo: Editora Atlas, 
2011. 
 
SANTOS, Franklin - PERÍCIA CONTÁBIL, Recife: Editora Clube de Autores, 
2011 
 
ZANNA, Remo Dalla – PRÁTICA DE PERÍCIA CONTÁBIL. 6 ed. São Paulo: 
Editora IOB Sage, 2016.
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CONCLUSÃO
Atualmente o acesso à Justiça tornou-se mais democrático, não só por 
meios facilitadores que o próprio Poder Judiciário tem disponibilizado para a 
população, mas também por uma certa evolução da sociedade em geral, 
que, notoriamente, desde a popularização da internet no Brasil (em meados 
dos anos 2000), tem caminhado a passos largos para ser mais crítica e 
conhecedora de seus direitos, exigindo mais dos serviços públicos.
Neste sentido, houve também um significativo aumento do número de 
demandas judiciais, desde questões mais simples envolvendo apenas matéria 
de Direito, como também discussões mais complexas que tem como ponto 
principal matérias técnicas, necessitando do auxílio de um Perito.
Passou a ser cada vez mais comum a nomeação de um expert para auxiliar os 
juízes nos processos, sendo a sua atuação de extrema relevância na resolução 
dos litígios.
O laudo pericial é uma peça fundamental nas tomadas de decisões, por ser 
imparcial, é uma prova judicial firme e transparente, realizada com padrões 
técnicos que buscam somente a verdade dos fatos.
O módulo que se finda, teve por objetivo demonstrar os objetivos, as normas, 
as alterações na legislação, os tipos de perícia contábil, os requisitos 
necessários para se tornar um perito contador, bem como, exemplificar o 
trabalho do perito oficial, através de levantamentos bibliográficos atuais. Assim, 
o trabalho do perito além de ser importante no desfecho dos conflitos é, sem 
dúvidas, um multiplicador da sensação de justiça na sociedade.
Espero que tenha gostado do nosso curso. Ele é apenas uma parte dentro 
do grande universo da perícia, mas é uma ótima base para seguir adiante, 
conhecendo novas linguagens e metodologias de desenvolvimento na área 
contábil.

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