Buscar

Relacoes de Consumo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

(
Provas:
M1:
 
20/04
 
|
 
M2:
 
25/05
) RELAÇÕES JURÍDICAS DE CONSUMO Prof. CASSIANO MATTOSINHO
Escriba: Luciano Persi.
— RELAÇÕES DE CONSUMO —
Aula de 16/02/2022:
· Art. 5º, XXXII, CF — O Estado promoverá, na forma da lei, o CDC.
· Art. 48, ADCT — Congresso Nacional, dentro de 120 dias, elaborará CDC.
· Lei 8.078/90 — Código de Defesa do Consumidor.
O Direito do Consumidor é um ramo do Direito que visa proteger um sujeito (Consumidor), em todas as relações frente ao fornecedor.
· Princípio Republicano: Têm como concepção de igualdade, justiça e compromisso dos governantes com o bem comum. Assim, é necessário a intermediação do Estado para assegura proteção dos mais fracos.
· Princípio da Cidadania: São aqueles direitos universais garantidos para toda a coletividade, buscando uma igualdade na aplicação do Direito para todos.
· Princípio da Dignidade da Pessoa Humana: Este Princípio é fundamental para a efetivação das normas consumeristas.
· Princípio do Protecionismo: São aquelas normas instituídas pelo CDC que tem como objetivo a defesa dos consumidores.
· Princípio da Vulnerabilidade [Art. 4º, I, CDC]: Todo o consumidor é vulnerável perante o fornecedor. É justamente a vulnerabilidade que justifica a existência do CDC.
· Princípio da Hipossuficiência [Art. 6º, VIII, CDC]: Esse Princípio não trata apenas da condição financeira do consumidor, mas também, pela desvantagem na informação, pois o consumidor não possui elementos necessários para a obtenção de eventuais provas, para que seja demonstrado o nexo de causalidade. Assim, o órgão judicial deverá reconhecer essa disparidade entre as partes, obrigando o fornecedor informar aquilo que for necessário para a elucidação dos fatos.
· Princípio da Boa Fé Objetiva [Art. 4, III, CDC]: Deverá constar todas as informações do produto ou do serviço negociado. Em caso de descumprimento estará caracterizada a falha de informação.
· Objetivo do CDC é estabelecer e equilíbrio na relação de consumo, compatibilizando as necessidades dos consumidores frente a sociedade de uma forma digna e justa.
— RELAÇÕES DE CONSUMO —
Aula de 23/02/2022:
Art. 2º, CDC: Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
O consumidor na sua conceituação deverá possuir os seguintes elementos, quais sejam:
· Elemento Subjetivo: Pessoa física ou jurídica.
· Elemento Objetivo: Aquisição ou utilização do produto ou serviço. E por fim a sua destinação final.
— Teoria Finalista: Está restrita aquele consumidor vulnerável a relação contratual. Assim, como destinatário final é entendido por essa teoria que o consumidor coloca um fim na cadeia de produção, e não aquele que se utiliza daquele produto para dar continuidade à produção, pois este não seria o destinatário final. Pois está utilizando o bem para oferecê-lo futuramente ao seu consumidor final.
— Teoria Maximalista: Nesta teoria as normas do CDC, não tem como objetivo principal proteger o consumidor para essa teoria não importa a finalidade da aquisição ou do uso do produto ou serviço.
FORNECEDOR será aquele que possui habitualidade (principal característica).
FORNECEDOR não é a pessoa que produz ou fabrica aquele produto. Aquele que atua de forma isolada, não poderá se enquadrar como fornecedor.
Aula de Quarta-feira, 16/03/2022
CONSUMIDOR: Destinatário final + Vulnerabilidade.
FORNECEDOR: Habitualidade.
Produtos e Serviços: Art. 3º, §§ 2º e 3º, do CDC. Elementos Subjetivos: Fornecedor e Prestador. Elementos Objetivos: Produtos e Serviços.
· Direitos básicos do Consumidor.
· Responsabilidade pelo fato do produto e serviço.
· Responsabilidade por vício do produto ou serviço.
DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR
Art. 6º do CDC: São direitos básicos do consumidor:
I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos;
Este direito determina que os fornecedores devem ser diligentes na fabricação dos seus produtos ou realização dos seus serviços. Assim, os fornecedores devem ter os cuidados mínimos e adequados, para reservar a saúde e segurança dos consumidores ao colocarem os seus produtos ou serviços em circulação.
II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações;
O consumidor poderá escolher aquilo que melhor o atender. O fornecedor não poderá influenciar o consumidor a adquirir produtos que não lhe sejam necessários.
III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem;
É dever do fornecedor informar corretamente aos consumidores às informações relativas à preços, garantia, segurança e componentes daquele produto. Assim, o fornecedor atenderá a transparência que deve existir na relação consumerista.
IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços;
Ao fornecedor deve se impor a transparência e boa-fé nas relações comerciais, de publicidade e nos contratos.
V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas;
Trata-se de proteção contratual dos consumidores no combate à onerosidade excessiva, assegurando direitos de modificação das cláusulas contratuais que estabelecerem prestações desproporcionais, em face de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas.
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos
e difusos;
Quando for constatado uma lesão ao consumidor, este deverá ser ressarcido. Ressalta-se que está reparação poderá, inclusive, recair sobre os sócios da empresa (Vide Incidente de desconsideração da personalidade jurídica).
VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados;
Se garantido ao consumidor acesso ao judiciário, bem como aos órgãos de proteção ao consumidor (Procon), para solucionar os problemas ocasionados pelo fornecedor.
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;
A inversão do ônus da prova ocorrerá para beneficiar o consumidor, quando estiver presente a hipossuficiência do consumidor e as alegações forem verossímeis. Assim, é uma faculdade do juiz inverter este ônus, quando esta prova se demonstrar difícil para o consumidor.
IX - (Vetado);
X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral.
Esses serviços deverão ser bem executados aos consumidores. Contudo, no nosso cotidiano muitos destes serviços são entregues de maneira inadequada, inclusive, sendo prestados por terceirizados e não atendendo adequadamente aqueles consumidores.
Novos incisos:
XI - a garantia de práticas de crédito responsável, de educação financeira e de prevenção e tratamento de situações de superendividamento, preservado o mínimo existencial, nos termos da regulamentação, por meio da revisão e da repactuação da dívida, entre outras medidas;
XII - a preservação do mínimo existencial, nos termos da regulamentação, na repactuação de dívidas e na concessão de crédito;
XIII - a informação acerca dos preços dos produtos por unidade de medida, tal como por quilo, por litro, por metro ou por outra unidade, conforme o caso.
Parágrafo único. A informação de que trata o inciso III do caput deste artigo deve ser acessível à pessoa com deficiência, observado o disposto em regulamento.Aula de 30.03.2022
 (
RESPONSABILIDADE DO FATO
 
DO
 
PRODUTO
 
OU
 
SERVIÇO
)CDC, 12 — PRODUTO CDC, 13 — COMERCIANTE CDC, 14 — SERVIÇO
 (
RESPONSABILIDADE 
DO VÍCIO
 
DO
 
PRODUTO
 
OU
 
SERVIÇO
)CDC, 18 — PRODUTO CDC, 19
CDC, 20 — SERVIÇO
RESPONSABILIDADE CIVIL: OBJETIVA e SUBJETIVA. DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO.
“Independentemente de culpa” —— “Responsabilidade objetiva”.
É preciso compreender que a responsabilidade por vício ou segurança em que a utilização do produto, ou serviço é capaz de gerar riscos à segurança do consumidor ou de 3os, podendo causar um acidente de consumo.
No tocante à responsabilidade pelo vício do produto ou serviço, serão geradas quando os produtos ou serviços, não corresponderem às expectativas geradas pelo consumidor, quando da sua utilização.
STJ AgInt no AREsp 1414776 / SP (2020): "Da mesma forma, a responsabilidade do hospital, segundo o art. 14 do Código de Defesa do Consumidor, é objetiva, bastando a caracterização do defeito no serviço, do dano e do nexo de causalidade. O laudo pericial elaborado é conclusivo quanto a existência de nexo causal entre a demora e o óbito.
(...) Diante de tais elementos, não há como se concluir contrariamente à falha no atendimento prestado.
RESUMO RELAÇÕES DE CONSUMO
Existem duas espécies de responsabilidade civil, são elas:
· Subjetiva: leva em consideração a culpa do indivíduo;
· Objetiva: se baseia no risco da atividade desenvolvida por aquele que causou o dano.
*A responsabilidade no CDC é objetiva - não se exige a comprovação de culpa do fornecedor que, independentemente desta, responderá pelos danos ocorridos.
Nos casos em que o consumidor sofrer qualquer espécie de dano decorrente de defeito no produto, na prestação de serviços ou  ainda da falta de informações adequadas acerca dos mesmos, caberá a ele comprovar tão somente a conduta (ou seja, ação ou omissão do fornecedor), a existência de dano e o nexo causal entre ambos.
Base: Teoria do Risco = aquele que cria um risco, ou seja, o fornecedor ou prestador de serviços, deve responder por suas consequências independentemente da existência de culpa, de modo a evitar que o consumidor fique sem o devido amparo.
Responsabilidade pelo fato do produtos e do serviço, art. 12 ao 14;
Exceções: 
Fornecedor do Produto, art. 12, §3º:
· Demonstrar que não colocou o produto no mercado;
· Demonstrar que inexiste defeito;
· Comprovar que o dano foi decorrente de fato praticado pelo consumidor ou por terceiro, não tendo relação, portanto, com o produto disponibilizado.
Prestador de Serviços, art. 14, §3º:
· Provar que o defeito inexiste;
· Ou que os danos ocorreram por culpa exclusiva do consumidor ou de terceira pessoa.
Responsabilidade por vício do produto ou serviço, art. de 18 a 25; 
Os artigos 18 e 19 do CDC asseguram que a responsabilidade pelos vícios de qualidade ou quantidade, que tornem os produtos duráveis ou não duráveis, impróprios ou inadequados ao consumo, são solidariamente do fornecedor. São consideráveis como vício, produtos com diferença das indicações do recipiente, embalagem, rotulagem ou publicidade.
Art. 18, §1º se o vício não for resolvido no prazo de 30 dias, o consumidor tem o direito de pedir:
· a substituição do produto por outro da mesma espécie e em perfeitas condições; 
· restituição da quantia paga, atualizada monetariamente; 
· o abatimento proporcional do preço.
Para os produtos in natura (ex. alimentos retirado diretamente de plantas ou de animais, sem sofrerem alterações, como ovos), o comerciante será responsável, a não ser quando o produtor é identificado.
São considerados impróprios para consumo, os produtos que estão fora do prazo de validade, deteriorados, falsificados, corrompidos, que sejam nocivos à vida ou à saúde, ou que se revelem inadequados.
O Art. 20 especifica que a responsabilidade de vícios em serviços prestados, também é do fornecedor. São considerados impróprios, os serviços que se mostrem inadequados ou que não atendam as normas regulamentadas. Nesses casos, o consumidor pode exigir a reexecução dos serviços sem custo adicional, o abatimento proporcional do preço ou a restituição da quantia paga.
Nos artigos restantes da Seção III, fica explícito que:
Art. 21 - Em serviços com o objetivo de reparação de qualquer produto, é obrigação do fornecedor ter os materiais necessários para reposição e que sejam originais, adequados e novos ou que sigam as especificações técnicas do fabricante.
Art. 23 - Ainda que o fornecedor desconheça o vício encontrado no produto, é sua responsabilidade solucionar o problema da melhor maneira possível.
Art. 25 - Em caso contratual para prestação de serviços, é proibido qualquer cláusula que impossibilite ou atenue a obrigação de indenizar o consumidor.
Decadencia e Prescrição
Art. 26: O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:
I. 30 dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis;
II. 90 dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis.
§ 1º Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou do término da execução dos serviços.
§ 3º Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar evidenciado o defeito.
** perda efetiva de um direito que não foi não requerido no prazo legal,  há o perecimento do próprio direito material, caso o titular não o faça dentro do prazo, perderá seu direito material. 
Art. 27: Prescreve em 5 anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato do produto ou do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria.
** perda da pretensão de um direito subjetivo, ou seja, perda do direito de ação, de modo que o direito material subsiste, contudo, não pode mais ser alcançado pelas vias judiciais.
Desconsideração da Personalidade Juridica 
A mera insolvência da pessoa jurídica autoriza a desconsideração da personalidade jurídica, presumindo-se a existência de fraude, com base na teoria menor (não é necessário demonstrar a existência de desvio de finalidade ou de confusão patrimonial, requisitos presentes no art. 50 do Código Civil).
*A desconsideração pode ser aplicada de ofício, desde que seja verificada a configuração de uma das hipóteses do art. 28 pelo magistrado. Essa possibilidade decorre do fato de o CDC prescrever normas de ordem pública e interesse social.

Continue navegando