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RESENHA CRÍTICA

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
SETOR DE CIÊNCIAS JURÍDICAS,
CIÊNCIAS SOCIAIS E DIREITO
VITORIA ISABELA BARBOSA DA SILVA, RA: 21026362
KETELYN BERTASSONI ZABROSKI, RA: 21018262
RESENHA CRÍTICA
PONTA GROSSA - PR
2022
A obra “Manifesto do Partido Comunista” lançada em fevereiro de 1848 tem por
autores o polímata alemão Karl Heinrich Marx, nascido em 05 de maio de 1818. No auge de
seus dezessete anos ingressou no curso de Direito na Universidade de Bonn, logo se
transferindo para a Universidade de Berlim a fim de estudar Filosofia e mais tarde lecionar
na Universidade de Jena, a qual não chegou a ser nomeado por questões puramente
políticas. Anos mais tarde, em 1842, conheceu o filósofo prussiano e teórico político
Friedrich Engels enquanto dirigia o jornal “Gazeta Renana". Tempos depois, em dado
período que Marx juntamente com sua família moravam com Engels, estes fundam a
“Sociedade dos Trabalhadores Alemães" e também iniciam participação na "Liga dos
Justos", a qual tratava-se de uma sociedade comunista secreta de operários alemães.
Outrossim, Marx e Engels redigiram a obra em conjunto diante de uma proposta de
tarefa pelo Segundo Congresso da Liga dos Justos. Logo, foi publicada no ano em que
aconteciam constantes conflitos políticos e grave crise econômica na Europa, sendo assim,
este escrito fundamenta-se no ideal socialista e discorre a respeito da relação de trabalho e
luta de classes entre proletários e burgueses. E, trata-se de um dos documentos mais
famosos a respeito da ideologia política do comunismo. Contudo, diante do cenário e
contexto contundente Marx e sua esposa foram presos e expulsos da Bélgica. E, mais
tarde, se instalaram em Londres, onde fundou a "Associação Internacional dos
Trabalhadores", a qual ficou conhecida como "Primeira Internacional", e depois de
divergências, foi dissolvida em 1876. Além disso, anos depois, em 1867 Marx escreveu
também a grande obra “O Capital”, a qual elenca diversos conceitos acerca de bens e seu
valor, força de trabalho e até mesmo mercadoria, entre outros.
1. MANIFESTO COMUNISTA
O texto marxiano inicia-se com uma breve análise histórica, discorrendo acerca do
antagonismo entre opressores e oprimidos, ora, burgueses e proletários. A história da
humanidade é marcada pela constante oposição entre possuidores conquistadores em
domínio de possuídos conquistados. Basta voltar apenas alguns séculos anteriores para
notar a presença desta relação conflituosa que ainda perdura na contemporaneidade. No
período compreendido entre os séculos V ao XV, na Idade Média, a relação de trabalho e
organização daquela sociedade era o feudalismo, o qual se limitava ao servo que trabalhava
e gerava riqueza nas terras de seu senhor por nada mais que o básico para sua
sobrevivência, enquanto o senhor enriquecia às custas da força de trabalho de seus
subordinados.
As diferentes relações sociais de dependência e desigualdade tomou diversas
formas no decorrer do tempo, até chegar ao século XVIII com a grande indústria moderna.
Em consequência da luta de classes como motor da história e a formação da indústria, Marx
e Engels desenvolvem o que atualmente conhecemos como a teoria do materialismo
histórico dialético, isto é, os proletários trabalhavam em condições totalmente insalubres e
prejudiciais, subjugados de modo a aumentar o capital da classe dominante que os
mantinha trabalhando de tal forma indigna e oprimido-os, pois, a sobrevivência baseava-se
no trabalho quantitativo e qualitativo em benefício ao patrimônio e lucro burguês.
Diante disso, o operário passou a ser explorado pela classe detentora dos meios de
produção e da propriedade privada cada vez mais, enquanto as famílias burguesas se
deliciavam de todas as formas, as horas diárias do trabalhador fabril eram em função do
capital e não de si e os seus. Para a agenda capitalista não havia tempo a perder, somente
a trabalhar. Portanto, houve o momento de consciência por parte dos proletários, foi o
estopim para a união destes contra a classe dominante. Logo, a obra inicia neste ponto os
esclarecimentos quanto à derrubada de poder. Sendo assim, Marx e Engels defendem que o
proletariado deveria aniquilar a classe burguesa, mesmo que utilizando-se da violência. A
revolução comunista deveria suprimir a propriedade privada e as relações tradicionais. E,
assim, o operário torna-se a figura central de nação.
Todavia, é indubitável ressaltar que, como pontuam os autores, a revolução
comunista condiz com a organização da classe operária como dominante, de modo que tudo
fique a sua mercê, desde os meios de produção aos meios de comunicação e transportes do
país. Diante desta forma de estruturação social, segundo a visão marxiana, só assim haveria
igualdade entre todos.
2. O CAPITAL
Já no início temos um capítulo sobre as mercadorias, um complexo de contradições
capitalistas, os objetos que satisfazem as mais diversas necessidades do ser humano - das
mais objetivas e fisiológicas às mais subjetivas e metafísicas. Na visão de Marx, as
mercadorias têm valor de uso e valor, e representam categorias que expressam a oposição
fundamental do capitalismo. Por um lado, esconde o antagonismo entre capital e trabalho e,
na superfície da relação de troca, está a utilidade da mercadoria produzida, ou seja, a
manifestação do valor de uso ou uso da mercadoria. Por outro lado, porém, essa
representação em si é apenas uma aparência que nos engana, impedindo a percepção do
real processo de exploração inerente a ela, que é a verdadeira fonte de seu valor, valor que
deriva diretamente do ser humano. por aqueles que são incapazes de produzir por conta
própria, ou seja, os trabalhadores. No sistema capitalista, esses dois atributos são
características inerentes às mercadorias, e o valor de uso das mercadorias é a realização do
trabalho humano como trabalho concreto, que produz a ontologia das mercadorias e suas
propriedades físicas para atender a determinadas necessidades humanas. realização do
trabalho humano como trabalho abstrato, a "qualidade" unificada do trabalho humano, a
entidade trans sensorial de igual qualidade em cada produto do trabalho humano. Essa
propriedade comum e igual de todas as mercadorias permite que sejam iguais nas relações
de troca. Como síntese de opostos, a mercadoria no capitalismo é o produto do trabalho
humano, que é ao mesmo tempo individual e social. Ocorre tanto como consumo da força de
trabalho de um determinado indivíduo, especificamente, em sua produção, na sociedade,
como objeto de desejo que pode ser consumido no mercado, quanto realizado no mercado
como valor de troca.
As propriedades, valores de uso e valores das mercadorias se expressam em seu
confronto em um processo de troca, que no capitalismo não é apenas uma troca entre
mercadorias, mas uma troca entre pessoas com posições e papéis específicos na
sociedade. Marx nos diz que no capitalismo só quando é produzido (para criar valor e
utilidade a partir do trabalho daqueles que são incapazes de produzir autonomamente) e
consumido no mercado (vendido a quem não é capaz de produzir autonomamente se torna
uma mercadoria também tem método de produção própria). Portanto, para que esse
processo flua, tanto a produção quanto o consumo devem ocorrer e, nesse sentido, disse
Marx, as mercadorias só podem ser realizadas quando ocorrem as trocas, as vendas, que
vão impulsionar a produção de novas mercadorias e pronto. É neste ponto que um elemento
precisa ser entendido, o dinheiro. Nesse ciclo de produção-consumo, os detentores de
mercadorias devem assumir papéis definidos como compradores ou vendedores à medida
que se confrontam no processo de troca e, para trocar, as mercadorias precisam ser iguais
até certo ponto. Marx demonstrou que a mercadoria assumiu um papel específico na
evolução histórico-social que conduz ao capitalismo, a fim de possibilitar comparações entre
elas e, assim, possibilitar a troca, de modo que uma mercadoria passou a assumir o queele
chamou de um caminho relativo. Outro equivalente. Marx se referiu ao equivalente geral
como uma mercadoria que tem essa capacidade e ao mesmo tempo serve como medida de
todas as outras mercadorias, e a mercadoria fixada nessa posição, historicamente, é
chamada de dinheiro. Em diversos momentos o ouro e a prata ocuparam o “papel” de
dinheiro na sociedade.
Com base nessas categorias, Marx passou a lidar com o fetichismo. O fetichismo é
aqui interpretado não apenas como uma característica psicológica, mas também objetiva do
papel das mercadorias no capitalismo, que mascara outras relações sociais envolvidas no
processo de produção e troca de mercado. Quando você coloca uma mercadoria à sua
frente, você não tem acesso sensível às relações de produção objetivadas nessa
mercadoria, o trabalho humano, como causa de valor. Para Marx, isso é um mistério, um
mistério criado pelo capitalismo, que ao enfatizar a troca de valores de uso expressos em
dinheiro, os trata como expressando o valor real das mercadorias, que é conferido pelo
trabalho. Ao criar essa ilusão, as mercadorias são vistas como objetos naturais, prontos e
prontos, uma visão propagada pela economia neoclássica que as vê despojadas de suas
relações inerentes de trabalho-exploração.
Marx também trata o dinheiro como capital, ou seja, dinheiro trocado por dinheiro
adicional ao final de uma relação comercial. Esse fenômeno não pode ser explicado pela
simples relação de troca, pois a troca incluiu apenas a metamorfose das formas mercantis e
sua redistribuição nas mãos de seus proprietários, nunca aumento ou diminuição de valor. A
mais-valia é possível em condições muito específicas, incluindo a exploração do trabalho
apropriado pelo capitalista e não devidamente custeado no processo de produção.
Consequentemente, é necessário um processo histórico específico, o desenvolvimento do
capitalismo, para dividir-se a sociedade entre os donos dos meios de produção e os
vendedores da força de trabalho, a fim de concretizar o processo que transmuda dinheiro
em capital. Segundo Marx, esse processo decorre da possibilidade de valorização do próprio
dinheiro, ou seja, da conversão de dinheiro e mais dinheiro da produção de bens através da
exploração do trabalho de quem não possui os meios de produção, trocados no mercado de
equivalentes gerais e consumidos por aqueles que também não têm meios para produzi-los
de forma independente. E a comunidade liderada pela ocorrência desse conflito torna-se
mediadora com algo sem sentido, dinheiro como dinheiro. Isso envolve a mesma coisa de
encantamento e reificação quando tomamos o dinheiro (patrimônio comum) como uma coisa
viva, vital, vital e plenamente sentida em si, para alcançá-lo reduzindo as pessoas a meros
recursos (maneiras de obter mais dinheiro), transformando-as em engrenagens. de
produção, auto-reforço. Portanto, o fetichismo material, e especialmente o do dinheiro,
permitirá o seguinte: “Como no dinheiro não se pode perceber o que foi nele transformado,
tudo, seja mercadoria ou não, transforma-se em dinheiro. Tudo se torna vendável e
comprável. A circulação se torna a grande retorta social, na qual tudo é lançado para dela
sair como cristal de dinheiro A essa alquimia não escapam nem mesmo os ossos dos santos
e, menos ainda, as mais delicadas res sacrosanctae, extra commercium hominum [coisas
sagradas, que não são objeto de comércio dos homens].” (MARX, 2013, p. 205)
3. CONCLUSÃO
Com base no exposto, cabe ressaltar que as obras resenhadas têm grande
importância e relevância no contexto contemporâneo, visto que, a desigualdade e
exploração capitalista ainda é uma realidade predominante. Diante da situação de
antagonismo de classes presente em toda a história da sociedade, os textos de Marx e
Engels analisam esta retrospectiva histórica das relações de trabalho e subjugação, logo
mais, trazendo doses de expectativa sob a revolução proletária e esperança de que o
sistema em questão - o capitalista, decaia e possa então existir um sistema administrativo
com os seus meios de produção totalmente centralizados em mãos únicas e de caráter
igualitário, sem qualquer propriedade privada ou trabalho assalariado. E também, a obra
convida os operários para unir-se em prol da ideologia comunista.
Ademais, Marx propõe uma interpretação crítica do sistema econômico capitalista, o
que provoca objeções dos primeiros economistas, como Adam Smith. Também definiu
conceitos como classe, trabalho, meios de produção e mais-valia. Na ordem natural, os bens
são trocados na proporção do tempo de trabalho exigido pela sociedade para produzir
(valor). Na esfera capitalista, a propriedade escapa à ordem natural e torna-se fonte de
exploração dos trabalhadores. A competição entre capitalistas para controlar a quantidade
de dinheiro excedente leva à formação da taxa geral de lucro e, portanto, à transformação
da natureza dos bens, trabalho e valor dando origem à filosofia atual conhecida hoje como
marxismo.
4. REFERÊNCIAS
MARX, K. (2005). Manifesto Comunista. São Paulo: Boitempo.
FRAZÃO, Dilva. Biografia de Karl Marx. Disponível em:
https://www.ebiografia.com/karl_marx/. Acesso em: 08 ago. 2022.
MARX, K. (2017). O Capital: Crítica da Economia Política. Livro I: O processo de produção
do capital (2a ed.) São Paulo: Boitempo, 113-251.
https://www.ebiografia.com/karl_marx/

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