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MIOLOGIA - GENERALIDADES DE MÚSCULOS

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Arthur Rodrigues Cardoso - Turma 150
Universidade Federal de Pernambuco
MIOLOGIA - GENERALIDADES DE MÚSCULOS
Conceito: são massas avermelhadas escuras, popularmente conhecidas como “carne” e que
correspondem a cerca de 40% do peso corporal.
FUNÇÕES
- São estruturas capazes de produzir contrações e gerar:
- Locomoção (movimento);
- Sustentação
- Forma ao corpo
- Fornecer calor
CÉLULAS MUSCULARES
Devido à sua forma alongada, são denominadas fibras musculares.
CLASSIFICAÇÃO
- Tecido Muscular Liso (Vísceras)
- Tecido Muscular Estriado
- Cardíaco
- Esquelético: fixado às peças do esqueleto, considerado um elemento ativo do
aparelho locomotor.
O aspecto “estriado” deve-se a organização das proteínas em faixas claras e escuras.
Os músculos estriados são voluntários e formam a camada muscular de alguns órgãos dos
sistemas: digestório, respiratório e genito-urinário.
CONSTITUIÇÃO DO MÚSCULO
ESQUELÉTICO
Cada fibra muscular está envolvida pelo
ENDOMÍSIO (tecido conjuntivo envolvente).
Essas fibras se juntam a outras formando o
feixe muscular, o qual é envolvido pelo
PERIMÍSIO (tecido conjuntivo envolvente).
Os feixes musculares se reúnem dando
origem ao ventre ou corpo muscular, que é
envolvido pelo EPIMÍSIO (tecido conjuntivo
envolvente). O ventre muscular é a porção média
(entre tendões) e contrátil.
Tendões, normalmente em número de
dois, são inextensíveis e localizam-se nas
extremidades. São responsáveis por fixar o
músculo ao esqueleto. São cilíndricos, fortes,
brancos e constituídos por um tecido conjuntivo
denso modelado. A aponeurose são os
tendões com forma plana e espessura fina.
Arthur Rodrigues Cardoso - Turma 150
Universidade Federal de Pernambuco
CLASSIFICAÇÃO DOS TENDÕES
Quando um músculo se contrai, um dos seus tendões permanece fixo e é chamado de
TENDÃO DE ORIGEM ou CABEÇA DO MÚSCULO. O tendão que se movimenta recebe
o nome de TENDÃO DE INSERÇÃO ou CAUDA DO MÚSCULO.
Para os músculos apendiculares (aqueles que estão localizados nos membros),
pode-se utilizar como critério para identificar o tendão de origem e o de inserção, o tendão
mais proximal (de origem) e o mais distal (o de inserção).
CLASSIFICAÇÃO DOS MÚSCULOS ESQUELÉTICOS
1. QUANTO A FORMA
a. Longos: comprimento maior que a
largura e espessura. Encontrados, principalmente,
ao nível dos membros. Dividem-se em: cônicos,
fusiformes e cilíndricos.
b. Largos: a largura e o comprimento
se equivalem e excedem a espessura. São
encontrados constituindo a camada muscular das
cavidades naturais, ou seja, abdominal, torácica,
pélvica e craniana. Dividem-se em: triangulares,
quadrangulares e rombóides. Seu tendões são as
aponeuroses.
c. Curtos: as três dimensões
equivalem. São encontrados em regiões onde se
necessita de grande força muscular com pequeno
deslocamento, por exemplo, ao longo da coluna
vertebral e no aparelho mastigador.
d. Circulares: semelhantes aos largos, encontrados ao redor dos orifícios e
canais naturais, tais como orifício da cavidade oral, cavidade orbitária, o canal
anal, etc. Dividem-se em orbiculares e esfincterianos (se encontram em
contração, o relaxamento é que permite a abertura do canal)
2. NÚMERO DE TENDÕES DE
ORIGEM:
a. Bíceps;
b. Tríceps;
c. Quadríceps.
OBS: a inserção vai ser única para todas
as três possibilidades.
3. NÚMERO DE VENTRES:
a. Monogástricos (maioria);
b. Digástricos (com um tendão
intermediário); (No pescoço)
c. Poligástricos (com mais de um
tendão intermediário).
Arthur Rodrigues Cardoso - Turma 150
Universidade Federal de Pernambuco
4. QUANTO AO NÚMERO DE CAUDAS
a. Monocaudado;
b. Multicaudado.
5. ARRANJO DAS FIBRAS
MUSCULARES EM RELAÇÃO AOS
TENDÕES:
a. Paralelo
i. Em forma de fita
ii. Convergente/Fusiforme
b. Oblíquo (lembra uma pena)
i. Semipeniforme/Unipenado;
ii. Peniforme/Bipenado;
iii. Multipeniforme/Multipenado.
c. Circular
6. DE ACORDO COM A INSERÇÃO
a. Esqueléticos: inserem-se nos ossos;
b. Cutâneos: inserem-se na pele;
c. Articulares: um de seus tendões insere-se
nas articulações (cápsula articular).
7. QUANTO À TOPOGRAFIA (LOCALIZAÇÃO)
a. Axiais: no tronco;
b. Apendicular: nos membros.
8. QUANTO À AÇÃO
a. Antagonista: se opõe à ação;
b. Agonista: realiza à ação.
Ex: movimento de flexão do cotovelo, o principal
músculo que realiza esse movimento é o bíceps braquial,
que é agonista, enquanto o tríceps é antagonista. Já durante
a extensão, o bíceps braquial não realiza mais esse movimento, ao contrário, ele se opõe,
sendo um antagonista, enquanto que o tríceps vira o agonista.
9. QUANTO À FUNÇÃO:
a. Flexores;
b. Extensores;
c. Abdutores;
d. Adutores;
e. Rotatores;
f. Pronadores
g. Supinadores.
Arthur Rodrigues Cardoso - Turma 150
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NOMENCLATURA
ANEXOS MUSCULARES
1. Fáscia: revestimento mais externo dos músculos. Membrana compacta inelástica,
que forma uma bainha em torno de grupos musculares (todos os ventres), facilitando
seu deslizamento na contração. A fáscia é distinta do epimísio, pois é o revestimento
mais externo dos músculos, mantém-nos em suas posições.
2. Bainha fibrosa dos tendões/ligamento vaginal: os tendões dos músculos
flexores dos dedos, antes de se inserirem nas falanges, caminham uma extensão
variável sobre a superfície óssea. Essa superfície apresenta sulcos, chamados canais
ósseos. A tendência seria que, durante a contração muscular os tendões se
deslocassem para dentro desses canais, para que isso não ocorra, a bainha fibrosa cria
um conduto ósteo-fibroso no qual, interiormente, ficará o tendão. Assim, o tendão
não sai da sua posição quando o músculo se contrai. Objetivo: fixar o tendão
dentro do canal ósseo.
3. Bolsa sinovial: idênticas a bainha sinovial dos tendões e membrana sinovial da
cápsula articular. Contém um líquido que facilita o deslizamento dos músculos,
tendões e fáscias. Elas reduzem o atrito, interpondo-se entre os músculos e a cápsula
articular. Não são necessariamente unidas à cavidade sinovial da articulação, podem
desenvolver-se no tecido conjuntivo ao redor dos músculos ou tendões como
cavidades independentes de paredes macias, contendo uma pequena quantidade de
líquido lubrificante.
4. Bainha sinovial dos tendões: existe a possibilidade de atrito entre o tendão e sua
bainha fibrosa, então, para evitar isso, existe a bainha sinovial dos tendões que forra
as paredes do conduto ósteo-fibroso. Essa bainha, cuja finalidade é lubrificar e
reduzir atrito, tem estrutura semelhante às sinoviais das articulações.
Arthur Rodrigues Cardoso - Turma 150
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A bainha sinovial forma quase completamente dois tubos concêntricos,
apresentando dois folhetos, um externo, que forra a face interna das paredes
do conduto e é chamado de folheto parietal; e outro interno, que está em
contato com o tendão, A continuidade entre os dois folhetos é feita pelo
mesotendão. Entre dois folhetos existe a cavidade sinovial que está preenchida por
um líquido de mesma composição do líquido sinovial das articulações.
Bursite: inflamação da bolsa sinovial dos tendões.

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