Buscar

Transpiração e Perda de Água nas Plantas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Sabemos que apesar de ser abundante a água se tornou um recurso bastante escasso quando se trata de sua 
disponibilidade para as plantas, pois além de sua má distribuição nas regiões áridas e semiáridas, as plantas são pouco 
eficientes no uso de água, uma vez que a retém muito pouco para as suas necessidades (água de constituição, de 
transporte, reagente e de turgescência). 
Transpiração – perda de água que ocorre principalmente em forma de vapor. 
 
O processo de transpiração é muito importante pelo seu: 
 Efeito refrigerante – embora possa ser discutível, quando se considera o desempenho das plantas CAM 
 Efeito no crescimento – o estresse hídrico causaria menor fotossíntese, devido à diminuição da turgescência 
Sempre que a umidade relativa do are no interior de uma folha for 
maior que a da atmosfera, irá se desenvolver um gradiente de 
transpiração, ou seja a perda de água em forma de vapor. 
Umidade relativa do ar no interior da folha 
= 
 Umidade relativa do ar da atmosfera 
Gutação – perda de água em forma líquida, quando as condições 
favorecem (solo quente, com bastante água e umidade relativa do ar elevada. 
A transpiração responde pela entrada e saída de água na planta. É na verdade, a difusão do vapor d’água através de um 
sistema biológico, que obedece a um gradiente de potencial entre a pressão de vapor d’água na folha e a pressão de 
vapor na atmosfera. Fases da transpiração: 
 Evaporação (processo físico) – da água nas paredes celulares para os espaços intercelulares. 
 Difusão (processo fisiológico) para atmosfera através dos estômatos. 
Tipos de transpiração 
Transpiração estomática – É por onde se realiza a maior parte da transpiração, pois os estômatos constituem a 
via de escape de menor resistência oferece à difusão gasosa. Corresponde a 90% das perdas de água da planta. É o tipo 
mais eficiente de transpiração e pode ser controlada pela planta, que consegue aumentar ou diminuir a perda de água, 
dependendo do ambiente me que se encontra. 
 
Fatores que afetam a intensidade de transpiração: 
Água retirada 
do solo pelas 
raízes
É transportada 
através do 
xilema
Água chega às 
células do 
mesófilo das 
folhas
Evapora para 
os espaços 
intercelulares
O vapor d'água 
difunde-se 
pelos poros 
estomáticos e 
atravessa a 
camada 
limitrofe de ar.
Fatores externos - Área superficial, forma e disposição das folhas e sua estrutura interna (estrutura e composição 
da cutícula, número, distribuição e tamanho dos estômatos.) 
Fatores internos – luz, umidade do ar, temperatura, vento e disponibilidade de água no solo. 
Folhas flácidas perdem pouca água, pois os estômatos permanecem fechados. 
Transpiração cuticular – As células da epiderme são revestidas por uma camada de substância cerosa chamada 
cutina, normalmente muito espessa em regiões desérticas. Esse tipo de transpiração implica na difusão direta do vapor 
d’água través da cutícula (cutina exposta ao ar). Corresponde a 10% total da transpiração, em planta de regiões áridas a 
camada de cutina é espessa e em algumas cactáceas esse tipo de transpiração corresponde a 0,05%. 
Obs: a impermeabilidade nem sempre está relacionada a espessura da cutícula, o que importa é a sua estrutura, isto é, a 
sua riqueza em substâncias impermeabilizantes (cutina, ceras, pectinas e 
celuloses) 
 Transpiração lenticular – é a que se dá através de lenticelas (pequenas aberturas 
ou poros que existem na periderme de caules e ramos). A perda por esta via é 
muito pequena comparada as anteriores. Pode ser significativa em plantas 
decíduas (caducas) nas estações mais secas. 
 Fatores externos 
 Luz – Dos fatores diurnos a radiação solar é quem mais influência, pois, 
os estômatos são muito sensíveis à luz (abrem) e porque esta fornece a energia 
necessária para evaporação da água. A intensidade da luza, qualidade 
(comprimento de onda) e duração (fotoperíodo). 
Folhas + escuras absorvem + calor 
Umidade do ar - Quanto mais baixa a umidade do ar circundante, mais rapidamente se dá a transpiração, pois o 
gradiente de potencial da água da folha/ar é maior. 
Temperatura – Quando todos os fatores são constantes, o aumento da temperatura até 25-30°C, favorecendo 
a abertura estomática. Entretanto, acima dessa temperatura, há aumento na respiração (+ concentração de CO2 interna, 
fecha estômatos). Folhas mais que o ar, transpiram até com ar aturado. Folhas mais frias ocorre a deposição de água-
orvalho (deserto). 
Vento – O movimento do ar sobre as folhas tende a remover o vapor d’água, podendo aumentar o gradiente 
de potencial, provocando a transpiração. Porém, sob grande velocidade, o vento pode induzir o fechamento estomático, 
por déficit hídrico ou até por agitamento mecânico das folhas. 
Disponibilidade de água no solo – Sempre que a transpiração supera a velocidade de absorção de água pelas 
raízes, estabelece-se um déficit hídrico, provocando murcha incipiente, com o fechamento estomático. Isto está associado 
com a elevação dos níveis dos fitohormônio ácido abscísico (ABA), que aumenta, quando o déficit hídrico chega a 10%. 
Fatores intrínsecos 
 Relação raiz/parte aérea – A transpiração aumenta ao aumentar a relação R/PA A eficácia da superfície 
absorvente (raiz) e as superfície de evaporação (folhas), regulam a velocidade da transpiração. 
 Raiz = Parte aérea 
 Área superficial – Quanto maior a área foliar maior será a perda de água. Entretanto, por unidade de superfície, 
plantas menores podem transpirar a uma velocidade maior que as plantas grandes. 
 Forma e disposição das folhas – A forma e disposição de como as folhas estão distribuídas, podem afetas a 
transpiração, pelo sombreamento mútuo sobre os estômatos e devido aos efeitos de movimentação do ar. 
 Estrutura interna: 
a) Estrutura e composição da cutícula (mais ou menos espessa); 
b) Número, tamanho e distribuição dos estômatos; 
c) Quantidade e localização dos vasos; 
d) Proporção paliçádico/lacunoso; 
e) Cor das folhas; 
f) Inserção dos ramos; 
g) Cutícula espessa, estômatos aprofundados e ausência de espaços intercelulares, são características de plantas 
xerófilas. 
Estômatos 
São localizados de preferência na epiderme inferior da 
folha (hipostomia), sendo praticamente ausentes na parte 
superior. Plantas aquáticas flutuantes apresentam estômatos 
nas superfícies superiores (epistomia), enquanto as herbáceas, 
principalmente as gramíneas, apresentam uma distribuição 
aproximada em ambas as faces (anfiestomáticas). São 
formados em folhas jovens, porém não aumenta de número 
com a expansão foliar. É constituído por 2 células guardas e a 
sua abertura se chama ostíolo. 
Movimento estomático – A abertura ou fechamento responde ao aumento ou diminuição do conteúdo osmótico 
das células guardas. As trocam osmóticas obrigam a água a entrar e sair destas células, tornando-as túrgidas ou flácidas. 
Mecanismo – Os estômatos de abrem devido absorção de água pelas células guardas. 
Estudos indicam ainda, que a relação entre o déficit hídrico na folha e o fechamento estomático parece estar ligado ao 
aumento do ácido abcísico e também a redução de citocianina. 
Os fatores que afetam 
ABREM - Luz, baixo teor de CO2, temperatura moderada, disponibilidade de água 
FECHAM – Escuro, alto teor de CO2, temperatura extrema e déficit de água

Continue navegando