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FISIOTERAPIA-TRAUMATO-ORTOPÉDICA-DO-MEMBRO-INFERIOR-E-SUPERIOR

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1 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................... 3 
2. BIOMECÂNICA DA PELVE ..................................................................... 4 
3. BIOMECÂNICA DO JOELHO .................................................................. 7 
4. BIOMECÂNICA PÉ E TORNOZELO ..................................................... 10 
5. TRAUMATOLOGIA ................................................................................ 12 
6. DESCRIÇÃO DAS TAREFAS................................................................ 14 
7. FISIOTERAPIA NO PÓS-OPERATÓRIO DE ARTROPLASTIA DE 
QUADRIL 14 
8. FISIOTERAPIA NO PÓS-OPERATÓRIO DE FRATURA 
TRANSTROCANTERIANA........................................................................................ 16 
9. FISIOTERAPIA PÓS FRATURA DIAFISÁRIA DE FÊMUR ................... 18 
10. OSTEOSSÍNTESE ................................................................................ 19 
11. FISIOTERAPIA NO PÓS-OPERATÓRIO DE ARTROPLASTIA TOTAL 
DE JOELHO .............................................................................................................. 21 
12. FISIOTERAPIA NAS FRATURAS DE PATELA ..................................... 22 
13. FISIOTERAPIA NAS FRATURAS DE PLATÔ TIBIAL ........................... 24 
14. FISIOTERAPIA NAS FRATURAS DE DIÁFISE TIBIAL ......................... 27 
15. FISIOTERAPIA NAS FRATURAS DE PILÃO TIBIAL ............................ 29 
16. FISIOTERAPIA NAS FRATURAS DE TORNOZELO ............................ 30 
17. MEMBROS SUPERIORES .................................................................... 32 
18. FRATURAS DA REGIÃO PROXIMAL DO ÚMERO, DE CLAVÍCULA E 
ESCÁPULA 34 
19. RUPTURA DO MANGUITO ROTADOR ................................................ 37 
20. FRATURAS DA CABEÇA DO RÁDIO ................................................... 41 
21. LUXAÇÃO DO COTOVELO .................................................................. 43 
22. FRATURA DO TERÇO DISTAL DO RÁDIO .......................................... 45 
 
2 
 
23. FRATURA DO ESCAFÓIDE .................................................................. 47 
24. FRATURAS DA MÃO ............................................................................ 50 
25. SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO .................................................... 51 
26. LESÃO DOS TENDÕES FLEXORES .................................................... 54 
27. LESÃO DOS TENDÕES EXTENSORES .............................................. 58 
REFERÊNCIAS .............................................................................................. 63 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1. INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um 
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é 
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora 
que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
2. BIOMECÂNICA DA PELVE 
A pelve é, a porção do esqueleto que une o tronco às extremidades inferiores, 
um anel ósseo formado pelo sacro e cóccix, posteriormente, e pelos dois ossos 
formados pela fusão do: Ílio (situado posteriormente e lateralmente); Ísquio (porção 
póstero-inferior); Púbis (porção anteroinferior) (MIRANDA, 2000). 
 
Para Filho (2007) a pelve é de suma importância para: 
• Proteção das vísceras; 
• Estabilização do tronco; 
• A pelve com os membros inferiores ajuda na marcha; 
• A pelve e o tronco mantêm o centro de gravidade que é o centro de equilíbrio 
de todas às forças; 
• Qualquer movimento feito com a pelve o que se movimenta primeiro é a 
sacroilíaca (L5, S1) o movimento vai sempre iniciar e terminar no centro 
articular; 
• Participa do movimento de enrolamento e endireitamento, juntamente com o 
tronco e a cabeça, com isso essa elipse é de grande importância para a 
formação do sistema reto. 
 
Os músculos flexores do quadril são os músculos situados na parte anterior da 
coxa. Os músculos flexores são numerosos; os mais importantes são: 
• Reto abdominal; 
• Psoas; 
• Ilíaco; 
• Sartório; 
• Reto femoral. 
 
Certos músculos mediais também auxiliam na flexão do quadril, são eles: 
• Pectíneo; 
• Adutor curto 
• Adutor longo; 
• Fibras anteriores dos glúteos mínimo e médio. 
 
5 
 
 
Os músculos extensores do quadril são os músculos da região glútea e 
posteriores da coxa: 
• Glúteo máximo; 
• Fibras posteriores de glúteo médio; 
• Fibras posteriores de glúteo mínimo; 
• Porção longa do bíceps femoral; 
• Semitendinoso; 
• Semimembranoso; 
• Porção extensora do adutor magno. 
 
Os músculos abdutores são: 
• Fibras superiores e laterais de glúteo máximo; 
• Glúteo médio; 
• Glúteo mínimo; 
• Tensor da fáscia lata; 
• Piriforme; 
• Sartório; 
• Obturador interno e externo (auxiliam). 
 
Os músculos adutores são: 
• Adutor magno; 
• Adutor longo e curto; 
• Grácil; 
• Pectíneo; 
• Psoas ilíaco; 
• Fibras inferiores e mediais do glúteo máximo; 
• Semitendinoso e semimembranoso auxiliam. 
 
Os músculos rotadores externos são: 
• Piriforme; 
• Obturador externo e interno; 
 
6 
 
• Gêmeo superior e inferior; 
• Quadrado femoral; 
• Fibras posteriores do glúteo médio; 
• Sartório; 
• Porção longa de bíceps femoral; 
• Pectíneo; 
• Grácil; 
• Adutores longo, curto e magno. 
 
Os músculos rotadores internos são: glúteo mínimo; tensor da fáscia lata; 
fibras anteriores de glúteo médio; semitendinoso e semimembranoso auxiliam 
(GARDNER et al. 1988). 
Os ligamentos que unem os ramos púbicos são responsáveis pela estática e 
pela estabilidade e são divididos em: ligamentos periféricos e ligamento interósseo 
(KAPANDJI, 2000). 
De acordo com Kapandji (2000), os ligamentos periféricos compreendem 
quatro ligamentos que formam uma espécie de cápsula fibrosa tornando-se 
anatomicamente confusa sua limitação, são eles: 
• Ligamento anterior: também chamado de anteroinferior, com característica 
grossa e resistente, formada por diversos fascículos fibrosos de direção e 
tamanho diversos, provenientes das fibras tendinosas dos numerosos 
músculos que se inserem e se originam na sínfise púbica. 
• Ligamento superior: é uma cinta fibrosa de coloração amarelada que se 
estende horizontalmente de um púbis ao outro. 
• Ligamento inferior: também chamado de subpúbico no prolongamento do 
ligamento interósseo, formando um arco de margem cortante que redondeia o 
vértice do arco púbico. 
• Forças destes meios de união fazem da sínfise púbica uma articulação muito 
sólida, difícil de deslocar. 
• Ligamento posterior: é mais delgado, sendo praticamente formado pelo 
periósteo posterior. 
 
O ligamento interósseo, também chamado de disco interpubiano, é uma 
 
7 
 
fibrocartilagem que tem a forma de cunha, constituindo-se de duas porções: 
• Uma periférica, dura, densa e muito resistente (porção cartilaginosa); 
• Uma central, mais friável e que apresenta uma cavidade irregular de paredes 
aderidas (porção fibrocartilaginosa),de maior diâmetro nas mulheres. 
3. BIOMECÂNICA DO JOELHO 
De acordo com Dangelo e Fattini (2005), a articulação do joelho é formada 
pelos côndilos do fêmur e pelas duas superfícies articulares da tíbia (côndilo medial 
e lateral da tíbia). Do ponto de vista funcional, o joelho é trocogínglimo (articulação 
trocoide), possibilitando movimentos em dois sentidos: extensão e flexão, assim 
como movimentos de rotação (estes somente podendo ser executados em posição 
de flexão). 
O joelho estabelece a ligação entre perna e pé, de um lado, e a coxa, do outro 
lado. O raio de ação da coxa determina o campo de ação do pé; este campo é bem 
menor do que o da mão, por razões ditadas pela segurança estática. Por um lado, o 
joelho confere apoio firme à unidade funcional formada pela coxa e pela perna. 
Canavan (2001), afirma que a biomecânica do joelho é importante, pois os 
movimentos conjugados normais e anormais do joelho determinam o estresse 
aplicado sobre a musculatura, cartilagem hialina, nos meniscos e nos ligamentos. 
 
 
http://ortopedia.facafisioterapia.net/ 
 
8 
 
 
O joelho move-se com 6° de liberdade, apresentando flexão e extensão, 
translação (de anterior para posterior, de medial para lateral e axial), rotação, adução 
e abdução. Os ligamentos funcionam melhor quando recebem carga. A arquitetura 
óssea e os meniscos atuam em sintonia para colocar estresse ao longo das vias 
ligamentares. 
A articulação tibiofemoral é composta pelo fêmur e a tíbia. Na ponta do fêmur 
se encontram duas superfícies convexas largas, os côndilos medial e lateral, 
separados pela incisura intercondilar na parte de trás e pelo sulco patelar ou troclear 
na frente. É importante rever as características anatômicas desses dois côndilos 
porque suas diferenças e as diferenças correspondentes na tíbia são responsáveis 
pela presença de rotação na articulação do joelho. 
Embora os côndilos tibiais sejam virtualmente achatados, os côndilos femorais 
têm um formato de polia convexa. Consequentemente, a partir de um ponto de vista 
esquelética, a articulação tibiofemoral é muito instável (WATKINS, 2001). 
Conforme Watkins (2001), a articulação patelofemoral consiste na articulação 
da patela com o sulco troclear no fêmur. A patela é um osso sesamóide, com formato 
triangular encapsulado pelos tendões dos músculos do quadríceps femoral. 
O papel principal da patela é aumentar a vantagem mecânica do quadríceps 
femoral. Durante a flexão do joelho, a patela desliza para baixo no sulco intercondilar 
formado pela superfície patelar e pelos côndilos do fêmur. 
A terceira e última articulação é a pequena articulação tibiofibular superior. 
Essa consiste na articulação entre a cabeça da fíbula e a face póstero lateral e inferior 
do côndilo tibial. É uma articulação deslizante, que se move anteroposteriormente, 
para cima e para baixo, e com rotação em resposta à rotação da tíbia e do pé. A 
fíbula gira externamente e move-se para cima e para baixo com a dorsiflexão do pé 
(HAMILL, 2008). 
Conforme Behnke (2004), o reto femoral é um músculo que atravessa tanto a 
articulação do quadril como a do joelho, sendo o músculo mais superficial dos 
músculos anteriores da coxa. É o músculo extensor da articulação do joelho. O vasto 
lateral é o maior dos três músculos vastos. O vasto lateral, vasto intermédio e o vasto 
medial são extensores da articulação do joelho. O sartório se origina na espinha ilíaca 
anterossuperior, atravessa a articulação do quadril, passa posteriormente ao côndilo 
 
9 
 
medial do fêmur e se insere apenas inferiormente à extremidade proximal da 
superfície medial da tíbia. Na articulação do joelho, o sartório o flexiona e promove a 
rotação medial da perna. 
O semitendíneo é o segundo isquiotibial que se origina na tuberosidade 
isquiática e se insere na face medial da perna (BEHNKE, 2004). 
O grácil é o único adutor da articulação do quadril que também atravessa a 
articulação do joelho. Origina-se na superfície inferior da sínfese púbica, segue 
posteriormente ao côndilo medial do fêmur e se insere apenas posteriormente na 
face medial da extremidade proximal da tíbia (TORTORA e GRABOWSKI, 2002). 
De acordo com Tortora e Grabowski, (2002), o bíceps femoral é um músculo 
isquiotibial que tem duas cabeças: uma longa e outra curta. O bíceps femoral flexiona 
o joelho, e, à medida que este alcança a flexão total, a perna rota externamente. Os 
músculos sóleo originam-se na face posterior da cabeça da fíbula e inserem-se junto 
com os gastrocnêmicos. Esses constituem um músculo tripartido, denominado 
tríceps sural, que atuam juntos na flexão plantar e na articulação do tornozelo. 
Para Behnke (2004), o semimembranáceo é o terceiro isquiotibial que se 
origina na tuberosidade isquiática e se insere na face medial posterior do côndilo 
medial da tíbia. O grácil, o semitendíneo e o sartório se inserem na mesma área, 
denominada comumente de “pata de ganso”. Os três componentes flexionam a 
articulação do joelho e fazem a rotação medial da perna. O trato iliotibial é uma 
combinação dos tendões de inserção do glúteo máximo e do tensor da fáscia lata. 
Ela flexiona e estende a articulação do joelho, dependendo do grau de angulação da 
articulação. Quando a articulação do joelho se encontra entre a extensão completa e 
de 10 a 15° de flexão, o trato iliotibial está anterior ao côndilo femoral lateral e auxilia 
na extensão da articulação do joelho. 
O músculo poplíteo atravessa, em diagonal, o espaço poplíteo da articulação 
do joelho, segue entre a face lateral do côndilo lateral do fêmur e a linha solear do 
terço proximal da superfície posterior da tíbia. Tem como função a flexão e a rotação 
medial. O músculo gastrocnêmico tem duas cabeças, ambas se combinam em um 
único tendão de inserção que se liga ao calcâneo (BEHNKE, 2004). 
 
 
 
10 
 
4. BIOMECÂNICA PÉ E TORNOZELO 
O pé e o tornozelo são estruturas anatômicas muito complexas, que consistem 
em 26 ossos irregularmente moldados, 30 articulações sinoviais, mais de 100 
ligamentos e 30 músculos agindo no segmento. Todas essas articulações precisam 
agir harmoniosamente e combinadas entre si para obter um movimento cadenciado 
(HAMILL, 2008). 
Os movimentos do pé e tornozelo ocorrem pela combinação das articulações 
talocrural, subtalar e transversa do tarso. A junção do tálus com o calcâneo forma a 
articulação subtalar, enquanto que a articulação transversa do tarso é formada pela 
união do calcâneo com o cuboide e do tálus com o navicular (PERRIN, 2008). 
Os músculos do pé e tornozelo são diferenciados como intrínsecos e 
extrínsecos. Os músculos intrínsecos, inervados pelos nervos plantares medial e 
lateral, são divididos em quatro camadas, sendo a mais superficial, a fáscia plantar, 
quem mantém o arco longitudinal. Já os músculos extrínsecos, originam-se na perna 
e atuam sobre o tornozelo e os dedos. 
• Os músculos tibiais anteriores, extensor longo do hálux, extensor longo dos 
dedos e fibular terceiro, situados na face anterior, executam dorsiflexão e 
extensão dos dedos. 
• Os fibulares longo e curto, na região lateral, produzem eversão. 
• Os músculos profundos póstero-mediais, que incluem o tibial posterior, o flexor 
longo do hálux e o flexor longo dos dedos, causam inversão e flexão dos 
dedos. 
• E por fim, os músculos gastrocnêmio, sóleo e músculos plantares executam a 
flexão plantar e são conhecidos como músculos posteriores verdadeiros 
(PERRIN, 2008). 
 
 
11 
 
 
http://profandrefernandes.blogspot.com.br/ 
 
O tornozelo, devido às suas características anatômicas, é uma articulação de 
grande estabilidade quando em posição neutra. Tal fato deve-se à superfície convexa 
do dômus talar que se apoia na concavidade da extremidade distal da tíbia, 
recebendo apoio adicional dos maléolos tibiais medial e posterior e do maléolo lateral 
(KAPANDJI, 2000). 
Os músculos laterais da perna, responsáveis pelaestabilidade dinâmica do 
tornozelo, principais eversores são: fibulares longo e curto (PERRIN, 2008). 
Conforme Moore e Dalley (2007), o esqueleto do pé pode ser dividido 
funcionalmente em tarso, metatarso e falanges. O tarso é composto por sete ossos, 
organizados em fileiras proximal e distal. A primeira fileira compreende o tálus e o 
calcâneo, enquanto a última, contém medialmente o osso navicular e, médio-
lateralmente, os ossos cuneiformes (medial, intermédio e lateral) e o cuboide. 
Os movimentos de abdução e adução e de pronação e supinação não existem 
em estado puro nas articulações do pé. As articulações que compõem o pé 
 
12 
 
configuram-se de forma que o movimento em um plano é acompanhado por um 
movimento nos outros dois planos. Desse modo, o movimento de adução é 
acompanhado, necessariamente, de uma supinação e uma extensão, caracterizando 
a inversão. Por conseguinte, a abdução é acompanhada de pronação e flexão, 
evidenciando-se uma eversão (KAPANDJI, 2000). 
5. TRAUMATOLOGIA 
As patologias traumáticas atualmente destacam-se nas estatísticas de 
diagnósticos e internações hospitalares, tendo em vista o aumento da violência urbana 
e da quantidade de veículos automotores (de Castro et al 2013). 
O trauma já atinge o primeiro lugar entre os agravos que acometem a 
população produtiva, tornando-se um grave problema de saúde pública pela 
magnitude das sequelas orgânicas e emocionais que produz (Whitaker, Gutiérrez, 
Koizumi,1998). 
No Brasil, em 2005, foram registrados 36.661 óbitos e 124.283 internações 
hospitalares decorrentes de acidentes de trânsito. Já em 2009, esses números 
aumentaram, respectivamente, para 38.469 e 134.317, portanto, ocorreu um 
crescimento de 4,93% na taxa de óbito e 8,07% nas internações hospitalares 
(BRASIL, 2010). 
 
 
 
13 
 
http://imotbh.com.br/ 
 
Em 2012, a taxa de internação hospitalar (SUS) por causas externas registrou 
73% das internações para o sexo masculino e 27% para o sexo feminino. 
Quanto à faixa etária, elevados são os valores de frequência. Para a idade de 
20 a 59 anos 59,8%. Houve aumento expressivo de internação para pessoas idosas 
(70 anos ou mais): 63%. (Ministério da Saúde/Datasus-SIH/SUS). 
Gumieiro et al, destacam como causa para essa incidência, as fraturas 
secundárias a osteoporose e osteoartrose. 
Em estudo realizado por de Castro et al (2013) ocorre a apresentação da 
distribuição dos acometimentos de traumas segmentares. Para os membros inferiores 
há a incidência, em ordem crescente, de acometimento segmentar de 6,3% para 
joelho, 8,4% tornozelo, 10,7% pé, 12,8% tíbia e 15,5% fêmur. 
Dada à grandeza dos números de vítimas do trauma e a complexidade dos 
distúrbios ortopédicos e traumatológicos faz-se necessário o investimento pelo 
Serviço de Ortopedia e Traumatologia, em especial, o segmento, fisioterapia, para a 
criação de uma rotina procedimental de tratamento fisioterapêutico visando 
potencializar a intervenção, viabilizando uma ordem sequencial de evolução funcional 
para um melhor planejamento e organização da reabilitação física. 
 
 
Objetivos Gerais da fisioterapia 
 
• Restaurar e manter completa ADM; 
• Melhorar e restaurar a força muscular; 
• Reduzir e/ou prevenir edemas; 
• Manter a representação cortical do segmento; 
• Manter a função do sistema nervoso; 
• Manter a função respiratória. 
 
 
 
14 
 
6. DESCRIÇÃO DAS TAREFAS 
 
Prescrição de exercícios 
 
Exercícios ativos, ativo-assistidos e passivos: 
• Mínimo: 2 séries de 5 repetições 
• Máximo: 3 séries de 10 repetições 
 
Exercícios isométricos: 
• Mínimo: 2 séries de 3 repetições de 6 segundos cada 
• Máximo: 2 séries de 5 repetições de 6 segundos cada 
 
Alongamento: 
• Mínimo: 1 série de 3 x de 20 segundos cada 
• Máximo: 1 série de 5 x de 30 segundos cada 
 
7. FISIOTERAPIA NO PÓS-OPERATÓRIO DE ARTROPLASTIA DE QUADRIL 
 
Fase 1 
 
1° dia pós-operatório 
 
• Posicionamento do membro operado com leve abdução (colocar rolo entre as 
pernas). 
• Orientação para o paciente a respeito das precauções com o quadril: não 
fechar a perna operada, não cruzar a perna operada, não inclinar o tronco para 
frente, não deitar do lado operado, sentar sempre de forma recostada. 
• Exercícios metabólicos. 
• Exercícios isométricos de quadríceps, abdômen e glúteos. 
 
15 
 
• Exercícios respiratórios e estímulo de tosse. 
• Exercícios ativos para os MMSS, MI contralateral à cirurgia. 
 
 
http://www.iafortopedia.com.br/ 
 
Fase 2 
 
2° ao 5° dia pós-operatório 
 
• Repetir os exercícios da fase 1. 
• Exercícios ativos de flexão e extensão de joelho (se possível, caso contrário, 
realizar o movimento de forma ativa-assistida). 
• Exercícios ativos de abdução do quadril (se possível, caso contrário, realizar o 
movimento de forma ativa-assistida). 
• Exercícios de ponte unipodal (fisioterapeuta auxilia o membro inferior operado). 
• Treinamento de mobilidade no leito. 
• Treinamento de sedestação à beira do leito, do lado operado. (Sem permitir 
que o tronco e o quadril façam um ângulo acima de 90°). 
• Entrega da cartilha quanto ao posicionamento e exercícios a serem realizados 
em domicilio até o retorno ao ambulatório. 
 
 
16 
 
 
Fase 3 
 
6° ao 10° dia pós-operatório 
 
• Repetir os exercícios da fase 2. 
* Treino de marcha com carga total progressiva (utilizando o andador), quando 
prótese cimentada. 
* Nas próteses não cimentadas a deambulação depende do material utilizado 
e intercorrências no intra-operatória, sendo assim será realizada após liberação 
médica em prontuário. 
• 1° mês toque de artelhos. 
• 2° mês carga parcial. -3° mês carga total progressiva. 
8. FISIOTERAPIA NO PÓS-OPERATÓRIO DE FRATURA 
TRANSTROCANTERIANA 
 
Fase 1 
 
1° dia pós-operatório 
 
• Posicionamento do membro operado em posição neutra. 
• Orientar o paciente que o membro operado não pode realizar alavanca e nem 
movimentos bruscos. 
• Exercícios metabólicos. 
• Exercícios isométricos de quadríceps, abdômen e glúteos. 
• Exercícios respiratórios e estímulo de tosse. 
• Exercícios ativos para MMSS e MI contralateral à cirurgia. 
 
 
17 
 
 
http://www.efdeportes.com/ 
 
Fase 2 
 
2° ao 5° dia pós-operatório 
 
• Manter os exercícios da fase 1. 
• Exercícios ativos de flexão e extensão de joelho e quadril (se possível, caso 
contrário, realizar o movimento de forma ativa-assistida). 
• Exercícios ativos de abdução e adução do quadril (se possível, caso contrário, 
realizar o movimento de forma ativa-assistida). 
• Exercícios de ponte unipodal (fisioterapeuta auxilia o membro inferior operado). 
• Treinamento de mobilidade no leito. 
• Treinamento de sedestação à beira do leito, com a coxa do membro operado 
completamente apoiada na cama. 
• Entrega da cartilha quanto ao posicionamento e exercícios a serem realizados 
em domicilio até o retorno ao ambulatório. 
 
 
 
 
 
18 
 
Fase 3 
 
5° ao 10° dia pós-operatório 
 
• Manter os exercícios da fase 2. 
* Treino de marcha com toque de artelhos (utilizando o andador), de acordo 
com liberação médica. 
9. FISIOTERAPIA PÓS FRATURA DIAFISÁRIA DE FÊMUR 
Tração transesquelética 
 
• Manter MI sob tração. 
• Exercícios metabólicos. 
• Exercícios isométricos de extensores do joelho e glúteo. 
• Exercícios ativos de MMSS e MI contralateral. 
• Exercícios respiratórios e estímulo de tosse. 
• Posicionamento adequado no leito. 
 
 
Fixador externo 
 
• Mobilização patelar (se possível). 
• Exercícios metabólicos. 
• Exercícios isométricos de extensores do joelho e abdutores quadril. 
• Exercícios ativos de MMSS e MI contralateral. 
• Exercícios respiratórios e estímulo de tosse. 
• Posicionamento adequado no leito e sentado no leito, com cuidado em relação 
ao membro fraturado. 
 
 
19 
 
 
https://www.slideshare.net/ 
 
10. OSTEOSSÍNTESE 
 
 
https://www.slideshare.net/Fase 1 
 
 
20 
 
1º dia pós-operatório 
 
• Posicionamento adequado do MI. 
• Mobilização patelar (se possível). 
• Exercícios metabólicos. 
• Exercícios isométricos de extensores do joelho e abdutores quadril. 
• Exercícios ativos de MMSS e MI contralateral. 
• Exercícios respiratórios e estímulo de tosse. 
 
 
Fase 2 
 
2º ao 5º dia pós-operatório 
 
• Mantem condutas da fase 1. 
• Flexão e abdução do quadril ativo ou ativo-assistido. 
• Tríplice flexão ativa ou ativa-assistida da extremidade inferior. 
• Mudança de decúbito, sentar beira leito. 
 
 
Fase 3 
 
6º a 10º dia pós-operatório 
 
• Manter conduta da fase 1 e 2. 
• Alongamentos dos músculos isquiotibiais, quadríceps e tríceps sural. 
• F1exão na posição supina e abdução em decúbito lateral. 
• Extensão ativa do joelho em cadeia cinética aberta de 90° a 30° de flexão 
(respeitando o posicionamento do MI todo apoiado sobre a superfície da cama). 
• Fortalecimento de tríceps sural com resistência elástica. 
• Ganho de ADM de flexão do joelho mantida por 10 minutos; 
* Treino de marcha com carga toque de artelhos (fase 2), podendo progredir 
para a fase 3 com carga de 20 kg (de acordo com liberação médica) 
 
21 
 
11. FISIOTERAPIA NO PÓS-OPERATÓRIO DE ARTROPLASTIA TOTAL DE 
JOELHO 
 
Fase 1 
 
1° dia pós-operatório 
 
• Posicionamento do MI com coxim para extensão do joelho. 
• Exercícios isométricos de quadríceps, glúteos, abdutores e adutores de quadril. 
• Exercícios metabólicos. 
• Exercícios ativos de MMSS e MI contralateral. 
• Exercícios respiratórios e estímulo de tosse. 
• Orientações quanto ao posicionamento, carga e cuidados com a prótese. 
 
 
Fase 2 
 
2º ao 5° dia pós-operatório 
 
• Mantém exercícios da fase 1. 
• Ganho de ADM no mínimo 45° (passivo, auto passivo). 
• Estimular exercícios ativos de flexão e extensão de joelho. 
• Colocar paciente sentado. 
• Deambulação com andador. 
• Crioterapia. 
 
 
22 
 
 
http://www.facafisioterapia.net/ 
 
Fase 3 
 
6° ao 10° dia pós-operatório 
 
• Mantém exercícios fase 1 e fase 2. 
• Mobilização patelar. 
• Ganho de ADM ativa até 90°. 
• Exercícios isométricos em diferentes ângulos. 
• Marcha com andador. 
• Evitar deformidades em flexão de joelho. 
* Marcha carga total progressiva já no 2º PO com prótese cimentada, se não 
houver intercorrências intra-operatória. 
 
12. FISIOTERAPIA NAS FRATURAS DE PATELA 
 
Rafi (redução aberta e fixação interna) 
 
 
23 
 
 
http://fisioterapeutasgp.blogspot.com.br/ 
 
Fase 1 
 
1º dia pós-operatório 
 
• Levar a extremidade para diminuir edema. 
• Exercícios metabólicos. 
• Exercícios isométricos para glúteos. 
• Exercícios isométricos para extensores, abdutores e adutores (caso não haja 
lesões de cadeia extensora). 
• Exercícios ativos de mmss e mi contralateral. 
• Exercícios respiratórios e estímulo de tosse. 
 
 
Fase 2 
 
2º ao 5º dia pós-operatório 
 
• Mantém exercícios da fase 1. 
• Exercícios ativos de quadril em todos planos. 
• Alongamento de tríceps sural. 
 
24 
 
• Iniciar descarga de peso com auxílio de muleta ou andador. 
• Iniciar exercícios ativos de joelho na posição sentada, se fixação estável 
(RAFI). 
• Não fazer exercícios passivos para joelho (RAFI). 
 
 
Fase 3 
 
6º ao 10º dia pós-operatório 
 
• Mantém exercícios da fase 1 e 2. 
• Flexão e extensão ativo de joelho sem sustentação de peso. 
• Mobilização patelar. 
* Treino de marcha com carga total progressiva (de acordo com liberação 
médica e de acordo com lesões de partes moles) 
13. FISIOTERAPIA NAS FRATURAS DE PLATÔ TIBIAL 
 
 
https://pt.slideshare.net/ 
 
25 
 
 
RAFI 
 
Fase 1 
 
1º dia pós-operatório 
 
• Manter MI operado elevado. 
• Exercícios metabólicos. 
• Exercícios ativos de MMSS e MI contralateral. 
• Exercícios respiratórios e estímulo de tosse. 
• Exercícios isométricos de glúteo máximo. 
 
 
Fase 2 
 
2º ao 5º dia pós-operatório 
 
• Mantém exercícios fase 1. 
• Exercícios ativo-assistido leves de joelho de 40º a 60º (*Evitar estresse em varo 
e valgo). 
• Treino de sedestação, respeitando a amplitude angular do exercício anterior. 
 
 
Fase 3 
 
6º ao 10º dia pós-operatório 
 
• Mantém exercícios fase 1 e 2. 
• Transferências sem sustentação de peso. 
• Exercícios ativo-assistido de flexão de joelho até 90º. 
• Deambular com muletas, pacientes idosos com andador (*sem sustentação de 
peso). 
 
26 
 
• Não realizar exercícios de fortalecimento no MI tratado cirurgicamente. 
* Sustentação de peso parcial ou total só ao final da 12º semana. 
* Liberação de carga parcial após 8 a 10 semanas e carga total por volta da 12º 
semana. 
* Não permitir sobrecarga de estresse em varo ou valgo de joelho. 
 
 
FIXAÇÃO EXTERNA 
 
Se o fixador for do tipo “híbrido”, realize os mesmos exercícios da RAFI. Se o 
fixador atravessar o joelho, nenhum movimento na articulação do joelho será 
permitido. 
 
Fase 1 
 
1º dia pós-operatório 
 
• Manter MI operado elevado. 
• Exercícios metabólicos. 
• Exercícios isométricos de glúteo máximo e abdominal. 
• Exercícios ativos de MMSS e MI contralateral. 
 
 
Fase 2 
 
2º ao 5º dia pós-operatório 
 
• Mantém exercícios da fase 1. 
• Treino de sedestação, sem flexão de joelho. 
• Treino da prática mental (lateralidade e funcionalidade). 
 
 
Fase 3 
 
27 
 
 
6º ao 10º dias pós-operatórios 
 
• Mantém exercícios fase 1 e 2. 
 
14. FISIOTERAPIA NAS FRATURAS DE DIÁFISE TIBIAL 
Fase 1 
 
1º dia pós-operatório 
 
• Manter MI operado elevado. 
• Exercícios metabólicos. 
• Exercícios ativos de MMSS e MI contralateral. 
• Exercícios respiratórios e estímulo de tosse. 
• Isometria de quadríceps e glúteo máximo. 
 
 
http://spallafisioterapia.com.br/ 
 
 
 
28 
 
Fase 2 
 
2º ao 5º dia pós-operatório 
 
• Mantém exercícios da fase 1. 
• Exercícios ativo-assistido e ativos de joelho (se joelho livre). 
 
 
Fase 3 
 
6º ao 10º dia pós-operatório 
 
• Mantém exercícios da fase 1 e 2. 
• Transferências sem sustentação de peso. 
• Deambular com muletas, pacientes idosos com andador *. 
• Não realizar exercícios de fortalecimento no MI tratado cirurgicamente. 
* A sustentação de peso varia com o padrão da fratura e também com o método 
de fixação 
 
1) Osteossíntese: padronizado pelo serviço. 
 
2) Haste medular: 
• Fratura instável: Sustentação parcial (ponta de dedos) com muleta ou andador 
na primeira semana. 
• Fratura estável: sustentação de peso imediata com muleta ou andador. 
 
3) Fixador externo: Sustentação parcial (ponta de dedos) com muleta ou 
andador. 
 
 
 
29 
 
15. FISIOTERAPIA NAS FRATURAS DE PILÃO TIBIAL 
 
 
https://olharfisio.blogspot.com.br/ 
 
RAFI e FIXADOR EXTERNO 
 
Fase 1 
 
1º dia pós-operatório 
 
-Paciente com aparelho gessado. 
-Posicionamento adequado do MI para evitar edema. 
- Exercícios ativo metacarpo falangianas. 
- Exercícios isométricos para cadeia extensora, abdutora e adutora. 
- Exercícios ativos de MMSS e MI contralateral. 
- Exercícios respiratórios e estímulo de tosse. 
 
 
Fase 2 
 
2º ao 5º dia pós-operatório 
 
30 
 
 
- Mantém exercícios da fase 1. 
- Marcha com muletas, sem apoio. 
- Exercícios ativo metacarpo falangianas, joelho e quadril. 
 
 
Fase 3 
 
6º ao 10º dia pós-operatório 
 
- Prosseguir metacarpo falangianas. 
-Prosseguir exercícios ativos para aumento da ADM de metacarpo falangianas 
e joelho. 
- Iniciar exercícios suaves, aumento da ADM de tornozelo retirado gesso 
bivalvado ou órtese. 
- Prosseguir exercícios ativos para aumento da ADM de metacarpo falangianas. 
 
16. FISIOTERAPIA NAS FRATURAS DE TORNOZELO 
 
Fase 1 
 
1º dia pós-operatório 
 
- Imobilização do Tornozelo. 
- Controle de edema de dedos (ciclo: ativação cadeia linfáticainguinal, arraste 
nos dedos, ativação cadeia linfática poplítea). 
- Exercícios isométricos de quadríceps, glúteo máximo e glúteo médio, 
abdutores e adutores de quadril 
- Mobilização de articulações adjacentes livres. 
- Treino de Imagética Motora (3 minutos - lateralidade; 3 minutos - 
funcionalidade; 5 a 8 minutos treino de espelho). 
 
31 
 
- Crioterapia (combinada com elevação da extremidade) 15 minutos. 
 
 
https://nucleophysio.wordpress.com/ 
 
Fase 2 
 
2º ao 5º dia pós-operatório 
 
- Imobilização do Tornozelo. 
- Controle de edema de dedos (ciclo: ativação cadeia linfática inguinal, arraste 
nos dedos, ativação cadeia linfática poplítea). 
- Exercícios isométricos de quadríceps, glúteo máximo e glúteo médio, 
abdutores e adutores de quadril 
- Mobilização de articulações adjacentes livres. 
- Treino de Imagética Motora (3 minutos - lateralidade; 3 minutos - 
funcionalidade; 5 a 8 minutos treino de espelho). 
- Crioterapia (combinada com elevação da extremidade) 15 minutos. 
 
 
Fase 3 
 
6º ao 10º dia pós-operatório 
 
32 
 
 
- Exercícios ativos com carga elástica progressiva para fortalecimento de 
musculatura de joelho e quadril. 
- Exercícios de alongamento de cadeia muscular posterior do membro 
contralateral: 
• Mínimo (1 série, 3 repetições, 20 segundos cada); 
• Máximo (1 série, 5 repetições, 30 segundos cada). 
 
- Exercício auto passivo de DORSIFLEXÃO (com faixa) para ganho de ADM de 
tornozelo. 
- Treino de Imagética Motora (3 minutos - lateralidade; 3 minutos - 
funcionalidade; 5 a 8 minutos treino de espelho). 
- Treino de Marcha com descarga parcial 20 Kg. 
 
 
Orientações domiciliares 
 
- Cuidados com posicionamento do membro. 
- Treino de imagética motora (lateralidade e funcionalidade). 
17. MEMBROS SUPERIORES 
 
O membro superior é rico em detalhes e funcionalidade, podendo ser dividido 
em articulações principais: complexo do ombro, cotovelo, antebraço, punho e mão. 
Devido à riqueza de componentes e funções dos membros superiores (MMSS), várias 
patologias podem interferir no seu correto desempenho. Os principais e mais 
numerosos acometimentos são os traumáticos, pois além de interferir na 
funcionalidade normal, essas alterações podem causar dor, diminuição da mobilidade, 
fraqueza muscular, instabilidade e compensações, podendo acarretar sequelas 
permanentes (KAPANJI, 2000; MAGEE, 2005). 
A função normal do membro superior inclui a capacidade de alcance 
direcionado, preensão e manipulação de objetos. Tais componentes formam a base 
 
33 
 
da capacidade motora requerida para a realização das atividades de vida diária (AVD) 
com eficiência. 
O ombro é a articulação mais móvel do corpo humano, permitindo flexão, 
extensão, abdução, adução, abdução e adução horizontais e rotação medial e lateral 
do úmero e ainda o movimento de circundução, sendo este a combinação dos 
movimentos elementares ao redor dos três eixos, forçados em sua amplitude máxima 
(KAPANDJI, 2000). 
O cotovelo é uma articulação estruturalmente estável, que ajuda a posicionar a 
mão, compreendido por três articulações: umeroulnar, umeroradial que permitem os 
movimentos de flexão e extensão e ainda radioulnar proximal (MAGEE, 2005). 
O antebraço é constituído por dois ossos paralelos: o rádio e a ulna que são 
unidos basicamente pela membrana interóssea e por três músculos: o pronador 
redondo, o pronador quadrado e o supinador. 
Além da membrana interóssea e dos três músculos que unem o rádio á ulna, 
existe o complexo da fibrocartilagem triangular do punho, que também contribui para 
a estabilidade axial dos dois ossos do antebraço. As articulações proximais e distais 
entre o rádio e a ulna permitem que o rádio mude de posição (gire sobre a ulna) 
resultando nos movimentos de pronação e supinação. 
O complexo punho e mão é constituído pela articulação radioulnar distal que é 
formada pela cabeça da ulna e a incisura ulnar do rádio. A articulação radiocárpica é 
composta pela extremidade distal do rádio e pelos três ossos da fileira proximal do 
carpo: escafoide, semilunar e piramidal. Articulações cárpicas entre a fileira proximal 
do carpo, com exceção do pisiforme e a fileira distal do carpo: trapézio, trapezoide, 
capitato e hamato. Articulações carpometacárpicas são aquelas entre os quatro ossos 
da fileira distal do carpo e a base dos metacarpos. Articulações intermetacárpicas são 
formadas pelas faces laterais e mediais dos metacarpos. Articulações 
metacarpofalângicas estão entre as cabeças dos metacarpos e a base das falanges 
proximais. Articulações interfalângicas estão entre as falanges (KAPANDJI, 2000; 
MAGEE, 2005). 
Ainda que as articulações do antebraço, do punho e da mão sejam discutidas 
separadamente, elas não atuam isoladamente e sim como grupos funcionais. Sendo 
que a posição de uma articulação influencia na posição e ação de outras articulações 
(MAGEE, 2005). 
 
34 
 
A fisioterapia em ortopedia e traumatologia atua na investigação, prevenção e 
tratamento das doenças ósseas, musculares, articulares e ligamentares tendo por 
objetivo restabelecer a função do sistema musculoesquelético. No tratamento das 
disfunções deste sistema são utilizados recursos fisioterapêuticos como: 
termoterapia, eletroterapia, fototerapia, massoterapia, cinesioterapia, mecanoterapia 
entre outros com a finalidade de aliviar o quadro álgico, melhorar o processo 
inflamatório, restabelecer amplitude de movimento (ADM), ganhar força muscular 
(FM), restabelecer equilíbrio, propriocepção, reeducar posturas e realizar orientações 
(APLEY; SOLOMON,1998; DUTTON, 2007; KISNER, 2009; MAXEY, MAGNUSSON, 
2003). 
18. FRATURAS DA REGIÃO PROXIMAL DO ÚMERO, DE CLAVÍCULA E 
ESCÁPULA 
 
 
http://maurogracitelli.com/ 
 
A fratura é a interrupção/quebra na continuidade de um osso. Ela pode ser 
identificada por localização (diafisária, metafisária, epifisária, intra-articular), extensão 
(completa e incompleta), configuração (transversa, oblíqua ou espiral, cominutiva), 
relação entre os fragmentos (sem desvio e com desvio), relação com ambiente 
 
35 
 
(fechada e exposta) e complicações (locais e sistêmicas relacionadas a lesão ou 
tratamento) (KISNER; COLBY, 2009). 
As fraturas proximais de úmero são lesões comuns, principalmente em grupos 
de maior idade. Tem sido publicado que correspondem por 4 a 5% de todas as 
fraturas e 70% das fraturas de úmero. Elas englobam três estruturas: cabeça umeral, 
colo anatômico e colo cirúrgico (CASTOLDI; MULITERNO; COSTA, 2005). 
A incidência de fratura de clavícula é variável entre 5 a 16%, é considerada 
benigna e de simples tratamento por muitos autores, tendo tendência para cura. As 
fraturas de escápula são raras e sua incidência entre todas as fraturas é referida de 
0,4% a 1%, de acordo com revisão de literatura (DUTTON, 2007). 
 
Manifestações clínicas 
 
Dor aguda, edema crepitação, redução de ADM, impotência funcional, perda 
de força muscular e hipotrofia muscular (CASTOLDI; MULITERNO; COSTA, 2005). 
 
Tratamento 
 
O tratamento vai depender de cada caso, podendo ser conservador ou 
cirúrgico. 
 
Objetivos Específicos 
 
Promover alívio de dor, restaurar ADM completa, restabelecer força muscular, 
ganhar trofismo muscular, realizar treino de AVD e Atividades de Profissional (AVP) e 
realizar propriocepção (CASTOLDI; MULITERNO; COSTA, 2005). 
 
Fisioterapia 
 
O programa de reabilitação é variável e depende do tipo de fratura, do 
tratamento, da estabilidade da fratura, das características do paciente e da orientação 
do ortopedista para progressão dos exercícios conforme consolidação radiológica 
(CASTOLDI; MULITERNO; COSTA, 2005). 
 
36 
 
 
Intervenção fisioterapêutica FASE I- Precoce (2 a 3 semanas após lesão 
tratadas com redução fechada e nas fraturas tratadas com redução aberta e 
fixação interna clássica (RAFI)) 
 
Para dor e edema, recursos eletroterapêuticose físicos: estimulação elétrica 
nervosa transcutânea (TENS), ultrassom, infravermelho, laser e gelo conforme quadro 
clínico do paciente. 
Exercícios pendulares/Codman: exercícios que usam os efeitos da gravidade 
para separar o úmero da cavidade glenoidal. Ajudam a aliviar a dor por meio de tração 
suave e movimentos oscilatórios e causam a mobilização precoce de estruturas e 
líquido sinovial (KISNER, 2009). 
Exercícios de amplitude de movimento ativa (ADMA) para as articulações 
distais de cotovelo, punho e mão. 
 
Intervenção fisioterapêutica FASE II (6 a 8 semanas nas com RAFI e 8-10 
semanas em fraturas com reduções fechadas-dependendo da consolidação) 
 
Exercícios ativos e ativo-assistidos (de flexão, extensão, abdução, adução, RI 
e rotação externa (RE) do ombro podendo utilizar polia, bastão, escada digita. 
Exercícios de flexão e abdução de ombro em frente ao espelho para 
autocorreção e com ajuda do fisioterapeuta para estabilizar escápula (evitando 
elevação da escápula). 
Exercícios resistidos inicialmente isométricos evoluindo para isotônicos (podem 
ser feitos em pé com faixa elástica (theraband) ou na posição supino com halteres) de 
acordo com cada paciente. 
 
Intervenção fisioterapêutica FASE III- (12 semanas nas com RAFI e após 10 
semanas com redução fechada) 
 
• Alongamento das articulações de cervical, ombro, cotovelo, punho e mão. 
• Exercícios isométricos para músculos da escapulotorácica (ex: empurrar 
parede, entre outros). 
 
37 
 
• Fortalecimento com exercícios isotônicos concêntricos e excêntricos com 
auxílio de halteres e faixas elásticas para articulações do ombro, cotovelo, 
punho. 
• Fortalecimento nas diagonais funcionais do Kabat (com auxílio de halteres e 
faixas elásticas). 
• Exercícios direcionados para as atividades às quais o paciente necessita 
retornar (arremesso, entre outros). 
• Treinamento proprioceptivo (na posição de quatro apoios colocar uma bola nas 
mãos, de- pois evoluir para uma bola em cada mão, em pé frente a uma parede 
e com uma bola na mão, entre outros). 
19. RUPTURA DO MANGUITO ROTADOR 
O manguito rotador é um complexo formado por quatro músculos: 
subescapular, supra- espinhal, infra-espinhal e redondo menor. Além de criar uma 
variedade de torques em torno da articulação glenoumeral, tais músculos estabilizam 
a articulação (BORDIN; PEREIRA; ZILMER, 2005). 
As lesões do manguito rotador além de serem muito frequentes são 
incapacitantes, e acontecem principalmente em indivíduos que realizam atividades 
com os braços acima da cabeça, sua etiologia é multifatorial, tanto de inadequações 
musculares como de alterações estruturais (BORDIN; PEREIRA; ZILLMER, 2005). 
O mais comum é o manguito ser esgarçado e evoluir para uma laceração da 
espessura total após esforço repetitivo, sofrendo degradação gradual. 
Não existe um consenso sobre um programa de exercícios ideal para tratar 
indivíduos com lesão no manguito rotador. De acordo com a literatura, os protocolos 
de reabilitação, após cirurgias de reparo do manguito, devem basear-se no tamanho 
da lesão e/ou nas fases de cicatrização do tendão (KUHN, 2009). 
 
Manifestações clínicas 
 
As manifestações das várias formas clínicas do manguito incluem rigidez do 
ombro, fraqueza muscular, instabilidade articular e atrito/crepitação (BORDIN; 
PEREIRA; ZILMER, 2005). 
 
38 
 
Tratamento 
 
A presença de lesão do manguito rotador não necessariamente sugere a 
indicação de um procedimento cirúrgico, tudo dependerá da extensão da lesão, das 
condições clínicas do paciente e da indicação clínica. Quando indicado o tratamento 
cirúrgico pode ser realizado por via aberta ou artroscópica (BORDIN; PEREIRA; 
ZILMER, 2005). 
 
Objetivos específicos 
 
Os objetivos da fisioterapia são prevenir os efeitos deletérios da imobilização, 
reduzir dor, promover retorno gradual da ADM total, reduzir a atrofia muscular e 
recuperar progressivamente a força muscular (BORDIN; PEREIRA; ZILMER, 2005). 
 
Fisioterapia 
 
• Pequenas Rupturas 
 
As 2 primeiras semanas constituem a fase de proteção máxima. 
 
Intervenção fisioterapêutica FASE I (2-3 semanas) 
 
No período inicial é importante o uso de tipoia para evitar esforços com o 
membro superior operado. 
Orientações para não carregar pesos, não dormir sobre membro superior 
operado, mantê-lo na linha da cintura e evitar esforços para elevá-lo. 
Para dor e edema recursos eletroterapêuticos e físicos: TENS, ultrassom, laser, 
gelo conforme quadro clínico do paciente. 
Exercícios de amplitude de movimento ativa (ADMA) de coluna cervical, 
cotovelo, punho e mão. 
 
Exercícios pendulares/ Codman (já descritos anteriormente): 
 
39 
 
• Exercícios ativo-assistidos de flexão de ombro em decúbito dorsal (DD) com 
auxílio de bastão; 
• Exercícios ativo-assistidos para RE são iniciados após 3 semanas (realizados 
em DD com um coxim sob o braço e ligeira abdução de ombro a 30º, reduzindo 
estresse sobre reparo); 
• Os exercícios para ganho de ADM (flexão, extensão, abdução, adução relativa) 
devem ser realizados em amplitude indolor aumentando gradualmente até o 
limite de tolerância, para isso pode-se utilizar uma polia, bastão. 
 
Intervenção fisioterapêutica FASE II- (4-5 semanas) 
 
Para dor e edema recursos eletroterapêuticos e físicos: 
• TENS, ultrassom, infravermelho, la- ser, gelo conforme quadro clínico do 
paciente; 
• Exercícios isométricos para músculos do ombro e músculos da 
escapulotorácica devem ser introduzidos no protocolo de reabilitação a partir 
da quarta semana, para manutenção da con- dição muscular, de forma 
submáxima e indolor, para os grupos musculares responsáveis pela abdução, 
RE, RI e flexão de ombro, e flexão de cotovelo; 
• A partir da quarta semana: posicionar o ombro em 45º de abdução aumentando 
o grau de exigência para ganho da RE; 
• Dependendo da laceração do manguito rotador os exercícios de recuperação 
da RI poderão ser iniciados progressivamente na quarta semana. 
 
Intervenção fisioterapêutica FASE III- (6 semanas) 
 
A partir da sexta semana, em média, se houver um adequado controle de dor 
e ADM funcional (aproximadamente 140º de flexão e 40º de RE de ombro) iniciar 
exercícios de fortalecimento com faixa ou tubo elástico, com o membro superior em 
posição neutra (ao lado do corpo), especialmente para rotadores externos e internos. 
 
 
Intervenção fisioterapêutica FASE IV- (Período intermediário 6-8 semanas) 
 
40 
 
 
Objetiva-se atingir a amplitude de movimentos plena e indolor por meio de 
alongamentos e exercícios de força muscular da articulação do ombro que permita o 
desenvolvimento de atividades funcionais com mínimo de desconforto. 
Exercícios de fortalecimento acima da linha do ombro desde que o manguito 
rotador esteja suficientemente forte e haja adequada ADM. 
Exercícios isotônicos com halteres (flexão de ombro, abdução de ombro). 
Exercícios ativo-assistidos com bastão devem ser intensificados para atingir 
170-180º de flexão de ombro e pelo menos 60-70º de RE. 
 
Intervenção fisioterapêutica FASE V- (acima de 12 semanas) 
 
Busca-se a manutenção da ADM plena e indolor do ombro, cotovelo, punho e 
mão. 
Melhorar força muscular e equilíbrio neuromuscular (ombro, cotovelo, punho e 
mão) permitindo o retorno às atividades funcionais (Os exercícios resistidos devem 
ser feitos em plano reto, diagonais funcionais do Kabat com auxílio de halteres e faixas 
elásticas). 
Exercícios de cadeia cinética fechada (exemplo apoio contra parede). 
Treinamento proprioceptivo (na posição de quatro apoios colocar uma bola nas 
mãos, depois evoluir para uma bola em cada mão, em pé frente a uma parede e com 
uma bola na mão, entre outros). 
 
• Grandes rupturas ou rupturas maciças 
 
Quando as rupturas no manguito rotador são grandes lacerações ou rupturas 
maciças, a conduta fisioterapêutica deve ser modificada, em respeito ao maior tempo 
de cicatrização dostecidos. 
Pode-se manter o protocolo inicial, contudo o uso da tipoia deve ser estendido 
de 6-8 semanas, exercícios ativos para cotovelo, punho e mão devem ser realizados, 
além dos pendulares/Codman. A RE inicialmente deve-se limitar a 30º e a elevação 
realizada passivamente pelo profissional, no plano escapular, até o limite de 130º-
140º (BORDIN; PEREIRA; ZILMER, 2005). 
 
41 
 
Durante as seis primeiras semanas não se deve realizar a RI, hiperextensão e 
polias, afim de evitar uma re-ruptura. A partir desta fase pode-se iniciar os exercícios 
isométricos como já descrito anteriormente (BORDIN; PEREIRA; ZILMER, 2005). 
Na oitava semana deve-se buscar ADM total de ombro, devendo esta ser 
atingida até 12ª semana. O fortalecimento muscular deve ser direcionado para os 
músculos deltoide (sem ultrapassar ângulos de 90º), supraespinhal, rotadores internos 
e externos, flexores e extensores do cotovelo e músculos escapulares (BORDIN; 
PEREIRA; ZILMER, 2005). 
É importante verificar se, ao realizar o movimento de flexão de ombro, o 
paciente não realiza mecanismos compensatórios escapulotorácicos. Caso isso 
ocorra, é necessário mantê-los por mais tempo nos exercícios de estabilização umeral 
antes de progredir com exercícios isotônicos (BORDIN; PEREIRA; ZILMER, 2005). 
A partir da 15ª semana, deve-se identificar possíveis déficits funcionais e o 
tratamento deve ser direcionado nesse sentido. Nessa fase visa-se aprimorar controle 
neuromuscular e força da cintura escapular, retomando gradualmente atividades 
funcionais como descrito anteriormente (BORDIN; PEREIRA; ZILMER, 2005). 
20. FRATURAS DA CABEÇA DO RÁDIO 
As fraturas da cabeça do rádio ocupam um lugar importante entre as lesões 
traumáticas do cotovelo, devido às dificuldades do tratamento e pelas complicações 
que delas podem advir. Em geral ocorrem sobre a mão estendida com o cotovelo em 
flexão incompleta e em pronação com estresse em valgo. Nesse mecanismo pode 
ocorrer também uma luxação do cotovelo (GONÇALVES, 2005). 
 
Manifestações Clínicas 
 
Na maioria das vezes o paciente é capaz de mover o cotovelo em 
flexo/extensão, mas a pronação e supinação é muito dolorosa e parece bloqueada. A 
palpação da região causa dor, a mobilização passiva da prono e supinação além de 
ser dolorosa apresenta crepitação. Pode apresentar aumento de volume no triângulo 
lateral formado pelo epicôndilo lateral, olecrano e cabeça do rádio (sinal do coxim 
 
42 
 
gorduroso). Deve-se atentar para eventual instabilidade, pois a fratura da cabeça do 
rádio pode estar associada a luxação do cotovelo (GONÇALVES, 2005). 
 
Tratamento 
 
O tratamento de uma fratura da cabeça do rádio pode ser incruento ou cruento. 
O tratamento incruento envolve, em geral imobilização por gesso por período variável 
seguida de mobilização ativa que deve ser o mais precoce possível. O tratamento 
cruento deve ter por regra básica a preservação da cabeça do rádio sempre que 
possível, mas isso depende do tipo e da gravidade da fratura (GONÇALVES, 2005). 
 
Objetivos Específicos 
 
Melhorar quadro álgico, restabelecer ADM, restabelecer FM inclusive de 
preensão (GONÇALVES, 2005). 
 
Fisioterapia 
 
Intervenção fisioterapêutica FASE I 
 
• Para dor e edema recursos eletroterapêuticos e físicos: turbilhão, TENS, 
ultrassom, laser, gelo conforme quadro clínico do paciente. 
• Amplitude de movimentos passivos para o cotovelo depois de três a quatro dias 
de imobilização. 
• Evitar amplitude de movimentos ativos do cotovelo. 
• Exercícios de ADMA e de Amplitude de movimento passiva (ADMP) de coluna 
cervical, ombro, punho e dedos. 
 
Intervenção fisioterapêutica FASE II (duas semanas) 
 
• Exercícios isométricos para tríceps, bíceps e deltoide; 
• Exercícios de ADMA para o cotovelo; 
• Exercícios de ADMA e ADMP de coluna cervical, ombro, punho e dedos. 
 
43 
 
 
Intervenção fisioterapêutica FASE III (quatro a seis semanas) 
 
• Exercícios de ADMA para o cotovelo; 
• Sustentação parcial do peso; 
• Exercícios de fortalecimento para bíceps, tríceps, deltoide e musculatura 
intrínseca dos dedos iniciando com isométricos evoluindo para isotônicos (com 
auxílio de faixa elásticos, halteres, digiflex-exercitador de dedos para 
fortalecimento muscular com graduação por cores conforme nível de 
dificuldade, bolinhas). 
 
Intervenção fisioterapêutica FASE IV (oito a doze semanas) 
 
• Exercícios de ADMA e ADMP de do cotovelo (flexão, extensão, pronação, 
supinação); 
• Exercícios de fortalecimento para flexores, extensores, supinadores e 
pronadores do cotovelo (com auxílio de faixa elásticos, halteres). 
21. LUXAÇÃO DO COTOVELO 
As lesões que acometem o cotovelo são incapacitantes, pois essa articulação 
é de suma importância para o posicionamento e movimentação da mão na maioria 
das atividades. As luxações do cotovelo devem ser reduzidas o mais precoce possível 
para evitar complicações e para que o paciente recupere o mais rápido possível à 
função normal do cotovelo. Elas correspondem a 20% de todas as luxações, atrás 
apenas das articulações glenoumerais e dos dedos, ocorrem mais comumente em 
jovens (ZILMER, 2005). 
As luxações posteriores do cotovelo são causadas por uma queda sobre mão 
ou punho com cotovelo em extensão ou leve hiperextensão. Luxações anteriores não 
são comuns, admite-se que sejam causadas por impacto no antebraço posterior em 
posição de ligeira flexão (ZILMER, 2005). 
 
Manifestações Clínicas 
 
44 
 
 
As manifestações clínicas incluem: dor, edema, ADM limitada, instabilidade 
(ZILMER,2005). 
 
Tratamento 
 
A maioria das luxações simples de cotovelo é reduzida com facilidade. Em 
casos de impossibilidade de redução, deve-se investigar por meio de radiografias e 
exame físico meticuloso e então indica-se a cirurgia. As causas mais frequentes nas 
indicações do tratamento cirúrgico na luxação de cotovelo são luxações irredutíveis, 
fraturas ósseas associadas, grandes instabilidades ou lesão neurovascular (ZILMER, 
2005). 
 
Objetivos Específicos 
 
Os objetivos da fisioterapia são controlar inflamação, reduzir dor e edema, 
favorecer cicatrização de lesões, prevenir contratura da articulação do cotovelo, 
manter amplitude de movimento das articulações não envolvidas, recuperar função 
normal do cotovelo ganhando ADM e FM e retornar gradualmente as atividades 
(ZILMER, 2005). 
 
Fisioterapia 
 
Intervenção fisioterapêutica FASE I 
 
• Nessa fase são indicados proteção e repouso da articulação, porém exercícios 
para as articulações não envolvidas devem ser orientados (exercícios como de 
preensão, exercícios ativos de punho e ombro em todos os planos e exercícios 
isométricos para flexores e extensores de punho); 
• Para dor e edema recursos eletroterapêuticos e físicos: TENS, turbilhão, 
ultrassom, infra- vermelho, laser e/ou gelo conforme quadro clínico do paciente; 
 
45 
 
• A mobilização da articulação deve ser precoce para prevenir contratura 
articular, porém deve ser realizada sem causar dor ou estresse ao tecido lesado 
(ZILMER, 2005). 
 
Intervenção fisioterapêutica FASE II 
 
• Após retirada da imobilização exercícios ativo-assistidos e ativos devem ser 
iniciados para ganho de ADM sendo realizado de forma suave e indolor (com 
auxílio do fisioterapeuta, e por meio de bastão, prono-supinador e outros 
dispositivos); 
• Alongamento para musculatura flexora e extensora do cotovelo (a intensidade 
e duração do alongamento conforme tolerância do paciente); 
• Mobilização articular; 
• Exercícios resistidos são iniciados quando ADM do cotovelo estiver completa, 
iniciando com exercícios isométricos e evoluindo para isotônicos (ZILMER, 
2005). 
22. FRATURA DO TERÇO DISTAL DO RÁDIO 
As fraturas do terço distal do rádio acometem de 10 a 12% do esqueleto, mais 
frequente entre mulheres acima dos 40-50 anos. O sucesso no tratamento depende 
da correta redução, fixação e imobilização e encaminhamentoprecoce à reabilitação 
(FREITAS, 2005; PARDINI; FREITAS, 2008). 
 
Fisioterapia 
 
Intervenção FASE I (após redução e imobilização até consolidação) 
 
Manter ADM das articulações não envolvidas: Exercícios de ADMA para as 
articulações não envolvidas (ombro, prevenir síndrome ombro-mão; cotovelo, evitar 
contratura em flexão; antebraço, exercícios de prono-supino, quando possível; e 
dedos, exercícios). 
 
46 
 
Monitorizar circulação e sensibilidade: (verificar gesso apertado, avaliar 
sensibilidade com os monofilamentos). 
Tratar da dor: recursos eletroterapêuticos e físicos: TENS, ultrassom, 
infravermelho, laser e/ou gelo conforme quadro clínico do paciente (dar atenção à dor 
desproporcional à condição = distrofia simpático-reflexa). 
Reduzir edema: Crioterapia 20 minutos, elevação, compressão suave, 
massagem. 
Mobilização precoce da articulação do punho (para fraturas fixadas e 
estabilizadas, mobilização ativa-assistida dentro da ADM permitida sem dor). 
 
Benefícios 
 
• Evitar artrose pós-traumática; 
• Reduzir risco de retração capsulo-ligamentar; 
• Retorno precoce da função manual. 
 
 
Intervenção FASE II (da retirada da imobilização até retorno máximo a função) 
 
• Utilização de turbilhão ou infravermelho (antes dos alongamentos e exercícios 
para ganho de ADM com intuito de aumentar extensibilidade do tecido colágeno 
e diminuir o risco de lesão tecidual); 
• Exercícios para ganho de ADM de punho e antebraço (flexão e extensão de 
punho, desvio ulnar e radial, flexão e extensão de cotovelo e prono-supinação 
de antebraço); 
• Alongamento eficaz: baixa carga de stress; 
• Mobilização articular; 
• Para dor e edema recursos eletroterapêuticos e físicos: TENS, ultrassom, laser 
e/ou gelo conforme quadro clínico do paciente; 
• Estimulação elétrica funcional (FES): facilita movimento ativo. 
 
 
 
 
47 
 
Restauração da força muscular: 
 
• Nas 2 semanas após retirada da imobilização: treino de AVDs (pentear cabelo, 
escovar os dentes, amarrar cadarço, fechar e abrir botões); 
• Após 2 semanas: mais ênfase no fortalecimento flexores e extensores de 
punho e musculatura da mão (com halteres, faixa elástica, digiflex- aumento 
gradual da resistência e massinha). 
 
Propriocepção: 
 
• Após 2 semanas de início do fortalecimento iniciar propriocepção; 
• Exercícios: transferência de peso (em pé, descarregar peso parcial sobre as 
mãos na mesa com cotovelo em extensão, depois evoluir para ambas as mãos 
sobre a mesa e cotovelos; em extensão, realizar a flexão de tronco gerando 
uma maior descarga de peso; sentado, apoiar mãos e cotovelos em extensão 
e descarregar peso ao passar da posição sentada para em pé); escovação 
(com escova de lavar roupas na posição em pé, realizar escovação na mesa, 
e na posição de 4 apoios, também realizar escovação); em pé, frente a uma 
parede e com uma bola na mão, entre outros. 
• ÓRTESES estão indicadas quando não há evolução no ganho de ADM do 
punho e/ou antebraço. Elas podem promover (extensão e flexão de punho: 
órtese dinâmica, prono-supino: órtese dinâmica, órteses estáticas: uso 
noturno). Tais órteses são confeccionadas pelo serviço de terapia ocupacional 
(TO) através da atividade extensionista de reabilitação de mão no contexto da 
terapia ocupacional (REAMA); 
• Retorno da função manual. 
23. FRATURA DO ESCAFÓIDE 
As fraturas do escafoide estão entre as fraturas mais comuns de punho depois 
das fraturas distais do rádio. Em função da sua localização e função, o escafoide é 
um osso muito vulnerável a traumatismos, a fratura geralmente ocorre com a queda 
ou impacto sobre a mão espalmada. Por vezes, a fratura de escafoide pode passar 
 
48 
 
despercebida em uma radiografia sendo detectada só dias após (SARTORETO, 
2005). 
 
Manifestações clínicas 
 
Dor à palpação na região da tabaqueira anatômica do punho e nos movimentos 
extremos do punho, edema sobre escafoide, ADM reduzida, tumefação ou equimose 
(SARTORETO, 2005). 
 
Tratamento 
 
É importante a localização da fratura para determinar o tratamento, pois pode 
necessitar de cirurgia ou somente imobilização. As principais complicações da fratura 
do escafoide são: pseudoartrose, necrose avascular e artrose pós-traumática. Essas 
complicações ocorrem especialmente em razão de três fatores: falta de diagnóstico 
inicial, tratamentos inadequados ou déficit vascular devido às características 
anatômicas do osso (SARTORETO, 2005). 
 
Objetivos Específicos 
 
• Restaurar ADM do polegar e do punho; 
• Fortalecer os músculos abdutores, longo e curto do polegar, extensores longo 
e curto do polegar, flexores longo e curto do polegar, e dos flexores ulnar e 
radial do carpo; 
• Treinar retorno às AVDs (SARTORETO, 2005). 
 
Fisioterapia 
 
É recomendado um cuidado especial com acompanhamento da consolidação 
óssea, para que possam ser traçadas as diretrizes que irão nortear a fisioterapia 
(SARTORETO, 2005). 
 
 
 
49 
 
Intervenção fisioterapêutica FASE I (2 primeiras semanas) 
 
Não havendo imobilização longa são permitidos: 
Para dor recursos eletroterapêuticos e físicos: TENS, turbilhão, ultrassom, 
laser, gelo conforme quadro clínico do paciente; 
Exercícios de ADM ativos livres para cotovelo e ombro; 
Exercícios isométricos para bíceps, tríceps e deltoide; 
Evitar movimentos bruscos, como prono-supinação. 
Intervenção fisioterapêutica FASE II (após 15 dias) 
 
Incentivar movimentos ativos e passivos de dedos; 
 
Intervenção fisioterapêutica FASE III (6 semanas) 
 
Prono-supinação ainda deverá ser restringida; 
Fortalecimento para os músculos bíceps, braquial, tríceps, peitoral maior e 
deltoide (com auxílio de halteres, faixas elásticas); 
Havendo evidência radiológica de consolidação, iniciam-se exercícios ativos 
suaves para o punho (flexão/extensão) bem como oposição, e flexão/extensão do 
polegar (antes destes exercícios cabe ressaltar a realização de turbilhão ou 
infravermelho para aumentar extensibilidade); 
Mobilização e tração articular; 
Deslizamento dorsal para ganho de flexão e deslizamento volar. 
 
Intervenção fisioterapêutica FASE IV (8 semanas) 
 
Começar movimento de prono-supinação (pode-se utilizar prono-supinador); 
Após 10ª semana começar exercícios de força de preensão; 
Acrescentar aos movimentos de flexoextensão deslizamento ulnar e radial. 
 
50 
 
24. FRATURAS DA MÃO 
As fraturas da mão podem ocorrer em qualquer um dos ossos dos dedos 
(falanges ou metacarpianos) ou nos pequenos ossos do carpo. As causas podem 
resultar de uma lesão de torção, uma queda, uma lesão por esmagamento, ou 
traumatismo direto. São, com frequência, resultantes de acidentes sofridos no 
exercício da atividade profissional ou na prática desportiva. 
 
Manifestações clínicas 
 
Edema, hipersensibilidade, deformidade, incapacidade em mobilizar o dedo, 
encurtamento do dedo, desvio rotacional com sobreposição digital, depressão na 
articulação. 
Os problemas mais comuns em fraturas na mão são: 
 
Aderência dos extensores nos metacarpos (MTCs): 
• Fraqueza na extensão das metacarpofalangeanas (MFS); 
• Limitação na flexão das MFS. 
 
Encurtamento da cápsula dorsal da metacarpofalangeana (MF): 
• Limitação passiva na flexão da MFS; 
• Edema dorsal; 
• Perda da arquitetura da mão. 
 
Fisioterapia 
 
Intervenção fisioterapêutica FASE I 
 
Para dor e edema recursos eletroterapêuticos e físicos: TENS, turbilhão, 
ultrassom, laser, gelo conforme quadro clínico do paciente; 
Massagem suave (reduzir edema e melhorar circulação); 
Exercícios de ADM ativos livres para cotovelo, ombro e cervical; 
 
51 
 
Órtese (quando necessária confeccionada pelo setor de TO do REAMA (Grupo 
de atividade extensionista: "Reabilitação de mão no contexto da terapia ocupacional"); 
Tapping (bandagem-kinesio tapping): A técnica consiste na aplicação de uma 
fita especial e elástica sobre a área tratada, realizada pelo setor de TO peloprojeto 
REAMA, quando necessário com fins de analgesia, estabilização, entre outros; 
Enfaixamentos (quando necessário). 
 
Intervenção FASE II 
 
Utilização de turbilhão (antes dos alongamentos e exercícios para ganho de 
ADM); 
Exercícios para ganho de ADM de punho e dedos (flexão e extensão de punho, 
desvio ulnar e radial, flexão e extensão de dedos, abdução e adução de dedos, treino 
de pinça grossa e fina); 
Continuar com massagem; 
Exercícios resistidos para cotovelo e ombro; 
Alongamento de flexores e extensores de punho e dedos; 
Mobilização articular; 
Iniciar exercícios de fortalecimento muscular; 
Iniciar exercícios funcionais (pinça de dedos com bolinha de gude e chumbinho, 
abotoar grandes e pequenos botões e zíper, exercícios de preensão com bolinhas). 
 
Intervenção fisioterapêutica Fase III: 
 
• Continuar com alongamentos de punho e dedos; 
• Continuar com massagem; 
• Progredir com exercícios de fortalecimento conforme tolerado; 
• Exercícios funcionais (já descritos anteriormente). 
25. SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO 
A Síndrome do Túnel do Carpo é resultado da compressão do nervo mediano 
que passa dentro do canal do carpo, acomete mais mulheres na faixa etária de 40-60 
 
52 
 
anos, e as causas, dentre outras, são: sequelas de fraturas, poliartrite reumatoide, 
gota, acromegalia, mixedema, lesões das bainhas tenossinoviais carpianas ou 
simplesmente microtraumatismos por movimentos repetitivos de flexão-extensão dos 
dedos com flexão dorsal do punho (ORTIZ, 2005). 
 
Manifestações clínicas 
 
Sintomas sensitivos e motores são observados no início da síndrome do túnel 
do carpo como: formigamento nos dedos e uma vaga sensação de dolorido no punho, 
hiperestesia, adormecimento ou sensação de desconforto nos 3 dedos radiais, 
dificuldade para realizar movimentos suaves, e os músculos tênares inervados pelo 
nervo mediano também são afetados, surgindo instalação de fraqueza muscular, 
atrofia muscular, e finalmente, perda da capacidade de oposição do polegar (ORTIZ, 
2005). 
 
Tratamento 
 
O tratamento da síndrome direciona-se para o alívio da pressão sobre o nervo 
mediano e, portanto, para a eliminação da isquemia; sendo, às vezes, necessária uma 
intervenção cirúrgica. 
O tratamento conservador consiste no uso de órtese em posição neutra, nas 
infiltrações de corticoides e na fisioterapia com objetivo de analgesia. O tratamento 
cirúrgico visará o alcance des- compressivo e será aplicado em caso de falha do 
tratamento conservador (ORTIZ, 2005). 
 
Objetivos Específicos 
 
Melhorar quadro álgico, melhorar a parestesia, restabelecer ADM e FM. 
 
Fisioterapia 
 
Intervenção fisioterapêutica no tratamento conservador 
 
 
53 
 
Evitar movimentos que piorem o quadro álgico; 
Uso da órtese; 
Uso de recursos eletroterapêuticos e físicos: TENS, ultrassom (fonoforese com 
cataflan tópico), laser, gelo com finalidade de analgesia; 
Exercícios de ADMA para ombro, cotovelo, antebraço e dedos; 
Alongamentos de flexores e extensores de punho; 
Exercícios tonificadores e massagem nos músculos com parestesia. 
 
Intervenção fisioterapêutica no tratamento pós-cirúrgico Fase I: 
 
Controle do edema: Crioterapia 20 minutos (pode ser realizado várias vezes ao 
dia, cabendo ao fisioterapeuta a orientação, dando intervalos de pelo menos 2 horas 
entre uma aplicação e outra); 
Utilização do laser para ajudar no processo de cicatrização; 
Os cuidados com a cicatriz são iniciados com massagem depois que a ferida 
estiver plenamente cicatrizada (cyriax); 
Para dor são utilizados recursos eletroterapêuticos e físicos: turbilhão (após 
cicatrização), TENS, ultrassom, laser, gelo conforme quadro clínico do paciente; 
Exercícios de ADMA para ombro, cotovelo, antebraço; 
Iniciar os exercícios ativos e passivos de amplitude de movimento para punho 
e dedos juntamente com exercícios leves de fortalecimento da pressão; 
Reeducar sensibilidade: atividades de dessensibilização (massagem manual 
suave, utilizar texturas-algodão, escova de dente, esponja lado fino e áspero, e lixa) 
são iniciadas se existir hipersensibilidade no local da incisão; 
 
Intervenção fisioterapêutica Fase II (4 a 6 semanas): 
 
Continuar massagem cicatricial e ir aumentando a pressão da massagem 
manual; 
Mobilização passiva, ativo-assistida do punho e dedos; 
Exercícios de ADMA para punho (flexão, extensão, desvio ulnar e desvio 
radial); 
 
54 
 
Com cerca de 4 a 6 semanas após a cirurgia podem ser iniciados os exercícios 
de fortalecimento de punho (em geral espera-se que a força seja recuperada de 3 a 4 
meses após a operação punho, podem ser realizados com halteres, e faixa elástica, 
digiflex); 
Estimulação elétrica funcional (FES); 
Continuar com técnicas de dessensibilização (já descritas); 
Iniciar alongamentos de flexores e extensores de punhos de forma suave; 
Exercícios funcionais (pinça de dedos com bolinha de gude e chumbinho, 
abotoar grandes e pequenos botões e zíper, exercícios de preensão com bolinhas); 
Orientações ergonômicas (evitar atividades de preensão mais pesadas como 
lavar e torcer roupas, evitar carregar sacolas com preensão de punhos e dedos e sim 
dar preferência para carregá-las no antebraço, entre outras orientações com intuito de 
evitar recidiva da lesão). 
 
Intervenção fisioterapêutica Fase III: 
 
Continuar com alongamentos de punho; 
Continuar massagem cicatricial; 
Progredir com exercícios de fortalecimento conforme tolerado; 
Iniciar atividades direcionadas ao retorno ao trabalho. 
26. LESÃO DOS TENDÕES FLEXORES 
A lesão traumática dos tendões flexores é bastante comum e grave, pois afeta 
a função de preensão da mão, e seu tratamento é complexo. A ruptura dos tendões 
flexores ocorre com bastante frequência e as causas mais frequentes são trauma 
agudo, trauma agudo direto com material cortante ou arma branca, queda sobre vidro, 
etc. Há um maior risco de lesão nas modalidades esportivas em que se usa o membro 
superior diretamente, como o basquete e a ginástica (LEÃO, 2005). 
 
 
 
 
 
55 
 
Objetivos Específicos 
O objetivo principal do tratamento é o restabelecimento da função da mão no 
menor intervalo de tempo possível. Para tanto é necessário promover analgesia, 
reduzir processo inflamatório, restabelecer ADM, melhorar FM e reeducar 
sensibilidade (LEÃO, 2005). 
 
Fisioterapia 
 
REABILITAÇÃO APÓS REPARO DO TENDÃO FLEXOR: 
 
• No tendão imobilizado 
 
Intervenção Fase precoce (0–3 a 4 semanas) 
 
Utilização de órtese dorsal: punho em 30° de flexão; metacarpofalangeanas 
(MFS) em flexão de 40º à 60°; e interfalangeanas (IFS) em extensão- Estas órteses 
são confecciona- das pela TO, projeto REAMA; 
Exercícios de ADMA para articulações não envolvidas dos membros 
superiores; 
Tratamento do edema com Crioterapia por 20 minutos e da ferida com laser 
para auxiliar na cicatrização. 
 
Intervenção Fase Intermediária - precoce: (1 a 2 semanas) 
 
Exercícios de flexoextensão passiva dos dedos; 
Exercícios de deslizamento tendinoso (são exercícios elaborados para manter 
ou desenvolver o deslizamento livre entre os tendões flexor profundo e superficial dos 
dedos e entre os tendões e ossos do punho, mão e dedos (Kisner, 2009) (mão reta, 
gancho em garra), punho cerrado, ângulo reto (intrínseca positiva) e punho reto); 
Laser e ultrassom para ajudar no processo de cicatrização; 
Exercícios de tenodese (ao realizar flexão de punho realizar simultaneamente 
extensão de dedos, ao realizar extensão de punho realizar simultaneamente a flexão 
de dedos). 
 
56 
 
 
• Avaliação: (após 4–5 dias) 
 
• Discrepância de 50 graus entre ADM passiva e ADM ativa: 
Grande formação de aderência; 
Antecipa-se o programa em 1 semana. 
 
• Bom deslizamento tendinoso: 
Mantém o programa por mais 1 semana. 
 
Intervenção Fase final 
 
Utilização de Órtese dinâmica (utilizada quando apresenta contratura em 
flexão) - o serviço de TOprojeto REAMA atua na confecção das órteses; 
Atividades de preensão prolongada, como, por exemplo, cavar massinha; 
Tendão sem aderência: - iniciar exercícios com resistência após 7 – 8 semanas; 
Retorno às atividades com maior esforço após 10 a 12 semanas. 
 
MOBILIZAÇÃO PASSIVA PRECOCE: 
 
Nesta fase utiliza-se a órtese protetora para manter o punho fletido a 20° e MFS 
na posição fletida relaxada (confeccionada pela TO que atua em parceria com a 
fisioterapia); 
 
Exercícios: 
 
Mobilização passiva de MF e com interfalangeana proximal (IFP) fletidas: 
estender interfalangeana distal (IFD); 
Com MF e interfalangeana distal (IFD) fletidas: realizar a extensão passiva 
interfalangeana proximal (IFP); 
4 a 5 semanas: a órtese é retirada e substituída por munhequeira com tração 
elástica no dedo para permitir extensão ativa; 
Iniciar flexão ativa dedos (deslizamento e bloqueio): é iniciada na 5ª semana; 
 
57 
 
Iniciar flexão resistida: iniciada na 7a à 8a semanas. 
 
MOBILIZAÇÃO ATIVA PRECOCE: 
 
Objetivo: executar o máximo de deslizamento tendinoso dentro de uma margem 
segura de ADM do punho e dedos para se obter o mínimo de aderência e um rápido 
retorno funcional. 
 
Indicações: pacientes submetidos a uma tenorrafia reforçada; pacientes 
motivados e colaborado- res; mínimo de edema e complicações na ferida cirúrgica; 
terapeuta bem orientada (FREITAS, 2005; PARDINI; FREITAS, 2008). 
 
PROTOCOLO: 
 
- ÓRTESES (confeccionada pelo serviço de TO do projeto REAMA): 
• Órtese de bloqueio dorsal (punho 20 flexões, MFs 50 flexões, IFs neutro); 
• Órtese de tenodese (permite flexão total do punho e bloqueia a extensão em 
30 graus, total movimento das IFs e bloqueio das MFs em 60 de flexão). 
 
Intervenção 1 a 4 semanas de pós-operatório: 
 
Programa de Duran (já descrito anteriormente) (15 vezes por hora) com a 
órtese dorsal; 
Com a órtese de tenodese; 
Flexão passiva dos dedos e extensão ativa do punho; 
Contração isométrica suave dos dedos (5 segs.); 
Relaxamento da musculatura contraída e do punho, que se relaxa em flexão 
permitindo a extensão dos dedos (25 vezes por hora). 
 
Intervenção 4 semanas de pós-operatório: 
 
Uso apenas da órtese dorsal (proteção e à noite); 
 
58 
 
Exercícios de tenodese com flexão passiva dos dedos e extensão ativa do 
punho; 
Exercício ativo de flexoextensão dos dedos e punho; 
Contraindicação: extensão de punho e dedos simultânea; 
Exercícios feitos 25 vezes em 2 horas. 
 
Intervenção 5 a 14 semanas de pós-operatório: 
 
• Exercícios de deslizamento de tendões; 
• Exercícios de bloqueio (6 semanas); extensão passiva (7 semanas); 
• Fortalecimento (8 semanas), retorno da função: 14 semanas 
27. LESÃO DOS TENDÕES EXTENSORES 
Os tendões extensores dos dedos, em comparação com os flexores, são mais 
finos e com menos substância para receber as suturas. Geralmente são estruturas 
superficiais, o que os torna suscetíveis a lesões, mesmo em ferimentos não tão 
profundos, a maioria das lesões ocorre nas áreas de articulações. Todas as regras 
para o atendimento dos flexores valem também para os extensores, além disso, por 
estarem em contato direto com estrutura óssea, as reparações cirúrgicas são 
geralmente seguidas de aderências (FERRON; ARAÚJO; FIGUEIREDO, 2005). 
 
Objetivos Específicos 
 
Os objetivos da reabilitação do tendão extensor são semelhantes aos 
apresentados para o tendão flexor, e as orientações a serem seguidas dependem do 
mecanismo da lesão e do tempo decorrido da ruptura até o reparo. 
 
Fisioterapia (FREITAS, 2005; PARDINI; FREITAS, 2008). 
 
IMOBILIZAÇÃO: de 4 a 6 semanas proporcionando a formação adesiva e a 
redução da flexão das articulações MFS e IFS. 
O tratamento é feito de acordo com as 7 zonas anatômicas: 
 
59 
 
Zona I e II 
 
IFD e falange média: tendão extensor terminal 
Tratamento conservador: com imobilização sendo IFD em neutro ou seja 0º ou 
em extensão 15º graus por 6 semanas; 
Tratamento cirúrgico: com fixação percutânea e imobilização de IFD 0 – 15 
graus de extensão por 6 semanas; 
Mesmo com tratamento pode ocorrer deformidade em flexão da IFD. Após 6 
semanas: exercícios ativos para a IFD 
Tendão extensor é 3 vezes mais fraco que o tendão flexor profundo por isso 
deve-se enfatizar primeiramente o ganho da extensão; 
Laser e ultrassom para ajudar no processo de cicatrização do tendão; 
Massagem suave; 
Exercícios ativos para IFD; 
Exercícios de ADMA para articulações não envolvidas; 
Em caso de déficit na extensão pode-se fazer uso da tala metálica (+ 2 a 4 
semanas) - Confeccionada pelo serviço de TO pelo REAMA; 
Deve-se atentar para aderência e rigidez em ext. da IFD: alongamento do 
ligamento retinacular oblíquo; 
 
• Atividades de preensão 
 
Programa de desensibilização (massagem manual suave, utilização de texturas 
algodão, bucha lado fino, escova de dente, bucha lado, áspero e lixa); 
Programa de resistência gradativo (aumentar resistência gradativamente de 
acordo com tolerância paciente); 
Ganhar flexão sem perder extensão da IFD. 
 
Zona III e IV 
 
IFP e falange Proximal: bandeleta central, ligamento triangular, bandeletas 
laterais 
Pode ocorrer deformidade: dedo em botoeira (flexão da IFP); 
 
60 
 
Tratamento cirúrgico com reparo das estruturas lesadas; 
Lesões tardias: deformidade fixa = ganho da ADM passiva da IFP e flexão ativa 
da IFD (órteses e exercícios) 
Técnica cirúrgica reconstrutora: MATEV 
Imobilização: 6 semanas 
 
Após 6 semanas: exercícios ativos para a IFP: 
• Turbilhão antes dos exercícios; 
• Laser e ultrassom para auxiliar na cicatrização; 
• Massagem suave. 
 
Enfatizar o ganho da extensão das interfalageanas; 
Exercícios ativos de IFP; 
1ª semana: 30 graus de flexão IFP; 2ª semana 40 – 50 graus, aumentando 20-
30 graus a cada semana; 
IFP rígida em extensão: órtese e exercícios; 
Exercícios de ADMA para articulações não envolvidas; 
Exercícios de alongamento e resistência: 8 a 9 semanas de pós-operatório. 
 
MOBILIZAÇÃO PRECOCE ATRAVÉS DE PEQUENO ARCO DE MOVIMENTO 
(PAM) ATIVO APÓS O REPARO DA BANDELETA CENTRAL 
 
COMPLICAÇÕES: alongamento tendinoso, deficiente excursão tendinosa, 
rigidez articular, perda da flexão da IFP. 
CAUSAS: 
Extensa área de tendão próxima ao periósteo e complexo deslizamento do 
sistema extensor 
Posicionamento incorreto durante a fase de imobilização que permite flexão IFP 
Privação dos efeitos benéficos da mobilização precoce. 
 
 
 
 
 
61 
 
ZONA V e VI 
 
MF e o dorso da mão = extensor comum dos dedos (EDC), extensor próprio do 
polegar (EIP), extensor próprio do dedo mínimo (EMP), conexões intertendinosas e 
as bandas sagitais (deformidade em flexão da MF); 
Grande quantidade de tecido mole facilita o deslizamento tendinoso; 
Lesões por esmagamento = evitar a imobilização. 
 
Reabilitação: 
 
Mobilização passiva controlada; 
Imobilização por 3 semanas. Reabilitação no tendão imobilizado: 
Imobilização: punho a 45 graus de extensão; MF 0 – 20 graus de flexão; IFS 0 
graus (órtese confeccionada pelo serviço de TO pelo programa REAMA); 
Verificar rigidez das articulações MFS e IFS. 
 
Exercícios: 
 
Punho e IFS em extensão: fletir MFS a 30 graus + hiperextensão de falanges 
Punho e MFS em extensão: fletir as IFS. 
Laser e ultrassom para auxiliar na cicatrização do tendão; 
Exercícios ativos são iniciados após a terceira semana; 
Enfatizar o ganho da extensão da MF, com o punho em neutro ou leve flexão; 
Flexão de MF em 40º com o punho em extensão; 
Exercício de tenodese (já descrito anteriormente); 
IFS: flexoextensão com punho e MFS em extensão 
5ª semana: flexão composta com punho em extensão; exercício de extensão 
individual; exercício da garra intrínseca; 
6ª semana: órtese dinâmica para flexão da MF e IFP (confeccionada pelo 
serviço de TO do programa REAMA) 
7ª semana: flexão simultânea de dedos e punho; programa de fortalecimento. 
Mobilização passiva controlada:

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