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Dedução, indução e abdução

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10/3/2010
DEDUÇÃO, INDUÇÃO E ABDUÇÃO 
Na dedução, a conclusão apenas explicita ou reformula o que já havia sido dito pelas premissas, o raciocínio objetiva tornar explícito o conteúdo das premissas. 
Na indução, a conclusão enuncia algo que supera a informação contida na premissa, o raciocínio objetiva ampliar os conhecimentos do pesquisador/leitor. 
Exemplos:
Raciocínio dedutivo:
Todo mamífero tem coração.
Todos os cavalos são mamíferos.
Logo, todos os cavalos têm coração.
Raciocínio indutivo:
Todos os cavalos até hoje observados tinham coração.
Logo, todos os cavalos têm coração.
INDUÇÃO
É o princípio lógico segundo o qual se deve partir das partes para o todo. Ou seja, ao fazer uma pesquisa, deve-se ir coletando casos particulares e, depois de certo número de casos, pode-se generalizar, dizendo que sempre que a situação se repetir o resultado será o mesmo. Se, por exemplo, eu quero saber a que temperatura a água ferve. 
Coloco água no fogo e, munido de um termômetro, meço a temperatura. Descubro que a fervura aconteceu a 100 graus centígrados. Repito a experiência e chego ao mesmo resultado. Repito de novo e vou repetindo até chegar à conclusão de que a água sempre ferverá a 100 graus centígrados. Esse é um exemplo típico de indução.
Umberto Eco dá um outro exemplo curioso: os sacos de feijões. “Vejo um saco opaco sobre a mesa. Quero saber o que tem dentro”. O que fazer? Uso o método indutivo: vou tirando o conteúdo do saco um a um. Da primeira vez, deparo-me com um feijão branco. Na outra tentativa, de novo um feijão branco. 
Repito a experiência até achar que não restarem mais feijões. Então extraio uma lei: dentro deste saco só há feijões brancos. O livro “A Lógica da Pesquisa Científica de Karl Popper” traz outros exemplos.
DEDUÇÃO
É uma forma de raciocínio científico segundo o qual se deve partir do geral para o particular. Assim, devemos primeiro criar uma lei geral e depois observar casos particulares e verificar se essa lei não é falseada. Para os adeptos da dedução, o cientista não precisa de mil provas indutivas. Basta uma única prova dedutiva para que a lei possa ser considerada válida. 
No exemplo do saco, imaginem que o vendedor nos disse que ele estava cheio de feijões brancos. Então retiro um feijão de dentro do saco. Se for branco, então minha hipótese está, por enquanto, correta. Um problema da dedução é que ela geralmente se origina de induções anteriores. Geralmente fazem uma lei geral depois de já se ter observado casos particulares. Eis o processo do raciocínio dedutivo.
Método Indutivo: próprio das ciências naturais, também aparece na Matemática por meio da Estatística. 
Exemplo de um raciocínio indutivo baseado na contagem: 
Exemplo 1. retirando uma amostra de um saco de arroz, observa-se que aproximadamente 80% dos grãos são do tipo extra-fino. Conclui-se, então, que o saco de arroz é do tipo extrafino.
Exemplo 2. a pesquisa eleitoral é outro exemplo do raciocínio indutivo. Por meio de amostragens de eleitores, realiza-se a pesquisa que denota o percentual de votos de cada um dos candidatos.
É claro que a validade dos resultados depende da representatividade da amostra e o método estatístico é sua base de sustentação. No exemplo 1, pode-se ao retirar 1 grão de arroz constatar que ele não se encaixa nos padrões definidos para o tipo extra-fino e a pesquisa eleitoral pode prever como ganhador o candidato errado, embora possamos retirar um grão de arroz que se encaixe nos padrões e acertar o resultado da eleição. 
As conclusões obtidas por meio da indução correspondem a uma verdade não contida nas premissas consideradas, diferentemente do que ocorre com a dedução. Assim, por meio da dedução chega-se a conclusões verdadeiras, já que baseada em premissas igualmente verdadeiras. 
Por meio da indução chega-se a conclusões que são apenas prováveis. Comparando o método dedutivo e o indutivo, conclui-se que, enquanto o pensamento dedutivo leva a conclusões inquestionáveis, porque já contidas nas hipóteses, o raciocínio indutivo leva a conclusões prováveis, no entanto, mais gerais do que o conteúdo das hipóteses.
O Método Dedutivo, também chamado por Aristóteles de silogismo, parte da dedução formal tal que, postas duas premissas, delas, por interferência, se tira uma terceira, chamada conclusão. Entretanto, deve-se frisar que a dedução não oferece conhecimento novo, uma vez que a conclusão sempre se apresenta como um caso particular da lei geral. A dedução organiza e especifica o conhecimento que já se tem, mas não é geradora de conhecimentos novos. Ela tem como ponto de partida o plano do inteligível, ou seja, da verdade geral, já estabelecida.
O Método Dedutivo tornou-se popular principalmente com as publicações das obras de Sir Arthur Conan Doyle, criador do célebre Sherlock Holmes. Sir Arthur Conan Doyle prova que toda dedução lógica, uma vez explicada, torna-se infantil, pois a conclusão só causa espanto e admiração quando se desconhece os passos do desenvolvimento investigativo. Processos similares ao Dedutivo são vastamente empregados na criminalística forense, porém, amparados pela abdução e indução, outros processos de raciocínio lógico.
Dedução é uma inferência que parte do universal para o mais particular. Considera-se que um raciocínio é dedutivo quando, de uma ou mais premissas, se conclui uma proposição que é conclusão lógica da(s) premissa(s). A dedução é um raciocínio de tipo mediato, sendo o silogismo uma das suas formas clássicas.A indução pode ser reduzida à dedução no corpo da lógica clássica. Os raciocínios dedutivos caracterizam-se essencialmente por apresentarem conclusões que devem ser necessariamente verdadeiras, se todas as premissas forem verdadeiras.
Todo mamífero tem coração! Todos os cavalos são mamíferos. Todos os cavalos têm coração.
Todos os metais são bons condutores de eletricidade. O mercúrio é um metal. Logo, O mercúrio é um bom condutor de eletricidade.
No exemplo apresentado, sendo verdadeiras as duas premissas, a conclusão é necessariamente verdadeira. Outra característica dos raciocínios dedutivos é que aquilo que é dito na conclusão já tinha sido dito nas premissas. Como em todos os raciocínios dedutivos corretos, a conclusão reformula a informação contida nas premissas.
No exemplo, a primeira premissa afirma que Todos os mamíferos têm coração, o que inclui todos os cavalos, como confirma a segunda premissa. Isto significa que a conclusão não acrescenta nada ao que é dito nas premissas.
Exemplo 1:
• Todo número par é divisível por dois; 
• 280 é um número par; 
• 280 é divisível por dois.
Exemplo 2:
• O conjunto dos números naturais está contido no conjunto dos números reais 
• 25 é um número natural; 
• 25 é um número real.
Por Vânia Coelho
Disponível em: http://literacomunicq.blogspot.com.br/2010/03/deducao-inducao-e-abducao.html 
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