Buscar

Fármacos antivirais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FARMACOLOGIA II LETÍCIA LEÃO 
 
Antivirais: 
Vírus- características gerais 
 Replicação intracelular rápida 
 Infecções virais estão entre as principais 
causas de morbidade e mortalidade 
 Antivirais: precisam explorar as diferenças 
entre vírus e célula humana para ter 
especificidade e gerar tanta toxicidade para os 
humanos. 
 Difícil ter antiviral de amplo espectro 
 Antiviral ideal: interrompe a replicação do 
vírus sem afetar o metabolismo das células do 
hospedeiro 
Inibidores competitivos da DNA-polimerase: 
 São moléculas parecidas com os próprios 
nucleotídeos e entram no processo de 
replicação por isso, porém como não são 
propriamente nucleotídeos, não possuem a 
funcionalidade ideal, param o ciclo de 
replicação. 
 Síntese de DNA é interrompida 
Aciclovir: 
 Ação para HSV e HZV 
 Posologia inconveniente: 800mg; 4 
comprimidos de 4/4h 
 Disponível no SUS 
 VO e tópica 
Valaciclovir: 
 Pró-fármaco 
 Maior biodisponibilidade 
 Mesma efetividade do aciclovir 
 Ação para HSV e HZV 
 Apenas VO 
 Posologia mais cômoda: 500mg (1 
comprimido) 8/8 horas 
 Custo mais elevado 
Penciclovir: 
 Menos efetivo que aciclovir 
 VO e tópica 
 HSV, HZV 
Fanciclovir: 
 Pró-fármaco 
 Posologia mais cômoda: 1 comprimido 8/8h 
 Mesma efetividade do penciclovir 
 Custo elevado 
 Ação para HSV e HZV 
Ganciclovir: 
 Fármaco de primeira escolha para CMV 
(mononucleose) 
 EV, VO, tópico 
 Disponível no SUS 
Valganciclovir: 
 Custo elevado 
 CMV 
 VO 
 Pró-fármaco 
 Mesma efetividade do ganciclovir 
Efeitos adversos comum a todos os inibidores de DNA-
polimerase: 
 Distúrbios gastrointestinais 
 Cefaleia 
 Aumento da creatinina sérica 
Aciclovir, valaciclovir, penciclovir e fanciclovir: 
 Prurido e erupção cutânea 
 Elevação de ALT e AST 
 Toxicidade do SNC 
Ganciclovir e valganciclovir: 
 Mielossupressão 
 Teratogenicidade e mutagenicidade 
Inibidores dos vírus da hepatite B: 
 MA: inibem a transcriptase reversa do RNA 
pré-genômico, impedindo a formação do DNA 
viral 
 Usados em monoterapia para negativar 
HBsAg: 
Tenofovir: 
 Usado em praticamente todos os tratamentos 
(que o paciente não tenha contraindicação) 
 VO 
 Análogo de adenosina monofosfato 
 Pode causar toxicidade renal e 
desmineralização óssea 
 Não tem tempo estabelecido para tratamento 
 Melhor fármaco para hepatite B até hoje. 
FARMACOLOGIA II LETÍCIA LEÃO 
 
 Fase aguda ou tardia da doença 
Entecavir: 
 VO 
 Análogo da guanina 
 Utilizado quando: cirrose hepática, doença 
renal crônica, osteoporose, intolerância ao 
tenofovir... 
 Pode causar: hepatomegalia, perda de 
apetite, diarreia, vômito, náusea, sonolência, 
fadiga, dor de cabeça e insônia. 
Alfaperguinterferona: 
 Via subcutânea 
 MA: grupo de proteínas e glicoproteínas com 
atividade antiviral antiproliferativa e 
imunomoduladora 
 Aplicação semanal 
 Tratamento alternativo 
 Até 48 semanas 
 Reservado para pacientes portadores da 
infecção com HBeAg reagente e não reagente. 
 Contraindicações: consumo atual de álcool ou 
drogas, cardiopatia grave, disfunção 
tireoidiana, distúrbios psiquiátricos, neoplasia 
recente, insuficiência hepática, exacerbação 
aguda de hepatite viral e transplante 
Inibidores dos vírus da hepatite C: 
Obs: está em constante mudança 
Até 2015: 
 Interferon 
 Ribavirina 
 Sustentam 50%. 1 ano de tratamento e 
muitos efeitos colaterais 
Em 2012 Brasil liberou inibidores de protease: 
 Boceprevir e telaprevir: inibe a enzima serino-
protease NS3/NS4A 
 MA: a síntese proteica gera uma poliproteína 
que precisa ser clivada (pela protease). 
Inibindo a protease, as proteínas não 
chegarão da forma correta. 
 Farmacovigilância: retirados do mercado 
devido a toxicidade. 
Obs: atualmente, existe cura para hepatite C 
Obs: não tem mais interferon no protocolo de 
tratamento, substituiu por alfaperguinterferona. 
Ribavirina: 
 Continua no protocolo 
 MA: inibe a sintese de RNAm viral por meio de 
um falso substrato- RNA polimerase 
 VO, EV e aerossol 
 Toxicidade: neutropenia, anemia, teratogenia 
e mutagenicidade. 
Escolha do medicamento: 
 Usados em associação para atuarem em locais 
diferentes e ter menos resistência. 
 Depende da: cepa que o paciente foi 
infectado e se ele já usou outro antiviral 
Hepatite C: 
 O RNA de fita simples de hepatite C codifica 
diversas proteínas estruturais (C, E1, E2 e p7) 
e seis proteínas não-estruturais (NS2, NS3, 
NS4A, NS4B, NS5A, NS5B). 
 NS3 e NS4: relacionadas com a atividade de 
proteases. 
 NS5A: relacionada com a replicação e 
empacotamento viral 
 NS5B: relacionada com a polimerase 
 3 mecanismos de ação diferentes e o foco é 
inibir cada um deles: 
Impedem a maturação e infecciosidade: 
 Usados recentemente associados ou não a 
ribavirina 
 90% de cura 
 12-24 semanas de tratamento 
Sofosbuvir: 
 Análogo da uracila 
 Inibe NS5B (RNA polimerase). Baixa taxa de 
seleção de mutantes resistentes. 
Declastavir: 
 Inibe NS5A (replicação e empacotamento) 
Outros medicamentos utilizados em associação: 
Elbasvir + Grazoprevir: inibidor da proteína NS5A e da 
protease NS3/4A 
Glecaprevir + Pibrentasvir: inibidor da protease 
NS3/4ª e inibidor da NS5A 
FARMACOLOGIA II LETÍCIA LEÃO 
 
Ledipasvir + Sofosbuvir +/0 Ribavirina: inibidor da 
NS5A, da NS5B 
Velpatasvir + Sofosbuvir +/0 Ribavirina: inibidor da 
NS5A e da NS5B 
Efeitos adversos: 
 Anemia 
 Neutropenia 
 Hepatotoxicidade 
 Nefrotoxicidade 
Alfaperguinterferona: 
 Subcutânea 
 Reservado a pacientes pediátricos (3 a 11 
anos) associada a Ribavirina 
Fármacos anti-influenza: 
 Vírus de RNA 
 A: homem e outros animais 
 B e C: exclusivamente humanos 
 Nomenclatura associada a: Hemaglutinina x 
neuraminidase 
 Neuraminidase: indispensável para a liberação 
dos vírus 
Inibidores de neuraminidase: 
 O vírus perde a capacidade de reconhecer e 
cortar o ácido siálico e não permite que o 
vírus recém-sintetizado consiga brotar para 
invadir a próxima célula. 
 Análogos de ácido siálico: oseltamivir e 
zanamivir 
Oseltamivir: 
 Influenza A e B 
 É o mais utilizado 
 VO; fácil administração (boa 
biodisponibilidade) 
 Pró-fármaco 
 Efeitos adversos: náuseas, vômitos, 
desconforto abdominal, toxicidade renal e 
hepática. 
Zanamivir: 
 A e B 
 Trata complicações pouco graves 
 Inalação 
 Baixa biodisponibilidade oral 
 Bem tolerado (sem muitos efeitos adversos) 
Obs: o influenza tem a particularidade de não causar 
lise da célula ao sair, sai por brotamento na 
membrana. Depois de brotar, precisam da 
neuraminidase para se “libertarem” da membrana. Se 
ela não atuar, o vírus permanece preso na membrana. 
Vírus na superfície sinaliza infecção e os macrófagos 
atuam na eliminação viral. 
Antirretrovirais: 
Replicação do HV: 
 Ligação entre o vírus e a célula hospedeira 
pelo reconhecimento das proteínas de 
superfície virais 
 Macrófago: aquisição; linfócito TCD4: 
progressão 
 Os dois tem receptores para reconhecer a 
proteína gp120 do vírus 
 Após a ligação, ocorre a fusão: 
reconhecimento de gp41 para o vírus entrar 
na célula 
 
 
Etapas: 
 Desnudamento 
FARMACOLOGIA II LETÍCIA LEÃO 
 
 Atuação da transcriptase reversa 
 Integrase: pega material genético do vírus e 
integra ao material genético do hospedeiro 
 Multiplicação 
 Polimerase e protease: montagem e liberação 
do vírus 
 Medicamentos atuam em quase todas essas 
etapas 
Vírus da imunodeficiência humana (HIV): 
 Retrovírus HIV-1 e HIV-2 
 Infecta humanos e primatas não humanos 
 Causador de uma IST 
 Transmissão pelo contato sanguíneo e de 
outros fluidos corporais em maior quantidade 
 Célula hospedeira: linfócito TCD4 
 HIV +: presença do vírus no sangue 
 Aidético: diminuição das células Infecções oportunistas 
 Não há cura (linfócitos T quiescentes) até o 
momento, porém existem muitos remédios 
que ampliam a qualidade de vida e são um 
avanço muito grande 
 Coquetel: politerapia. 3 ou + medicamentos 
com MA diferentes buscando menor 
resistência viral 
 Classes terapêuticas disponíveis: 
Inibidores da transcriptase reversa análogos 
de nucleosídeo (ITRN) 
 Funcionam como falsos substratos 
 Zidovulina (AZT), estavudina (d4T), 
didanosina (ddl), lamivudina (3TC), abacavir 
(ABC) e tenofovir (TDF) 
 AZT é o mais famoso 
 Inibe transcriptase reversa por competirem 
com os nucleotídeos 
 Ativos contra HIV-1 e HIV-2 
 VO; EV-> AZT 
 Excretados por via urinaria 
 Efeitos adversos: distúrbios gastrointestinais, 
cefaleia, insônia, hepatotoxicidade, fadiga, 
mal-estar e mialgia (AZT), mielotoxicidade 
(AZT), pancreatite (didanosina, estavudina), 
neuropatia periférica (estavudina) 
Inibidores de transcriptase reversa não-
análogos de nucleotídeos (ITRNN) 
 Só possuem atividade contra HIV-1 
 Efavirenz (EFV) e nevirapina (NVP) 
 Modificam o sitio de ação da transcriptase 
reversa, pois se ligam próximo. Não vai existir 
multiplicação porque a transcriptase mudou 
de conformação e não consegue mais se ligar 
 VO 
 Metabolismo hepático e excreção renal 
 Efeitos adversos: tontura, distúrbios 
gastrointestinais, hepatite, exantema e 
anormalidades fetais 
Inibidores da protease (IP): 
 Protease iria clivar a poliproteina em 
proteínas funcionantes. A inibição dessa 
enzima faz com que o vírus perca sua 
capacidade de montagem e de sobrevivência. 
 Bloqueiam a clivagem de poliproteinas virais e 
impedem a maturação. 
 Saquinavir (SQV), ritonavir ®, inidinavir (IDV), 
nelfinavir (NFV), lopinavir (LPV) e atazanavir 
(ATV). 
 Todos VO 
 Efeitos adversos: distúrbios TGI, 
anormalidades metabólicas (resistencia à 
insulina, aumento da glicemia, 
hiperlipidemia), distribuição anormal de 
gordura. 
 Interações medicamentosas: inibição do 
citocromo P450 (aumenta a concentração de 
outros fármacos) 
Inibidores da integrase: 
 Integrase: liga material genético do vírus e do 
hospedeiro para multiplicação viral 
 Raltegravir e dolutegravir 
 Inibição da atuação da integrase. Usados no 
pós-exposição 
Inibidores de fusão e entrada: 
 Enfuvirtida (se liga a gp41 viral) 
 Maraviroque (inibidor de CCR5- entrada) 
Esquemas: 
 Pós-exposição: associação por 28 dias 
 Lamivudina + tenofovir (ITRN) + Dolutegravir 
(INI) VO 1x ao dia 
 PEP: 3 ARV (2 ITRN + outra classe ITRNN, IP/r 
ou INI) 
FARMACOLOGIA II LETÍCIA LEÃO 
 
 Após nascimento: < 1000 cópias e mãe 
tratada durante a gestação: AZT (ITRN) após o 
parto por 28 dias 
 >1000 cópias ou desconhecido e mãe não-
tratada durante a gestação: AZT + nevirapina 
(ITRNN) após o parto por 28 dias 
 PREP: entricitabina (ITRN) e tenofovir (ITRN) 
pré exposição (mínimo 20 dias de uso). 
 SUS: Gays, HSH, profissionais do sexo, homens 
trans, mulheres trans e travestis e pessoas 
que estejam em uma relação que um dos 
parceiros tem vírus.

Continue navegando