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Tipos de Hepatites e suas Características

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Hepatites A,B,C,D,E 
 
 
Hepatite A 
 
A hepatite A é uma doença contagiosa causada pelo vírus A (HAV) que causa 
inflamação no fígado. Geralmente, não apresenta sintomas. Quando surgem os 
sintomas, costuma aparecer de 15 a 50 dias após a infecção. Em casos raros, 
a hepatite A causa insuficiência hepática e até morte. 
 
Sintomas : Os sintomas geralmente surgem de duas a sete semanas após a 
infecção. O paciente apresenta febre, náusea, vômito, fezes cinzentas, 
cansaço, dor abdominal, dor nas articulações, perda de apetite, urina escura e 
icterícia. Nem todo infectado apresenta os sintomas, sendo a ocorrência mais 
comum em adultos. Usualmente duram menos de dois meses, mas algumas 
pessoas podem continuar com os sintomas por até seis meses. 
Forma de transmissão: O vírus da hepatite A é transmitido via fecal-oral, por 
contato entre indivíduos ou por meio de água ou alimentos contaminados. A 
doença pode ser transmitida quando uma pessoa infectada não lava as mãos 
adequadamente ou quando há manipulação de material com contaminação 
fecal (fraldas, penico) de pessoas infectadas e logo após manipular objetos ou 
alimentos sem higienizar as mãos. Também é transmitido quando há relações 
sexuais com pessoas infectadas. A contaminação da comida pode ocorrer em 
qualquer ponto: no cultivo, na colheita, no processamento, na manipulação e 
até após o cozimento. Isto geralmente ocorre onde a hepatite A é comum e 
locais com condições sanitárias mais precárias. 
Tratamento: O tratamento da hepatite A é repouso, nutrição adequada, muito 
líquido e monitoramento médico. Algumas pessoas precisam ser hospitalizadas 
e pode levar alguns meses para que o paciente comece a se sentir melhor. 
Hepatite B 
A hepatite B é uma doença infecciosa causada pelo vírus da hepatite B, ou 
HBV, que provoca alterações no fígado e pode levar ao aparecimento de sinais 
e sintomas agudos, como febre, enjoos, vômitos e olhos e pele amarelados. 
Caso a doença não seja identificada e tratada, pode evoluir para a fase crônica, 
que pode ser assintomática ou ser caracterizada por grave comprometimento 
grave do fígado, evoluindo para cirrose com alteração na sua função. 
Sintomas: Os sinais e sintomas iniciais da hepatite B incluem: Enjoos, vômitos 
cansaço, febre baixa, falta de apetite, dor abdominal, dor nas articulações e 
nos músculos.Os sintomas como cor amarelada na pele e olhos, urina escura e 
fezes claras significam que a doença está se desenvolvendo e está havendo 
lesões no fígado. 
Forma de transmissão: O vírus da hepatite B é transmitido pelo sangue e outros 
líquidos como secreções corporais contaminados. A transmissão pode também 
ocorrer em situações rotineiras no dia-a-dia, como, por exemplo, no 
compartilhamento de alicates de unha. Foram identificadas quatro formas de 
transmissão: 
 
• de uma mãe portadora do vírus da hepatite B para seu bebê no nascimento; 
• por contato sexual com uma pessoa infectada; 
• por injeções ou feridas provocadas por material contaminado; 
• por tratamento com derivados de sangue contaminados. 
Tratamento: O tratamento da hepatite B varia de acordo com a fase da 
doença, sendo recomendado na hepatite aguda a realização de repouso, 
hidratação e cuidados com a dieta, enquanto que na hepatite crônica o 
tratamento normalmente é feito com remédios prescritos pelo hepatologista, 
infectologista ou clínico geral. 
Hepatite C 
E causado pelo vírus que é chamado de HCV. A doença é silenciosa e 
acontece dentro de um processo infeccioso e inflamatório no fígado, é um tipo 
de RNA vírus, e pode se manifestar de forma aguda ou crônica. 
Sintomas: mal-estar, vômitos e náuseas, perda de peso, dores musculares, 
pele amarelada (icterícia), muito cansaço, letargia, problemas de concentração. 
Forma de transmissão: contato sexual (sem o uso de preservativos), perinatal 
(mãe para o filho, durante a gestação e parto), compartilhamento de agulhas e 
seringas e também objetos para uso de drogas (por exemplo, o cachimbo), e 
para tatuagens e piercings, falta ou falha de esterilização de equipamentos de 
manicure e pedicure (por exemplo, o alicate), falha na esterilização de 
equipamentos médicos e odontológicos, procedimentos invasivos sem as 
devidas precauções com esterilização e a segurança do paciente (por exemplo, 
hemodiálise, cirurgias, transfusão), relações sexuais sem o uso de 
preservativos (embora seja menos comum). 
 
Hepatite D 
 
A hepatite D é causada pelo vírus D da hepatite, o HDV. A hepatite D tem relação com 
o vírus B da hepatite (HBV) e causa infecção e inflamação das células do fígado. A 
contaminação pelo HDV é dada de duas formas: pela infecção simultânea ao HBV e 
pela infecção de alguém com hepatite B crônica. A hepatite D pode ser crônica e esta 
é a forma mais grave da hepatite viral, porque progride rapidamente para a cirrose e 
aumenta os riscos de carcinoma hepatocelular (CHC) e morte. 
 
Sintomas: O principal sintoma da hepatite D é a progressão para a cirrose, mas pode 
apresentar uma grave confecção com o HBV e uma agudizarão dos portadores 
crônicos do HBV, além de dores abdominais, náuseas e fadiga. 
 
Forma de transmissão: Relações sexuais sem preservativo com uma pessoa 
infectada, da mãe infectada para o filho durante a gestação e parto, compartilhamento 
de material para uso de drogas (seringas, agulhas, cachimbos), compartilhamento de 
materiais de higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, 
alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam), na confecção de 
tatuagem e colocação de piercings, procedimentos odontológicos ou cirúrgicos 
que não atendam as normas de biossegurança, por contato próximo de pessoa 
a pessoa (presumivelmente por cortes, feridas e soluções de 
continuidade),transfusão de sangue (mais relacionadas ao período anterior a 
1993). 
 
Tratamento: A hepatite D não tem cura, mas o tratamento é pensado para 
diminuir o dano hepático. Existem alguns tratamentos específicos, como o uso 
de interferon alfa, mas o paciente deve procurar um médico para cuidados 
médicos e paliativos, que geralmente têm a ver com a mudança na 
alimentação. A principal recomendação para quem tem hepatite D é evitar o 
consumo de bebidas alcoólicas. 
Hepatite E 
A hepatite E é uma doença causada pelo vírus da hepatite E, conhecido 
também por HEV, que pode entrar no organismo por meio do contato ou 
consumo de água e alimentos contaminados. Essa doença é muitas vezes 
assintomática, principalmente em crianças, e normalmente é combatida pelo 
próprio organismo. 
Sintomas: A hepatite E normalmente é assintomática, principalmente em 
crianças, no entanto, quando surgem sintomas, os principais são: Pele e olhos 
amarelados, coceira pelo corpo, fezes claras, urina escura, febre baixa, 
indisposição, enjoo, dor abdominal, vômito, falta de apetite, pode haver 
diarreia, os sintomas normalmente surgem entre 15 e 40 dias após o contato 
com o vírus. 
Forma de transmissão: A contaminação ocorre normalmente através 
de transmissão fecal-oral, água e alimentos contaminados. 
 
Tratamento: Não existe um tratamento específico para a doença, 
entretanto recomenda-se que o paciente não faça consumo de bebidas 
alcoólicas por pelo menos 1 ano. A dieta livre é aconselhada, apesar de muitas 
pessoas acharem que o paciente necessita de alguma mudança nos hábitos 
alimentares. Além disso, é necessário que o doente fique de repouso no 
período inicial da doença. Normalmente a Hepatite E cura-se entre 2 e 6 
semanas aproximadamente. 
 
 Febre amarela 
 
 
 E uma doença infecciosa grave, causada por vírus e transmitida por vetores. 
 
Sintomas: Geralmente, quem contrai este vírus não chega a apresentar 
sintomas ou os mesmos são muito fracos. As primeiras manifestações da 
doença são repentinas: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor 
muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. A forma mais grave da 
doença é rara e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até 
dois dias),quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia 
(olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso. A 
maioria dos infectados se recupera bem e adquire imunização permanente 
contra a febre amarela. 
Forma de transmissão: e transmitida por mosquitos em áreas urbanas ou 
silvestres. Sua manifestação é idêntica em ambos os casos de transmissão, 
pois o vírus e a evolução clínica são os mesmos — a diferença está apenas 
nos transmissores. No ciclo silvestre, em áreas florestais, o vetor da febre 
amarela é principalmente o mosquito Haemagogus. Já no meio urbano, a 
transmissão se dá através do mosquito Aedes aegypti (o mesmo da dengue). A 
infecção acontece quando uma pessoa que nunca tenha contraído a febre 
amarela ou tomado a vacina contra ela circula em áreas florestais e é picada 
por um mosquito infectado. Ao contrair a doença, a pessoa pode se tornar fonte 
de infecção para o Aedes aegypti no meio urbano. Além do homem, a infecção 
pelo vírus também pode acometer outros vertebrados. Os macacos podem 
desenvolver a febre amarela silvestre de forma inaparente, mas ter a 
quantidade de vírus suficiente para infectar mosquitos. Uma pessoa não 
transmite a doença diretamente para outra. 
https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/produtos/vacinas/febre-amarela
https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/produtos/vacinas/febre-amarela
 
Tratamento: Uma vez que não existe um medicamento capaz de eliminar o 
vírus do organismo, o objetivo do tratamento consiste em aliviar os sintomas da 
doença e evitar o desenvolvimento da forma mais grave da doença, podendo o 
tratamento ser realizado em casa desde que orientado pelo clínico geral ou 
infectologista. 
Nos casos mais graves, o tratamento deve ser feito em internamento no 
hospital com soro e remédios na veia, assim como oxigênio para evitar 
complicações graves, como hemorragias ou desidratação, que podem colocar 
em risco a vida da pessoa. 
Varíola do macaco 
É causada pelo vírus monkeypox, que pertence à mesma família (poxvírus) e gênero 
(ortopoxvírus) da varíola humana. A varíola humana, no entanto, foi erradicada do 
mundo em 1980, e era muito mais letal. As complicações são mais comuns em 
pacientes com problemas no sistema imunológico. Quadros graves estão 
relacionados ao surgimento de pneumonia, sepse, encefalite (inflamação do cérebro) 
e infecção ocular, que pode até levar à cegueira. 
Sintomas: Os sintomas mais clássicos associados à varíola dos macacos são: 
febre, dor de cabeça e dores no corpo, dor nas costas, calafrios, cansaço, feridas na 
pele (erupções cutâneas), gânglios inchados (que comumente precedem a erupção 
característica da doença) 
 
Formas de transmissão: A varíola dos macacos é transmitida, de acordo com a 
Organização Mundial de Saúde (OMS) por meio de contato próximo com as lesões 
de pele, por secreções respiratórias ou objetos usados por uma pessoa que está 
infectada. 
Tratamento: A doença geralmente se resolve sozinha (é autolimitando) e os 
sintomas costumam durar de 2 a 4 semanas. Não há tratamentos específicos para 
infecções por vírus da varíola dos macacos, segundo o Centro de Controle de 
Doenças (CDC) dos Estados Unidos. No entanto, o vírus da varíola dos macacos e o 
da varíola são geneticamente semelhantes, o que significa que medicamentos e 
vacinas para se proteger da varíola também podem ser usados para prevenir e tratar 
a varíola dos macacos. 
 
Dengue 
 
Dengue é uma doença febril grave causada por um arbovírus. Arbovírus são 
vírus transmitidos por picadas de insetos, especialmente os mosquitos. Existem 
quatro tipos de vírus de dengue (sorotipos 1, 2, 3 e 4). Cada pessoa pode ter 
os 4 sorotipos da doença, mas a infecção por um sorotipo gera imunidade 
permanente para ele. 
Sintomas : a infecção por dengue pode ser assintomática (sem sintomas), 
leve ou grave. Neste último caso pode levar até a morte. Normalmente, a 
primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C), de início abrupto, 
que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no 
corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, 
erupção e coceira na pele. Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns. Em 
alguns casos também apresenta manchas vermelhas na pele. 
Formas de transmissão: A dengue é transmitida pela picada do mosquito 
Aedes aegypti. Após picar uma pessoa infectada com um dos quatro sorotipos 
do vírus, a fêmea pode transmitir o vírus para outras pessoas. Há registro de 
transmissão por transfusão sanguínea. 
 
Tratamento: Não existe tratamento específico para a dengue. Em caso de 
suspeita é fundamental procurar um profissional de saúde para o correto 
diagnóstico.A assistência em saúde é feita para aliviar os sintomas. Estão entre 
as formas de tratamento ,fazer repouso, ingerir bastante líquido (água), não 
tomar medicamentos por conta própria, a hidratação pode ser por via oral 
(ingestão de líquidos pela boca) ou por via intravenosa (com uso de soro, por 
exemplo), o tratamento é feito de forma sintomática, sempre de acordo com 
avaliação do profissional de saúde, conforme cada caso. 
 
Covid-19 
 Diversos casos de pneumonia foram identificados na cidade de Wuhan, China, 
em dezembro de 2019. Estudos identificaram que a doença era causada por 
um tipo de vírus desconhecido, hoje denominado Covid-19. 
O Covid-19 faz parte da família dos coronavírus, micro-organismos em forma 
de coroa, conhecidos por provocaram distúrbios respiratórios e, em alguns 
casos, gastrointestinais. 
Sintomas: Os dados epidemiológicos da China indicam que contaminados 
pelo Covid-19 apresentam sintomas comuns a outras doenças respiratórias, 
dentre eles: tosse, febre, falta de ar progressiva, chiado. 
 Para a maioria os sintomas são suportáveis e podem ser facilmente tratados. 
No entanto, uma parcela menor da população pode apresentar sintomas 
graves, como pneumonia, síndrome respiratória aguda grave, insuficiência 
renal e até morte. 
 
Formas de transmissão: A contaminação pelo Covid-19 ainda é alvo de 
estudos no mundo todo. Especula-se que o novo coronavírus pode viver por 
dias nas superfícies, em diversos ambientes. 
Infectologistas que estudam o Covid-19 alegam que ele pode ser transmitido 
mesmo pela pessoa infectada sem sintomas. Por isso, diversos países 
estabeleceram quarentena, período de observação, para quem esteve em 
áreas contaminadas. 
 
Tratamento: O tratamento da infecção pelo coronavírus (COVID-19) varia de 
acordo com a intensidade dos sintomas. Nos casos mais leves, em que 
existem apenas sintomas ligeiros como febre acima de 38ºC, tosse intensa, 
perda do olfato e do paladar ou dor muscular, o tratamento pode ser feito em 
casa com repouso e uso de alguns medicamentos para aliviar os sintomas. 
 Já nos casos mais graves, em que existe dificuldade para respirar, sensação 
de falta de ar e dor no peito, o tratamento precisa ser feito em internamento no 
hospital, já que é necessário fazer uma avaliação mais constante, além de 
poder ser necessário administrar medicamentos diretamente na veia e/ou 
utilizar respiradores para facilitar a respiração.

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