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Badesul Assistente Técnico Administrativo UOL CURSOS TECNOLOGIA EDUCACIONAL LTDA 1ª Edição ISBN: 978-65-88322-62-8 Todos os direitos desta edição são reservados a Uol Cursos Tecnologia Educacional Ltda. É proibida a reprodução total ou parcial por quaisquer meios, sem autorização escrita da empresa. Uol Cursos Tecnologia Educacional Ltda. Al: Barão de Limeira, 425 –7º andar 01202-000 São Paulo -SP www.acasadoconcurseiro.com.br PORTUGUÊS VIDEOAULA PROF. NEWTON NETO Coesão - Elementos referenciais www.acasadoconcurseiro.com.br PORTUGUÊS 3 ANÁLISE TEXTUAL COESÃO TEXTUAL Processos Endofóricos: (apontam para dentro) Anaforismo: (aponta para antes) Cataforismo: (aponta para depois) Com núcleos isolados: As alunas novatas chegaram, eu as encontrei no pátio. Era um professor que parecia competente. Recebemos as notas mensais. O resultado foi entregue às pressas. Com núcleos em enumeração: (este, esta, isto) – retomam o termo mais próximo; (numerais) – retomam termos intermediários; (aquele, aquela, aquilo) – retomam o termo mais distante. O teatro, o cinema e a música emocionam. Daquele gosto mais, pois o segundo frequento pouco e a esta dedico pouco do meu tempo. Com ideias: (esse, essa, isso) – retomam uma ideia já citada. (este, esta, isto) – referem-se ao que ainda será citado. A salvação da humanidade está no amor e na arte, isso é inegociável. Devemos lutar incansavelmente por isto: cultivar amigos, viver amores e construir família. 4 Processo exofórico: (aponta para fora) “Hoje, que a noite está calma e que a minha alma esperava por ti, apareceste aqui afinal...” (Torturas de amor – Valdik Soriano) TEMPO: ESTE/ESTA/ISTO (Presente) Nesta semana, tudo parece tranquilo. ESSE/ESSA/ISSO (Passado/futuro- próximo) Ano passado fui aprovado. Nesse ano as coisas melhoraram. Em 2021, tudo será diferente. Nesse ano, viveremos em paz. AQUELE/AQUELA/AQUILO (Passado/futuro- distante) Em 1922, houve a Semana de Arte Moderna. Naquele ano, a arte reinava. Acontecerá em 2050 uma revolução. Naquele ano, tudo será melhor. ESPAÇO: ESTE/ESTA/ISTO (Perto de quem fala, longe de quem ouve) Esta minha caneta é muito boa. ESSE/ESSA/ISSO (Perto de quem ouve, longe de quem fala) Essa sua blusa parece nova. AQUELE/AQUELA/AQUILO (Longe dos dois) Veja aquele carro na esquina. PORTUGUÊS VIDEOAULA PROF. NEWTON NETO Formação de Palavras www.acasadoconcurseiro.com.br PORTUGUÊS 3 FORMAÇÃO DE PALAVRAS Existem dois processos básicos pelos quais se formam as palavras: a derivação e a composição. A diferença entre ambos consiste basicamente em que, no processo de derivação, partimos sempre de um único radical, enquanto no processo de composição sempre haverá mais de um radical. DERIVAÇÃO Derivação é o processo pelo qual se obtém uma palavra nova, chamada derivada, a partir de outra já existente, chamada primitiva. Tipos de Derivação Derivação Prefixal ou Prefixação Resulta do acréscimo de prefixo à palavra primitiva, que tem o seu significado alterado. Veja os exemplos: • crer- descrer • ler- reler • capaz- incapaz Derivação Sufixal ou Sufixação Resulta de acréscimo de sufixo à palavra primitiva, que pode sofrer alteração de significado ou mudança de classe gramatical. Por exemplo: alfabetização No exemplo acima, o sufixo -ção transforma em substantivo o verbo alfabetizar. Este, por sua vez, já é derivado do substantivo alfabeto pelo acréscimo do sufixo -izar. 4 Derivação Prefixal e Sufixal Ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo não simultâneo de prefixo e sufixo à palavra primitiva. Exemplo: DES LEAL DADE Derivação Parassintética ou Parassíntese Ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à palavra primitiva. Considere, por exemplo, o adjetivo “triste”. Do radical “trist-” formamos o verbo entristecer pela junção simultânea do prefixo “en-” e do sufixo “-ecer”. Note que a presença de apenas um desses afixos não é suficiente para formar uma nova palavra, pois em nossa língua não existem as palavras “entriste”, nem “tristecer”. Exemplos: • enriquecer • anoitecer • endomingado Dica: para estabelecer a diferença entre derivação prefixal e sufixal e parassintética, basta retirar o prefixo ou sufixo da palavra na qual se tem dúvida. Feito isso, observe se a palavra que sobrou existe; caso isso aconteça, será derivação prefixal e sufixal. Caso contrário, será derivação parassintética. Derivação Regressiva O substantivo abstrato resultante de uma ação sofreu derivação regressiva. Ex.: luta, dança, combate, ataque. COMPOSIÇÃO Composição é o processo que forma palavras compostas, a partir da junção de dois ou mais radicais. Existem dois tipos, apresentados a seguir. Composição por Justaposição Ao juntarmos duas ou mais palavras ou radicais, não ocorre alteração fonética. Exemplos: passatempo, quinta-feira, girassol, couve-flor Obs.: em “girassol” houve uma alteração na grafia (acréscimo de um “s”) justamente para manter inalterada a sonoridade da palavra. PORTUGUÊS | PROFESSOR NEWTON NETO 5 Composição por Aglutinação Ao unirmos dois ou mais vocábulos ou radicais, ocorre supressão de um ou mais de seus elementos fonéticos. Exemplos: • embora (em boa hora) • fidalgo (filho de algo – referindo-se à família nobre) • hidrelétrico (hidro + elétrico)planalto (plano alto) Obs.: ao aglutinarem-se, os componentes subordinam-se a um só acento tônico, o do último componente. Redução Algumas palavras apresentam, ao lado de sua forma plena, uma forma reduzida. Observe: • auto – por automóvel • cine – por cinema • micro – por microcomputador Como exemplo de redução ou simplificação de palavras, podem ser citadas também as siglas, muito frequentes na comunicação atual. (Se desejar, veja mais sobre siglas na seção “Extras” -> Abreviaturas e Siglas) Hibridismo Ocorre hibridismo na palavra em cuja formação entram elementos de línguas diferentes. Por exemplo: auto (grego) + móvel (latim) Onomatopeia Numerosas palavras devem sua origem a uma tendência constante da fala humana para imitar as vozes e os ruídos da natureza. As onomatopeias são vocábulos que reproduzem aproximadamente os sons e as vozes dos seres. Exemplos: miau, zum-zum, piar, tinir, PALAVRA-VALISE: Composição midiática Ex.: sapatênis, Flaflu, Grenal. PORTUGUÊS VIDEOAULA PROF. NEWTON NETO Classes de palavras www.acasadoconcurseiro.com.br PORTUGUÊS 3 PRONOMES EU/MIM: OS ENVELOPES FORAM ENTREGUES PARA MIM. OS ENVELOPES CHEGARAM PARA EU CARIMBAR. TODOS FORAM EMBORA, EXCETO EU. VIAJAR É DIFÍCIL PARA MIM. PARA MIM VIAJAR É DIFÍCIL. ME/TE/SE (SEM PREPOSIÇÃO VISÍVEL) MIM/TI/SI (COM PREPOSIÇÃO VISÍVEL) Mostrei-te os recados. Mostrei os recados a ti. Eles me revelaram o segredo. Eles revelaram para mim o segredo. Sem mim, você fica triste. O/a/os/as (sem preposição) Lhe/lhes (com preposição) Eu revisei o texto. Eu o revisei. Nós oferecemos o poema a você. Nós lhe oferecemos o poema. Pronomes Possessivos São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa possuída). Por exemplo: Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do singular) 4 NÚMERO PESSOA PRONOME singular primeira meu(s), minha(s) singular segunda teu(s), tua(s) singular terceira seu(s), sua(s) plural primeira nosso(s), nossa(s) plural segunda vosso(s), vossa(s) plural terceira seu(s), sua(s) PRONOMES RELATIVOS QUE QUEM ONDE O QUAL CUJO QUE: RELATIVO UNIVERSAL. Os problemas de que falei são graves. Eram alunos em que podíamos confiar. Fomos a regiões em que todos eram felizes. QUEM: (PESSOA) Parecia contente a jovem com quem conversei. A mulher a quem todos admiravam era encantadora. ONDE: (LUGAR) Tudo nos levava ao município de onde você vinha. O escritório para onde fui transferido é promissor. Fica bem perto a cidade onde moro. PORTUGUÊS | NEWTON NETO 5 O QUAL: (UNIVERSAL)Acontecerá hoje o torneio para o qual me preparei. A cidade para a qual me mudei continua segura. CUJO: Comprei livros de cujo autor sempre gostei. Está aqui o móvel em cuja gaveta pus os documentos. Acaba de chegar o político contra cujos argumentos me posicionei. PORTUGUÊS VIDEOAULA PROF. NEWTON NETO Concordância nominal e verbal www.acasadoconcurseiro.com.br PORTUGUÊS 3 CONCORDÂNCIA NOMINAL: (Regra geral) ARTIGO /PRONOME/ NUMERAL/ ADJETIVO/SUBSTANTIVO O meu segundo momento foi maravilhoso. 01 ADJETIVO/ MAIS DE 01 SUBSTANTIVO: Compramos novo caderno e livro. Compramos caderno e livro novo. Compramos caderno e livro novos. CASOS ESPECIAIS: ANEXO: As apostilas publicadas seguem anexas. Os protocolos escolares vão em anexo. ALERTA: Poucas pessoas continuam alerta. Brasileiros parecem estar em alerta em relação ao coronavírus. MEIO: Ela parecia meio enjoada após comer meia pizza. Era meio-dia e meia quando ele chegou. MESMO: Elas mesmas compraram o material de construção. Elas compraram mesmo. 4 OBRIGADO: Os alunos disseram: muito obrigados! Muito obrigada. Disse a garotinha. É BOM/É PROIBIDO/É NECESSÁRIO/É PERMITIDO: ENTRADA É PROIBIDO. A ENTRADA É PROIBIDA. ÁGUA É BOM. ESTA ÁGUA É BOA. BASTANTE: Viajei bastantes vezes pelo mundo. Todas as viagens foram bastante importantes. SÓ/SÓS/A SÓS: Depois que todos saíram, ficamos sós/a sós. Nada fizemos, ficamos só observando. PORTUGUÊS | NEWTON NETO 5 CONCORDÂNCIA VERBAL REGRA GERAL: O verbo sofre flexão de acordo com o seu sujeito. *Com sujeito simples: As autoridades revelaram novas diretrizes. Chegaram mais cedo os alunos aprovados. * Com sujeito composto: (Surgiu/surgiram) empregado e patrão (surgiram). (Surgi/surgimos) eu e você (surgimos). CONCORDÂNCIA COM VERBO SER: 1. PESSOA: Minhas alegrias é Maria. 2. TERMO NO PLURAL: No início, tudo são flores. 3. PESO, MEDIDA, QUANTIDADE: Meu peso são 90kg. *90 kg é muito. 6 Casos especiais: Grande parte/ maioria/maior parte/bando/grupo: A maioria dos boletos sumiu e foi esquecida. A maioria dos boletos sumiram e foram esquecidos. Porcentagem: 1% veio mais tarde. 1% dos alunos veio/vieram mais tarde. Verbo haver: (Sentido de EXISTIR): Espero que haja verdadeiras melhorias. (Tempo decorrido): Eu o conheci há dez anos. (Em locuções verbais): Deve haver Pode haver O bom aluno haverá de vencer as dificuldades. QUE/QUEM: Fui eu que fiz a denúncia. Fui eu quem fiz/fez a denúncia. Se: Pronome apassivador; Índice de indeterminação do sujeito. Reformam-se sofás antigos. Aqui se constrói motor náutico. Não se trata de problemas financeiros nesta empresa. Confiou-se em autoridades policiais. NÚCLEOS LIGADOS POR OU: Pedro ou Paulo voltarão hoje. Pedro ou Paulo voltará primeiro. SUJEITO ORACIONAL: Trabalhar determina o sucesso. Era comum estudar antes das provas. PORTUGUÊS VIDEOAULA PROF. NEWTON NETO Regência Nominal e Verbal www.acasadoconcurseiro.com.br PORTUGUÊS 3 REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL REGÊNCIA NOMINAL Regência nominal é o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome. Essa relação é sempre intermediada por uma preposição. No estudo da regência nominal, é preciso levar em conta que vários nomes apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime de um verbo significa, nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos. Observe o exemplo. Verbo obedecer e os nomes correspondentes: todos regem complementos introduzidos pela preposição “a”. Obedecer a algo/ a alguém. Obediente a algo/ a alguém. Exemplo de regência de alguns nomes: Amor • Tenha “amor a” seus livros. • Meu “amor pelos” animais me conforta. • Cultivemos o “amor da” família. • O amor “para com” a Pátria. Ansioso • Olhos “ansiosos de” novas paisagens. • Estava “ansioso por” vê-la. • Estou “ansioso para” ler o livro. Acessível a Exemplo: Isto é acessível a todos. 4 Acostumado a, com Exemplos: • Estou acostumado a comer pouco. • Estamos acostumados com as novas ferramentas. Afável com, para com Exemplos: • Ele é afável com sua filha. • O professor tem sido afável para com seus alunos. Agradável a Exemplo: Sou agradável a ti. Alheio a, de Exemplos: • Ele vive alheio a tudo. • João está alheio de carinho fraternal. Apto a, para Exemplos: Estou apto a trabalhar. Joana está apta para desenvolver suas funções. Aversão a, por Exemplos: Ele tem aversão a pessoas. Paula tem aversão por itens supérfluos. Benefício a Exemplo: Pilates é um grande benefício à saúde. PORTUGUÊS | NEWTON NETO 5 Capacidade de, para Exemplos: • Laura tem excepcional capacidade de comunicação. • Joaquim tem capacidade para o trabalho. Capaz de, para Exemplos: • Ele é capaz de tudo. • A empresa é capaz para trabalhar com projetos. Compatível com Exemplo: Seu computador é compatível com este. Contrário a Exemplo: Esse modo de vida é contrário à saúde. Curioso de, por Exemplos: • Luís é curioso de tudo. • Vitória é curiosa por natureza Descontente com Exemplo: Estamos descontentes com nosso sistema político. Essencial para Exemplo: Esse livro é essencial para aprender matemática. Fanático por Exemplo: Ele é fanático por histórias em quadrinhos. 6 Imune a, de Exemplos: • O Brasil não ficou imune à crise econômica. • Estamos imunes de pagar os impostos. Inofensivo a, para Exemplos: • O vírus é inofensivo a seres humanos • Os danos que sofreu são inofensivos para sua saúde. Junto a, de Exemplos: • Comprei a casa junto a sua. • Estava junto de miguel, quando aconteceu o acidente. Livre de Exemplo: Este sabonete está livre de parabenos. Simpatia a, por Exemplo: • José tem simpatia as causas populares. • Tenho muito simpatia por Ana. Tendência a, para • Viviana tem tendência à mentira. • As meninas tem tendência para a moda. União com, de, entre • A união com Regina foi fracassada. • Na reação química, ocorreu uma união de substâncias. • A união entre eles é muito bonita. PORTUGUÊS | NEWTON NETO 7 REGÊNCIA VERBAL Principais casos ASSISTIR: (VER, PRESENCIAR)(a): Os alunos assistiram às aulas do Neto.. (AJUDAR): Devido ao Covid19, os enfermeiros assistem os infectados. (CABER)(a): Saúde pública é um direito que assiste a todo cidadão. (MORAR)(em): Concurseiros assistem em Teresina para estudar. ASPIRAR: (SORVER, CHEIRAR): A funcionária aspirou o pó do tapete. (DESEJAR, PRETENDER)(a): O mundo hoje aspira ao fim da pandemia. VISAR: (MIRAR): O policial visou o suspeito com atenção. (ASSINAR): Eu visei o cheque a lápis. (DESEJAR, PRETENDER)(a): Ele visa à paz mundial. PREFERIR (a): O estudante prefere estudar a divertir-se. É preferível estudar a divertir-se. INFORMAR/AVISAR/COMUNICAR: Informei ao policial o tumulto generalizado. Informei o policial sobre o tumulto generalizado. PAGAR/PERDOAR: Paguei a você o valor devido. Perdoei a você o insulto gratuito. 8 ESQUECER/LEMBRAR: Maria se esqueceu da fatura atrasada. Maria esqueceu a fatura atrasada. OBEDECER/DESOBEDECER (a): Eu obedeci à ordem do juiz. Ela desobedeceu aos comandos do patrão. QUERER (DESEJAR): Quero você. (QUERER BEM)(a): Quero aos meus amigos. AGRADAR (ACARICIAR): Eu agradei os meus filhos. (SER AGRADÁVEL)(a): O artista agradou ao público geral. PORTUGUÊS VIDEOAULA PROF. NEWTON NETO Pontuação www.acasadoconcurseiro.com.br PORTUGUÊS 3 PONTUAÇÃO CAMPO SEMÂNTICO: Aplicação: Carlos chega cedo. Carlos parecia tranquilo. João, Carlos e Mariana vieram a Teresina. Lula, Collor e Fernando Henrique foram presidentes. Fogo não poupe a cidade. Para muita gente ler romances será fácil. Eles voltarão, hoje, a Teresina. Não, quero que você participe. CAMPO ESTRUTURAL: 1. Nunca separar o sujeito do verbo; 2. Nunca separar um termo de seu complemento/adjunto; 3. Isolar corretamente as expressões intercaladas. Minhas convicções são ameaçadaspelo acaso. Convocaram todos os membros. O projeto artístico será aprovado. A ameaça ao povo deve ser combatida. Ensinei tudo a ela. A ela ensinei tudo. Joana, aluna veterana, parecia motivada. Joana, ainda hoje, parecia confiante e otimista. Após o treino inicial, todos estavam exaustos. Quando cheguei, tudo mudou. João, vem cá. PORTUGUÊS VIDEOAULA PROF. NEWTON NETO Identificação da ideia central www.acasadoconcurseiro.com.br PORTUGUÊS 3 PRAIA ‘’No dia 5 de julho saímos para a praia, foi um passeio incrível. Em diversos países existem belas praias e que merecem ser conhecidas, quem o fizer certamente saberá que é um passeio relaxante e que possibilitará ainda tirar muitas fotografias lindas. É sempre bom tirar um tempo para recarregar as baterias e ir à praia te ajuda com isso.” Apenas lendo o título “praia” não seria possível identificar a ideia central do texto. No entanto, você soube que seria algo falando sobre praias. Mas ao longo do texto temos diversas informações que nos ajudam a identificar que o tema central são “férias na praia”. Em muitas situações, você foi estimulado a ler um texto por sentir-se atraído pela temática resumida no título. Pois o título cumpre uma função importante: antecipar informações sobre o assunto que será tratado no texto. Em outras situações, você pode ter abandonado a leitura porque achou o título pouco atraente ou, ao contrário, sentiu-se atraído pelo título de um livro ou de um filme, por exemplo. É muito comum as pessoas se interessarem por temáticas diferentes, dependendo do sexo, da idade, escolaridade, profissão, preferências pessoais e experiência de mundo, entre outros fatores. As informações que são utilizadas para complementar o tema são chamadas de subtemas ou mesmo ideias secundárias. E todas essas informações caminham por uma mesma direção, fazendo uma integração, contribuindo para que o texto faça sentido e sua ideia central seja destacada. Em outras palavras, as informações secundárias servem como sustentação para a ideia central. E ajudam o escritor a desenvolver o seu texto de forma coerente. Em resumo, o tema central é a ideia sob a qual o texto será fundamentado. É por meio dela também que uma pessoa consegue ler esse texto e fazer sua interpretação. CACHORROS Os zoólogos acreditam que o cachorro se originou de uma espécie de lobo que vivia na Ásia. Depois os cães se juntaram aos seres humanos e se espalharam por quase todo o mundo. Essa amizade começou há uns 12 mil anos, no tempo em que as pessoas precisavam caçar para se alimentar. Os cachorros perceberam que, se não atacassem os humanos, podiam ficar perto deles e comer a comida que sobrava. Já os homens descobriram que os cachorros podiam ajudar a caçar, a cuidar de rebanhos e a tomar conta da casa, além de serem ótimos companheiros. Um colaborava com o outro e a parceria deu certo. 4 Ao ler apenas o título “Cachorros”, você deduziu sobre o possível assunto abordado no texto. Embora você imagine que o texto vai falar sobre cães, você ainda não sabia exatamente o que ele falaria sobre cães. Repare que temos várias informações ao longo do texto: a hipótese dos zoólogos sobre a origem dos cães, a associação entre eles e os seres humanos, a disseminação dos cães pelo mundo, as vantagens da convivência entre cães e homens. As informações que se relacionam com o tema chamamos de subtemas (ou ideias secundárias). Essas informações se integram, ou seja, todas elas caminham no sentido de estabelecer uma unidade de sentido. Portanto, pense: sobre o que exatamente esse texto fala? Qual seu assunto, qual seu tema? Certamente você chegou à conclusão de que o texto fala sobre a relação entre homens e cães. Se foi isso que você pensou, parabéns! Isso significa que você foi capaz de identificar o tema do texto! PORTUGUÊS VIDEOAULA PROF. NEWTON NETO Inferência - Compreensão Gramatical do Texto Variação Linguística - Conotação e Denotação www.acasadoconcurseiro.com.br PORTUGUÊS 3 ANÁLISE TEXTUAL 01 TEXTO I Compreensão / Interpretação Perfil da linguagem Variações linguísticas Compreensão: análise do que está explícito no texto. Interpretação: análise do pressuposto e do subentendido. Aplicação: O Brasil avançou significativamente nos três últimos anos, passando a triplicar o seu crescimento, a ponto de chegar a 30% neste ano. (Folha de São Paulo, 2020) Pressuposto: informação infalível. Subentendido: especulação,falível. Perfil da linguagem: Denotação: sentido real, literal. A população sofre com serviços públicos ruins. Conotação: sentido figurado, literário. Explode mais um surto de vírus no colo do mundo. Formal: variedade padrão da norma culta. Os problemas se agravaram em ritmo expressivo. Informal: coloquialismo, marcas da oralidade. Os caôs pioraram pra valer. Verbal: através de palavras, texto. Não verbal: através de imagens. Mista: imagens e palavras. 4 Variações linguísticas: Variação diatópica ou regional: Mexerica, tangerina, mandioca, macaxeira. Variação diacrônica ou histórica: Vossa mercê, vosmecê, paço. Variação diastrática ou cultural: Óia presses caras. PORTUGUÊS VIDEOAULA PROF. NEWTON NETO Polissemia e Figuras de linguagem www.acasadoconcurseiro.com.br PORTUGUÊS 3 FIGURAS DE SINTAXE Pleonasmo O pleonasmo ocorre quando a mesma ideia é repetida excessivamente com palavras diferentes na mesma sentença. Quando é feito de modo intencional, é visto como figura de linguagem, quando sem intenção, trata-se de um vício de linguagem (“subir para cima”, “entrar para dentro” e similares).“Me sorri um sorriso pontual” (Chico Buarque) Elipse A elipse é a omissão de um termo na sentença sem haver prejuízo de sentido. Isso porque o termo omitido fica subentendido pelo contexto. Começamos o namoro há um mês. O menino apoiou-se na bancada, olhos e ouvidos atentos. Zeugma O zeugma é um tipo de elipse: ocorre quando há omissão de um termo na sentença, mas porque tal termo já foi utilizado anteriormente e, portanto, será subentendido. Ele vai bastante à praia, mas também às montanhas. Assíndeto O assíndeto é outro tipo de elipse: trata-se da omissão de conjunções (“e”, “mas”, “porque”, “logo” etc.) “Vim, vi, venci.” (Júlio César) Polissíndeto O polissíndeto é a repetição proposital de uma mesma conjunção como recurso estilístico. “Vão chegando as burguesinhas pobres e as criadas das burguesinhas ricas e as mulheres do povo, e as lavadeiras da redondeza.” (Manuel Bandeira) 4 Anáfora A anáfora é a repetição proposital de uma mesma palavra ou expressão como recurso estilístico, dando ênfase àquilo que se repete. É muito utilizada em poesias e músicas. “É preciso casar João, é preciso suportar, Antônio, é preciso odiar Melquíades é preciso substituir nós todos.” (Carlos Drummond de Andrade) Hipérbato O hipérbato ocorre quando há inversão proposital de palavras ou de trechos nos enunciados como recurso estilístico. “Ouviram do Ipiranga às margens plácidas De um povo heroico o brado retumbante” (Hino Nacional Brasileiro) Anacoluto O anacoluto ocorre quando há mudança de construção sintática no meio do enunciado, gerando uma quebra nele e deixando um termo solto, sem exercer função sintática. “Umas carabinas que guardava atrás do guarda-roupa, a gente brincava com elas, de tão imprestáveis.” (José Lins do Rego) Aliteração A aliteração é a repetição de um mesmo som consonantal propositalmente em um texto como recurso estilístico. “Vozes veladas, veludosas vozes, Volúpias dos violões, vozes veladas Vagam nos velhos vórtices velozes Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.” (Cruz e Souza) PORTUGUÊS | NEWTON NETO 5 Assonância A assonância é a repetição de um mesmo som vocálico propositalmente em um texto como recurso estilístico. “Berro pelo aterro, pelo desterro Berro por seu berro, pelo seu erro Quero que você ganhe, que você me apanhe Sou o seu bezerro gritando mamãe” (Caetano Veloso) Paranomásia A paranomásia éa , mas significados diferentes. “Conhecer as manhas e as manhãs O sabor das massas e das maçãs” (Almir Sater e Renato Teixeira) Onomatopeia A onomatopeia é a tentativa de reproduzir sons e barulhos pela escrita. É muito comum em histórias em quadrinhos. Derrubou o prato enquanto enxugava a louça: CRASH! “Do berro, do berro que o gato deu: miau!” (Cantiga popular) FIGURAS DE SEMÂNTICA Metáfora A metáfora corre quando se faz qualquer comparação sem utilizar expressões que indiquem que uma comparação está sendo feita (“como”, “tanto quanto”, “parece”, entre outras). Exemplo: Você tem uma pedra dentro do peito. 6 Catacrese A catacrese ocorre quando não existe um termo específico para designar algo, e, por isso, utiliza-se outros termos para substituir essa falta. Precisei chamar um marceneiro para consertar o pé da mesa. Não existe um termo específico para designar tal parte da mesa, por isso, toma-se “pé” como empréstimo para designá-la. Personificação (Prosopopeia) A personificação ocorre quando se atribui características humanas àquilo que não é humano, como objetos ou sentimentos. Eu podia ver o cansaço rastejando-se no chão e vindo em minha direção. Sinestesia A sinestesia ocorre quando se constrói uma expressão que mistura duas sensações diferentes entre aquelas percebidas pelos órgãos sensoriais. Tinha olhos bem pretos, quentes e doces. Na frase, temos a mistura da visão (“bem pretos”) com o tato (“quentes”) e o paladar (“doces”) para descrever os olhos de alguém. Gradação A gradação ocorre quando se utiliza uma sequência de palavras que intensifica uma ideia. Estava muito frio, congelando, uma temperatura glacial. Na frase, temos a gradação na descrição do frio para intensificar a ideia de que a temperatura estava realmente baixa. Metonímia A metonímia ocorre quando se substitui um termo por outro. Essa substituição, porém, é feita pela proximidade de referências entre os dois termos. Comeu o prato todo. Ironia A ironia ocorre quando se expressa uma ideia por meio de uma construção que diz o oposto do que realmente se quer dizer. Não para de chover: que ótima ideia vir hoje para a praia. PORTUGUÊS | NEWTON NETO 7 A hipérbole corresponde ao uso intencional de expressões muito exageradas para passar-se uma ideia. Que demora! Estou esperando há séculos! Hipérbole A expressão “há séculos” é um exagero para indicar que se estava esperando há muito tempo. Eufemismo O eufemismo ocorre quando se utiliza expressões para atenuar uma ideia tida como agressiva ou desagradável. Ele estava muito doente e acabou batendo as botas. A expressão “bater as botas” é um equivalente para “morrer”, a fim de expressar esse conceito de maneira atenuante. Antítese A antítese dá-se quando se utiliza duas palavras ou ideias com significados opostos. “Quem ama o feio, bonito lhe parece.” (Ditado popular) PORTUGUÊS VIDEOAULA PROF. NEWTON NETO Análise verbal (Verbos) www.acasadoconcurseiro.com.br PORTUGUÊS 3 ANÁLISE VERBAL FLEXÃO ESTRUTURAL No Brasil, as pessoas não se deteram diante da crise. Tudo caminhava para que o governo intervisse. Ninguém preveu o ocorrido. Todos se satisfazeram com o resultado. Ninguém interviu no andamento da obra municipal. Se o candidato conter um objeto suspeito será eliminado. Quem se opor aos protocolos poderá ser afastado. TEMPOS E MODOS: indicativo: presente eu amo pretérito perfeito eu amei pretérito imperfeito eu amava pretérito mais-que-perfeito eu amara subjuntivo: presente que eu ame pretérito imperfeito se eu amasse futuro quando eu amar 4 Imperativo: Presente do indicativo IMPERATIVO AFIRMATIVO Presente do subjuntivo IMPERATIVO NEGATIVO Eu amo x Que eu ame x Tu amas Ama tu Que tu ames Não ames tu Ele ama Ame você Que ele ame Não ame você Nós amamos Amemos nós Que nós amemos Não amemos nós Vós amais Amai vós Que vós ameis Não ameis vós Eles amam Amem vocês Que eles amem Não amem vocês VOZES VERBAIS: 1. ATIVA; 2. PASSIVA; 3. REFLEXIVA; 4. NEUTRA. Ex.: Cada concurseiro desenvolvia métodos de estudo. Todos os políticos eram investigados pela comissão. Corromperam-se os políticos. Os envolvidos se mostravam confusos e indignados. João e Pedro se ofenderam severamente. Ela é linda. Havia tumulto na reunião. PORTUGUÊS VIDEOAULA PROF. NEWTON NETO Estudo dos porquês www.acasadoconcurseiro.com.br PORTUGUÊS 3 ESTUDO DOS PORQUÊS (POR QUAL MOTIVO) 1. POR QUE Por que você veio à aula. Não sabemos por que você veio à aula.Não sabemos por que, desde ontem, você chora. 2.POR QUÊ Você veio à aula por quê?“...meu coração, não sei por quê, bate feliz...” 3. PORQUE Vim porque estive quis.Porque eu quis, eu vim. 4. PORQUÊ (o porquê) Não sabemos o porquê de sua vinda. Atenção O filme de que gosto está passando. O filme a que me referi está passando. PORTUGUÊS VIDEOAULA PROF. NEWTON NETO Substantivos www.acasadoconcurseiro.com.br PORTUGUÊS 3 SUBSTANTIVOS Substantivo é uma classe de palavras que nomeia seres, objetos, fenômenos, lugares, qualidades, ações, dentre outros.Eles podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau (aumentativo e diminutivo).Tipos de SubstantivosOs substantivos são classificados em nove tipos: comum, próprio, simples, composto, concreto, abstrato, primitivo, derivado e coletivo. 1. SUBSTANTIVO COMUM Os substantivos comuns são as palavras que designam os seres da mesma espécie de forma genérica: Exemplos: pessoa, gente, país. 2. SUBSTANTIVO PRÓPRIO Os substantivos próprios, grafados em letra maiúscula, são palavras que particularizam seres, entidades, países, cidades, estados da mesma espécie. Exemplos: Brasil, São Paulo, Maria. 3. SUBSTANTIVO SIMPLES Os substantivos simples são formados por apenas uma palavra. Exemplos: casa, carro, camiseta. 4. SUBSTANTIVO COMPOSTO Os substantivos compostos são formados por mais de uma palavra. Exemplos: guarda-chuva, guarda-roupa, beija-flor. 4 5. SUBSTANTIVO CONCRETO Os substantivos concretos designa as palavras reais, concretas, sejam elas pessoas, objetos, animais ou lugares. Exemplos: menina, homem, cachorro. 6. SUBSTANTIVO ABSTRATO Os substantivos abstratos são aqueles relacionados aos sentimentos, estados, qualidades e ações. Exemplos: beleza, alegria, bondade. 7. SUBSTANTIVO PRIMITIVO Os substantivos primitivos, como o próprio nome indica, são aqueles que não derivam de outras palavras. Exemplos: casa, folha, chuva. 8. SUBSTANTIVO DERIVADO Os substantivos derivados são aquelas palavras que derivam de outras. Exemplos: casarão (derivado de casa), folhagem (derivado de folha), chuvarada (derivado de chuva). 9. SUBSTANTIVO COLETIVO Os substantivos coletivos são aqueles que se referem a um conjunto de seres. Exemplos: flora (conjunto de flores), álbum (conjunto de fotos), colmeia (conjunto de abelhas). PORTUGUÊS | NEWTON NETO 5 GÊNERO DOS SUBSTANTIVOS De acordo com o gênero (feminino e masculino) das palavras substantivas, elas são classificadas em: Substantivos Biformes apresentam duas formas, ou seja, uma para o masculino e outra para o feminino, por exemplo: professor e professora; amigo e amiga. Substantivos Uniformes somente um termo especifica os dois gêneros (masculino e feminino), sendo classificados em: Epicenos palavra que apresenta somente um gênero e refere-se aos animais, por exemplo: foca (macho ou fêmea). Sobrecomum palavra que apresenta somente um gênero e refere-se às pessoas, por exemplo: criança (masculino e feminino). Comum de dois gêneros termo que se refere aos dois gêneros (masculino e feminino), identificado por meio do artigo que o acompanha, por exemplo: “o artista” e “a artista”. NÚMERO DOS SUBSTANTIVOS De acordo com o número do substantivo, eles são classificados em: Singular palavra que designa uma única coisa, pessoa ou um grupo, por exemplo: bola, mulher. Plural palavra que designa várias coisas, pessoas ou grupos,por exemplo: bolas, mulheres. 6 GRAU DOS SUBSTANTIVOS De acordo com o grau dos substantivos, eles são classificados em aumentativo e diminutivo: Aumentativo Palavra que indica o aumento do tamanho de algum ser ou alguma coisa. Divide-se em: Analítico: substantivo acompanhado de um adjetivo que indica grandeza, por exemplo: casa grande. Sintético: substantivo com acréscimo de um sufixo indicador de aumento, por exemplo: casarão. Diminutivo Palavra que indica a diminuição do tamanho de algum ser ou alguma coisa. Divide-se em: Analítico: substantivo acompanhado de um adjetivo que indica pequenez, por exemplo: casa pequena. Sintético: substantivo com acréscimo de um sufixo indicador de diminuição, por exemplo: casinha. PORTUGUÊS VIDEOAULA PROF. NEWTON NETO Adjetivos www.acasadoconcurseiro.com.br PORTUGUÊS 3 ADJETIVOS Adjetivo é a classe de palavras encarregada de atribuir características aos substantivos, ou seja, ele indica suas qualidades e estados.Os adjetivos são termos que variam em gênero (feminino e masculino), número (singular e plural) e grau (comparativo e superlativo), sendo classificados em: simples, composto, primitivo e derivado. TIPOS DE ADJETIVOS Adjetivo Simples – apresenta somente um radical. Exemplos: pobre, magro, triste. Adjetivo Composto – apresenta mais de um radical. Exemplos: luso-brasileiro, superinteressante. Adjetivo Primitivo – palavra que dá origem a outros adjetivos. Exemplos: bom, alegre, puro. Adjetivo Derivado – palavras que derivam de substantivos ou verbos. Exemplos: escultor (verbo esculpir), formoso (substantivo formosura). GÊNERO DOS ADJETIVOS Adjetivos Uniformes – apresentam uma forma para os dois gêneros (feminino e masculino). Exemplo: feliz. Adjetivos Biformes – a forma varia conforme o gênero (masculino e feminino). Exemplo: carinhoso, carinhosa. GRAU DOS ADJETIVOS Quanto ao grau, os adjetivos são classificados em: Comparativo: utilizado para comparar qualidades. Superlativo: utilizado para intensificar qualidades. 4 Grau Comparativo Comparativo de Igualdade – O professor de matemática é tão bom quanto o de geografia. Comparativo de Superioridade – Marta é mais habilidosa do que a Patrícia. Comparativo de Inferioridade – João é menos feliz que Pablo. Grau Superlativo Superlativo Absoluto: Analítico – A moça é extremamente organizada. Sintético – Luiz é inteligentíssimo. Superlativo Relativo de: Superioridade – A menina é a mais inteligente da turma. Inferioridade – O garoto é o menos esperto da classe. ADJETIVOS PÁTRIOS Chamados também de “adjetivos gentílicos”, os adjetivos pátrios indicam o local de origem ou nacionalidade da pessoa, por exemplo: brasileiro, carioca, paulista, europeu, espanhol. LOCUÇÃO ADJETIVA A locução adjetiva é o conjunto de duas ou mais palavras que possuem valor de adjetivo. Exemplos:Amor de mãe - Amor maternal Doença de boca - doença bucal PORTUGUÊS VIDEOAULA PROF. NEWTON NETO Acordo Ortográfico www.acasadoconcurseiro.com.br PORTUGUÊS 3 ACORDO ORTOGRÁFICO MUDANÇAS NO ALFABETO A principal mudança no Alfabeto da Língua Portuguesa com o Acordo Ortográfica foi o retorno das letras K, W e Y. Embora essas letras não sejam letras originais da Língua Portuguesa, sendo inclusive retiradas do Alfabeto do Brasil e Portugal no século XX, elas agora voltaram devido ao forte uso das mesmas no dia a dia. O Alfabeto Oficial do Português agora tem 26 letras: A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z TREMA Não existe mais o trema em palavras da Língua Portuguesa. Como era: Como ficou: freqüência frequência lingüiça linguiça seqüência sequência tranqüilo tranquilo seqüestro sequestro delinqüente delinquente Obs.: Haverá o uso do trema apenas em palavras estrangeiras. 4 MUDANÇAS NA ACENTUAÇÃO 1. Retira-se o acento dos ditongos abertos ÉI, ÓI em palavras paroxítonas. Como era: Como ficou: idéia ideia apóio apoio assembléia assembleia alcalóide alcaloide asteróide asteroide Obs.: Não se retiram os acentos das monossílabas, das oxítonas, nem do grupo éu. 2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo. Como era: Como ficou: feiúra feiura baiúca baiuca Bocaiúva Bocaiuva Obs.: as vogais devem estar no meio e antecedidas de ditongo. Se não estiverem no meio ou não forem antecedidas de ditongo o acento continua. Ex.: Piauí, saúde, saída, baú. 3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s). Como era: Como ficou: crêem creem vêem veem lêem leem dêem deem enjôo enjoo perdôo perdoo vôo voo PORTUGUÊS | NEWTON NETO 5 4. Não se usa mais o acento diferencial: Ex.: PÊLO / PELO /PÉLO PÁRA / PARA FORMA / FÔRMA Aplicação: Ele nunca pára no sinal vermelho. Ele nunca para no sinal vermelho. O pêlo do animal está caindo. O pelo do animal está caindo. Obs.: Ainda continuam os acentos de pôr (verbo) e pôde (passado). 5. Verbos TER e VIR: (sing.) Ele tem, vem. (plur.) Eles têm, vêm. Atenção: os derivados recebem agudo no singular e circunflexo no plural. Ex.: Ele mantém sua conduta. Eles mantêm suas condutas. João intervém nas atividades da empresa. João e Pedro intervêm nas atividades da empresa. USO DO HÍFEN 1. VOGAIS IGUAIS = SEPARA! anti-inflamatório contra-ataque micro-ondas semi-integral 6 2. VOGAIS DIFERENTES = JUNTA! autoestrada extraoficial infraestrutura semianalfabeto coautor hidroelétrico 3. VOGAL + R ou S (DUPLICA-SE A CONSOANTE) antissemita semirreta contrassenha antirracismo suprarrenal ultrarromântico neorrealismo antirrugas 4. Qualquer prefixo = H (USA-SE HÍFEN) ANTI-HIGIÊNICO ANTI-HORÁRIO EXTRA-HORÁRIO SUPER-HOMEM MINI-HOTEL SUPRA-HUMANO OBS.: DESUMANO/TRANSUMANO 5. R + R (Usa-se o hífen) inter-relacionado super-romântico hiper-requintado inter-racial PORTUGUÊS | NEWTON NETO 7 6. CIRCUM, PAN + VOGAL, M, N, H (Usa-se o hífen) circum-navegação circum-hospitalar pan-americano circum-meridiano Obs.: circuncentro, circumboreal, pancelestial. 7. *pré, pós, ex, vice: usa-se o hífen. Pré-projeto (preconceito, prever, predizer) pós-graduação ex-prefeito vice-governador 8. além, aquém, recém, bem: usa-se o hífen. Além-mar aquém-mar recém-casado bem-amado 9. Palavras que perderam a noção de composição (não se usa o hífen). pontapé mandachuva girassol paraquedas 10. Encadeamentos recebem hífen. Trecho Londres-Málaga eixo Rio – São Paulo 11. expressões negativadas não recebem hífen. Não comparecimento Não pagamento PORTUGUÊS VIDEOAULA PROF. ANDERSON MAGALHÃES Redação Oficial www.acasadoconcurseiro.com.br PORTUGUÊS 3 REDAÇÃO OFICIAL O QUE É REDAÇÃO OFICIAL? Redação oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige suas comunicações oficiais e atos normativos (lei complementar, lei ordinária, lei delegada, lei, medida provisória, decreto, regulamento, regimento, resolução). O Manual de Redação da Presidência da República trata esse tema sob o ponto de vista da administração pública federal. FINALIDADE DA REDAÇÃO OFICIAL A redação oficial não é necessariamente contrária à evolução da língua portuguesa. Mas sua finalidade básica é comunicar com objetividade e máxima clareza, o que impõe certos parâmetros ao uso que se faz da língua, de maneira diversa daquele da literatura, do texto jornalístico, da correspondência particular etc. CARACTERÍSTICAS DA REDAÇÃO OFICIAL • Por sua natureza pública e também por decorrência dos princípios constitucionais, a redação oficial deve, necessariamente, possuir as seguintes características: • clareza, possibilitando imediata compreensão pelo leitor. Transparência é requisito do Estado de Direito. • precisão é a articulação adequada da linguagem, sem ambiguidade ou sinônimos meramente estilísticos. Os textos devem ser objeto de revisão e a linguagem técnica deve ser esclarecida. • objetividade, que significa ir diretamenteao assunto que se deseja abordar, sem voltas e sem redundâncias. Para conseguir isso, é fundamental que o redator saiba de antemão qual é a ideia principal e quais são as secundárias. • concisão é a qualidade do texto que diz muito com poucas palavras, sem redundâncias ou texto inútil. • coesão e coerência fornecem a conexão, a ligação, a harmonia entre os elementos de um. Percebe-se que o texto tem coesão e coerência quando se lê um texto e se verifica que as palavras, as frases e os parágrafos estão entrelaçados, dando continuidade uns aos outros. • impessoalidade, decorrente de princípio constitucional, sempre em nome do serviço público e sempre em atendimento ao interesse geral dos cidadãos. Sendo assim, os assuntos objetos dos expedientes oficiais não devem ser tratados de outra forma que não a estritamente impessoal. Percebe-se, assim, que o tratamento impessoal que deve ser dado aos assuntos que constam das comunicações oficiais decorre da ausência de impressões individuais de quem comunica, da impessoalidade de quem recebe a comunicação e do caráter impessoal do próprio assunto. Não há lugar na redação oficial para impressões pessoais. 4 • formalidade e padronização indicam que as comunicações administrativas devem ser sempre formais, isto é, obedecer a certas regras de forma e padrão. Isso é válido para as comunicações feitas por meio eletrônico, por exemplo, e-mail, documento gerado no SEI! (Sistema Eletrônico de Informações), documento em html etc, e também para os eventuais documentos impressos. • uso da norma padrão, acatando os preceitos da gramática formal e empregando um léxico compartilhado pelo conjunto dos usuários da língua. O uso do padrão culto é, portanto, imprescindível na redação oficial por estar acima das diferenças lexicais, morfológicas, sintáticas e regionais; dos modismos vocabulares e das particularidades linguísticas. EXERCÍCIOS 1. (STM / ANALISTA JUCIÁRIO / 2018) Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos e comunicações. Manual de Redação da Presidência da República. 2ª ed. rev. e atual. Brasília, 2002, p.4. Considerando a definição apresentada, julgue o próximo item, relativo à redação oficial. Na redação de súmulas, dado seu caráter técnico, devem-se empregar, sempre que possível, jargões. Comentários: Deve-se evitar o jargão, por dificultar a compreensão. As comunicações que partem dos órgãos públicos federais devem ser compreendidas por todo e qualquer cidadão brasileiro. Para atingir esse objetivo, deve-se evitar o uso de uma linguagem restrita a determinados grupos. Não há dúvida que um texto marcado por expressões de circulação restrita, como a gíria, os regionalismos vocabulares ou o jargão técnico, tem sua compreensão dificultada. Questão incorreta. 2. (Anvisa / 2016) Solicitamos a liberação para a exportação dos seguintes produtos biológicos humanos para análise no exterior: substâncias para diagnósticos e substâncias infecciosas. Considerando que o trecho de texto apresentado anteriormente seja parte de um documento oficial hipotético (Xx/2016) enviado à ANVISA pela empresa particular, também hipotética, Biodiagnósticos Ltda. (BDL), julgue o item a seguir à luz do disposto no Manual de Redação da Presidência da República (MRPR) sobre a redação oficial. O seguinte trecho seria adequado, quanto à concisão, clareza e correção, para constar em documento de resposta à solicitação feita pela empresa BDL. Segue anexo o documento de liberação da exportação dos produtos mencionados no documento Xx/2016 enviado a esta Agência. A banca, quando pergunta sobre adequação, leva em conta as características da redação oficial e também a observância do padrão culto. O item está perfeito (“anexo” concorda com “o documento”) e a linguagem é PORTUGUÊS | ANDERSON MAGALHÃES 5 A banca, quando pergunta sobre adequação, leva em conta as características da redação oficial e também a observância do padrão culto. O item está perfeito (“anexo” concorda com “o documento”) e a linguagem é objetiva e impessoal. Não há o que reparar. Questão correta. 3. (STM / ANALISTA JUDICÁRIO / 2018) Considerando que o fragmento de texto apresentado integra parte de uma correspondência oficial, julgue o item a seguir. O emprego do advérbio encarecidamente é inadequado, visto que prejudica o caráter impessoal que deve ser adotado em textos oficiais. Comentários: O termo “encarecidamente” fere a impessoalidade, por ser afetivo, emocional, pouco objetivo. Questão correta. 4. (SEDF / 2017) A respeito de correspondência oficial, julgue o item seguinte, à luz do Manual de Redação da Presidência da República. Decorre do princípio da moralidade a prescrição de que não deve haver impressões pessoais em textos oficiais. Comentários: Ausência de impressões pessoais decorre da “impessoalidade”, não da moralidade. Questão incorreta. 6 5. (TJ-CE / Judiciária / 2014) “A impessoalidade evita a interpretação ambígua que poderia resultar de um tratamento personalista dado ao texto e é alcançada com a contribuição de atributos como concisão, clareza, objetividade e formalidade.” Comentários: Um tratamento afetivo e pessoal desviaria o foco da finalidade pública que tem todo documento oficial. Além dessa isenção de opinião, afeto e subjetividade, colaboram com a impessoalidade a concisão, a clareza, a objetividade, a formalidade. Questão Correta. 6. (STM / TÉCNICO JUDICIÁRIO / 2018) Considerando o trecho de documento hipotético apresentado anteriormente, julgue o item a seguir. A linguagem empregada no texto é inadequada à correspondência oficial, por sua informalidade e simplicidade. Comentários: A linguagem é direta e objetiva. Não há indícios de informalidade ou simplicidade, até porque a simplicidade não é defeito da redação oficial. A língua culta é contra a pobreza de expressão e não contra a sua simplicidade. Questão incorreta. 7. (PRF / 2012) “A adequação da linguagem dos atos e comunicações oficiais é um fator importante. Em razão desse aspecto, devem-se respeitar as características regionais e publicarem-se os atos oficiais de modo diferenciado para cada região.” Comentários: Regionalismos dificultam a compreensão ampla e a uniformidade do texto oficial. Questão incorreta. OBSERVAÇÃO IMPORTANTE PORTUGUÊS | ANDERSON MAGALHÃES 7 Embora o MRPR prescreva a forma estrutural de certos expedientes, o uso do padrão culto não estabelece uma linguagem modelo que deva ser utilizada, com expressões fixas, uma linguagem própria. Dessa maneira, não existe propriamente um “padrão oficial de linguagem”; o que há é o uso do padrão culto nos atos e comunicações oficiais. O uso da variedade padrão da língua na redação dos expedientes oficiais não implica um padrão oficial de linguagem, isto é, uma forma de linguagem comum na escrita de documentos oficiais e que se caracteriza pela seleção de determinadas expressões linguísticas e pela utilização de estruturas sintáticas tradicionais. PORTUGUÊS VIDEOAULA PROF. ANDERSON MAGALHÃES Redação Oficial www.acasadoconcurseiro.com.br PORTUGUÊS 3 REDAÇÃO OFICIAL PRONOMES DE TRATAMENTO Na redação oficial, é necessário atenção para o uso dos pronomes de tratamento em três momentos distintos: no endereçamento, no vocativo e no corpo do texto. O endereçamento é o texto utilizado no envelope que contém a correspondência oficial. No vocativo, o autor dirige–se ao destinatário no início do documento (o vocativo é seguido por vírgula). No corpo do texto, pode–se empregar os pronomes de tratamento em sua forma abreviada ou por extenso (Ex: Vossa Excelência ou V. Ex.a). 4 O pronome de tratamento no endereçamento das comunicações dirigidas às autoridades tratadas por Vossa Excelência terá a seguinte forma: “A Sua Excelência o Senhor” ou “A Sua Excelência a Senhora”. Quando o tratamento destinado ao receptor for Vossa Senhoria, o endereçamento a ser empregadoé “Ao Senhor” ou “À Senhora”. Não se utiliza a expressão “A Sua Senhoria o Senhor” ou “A Sua Senhoria a Senhora”. PORTUGUÊS | ANDERSON MAGALHÃES 5 QUESTÃO DE CONCURSO 1. (STM / NÍVEL SUPERIOR) Em uma frase, pode–se dizer que redação oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos e comunicações. Manual de Redação da Presidência da República. 2ª ed. rev. e atual. Brasília, 2002, p.4. Considerando a definição apresentada, julgue o próximo item, relativo à redação oficial. Em um documento a ser enviado pelo ministro presidente do Superior Tribunal Militar ao ministro presidente do Supremo Tribunal Federal, é adequado o emprego do pronome de tratamento Vossa Senhoria como vocativo, pois ambos (remetente e destinatário) ocupam cargos de mesmo nível hierárquico. ( ) Certo ( ) Errado GABARITO : Errado O vocativo para o ministro presidente do STF é “Excelentíssimo Senhor” Presidente do Supremo Tribunal Federal. 2. (STM / TÉCNICO JUDICIÁRIO) Considerando o trecho de documento hipotético apresentado anteriormente, julgue o item a seguir. Caso o documento hipotético em questão tenha sido enviado pela Assessoria de Cerimonial da Presidência do Superior Tribunal Militar, no documento de confirmação enviado à autoridade emissora, deverá ser empregado o pronome de tratamento Vossa Senhoria. 6 ( ) Certo ( ) Errado GABARITO: Correta O destinatário convidado é um Juiz–Auditor (tratado por Vossa Excelência). Ao responder para um servidor da Assessoria, este deverá ser tratado por Vossa Senhoria. 3. (STM / TÉCNICO JUDICIÁRIO) Considerando o trecho de documento hipotético apresentado anteriormente, julgue o item a seguir. Considerando–se o emprego dos pronomes de tratamento na referida correspondência oficial, estaria correta a substituição do trecho Convido–o por Convido Vossa Excelência. ( ) Certo ( ) Errado GABARITO: Correta O pronome “o” retoma “Juiz–Auditor”. Para se dirigir diretamente a esta autoridade, usa–se “Vossa Excelência”. 4. (SEDF) Assunto: Convite para Cerimônia do I Prêmio Professor Pesquisador Senhor Ministro, 1. Com o objetivo de estimular a produção de pesquisas nas mais diversas áreas do conhecimento, a Universidade das Garças criou, no ano de 2014, o Prêmio Professor Pesquisador. 2. A Cerimônia de Entrega das premiações da primeira edição do prêmio será às 19 h de 1.º de novembro de 2014 e terá lugar nesta Universidade. 3. Assim, gostaríamos de convidar Sua Excelência para participar da referida cerimônia entregando as premiações aos escolhidos e também proferindo breve discurso de encerramento. Considerando as características e padronização das correspondências oficiais constantes no Manual de Redação da Presidência da República (MRPR), julgue o item a seguir, pertinente ao documento oficial hipotético anteriormente apresentado. A fim de obedecer aos preceitos do MRPR, o pronome de tratamento no terceiro parágrafo do texto — Sua Excelência — deveria ser substituído por Vossa Excelência. PORTUGUÊS | ANDERSON MAGALHÃES 7 GABARITO: Correta No terceiro parágrafo, seria correto o uso da forma de tratamento “Vossa Excelência”, pois no corpo do texto se refere diretamente à autoridade. 5. (TRE) Considerando a concordância dos pronomes de tratamento, uma comunicação dirigida ao presidente do Senado Federal deverá ser redigida da seguinte maneira: Vossa Excelência será informado da tramitação do projeto em pauta. GABARITO: Correta Primeiro: lembre–se de que o cargo de Senador recebe o tratamento de Vossa Excelência. Se o gênero do interlocutor é masculino então a concordância é no masculino. PORTUGUÊS VIDEOAULAS PROF. ANDERSON MAGALHÃES REDAÇÃO OFICIAL www.acasadoconcurseiro.com.br PORTUGUÊS 3 REDAÇÃO OFICIAL O PADRÃO OFÍCIO Até a segunda edição do Manual de Redação da Presidência da República, havia três tipos de expedientes ( que se diferenciavam antes pela finalidade do que pela forma o ofício, o aviso e o memorando A distinção básica anterior entre os três era a) aviso era expedido exclusivamente por Ministros de Estado, para autoridades de mesma hierarquia b) ofício era expedido para e pelas demais autoridades e c) memorando era expedido entre unidades administrativas de um mesmo órgão Com o objetivo de uniformizá los, deve se adotar nomenclatura e diagramação únicas, que sigam o que chamamos de padrão ofício 1. (MPCE 2020 Julgue a assertiva a seguir O expediente denominado ofício é apropriado como forma de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão Correto Antes, essa comunicação era feita por " mas o Manual de Redação Oficial da Presidência da República, maior referência em redação oficial, unificou aviso e memorando num expediente único o ofício Com o objetivo de uniformizá los, deve se adotar nomenclatura e diagramação únicas, que sigam o padrão ofício Atenção Nesta nova edição ficou abolida aquela distinção e passou se a utilizar o termo ofício nas três hipóteses PARTES DO DOCUMENTO PADRÃO OFÍCIO CABEÇALHO O cabeçalho é utilizado apenas na primeira página do documento, centralizado na área determinada pela formatação. No cabeçalho deverão constar os seguintes elementos: a) brasão de Armas da República: no topo da página. Não há necessidade de ser aplicado em cores. b) nome do órgão principal c) nomes dos órgãos secundários, quando necessários, da maior para a menor hierarquia; e d) espaçamento: entrelinhas simples (1,0). 4 IDENTIFICAÇÃO DO EXPEDIENTE Os documentos oficiais devem ser identificados da seguinte maneira: a) nome do documento: tipo de expediente por extenso, com todas as letras maiúsculas; b) indicação de numeração: abreviatura da palavra “número”, padronizada como Nº; c) informações do documento: número, ano (com quatro dígitos) e siglas usuais do setor que expede o documento, da menor para a maior hierarquia, separados por barra (/); e d) alinhamento: à margem esquerda da página. LOCAL E DATA DO DOCUMENTO Na grafia de datas em um documento, o conteúdo deve constar da seguinte forma: a) composição: local e data do documento; b) informação de local: nome da cidade onde foi expedido o documento, seguido de vírgula. Não se deve utilizar a sigla da unidade da federação depois do nome da cidade; c) dia do mês: em numeração ordinal se for o primeiro dia do mês e em numeração cardinal para os demais dias do mês. Não se deve utilizar zero à esquerda do número que indica o dia do mês; d) nome do mês: deve ser escrito com inicial minúscula; e) pontuação: coloca-se ponto-final depois da data; e f) alinhamento: o texto da data deve ser alinhado à margem direita da página. PORTUGUÊS | ANDERSON MAGALHÃES 5 ENDEREÇAMENTO Parte do documento que informa quem receberá o expediente. Deverão constar os seguintes elementos: a) VOCATIVO: na forma de tratamento adequada para quem receberá o expediente; b) NOME: nome do destinatário; c) CARGO: cargo do destinatário; d) ENDEREÇO: endereço postal de quem receberá o expediente, dividido em duas linhas: primeira linha (informação de localidade/logradouro do destinatário ou, no caso de ofício ao mesmo órgão, informação do setor); segunda linha: CEP e cidade/unidade da federação, separados por espaço simples. Na separação entre cidade e unidade da federação pode ser substituída a barra pelo ponto ou pelo travessão. No caso de ofício ao mesmo órgão, não é obrigatória a informação do CEP, podendo ficar apenas a informação da cidade/unidade da federação; e) ALINHAMENTO: à margem esquerda da página. O pronome de tratamento no endereçamento das comunicações dirigidas às autoridades tratadas por Vossa Excelência terá a seguinte forma: “A Sua Excelência o Senhor” ou “A Sua Excelência a Senhora”. Quando o tratamento destinado ao receptor for Vossa Senhoria, o endereçamento a ser empregado é “Ao Senhor” ou “À Senhora”. Ressalte-se que não se utiliza a expressão “A Sua Senhoria o Senhor” ou “A Sua Senhoria a Senhora”. ASSUNTO O assunto deve dar uma ideia geraldo que trata o documento, de forma sucinta. Ele deve ser grafado da seguinte maneira: a) título: a palavra Assunto deve anteceder a frase que define o conteúdo do documento, seguida de dois-pontos; b) descrição do assunto: a frase que descreve o conteúdo do documento deve ser escrita com inicial maiúscula, não se deve utilizar verbos e sugere-se utilizar de quatro a cinco palavras; c) destaque: todo o texto referente ao assunto, inclusive o título, deve ser destacado em negrito; d) pontuação: coloca-se ponto final depois do assunto; e) alinhamento: à margem esquerda da página 6 TEXTO DO DOCUMENTO (quando não for encaminhamento de documentos) I – nos casos em que não seja usado para encaminhamento de documentos, o expediente deve conter a seguinte estrutura: a) introdução: em que é apresentado o objetivo da comunicação. Evite o uso das formas: Tenho a honra de, Tenho o prazer de, Cumpre-me informar que. Prefira empregar a forma direta: Informo, Solicito, Comunico; b) desenvolvimento: em que o assunto é detalhado; se o texto contiver mais de uma ideia sobre o assunto, elas devem ser tratadas em parágrafos distintos, o que confere maior clareza à exposição; e c) conclusão: em que é afirmada a posição sobre o assunto. TEXTO DO DOCUMENTO (quando for encaminhamento de documentos) II – quando forem usados para encaminhamento de documentos, a estrutura é modificada: a) introdução: deve iniciar com referência ao expediente que solicitou o encaminhamento. Se a remessa do documento não tiver sido solicitada, deve iniciar com a informação do motivo da comunicação, que é encaminhar, indicando a seguir os dados completos do documento encaminhado (tipo, data, origem ou signatário e assunto de que se trata) e a razão pela qual está sendo encaminhado; e b) desenvolvimento: se o autor da comunicação desejar fazer algum comentário a respeito do documento que encaminha, poderá acrescentar parágrafos de desenvolvimento. Caso contrário, não há parágrafos de desenvolvimento em expediente usado para encaminhamento de documentos. III – tanto na estrutura I quanto na estrutura II, o texto do documento deve ser formatado da seguinte maneira: a) alinhamento: justificado; b) espaçamento entre linhas: simples; c) parágrafos: i espaçamento entre parágrafos: de 6 pontos após cada parágrafo; ii recuo de parágrafo: 2,5 cm de distância da margem esquerda; PORTUGUÊS | ANDERSON MAGALHÃES 7 iii numeração dos parágrafos: apenas quando o documento tiver três ou mais parágrafos, desde o primeiro parágrafo. Não se numeram o vocativo e o fecho; d) fonte: Calibri ou Carlito; FECHO DAS COMUNICAÇÕES III – tanto na estrutura I quanto na estrutura II, o texto do documento deve ser formatado da seguinte maneira: a) alinhamento: justificado; b) espaçamento entre linhas: simples; c) parágrafos: i espaçamento entre parágrafos: de 6 pontos após cada parágrafo; ii recuo de parágrafo: 2,5 cm de distância da margem esquerda; iii numeração dos parágrafos: apenas quando o documento tiver três ou mais parágrafos, desde o primeiro parágrafo. Não se numeram o vocativo e o fecho; d) fonte: Calibri ou Carlito; O fecho das comunicações oficiais arremata o texto e faz uma saudação ao destinatário. Com o objetivo de simplificar e uniformizar, o Manual estabelece o emprego de somente dois fechos diferentes para todas as modalidades de comunicação oficial: a) Para autoridades de hierarquia superior a do remetente, inclusive o Presidente da República: Respeitosamente, b) Para autoridades de mesma hierarquia, de hierarquia inferior ou demais casos: Atenciosamente, Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tradição próprios. O fecho da comunicação deve ser formatado da seguinte maneira: a) alinhamento: alinhado à margem esquerda da página; b) recuo de parágrafo: 2,5 cm de distância da margem esquerda; c) espaçamento entre linhas: simples; d) espaçamento entre parágrafos: de 6 pontos após cada parágrafo; e) não deve ser numerado. 8 PORTUGUÊS | ANDERSON MAGALHÃES 9 10 2. (MP-CE / 2020) É adequado o uso da forma Fortaleza, 8 de março de 2020. alinhada à margem direita da página em um documento no padrão ofício expedido na referida data na cidade de Fortaleza – CE. GABARITO Sim, a data deve ser alinhada à direita do documento. Exemplo: Brasília, 2 de fevereiro de 2018. Questão correta. 3. (MP-CE / 2020) O texto de um documento oficial deve seguir a estrutura padronizada de introdução, desenvolvimento e conclusão, exceto em casos de encaminhamento de documentos. GABARITO Sim. Se houver mero encaminhamento, o desenvolvimento é usado apenas se houver necessidade de algum acréscimo. Questão correta. www.acasadoconcurseiro.com.br Matemática Regra de Três Simples e Composta Professor Fabrício Biazotto www.acasadoconcurseiro.com.br 3 Matemática REGRA DE TRÊS 1. Regra de Três Simples Regra de três simples é um processo prático para resolver problemas que envolvam quatro valores dos quais conhecemos três deles. Devemos, portanto, determinar um valor a partir dos três já conhecidos. Passos utilizados numa regra de três simples: 1º Construir uma tabela, agrupando as grandezas da mesma espécie em colunas e mantendo na mesma linha as grandezas de espécies diferentes em correspondência. 2º Identificar se as grandezas são diretamente ou inversamente proporcionais. 3º Montar a proporção e resolver a equação. Exemplos 1. Com uma área de absorção de raios solares de 1,2 m2, uma lancha com motor movido a energia solar consegue produzir 400 watts por hora de energia. Aumentando-se essa área para 1,5 m2, qual será a energia produzida? Solução: montando a tabela: Área (m2) Energia (Wh) 1,2 400 1,5 x Identificação do tipo de relação: Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna). Observe que: aumentando a área de absorção, a energia solar aumenta. Como as palavras correspondem (aumentando – aumenta), podemos afirmar que as grandezas são diretamente proporcionais. Assim sendo, colocamos uma outra seta no mesmo sentido (para baixo) na 1ª coluna. Montando a proporção e resolvendo a equação temos: www.acasadoconcurseiro.com.br4 Logo a energia produzida será de 500 watts/h. 2. Um trem, deslocando-se a uma velocidade média de 400 Km/h, faz um determinado percurso em 3 horas. Em quanto tempo faria esse mesmo percurso, se a velocidade utilizada fosse de 480 km/h? Solução: montando a tabela: Velocidade Tempo 400 3 480 x Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna). Observe que: aumentando a velocidade, o tempo do percurso diminui. Como as palavras são contrárias (aumentando – diminui), podemos afirmar que as grandezas são inversamente proporcionais. Assim sendo, colocamos uma outra seta no sentido contrário (para cima) na 1ª coluna. Montando a proporção e resolvendo a equação temos: Logo, o tempo desse percurso seria de 2,5 horas ou 2 horas e 30 minutos 3. Bianca comprou 3 camisetas e pagou R$ 120,00. Quanto ela pagaria se comprasse 5 camisetas do mesmo tipo e preço? Solução: montando a tabela: Camisa Preço 3 120 5 x Observe que: aumentando o número de camisetas, o preço aumenta. Matemática – Regra de Três Simples e Composta – Prof. Fabrício Biazotto www.acasadoconcurseiro.com.br 5 Como as palavras correspondem (aumentando – aumenta), podemos afirmar que as grandezas são diretamente proporcionais. Montando a proporção e resolvendo a equação temos: Logo, a Bianca pagaria R$ 200,00 pelas 5 camisetas 4. Uma equipe de operários, trabalhando 8 horas por dia, realizou determinada obra em 20 dias. Se o número de horas de serviço for reduzido para 5 horas, em que prazo essa equipe fará o mesmo trabalho? Solução: montando a tabela: Horas por dia Prazo para término (dia) 8 20 5 x Observe que: diminuindo o número de horas trabalhadas por dia, o prazo para término aumenta. Comoas palavras são contrárias (diminuindo – aumenta), podemos afirmar que as grandezas são inversamente proporcionais. Montando a proporção e resolvendo a equação temos: 2. Regra de Três Composta A regra de três composta é utilizada em problemas com mais de duas grandezas, direta ou inversamente proporcionais. Exemplos: 1. Em 8 horas, 20 caminhões descarregam 160 m3 de areia. Em 5 horas, quantos caminhões serão necessários para descarregar 125 m3? www.acasadoconcurseiro.com.br6 Solução: montando a tabela, colocando em cada coluna as grandezas de mesma espécie e, em cada linha, as grandezas de espécies diferentes que se correspondem: Horas Caminhões Volume 8 20 160 5 x 125 Identificação dos tipos de relação: Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna). A seguir, devemos comparar cada grandeza com aquela onde está o x. Observe que: Aumentando o número de horas de trabalho, podemos diminuir o número de caminhões. Portanto a relação é inversamente proporcional (seta para cima na 1ª coluna). Aumentando o volume de areia, devemos aumentar o número de caminhões. Portanto a relação é diretamente proporcional (seta para baixo na 3ª coluna). Devemos igualar a razão que contém o termo x com o produto das outras razões de acordo com o sentido das setas. Montando a proporção e resolvendo a equação temos: Logo, serão necessários 25 caminhões. Matemática – Regra de Três Simples e Composta – Prof. Fabrício Biazotto www.acasadoconcurseiro.com.br 7 2. Numa fábrica de brinquedos, 8 homens montam 20 carrinhos em 5 dias. Quantos carrinhos serão montados por 4 homens em 16 dias? Solução: montando a tabela: Homem Carrinhos Dias 8 20 5 4 x 16 Observe que: Aumentando o número de homens, a produção de carrinhos aumenta. Portanto a relação é diretamente proporcional (não precisamos inverter a razão). Aumentando o número de dias, a produção de carrinhos aumenta. Portanto a relação também é diretamente proporcional (não precisamos inverter a razão). Devemos igualar a razão que contém o termo x com o produto das outras razões. Montando e resolvendo a equação temos: Logo serão montados 32 carrinhos. 3. Dois pedreiros levam 9 dias para construir um muro com 2 m de altura. Trabalhando 3 pedreiros e aumentando a altura para 4 m, qual será o tempo necessário para completar esse muro? Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x. Depois colocam-se flechas concordantes para as grandezas diretamente proporcionais com a incógnita e discordantes para as inversamente proporcionais, como mostra a figura abaixo: Montando e resolvendo a equação temos: Para completar o muro serão necessários 12 dias. Raciocínio Lógico Porcentagem Professor Fabrício Biazotto www.acasadoconcurseiro.com.br 3www.acasadoconcurseiro.com.br Raciocínio Lógico PORCENTAGEM Ao abrir um jornal, ligar uma televisão, olhar vitrines, é comum depararmos com expressões do tipo: • A inflação do mês foi de 4% (lê-se quatro por cento) • Desconto de 10% (dez por cento) nas compras à vista. • O índice de reajuste salarial de março é de 0,6% (seis décimos por cento) A porcentagem é um modo de comparar números usando a proporção direta, onde uma das razões da proporção é uma fração cujo denominador é 100. Toda razão a/b na qual b=100 chama-se porcentagem. Exemplos: 1. Se há 30% de meninas em uma sala de alunos, pode-se comparar o número de meninas com o número total de alunos da sala, usando para isto uma fração de denominador 100, para significar que se a sala tivesse 100 alunos então 30 desses alunos seriam meninas. Trinta por cento é o mesmo que 30/100. 2. Calcular 40% de R$ 300,00 é o mesmo que determinar um valor X que represente em R$ 300,00 a mesma proporção que R$ 40,00 em R$ 100,00. Isto pode ser resumido na proporção: 40/100 = X/300 Como o produto dos meios é igual ao produto dos extremos, podemos realizar a multiplicação cruzada para obter: 100X = 12000, assim X = 120 Logo, 40% de R$ 300,00 é igual a R$ 120,00. 3. Li 45% de um livro que tem 200 páginas. Quantas páginas ainda faltam para ler? 45/100 = X/200 o que implica que 100X = 9000, logo X = 90. Como eu já li 90 páginas, ainda faltam 200 - 90 = 110 páginas. As frações (ou razões) que possuem denominadores (o número de baixo da fração) iguais a 100, são conhecidas por razões centesimais e podem ser representadas pelo símbolo “%”. O símbolo “%” é lido como “por cento”. “5%” lê-se “5 por cento”. “25%” lê-se “25 por cento”. O símbolo “%” significa centésimos, assim “5%” é uma outra forma de se escrever 0,05, ou por exemplo. 4 www.acasadoconcurseiro.com.br Veja as seguintes razões: Podemos representá-las na sua forma decimal por: E também na sua forma de porcentagens por: Como calcular um valor percentual de um número? Agora que temos uma visão geral do que é porcentagem, como calcular quanto é 25% de 200? Multiplique 25 por 200 e divida por 100: Se você achar mais fácil, você pode simplesmente multiplicar 25% na sua forma decimal, que é 0,25 por 200: 5www.acasadoconcurseiro.com.br Questões 1 – EXERCÍCIOS: 1. Em uma cidade de 5.000 eleitores, 5,2% não votaram, na última eleição. Quantos foram os eleitores ausentes? a) 520 b) 360 c) 260 d) 120 e) 90. 2. Depois de vários anos com salário conge- lado, Manoel teve um reajuste salarial de 25% e passou a ganhar R$ 600,00. O salário de Manoel, antes do reajuste, era de: a) R$ 450,00 b) R$ 460,00 c) R$ 470,00 d) R$ 480,00 3. Em um curso de inglês, as turmas são mon- tadas por meio da distribuição das idades dos alunos. O gráfico abaixo representa a quantidade de alunos por suas idades. A porcentagem de alunos com que será for- mada uma turma com idade maior ou igual a 18 anos é: a) 11% b) 20% c) 45% d) 55% e) 65% 4. Em dezembro de 2007, um investidor com- prou um lote de ações de uma empresa por R$ 8 000,00. Sabe-se que: em 2008 as ações dessa empresa sofreram uma valorização de 20%; em 2009, sofreram uma desvalori- zação de 20%, em relação ao seu valor no ano anterior; em 2010, se valorizaram em 20%, em relação ao seu valor em 2009. De acordo com essas informações, é verda- de que, nesses três anos, o rendimento per- centual do investimento foi de: a) 20%. b) 18,4%. c) 18%. d) 15,2%. e) 15%. 5. (INSS – 2016 – TÉCNICO) Art. 21. A alíquota de contribuição dos se- gurados contribuinte individual e facultati- vo será ́de vinte por cento sobre o respecti- vo salário-de-contribuição. Considerando o art. 21 da Lei nº 8.212/1991, acima reproduzido, julgue o item seguinte. Se o valor da contribuição de um segura- do contribuinte individual for superior a R$ 700,00, então o salário-de-contribuição desse indivíduo é superior a R$ 3.500,00. ( ) Certo ( ) Errado Gabarito: 1. C 2. D 3. D 4. D 5. C www.acasadoconcurseiro.com.br Matemática Potenciação Professor Fabrício Biazotto www.acasadoconcurseiro.com.br 3 Matemática POTENCIAÇÃO A potência é a tabuada da tabuada, ou seja, como na tabuada temos a soma de um número repetidas vezes: 3 x 4 = 3 + 3 + 3 + 3 = 12 ou 4 x 3 = 4 + 4 + 4 = 12 Na potência é a multiplicação de um número repetidas vezes: 53 = 5 x 5 x 5 = 125. Assim como na tabuada temos que memorizar algumas (as tabuadas de 1 a 10), nas potências também é necessário saber algumas delas, para que se possa realizar cálculos. As principais partes de uma potência são: Potências que são Obrigatórias Saber (Como nas Tabuadas) 1º – EXPOENTE 0: Qualquer número elevado a zero (0), o resultado sempre será igual a 1. ATENÇÃO: COM EXCEÇÃO NO NÚMERO ZERO, QUE NÃO EXISTE RESPOSTA! Ex: 20 = 1; 30 = 1; 100.0000 = 1; x0 = 1; 00 = ∄ 2º – EXPOENTE 1: Qualquer número elevado a um (1), o resultado sempre será ele mesmo. Ex: 01 = 0; 21 = 2; 31 = 3; 100.0001 = 100.000; x1 = x www.acasadoconcurseiro.com.br4 3º – POTÊNCIAS DE BASE 0: Quando a base é zero (0), o resultado sempre será igual a 0. Ex: 01 = 0; 04 = 0; 0x = 0. 4º – POTÊNCIAS DE BASE1: Quando a base é um (1), o resultado sempre será igual a 1. Ex: 11 = 1; 110 = 1; 1x = 1. 5º – POTÊNCIAS DE BASE 2: É necessário memorizar os valores de 20 a 212. 20 = 1 21 = 2 22 = 4 23 = 8 24 = 16 25 = 32 26 = 64 27 = 128 28 = 256 29 = 512 210 = 1024 211 = 2048 212 = 4096 6º – POTÊNCIAS DE BASE 3: É necessário memorizar os valores de 30 a 38. 30 = 1 31 = 3 32 = 9 33 = 27 34 = 81 35 = 243 36 = 729 37 = 2187 38 = 6561 Matemática – Potenciação – Prof. Fabrício Biazotto www.acasadoconcurseiro.com.br 5 7º – POTÊNCIAS DE BASE 4: É necessário memorizar os valores de 40 a 46. 40 = 1 41 = 4 42 = 16 43 = 64 44 = 256 45 = 1024 46 = 4096 8º – POTÊNCIAS DE BASE 5: É necessário memorizar os valores de 50 a 54. 50 = 1 51 = 5 52 = 25 53 = 125 54 = 625 9º – POTÊNCIAS DE BASE 6: É necessário memorizar os valores de 60 a 64. 60 = 1 61 = 6 62 = 36 63 = 216 64 = 1296 10º – POTÊNCIAS DE BASE 7: É necessário memorizar os valores de 70 a 74. 70 = 1 71 = 7 72 = 49 73 = 343 74 = 2401 www.acasadoconcurseiro.com.br6 11º – POTÊNCIAS DE BASE 8: É necessário memorizar os valores de 80 a 84. 80 = 1 81 = 8 82 = 64 83 = 512 84 = 4096 12º – POTÊNCIAS DE BASE 9: É necessário memorizar os valores de 90 a 94. 90 = 1 91 = 9 92 = 81 93 = 729 94 = 6561 13º – POTÊNCIAS DE BASE 10: ... (ATÉ O – ∞ ) 10-4 = 0,0001 10-3 = 0,001 10-2 = 0,01 10-1 = 0,1 100 = 1 101 = 10 102 = 100 103 = 1000 104 = 10000 ... (ATÉ O + ∞ ) 14º – QUADRADOS PERFEITOS DE 0 A 25: 02 = 0 (+ 1) 112 = 121 (+ 23) 222 = 484 (+ 45) 12 = 1 (+ 3) 122 = 144 (+ 25) 232 = 529 (+ 47) 22 = 4 (+ 5) 132 = 169 (+ 27) 242 = 576 (+ 49) 32 = 9 (+ 7) 142 = 196 (+ 29) 252 = 625 (+ e assim até o ∞) 42 = 16 (+ 9) 152 = 225 (+ 31) 52 = 25 (+ 11) 162 = 256 (+ 33) Matemática – Potenciação – Prof. Fabrício Biazotto www.acasadoconcurseiro.com.br 7 62 = 36 (+ 13) 172 = 289 (+ 35) 72 = 49 (+ 15) 182 = 324 (+ 37) 82 = 64 (+ 17) 192 = 361 (+ 39) 92 = 81 (+ 19) 202 = 400 (+ 41) 102 = 100 (+ 21) 212 = 441 (+ 43) www.acasadoconcurseiro.com.br Matemática Números Primos Professor Fabrício Biazotto www.acasadoconcurseiro.com.br 3 Matemática NÚMEROS PRIMOS Primos quer dizer primordiais, ou seja, são os números que possuem somente e exatamente dois divisores, o número 1 e ele mesmo. Os números primos, com exceção do número 2 que é o único número par primo, são necessariamente ímpares, porém não são todos os ímpares. Para que se possa saber se um número é ou não primo de uma forma simples, deve-se realizar dois passos: 1º Ver se o número é ímpar. 2º Ver se ele não pertence a nenhuma tabuada a não ser a dele mesmo. Assim os números primos de 1 a 100, que é o que importa, são: {2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, 31, 37, 41, 43, 47, 53, 59, 61, 67, 71, 73, 79, 83, 89, 97} DECOMPOSIÇÃO EM FATORES PRIMOS A decomposição em fatores primos nada mais é do que separar (decompor) um número qualquer em multiplicação (fatores) de números primordiais (primos). Esta ferramenta é muito utilizada em MMC, MDC e extração de raízes quaisquer. Por exemplo, não precisa sofrer para resolver qualquer raiz, basta decompor em fatores primos e, se a raiz é quadrada, formar pares e tirar da raiz, se cúbica ternos, se quarta, quadras e assim sucessivamente. Veja: ESTATÍSTICA VIDEOAULA PROF. FABRÍCIO BIAZOTTO Progressão Aritmética www.acasadoconcurseiro.com.br ESTATÍSTICA 3 PROGRESSÃO ARITMÉTICA (P.A.) Observe a sequência dos números naturais ímpares: (1, 3, 5, 7, ...) Observe que cada termo, exceto o primeiro, equivale ao anterior adicionado a um número fixo: 2. Sequências como essa são chamadas de progressões aritméticas. Progressão aritmética (PA) é toda sequência numérica em que cada um de seus termos, a partir do segundo, é igual ao anterior somado a uma constante r, denominada razão da progressão aritmética. Exemplos (2, 5, 8, 11, 14, ...) é uma PA de razão 3; (10, 8, 6, 4, 2, 0, ...) é uma PA de razão -2. Uma sequência (a1, a2, a3, a4, ..., an, ...) é uma PA quando: a2 = a1 + r a3 = a2 + r a4 = a3 + r... Assim: an = an+ 1 + r Note que em uma PA, subtraindo-se de cada termo o seu antecessor, obtemos a razão r: Genericamente: Assim, para descobrimos qual é a razão de uma PA, basta subtrairmos um termo qualquer de seu antecessor. Também, pelo simples fato de ser constante a razão da PA, pode-se dizer que em três termos consecutivos, o termo do meio é exatamente igual a média aritmética dos termos das pontas: 4 Classificação de uma PA Uma PA pode ser: Classificação Razão Exemplo Crescente r > 0 (1, 5, 9, 13,17,...) r =4 Decrescente r < 0 (7, 4, 1, -2,-5,...) r =-3 Constante r = 0 (5, 5, 5, 5, 5,5,...) r =0 Fórmula do termo geral de uma PA Note que podemos escrever todos os termos de uma PA em função de a1 e r: a1 = primeiro termo an = enésimo termo r = razão n = número de termos Soma dos n termos de uma PA Considere a PA finita: (5, 7, 9, 11, 13, 15, 17, 19). Note que: 5 e 19 são extremos; 7 e 17 são termos equidistantes dos extremos; 9 e 15 são termos equidistantes dos extremos; 11 e 13 são termos equidistantes dos extremos. Observe: 5 + 19 = 24 → soma dos extremos 7 + 17 = 24 → soma de dois termos equidistantes dos extremos 9 + 15 = 24 → soma de dois termos equidistantes dos extremos 11 + 13 = 24 → soma de dois termos equidistantes dos extremos Baseada nessa ideia, existe a seguinte propriedade: Numa PA finita, a soma de dois termos equidistantes dos extremos é igual a soma dosextremos. Através dessa propriedade, podemos descobrir a fórmula para a soma dos n termos de uma PA: Vamos considerar a PA finita (a1, a2, a3, a4, ..., an). Podemos representar por Sn a soma dos termos dessa PA. ESTATÍSTICA | FABRÍCIO BIAZOTTO 5 Como a soma de dois termos equidistantes dos extremos é igual a soma dos extremos, a soma da PA é dada pela soma dos extremos vezes a metade do número de termos ( n/2), pois em cada soma estão envolvidos dois termos. Sn= soma dos n termos a1= primeiro termo an = enésimo termo n = número de termos Observação: Através dessa fórmula, podemos calcular a soma dos n primeiros termos de uma PA qualquer, basta determinarmos o número de termos que queremos somar. ESTATÍSTICA VIDEOAULA PROF. FABRÍCIO BIAZOTTO Progressão Geométrica www.acasadoconcurseiro.com.br ESTATÍSTICA 3 PROGRESSÃO GEOMÉTRICA (P.G.) Podemos definir progressão geométrica, ou simplesmente P.G., como uma sucessão de números reais obtida, com exceção do primeiro, multiplicando o número anterior por uma quantidade fixa q, chamada razão. Podemos calcular a razão da progressão, caso ela não esteja suficientemente evidente, dividindo entre si dois termos consecutivos. Por exemplo, na sucessão (1, 2, 4, 8,...), temos q = 2. Cálculo do termo geral: Numa progressão geométrica de razão q, os termos são obtidos, por definição, a partir do primeiro, da seguinte maneira: a1 a2 a3 ... a20 ... an ... a1 a1xq a1xq2 ... a1xq19 a1xqn-1 ... Logo a razão de uma PG será o quociente entre termos consecutivos e constante: (a1, a2, a3, a4, ..., an) a3/a2 = a2/a1 = an+1/ an = q. Também, pelo simples fato de ser constante a razão da PG, pode-se dizer que em três termos consecutivos, o termo do meio é exatamente igual a média geométrica dos termos das pontas: Assim, podemos deduzir a seguinte expressão do termo geral, também chamado enésimo termo, para qualquer progressãogeométrica. Soma dos n primeiros termos de uma PG Seja a PG (a1, a2, a3, a4, ... , an , ...) . Para o cálculo da soma dos n primeiros termos Sn, vamos considerar o que segue: Sn = a1 + a2 + a3 + a4 + ... + an-1 + an 4 Multiplicando ambos os membros pela razão q, temos: Sn.q = a1 . q + a2 .q + .... + an-1 . q + an .q Conforme a definição de PG, podemos reescrever a expressão como: Sn . q = a2 + a3 + ... + an + an . q Observe que a2 + a3 + ... + an é igual a Sn – a1 . Logo, substituindo, vem: Sn . q = Sn – a1 + an . q Daí, simplificando convenientemente, e substituindo
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