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Legislação Penal Especial - Abuso de Autoridade ( Lei 13 869_2019) - Parte I

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Legislação Penal Especial -
Abuso de Autoridade ( Lei
13.869/2019) - Parte I
Noções introdutórias 
De acordo com a lei estudada, o
sujeito ativo dos crimes por ela
tipificados é todo agente
público, servidor ou não, da
administração direta, indireta
ou funcional de qualquer poder
da União, Estado ou Municípios
ou Distrito Federal
Engloba: 
Servidores públicos e
militares 
Membros do MP
Membros do Poder
Executivo, Legislativo e
Judiciário 
Membros do Tribunais de
contas ou Conselhos de
contas 
Qualquer pessoa que
exerça, ainda que
transitoriamente ou sem
remuneração, por eleição,
nomeação, designação,
contratação ou qualquer
outra forma de investidura
ou vínculo, mandato,
cargo, emprego ou função
de natureza pública 
SÃO CRIMES PRÓPRIOS 
POR SE TRATAR DE ELEMENTAR DO
TIPO, AINDA QUE DE CARÁTER
PESSOAL, A CONDIÇÃO DE
FUNCIONÁRIO PÚBLICO SE COMUNICA
AO PARTICULAR QUE VIER A
CONCORRER PARA A PRÁTICA DO
CRIME, SEJA COMO PARTÍCIPE OU
COMO COAUTOR, NOS TERMOS DO
ART. 30 DO CP 
A LEI TAMBÉM VAI VEDAR OS CRIMES
DEFINIDOS COMO DE HERMENÊUTICA 
Legislação Penal Especial -
Abuso de Autoridade ( Lei
13.869/2019) - Parte I
Podemos dizer que tem como
finalidade punir o excesso e
o desvio de poder, zelando
desta forma para o correto
funcionamento das funções
públicas . Ao violar essa
confiança o sujeito estaria
traindo a confiança
depositada nele pelo povo 
É previsto na modalidade
dolosa, que consiste na
consciência de realizar a
conduta com a vontade de
produzir o resultado, mais a
finalidade especial exigida
pelo tipo 
O elemento subjetivo do tipo
direciona a responsabilização
do sujeito ativo para os casos
de flagrante extrapolação de
sua atuação, ficando
afastadas as modalidades
culposas, ou seja, não foi
tipificado o abuso de
autoridade por, imprudência,
negligência ou imperícia 
Por fim, podemos definir
abuso de autoridade como
uma espécie de crime que tem
por objetivo fim, prejudicar
outrem ou beneficiar a si
mesmo ou a terceiro, ou a
capricho e satisfação pessoal
Objetividade Jurídica Para se classificar como
abuso de autoridade é
necessário que exista uma
finalidade específica, sendo
esta de prejudicar outrem ou
beneficiar a si mesmo ou a
terceiro, ou ainda, para
satisfazer mero capricho ou
satisfação pessoal chamado
de animus abutendi 
São considerados por tanto
crimes pluriofensivos, pois
atingem mais de um bem
jurídico 
Pacto de São José da Costa Rica: 
 
Foi recepcionado pelo Brasil através
do Decreto 672/92, nele os estados
partes da convenção se
comprometem a respeitar e garantir
em sua jurisdição, entre outros, o
direito a dignidade pessoal,
liberdade pessoal, garantia
jurisdicional, princípio da
legalidade, proteção da honra e
dignidade
A nova lei de abuso de
autoridade encontra -se em
perfeita consonância com
importantes diplomas
internacionais:
Legislação Penal Especial -
Abuso de Autoridade ( Lei
13.869/2019) - Parte I
Pacto Internacional de Direitos
Civis e Políticos: 
 
Foi recepcionado pelo Brasil através
do Decreto 592/92, esse pacto
reconhece a obrigatoriedade das
condições que permitam a todo ser
humano gozar de liberdade e
segurança, não ser preso ou
encarcerado arbitrariamente, não
ser privado de liberdade, salvo pelos
motivos previstos em lei e em
conformidade com os procedimentos
nela estabelecidos, e de ser
informado do motivo da sua prisão
e sem demora, das acusações
formuladas contra si 
Declaração dos Direitos Humanos: 
 
Datada de 10 de Dezembro de 1948,
tem como sua essência a necessária
proteção do homem por meio de um
regime de direito, para que o
homem não seja compelido, em
supremo recurso, à revolta contra a
tirania e a opressão 
Dos Crimes 
Artigo 9° 
Previsão legal: 
 
Art. 9°: Decretar medida de
privação de liberdade em
manifesta desconformidade
com as hipóteses legais: 
 
Pena - detenção, de 1 a 4
anos, e multa
Por se tratar de Novatio
legis in pejus e por força
do princípio da
irretroatividade da lei
penal. somente será
aplicado aos crimes
cometidos após a
vigência da lei 
Sujeito Ativo:
É a autoridade que decreta
medida de privação de
liberdade em manifesta
desconformidade com as
hipóteses legais. Não
alcançando somente a
autoridade judiciária
Legislação Penal Especial -
Abuso de Autoridade ( Lei
13.869/2019) - Parte I
Sujeito Passivo:
É aquele que tem a sua
liberdade restringida de
maneira ilegal 
Consumação e tentativa: 
O crime consuma-se no
momento em que a
autoridade decreta a prisão
fora das hipóteses legais 
Condutas equiparadas:
1.Relaxar prisão
manifestamente ilegal 
 
2. Substituir a prisão
preventiva por medida
cautelar diversa ou de
conceder liberdade
provisória, quando
manifestamente cabível 
 
3. Deferir liminar ou ordem
de Habeas Corpus, quando
manifestamente cabível 
Artigo 10° 
Previsão legal: 
 
Art. 10°: Decretar a condução
coercitiva da testemunha ou
investigado manifestamente
incabível ou sem prévia
intimação de comparecimento
em juízo: 
 
Pena - detenção, de 1 a 4
anos, e multa
Por se tratar de Novatio
legis in pejus e por força
do princípio da
irretroatividade da lei
penal. somente será
aplicado aos crimes
cometidos após a
vigência da lei 
Sujeito Ativo:
Trata -se de crime próprio,
via de regra, a autoridade
judiciária é a principal
autora, sendo admissível a
participação de terceiros
mediante auxílio,
induzimento ou instigação
Legislação Penal Especial -
Abuso de Autoridade ( Lei
13.869/2019) - Parte I
Sujeito Passivo:
A testemunha ou investigado
conduzido coercitivamente de
maneira descabida ou sem
prévia intimação de
comparecimento ao juízo e o
Estado, titular da
administração pública, em
seu interesse no bom
funcionamento das funções 
Consumação e tentativa: 
O crime consuma-se no
momento da decretação da
conduta coercitiva. A
tentativa não é admitida por
se tratar de crime
unissubsistente
Artigo 12° 
Previsão legal: 
 
Art. 12°:Deixar
injustificadamente de
notificar prisão em flagrante
à autoridade ( importante ler
os parágrafos)
Pena - detenção, de 6 meses
a 2 anos, e multa
Por se tratar de Novatio legis in
pejus e por força do princípio da
irretroatividade da lei penal.
somente será aplicado aos crimes
cometidos após a vigência da lei 
Sujeito Ativo:
Trata -se de crime próprio, é
qualquer agente público,
servidor ou não, dá
administração direta, indireta
ou funcional de qualquer um
dos poderes da União e afins 
Sujeito Passivo:
O preso ou detento
constrangido e o Estado,
titular da administração
pública, em seu interesse no
correto e regular exercício de
suas funções
Consumação e tentativa: 
Trata-se de crime formal,
previsto no chamado tipo
incongruente, no qual a
vontade do sujeito ativo vai
além do que a lei exige para
a consumação
Legislação Penal Especial -
Abuso de Autoridade ( Lei
13.869/2019) - Parte I
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