AVA2 - História Econômica Geral

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Trabalho da Disciplina [AVA2] - História Econômica Geral 
Aluna: Iasmin Mouta
Matrícula: 20213302840
Os Ciclos Econômicos e suas Consequências
Este trabalho integrador das unidades 1,2 e 3 tem o objetivo de desenvolver no aluno a sua capacidade de avaliar grandes ciclos econômicos, com base no grande boom da economia americana do início do século XX. No século XIX, o evento da Revolução Industrial trouxe para a sociedade uma nova forma de relação do trabalho patrão-empregado, com o uso da máquina substituindo o homem. No início do século XX, o grande crescimento da economia americana e a posterior Crise de 1929 são fatos que tiveram uma grande importância na economia mundial e na sociedade de vários países. 
Esses grandes ciclos econômicos têm a característica de fomentar períodos de grande euforia na economia e na sociedade, causando, após alguns anos, períodos de recessão econômica e desemprego. Dessa forma, o aluno deverá analisar os principais fatores que geraram a crise americana de 1929. 
1. Contextualizar a economia americana antes do período da grande recessão
Antes da crise de 1929, os Estados Unidos ocuparam a posição de maior economia do mundo. Mesmo antes da Primeira Guerra Mundial, a economia norte-americana já apresentava índices demonstrando essa hegemonia, e os acontecimentos da guerra apenas destacaram o status da América como potência econômica internacional. Enquanto isso a Europa estava devastada pelos conflitos da Primeira Guerra Mundial. 
Quando os europeus começaram a tentar se reconstruir na década de 1920, os americanos estavam em uma era de prosperidade e bonança. O período de expansão começou quando a superprodução e o consumo desenfreado alimentaram o crescimento econômico. A expansão do crédito facilitou esse cenário de boom. 
Até a Primeira Guerra Mundial, a Europa era o modelo para o mundo seguir, então os Estados Unidos assumiram essa posição na década de 1920, e assim, surgiu o American Way of Life, isto é, o “jeito americano de se viver”, que se tornou o padrão de felicidade. O consumo de eletrodomésticos, a valorização do prazer e a sensação de que o prazer duraria para sempre marcaram esse novo modo de vida.
 A Europa não tinha condições de se reconstruir depois da guerra, por causa disso, os Estados Unidos emprestaram grandes somas de dinheiro aos países europeus. A economia dos EUA estava tão forte que os europeus não eram cobrados. Esse “boom” econômico levou os norte-americanos a começarem a investir seu dinheiro nos mercados financeiros, aumentando a especulação monetária. As ações das empresas na Bolsa de Valores subiram acentuadamente. Os investidores compravam essas ações e depois as revendiam, criando uma sensação de prosperidade que não condizia com a realidade. 
Na época, o Partido Republicano estava no poder nos EUA. Antes disso, os presidentes haviam adotado os princípios do liberalismo econômico e da não intervenção estatal na economia. Dessa forma, as ações na bolsa de valores não eram regulamentadas pelo governo, permitindo que o mercado conduzisse as atividades financeiras. 
Além disso, os créditos concedidos a consumidores domésticos e países europeus para reestruturação não eram regulamentados, ou seja, o dinheiro era dado sem quaisquer condições de pagamento.
2. Listar as causas do grande desenvolvimento americano no início do século XX. 
· A intensa acumulação de capital na segunda metade do século XIX;
· Elevação da produção agrícola;
· Expansão das indústrias e bancos;
· Multiplicação dos meios de transporte; 
· Crescimento da economia norte-americana também foi propiciado pela Primeira Guerra Mundial (1914-1918)
3. Descrever os fatores que já mostravam a insustentabilidade econômica desse desenvolvimento
· A expansão do crédito sem nenhum tipo de regulação ou intervenção estatal;
· A superprodução. A euforia econômica refletiu na população a partir de um consumismo desenfreado, levando as pessoas a comprarem carros e artigos eletrodomésticos de maneira desenfreada. 
· A especulação monetária, as pessoas compravam ações na bolsa, esperando que elas valorizassem, para logo em seguida revendê-las. Esse processo fazia com que os valores das ações aumentassem e geravam uma falsa sensação de prosperidade. 
4. Descrever as causas da posterior recessão
As principais causas da Crise de 1929 foram: 
· Aumento da produção sem que o mercado pudesse absorver as mercadorias produzidas: no pós-guerra, boa parte dessas mercadorias eram consumidas elo mercado europeu, mas a recuperação econômica da Europa fez com que a demanda por produtos norte-americanos diminuísse. Além disso, os trabalhadores do país não obtiveram conquistas salariais, assim, eles não tinham condições de consumir tudo o que era produzido; 
· Realização de um elevado número de empréstimos, porém muitos não pagaram os empréstimos que haviam pedido. 
· Falta de regulação sobre as transações financeiras;
· Recuperação da economia europeia;
· Especulação monetária.
5. Descrever o que podemos concluir desse período de crescimento e posterior depressão econômica (utilize alguma teoria econômica estudada nos capítulos 1 ou 2, como o liberalismo, o keynesianismo ou o marxismo, para sustentar sua resposta). 
Com “A Grande Depressão”, surgiu uma nova teoria econômica, proposta pelo economista John Maynard Keynes, mais tarde conhecida como Keynesianismo. No século XIX, os cenários econômicos foram divididos em duas teorias econômicas: a teoria liberal e a teoria marxista. Nessa época, os países capitalistas administravam a esfera econômica de acordo com as teorias estabelecidas pelo liberalismo clássico, que defendia o princípio de que o desenvolvimento econômico de um país estaria alinhado ao princípio de não intervenção estatal na economia. 
De acordo com o pensamento keynesiano, a premissa básica para entender uma economia é simplesmente observar o nível de consumo e investimento dos governos, empresas e dos próprios consumidores. Com base nesse princípio, a teoria keynesiana afirma que, quando as empresas tendem a reduzir o investimento, inicia-se todo o processo de retração econômica, abrindo a porta para o estabelecimento de uma crise. 
Para evitar situações de crise, o keynesianismo defende a necessidade de os Estados buscarem formas de conter os desequilíbrios econômicos. Entre outras medidas, o governo deve investir muito dinheiro em investimento para aquecer a economia como um todo. Ao mesmo tempo, é crucial que o governo conceda linhas de crédito a baixo custo, para assegurar a execução de investimentos do setor privado. 
Ao promover tais incentivos, os níveis de emprego aumentarão, garantindo que o mercado consumidor realmente apoie o uso de todos esses recursos. Dessa forma, as ideias de Keynes mudaram fundamentalmente o papel do Estado na economia, desacreditando a velha ideia de “laissez-faire”, referindo-se à não intervenção estatal na economia. 
Foi até a década de de 1970 que novas correntes do pensamento econômico, lutaram com os princípios do pensamento keynesiano. Na época, a retração do ápido crescimento alcançado nas duas décadas após a Segunda Guerra Mundial restringiu a teoria John M. Keynes. Como resultado, as visões liberais dos teóricos da escola monetarista de Chicago Ganharam destaque no pensamento econômico capitalista. 
Referências Bibliográficas: 
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