Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Noções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Prof. Gustavo Scatolino Noções de Direito Administrativo QUAIS AS FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO? QUAL O SISTEMA ADMINISTRATIVO ADOTADO PELO ESTADO PARA A CORREÇÃO DOS ATOS ILEGAIS OU ILEGÍTIMOS PRATICADOS PELO PODER PÚBLICO? QUAL A FORMA DE ESTADO ADOTADO PELO BRASIL? QUAL A DIFERENÇA ENTRE O SENTIDO FORMAL E MATERIAL DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA? OS PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS SÃO DE OBSERVÂNCIA OBRIGATÓRIA? QUAIS OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS EXPRESSOS? EXISTEM OUTROS PRINCÍPIOS ALÉM DOS ELENCADOS NO ART. 37 DA CF/88? É NECESSÁRIA A EDIÇÃO DE UMA LEI PARA A APLICAR UM PRINCÍPIO? Livro Eletrônico Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo As fontes do Direito Administrativo são: a lei (fonte primária), a doutrina, a jurisprudência e os costumes. O sistema adotado pelo Brasil é o sistema judiciário / inglês / de controle judicial / jurisdição única. Por esse sistema, todos os litígios são resolvidos, judicialmente, pela Justiça Comum, ou seja, pelos juízes e Tribunais do Poder Judiciário. A Constituição Federal de 1988 optou, no art. 1º e 18, pela Forma Federativa. Dessa maneira, temos vários centros de poder político. São eles: a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. No modelo Federativo, cada ente detém capacidade política, ou seja, capacidade de editar suas próprias leis, que serão aplicadas dentro da base territorial. Administração Pública em sentido ORGÂNICO, FORMAL ou SUBJETIVO indica o universo de órgãos e pessoas que desempenham a função administrativa. Para definir esse conceito, é necessário indagar “QUEM?”. Ou seja, quem desempenha a função administrativa. Quais são os órgãos, as Pessoas jurídicas e os agentes públicos incumbidos de desempenhar as atividades do Estado. Por outro lado, Administração Pública no sentido MATERIAL, OBJETIVO ou FUNCIONAL nos traz a ideia de atividade, tarefa, função. Trata- se da própria função administrativa, constituindo-se o alvo que o governo quer alcançar. São as atividades exercidas pelo Estado. Sim! Os princípios são de observância obrigatória pela Administração, uma vez que a Constituição utilizou verbo no imperativo, ou seja, a Administração obedecerá aos referidos princípios. Assim, não é uma faculdade do agente público, em toda a sua atividade, pautar-se de acordo com os princípios administrativos e, sim, um dever. O art. 37 da CF apresenta os princípios constitucionais expressos. São eles: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Sim. Existem outros que não estão expressamente indicados na Constituição, mas são extraídos da leitura de outros artigos, como, por exemplo, os princípios da motivação, razoabilidade, proporcionalidade, segurança jurídica, supremacia do interesse público, continuidade dos serviços públicos, dentre outros. Dessa forma, o agente público obedecerá aos princípios expressos e implícitos na Constituição. Não. Os princípios são de aplicação imediata, dispensando lei formal para sua efetivação. Lei formal quer dizer lei feita pelo Poder Legislativo. Para que um princípio seja aplicado, não é preciso uma lei reafirmando sua aplicação ou definindo seus detalhes. Se a CF diz que é necessário atuar com moralidade, todo agente público deve acatar, independentemente de uma lei expressar o que é moral ou imoral para a Administração Pública. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Flavio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo OS PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS SÃO ABSOLUTOS? O PRINCÍPIO DA LEGALIDADE AFASTA A ATUAÇÃO DISCRICIONÁRIA DO AGENTE PÚBLICO? QUAL A DIFERENÇA ENTRE O PRINCÍPIO DA LEGALIDADE PARA O AGENTE PÚBLICO E PARA O CIDADÃO COMUM? SE O ADMINISTRADOR APROVEITAR DE PUBLICIDADE PARA FAZER PROPAGANDA PESSOAL, VIOLA QUAL PRINCÍPIO ADMINISTRATIVO? A SÚMULA VINCULANTE 13 (VEDAÇÃO AO NEPOTISMO) SE APLICA AOS SERVIDORES CONCURSADOS OCUPANTES DE CARGO EFETIVO? DO QUE SE TRATA O PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA? QUAIS OS PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA QUE DECORREM DA HIERARQUIA? O PODER DISCIPLINAR PODE INCIDIR SOBRE TERCEIROS? O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Flavio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Não. Nenhum princípio administrativo é absoluto, pois podem ser relativizados em determinadas hipóteses. O princípio da legalidade não afasta a atuação discricionária do agente público, na medida em que a Lei não poderá prever todos os casos da atuação administrativa. É possível, em determinadas situações, realização de uma análise de conveniência e oportunidade a fim de escolher a conduta mais adequada ao caso concreto. Observando, é claro, os demais princípios administrativos, em especial, a razoabilidade e proporcionalidade. A legalidade para o agente público é a legalidade do art. 37 da CF, que exige atuação sempre de acordo com a Lei, ou seja, ele só pode fazer o que a Lei permite. Para o cidadão comum, a legalidade está prevista no art. 5º, II, da CF, que dispõe que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão, em virtude de lei. Enquanto na vida particular é lícito fazer tudo o que a lei não proíba, na Administração Pública só é lícito fazer aquilo que a lei autoriza. Nesse caso, ocorre violação do princípio da impessoalidade. Se o administrador aproveita a publicidade para fazer propaganda pessoal, viola a impessoalidade e, não, a publicidade. A publicidade é violada se o agente público não der transparência a um ato que deveria tê-la. Não! Veja o seguinte julgado do STF sobre o tema: “Evidentemente que se devem retirar da incidência da norma [é vedado ao servidor público servir sob a direção imediata de cônjuge ou parente até segundo grau civil] os servidores admitidos mediante concurso público, ocupantes de cargo de provimento efetivo. A norma anti nepotismo deve incidir sobre cargos de provimento em comissão, as funções gratificadas e os cargos de direção e assessoramento. Esse quadro, julgo procedente, em parte,a ação direta para emprestar interpretação conforme a Constituição para declarar constitucional o inciso VI, do art. 32, da Constituição do Estado do Espírito Santo, somente quando incida sobre os cargos de provimento em comissão, função gratificada, cargos de direção e assessoramento: é o meu voto.” (ADI 524, Voto do Ministro Sepúlveda Pertence, Tribunal Pleno, julgamento em 20.5.2015, DJe de 3.8.2015). Esse princípio exige que a atividade administrativa seja exercida com presteza, perfeição, rendimento, qualidade e economicidade. Foi acrescentado, de forma expressa, na CF, com a EC n. 19/1998. Antes era apenas implícito. Decorrem da relação hierárquica os poderes de fiscalização, revisão, de avocação, delegação de competência e de punir. Sim. O poder disciplinar incide não só em relação aos servidores, mas também em relação aos particulares que mantêm algum tipo de vínculo especial com o poder público, como, por exemplo, concessionários e permissionários, que podem sofrer determinadas sanções em razão de inexecução contratual ou falha na execução O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Flavio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo SANÇÕES APLICADAS AOS PARTICULARES SEMPRE DECORREM DO PODER DE POLÍCIA? NO PODER DISCIPLINAR HÁ MARGEM DE LIBERDADE PARA SE DECIDIR SOBRE O ATO MAIS ADEQUADO A SER PROFERIDO? QUAL O ÓRGÃO QUE FAZ A SUSTAÇÃO DE ATOS NORMATIVOS QUE EXORBITAM O PODER REGULAMENTAR? O QUE É PODER DISCRICIONÁRIO? O PODER DE POLÍCIA PODERÁ RETIRAR UM DIREITO? O QUE SIGNIFICA A AUTOEXECUTORIEDADE DO PODER DE POLÍCIA? QUAIS ATOS COMPREENDEM O CICLO DO PODER DE POLÍCIA? OS ATOS DO CICLO DE POLÍCIA PODEM SER DELEGADOS À PARTICULARES? O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Flavio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Não. A aplicação de sanções aos particulares, normalmente, decorre de manifestação do poder de polícia. Para se distinguir quando a multa decorre do poder de polícia ou do poder disciplinar, deve-se verificar se o particular que sofre a sanção possui apenas um vínculo geral (relação de supremacia geral) com o Estado, pois, nesse caso, a sanção decorrerá de expressão do poder de polícia. Por outro lado, se o administrado possui relação especial (supremacia especial) com o Estado, a sanção decorrerá do poder disciplinar. Sim, pois o poder disciplinar é em regra, discricionário. Logo, a discricionariedade do poder disciplinar reside no fato de que a Administração não está vinculada à prévia definição da lei sobre a infração funcional e a respectiva sanção, havendo uma margem de liberdade para avaliar o ato ilegal praticado pelo servidor, a fim de se aplicar a penalidade mais adequada. O art. 128 da Lei n. 8.112/1990 exige que, antes de ser aplicada a sanção, sejam analisados: a conduta do servidor; os seus antecedentes; a gravidade da situação; e os danos gerados ao serviço público. Ou seja, todo esse conjunto deve ser aferido para que se possa aplicar uma penalidade. Ainda, há liberdade para fazer o enquadramento do fato praticado à respectiva infração. O órgão responsável é o Congresso Nacional. O poder discricionário é a prerrogativa concedida aos agentes administrativos de elegerem, entre as várias condutas possíveis, a que traduz maior conveniência e oportunidade para o interesse público, como, por exemplo, a prorrogação de concurso público ou a autorização para uso de bem público. Não, pois o que o poder de polícia faz não é retirar o direito, e, sim, condicionar o seu exercício para o bem-estar coletivo. Significa a imediata e direta execução dos atos pela própria Administração, independentemente de ordem judicial. Ou seja, para o Estado exercer o seu poder de polícia, não é preciso autorização prévia do Poder Judiciário. O ciclo do poder de polícia, assim denominado pelo autor Diogo de Figueiredo Moreira Neto, compreende a legislação de polícia, os atos de consentimento (ex.: licença e autorização), fiscalização e os atos de sanção. O STJ admitiu que apenas os atos de consentimento e fiscalização podem ser delegados a pessoas de direito privado. Veja o acórdão: “ADMINISTRATIVO. PODER DE POLÍCIA. TRÂNSITO. SANÇÃO PECUNIÁRIA APLICADA POR SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. IMPOSSIBILIDADE. 3. As atividades que envolvem a consecução do poder de polícia podem ser sumariamente divididas em quatro grupo, a saber: (i) legislação, (ii) consentimento, (iii) fiscalização e (iv) sanção. 4. No âmbito da limitação do exercício da propriedade e da liberdade no trânsito, esses grupos ficam bem definidos: o CTB estabelece normas genéricas e abstratas para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (legislação); a emissão da carteira corporifica a vontade o Poder Público (consentimento); a Administração instala equipamentos eletrônicos para verificar se há respeito à velocidade estabelecida em lei (fiscalização); e também a Administração sanciona aquele que não guarda observância ao CTB (sanção). 5. Somente os atos relativos ao consentimento e à fiscalização são delegáveis, pois aqueles referentes à legislação e à sanção derivam do poder de coerção do Poder Público. 6. No que tange aos atos de sanção, o bom desenvolvimento por particulares estaria, inclusive, comprometido pela busca do lucro – aplicação de multas para aumentar a arrecadação. “ O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Flavio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo QUAIS SÃO AS ESPÉCIES DE DESCONCENTRAÇÃO? O QUE SE ENTENDE POR CONCENTRAÇÃO ADMINISTRATIVA? EXISTE RELAÇÃO DE HIERARQUIA ENTRE A ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA? QUAL A PRINCIPAL DIFERENÇA ENTRE ÓRGÃOS E ENTIDADES? O QUE SÃO AS “PARAESTATAIS”? COMO SE DÁ A CRIAÇÃO E EXTINÇÃO DE ÓRGÃOS PÚBLICOS? COMO SÃO CRIADAS AS AUTARQUIAS? COMO SÃO CRIADAS A EMPRESA PÚBLICA E A SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA? O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Flavio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. GustavoScatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo A desconcentração pode ser feita, tanto em razão da matéria, como, por exemplo, a criação dos Ministérios em nível federal (Ministério da Saúde, da Fazenda, da Justiça, da Educação, do Trabalho), quanto da hierarquia, com diversos níveis de responsabilidade decisória, como, por exemplo, diretor de Departamento, diretor de Divisão, chefe de Seção; ou em razão do Território (geográfica), como no caso das agências da Receita Federal espalhadas pelos diversos Estados. A concentração ocorre quando um único órgão (ou poucos) desempenha todas as funções administrativas do ente político, sem divisão em outros órgãos menores. Imagine que a União tenha um único órgão desempenhando todas as suas atividades. Difícil até de imaginar, já que na estrutura da União, há centenas, senão milhares de órgãos. Não! Entre a Administração direta e a indireta (descentralizada) não há relação de hierarquia, mas de vinculação. Mas isso não significa que as entidades da Administração indireta estejam totalmente sem controle. Nesse caso, ocorre controle finalístico. A personalidade jurídica. Na descentralização administrativa, surgem novas pessoas, dotadas de personalidade jurídica própria, ou seja, com capacidade para responder por seus próprios atos e exercer suas atividades com autonomia. Na desconcentração, os órgãos criados não possuem personalidade jurídica; assim, a pessoa jurídica que realizou a distribuição interna de competências responderá pelos atos de seus órgãos. As paraestatais são pessoas de direito privado que colaboram com o Estado em atividades de interesse público, como, por exemplo, os Serviços Sociais Autônomos – Sistema “S” (ex.: Sesc, Senai, Senat etc.), as Organizações Sociais – OSs, e as Organizações Sociais Civis de Interesse Público – OSCIPs. Essas entidades não fazem parte da estrutura da Administração Pública, não estão na Administração direta ou na Administração indireta. Estão ao lado (paralelas) do Estado, na prestação de atividades de interesse social. A criação e a extinção de órgãos da Administração Pública dependem de lei de iniciativa privativa do Chefe do Executivo (arts. 48, XI, e 61, § 1º, e, CF/1988) a quem compete, privativamente, e por decreto, dispor sobre a organização e funcionamento desses órgãos públicos, quando não implicar aumento de despesas, nem criação ou extinção de órgãos públicos (art. 84, VI, b, CF/1988). Assim, para a criação e extinção de órgãos, há a necessidade de lei, entretanto, para dispor sobre a organização e o funcionamento, poderá ser usado ato normativo inferior à lei: o decreto. Para as autarquias, a lei específica cria a entidade, ou seja: com a lei, a entidade já tem existência no mundo jurídico, adquirindo personalidade jurídica, sem depender de outros atos secundários para que esteja totalmente constituída. Como consequência da criação decorrente da lei, não é necessário registrar a autarquia em qualquer órgão. Em relação à empresa pública e à sociedade de economia mista, a lei específica é apenas autorizativa. A partir da lei, ainda serão necessários outros procedimentos para a existência jurídica da entidade. Com o registro na junta comercial ou no registro de empresas, conforme a atividade prestada, exploração de atividade econômica ou prestação de serviços públicos, a personalidade jurídica será adquirida. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Flavio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo QUAL A NATUREZA JURÍDICA DAS FUNDAÇÕES PÚBLICAS? OS SERVIDORES DAS EMPRESAS ESTATAIS POSSUEM A MESMA ESTABILIDADE DOS SERVIDORES PÚBLICOS? PARA A RESPONSABILIZAÇÃO DO ESTADO É NECESSÁRIA A DEMONSTRAÇÃO DE DOLO OU CULPA? APENAS AS PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO RESPONDEM DE FORMA OBJETIVA? APENAS CONDUTAS ILÍCITAS PRATICADAS PELO PODER PÚBLICO GERAM DIREITO À INDENIZAÇÃO? QUANDO HÁ FUGA DE UM PRESO E ESTE COMETE ALGUM CRIME HÁ RESPONSABILIDADE DO ESTADO? QUAL A RESPONSABILIDADE DO ESTADO NO CASO DE ATOS OMISSIVOS? QUAL A RESPONSABILIDADE DO ESTADO PELOS ATOS DOS TABELIÃES E REGISTRADORES OFICIAIS QUE, NO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES, CAUSEM DANOS A TERCEIROS? O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Flavio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Depende: se o Estado cria uma fundação e lhe dá personalidade de direito público, essa terá natureza de autarquia; entretanto, se o Estado cria uma fundação e lhe concede personalidade de direito privado, tal fundação será administrada nos mesmos moldes que as fundações privadas, naquilo que não conflitar com as regras gerais de direito público. Por consequência, se for Fundação Pública de direito público (ex.: Fundação Universidade de Brasília – FUB), terá natureza de autarquia e será criada por lei. Sendo fundação pública de direito privado (ex.: Funpresp), será autorizada a ser criada por lei. O STF entendeu que os empregados das empresas estatais não têm a estabilidade dos servidores públicos, prevista no art. 41 da CF/1988. No entanto, a demissão deverá ser precedida de motivação (justificativa). Um dos fundamentos para haver a demissão pode ser a falta de recursos financeiros ou a reestruturação da empresa por questões de economicidade. “EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS – ECT. DEMISSÃO IMOTIVADA DE SEUS EMPREGADOS. IMPOSSIBILIDADE. NECESSIDADE DE MOTIVAÇÃO DA DISPENSA. RE PARCIALMENTE PROVIDO. I – Os empregados públicos não fazem jus à estabilidade prevista no art. 41 da CF, salvo aqueles admitidos em período anterior ao advento da EC n. 19/1998. Precedentes. II – Em atenção, no entanto, aos princípios da impessoalidade e isonomia, que regem a admissão por concurso publico, a dispensa do empregado de empresas públicas e sociedades de economia mista que prestam serviços públicos deve ser motivada, assegurando-se, assim, que tais princípios, observados no momento daquela admissão, sejam também respeitados por ocasião da dispensa. III – A motivação do ato de dispensa, assim, visa a resguardar o empregado de uma possível quebra do postulado da impessoalidade por parte do agente estatal investido do poder de demitir. IV – Recurso extraordinário parcialmente provido para afastar a aplicação, ao caso, do art. 41 da CF, exigindo-se, entretanto, a motivação para legitimar a rescisão unilateral do contrato de trabalho. (RE 589998, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 20/03/2013, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL – MÉRITO DJe-179 DIVULG11-09-2013 PUBLIC 12-09-2013).” Não! Isso porque A responsabilidade civil do Estado, consagrada no art. 37, § 6º, da CF, é objetiva. Assim, o Estado responderá independentemente de dolo ou de culpa quando, na prestação de uma atividade, vier a causar dano aos particulares. Basta a vítima demonstrar: conduta, dano e nexo causal. Não! Segundo a CF de 1988, no art. 37, § 6º, é necessário que se trate de pessoa jurídica de direito público ou de direito privado prestadora de serviços públicos. Assim, ficam excluídas as entidades da Administração indireta que explorem atividade econômica. Exige também o artigo em estudo que o agente causador do dano atue nessa qualidade. Não, pois a conduta praticada pelo agente poderá ser LÍCITA ou ILÍCITA. Por exemplo, no caso de médico que realiza cirurgia em hospital público e venha a cometer algum erro (ato ilícito), ou em campanha de vacinação, quando a vacina vem a causar situação adversa irreversível (ato lícito), são atos que geram danos passíveis de reparação, na forma objetiva. Depende do período de tempo em que levou para cometer o crime. O STF tem entendido que, nos casos de fuga de preso, em que o detento está há muito tempo foragido e vem a cometer algum crime, gerando dano a particular, não há responsabilidade do Estado, porque não há mais nexo causal, interrompido pelo longo período de fuga. Compreende o STF que o longo decurso do tempo entre a fuga e o crime faz desaparecer o nexo causal, não se podendo imputar ao Estado o dano causado. Entende-se que, quando o Estado é omisso em seu dever legal de agir, deverá reparar o prejuízo causado. Porém, a responsabilidade será na forma subjetiva, uma vez que deverá ser demonstrada a omissão estatal (culpa). Com relação ao tema, o STF entendeu que o Estado responde, objetivamente, pelos atos dos tabeliães e registradores oficiais que, no exercício de suas funções, causem danos a terceiros, devendo haver o dever de regresso contra o responsável (ação regressiva), nos casos de dolo ou culpa, sob pena de improbidade administrativa. Fixo também a corte que o Estado possui responsabilidade civil direta, primária e objetiva pelos danos que notários e oficiais de registro, no exercício de serviço público por delegação, causem a terceiros. Na ação regressiva, a responsabilidade civil dos notários e registradores é subjetiva. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Flavio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo EXISTEM EXCLUDENTES PARA A RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO? QUAL O PRAZO DE PRESCRIÇÃO DA VÍTIMA CONTRA O ESTADO? QUAIS OS MOMENTOS DE CONTROLE ADMINISTRATIVO? COMO SE DÁ O CONTROLE DE MÉRITO/POLÍTICO? O QUE É CONTROLE FINALÍSTICO? PARA A CONCESSÕES DE APOSENTADORIAS, REFORMAS E PENSÕES O TCU DEVERÁ CONCEDER CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA AOS INTERESSADOS? HÁ EXIGÊNCIA DA REALIZAÇÃO DE CONCURSO PÚBLICO PARA TODOS OS CARGOS E FUNÇÕES PÚBLICAS? O QUE SÃO CARGOS VITALÍCIOS? O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Flavio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Sim. Uma vez que a nossa CF adota a teoria do risco administrativo, existem fatores que afastam a responsabilidade do Estado, pois ele não é um “segurador universal”. A primeira hipótese de exclusão da responsabilidade é a situação de caso fortuito ou força maior, podendo decorrer da ação humana ou de eventos da natureza. Por serem imprevisíveis, inevitáveis e estranhos à vontade das partes, eles afastam a responsabilização do Estado. A mesma regra aplica-se quando se trata de atos de terceiros, como é o caso de danos causados por atos de multidão ou por delinquentes. Também pode ocorrer a culpa concorrente entre a vítima e o Estado, na qual a responsabilidade do Estado será atenuada. No que se refere ao prazo prescricional do particular contra o Estado, sendo pessoa jurídica de direito público ou pessoa de direito privado prestadora de serviço público, o prazo será de cinco anos, de acordo com o Decreto n. 20.910/1932, e nos termos do art. 1º-C da Lei n. 9.494/1997. Nesse mesmo sentido, o STJ vem pacificando seu entendimento, afastando a aplicação do art. 206 do Código Civil (prazo de três anos), por se tratar de norma que rege apenas as relações entre os particulares. Os momentos são: prévio, concomitante ou posterior. Nesse tipo de controle, se verifica questões de conveniência e oportunidade. Como regra, compete ao próprio poder. A doutrina denomina controle político o controle que o Poder Legislativo exerce sobre a Administração. Esse controle pode ser prévio, concomitante ou posterior (ex.: apreciação do Senado Federal de nome escolhido de diretor de agência reguladora – controle prévio; sustação de ato normativo do Poder Executivo que exorbita o poder de regulamentar – art. 49, V, CF – controle posterior). Controle finalístico/tutela administrativa/supervisão ministerial é aquele que ocorre entre entidades não subordinadas, mas que possuem relação de vinculação entre si. É o controle da Administração Direta sobre a Indireta. É importante notar que, para a verificação inicial de legalidade desses atos, o TCU não precisa conceder contraditório e ampla defesa aos interessados; mas, caso venha a anular ou revogar um ato benéfico aos administrados, terá de lhes garantir contraditório e ampla defesa. É o que se colhe da Súmula Vinculante n. 3, do STF: “Nos processos perante o tribunal de contas da união asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.” Não, pois o art. 37, II, da CF, exige o concurso público somente para a investidura em cargo ou emprego. Nos casos de função, a exigência não existe, porque podem exercê-la os contratados temporariamente para atender às necessidades emergentes da Administração ou os ocupantes de funções de confiança, para as quais não se exige a realização do certame. São aqueles cargos que garantem permanência a seus ocupantes. A única hipótese de perda é por meio de processo judicial com decisão transitada em julgado. A vitaliciedade tem previsão constitucional. Atualmente, são cargos vitalícios os dos Magistrados, membros do MP, membros dos Tribunais de Contas. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Flavio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Noções de DireitoAdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo COMO OCORRE A EFETIVIDADE E A ESTABILIDADE DOS SERVIDORES APROVADOS EM CONCURSO PÚBLICO? COMO SE DÁ A CRIAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS NO PODER EXECUTIVO? QUAL A DIFERENÇA ENTRE DEMISSÃO E EXONERAÇÃO? QUAIS AS HIPÓTESES DE EXONERAÇÃO EX OFFICIO? OS VENCIMENTOS DO SERVIDOR PÚBLICO PODERÃO SER REDUZIDOS? COMO SE DÁ A FIXAÇÃO E ALTERAÇÃO DAS REMUNERAÇÕES DOS SERVIDORES PÚBLICOS? A NACIONALIDADE BRASILEIRA É REQUISITO INDISPENSÁVEL PARA TODOS OS CARGOS? O SURGIMENTO DE NOVAS VAGAS OU A ABERTURA DE NOVO CONCURSO PARA O MESMO CARGO, DURANTE O PRAZO DE VALIDADE DO CERTAME ANTERIOR GERA AUTOMATICAMENTE O DIREITO À NOMEAÇÃO DOS CANDIDATOS APROVADOS FORA DAS VAGAS PREVISTAS NO EDITAL? O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Flavio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo A efetividade é alcançada com nomeação e posse, porém a estabilidade somente se adquire após três anos de efetivo exercício (art. 41, CF). A criação dos cargos ocorre por meio de lei, de iniciativa privativa do Presidente da República quanto aos cargos do Executivo (CF, art. 61, § 1º, II, a), salvo quanto aos cargos do Congresso Nacional e das Casas Legislativas, que podem ser criados por resolução, nos termos dos arts. 51, IV, e 52, XIII, da CF. O mesmo ocorre na hipótese de transformação. A demissão provoca a extinção do vínculo em virtude de conduta ilegal anterior provocada pelo servidor, constituindo penalidade. A exoneração, por sua vez, é a dispensa do servidor por interesse deste ou da Administração sem caráter punitivo. A exoneração pode ser a pedido, quando o servidor deseja sair do serviço público e desocupar o cargo de que é titular, ou ex officio, constituindo-se pela iniciativa da Administração em dispensar o servidor. Essa última (ex officio) possui três espécies: a) não aprovação no estágio probatório, no caso de servidor efetivo; b) servidor que toma posse, mas não entra em exercício no prazo legal; c) do cargo em comissão a critério da autoridade competente. Não! Segundo o art. 37, XV, da CF, o subsídio e os vencimentos do servidor são irredutíveis. Porém, segundo o STF, a irredutibilidade refere-se ao valor nominal, não conferindo direito a reajustamento automático em decorrência de perda do poder aquisitivo da moeda em razão da inflação. Assim, para o STF, inexiste garantia à irredutibilidade do valor real. O art. 37, X, da CF, prevê que a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º, do art. 39, somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices. Trata-se do direito dos servidores públicos de verem as remunerações reajustadas anualmente. Nesse sentido, a Súmula n. 339 do STF dispõe que “não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia.” A nacionalidade brasileira não é requisito imprescindível em todos os casos, pois, em alguns, admite-se o acesso de estrangeiros. O art. 12, § 3º, da CF, exige a condição de brasileiro nato para os seguintes cargos: § 3º São privativos de brasileiro nato os cargos: I – de Presidente e Vice-Presidente da República; II – de Presidente da Câmara dos Deputados; III – de Presidente do Senado Federal; IV – de Ministro do Supremo Tribunal Federal; V – da carreira diplomática; VI – de oficial das Forças Armadas. VII – de Ministro de Estado da Defesa Não. Segundo o entendimento do STF sobre o assunto, o surgimento de novas vagas ou a abertura de novo concurso para o mesmo cargo, durante o prazo de validade do certame anterior, não gera automaticamente o direito à nomeação dos candidatos aprovados fora das vagas previstas no edital (essa é a REGRA), ressalvadas as hipóteses de preterição arbitrária e imotivada por parte da administração, caracterizada por comportamento tácito ou expresso do Poder Público capaz de revelar a inequívoca necessidade de nomeação do aprovado durante o período de validade do certame, a ser demonstrada de forma cabal pelo candidato. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Flavio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo QUAL O CONCEITO DE SERVIÇO PÚBLICO? A QUEM COMPETE A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS? SEMPRE SERÁ NECESSÁRIA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÃO PARA A CONCESSÃO E PERMISSÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS? QUAIS OS PRINCÍPIOS DO SERVIÇO PÚBLICO? É POSSÍVEL A INTERVENÇÃO NA CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO? QUAIS AS ESPÉCIES DE PARCERIAS PÚBLICO – PRIVADAS? EM TODOS OS TIPOS DE CONTRATOS É PERMITIDA A CELEBRAÇÃO DE PARCERIAS PÚBLICO – PRIVADAS? EM AÇÃO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA É POSSÍVEL QUE SE DETERMINE A INDISPONIBILIDADE DE BENS EM VALOR SUPERIOR AO INDICADO NA PETIÇÃO INICIAL? O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Flavio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Na falta de um conceito preciso, adota-se atualmente a teoria FORMAL ou FORMALISTA para o conceito de serviço público, no sentido de que serviço público será toda atividade que a LEI assim determinar. Ou seja, será a LEI quem definirá a atividade como serviço público. A prestação de serviços públicos compete ao Estado, diretamente ou sob o regime de concessão ou permissão, conforme dispõe o art. 175 da Constituição Federal de 1988. Extrai-se que o Texto Constitucional conferiu ao Poder Público a titularidade para o exercício dessa atividade, estabelecendo, também, que a prestação será de forma direta ou mediante concessão ou permissão, sempre por meio de licitação. O art. 175 da CF determina que os casos de concessão e permissão sejam sempre precedidos de licitação. Nesse caso, não há como aplicar as hipóteses de dispensa de licitação previstas na Lei n. 8.666/1993, art. 24, pois o dispositivo constitucional não deixou espaço para qualquer hipótese, ao contrário do art. 37, XXI, ao determinar que, ressalvadosos casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação. No entanto, entendemos que, desde que justificadamente, poderá haver contratação direta, em razão de inexigibilidade de licitação, na hipótese de haver inviabilidade de competição. Os princípios aplicáveis ao serviço público são: cortesia, continuidade, modicidade, generalidade, segurança, atualidade e eficiência. Sim! A finalidade da concessão é a prestação de um serviço público à coletividade. Visa, então, a atender ao interesse público. Para garantir a adequada prestação do serviço, principalmente a sua continuidade, é possível a intervenção na concessão. Trata-se de medida de ingerência do poder concedente, para a verificação do cumprimento das normas contratuais, regulamentares e legais. A intervenção far-se-á por decreto do poder concedente, que conterá a designação do interventor, o prazo da intervenção e os objetivos e limites da medida. São duas espécies: a) Concessão patrocinada: é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei n. 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários, contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado. Ex.: construção de um estádio de futebol com contraprestação do Poder Público e retribuição pecuniária adicional mediante tarifa cobrada dos usuários. b) Concessão administrativa: é o contrato de prestação de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens. Ex.: construção de um prédio pelo parceiro privado em terreno do Poder Público e, após a entrega da obra, o parceiro privado ficará durante 15 anos administrando o prédio e a Administração efetuará pagamento mensal para utilizar o prédio com todos os serviços necessários. Depois do prazo de 15 anos fixado em contrato, a Administração passa a assumir a gestão direta do edifício construído. Não. É vedada a celebração de contrato de parceria público- privada nas seguintes hipóteses (art. 2º, § 4º): I – cujo valor do contrato seja inferior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais); (Redação dada pela Lei nº 13.529, de 2017); II – cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos; ou III – que tenha como objeto único o fornecimento de mão de obra, o fornecimento e instalação de equipamentos ou a execução de obra pública. OBS: O valor mínimo do contrato de PPP passou a ser de R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) após a modificação da Lei n. 13.529, de 2017. Sim. Em ação de improbidade administrativa, é possível que se determine a indisponibilidade de bens (art. 7º, Lei n. 8.429/1992) em valor superior ao indicado na inicial da ação visando garantir o integral ressarcimento de eventual prejuízo ao erário, levando-se em consideração, até mesmo, o valor de possível multa civil como sanção autônoma (REsp 1.176.440-RO, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 17/9/2013). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Flavio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo NAS AÇÕES DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA HÁ FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO? QUEM JULGA AÇÃO DE IMPROBIDADE PRATICADA PELOS MEMBROS DO STF? APENAS FUNCIONÁRIO PÚBLICO OCUPANTE DE CARGO PÚBLICO PODE PRATICAR ATO DE IMPROBIDADE? TODOS OS ATOS DE IMPROBIDADE ADMITEM A FORMA DOLOSA E CULPOSA? QUEM PODERÁ REPRESENTAR À AUTORIDADE ADMINISTRATIVA PARA INVESTIGAR A PRÁTICA DE ATOS DE IMPROBIDADE? QUEM É LEGÍTIMO PARA AJUIZAR A AÇÃO DE IMPROBIDADE? O MINISTÉRIO PÚBLICO SEMPRE PARTICIPARÁ DO PROCESSO DE IMPROBIDADE? HÁ ABSOLUTA NULIDADE DO PROCESSO DE IMPROBIDADE CASO NÃO OCORRA OPORTUNIDADE PARA QUE O REQUERIDO APRESENTE DEFESA PRELIMINAR? O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Flavio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Não, uma vez que sendo uma ação civil, não haverá foro por prerrogativa de função, que só existe em ação penal. A ação de improbidade será interposta no juízo de 1ª instância. A competência será da Justiça Federal se houver interesse da União, de autarquias ou de empresas públicas federais (art. 109, I). Caso contrário, será a causa afeta à Justiça Estadual. O STF fixou o entendimento de que a competência para o julgamento das ações de improbidade contra seus membros é do próprio STF (ele mesmo julga), ou seja, eventual ato de improbidade praticado por Ministro do STF, quem julga é o STF. Não, já que o rol de agentes públicos que podem praticar atos de improbidade é amplo. Logo, basta exercer função pública (sob qualquer vínculo) que poderá responder por improbidade administrativa. Veja o que diz a lei: Art. 2º Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior. Não, pois apenas os atos que causem lesão ao erário, art. 10, admitem a forma culposa (não intencional). Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade. A representação, que será escrita ou reduzida a termo e assinada, conterá a qualificação do representante, as informações sobre o fato e sua autoria e a indicação das provas de que tenha conhecimento. Diferentemente da representação que vimos (comunicar, levar ao conhecimento), a legitimidade significa poderes para entrar com a ação. Nesse caso, a legitimidade para a propositura da ação caberá ao Ministério Público ou à pessoa jurídica interessada (aquela que sofreu o ato – entidades referidas no art. 1º). Sim. O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará, obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade. Logo, o MP participa de todas as ações de improbidade administrativa, seja como autor ou como fiscal da lei. Segundo o STJ, a ausência de oportunidade para que o requerido apresente a defesa preliminar é causa de nulidade relativa, necessitando que seja demonstrado prejuízo para que se decrete a nulidade da ação O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Flavio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito AdministrativoNoções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo AS AÇÕES DE RESSARCIMENTO AO ERÁRIO DECORRENTES DE ATO DE IMPROBIDADE SE SUJEITAM À PRESCRIÇÃO? A LEI N. 9.784/1999 (LEI DE PROCESSO ADMINISTRATIVO) É APLICÁVEL A TODOS OS ENTES FEDERATIVOS? A LEI N. 9.784/1999 (LEI DE PROCESSO ADMINISTRATIVO) É APLICÁVEL NO ÂMBITO DE TODOS OS PODERES? QUAIS OS PRINCÍPIOS EXPRESSOS DA LEI N. 9.784/1999 (LEI DE PROCESSO ADMINISTRATIVO)? QUAIS OS REQUISITOS PARA A CONVALIDAÇÃO DE ATOS ADMINISTRATIVOS? O QUE É MOTIVAÇÃO ALIUNDE? QUAIS OS HIPÓTESES DE IMPEDIMENTO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO? QUAL A DIFERENÇA ENTRE A DELEGAÇÃO E AVOCAÇÃO DE COMPETÊNCIAS? O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Flavio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Não! Pois o STF entendeu que as ações de ressarcimento ao erário decorrentes de ilícito civil estão sujeitas à prescrição, salvo se for ação de ressarcimento decorrente de ato de improbidade (RE n. 669069/MG). Não. A Lei n. 9.784/1999 trata do Processo Administrativo Federal. Assim, a norma, em princípio, é aplicável apenas aos órgãos e às entidades da União no desempenho de atividade administrativa. Desse modo, os demais entes federativos, Estados, DF e Municípios, deverão editar lei própria para tratar dos processos administrativos dentro de sua área de atuação, pois a Lei n. 9.784/1999 rege o processo administrativo em nível federal. No entanto, não há impedimento para que ocorra a adoção da Lei n. 9.784/1999 a determinado Estado, por exemplo, desde que faça edição de lei contendo tal determinação. Como dito, essa lei é aplicada para o Poder Executivo Federal. Porém, também se aplica aos Poderes Judiciário e Legislativo da União quando estiverem no exercício de função administrativa. A Lei n. 9.784/1999 é constituída de 11 princípios expressos: legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência. Todos esses princípios são de índole constitucional – alguns expressos na Constituição, outros implícitos. O art. 55 da Lei n. 9.784/1999 trouxe três requisitos para a possibilidade de convalidação dos atos administrativos: a) não acarretar lesão ao interesse público; b) não acarretar prejuízo a terceiros c) apresentar vício sanável. Motivação aliunde é aquela motivação que faz remissão a determinado ato anteriormente praticado. Assim, por exemplo, quando o Presidente da República aplica demissão a servidor público federal, convencido pelo parecer exarado pela Advocacia-Geral da União (AGU), apontando as razões do parecer como sua justificativa, o ato não padecerá de falta de motivação. Outrossim, pode o Presidente da República, nesse caso, motivar sucintamente apontando as razões do parecer. É impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que: I – tenha interesse direto ou indireto na matéria; II – tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e afins até o terceiro grau; II – esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivo cônjuge ou companheiro. De maneira resumida, a delegação ocorre quando um agente público transfere parte de suas atribuições. Dito isso, a regra é a possibilidade de delegação, não sendo admitida apenas se houver impedimento legal. Na delegação não existe relação de hierarquia. Já a avocação acontece quando um superior chama para si atribuição de seu subordinado. Logo, exige relação de hierarquia, sendo uma medida excepcional e temporária. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Flavio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo DA DECISÃO DO RECURSO EM PROCESSO ADMINISTRATIVO PODE RESULTAR AGRAVAMENTO DA SITUAÇÃO DO RECORRENTE? DA REVISÃO DO PROCESSO PODERÁ RESULTAR AGRAVAMENTO DA DECISÃO? A LEI N. 8.112/1990 SE APLICA AOS EMPREGADOS DAS EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA? QUAL O PRAZO PARA QUE O SERVIDOR EMPOSSADO EM CARGO PÚBLICO ENTRE EM EXERCÍCIO? QUAIS SÃO AS FORMAS DE VACÂNCIA DO CARGO PÚBLICO? QUAL A DIFERENÇA ENTRE REMOÇÃO E REDISTRIBUIÇÃO? EXISTE EXCEÇÃO À REGRA DE INDEPENDÊNCIA DE INSTÂNCIAS? QUANDO COMEÇA A CORRER O PRAZO PRESCRICIONAL DO PROCESSO DE AÇÃO DISCIPLINAR? O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Flavio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Sim. Do recurso pode resultar agravamento! Veja que a lei dispõe que: se da decisão do recurso puder decorrer gravame à situação do recorrente, este deverá ser cientificado para que formule suas alegações antes da decisão. Assim, pode agravar, mas a autoridade deve, antes disso, intimar o interessado para que ele apresente alegações. A revisão pode ser realizada a qualquer tempo, quando surgirem fatos novos. Pode ser realizada a pedido ou de ofício, e dela não poderá resultar agravamento da decisão. Não. Em relação às empresas públicas e às sociedades de economia mista, o regime, tanto daquelas criadas em nível federal, como, também, pelos demais entes federativos, será o trabalhista, também chamado de celetista, por ser oriundo da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), tendo em vista o art. 173 da CF. É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da posse. Vacância é o ato contraposto ao de provimento, tornando vago o cargo anteriormente ocupado. São formas de vacância: a) exoneração: forma de perda do cargo (a pedido ou não) do servidor em atividade, mas sem caráter punitivo (art. 34); b) demissão: perda do cargo com caráter punitivo (ver arts. 127 e 132); c) promoção: é simultaneamente forma de provimento e de vacância; d) readaptação: também é forma de provimento e de vacância; e) aposentadoria: é a passagem do servidor definitivamente para a inatividade remunerada (passa a receber proventos). Ver arts. 186/195; f ) posse em outro cargo inacumulável; g) falecimento. A remoção é odeslocamento do servidor, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede, podendo ser: a) de ofício pela Administração; b) a pedido, a critério da Administração; c) a pedido, independentemente do interesse da Administração Já a redistribuição é o deslocamento de cargo, dentro da carreira, para outro órgão ou entidade do mesmo poder, com atribuições, responsabilidades e vencimentos equivalentes. Pode incidir sobre cargo ocupado ou vago. Sim! A regra não é absoluta: a absolvição penal, por negativa do fato ou negativa de autoria, gera absolvição na via administrativa. O prazo prescricional começa a correr quando o fato se torna conhecido por alguma autoridade competente para instaurar o processo administrativo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Flavio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo PODERÁ SER DETERMINADO O AFASTAMENTO PREVENTIVO DO SERVIDOR EM SEDE DE PAD? COMO É FORMADA A COMISSÃO PARA A INSTAURAÇÃO DO PAD? QUAL O PRAZO PARA A CONCLUSÃO DO PAD? QUAL A DIFERENÇA ENTRE ABANDONO DO CARGO E INASSIDUIDADE HABITUAL? QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DO ATRIBUTO COMPETÊNCIA DOS ATOS ADMINISTRATIVOS? O QUE É A TEORIA DA APARÊNCIA? O ELEMENTO FORMA DO ATO ADMINISTRATIVO DEVE SER MANIFESTADO SEMPRE POR ESCRITO? O VÍCIO DE FORMA É PASSÍVEL DE CONVALIDAÇÃO? O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Flavio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Sim. Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração da irregularidade, a autoridade instauradora do processo disciplinar poderá determinar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração (leia-se com remuneração). Isso podendo ser prorrogado por igual prazo, findo o qual cessarão os seus efeitos, ainda que não concluído o processo. Essa comissão é um órgão colegiado composto por três servidores estáveis que deve devem ser designados pela autoridade competente, na ocasião da instauração do PAD. O único requisito para integrar a comissão é ser servidor estável. Porém, para ser o presidente da comissão, é necessário, além de ser estável, possuir nível superior ou o mesmo nível de escolaridade do indiciado, ou ainda ser titular de cargo de nível mais elevado ou do mesmo nível. O prazo para a conclusão do processo disciplinar não excederá 60 (sessenta) dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem. Configura abandono de cargo a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de trinta dias consecutivos. É a conduta do servidor que, intencionalmente, deixa de comparecer ao trabalho por mais de trinta dias consecutivos. Por outro lado, entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por sessenta dias, interpoladamente, durante o período de doze meses. A competência possui as seguintes características: é irrenunciável, improrrogável, imprescritível e inderrogável. Por essa teoria, os atos praticados por funcionário de fato, em relação a terceiros de boa - fé, receberão a validade, e os seus efeitos serão mantidos, pois um terceiro de boa - fé não pode ser prejudicado por um ato que teve participação da Administração, tendo a aparência de legalidade. Não. Forma é a exteriorização da vontade administrativa, que, em regra, será escrita, mas pode ser praticada de modo verbal, por gestos, por sons, por placas (pictórico) ou por meios mecânicos. A regra é que os atos sejam produzidos por escrito. Entretanto, alguns atos, por sua natureza, tornam-se inviáveis de serem produzidos por escrito. Em regra, o vício de forma será passível de convalidação. Entretanto, se a lei exigir formalidade essencial para a validade do ato e esta estiver ausente, o ato será ilegal. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Flavio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo QUAL A DIFERENÇA ENTRE MOTIVO E MOTIVAÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO? O QUE SE ENTENDE POR TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES? OS ATOS DISCRICIONÁRIOS SÃO PASSÍVEIS DE CONTROLE PELO PODER JUDICIÁRIO? TODOS OS ATOS ADMINISTRATIVOS POSSUEM AUTOEXECUTORIEDADE? QUAL A DIFERENÇA ENTRE ATOS COMPOSTOS E COMPLEXOS? QUAIS ATOS NÃO PODEM SER REVOGADOS? QUAIS AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS BENS PÚBLICOS? PERGUNTA:. DE QUEM É A COMPETÊNCIA PARA LEGISLAR E DE PROMOVER A DESAPROPRIAÇÃO? O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Flavio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo O motivo é a situação de direito ou de fato que autoriza a prática do ato administrativo. O motivo pode ser uma situação fática ou pode estar previsto em lei. Já a motivação é a justificação, a explicação das razões (motivos) que levaram o agente público a praticar o ato administrativo. A motivação integra o elemento forma do ato administrativo. Por essa teoria, quando o ato for motivado, ele só será válido se os motivos apresentados forem verdadeiros, caso contrário, o ato será ilegal e passível de anulação. Ou seja, a motivação apresentada interfere na validade do ato administrativo. Se apresentar motivos falsos, o ato será ilegal. O ato discricionário é passível de controle pelo Poder Judiciário. Contudo não cabe ao Poder Judiciário substituir o mérito (conveniência e oportunidade) dos atos administrativos. Assim, o Judiciário não pode, por exemplo, substituir a decisão do administrador que resolver investir em hospitais, ao invés de escolas. Porém, essa possibilidade não é absoluta: se, ao realizar o mérito administrativo,o agente público atuar com falta de razoabilidade ou proporcionalidade, o Poder Judiciário poderá fazer a anulação do ato, pois, ao atuar fora dos seus limites, o ato torna-se ilegal. Nem todos os atos são dotados de autoexecutoriedade, uma vez que, em determinadas situações, a Administração depende de decisão judicial prévia para a implementação do ato, como, por exemplo, na ocasião de cobrança de multa, tributos, desapropriação, servidão administrativa. Ato composto é aquele que resulta da vontade única de um órgão ou agente, mas depende da aprovação, ratificação ou confirmação por parte de outro para produzir seus efeitos. No ato composto, existe um ato principal e outro(s) ato(s) acessório(s) que apenas confirma, aprova, ratifica o ato principal. Constitui-se de uma vontade (ato) principal e outra instrumental. Na verdade, são dois atos: principal e acessório. Já o ato complexo é aquele que se forma pela conjugação de vontades de mais de um órgão (dois ou mais órgãos) ou agentes. O ato complexo somente estará formado quando todas as vontades exigidas forem declaradas. No ato complexo todas as vontades têm o mesmo nível, não havendo relação de ato principal e acessório, pois a conjugação de todas as vontades é imprescindível para a formação do ato. Não podem ser revogados os atos: vinculados, consumados (euxaridos), atos que geram direitos adquiridos, os atos integrativos de um procedimento administrativo e os atos anunciativos. Os bens públicos possuem como principais características: Inalienabilidade, Impenhorabilidade, Imprescritibilidade e Impossibilidade de Oneração. A competência para legislar sobre desapropriação é da União, mas, para promover a desapropriação, a competência é comum. Promover a desapropriação significa efetivá-la. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Flavio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo O QUE É INTERVENÇÃO RESTRITIVA E SUPRESSIVA? ENTES POLÍTICOS PODEM DESAPROPRIAR BENS DE OUTROS ENTES? QUEM PODERÁ SOFRER DESAPROPRIAÇÃO? O QUE É IMISSÃO PROVISÓRIA DA POSSE? PODEM A PEQUENA E A MÉDIA PROPRIEDADE RURAL SER DESAPROPRIADAS? NA DESAPROPRIAÇÃO CONFISCATÓRIA, APENAS A PARTE DA PROPRIEDADE UTILIZADA DE MANEIRA ILEGAL SERÁ DESAPROPRIADA? O QUE É O DIREITO DE EXTENSÃO? QUAIS AS ESPÉCIES DE TREDESTINAÇÃO? O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Flavio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Conforme aponta a doutrina, a intervenção do Estado na propriedade pode admitir duas formas básicas, a intervenção restritiva e a intervenção supressiva. A intervenção restritiva ocorre quando o Estado impõe restrições e condicionamentos ao uso da propriedade sem retirá-la de seu dono. O Estado não retira a propriedade do particular, apenas impõe condições ou restrições em seu uso. São modalidades: a servidão administrativa, a requisição, a ocupação temporária, as limitações administrativas e o tombamento. Já a intervenção supressiva ocorre quando o Estado, utilizando o princípio da supremacia do interesse público, transfere coercitivamente para si a propriedade de terceiro, em nome do interesse público. A modalidade dessa Intervenção é a desapropriação. Sim. Entes políticos superiores podem desapropriar bens de outros entes da Federação, desde que haja autorização legislativa. Desse modo, a União pode desapropriar bens dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; os Estados podem desapropriar bens dos Municípios; os bens da União não são passíveis de expropriação; e os Municípios e o Distrito Federal não têm poder de desapropriar os bens das demais entidades federativas. O sujeito passivo da desapropriação é a pessoa que terá o bem expropriado. Pode ser uma pessoa física ou jurídica, pública ou privada. Ressalvada a União, qualquer pessoa física ou jurídica de natureza pública ou privada pode ter bem desapropriado. Ninguém está imune. Essa é a regra. Ocorre quando o expropriante passa a ter a posse provisória do bem antes da finalização da ação de desapropriação. Significa que o Estado já irá atuar como se fosse proprietário do bem. Para tanto, deve haver declaração de urgência e depósito prévio (art. 15 do Decreto-Lei n. 3.365/1941). Depende, pois a pequena e a média propriedade rural não podem ser desapropriadas para fins de reforma agrária SE o proprietário não possuir outra propriedade. Aí a impossibilidade é total! Mas, se ele tiver outra propriedade, nada impedirá. A desapropriação sanção ou confiscatória se trata de modalidade de desapropriação com caráter punitivo ao proprietário que explora o cultivo de plantas psicotrópicas, não adequando, desse modo, o uso de sua propriedade à função social. O STF entende que a desapropriação deve ser estendida a toda a propriedade, mesmo que o cultivo seja em apenas parte dela. O direito de extensão consiste no direito do expropriado de exigir que a desapropriação e a respectiva indenização se estendam à totalidade do bem, quando o remanescente permanecer sem aproveitamento econômico. A tredestinação ocorre quando o poder público confere destinação diversa da prevista inicialmente ao bem desapropriado. A tredestinação pode ser: a)lícita: a tredestinação continua sendo uma destinação pública (ex.: desapropriação para fazer escola, mas construção de um hospital no local); b)ilícita: a destinação é diversa e não visa a interesse público, cabendo retrocessão (direito de preferência do ex-proprietário de reaver o bem objeto de tredestinação ilícita). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Flavio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo QUAL O ENTE COMPETENTE PARA CRIAR NOVAS MODALIDADES DE LICITAÇÃO? QUAIS OS PRINCÍPIOS DA LICITAÇÃO? QUAIS SÃO OS CRITÉRIOS DE DESEMPATE DE PROPOSTAS? PARA INAUGURAR LICITAÇÃO DE OBRAS E SERVIÇOS DEVE HAVER NECESSARIAMENTE PROJETO BÁSICO E EXECUTIVO APROVADOS PELA AUTORIDADE COMPETENTE? EM REGRA, QUAIS AS FASES DA LICITAÇÃO? QUAIS OS PRAZOS MÍNIMOS A SEREM FIXADOS PARA A APRESENTAÇÃO DAS RESPECTIVAS PROPOSTAS EM CADA MODALIDADE DE LICITAÇÃO? QUAIS OS TIPOS DE LICITAÇÃO EXISTENTES NA LEI 8.666/93? PODEM SER COMBINADAS DUAS OU MAIS MODALIDADES DE LICITAÇÃO? O conteúdo destelivro eletrônico é licenciado para Flavio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo A criação de nova modalidade de licitação é de competência da União, pois é assunto de norma geral, devendo ser feita por lei. Igualmente são os casos de contratação direta sem licitação, não podendo os demais entes criarem casos de dispensa do procedimento. Segundo determina o art. 3º da Lei 8.666/93, os princípios da licitação são: legalidade, impessoalidade, moralidade, igualdade, publicidade, probidade administrativa, vinculação ao instrumento convocatório, e do julgamento objetivo. Segundo a lei de licitações, a ordem de preferência é para bens e produtos: I – produzidos no País; II – produzidos ou prestados por empresas brasileiras, e III – produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País. IV – produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação. Não, pois fixa a lei que o projeto básico é requisito indispensável para a contratação de obras e serviços. Entretanto, o projeto executivo pode ser desenvolvido concomitantemente com a execução do contrato, desde que autorizado pela Administração (art. 7º, § 1º). O processo licitatório desenvolve-se, como regra, em cinco fases: EDITAL → HABILITAÇÃO → JULGAMENTO → HOMOLOGAÇÃO → ADJUDICAÇÃO Dependendo da modalidade a ser adotada, essas fases podem inverter-se, como é o caso do pregão, ou pode haver a supressão de uma delas, como ocorre com a modalidade convite, para a qual a lei não exige publicação de edital. Os prazos são os descritos na tabela abaixo: Concorrência 45 dias Contrato celebrado em regime de empreitada integral ou licitação do tipo melhor técnica ou técnica e preço. 30 dias Demais casos. Tomada de preços 30 dias Licitação do tipo melhor técnica ou técnica e preço. 15 dias Demais casos. Convite 5 dias – úteis. Concurso 45 dias. Leilão 15 dias. Pregão 8 dias – úteis. Os critérios para julgamento das propostas são os chamados tipos de licitação. Sendo constituídos nos seguintes critérios, exceto na modalidade concurso: I – a de menor preço – quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa para a Administração determinar que será vencedor o licitante que apresentar a proposta de acordo com as especificações do edital ou convite e ofertar o menor preço; II – a de melhor técnica; III – a de técnica e preço; IV – a de maior lance ou oferta – nos casos de alienação de bens ou concessão de direito real de uso. Não! A Lei n. 8.666/1993 veda a criação de outras modalidades de licitação ou a sua combinação. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Flavio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo ScatolinoProf. Gustavo Scatolino Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo QUAIS OS VALORES ATUALIZADOS PARA A ESCOLHA DA RESPECTIVA MODALIDADE DE LICITAÇÃO? O QUE É LICITAÇÃO DESERTA? QUAL A PRINCIPAL DIFERENÇA ENTRE OS CONTATOS DE DIREITO PÚBLICO E OS CONTRATOS DE DIREITO PRIVADO CELEBRADOS PELA ADMINISTRAÇÃO? QUAL A NATUREZA DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS? EM REGRA, QUAL A VIGÊNCIA DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS? A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PODERÁ RESCINDIR UNILATERALMENTE O CONTRATO? QUAIS AS HIPÓTESES DE RESCISÃO UNILATERAL DO CONTRATO PELA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA? QUAL A RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PELOS DÉBITOS TRABALHISTAS RESULTANTES DA EXECUÇÃO DO CONTRATO? O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Flavio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Prof. Gustavo Scatolino Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Administrativo Noções de Direito AdministrativoNoções de Direito Administrativo Segundo o Decreto n. 9.412/2018, ficam atualizados nos seguintes termos: I – para obras e serviços de engenharia: a) na modalidade convite – até R$ 330.000,00 (trezentos e trinta mil reais); b) na modalidade tomada de preços – até R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais); c) na modalidade concorrência – acima de R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais); II – para compras e serviços não incluídos no inciso I: a) na modalidade convite – até R$ 176.000,00 (cento e setenta e seis mil reais); b) na modalidade tomada de preços – até R$ 1.430.000,00 (um milhão, quatrocentos e trinta mil reais); c) na modalidade concorrência – acima de R$ 1.430.000,00 (um milhão, quatrocentos e trinta mil reais). A licitação deserta é uma hipótese de licitação dispensável em que o agente público pode decidir não realizar licitação por motivo de ausência de interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas todas as condições preestabelecidas. A principal diferença entre as duas espécies de contratos (contratos administrativos e contratos de direito privado) são as chamadas cláusulas exorbitantes ou de privilégio, que conferem uma série de prerrogativas à Administração em detrimento do contratado. Essas cláusulas estarão presentes nos contratos de direito público. Todo contrato administrativo tem natureza de contrato de adesão, pois todas as cláusulas contratuais são fixadas pela Administração. Contrato de adesão é aquele em que todas as cláusulas são fixadas por apenas uma das partes, no caso do contrato administrativo, a Administração. A vigência dos contratos deve ficar adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários. Dessa forma, os contratos terão duração, em regra, de um ano, pois é o prazo de vigência dos créditos orçamentários repassados aos órgãos e às entidades. Conforme a Lei n. 4.320/1964, o crédito orçamentário tem duração de um ano e coincide com o ano civil. Sim! Essa é inclusive, uma cláusula exorbitante, porque somente a Administração Pública pode rescindir unilateralmente. O contratado, se quiser uma rescisão, terá que ter a concordância (acordo) da Administração Pública ou, se não tiver sucesso no acordo, uma rescisão determinada por via judicial. O art. 78 da lei de licitações prevê várias formas de extinção dos contratos administrativos. As seguintes são as hipóteses de rescisão unilateral pela Administração: I – o não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações, projetos ou prazos; II – o cumprimento irregular de cláusulas contratuais,
Compartilhar