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Walter Augusto Varella
Infraestrutura de TI
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Jeane Passos de Souza – CRB 8a/6189)
Varella, Walter Augusto
 Infraestrutura de TI / Walter Augusto Varella. – São Paulo: Editora 
Senac São Paulo, 2019. (Série Universitária)
	 Bibliografia.
 e-ISBN 978-85-396-2911-4 (ePub/2019)
 e-ISBN 978-85-396-2912-1 (PDF/2019)
 1. Infraestrutura de TI 2. Infraestrutura de tecnologia da informação 
3. Servidor 4. Armazenamento de dados : Data center 5. Sistema opera-
cional – conceitos 6. Computação em nuvem – conceitos 7. Estrutura 
de redes I. Título. II. Série.
19-992t CDD-005
 BISAC COM000000
Índice para catálogo sistemático
1. Infraestrutura de tecnologia da informação 005
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INFRAESTRUTURA DE TI
Walter Augusto Varella
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aterial para uso exclusivo de aluno m
atriculado em
 curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com
partilham
ento digital, sob as penas da Lei. ©
 Editora Senac São Paulo.
Administração Regional do Senac no Estado de São Paulo
Presidente do Conselho Regional
Abram Szajman
Diretor do Departamento Regional
Luiz Francisco de A. Salgado
Superintendente Universitário e de Desenvolvimento
Luiz Carlos Dourado
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Editora Senac São Paulo
Conselho Editorial
Luiz Francisco de A. Salgado 
Luiz Carlos Dourado 
Darcio Sayad Maia 
Lucila Mara Sbrana Sciotti 
Jeane Passos de Souza
Gerente/Publisher
Jeane Passos de Souza (jpassos@sp.senac.br)
Coordenação Editorial/Prospecção
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Márcia Cavalheiro Rodrigues de Almeida (mcavalhe@sp.senac.br)
Administrativo
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Comercial
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Acompanhamento Pedagógico
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Designer Educacional
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Revisão Técnica
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Colaboração
Josivaldo Petronilo da Silva
Coordenação de Preparação e Revisão de Texto
Luiza Elena Luchini
Preparação de Texto
Asa Comunicação e Design
Revisão de Texto
Asa Comunicação e Design
Projeto Gráfico
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Emília Corrêa Abreu
Capa
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Editoração Eletrônica
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Ilustrações
Michel Iuiti Navarro Moreno
Imagens
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Todos os direitos desta edição reservados à
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Sumário
Capítulo 1
Processos, aplicações e 
infraestrutura de TI, 7
1 Processos, 8
2 TI como alicerce para os processos 
de negócios, 10
3 Aplicações de TI, 13
4 Infraestrutura de TI, 15
Considerações	finais,	19
Referências, 20
Capítulo 2
Evolução das plataformas de 
computação, 21
1 Mainframe – 1a plataforma, 22
2 Cliente-servidor – 2a plataforma, 25
3 Combinação de tecnologias – 
3a plataforma, 29
Considerações	finais,	33
Referências, 34
Capítulo 3
Servidor, 35
1 O que é um servidor e quais são 
seus principais usos, 36
2 Componentes de um servidor, 44
3	 Classificação	dos	servidores,	47
Considerações	finais,	52
Referências, 53
Capítulo 4
Armazenamento de dados e data 
center, 55
1 Conceitos sobre armazenamento, 56
2 Armazenamento – storage, 59
3 Armazenamento – backup, 61
4 Papel do data center, 62
5 Tipos de data center, 65
Considerações	finais,	67
Referências, 68
Capítulo 5
Sistema operacional: 
conceitos, 69
1 Conceitos sobre sistema 
operacional, 70
2 Componentes de um sistema 
operacional, 75
3 Funcionamento do sistema 
operacional, 77
Considerações	finais,	80
Referências, 80
Capítulo 6
Sistema operacional: tipos, 81
1 Principais tipos de sistema 
operacional, 82
2 Categorias de uso do sistema 
operacional, 87
Considerações	finais,	95
Referências, 96
Capítulo 7
Protocolos e comunicações, 97
1 Regras de comunicação de 
dados, 98
2 Transferência de dados na 
rede, 100
3 Camadas de rede, 103
Considerações	finais,	108
Referências, 108
Capítulo 8
Endereçamento IP, 109
1 Endereçamento IP, 110
2 Testes básicos de funcionamento 
de redes, 117
Considerações	finais,	122
Referências, 123
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lo
.Capítulo 9
Estrutura de rede IP, 125
1 Segmentação de redes, 126
2 Esquemas de endereçamento, 135
3 Testes adicionais de 
funcionamento de redes, 137
Considerações	finais,	138
Referência, 139
Capítulo 10
Rede: camada de aplicação, 141
1 Protocolos da camada de 
aplicação, 142
2 Serviços de rede (DNS/DHCP), 150
3 Testes de funcionamento dos 
serviços de rede, 154
Considerações	finais,	155
Referências, 156
Capítulo 11
Virtualização de servidores, 157
1 Virtualização – conceitos, 158
2 Virtualização – componentes, 163
3 Motivos para a virtualização, 165
Considerações	finais,	168
Referência, 169
Capítulo 12
Virtualização de servidores: 
funcionamento, 171
1 Funcionamento da virtualização de 
servidor, 172
2 Exercício básico de virtualização, 178
Considerações	finais,	183
Referências, 184
Capítulo 13
Computação em nuvem: 
conceitos, 185
1	 Definição	de	computação	em	
nuvem, 186
2 Principais conceitos sobre 
computação em nuvem, 188
3 A computação em nuvem aplicada 
ao cotidiano, 195
4 A computação em nuvem aplicada 
nas organizações, 197
Considerações	finais,	198
Referências, 198
Capítulo 14
Computação em nuvem – 
IaaS (infraestrutura como 
serviço), 199
1	 Definição	de	IaaS	(infraestrutura	
como serviço), 200
2 Componentes de IaaS, 203
3 Uso de IaaS, 209
Considerações	finais,	210
Referências, 211
Capítulo 15
Computação em nuvem – PaaS 
(plataforma como serviço), 213
1	 Definição	de	PaaS	(plataforma	
como serviço), 214
2 Componentes de PaaS, 217
3 Uso de PaaS, 222
Considerações	finais,	225
Referências, 225
Capítulo 16
Computação em nuvem – SaaS 
(software como serviço), 227
1	 Definição	de	SaaS	(software	como	
serviço), 228
2 Componentes de SaaS, 232
3 Uso de SaaS, 234
Considerações	finais,	238
Referências, 238
Sobre o autor, 241
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Capítulo 1
Processos, 
aplicações e 
infraestrutura de TI
Os sistemas de informação e sua aplicação nas organizações são a 
condição primordial para o sucesso dos negócios no mundo atual. As 
atividades se tornarammais rápidas, e as decisões estratégicas devem 
ser tomadas com base em quantidades maiores de informações. A con-
tinuidade de uma organização se tornou quase impossível sem o uso 
de novas tecnologias, como a utilização de sistemas de informação, que 
tem por objetivos: alcançar excelência operacional; desenvolver novos 
produtos, serviços e modelos de negócios de forma mais ágil e asser-
tiva; construir relacionamentos com clientes e fornecedores; melhorar a 
tomada de decisão; ampliar a vantagem competitiva sobre os concorren-
tes; e ainda garantir a sobrevivência diária de seus negócios. 
A	construção	de	processos	estruturados	e	bem	definidos,	com	mo-
delos adequados a cada situação, precisa ser cada vez mais ágil, e a 
arquitetura de TI deve ser construída de forma coerente com os negó-
cios da organização.
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.A infraestrutura de TI e seus diversos componentes são pontos 
cruciais para que a performance e a execução dos serviços propostos 
sejam realizadas de forma rápida e segura, funcionando como um ali-
cerce sólido para os negócios.
Para realizar suas atividades e seus negócios, as organizações 
dependem de aplicativos desenvolvidos para diferentes atividades, po-
dendo ser de uso comum, como os editores de texto, as planilhas, os 
sistemas de banco de dados, os processadores de imagens e outros 
conforme	a	especificidade	de	cada	negócio.	Uma	área	muito	importan-
te do setor de aplicativos é a de customização e desenvolvimento de 
soluções	específicas.	
Neste capítulo, vamos conhecer os conceitos sobre processos e 
aplicações e ver como a infraestrutura de TI pode contribuir com as 
organizações, gerando desenvolvimento de novas tecnologias e no-
vos produtos e sendo uma ferramenta alinhada com a estratégia das 
empresas.
1 Processos
As informações atualmente são utilizadas como um recurso estra-
tégico nas organizações e todos os tipos de atividades devem ser utili-
zados para que possam gerar vantagem competitiva. Nesse sentido, os 
“sistemas de informação” se tornam parte integrante das rotinas das 
empresas,	em	processos	de	contabilidade,	marketing,	vendas,	finanças,	
controle de produção, etc. (O’BRIEN; MARAKAS, 2013).
Os recursos de informação podem ser a própria informação, as tec-
nologias utilizadas, as pessoas e os processos de cada organização. 
Um	ponto	importante	é	que	a	tecnologia	da	informação	tem	como	fi-
nalidade	aumentar	a	capacidade	produtiva	e	a	eficiência	dos	processos	
administrativos	e,	 assim,	proporcionar	maior	confiabilidade	nas	deci-
sões de negócios das empresas. 
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IMPORTANTE 
Um processo é uma sequência de atividades construída com um obje-
tivo específico. As atividades são executadas por pessoas ou atores, 
que podem ser sistemas inteiros de software. Os processos consomem 
e produzem informações que podem ser armazenadas em bancos de 
dados ou em células de uma planilha.
 
Os	processos	organizacionais	 são	classificados	de	 várias	 formas,	
dependendo do tipo de aplicação e de como se relacionam com o negó-
cio.	Nesse	sentido,	podemos	classificá-los	em:	
 • Processos primários: relacionam-se diretamente com o clien-
te da empresa, ou seja, entregam ao cliente o valor criado pela 
empresa. Por exemplo, o processo de matrícula na secretaria de 
uma universidade, que fornece informações para todos os outros 
departamentos da universidade.
 • Processos de suporte: funcionam como apoio aos processos pri-
mários e não têm relação com o cliente externo da empresa. Têm 
grande importância e podem proporcionar grandes melhorias e 
aumento	de	eficiência	para	a	empresa.	Temos	como	exemplo	os	
processos de recursos humanos, a alocação de salas de aula em 
uma universidade, etc.
 • Processos gerenciais:	 trabalham	para	 garantir	 a	 eficiência	 e	 a	
eficácia	dos	processos	primários	e	de	suporte,	monitorando-os	e	
buscando sempre a melhoria ou inovação. Como exemplo, estão 
os processos relacionados à gestão estratégica, à auditoria, ao 
marketing, etc.
O projeto dos processos que dará suporte às diversas operações de 
negócios deve ser desenvolvido para suprir as necessidades da orga-
nização.	Essa	etapa	é	muito	 importante	pois	servirá	de	especificação	
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.para a escolha de ambientes de hardware e o desenvolvimento dos di-
versos aplicativos. 
2 TI como alicerce para os processos de 
negócios
Os sistemas de informação envolvem pessoas, hardwares, softwa-
res, redes de comunicação, processos de auditoria e armazenamento 
de	dados	e	 têm	por	finalidade	dar	suporte	aos	processos	e	às	ope-
rações de negócios, além de auxiliar os diversos atores da organiza-
ção na tomada de decisões e, por meio de estratégias, dar vantagens 
competitivas sobre os concorrentes. A figura	1 mostra que a estraté-
gia	corporativa	a	ser	adotada	irá	definir	a	arquitetura	de	TI,	e	esta	vai	
determinar as tecnologias de TI. Os processos integram a infraestru-
tura com o negócio. 
As organizações desenvolvem seus projetos com base na estra-
tégia	corporativa	e,	a	partir	das	definições	de	negócios	desenhadas	
pela equipe de alta gestão, começam a construir a próxima etapa, ou 
seja, a arquitetura de TI que deverá ser preparada para dar suporte 
aos negócios.
Figura 1 – Etapas dos sistemas de informação
Infraestrutura Processosde negócios
Estratégia
corporativa
Arquitetura
de TI
A maioria das empresas tem seus negócios totalmente dependen-
tes da infraestrutura de TI. Assim, a arquitetura de TI, que envolve pes-
soas, equipamentos e processos, deve ser dimensionada conforme 
as	definições	da	estratégia	corporativa	para	suportar	todas	as	transa-
ções dos diversos processos de negócios, garantindo performance e 
escalabilidade.
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A arquitetura de TI envolve a área de tecnologia da informação 
responsável por planejar e desenvolver as soluções para aumentar o 
desempenho da empresa e permitir que ela cresça de forma organiza-
da, suportando as novas demandas e aproveitando as oportunidades 
de negócios que o mercado oferece. A arquitetura de TI se comporta 
como	 um	 projeto	 estrutural	 da	 tecnologia	 de	 informação,	 definindo	
plataformas de hardware e software, modelos e padrões para os di-
versos processos da organização, permitindo assim aproveitar me-
lhor todos os recursos. Os recursos fazem parte da infraestrutura de 
TI (computadores, sistemas de armazenamento de dados, servidores, 
redes e, até mesmo, os aplicativos que processam os dados e a segu-
rança da informação). 
O esforço na arquitetura de TI deve estar concentrado em garantir a 
sustentabilidade,	a	confiabilidade,	a	escalabilidade	e	o	desempenho,	o	
que possibilitará o crescimento dos negócios da organização.
Asorganizações buscam implantar sistemas de informação que 
assumam papel importante no sucesso dos negócios. As razões funda-
mentais, mostradas na figura	2, nos levam a perceber como os papéis 
se relacionam entre si e servem de suporte para a tomada de decisão.
Figura 2 – Papéis do sistema de informação nos negócios
Suporte de
processos e
operações
de negócios
Suporte de
tomada de
decisão pelos
empregados e
gerentes
Suporte das
estratégias
para vantagens
competitivas
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.A análise dos papéis desenhados para os sistemas de informação 
nos permite compreender as diversas funcionalidades para que pos-
samos selecionar as melhores soluções e assim garantir o sucesso 
da organização. Um ponto importante a ser salientado é que tais so-
luções	devem	ser	confiáveis	e	seguras;	além	disso,	devem	permitir	a	
escalabilidade de forma consistente, o que depende diretamente das 
condições de mercado.
O crescimento da concorrência entre as organizações nos diversos 
tipos de negócios tem colocado as atividades ligadas à área de TI como 
estratégicas e responsáveis pelo crescimento e a manutenção do posi-
cionamento das empresas. 
As aplicações ou os aplicativos desenvolvidos para suportar as vá-
rias atividades empresariais e a comunicação entre as áreas internas 
das organizações crescem a cada dia: vão desde aplicações com o uso 
de computadores em ambiente até os ambientes de redes conectadas 
através da internet, passando pelo uso de dispositivos móveis, como 
os smartphones. Essas aplicações impactam muito no modo como as 
pessoas se relacionam e como elas produzem informação que seja útil 
para os negócios empresariais.
PARA PENSAR 
Um exercício interessante é imaginar o funcionamento das empresas 
sem o uso das diversas tecnologias de TI. Como seriam as relações 
entre os diversos setores internos da empresa? E como seriam as re-
lações comerciais entre as empresas? E as áreas de vendas, gestão de 
estoques? E a logística das entregas? Se você parou para pensar um 
pouco, deve ter percebido o caos que seria e chegado à conclusão de 
que diversos modelos de negócios não existiriam. 
 
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3 Aplicações de TI
Ao observarmos as atividades das organizações podemos conside-
rar que elas executam diversos processos para que possam construir 
seus negócios e assim atender e alcançar o mercado no qual estão in-
seridas. Os processos de negócios podem realizar operações internas 
entre departamentos ou entre outras unidades de negócios localizadas 
em outras regiões e ainda, e com muito mais frequência, com o mercado 
(que engloba os clientes e também outras empresas).
Considerando que os processos recebem dados, realizam opera-
ções e fornecem informação, diversos sistemas precisam ser cons-
truídos.	Vamos	classificá-los	como	aplicações	de	TI,	cuja	finalidade	é	
resolver uma ou mais necessidades.
Como exemplo, vamos imaginar uma fábrica e com ela diversos 
processos de transformação de matéria-prima em produto acabado. 
Várias aplicações de TI podem ser encontradas nesse cenário, cujos 
equipamentos próprios de uso no chão de fábrica e seus programas 
ou conjunto de programas recebem dados de sensores, interligam e 
acionam máquinas. O resultado são diversos sistemas que, acoplados, 
formam as aplicações do chão de fábrica. Outras necessidades são as 
voltadas para controle de estoque, tanto de matéria-prima quanto de 
produtos acabados; e ainda os sistemas de controle da fabricação em 
si. A figura	3 mostra os diversos departamentos e as aplicações de TI 
necessárias para a gestão do negócio da empresa. 
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.Figura 3 – Aplicações de TI de uma organização
Cadeia de suprimentos
Compras | Distribuição | Logística
Fábrica
Engenharia | Pesquisa
Financeiro/contabilidade
Aplicações de controle 
contábil e financeiro
Produtos
Fabricação de produtos e 
gestão de matéria-prima
Relacionamento com o cliente/mercado
Vendas | Marketing | Apoio ao cliente |Assistência técnica
Consumidores e clientes da cadeia de negócios
Aplicações de TI de uma organização
O quadro 1 apresenta os diversos processos funcionais que ocorrem 
nos diferentes departamentos da organização. É com base nesses da-
dos que a equipe responsável pela implantação e pelo desenvolvimento 
passa a construir as aplicações.
Quadro 1 – Aplicações de TI em departamentos da organização
DEPARTAMENTO PROCESSOS FUNCIONAIS
Produtos (produção ou manufatura)
Montagem do produto
Gestão da qualidade
Lista de produtos e suas classificações
Vendas e marketing
Prospecção de clientes e mercados
Cadastro e controle de clientes
Gestão de preço e administração de vendas
Finanças e contabilidade
Controle de contas a pagar e a receber
Relatórios financeiros e contábeis
Gestão de impostos
(cont.)
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DEPARTAMENTO PROCESSOS FUNCIONAIS
Gestão de pessoas Contratação, avaliação e desligamento de funcionários
Compras e logística
Controle de itens a serem comprados, de recepção de 
matéria-prima e entrega de produtos acabados
Além das aplicações de TI mostradas no quadro 1, diversas outras 
podem ser consideradas, tais como processadores de texto, planilhas 
e bancos de dados. Juntam-se a essas aplicações os diversos aplica-
tivos para celulares e smartphones, dando ainda mais acesso às infor-
mações e aos negócios das organizações. 
Na área interna de gestão de informação (back-end) diversos sis-
temas foram desenvolvidos e agrupados em produtos que o merca-
do desenvolvedor de software denominou ERP (Enterprise Resource 
Planning),1 um conjunto de atividades gerenciadas por software ou 
pessoas que auxilia na gestão dos diversos processos dentro de uma 
empresa, sendo então um sistema de gestão empresarial.
Com a utilização de infraestrutura de TI e os diversos componentes sur-
gem também os sistemas CRM (Customer Relationship Management),2 
que	tem	por	finalidade	uma	estratégia	de	negócio	com	o	foco	no	cliente,	en-
volvendo assim as áreas de marketing, vendas e serviços de atendimento.
Além disso, vários outros sistemas foram desenvolvidos para geren-
ciar as diversas etapas dos processos de negócios das organizações.
4 Infraestrutura de TI
A infraestrutura de TI de uma empresa se refere aos equipa-
mentos de hardware, como computadores, servidores, sistemas de 
1 Planejamento de recursos empresariais. 
2 Gestão de relacionamento com clientes. 
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.armazenamento, sistemas de segurança, redes e comunicação, siste-
mas	operacionais	e	diversos	aplicativos	cuja	finalidade	é	atender	às	ne-
cessidades de negócios das organizações (LAUDON; LAUDON, 2017).
Os responsáveis pela gestão dos vários recursos de TI devem es-
tabelecer um conjunto de padrões e regras que organize a infraestru-
tura	de	TI	e,	assim,	com	práticas	bem	definidas,	gerencie	os	serviços	
da tecnologia da informação alinhados com as estratégias de negócio. 
As ferramentas de gestão de infraestrutura de TI, com um conjunto de 
procedimentos	específicos,	existem	para	manter	a	competitividade	e	a	
produtividade, agregando valor aos negócios. A gestão da infraestru-
tura de TI relaciona-se à arquitetura corporativa por meio não só de 
aplicações	e	processos,	mas	 também	dos	diversos	profissionais	que	
executam as tarefas com excelência.
Uma preocupação constante dos gestores de infraestrutura de TI e 
ao	mesmo	tempo	um	desafio	é	sempre	manter	os	objetivos	de	negócios	
alinhados	às	estratégias	definidas	e	implementadas	para	os	serviços	de	
TI. O investimento na infraestrutura de TI tem sido cada vez mais alto, 
permitindo que estratégias inovadoras, com modelos de negócios mais 
flexíveis e que gerem novas oportunidades de negócios para as empre-
sas, sejam cada vez mais presentes. Na figura	4 temos a representação 
da infraestrutura de TI, com as áreas de atuação focadas em hardware, 
em que as características do computador a ser utilizado como servidor, 
o armazenamento, a infraestrutura de rede e o sistema operacional são 
fundamentais para o sucesso da empresa.
A escolha de um servidor é condicionada por características bem 
definidas,	como	tipo	de	processador,	de	memória,	placas	de	vídeo	e	de	
redes, incluindo até mesmo o tipo de chassi ou gabinete que seja mais 
adequado. 
Outro item também muito importante para a infraestrutura de TI é o 
armazenamento (storage), que deve contar com tecnologias adequa-
das	a	fim	de	garantir	não	só	a	gravação	dos	dados,	mas	também	que	
eles sejam mantidos e, quando necessário, acessados rapidamente, 
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oferecendo, desse modo, maior qualidade aos usuários, que não podem 
esperar muito tempo para acessar as informações. 
O acesso à infraestrutura de TI e aos recursos, que podem estar es-
palhados nas dependências da empresa ou em qualquer outro lugar, 
utiliza a tecnologia de redes. Nesse caso, os sistemas de conexão, que 
envolvem cabos de rede e equipamentos de acesso, como switches3 
e roteadores, precisam também de uma atenção especial da equipe 
responsável pelo suporte.
O sistema operacional, também parte integrante da infraestrutura de 
TI, inicia-se com um sistema de gerenciamento de recursos de hardware 
de um computador e passa para gerência de recursos de hardware de 
um servidor, mas pode trabalhar até mesmo em ambientes de virtualiza-
ção e computação em nuvem.
Figura 4 – Elementos básicos da infraestrutura de TI
RedeSistema
operacional
ArmazenamentoServidor
Infraestrutura
de TI
3 Switch – equipamento utilizado em redes para interligação de computadores. 
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.NA PRÁTICA 
Como exemplo da transformação dos dados em informação para a área de 
negócios da organização, considere os sensores de um avião monitorando 
a quantidade de combustível, a velocidade e o consumo. A infraestrutura 
de TI e os processos desenvolvidos para a aplicação de negócios recebem 
esses dados e os transformam em informação para o piloto, de forma que 
ele possa tomar as decisões mais acertadas para a condução do avião 
de um aeroporto a outro. O que deve ser considerado nesse exemplo é a 
importância da infraestrutura de TI dentro do avião, não só recebendo os 
dados dos sensores, mas processando-os e armazenando-os.
 
Na área de gestão de projetos, existe o termo “entregáveis”, que sig-
nifica	quais	produtos	ou	serviços	um	determinado	processo	ou	proje-
to deve fornecer. Utilizando esse conceito, a infraestrutura de TI, ou o 
sistema de TI em uma visão mais global, deve também fornecer os 
entregáveis como resultado de seu funcionamento.
As escolhas de componentes para a construção da infraestrutura de 
TI e de toda a sua complexidade devem estar bem alinhadas com a área 
de negócios das organizações e sempre levar em conta as possibilidades 
de escalabilidade de acordo com as diretrizes da estratégia corporativa.
A infraestrutura de TI deve ser gerenciada com o objetivo de ga-
rantir que as soluções utilizadas não só estejam alinhadas com a es-
tratégia de negócios, mas incluam também um alto grau de inovação, 
com a utilização de equipamentos sempre atualizados, quer sejam 
processadores, memórias ou dispositivos de armazenamento, para 
que	as	aplicações	e	os	processos	possam	se	beneficiar,	tornando-se	
mais rápidos, seguros e escaláveis. 
A criação de negócios cada vez mais flexíveis se torna ainda mais de-
safiadora	para	os	profissionais	que	 trabalham	com	a	 infraestrutura	de	
TI. As organizações, cada vez mais globalizadas, já entendem o impacto 
da inovação e investem muito, considerando essa área como estratégica 
para o sucesso empresarial e a manutenção de seus mercados. 
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Considerações finais
A adoção de computadores para a realização de atividades nas 
organizações, ainda que tenha começado de forma tímida, principal-
mente devido aos custos elevados dos equipamentos e à escassez de 
pessoas	qualificadas,	foi	aos	poucos	sendo	cada	vez	mais	necessária	
para o crescimento das organizações; para atender às exigências de 
melhoria da qualidade dos produtos e de seus modos de fabricação; 
para a criação de modelos de serviços agregados; e para atender aos 
novos modelos de negócios que surgem a cada dia.
A alavanca que proporcionou o crescimento da utilização de com-
putadores nas organizações foi o surgimento dos primeiros computa-
dores pessoais (PCs – Personal Computers), já que, devido ao custo 
muito mais baixo dos primeiros modelos, eles foram sendo colocados 
em diversas etapas dos processos, desde a parte de fabricação de 
produtos até a administração das organizações.
Outra consideração importante, que vem da área de negócios, é 
a necessidade de projetar uma estrutura mais focada no mercado e 
nas exigências de competição global. O desenvolvimento das redes 
de comunicação levou a uma velocidade até mesmo frenética nas re-
lações comerciais. Podemos perceber isso nas relações que a internet 
possibilita entre empresas e clientes e nas oportunidades criadas com 
essas relações, em que muitas vezes concorrentes passam a traba-
lhar juntos para atender a um determinado mercado ou a projetos 
específicos.
Ao se pensar na estratégia de negócios e no crescimento que se 
projeta para a empresa, surge a construção de uma arquitetura de TI, 
com pessoas, equipamentos e sistemas. E, então, se estrutura o que é 
considerado a infraestrutura de TI, que nos dias atuais se tornou um 
grande diferencial para o crescimento e a sustentabilidadedas empre-
sas no mundo dos negócios.
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Referências
LAUDON, Kenneth C.; LAUDON, Jane P. Sistemas de informação gerenciais. 
São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
O’BRIEN, James A.; MARAKAS, George M. Administração de sistemas de 
informação. Porto Alegre: AMGH, 2013.
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Capítulo 2
Evolução das 
plataformas de 
computação
A utilização das tecnologias computacionais tem sido uma estraté-
gia muito considerada para o sucesso e o crescimento dos negócios 
nas organizações. A evolução da microeletrônica, e com isso a oferta de 
processadores mais rápidos e confiáveis, proporciona o surgimento de 
tecnologias para uma construção mais robusta da infraestrutura de TI.
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.Neste capítulo, vamos conhecer as gerações das tecnologias para 
servidores. A primeira plataforma a ser apresentada é a utilização do 
mainframe como servidor para o processamento de milhares de pro-
cessos dos clientes.
Em seguida, vamos conhecer a tecnologia cliente-servidor e ver 
como ela é utilizada por um grande número de organizações para 
administrar seus negócios.
E por fim faremos uma comparação entre as diversas tecnologias 
que os administradores de infraestrutura de TI podem incorporar em 
suas soluções. 
1 Mainframe – 1a plataforma
A história de utilização de computadores para solucionar os pro-
blemas das organizações e gerenciar milhares de processos deu um 
grande salto com a evolução da eletrônica dos semicondutores, que 
permitiu a construção de equipamentos com processadores mais rápi-
dos, menores e com menor consumo de energia. Diversas tecnologias 
também contribuíram para o desenvolvimento de sistemas de memória 
e de armazenamento.
Assim, as necessidades passam a ser o processamento de um 
volume grande de informações e o atendimento a muitos usuários 
conectados em terminais de acesso direto ou por meio de uma rede. 
Com essas características surge o termo “mainframe”, um gabinete 
onde ficava a unidade central de processamento. 
O surgimento dos mainframes acontece em 1964 com o lança-
mento do sistema 360 da IBM (IBM System/360), sendo esse o maior 
projeto da empresa na época (IBM, [s.d.]).
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Figura 1 – Modelo de mainframe
Na figura 1, temos a estrutura de um mainframe com seus discos de 
armazenamento e a unidade de processamento. 
A estrutura de um ambiente com mainframe envolvia diversos 
terminais, nos quais a entrada de dados era feita pelos usuários ge-
ralmente via teclado; e a saída era através de um terminal de vídeo 
ou uma impressora. Todo o processamento das informações era 
realizado no mainframe. Os terminais não tinham processamento de-
vido à limitação imposta pela tecnologia eletrônica da época. Segundo 
Laudon e Laudon (2007, p. 125), “um mainframe é um computador de 
alto desempenho e grande capacidade, capaz de processar gigantes-
cas quantidades de dados com extrema velocidade”. 
IMPORTANTE 
Os mainframes são computadores dimensionados para aplicações em 
que a exigência de recursos é muito alta. Os processadores são mon-
tados para que o mainframe não seja desligado, mantendo a execução 
de tarefas em paralelo sem que uma comprometa a outra. 
 
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.São componentes dos primeiros mainframes: 
 • Processadores: utilizados e montados de tal forma que podem 
ser colocados ou retirados sem desligar o mainframe.
 • Discos: utilizados para armazenamento dos dados; contam com 
a tecnologia de conjunto redundante de discos independentes 
(RAID – Redundant Array of Inexpensive Disks), que gerencia o 
armazenamento de maneira que os dados não sejam compro-
metidos, mesmo que aconteçam falhas.
 • Fitas: no início dos mainframes eram essenciais, pois os discos 
armazenavam o sistema operacional (que gerenciava o uso dos 
recursos de hardware do mainframe) e os aplicativos; os dados 
gerados eram armazenados em fitas.
 • Sistemas operacionais: são o conjunto de rotinas que possibili-
tam a utilização dos recursos de hardware do mainframe. Eram 
desenvolvidos para processar textos e banco de dados e para 
fazer cálculos, sendo específicos para cada modelo.
Segundo Laudon e Laudon (2007), para alguns especialistas da 
área de infraestrutura de TI ainda hoje existe uma forte tendência 
na utilização de mainframes pelas organizações. Por isso, fabrican-
tes continuam desenvolvendo serviços de nuvem e estratégias para 
que os clientes modernizem sua infraestrutura. Segundo a IBM ([s.d.] 
apud CA TECHNOLOGIES, 2018), os clientes estão agilizando suas 
transformações globais e incorporando o mainframe nesse proces-
so de mudança. A principais características de mainframes são (CA 
TECHNOLOGIES, 2018): 
 • É um servidor corporativo com capacidade para processar uma 
grande quantidade de transações por segundo.
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 • A plataforma de hardware e software que apresenta maior índice 
de segurança, disponibilidade, escalabilidade e uso eficiente de 
energia.
 • É utilizado como servidor de grande porte e de missão crítica.
 • Pode atender a milhões de usuários com um único servidor e sis-
tema operacional.
 • O ambiente virtualizado está estabilizado há mais de 40 anos.
Essas características mostram como o mainframe pode ainda con-
tinuar a fazer parte da infraestrutura das organizações e estar alinhado 
com as estratégias de negócios. 
2 Cliente-servidor – 2a plataforma
Com o desenvolvimento da microeletrônica e o surgimento de com-
putadores mais acessíveis em custo, tamanho e capacidades de pro-
cessamento e armazenamento, os usuários começaram a ter seus 
aplicativos funcionando em suas mesas de trabalho, o que deu origem 
ao desktop. As informações ficavam então espalhadas pelos diversos 
computadores, o que dificultava a organização e a disponibilização dos 
dados para os vários departamentos e usuários.
A tecnologia cliente-servidor consiste em uma arquitetura na qual 
o processamento das informações é dividido em partes ou processos 
distintos. Um desses processos, responsável pela manutenção da infor-
mação, é executado no servidor; um outroprocesso, este responsável 
pela aquisição dos dados, é executado no cliente. 
Com essa divisão de funcionalidades, os processos podem ser exe-
cutados em plataformas independentes, que interagem compartilhan-
do os recursos e obtendo o máximo de cada equipamento existente na 
rede de computadores da organização.
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.Na arquitetura cliente-servidor, os servidores prestam serviços aos 
processos dos usuários, isto é, executam as solicitações de tarefas me-
diante um pedido feito pelo cliente e retornam uma resposta, ou seja, 
devolvem os dados solicitados. 
Os clientes solicitam, por meio de um pedido, um serviço a ser exe-
cutado pelo servidor. É importante observar que, enquanto o servidor 
está trabalhando no processo solicitado, o cliente está livre para realizar 
outras tarefas. O cliente é a parte da arquitetura que se relaciona com 
o usuário e deve possuir uma interface “amigável”, conhecida como o 
front-end da aplicação. Os clientes podem solicitar os serviços ao ser-
vidor, mas não podem oferecê-los a outros clientes. 
A figura 2 apresenta os clientes se relacionando com o servidor por 
meio de uma infraestrutura de rede.
Figura 2 – Arquitetura cliente-servidor
Pedido
Resposta
Res
pos
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Ped
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Pedido
Resposta
O servidor gerencia todas as solicitações de serviços e pode ofe-
recer respostas a diversos clientes, utilizando os recursos de forma 
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compartilhada. O processo servidor é chamado de back-end. Os ser-
vidores podem prestar serviços de banco de dados, de impressão, 
de servidores web, etc.; assim as diversas aplicações de negócios da 
organização podem ser atendidas.
Os usuários executam suas tarefas no computador local e não per-
cebem a diferença entre acessar o recurso que desejam, local ou remo-
tamente. Logo, a localização do servidor e a comunicação com ele não 
importam. Os responsáveis pelo projeto da infraestrutura de TI, estes 
sim, devem utilizar estratégias para garantir aos usuários velocidade, 
segurança e disponibilidade dos serviços.
Os clientes se relacionam com o servidor por meio de uma requisição, 
e as informações solicitadas são desenvolvidas de acordo com as regras 
dos negócios e da lógica da aplicação como demonstra a figura 3.
Figura 3 – Estrutura de camadas da arquitetura cliente-servidor
Requisições Requisições Requisições
Resposta das requisições de
todos os clientes
Cliente 1
Regras de negócios + lógica de aplicação
Cliente 2
Servidor
Cliente n
As aplicações da arquitetura cliente-servidor são organizadas em 
camadas e podem acontecer de dois modos: o two-tier (duas cama-
das) ou o three-tier (três camadas). 
Na arquitetura cliente-servidor two-tier (duas camadas), o cliente se 
comunica diretamente com o servidor. Suas características são:
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. • A base de dados fica armazenada no servidor.
 • As regras e a lógica da aplicação ficam armazenadas no cliente.
 • Quando uma aplicação é alterada, os bancos de dados e as apli-
cações do cliente também precisam ser alterados.
 • A aplicação do cliente deve ser instalada em todos os computa-
dores dos usuários.
Na arquitetura cliente-servidor three-tier (três camadas), existe 
uma camada intermediária entre o cliente e o servidor. Suas caracte-
rísticas são:
 • A camada intermediária tem a função de armazenar as regras do 
negócio e a lógica da aplicação.
 • O cliente é responsável apenas pela interface com o usuário.
 • Quando uma alteração acontece na camada intermediária é 
imediatamente assumida por todas as aplicações e pelo banco 
de dados.
A divisão em camadas facilita a construção da infraestrutura de TI 
e o desenvolvimento das aplicações, o que possibilita maior controle 
e também uma melhor escalabilidade, tanto do hardware quanto das 
aplicações.
A arquitetura cliente-servidor, muito utilizada em diversas organi-
zações para a construção da infraestrutura de TI, apresenta algumas 
características que precisam ser consideradas, por exemplo: aumento 
do custo do hardware, tanto no servidor quanto no cliente; custo do 
software, e aí incluem-se o servidor de banco de dados, os aplicativos e 
as ferramentas de desenvolvimento e administração.
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 Editora Senac São Paulo.
NA PRÁTICA 
Ao digitar o endereço de uma página da internet em um navegador, 
estamos acessando um servidor com uma aplicação que recebe as 
chamadas dos usuários, as processa e devolve um conteúdo no forma-
to do que conhecemos como página web. 
Ao utilizarmos um serviço de busca de previsão de tempo, utilizamos 
um applet1 em nosso celular que irá buscar os dados em um servidor. 
 
Nos ambientes de arquitetura cliente-servidor, pode-se instalar o 
mainframe, que se comportará como um “superservidor”, desempe-
nhando as funções de missão crítica,2 por exemplo.
3 Combinação de tecnologias – 
3a plataforma
As organizações e seus modelos de negócios têm desenvolvido 
diversos novos modelos e aplicações em que a infraestrutura de TI se 
tornou fundamental. Há um número cada vez maior de transações por 
segundo, e o armazenamento das informações exige cada vez mais 
espaço em disco. O fenômeno do Big Data, com a geração de altos 
volumes de dados, e o crescimento diário desses volumes, e ainda os 
diversos monitoramentos de sensores, como os das condições climá-
ticas de uma determinada região, realizados por milhares de sensores 
ligados a veículos autônomos. É a tecnologia da internet das coisas 
(em inglês, IoT – Internet of Things), colocando milhares de dados nas 
redes de comunicação e nos servidores de banco de dados.
1 Applet – pequeno programa que executa uma atividade específica dentro de um browser.
2 Missão crítica – termo utilizado para aplicações, processos ou serviços que não podem parar de funcionar.
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.IMPORTANTE 
As tecnologias de mainframe e cliente-servidor sozinhas não conse-
guem mais dar suporte a todo esse crescimento. Assim, novas tecno-
logias surgem não para concorrer umas com as outras, mas para dar 
suporte, juntas, às necessidades das organizações e aos novos mode-
los de negócios.
 
A infraestrutura de redes de comunicação e os avanços tecnoló-
gicos de equipamentos tornaram o acesso à internet cada vez mais 
disponível no planeta, e o mercado global de usuários vem crescendo 
de forma exponencial.Para a área de pesquisa, as necessidades nos levam a supercompu-
tadores e à computação em grade, em que diversos computadores em 
rede são alocados para resolver “pedaços” dos cálculos e processos e, 
assim, dar respostas mais rápidas aos pesquisadores.
Por outro lado, e para melhor utilizar os recursos de servidores, te-
mos a virtualização, que possibilita concentrar diversos servidores lógi-
cos em um servidor físico e com isso diminuir os custos do hardware do 
servidor e até mesmo o custo com licenças de sistemas operacionais.
A computação em nuvem proporciona aos usuários uma utilização 
de recursos de hardware e software cada vez mais barata, com segu-
rança, velocidade e escalabilidade.
Assim, todas as tecnologias de infraestrutura de TI são disponibi-
lizadas para atender às demandas e apresentar soluções para os ne-
gócios empresariais ávidos por velocidade de acesso, escalabilidade 
de serviços, segurança da informação e armazenamento de dados em 
volumes cada vez mais maiores.
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Na figura 4, temos o cenário de uma organização cuja matriz pos-
sui seus processos de negócios, e a fábrica tem seus sistemas de 
produção com necessidades, podendo até incluir linhas de produção 
robotizadas e com o uso de inteligência artificial. As atividades dos 
usuários atualmente podem ser realizadas nos escritórios locais ou 
em grupos remotos, e para isso redes de comunicação devem ser 
preparadas para possibilitar a interligação entre eles. Exemplos desse 
cenário são: vendas presenciais realizadas no cliente e pedidos efe-
tuados on-line, produtos que podem ser customizados e até mesmo 
o atendimento dos clientes funcionando como um robô, os chamados 
“chatbots”. E há também a área de relacionamento com os parceiros 
de negócios e os fornecedores.
Figura 4 – Cenário de uma organização e suas áreas de negócios
Empresa
Fornecedores
Pesquisa de fornecedores
Gerenciamento da cadeia de suprimentos
Cliente
Marketing e vendas on-line
Produtos sob encomenda
Atendimento ao cliente
Automação da força de vendas
Parceiros de negócios
Projeto conjunto 
Terceirização
Fábricas
Produção just-in-time
Reposição contínua do estoque
Planejamento de produção
Escritórios e grupos de trabalho remotos
Comunicação de planos e políticas 
Colaboração em grupo 
Comunicação eletrônica
Programação
Esse cenário mostra tudo que uma organização precisa em termos 
de infraestrutura de TI, em que mainframes cada vez mais poderosos, 
com sistema operacional mais atualizado e hardware mais potente, têm 
assumido a retaguarda, processando milhares de informações, são os 
back-end. Os serviços de computação em nuvem vêm sendo cada vez 
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.mais utilizados, e isso tem diminuído os custos de hardware, software 
e até de mão de obra especializada, principalmente na manutenção dos 
equipamentos.
A figura 5 apresenta o desenho de um cenário de infraestrutura de 
TI, no qual os mainframes e cliente-servidor estão presentes. As tec-
nologias de rede e seus diversos componentes completam o cenário e 
proporcionam a comunicação entre os diversos computadores.
Figura 5 – Cenário de uma infraestrutura de TI híbrida
A gestão de sistemas de informação das organizações e as estra-
tégias de negócios definidas impõem para a área de infraestrutura de TI 
o compromisso de oferecer serviços com maior velocidade de resposta 
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às solicitações dos usuários, o que implica processamento mais rápi-
do, sistemas de rede mais velozes e com o máximo de segurança para 
a informação.
A infraestrutura de TI deve ser projetada para ter escalabilidade, ou 
seja, a possibilidade de crescer ou até mesmo diminuir os recursos de 
infraestrutura, dependendo das condições do mercado onde a organi-
zação atua. A tarefa da equipe responsável pela área de infraestrutura 
de TI é buscar, na maior parte do tempo, oferecer soluções de tecno-
logia mais econômicas e com maior produtividade.
Considerações finais
Neste capítulo, abordamos os conceitos sobre mainframes, cliente-
-servidor e novas tecnologias e até colocamos de forma bem simples 
a computação em nuvem. É importante que se tenha em mente o fato 
de que a construção de uma infraestrutura de TI deverá ser criteriosa-
mente definida.
Como exemplo, pense numa empresa que processa pagamentos de 
cartão de crédito. A expectativa de crescimento do número de transa-
ções é enorme, e com mainframe suportando todo o processamento 
pode ser a solução. Uma outra opção a ser considerada pode ser a uti-
lização de diversos servidores com sistema operacional aberto, como 
o Linux – que veremos mais adiante.
Então, qual seria a melhor opção para a organização que trabalha 
com pagamentos de cartão de crédito? Uma sugestão é pensar no 
crescimento da necessidade de atualização, e nesse caso fica muito 
mais barato colocar mais servidores com sistema operacional Linux do 
que a atualização do mainframe.
Com esse exemplo podemos concluir que os mainframes estão se 
tornando obsoletos? Não.
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.Nos bancos, por exemplo, os mainframes continuam sendo utili-
zados em cenários de missão crítica e, aliados à confiabilidade, à dis-
ponibilidade e à segurança, têm se mostrado uma plataforma estável. 
As novas tecnologias web e os dispositivos móveis fazem com que 
a infraestrutura de TI mais atual seja a híbrida, em que o mainframe 
convive com cenários de virtualização e de computação em nuvem.
A evolução dos sistemas baseados em internet oferece novas for-
mas de atuação da infraestrutura de TI e o convívio de várias tecnolo-
gias. Neste capítulo, falamos de mainframe e cliente-servidor, que são 
tecnologias fundamentais para o crescimento e a disponibilização de 
novos serviços aos usuários, que têm suas informações hospedadas 
e até mesmo processadas nesses ambientes. 
Referências
CA TECHNOLOGIES. A CA Technologies apresenta novas soluções que apro-
veitam o valor inexplorado com maior acessibilidade ao mainframe. 5 jun. 
2018. Disponível em: <https://www.ca.com/br/company/newsroom/press- 
releases/2018/ca-technologies-showcases-new-solutions-that-unleash- 
untapped-value-with-greater-accessibility-to-the-mainframe.html>. Acesso em: 
21 set. 2018.
IBM. Chronological History of IBM. [s.d.]. Disponível em: <http://www-03.ibm.
com/ibm/history/history/decade_1960.html>. Acesso em: 21 set. 2018. 
LAUDON, Kenneth C.; LAUDON, Jane P. Sistemas de informação gerenciais. 
São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
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Capítulo 3
Servidor
Neste capítulo, vamos conhecer o que é um servidor e quais são 
seus principais usos em uma empresa. Os servidores podem ser: de 
banco de dados, de e-mail, de impressão, web, DNS, Proxy e FTP (File 
Transfer Protocol). Abordaremos os componentes internos de um ser-
vidor, como as diversas placas internas e o sistema de armazenamen-
to. Por fim, vamos conhecer os tipos de montagem: torre, rack e blade.
Com esses conhecimentos, teremos uma melhor visão do hardware 
da infraestrutura de TI de uma empresa; e também estaremos prepa-
rados para entender as novas tecnologias, como data center, virtualiza-
ção de servidores e computação em nuvem. 
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.
1 O que é um servidor e quais são seus 
principais usos
Um servidor é um computador com um sistema operacional cons-
truído para armazenar dados, compartilhar recursos e atender à soli-
citação de diversos usuários. Por isso, em uma empresa, o servidor se 
torna um equipamento importante na infraestrutura de TI, funcionando, 
de maneira colaborativa, como um repositório que armazena diversos 
tipos de arquivos. A grande vantagem é que os usuários podem acessar 
os dados de forma rápida e econômica.
Segundo O’Brien e Marakas (2013, p. 81): 
As necessidades cada vez mais crescentes de armazenamento 
de dados e dos aplicativos relacionados, como de exploração de 
dados e processamento analítico on-line, estão forçando os for-
necedores de tecnologia da informação a aumentar cada vez mais 
o nível da configuração dos servidores. Do mesmo modo, os apli-
cativos baseados na Internet, como servidores web e de comércio 
eletrônico (e-commerce), estão forçando os gestores de tecnolo-
gia da informação a aumentar a velocidade de processamento e 
a capacidade de armazenamento, e outras aplicações [empresa-
riais], alimentando o crescimento de servidores maiores.
Os servidores são o componente central da maioria das aplica-
ções, pois realizam todo o processamento das aplicações na arquite-
tura cliente/servidor. Por essa razão, as características de hardware e 
os cuidados com a instalação são muito importantes para o sucesso 
das aplicações e dos negócios da empresa. 
NA PRÁTICA 
A presença de um servidor na empresa facilita muito a administração de 
backups e a disponibilização das aplicações e dos dados para todos os 
usuários, pois se torna muito mais fácil manter os dados em um servidor 
do que gerenciar informações espalhadas em vários computadores. 
 
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Os servidores são construídos com características de hardware e 
de sistema operacional para se manterem seguros, confiáveis e tole-
rantes a falhas, além de oferecerem opções de armazenamento com 
diversos níveis de redundância.1 Uma questão importante a ser res-
pondida por administradores da infraestrutura de TI alinhados aos 
negócios da organização é quanto aos tipos de servidores que serão 
utilizados, dependendo do número de usuários e de aplicações. Além 
disso, o investimento em um servidor deve ser bem avaliado, pois o 
tempo de parada para manutenção se torna um fator crítico. Estratégias 
de backup de servidores devem ser muito bem planejadas.
Na figura 1, temos um cenário onde vários computadores de usuá-
rios acessam arquivos armazenados no servidor.
Figura 1 – Servidor compartilhando pastas de arquivos com os usuários da rede
A equipe de TI ou os responsáveis pela definição do uso de servido-
res deve considerar a alocação de algumas tarefas e como elas serão 
1 Redundância – termo utilizado para indicar que existe mais de uma opção. Exemplo: duas placas de rede 
garantem a comunicação no caso de uma delas falhar. Esse termo é muito utilizado em sistemas de alta 
disponibilidade.
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.executadas. Isso possibilita uma melhor especificação das necessidades 
dos equipamentos que serão utilizados como servidores. 
Algumas tarefas ou características a serem consideradas pela equi-
pe de TI ao definir o uso de servidores na empresa são: 
 • Compartilhamento e gerenciamento de arquivos: os arquivos 
armazenados em um mesmo local possibilitam o acesso e o 
compartilhamento entre vários usuários; também reduzem o ris-
co de perda de informações e possibilitam o controle de versões 
de arquivo para o mesmo documento.
 • Serviços de domínio: gerenciamento de usuários, senhas e 
e-mails. 
 • Armazenamento de dados: a centralização de dados facilita o 
backup e a migração para novas redes e sistemas de gestão. 
 • Conexão remota: com a utilização de servidores é possível ter 
acesso a dados e aplicações a partir de outros locais; por exem-
plo, uma equipe de vendedores pode acessar o servidor e fechar 
novos pedidos, mesmo fora da empresa. 
 • Hospedagem de aplicações: aplicações críticas, como software 
de CRM ou ERP, são muito mais facilmente instaladas com o 
uso de servidores. Por meio de um servidor de hospedagem no 
modelo atual de estratégia de negócios, em que o acesso é feito 
pelas páginas web via rede, as empresas de software desenvol-
vem pacotes integrados para o gerenciamento de relacionamen-
to com os clientes (ERP/CRM). Aplicações móveis em celulares 
usam applets para acesso aos dados armazenados no servidor. 
Alguns exemplos dessa utilização: plataformas de compartilha-
mento de vídeos como YouTube; previsão do tempo; aplicativos 
de mensagens como Whatsapp, Messenger e muitos outros.
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 • Backup de dados: uma grande vantagem no uso de servidores 
é a administração de backups, garantindo mais segurança e 
confiabilidade. 
 • Ligação com periféricos: com o uso de servidores, torna-se 
possível o compartilhamento de equipamentos periféricos, como 
impressão, armazenamento em disco, conexão com internet. 
Isso diminui não só a carga nos computadores dos usuários 
como também o custo com esses periféricos.
Os servidores podem ser utilizados em diversas configurações, e 
cada uma é mais apropriada para atender a uma necessidade dos 
negócios e dos processos das organizações. As empresas poderão, 
com o uso de tecnologias de virtualização e sistemas operacionais, 
construir sua infraestrutura de servidores com economia de equipa-
mentos e de espaço. 
1.1 Servidor de arquivos
O servidor de arquivos é configurado para ser um ponto da rede uti-
lizado para armazenar e compartilhar arquivos com os usuários. Com 
a centralização, os usuários não precisam manter arquivos em seus 
computadores locais e, ainda melhor, caso outro usuário necessite 
do arquivo bastará acessá-lo no servidor de arquivos. Esse servidor 
oferece vantagens para a infraestrutura de TI, como diminuição dos 
custos de backup, maior segurança dos arquivos e disponibilização 
para os usuários na rede e não apenas em seu computador local.
1.2 Servidor debanco de dados
O armazenamento organizado de informações de uma empresa en-
volve arquivos de texto, imagens, planilhas e dados que precisam ser 
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.organizados em formato de fichas que contêm diversas informações. 
Na linguagem de informática essas fichas são chamadas de registros 
e, juntas, são conhecidas como dados. Um sistema de gerenciamen-
to de banco de dados é um software com recursos que permitem a 
gravação de informações em algum tipo de dispositivo de armazena-
mento e a interação com os clientes para consulta ou alteração dos 
dados já gravados.
IMPORTANTE 
Os servidores de banco de dados são os computadores que armaze-
nam as informações da empresa e, portanto, o acesso local e, principal-
mente, remoto a eles deve ser restrito. Essas considerações envolvem 
a segurança e a confiabilidade das informações armazenadas.
 
1.3 Servidor de e-mail
Os servidores de e-mail armazenam as mensagens de todos os 
usuários e utilizam um protocolo chamado SMTP (Simple Mail Transfer 
Protocol)2 para que possam se comunicar com outros servidores e re-
ceber as mensagens. O conceito de caixa postal (endereços de e-mail) 
é muito útil nos negócios das organizações, pois o envio de documen-
tos fica muito mais rápido e ágil. Existem muitos serviços de e-mail 
gratuitos, mas para as atividades comerciais é muito mais interessante 
o uso de e-mails corporativos, nos quais o nome da organização faz 
parte do endereço, o que permite a identificação do remetente e garante 
maior segurança.
2 Protocolo de transferência de correio simples. 
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1.4 Servidor de impressão
Uma atividade muito utilizada em algumas organizações é a impres-
são de arquivos e, dependendo do tipo de arquivo, é necessária certa 
confidencialidade. Os servidores de impressão são computadores ou 
dispositivos projetados para compartilhar as impressoras ligadas a eles. 
O que se pode avaliar é que o custo de impressão pode diminuir drasti-
camente se compararmos com as várias impressoras espalhadas pela 
organização, com modelos e fabricantes diferentes e suprimentos cada 
vez mais caros. O monitoramento das páginas impressas e a decisão de 
onde imprimir dão maior flexibilidade aos administradores da infraestru-
tura de TI, que podem priorizar os arquivos a ser impressos e até mesmo 
se o serão em impressoras da rede ou em impressoras locais.
1.5 Servidor web
O servidor web usa um software chamado de navegador ou browser, 
que recebe pedidos dos usuários utilizando o protocolo HTTP (Hiper 
Text Transfer Protocol)3 e devolve arquivos conhecidos como páginas 
web, que são documentos HTML com objetos embutidos: imagens, 
texto, arquivos de som, vídeo e documentos pdf, entre outros. 
A utilização de servidores web facilita muito a programação dos 
sistemas e torna mais amigáveis as interfaces de software nos com-
putadores dos usuários que, utilizando navegadores web, têm acesso 
aos dados disponibilizados com as facilidades de navegabilidade da 
internet, então trazidas para dentro da organização. 
1.6 Servidor da aplicação
O servidor de aplicação disponibiliza um ambiente onde são insta-
ladas e executadas as aplicações dos usuários. Sua função é facilitar 
3 Protocolo de transferência de hipertexto.
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.o desenvolvimento do software, e para isso, proporciona uma interface 
entre o software da aplicação de negócio e as características comple-
xas que são comuns para a maioria das aplicações, como: segurança, 
disponibilidade, tratamento de exceções e balanceamento de carga. O 
servidor de aplicação processa as atividades de uma aplicação e as 
disponibiliza aos usuários através de páginas web, via protocolo HTTP 
e páginas HTML. Assim, temos a função de um servidor de aplicação e 
do servidor web. Por exemplo: um servidor de banco CRM, com as fun-
cionalidades da aplicação, sendo acessado e disponibilizando os dados 
através da web.
1.7 Servidor DNS
Outro servidor importante é o Servidor DNS (Domain Name 
System).4 A navegabilidade na internet ou mesmo em uma rede local 
depende de um endereçamento chamado IP, que todos os dispositi-
vos conectados na rede local ou na internet precisam ter e ser únicos. 
Para facilitar esse processo, foi criado um sistema de nomes de do-
mínios que traduz os endereços IP para um nome, por exemplo: o da 
empresa.
NA PRÁTICA 
Quando digitamos no navegador de internet www.senac.br é feita uma 
chamada ao servidor DNS, que irá analisar o nome e devolver um en-
dereço IP. Nesse endereço, um servidor web atenderá a solicitação e 
devolverá uma página web e assim começa a navegação. Procure fazer 
esse acesso e veja todos os servidores funcionando de forma transpa-
rente para você.
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4 Sistema de nomes e domínios. 
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1.8 Servidor proxy
Em uma rede local, diversos computadores estão conectados e 
precisam de acesso à internet. A conexão é então compartilhada por 
meio de um equipamento chamado servidor proxy, também conhe-
cido como web cache, que tem a função de atender às requisições 
HTTP dos diversos clientes da rede e verificar se as informações de 
endereço da página solicitada estão armazenadas no disco local des-
se servidor (vamos chamar de cache). Caso já tenha sido acessada 
anteriormente e ainda esteja no cache, será enviada ao cliente solici-
tante; caso não seja encontrada, o servidor proxy fará então o acesso 
à internet (ROSS; KUROSE, 2013). 
A vantagem de utilizar um servidor proxy é que apenas ele estará 
conectado direto na internet, e assim algumas vulnerabilidades po-
dem ser bloqueadas, com melhor aproveitamento do link de internet.
1.9 Servidor FTP
A área de infraestrutura de TI e o desenvolvimento das aplicações 
em algumas situações podem necessitar de transferências de arquivos 
ou, ainda, de acesso a um repositório remoto onde estão as informa-
ções. Uma possibilidade é a utilização de um servidor para armazenar 
as informações e de um protocolo de comunicação entre computado-
res chamado FTP (File Transfer Protocol),5 que gerencia toda a transfe-
rência de arquivos.
5 Protocolo de transferência de arquivos.
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Um exemplo de utilização de um servidor e do protocolo FTP é quando 
enviamos arquivos para um host de internet, no qual ficarão armaze-
nadas as páginas e o conteúdo do site. A transferência via FTP é então 
umaboa solução.
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2 Componentes de um servidor
Um computador é um conjunto de componentes de hardware 
construído para atender a algumas funções, como: entrada de dados 
através de teclado, mouse, canetas, digitalizador óptico, entre outros. 
Temos o processamento, onde se encontra a CPU – unidade central 
de processamento – e onde são realizados todos os cálculos e pro-
cessamentos. A unidade de controle recebe as instruções do software 
e, ao interpretá-las, gera os sinais adequados para o funcionamento 
do computador e gera a saída de dados através de vídeo, impressora, 
além de enviar os dados de forma inteligível aos usuários. Os siste-
mas de armazena mento primário são as memórias que armazenam 
as informações para uso do processamento; e o armazenamento se-
cundário são os discos rígidos. A placa de rede também é parte impor-
tante do computador, pois é por meio dela que as comunicações com 
outros computadores e o compartilhamento de dados são realizados.
Na figura 2 temos os principais componentes internos de um ser-
vidor: a placa-mãe ou motherboard; a placa de rede; a fonte e o venti-
lador; o disco rígido; o processador; a placa de vídeo; e as memórias. 
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Figura 2 – Componentes de um servidor
Servidor
Placa-mãe Fonte Disco rígido Placa de vídeo
Placa de rede Ventilador Processador Memórias
2.1 Placa motherboard e placa de rede
A placa motherboard ou placa-mãe é onde ficam instalados o pro-
cessador, as memórias de armazenamento primário e diversos circui-
tos de apoio ao processamento. As características de velocidade de 
processamento e a quantidade de memória são fundamentais e podem 
diferenciar os diversos tipos de servidores. 
A placa de rede é um componente importante nos computadores, 
pois é por meio dela que ocorre a comunicação entre vários computa-
dores e o compartilhamento de dados.
2.2 Processadores
Os computadores são equipamentos eletrônicos, e a representação 
das informações é feita por meio de um conjunto de zeros (0) e uns (1). 
Para que os programas desenvolvidos pelos programadores possam 
funcionar, existe o processador, cuja arquitetura interna realiza todo o 
processamento das informações. 
Em linhas gerais, os processadores possuem internamente diversos 
blocos de eletrônica que são capazes de todo o processamento lógi-
co, aritmético e de endereçamento. Um dos pontos importantes de um 
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.processador é a velocidade com que ele executa uma operação. Os 
fabricantes de processadores colocam toda essa eletrônica em um 
núcleo chamado de core. Os processadores são então colocados nas 
placas motherboards e disponibilizados para que sejam construídos 
os computadores, agregando os outros componentes. Com a exi-
gência de maior velocidade e desempenho, os fabricantes de placas 
motherboards também disponibilizam modelos com mais de um pro-
cessador. Atualmente, existem processadores com dois ou mais nú-
cleos, conhecidos como processadores multicore, que substituem as 
placas motherboard com vários processadores. 
A utilização de vários processadores proporciona diversos benefí-
cios para a arquitetura do computador, como: 
 • aumento da confiabilidade, pois caso um processador tenha uma 
falha de hardware, os outros mantém o sistema funcionando;
 • escalabilidade, pois em caso de expansão não é necessário tro-
car o computador e sim acrescentar mais processadores;
 • alta disponibilidade, característica importante nos servidores;
 • balanceamento de carga, pois o processamento pode ser dis-
tribuído entre os diversos processadores, o que aumenta o 
desempenho.
2.3 Memória
A memória é um componente eletrônico utilizado para armazenar 
dados temporários ou permanentes. A memória RAM (Random-access 
Memory) é uma memória volátil, de acesso direto, ou seja, ao desligar 
o computador, os dados são perdidos. Existem diversas tecnologias e 
fabricantes para as memórias RAM. 
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2.4 Disco rígido
O disco rígido é um dispositivo do computador com a função de ar-
mazenamento de dados e que tem uma composição eletromecânica, 
em que os dados são gravados em disco magnético; mesmo com 
o desligamento do computador, as informações não são perdidas. 
Existem diversas tecnologias de disco rígido, com diferentes veloci-
dades de acesso, modo de interface e capacidade de armazenamento.
3 Classificação dos servidores
Os servidores podem ser classificados de diversas maneiras. 
Considerando o caso de infraestrutura de TI vamos classificá-los pelo 
padrão de gabinete: torre ou tower, rack e blade. Vamos considerar tam-
bém o melhor lugar para instalá-los, seja na empresa ou em data center.
3.1 Servidor torre
Os primeiros servidores que normalmente a empresa coloca em 
sua infraestrutura de TI são os computadores baseados em torre. 
São os mais simples do mercado, com custo e espaço necessário si-
milares ao de um computador desktop, ou seja, com a aparência de 
um computador colocado na mesa do usuário. A figura 3 mostra um 
computador torre em que seus componentes, ou seja, placa-mãe com 
um ou dois processadores no máximo; memória; um ou dois discos 
rígidos, que funcionarão como o sistema de armazenamento; e uma 
placa de rede, para que seja conectado à infraestrutura de rede, estão 
dentro de um gabinete.
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.Figura 3 – Servidor torre
Um servidor torre pode se encaixar muito bem nas pequenas em-
presas com uma excelente relação custo-benefício. São características 
desse tipo de servidor: 
 • Tamanho pequeno, ocupa pouco espaço, sem necessitar de uma 
sala reservada para ele. 
 • Monitoramento mais simples, ideal para empresas pequenas.
 • Facilidade de crescimento com o acréscimo de discos rígidos no 
próprio gabinete.
 • Menor custo de consumo de energia, menor ruído produzido, prin-
cipalmente por não necessitar de muitos coolers (ventiladores 
para resfriamento interno).
3.2 Servidor rack
Com o crescimento dos negócios da empresa e a necessidade de 
um suporte maior da infraestrutura de TI, os servidores em torre já se 
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tornam um gargalo. Nesse sentido, a melhor estrutura é a construção 
dos servidores em rack, com slots para expansão de placas e de dis-
cos para armazenamento de dados. A configuração de um servidor 
em rack proporciona maior facilidade na escalabilidade da infraestru-
tura, pois novos servidores podem ser colocados acrescentando-se 
placas nos slots, tornando o cabeamento de rede mais compacto. 
Novos discos são acrescentados, utilizando-se tecnologias

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