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Saúde coletiva e nutrição ➩Saúde Vs. Doença ➤Saúde é o completo bem-estar físico, mental e social ➤Doença possui a história natural da doença que se remete ao processo de desenvolvimento da doença em todas as etapas HISTÓRICO TEORIA MIASMÁTICA ➤Antes a doença era considerada uma praga de vida ➤Com o tempo, se acreditou na Teoria miasmática- onde o médico grego Hipócrates explicava o processo saúde-doença por meio do que ele chamou de Teoria dos Miasmas, que dizia que as doenças são transmitidas pelo ar, águas e outros locais insalubres, afetando os humores corporais ➤A partir daí, se entende que é possível evitar a doença, trazendo avanços em saúde pública: • Medidas de saneamento • Enterro de cadáveres deixa de ser em igrejas para ser em cemitérios • Manejo de lixo ADVENTO DO MICROSCÓPIO 1590 ➤Microscópio começa a evoluir permitindo a análise de partículas por aproximação TEORIA DA GERAÇÃO ESPONTÂNEA ➤Explica a origem da vida a partir da matéria bruta, ou seja, de uma matéria sem vida. L. PASTEUR 1865 ➤Entendimento dos microrganismos e do contágio ➤Início do modelo biologicista MODELO BIOLOGICISTA ➤Intervencionista ➤Medicalizado ➤Medicalocentrico ➤Baseado nas DIPs ➤Deu origem a vacinas, antibióticos, medidas de saúde publica ESTADO DE SAÚDE ➤Na época, a expectativa de vida era baixa, tinha alta natalidade e alta mortalidade pelas DIPs ➤Assim, o modelo biologiscista respondeu bem ao cenário de mortalidade por DIPs NUTRIÇÃO ➤Na época, fazer nutrição estava relacionada a desnutrição e de característica curativa ➤Com o passar do tempo, o modelo biologicista passou a não atender mais ao estado de saúde contemporâneo CONTEMPORANEIDADE ESTADO DE SAÚDE ➤Expectativa de vida alta, baixa natalidade, baixa mortalidade, doenças crônicas não transmissíveis, DIPs novas e emergentes, obesidade, fome oculta. NUTRIÇÃO ➤Deixa de ser curativa e passa a olhar o individuo como um todo e em todos os seus fatores interferentes. SAÚDE PUBLICA ➤Relacionada a questões práticas, como hospitais, medicamentos, ações... ➤Diz respeito ao diagnóstico e tratamento de doenças, e a tentativa de assegurar que o individuo tenha, dentro da comunidade, um padrão de vida que lhe assegure a manutenção da saúde ➤É entendida como vários movimentos que surgiram tanto na Europa quando nas Américas como forma de controlar, a priori, as endemias que ameaçavam a ordem econômica vigente e depois como controle social, buscando a erradicação da miséria, desnutrição e analfabetismo ➤Entretanto, os vários modelos de saúde publicam não conseguiram estabelecer uma política de saúde democrática efetiva e que ultrapassasse os limites interdisciplinares, ou seja, ainda permanecia centrado na figura hegemônica do médico ➤Na concepção tradicional, é a aplicação de conhecimentos (médicos ou não), com o objetivo de organizar sistemas e serviços de saúde, atuar em fatores condicionantes e determinantes do processo saúde-doença controlando a incidência de doenças nas populações através de ações de vigilância e intervenções governamentais MOVIMENTO SANITÁRIO ➤Ocorre um rompimento com o conceito de saúde publica e o desenvolvimento do conceito de saúde coletiva no brasil ➤Tem início nos anos 60 ➤Altera a definição de percepção de saúde – ausência de doença ganha um conceito mais ampliado ➤Direito a saúde ganha enfoque- “saúde como um direito ao cidadão e dever do estado” ➤Contudo, é abortado em 64 pela ditadura militar REFORMA SANITÁRIA DÉCADA DE 80 ➤O final da década de 80 no brasil foi marcado por movimentos sociais pela redemocratização do país e pela melhoria das condições da saúde da população 1985- NOVA REPÚBLICA ➤Criada a nova república ➤Através da eleição de um presidente não militar desde 1964 ➤O movimento sanitarista brasileiro cresceu e ganhou representatividade por meio dos profissionais de saúde, usuários, políticos e lideranças populares – luta pela reestruturação do nosso sistema de saúde VIII CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAUDE EM BRASILIA ➤1986 ➤Foi o marco da reforma sanitária SAÚDE COLETIVA ➤Campo do saber ➤Relaciona epidemiologia, bioestatística, geografia, sociologia... USO DO TERMO SAÚDE COLETIVA NO BRASIL ➤O termo passou a ser utilizado no brasil em 1979 quando um grupo de profissionais, oriundos da saúde publica e da medicina preventiva e social procuraram fundar um campo científico com uma orientação teórica, metodológica e política que privilegiava o social como categoria analítica CONCEITO ➤O conceito surge para designar os novos conteúdos e projeções da disciplina que resultou do movimento sanitarista latino- americano e da corrente da reforma sanitário no brasil ➤Designa um campo de saber e de práticas referido a saúde como fenômeno social e de interesse publico CAMPO DO SABER ➤Se articula em um tripé interdisciplinar composto por epidemiologia, administração e planejamento em saúde e ciências sociais em saúde ➤Enfoque transdisciplinar • Envolve disciplinas auxiliares como demografia, estatística, ecologia, sociologia, geografia, antropologia, economia, história... NA PRÁTICA ➤Propõe novo modelo de organização do processo de trabalho em saúde que enfatiza a promoção da saúde, prevenção de riscos e agravos, reorientação da assistência a doentes e melhoria da qualidade de vida ➤Privilegia mudanças nos modos de vida e nas relações entre os sujeitos sociais envolvidos no cuidado a saúde da população HISTÓRIA DO CAMPO DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO EM SAÚDE COLETIVA NO BRASIL História do campo da Alimentação e Nutrição em Saúde Coletiva no Brasil. Francisco de Assis Guedes de Vasconcelos e Malaquias Batista Filho Ciência e Saúde Coletiva V. 16, n.1, p. 81-90, 2011 PARADIGMA ➤É aquilo que os membros de uma comunidade partilham ➤Modelo ou padrão a seguir Normas que orientadoras de um grupo que estabelecem limites e que determinam como um indivíduo deve agir dentro destes limites ➤Thomas samul kuhn (1922-1996) ➤Para kuhn, paradigmas são realizações cientificas universalmente reconhecidas que, durante algum tempo, fornecem problemas e soluções modelares para uma comunidade de praticantes de uma ciência COMUNIDADE CIENTÍFICA ➤Uma comunidade cientifica consiste em homens que partilham um paradigma ➤Para kuhn, comunidade cientifica é formada pelos praticantes de uma especialidade cientifica ➤Estes foram submetidos a uma iniciação profissional e a uma educação similar ➤Absorvem a mesma literatura técnica e dela retiram muitas lições CAMPO CIENTÍFICO SOCIOLOFIA REFLEXIVA – PIERRE BOURDIEU (1930-2002) ➤Para bourdieu, um campo científico é um espaço de luta pelo monopólio da competência cientifica que é socialmente reconhecida a um agente determinado, ou seja, a capacidade técnica e o poder social de falar e intervir legitimamente em matéria de ciência ➤Ideia de competição GÊNESE DO CAMPO - 1930 A 1963 ➤Associada à disciplina “higiene alimentar”; ➤Vertente biológica + vertente social; ➤1939- Primeiros cursos de formação; ➤Políticas: ração mínima essencial (1938) e salário-mínimo (1940) ➤Criação do SAPS, merenda escolar, comissão nacional de alimentação; articulação programas nacionais e organizações e programas internacionais. ➤RJ + SP • BA, PE, AL • JOSUÉ DE CASTRO E OUTROS ➤PARADIGMA: • “Do valor eugênico da alimentação na construção da nação e do homem brasileiro” ou “do mal de fome e não de raça”. • Reprodução e enfrentamento da fome/subnutrição da população brasileira CONSOLIDAÇÃO DO CAMPO – 1964 A 1984 ➤Ditadura militar ➤Emergência das pesquisas nutricionais de base populacional com amostras representativas de todas as regiõesgeográficas do país; ➤Inan - instituto nacional de alimentação e nutrição ➤Aumento do número de cursos de nutrição e início dos cursos de pós-graduação; ➤I e o II planos nacionais de desenvolvimento (PNDS), incorporando ao planejamento econômico instrumentos de políticas sociais. ➤INAN – II PRONAN • Questão nutricional volta a ter papel central na agenda de saúde do brasil. ➤Exílio de Josué de Castro; ➤Disseminação de pesquisadores em várias partes do país. • Bertoldo Kruse Grande de Arruda • Grupo de Carlos Augusto Monteiro • Outros ➤PARADIGMA: • Abordagens multicausais da determinação do processo fome/desnutrição, • Baseadas em concepções de mundo positivistas e funcionalistas. ➤Concepções estruturalistas da determinação do processo fome/desnutrição passaram a ser enfatizadas. ➤Assim, as investigações científicas em alimentação e nutrição passaram a identificar elementos estruturais como a distribuição da renda (a baixa renda), a distribuição da terra e outros elementos da forma de organização social como os principais determinantes do processo fome/desnutrição. INCORPORAÇÃO DE NOVOS PARADIGMAS – 1985 A 2010 ➤Transição nutricional • Novos enfoques e paradigmas ➤De josé sarney a lula • a política pública de alimentação e nutrição transitou do Planejamento autoritário ao participativo; da Centralização à descentralização administrativa; da Universalização à focalização de benefícios; do controle Estatal ao social; dos programas de distribuição de Alimentos em espécie aos de tíquetes e aos de Transferência de renda em dinheiro; do financiamento Público às parcerias entre público e privado, entre Sociedade civil e estado, entre instituições Governamentais e não governamentais; das ações emergenciais ou assistências às mediatas ou estruturais, das ações compensatórias às de emancipação ➤Cientistas atuando em 2 subcampos: https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwjbpbP9kJr6AhXxuZUCHQzwDJ4QFnoECAcQAQ&url=https%3A%2F%2Fwww.diariodasleis.com.br%2Flegislacao%2Ffederal%2F65094-cria-o-instituto-nacional-de-alimentauuo-e-nutriuuo-inan-e-du-outras-providuncias.html&usg=AOvVaw2mNW9TzYeaM5k6kKFVlJS- https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwjbpbP9kJr6AhXxuZUCHQzwDJ4QFnoECAcQAQ&url=https%3A%2F%2Fwww.diariodasleis.com.br%2Flegislacao%2Ffederal%2F65094-cria-o-instituto-nacional-de-alimentauuo-e-nutriuuo-inan-e-du-outras-providuncias.html&usg=AOvVaw2mNW9TzYeaM5k6kKFVlJS- • Epidemiologia Nutricional • Política, planejamento e gestão em alimentação e nutrição • Ciências sociais e humanas em alimentação e nutrição ➤PARADIGMAS: • determinação histórico-social do processo saúde/doença nas investigações epidemiológicas nutricionais ➤Queda da perestroika – crise paradigmática; • “Enfoque da transição epidemiológica e nutricional” • “análise ecológica da obesidade e outras doenças não transmissíveis”, • “concepção holística da nutrição”, • “abordagem fenomenológica da fome” • “visão sobre o direito humano à alimentação e nutrição” • “teoria da determinação social da doença”. ➤Ampliação nas publicações científicas; ➤Ampliação na publicação de livros. ➤Aumento no número de cursos de graduação e pós-graduação.
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