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Direito Consumidor

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XXXV EXAME DA OAB 
 
 
 
 
 
 
DIREITO 
ADMINISTRATIVO 
 
Professor Danilo Santana 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.instagram.com/cejascurso/
https://www.facebook.com/cursocejas
https://www.youtube.com/channel/UCborv6CABv7Qdq1mT9Y4zMQ
https://open.spotify.com/show/3yYCkW4Nb80xFsbLx9bLWT?si=3lzQsaAZT7S-iUrgZZLpqw&dl_branch=1
https://api.whatsapp.com/send/?phone=5571996006480&text&app_absent=0
https://t.me/s/cejasoab
 
________________________________________________ 
https://www.cejasonline.com.br/ 
 
 
DIREITO DO CONSUMIDOR 
______________________________________________________________ 
Danilo Santana 
2 2 
 
 
 
Estimados Guerreiros e Guerreiras! 
 
É com muita alegria que apresentamos o módulo de Direito do Consumidor 
do preparatório para o XXXV exame da Ordem dos Advogados do 
Brasil. Sejam todos muito bem-vindos! 
 
Preparei esse roteiro pensando no seu exame e sabendo da importância 
desses temas para sua prova, então, valerá a pena o nosso esforço durante 
essas aulas! 
 
Nosso módulo não dispensa suas anotações pessoais e, principalmente, a 
leitura e os grifos dos dispositivos específicos de cada assunto que 
abordaremos. Utilize, portanto, o seu Vade Mecum (1ª Fase da OAB e 
Concursos) e vamos juntos! 
 
Espero que vocês tenham um excelente proveito! 
 
Receba o nosso sincero abraço! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 
 
 
________________________________________________ 
https://www.cejasonline.com.br/ 
 
 
DIREITO DO CONSUMIDOR 
______________________________________________________________ 
Danilo Santana 
3 3 
 
 
 
 O Direito do Consumidor como garantia fundamental. 
 
 Art. 5º, inciso XXXII, CF/88: O Estado promoverá, na forma da lei, 
a defesa do consumidor. 
 Art. 48, ADCT: O Congresso Nacional, dentro de 120 dias da 
promulgação da Constituição, elaborará código de defesa do 
consumidor. 
o O prazo foi cumprido com atraso, mas o CDC está livre de vícios. 
 Art. 170, inciso V, CF/88: A ordem econômica, fundada na 
valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim 
assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça 
social, observados os princípios de defesa do consumidor. 
o Em regra, para ser empresário/fornecedor, não é necessária 
autorização especial, mas a livre iniciativa é regulamentada, 
obedecendo ao CDC. 
 Art. 81, CDC: A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e 
das vítimas poderá ser exercida em juízo individualmente, ou a título 
coletivo. 
 Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de: 
 I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos 
deste código, os transindividuais, de natureza indivisível, de que 
sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por 
circunstâncias de fato; 
 II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para 
efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível 
de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas 
entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base; 
 III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim 
entendidos os decorrentes de origem comum. 
 
DIREITO DO CONSUMIDOR 
 
________________________________________________ 
https://www.cejasonline.com.br/ 
 
 
DIREITO DO CONSUMIDOR 
______________________________________________________________ 
Danilo Santana 
4 4 
 
 
 Art. 1, CDC: O presente código estabelece normas de proteção e 
defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos 
dos arts. 5°, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 
48 de suas Disposições Transitórias. 
o Ou seja, no processo do consumidor, o juiz poderá declarar as 
normas do CDC de ofício, sem necessidade de pedido específico, 
com exceção: 
I. Súmula 381/STJ: Nos contratos bancários, é vedado 
ao julgador conhecer, de ofício, da abusividade das 
cláusulas. 
II. Se tratando de pedido de desconsideração da 
personalidade jurídica, a FGV entende que há 
necessidade da instauração do incidente (pedido é 
necessário e o juiz não pode agir de ofício). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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https://www.cejasonline.com.br/ 
 
 
DIREITO DO CONSUMIDOR 
______________________________________________________________ 
Danilo Santana 
5 5 
 
 
 
 A relação de consumo é aquela na qual existe um consumidor, um 
fornecedor e um produto/serviço que ligue um ao outro. É requisito 
objetivo de existência, de modo que, para haver relação de consumo, 
necessariamente, deve haver, concomitantemente, os três elementos, 
formando um tripé. 
 
 
estrutura da relação de consumo 
 
 Os elementos fundamentais da relação de consumo são: 
a) Fornecedor (art. 3, CDC): Fornecedor é toda pessoa física ou 
jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como 
os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de 
produção, montagem, criação, construção, transformação, 
importação, exportação, distribuição ou comercialização de 
produtos ou prestação de serviços. 
- Fornecedor é quem desenvolve a atividade econômica e 
oferta produtos ou serviços ao mercado de consumo, de 
forma não eventual (com habitualidade), na qualidade de 
fabricante, produtora, transformadora, montadora ou 
ainda, na condição de distribuidora ou simples 
comerciante. 
Fornecedor
Produto/ServiçoConsumidor
RELAÇÃO DE CONSUMO 
 
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DIREITO DO CONSUMIDOR 
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Danilo Santana 
6 6 
- Tais características excluem a aplicação do Código de 
Defesa do Consumidor dos contratos firmados entre dois 
consumidores (não profissionais). 
b) Consumidor (art. 2, CDC): O CDC adota a teoria finalista. O 
CDC define consumidor como toda pessoa física ou jurídica que 
adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. 
- O CDC define a coletividade de pessoas, ainda que 
indetermináveis, que intervenham nas relações de 
consumo como consumidores equiparados. 
- Todas as vítimas do dano causado pelo fato do produto 
e do serviço > consumidor por equiparação (art. 17, CDC). 
- Todas as pessoas determináveis ou não, expostas às 
práticas de comércio e, obviamente, fazem jus à proteção 
do contrato > consumidor por equiparação (art. 29, CDC). 
c) Produto ou Serviço (art. 3, § 1º e 2º, do CDC): Qualquer 
bem adquirido na relação de consumo é considerado produto. 
- Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou 
imaterial. 
- Serviço é a atividade humana que proporciona benefícios 
ou satisfações para o adquirente, mediante remuneração. 
- As atividades do artigo 3º do CDC não são taxativas > 
podem abarcar situações de gratuidade na oferta de bens, 
como nas amostras grátis ou na prestação do serviço. Ou 
seja, existem situações em que não há, necessariamente, 
remuneração por parte do adquirente. E ainda assim, 
terão a proteção/aplicação do CDC. 
 
 Qual a vulnerabilidade do consumidor na relação de consumo? 
o A vulnerabilidade do consumidor consiste na desigualdade deste 
com o fornecedor > consequência dos monopólios, oligopólios, 
falta de informação sobre qualidade, preço, outras 
características tangentes ao produto ou ao serviço e a 
publicidade. 
 
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DIREITO DO CONSUMIDOR 
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Danilo Santana 
7 7 
o O consumidor é a parte frágil contratual e economicamente, na 
relação com os fornecedores e os titulares dos bens de 
produção. Desse modo, o CDC objetiva 
proteger/manter/restabelecer o equilíbrio contratual na relação 
de consumo, cujos elementos veremos no tópico a seguir. 
o A vulnerabilidade pode ser técnica (o adquirentenão 
compreende o funcionamento), jurídica (termos jurídicos) ou 
econômica (porte financeiro) > aplicação do CDC, visando 
reequilibrar a relação jurídica. 
 
 Estado e suas concessionárias como prestadores de serviços: 
o É importante destacar que o art. 37, § 6º, da Constituição 
Federal (1988) adotou a teoria do risco administrativo > dever 
de indenizar, basta que o ofendido demonstre o nexo causal 
entre o resultado danoso e a atividade omissiva ou comissiva do 
agente. 
o O Estado pode apresentar contraprova, buscando se isentar, 
caso apresente as tradicionais excludentes da responsabilidade 
civil. Além do direito de regresso contra o causador do dano, se 
provado dolo ou culpa. 
 
BOA-FÉ OBJETIVA NA RELAÇÃO DE CONSUMO 
 A boa-fé objetiva divide-se nos pilares da lealdade e da confiança. 
 A boa-fé possui funções nas relações de consumo, como interpretar, 
integrar e controlar. 
 
Plano de saúde pode/deve custear doença preexistente? 
 Depende do momento da contratação. 
Se no momento da contratação, o plano passou os 
exames necessários, o consumidor fez e os resultados 
apontaram a doença em questão, aí o plano não será 
obrigado a cumprir. 
 
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DIREITO DO CONSUMIDOR 
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8 8 
Mas, se no momento da contratação, o plano não passou 
exames e o consumidor só assinou uma declaração 
desconhecendo doenças, aí o plano será obrigado a 
cumprir > exceto comprovada má-fé do consumidor. 
 
 O controle da boa-fé serve para evitar o abuso de direito. 
o A teoria do adimplemento substancial tem por objetivo 
precípuo impedir que o credor resolva a relação contratual em 
razão de inadimplemento de ínfima parcela da obrigação, por 
exemplo, de 24 parcelas totais, 23 foram pagas e falta 1. 
o Em virtude do cumprimento da maior parte do contrato, partindo 
da boa-fé, existem outros modos de resolução, que não a 
retomada do bem. 
o A via judicial para esse fim é a ação de resolução contratual. 
o O STJ entende que a teoria do adimplemento substancial não é 
cabível para compra e venda de veículo automotor 
(financiamento). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO DO CONSUMIDOR 
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Danilo Santana 
9 9 
 
 
 
1) EFETIVA REPARAÇÃO 
 O Código não permite a indenização tarifada do dano > teoricamente, 
o consumidor possui direito de ser reparado integralmente por todos 
os danos que vier a sofrer. 
 Reparação do dano com base no caso concreto. 
 O STJ traz algumas disposições sobre os danos nas Súmulas: 
 
 
Observação: 
➢ Súmulas relacionadas aos planos de saúde: 
DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR 
 
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DIREITO DO CONSUMIDOR 
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Danilo Santana 
10 10 
 
 
2) MODIFICAÇÃO OU REVISÃO DOS CONTRATOS 
 Modificação ou revisão dos contratos em caso de excessiva 
onerosidade. 
o Modifica-se o contrato que nasceu desequilibrado e causa 
lesão a parte. 
O contrato pode nascer desequilibrado por dois motivos: 
i) a parte era inexperiente em relação ao objeto; ou 
ii) a parte assinou o contrato em estado de necessidade. 
o O contrato pode ficar desequilibrado em razão de fato 
superveniente e imprevisível, precisando ser revisado. 
- Aplicação da teoria da imprevisão. 
 O consumidor precisa pedir a modificação ou a revisão > não é feita 
de ofício. 
 
3) INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA 
 O CDC autoriza a inversão do ônus da prova se houver hipossuficiência 
do consumidor e verossimilhança. 
 A inversão deve ser realizada no momento inicial da instrução 
processual, e não no momento do julgamento. 
 O art. 6, VIII do CDC (inversão ope judicis), determina que haverá a 
inversão do ônus da prova ao consumidor, quando, no processo civil, 
for verossímil a alegação ou quando for o consumidor hipossuficiente 
na relação de consumo. 
 
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DIREITO DO CONSUMIDOR 
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Danilo Santana 
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o Ex.: Hipótese em que o consumidor pede indenização por conta 
da queda de energia que danifica aparelhos domésticos. 
 Quando a própria lei determina a inversão, chamamos de “inversão 
ope legis”, como por exemplo, art. 12 do CDC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO DO CONSUMIDOR 
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Danilo Santana 
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→ Para se falar em responsabilidade civil, a falha da relação de consumo 
precisa ser identificada. Essa falha pode ser um: 
a) Vício: Produto ou serviço é inadequado para consumo. 
- Ex.: Televisão que não liga, não funciona. 
b) Defeito: Produto ou serviço que causa dano ou risco a saúde e 
a segurança do consumidor. 
- Ex.: Televisão que liga, mas explode. 
- O defeito divide-se em: 
b.1. Fato do produto 
b.2. Fato do serviço 
 
1) RESPONSABILIDADE POR DEFEITO 
 O defeito é um acidente de consumo. 
FATO = DEFEITO = ACIDENTE 
Produto Serviço 
- Acidente causado por defeito de fato de um produto. 
- A responsabilidade objetiva, em regra, é do fornecedor, 
excluindo o comerciante. 
- Produto de melhor qualidade colocado no mercado não torna o 
anterior defeituoso. 
- O fabricante pode se eximir da responsabilidade se provar: 
 i) que o produto não teve defeito, que foi mau uso do 
consumidor; 
 ii) que não colocou o produto no mercado (produto falso). 
- Se o fabricante prova que o produto é falso, que o produto é 
perecível, ou não possui a identificação do fabricante, o 
comerciante será responsável e responderá. 
 i) Se a conservação cabe ao comerciante, ele responde 
sozinho. 
- Em regra, a 
responsabilidade é 
objetiva, podendo variar 
em razão da obrigação. 
 i) Obrigação de meio > 
responsabilidade 
subjetiva. 
 ii) Obrigação de 
resultado > 
responsabilidade objetiva. 
- O consumidor precisará 
ser reparado/indenizado. 
 
RESPONSABILIDADE CIVIL NAS RELAÇÕES DE CONSUMO 
 
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DIREITO DO CONSUMIDOR 
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Danilo Santana 
13 13 
- Responsabilidade sempre objetiva. 
 
 O prazo prescricional para ação de reparação de dando decorrente de 
acidente de consumo é de 5 anos, contados a partir do conhecimento 
do dano. 
 
2) RESPONSABILIDADE POR VÍCIO 
Produto Serviço 
- O fornecedor tem o direito de reparar o vício, desde que este, seja 
apontado em um prazo decadencial de 30 dias (produtos não 
duráveis) e 90 (produtos duráveis) dias, contados a partir da 
descoberta do vício. Se o consumidor reclama no prazo, o 
fornecedor poderá reparar. 
- Se o produto for essencial, a substituição tem que ser imediata. 
- Se o reparo não for feito no prazo, gera para o consumidor um 
direito, podendo escolher se quer a substituição do produto por 
outro, o dinheiro de volta (corrigido monetariamente), ou o 
abatimento em razão do vício. 
- O vício pode ser de: 
a) Qualidade: o produto ou serviço não corresponde a legitima 
expectativa do consumidor. 
b) Quantidade: o conteúdo líquido do produto é inferior àquele 
que deveria constar. 
- Quando a falha é só do comerciante, apenas ele responde pelo 
dano. 
- O vício pode ser de: 
a) Qualidade: Não 
tem prazo, a 
reparação tem 
que ser imediata. 
Caso não seja 
reparado, o 
fornecedorpaga 
nova execução. 
b) Quantidade: 
Aplica-se a 
mesma hipótese 
do vício por 
produto. 
 
3) GARANTIA 
 A garantia legal é o recebimento do produto sem vícios. 
 O prazo de 1 (um) ano dado de garantia por muitos comerciantes é 
baseado em contrato, e não previsão legal. 
 O prazo de reclamação de 30 ou 90 dias é contado sempre após o 
encerramento das garantias contratadas. 
 A garantia estendida trata-se de outro contrato. 
 
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DIREITO DO CONSUMIDOR 
______________________________________________________________ 
Danilo Santana 
14 14 
 
 
 
→ Os serviços públicos são abarcados pelas relações de consumo. 
→ O Sistema Único de Saúde não é relação de consumo, pois, não há 
remuneração direta do consumidor ao SUS. 
o Quando há o pagamento direto, incide relação de consumo. 
→ Caso o consumidor fique inadimplente desse pagamento direto, o 
serviço poderá ser suspenso, mediante alguns requisitos cumulativos: 
i. Atualidade da dívida; e 
ii. Se a adimplência for oportunizada ao consumidor 
(notificação). 
 
Observação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SERVIÇOS PÚBLICOS 
 
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DIREITO DO CONSUMIDOR 
______________________________________________________________ 
Danilo Santana 
15 15 
 
 
 
 
 
→ O único requisito do CDC para desconsiderar a personalidade jurídica 
é o empecilho ao ressarcimento do consumidor. 
→ Se por algum motivo, a não desconsideração impedir o ressarcimento 
do consumidor, será possível desconsiderar, inverter e abarcar na 
responsabilidade dos sócios. 
→ A desconsideração inversa da personalidade jurídica é a busca 
pela responsabilização da sociedade no tocante às dívidas ou aos atos 
praticados pelos sócios, utilizando-se par a isto, a quebra da autonomia 
patrimonial. 
o A desconsideração inversa ocorre, portanto, quando o sócio 
utiliza a pessoa jurídica para proteger bens que seriam do 
patrimônio pessoal. Na prática, isso é feito por meio da 
transferência, ou da própria aquisição em nome da pessoa 
jurídica. 
 
 
 
 
 
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA 
Base legal: Artigo 28 do CDC 
 
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DIREITO DO CONSUMIDOR 
______________________________________________________________ 
Danilo Santana 
16 16 
 
 
 
Publicidade Propaganda 
- Disponibilizar algo no mercado de 
consumo e anunciar as 
características daquele produto. 
- Tem a intenção de promover 
empresas, produtos e serviços. 
- Difusão de ideias, e não produtos 
ou serviços. 
- Utiliza estratégias de persuasão 
para fins ideológicos. 
 
 
A publicidade enganosa é quando há mentira. 
A publicidade abusiva ofende valores da sociedade como um todo. 
 
Observação: O puffing, também conhecido como 
o exagero publicitário, é técnica de publicidade que 
se baseia na prestação de informações de forma 
extravagante para convencer o consumidor a 
adquirir determinado produto ou serviço. 
- É o elogio do produto. 
- Não é considerada enganosa. 
- Podem ser feitas comparações entre 
produtos, sem problemas. 
 
→ O que gera problema na publicidade é a OFERTA > o princípio da 
vinculação da oferta, que faz parte do contrato. 
o Esse princípio não pode ser mitigado, em razão do erro 
grosseiro. 
o O erro grosseiro desobriga a oferta. 
Atenção: Precisa ser erro grosseiro mesmo! 
o O fornecedor é obrigado a manter o que foi dito em orçamento 
> vincula o preço, por pelo menos 10 dias, salvo disposição em 
contrário sobre o prazo do orçamento. 
PUBLICIDADE 
 
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DIREITO DO CONSUMIDOR 
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Danilo Santana 
17 17 
 
 
→ A responsabilidade de provar que a propaganda é verdadeira é 
quem patrocina/paga a propaganda para anunciar o produto. 
o Inversão do ônus da prova ope legis. 
o Quem patrocina a propaganda precisa guardar consigo as 
especificações (informações técnicas) do produto anunciado, 
caso seja requisitado pelos órgãos de fiscalização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO DO CONSUMIDOR 
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Danilo Santana 
18 18 
 
 
 
→ Possibilidade do fornecedor de inserir o nome e cadastro do 
consumidor em um banco de dados restritivo de crédito. 
o O consumidor fica rotulado como mau pagador. 
→ Banco de natureza pública, administrado por entidades privadas. 
→ O banco de dados é mantido pelo Mantenedor, que é pessoa 
responsável por sustentar o banco de dados. 
o Em regra, o mantenedor é figura distinta do fornecedor. 
o O debito do consumidor é com o fornecedor, que solicita para o 
mantenedor inserir o consumidor no cadastro do banco de 
crédito, inaugurando uma nova relação jurídica entre o 
mantenedor e o consumidor. 
o O mantenedor tem obrigação de notificar o consumidor, 
comunicando que o nome dele será incluído no banco de dados 
> dispensa o aviso de recebimento (AR). 
- Caso o consumidor deseje pagar, o fará em face do 
fornecedor, que fará nova solicitação ao mantenedor, 
visando cancelar a inclusão do nome. 
o A responsabilidade pela inclusão ou manutenção indevida do 
nome do consumidor é sempre do fornecedor. O mantenedor 
somente responderá em caso de não procedência à notificação 
para o consumidor. 
BANCO DE DADOS 
 
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DIREITO DO CONSUMIDOR 
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Danilo Santana 
19 19 
 
 
→ Prazo de 5 anos para manutenção. Prazo de 5 dias para o restante 
dos prazos > pagamentos ou exclusão de cadastro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO DO CONSUMIDOR 
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Danilo Santana 
20 20 
 
 
 
Art. 39, CDC. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre 
outras práticas abusivas: 
I - condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao 
fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem justa causa, 
a limites quantitativos; 
II - recusar atendimento às demandas dos consumidores, na exata 
medida de suas disponibilidades de estoque, e, ainda, de conformidade 
com os usos e costumes; 
III - enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia, 
qualquer produto, ou fornecer qualquer serviço; 
IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em 
vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição social, para 
impingir-lhe seus produtos ou serviços; 
V - exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva; 
VI - executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e 
autorização expressa do consumidor, ressalvadas as decorrentes de 
práticas anteriores entre as partes; 
VII - repassar informação depreciativa, referente a ato praticado pelo 
consumidor no exercício de seus direitos; 
VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço 
em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais 
competentes ou, se normas específicas não existirem, pela Associação 
Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo 
Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial 
(Conmetro); 
IX - recusar a venda de bens ou a prestação de serviços, diretamente 
a quem se disponha a adquiri-los mediante pronto pagamento, 
ressalvados os casos de intermediação regulados em leis especiais; 
X - elevar semjusta causa o preço de produtos ou serviços; 
PRÁTICAS ABUSIVAS 
 
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DIREITO DO CONSUMIDOR 
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Danilo Santana 
21 21 
XI - Dispositivo incluído pela MPV nº 1.890-67, de 22.10.1999, 
transformado em inciso XIII, quando da conversão na Lei nº 9.870, de 
23.11.1999; 
XII - deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação 
ou deixar a fixação de seu termo inicial a seu exclusivo critério; 
XIII - aplicar fórmula ou índice de reajuste diverso do legal ou 
contratualmente estabelecido; 
XIV - permitir o ingresso em estabelecimentos comerciais ou de 
serviços de um número maior de consumidores que o fixado pela 
autoridade administrativa como máximo. 
Parágrafo único. Os serviços prestados e os produtos remetidos ou 
entregues ao consumidor, na hipótese prevista no inciso III, equiparam-se às 
amostras grátis, inexistindo obrigação de pagamento. 
 
DAS CLÁUSULAS ABUSIVAS 
Art. 51, CDC. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas 
contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que: 
I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do 
fornecedor por vícios de qualquer natureza dos produtos e serviços ou 
impliquem renúncia ou disposição de direitos. Nas relações de consumo 
entre o fornecedor e o consumidor-pessoa jurídica, a indenização 
poderá ser limitada, em situações justificáveis; 
II - subtraiam ao consumidor a opção de reembolso da quantia já 
paga, nos casos previstos neste Código; 
III - transfiram responsabilidades a terceiros; 
IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que 
coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam 
incompatíveis com a boa-fé ou a equidade; 
V - (VETADO); 
VI - estabeleçam inversão do ônus da prova em prejuízo do 
consumidor; 
VII - determinem a utilização compulsória de arbitragem; 
 
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DIREITO DO CONSUMIDOR 
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VIII - imponham representante para concluir ou realizar outro negócio 
jurídico pelo consumidor; 
IX - deixem ao fornecedor a opção de concluir ou não o contrato, 
embora obrigando o consumidor; 
X - permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente, variação do preço 
de maneira unilateral; 
XI - autorizem o fornecedor a cancelar o contrato unilateralmente, sem 
que igual direito seja conferido ao consumidor; 
XII - obriguem o consumidor a ressarcir os custos de cobrança de sua 
obrigação, sem que igual direito lhe seja conferido contra o fornecedor; 
XIII - autorizem o fornecedor a modificar unilateralmente o conteúdo 
ou a qualidade do contrato, após sua celebração; 
XIV - infrinjam ou possibilitem a violação de normas ambientais; 
XV - estejam em desacordo com o sistema de proteção ao consumidor; 
XVI - possibilitem a renúncia do direito de indenização por benfeitorias 
necessárias; 
XVII - condicionem ou limitem de qualquer forma o acesso aos órgãos 
do Poder Judiciário; 
XVIII - estabeleçam prazos de carência em caso de impontualidade 
das prestações mensais ou impeçam o restabelecimento integral dos 
direitos do consumidor e de seus meios de pagamento a partir da 
purgação da mora ou do acordo com os credores; 
XIX - (VETADO). 
 
§ 1º - Presume-se exagerada, entre outros casos, a vantagem que: 
I - ofende os princípios fundamentais do sistema jurídico a que 
pertence; 
II - restringe direitos ou obrigações fundamentais inerentes à 
natureza do contrato, de tal modo a ameaçar seu objeto ou o 
equilíbrio contratual; 
III - se mostra excessivamente onerosa para o consumidor, 
considerando-se a natureza e conteúdo do contrato, o interesse 
das partes e outras circunstâncias peculiares ao caso. 
 
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DIREITO DO CONSUMIDOR 
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§ 2º - A nulidade de uma cláusula contratual abusiva não invalida o 
contrato, exceto quando de sua ausência, apesar dos esforços de 
integração, decorrer ônus excessivo a qualquer das partes. 
§ 3º - (VETADO). 
§ 4º - É facultado a qualquer consumidor ou entidade que o represente 
requerer ao Ministério Público que ajuíze a competente ação para ser 
declarada a nulidade de cláusula contratual que contrarie o disposto 
neste Código ou de qualquer forma não assegure o justo equilíbrio 
entre direitos e obrigações das partes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO DO CONSUMIDOR 
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Art. 42, CDC. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não 
será exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de 
constrangimento ou ameaça. 
 
Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem 
direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou 
em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo 
hipótese de engano justificável. 
 
Anteriormente, a hipótese do engano justificável abarcava 
tudo, porém, o STJ definiu o entendimento para “salvo 
conduta contrária a boa-fé”. Atualmente, quem cobra é o 
responsável por provar a boa-fé. 
- Cobrou indevido, restitui em dobro, salvo se a 
parte comprovar o engano justificável. 
 
Art. 42-A, CDC. Em todos os documentos de cobrança de débitos 
apresentados ao consumidor, deverão constar o nome, o endereço e o 
número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF ou no Cadastro 
Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ do fornecedor do produto ou serviço 
correspondente. 
 
 
Observação: 
→ Cobrança em parcela indevida confere o direito de restituição em 
dobro. 
 
 
 
 
COBRANÇA DE DÍVIDAS 
 
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DIREITO DO CONSUMIDOR 
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→ DIREITO DE ARREPENDIMENTO: O consumidor tem 7 dias de prazo 
para se arrepender da compra de um produto, ou contratação de um 
serviço pela internet, telefone, catálogo, reembolso postal ou vendedor na 
porta de casa, isto é, fora da loja ou estabelecimento comercial. 
o É direito estabelecido no art. 49 do CDC. 
o Não precisa justificar o arrependimento. 
o Restituição imediata. 
 
 
 
 
→ O CONTRATO DE ADESÃO é permitido nas relações de consumo. É o 
contrato redigido somente pelo fornecedor, sem que o consumidor possa 
discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo. Para estes 
contratos, a lei determina que as cláusulas que limitam o direito do 
consumidor sejam redigidas com destaque. 
 
 
Observação: O recall comunica que algum defeito no veículo foi identificado 
pela montadora e precisa ser reparado de maneira urgente e gratuita, já que 
pode acarretar acidentes fatais para os ocupantes do veículo. 
o O recall não exime o fornecedor da responsabilidade. 
 
 
 
 
PROTEÇÃO CONTRATUAL 
 
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DIREITO DO CONSUMIDOR 
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→ Se o consumidor adquire as dívidas com intenção de não pagar, não está 
protegido para fins de superendividamento, por conta da premissa da 
boa-fé. 
 
Art. 54-A, § 1º, CDC: Entende-se por superendividamento a impossibilidade 
manifesta de o consumidor, pessoa natural, de boa-fé, pagar a totalidade de 
suas dívidas de consumo, exigíveis e vincendas, sem comprometer seu 
mínimo existencial, nos termosda regulamentação. 
o § 2º: As dívidas englobam quaisquer compromissos financeiros 
assumidos decorrentes de relação de consumo, inclusive operações de 
crédito, compras a prazo e serviços de prestação continuada. 
o § 3º: Dívidas contraídas mediante fraude ou má-fé, sejam oriundas de 
contratos celebrados dolosamente com o propósito de não realizar o 
pagamento ou decorram da aquisição ou contratação de produtos e 
serviços de luxo de alto valor, não terão aplicação da sistemática do 
superendividamento. 
 
Art. 54-B, CDC. No fornecimento de crédito e na venda a prazo, além das 
informações obrigatórias previstas no art. 52 deste Código e na legislação 
aplicável à matéria, o fornecedor ou o intermediário deverá informar o 
consumidor, prévia e adequadamente, no momento da oferta, sobre: 
I - o custo efetivo total e a descrição dos elementos que o 
compõem; 
II - a taxa efetiva mensal de juros, bem como a taxa dos juros 
de mora e o total de encargos, de qualquer natureza, previstos 
para o atraso no pagamento; 
PREVENÇÃO E TRATAMENTO AO SUPERENDIVIDAMENTO 
O capítulo VI-A do CDC foi incluído 
pela Lei 14.181/2021. 
Artigos 54-A ao 54-G, CDC. 
 
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DIREITO DO CONSUMIDOR 
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III - o montante das prestações e o prazo de validade da oferta, 
que deve ser, no mínimo, de 2 dias; 
IV - o nome e o endereço, inclusive o eletrônico, do fornecedor; 
V - o direito do consumidor à liquidação antecipada e não 
onerosa do débito, nos termos do § 2º do art. 52 deste Código 
e da regulamentação em vigor. 
§ 1º As informações referidas no art. 52 deste Código e no caput deste 
artigo devem constar de forma clara e resumida do próprio contrato, 
da fatura ou de instrumento apartado, de fácil acesso ao consumidor. 
§ 2º Para efeitos deste Código, o custo efetivo total da operação de 
crédito ao consumidor consistirá em taxa percentual anual e 
compreenderá todos os valores cobrados do consumidor, sem prejuízo 
do cálculo padronizado pela autoridade reguladora do sistema 
financeiro. 
§ 3º Sem prejuízo do disposto no art. 37 deste Código, a oferta de 
crédito ao consumidor e a oferta de venda a prazo, ou a fatura mensal, 
conforme o caso, devem indicar, no mínimo, o custo efetivo total, o 
agente financiador e a soma total a pagar, com e sem financiamento. 
 
Art. 54-F, CDC. São conexos, coligados ou interdependentes, entre outros, 
o contrato principal de fornecimento de produto ou serviço e os contratos 
acessórios de crédito que lhe garantam o financiamento quando o fornecedor 
de crédito: 
I - recorrer aos serviços do fornecedor de produto ou serviço 
para a preparação ou a conclusão do contrato de crédito; 
II - oferecer o crédito no local da atividade empresarial do 
fornecedor de produto ou serviço financiado ou onde o contrato 
principal for celebrado. 
§ 1º O exercício do direito de arrependimento nas hipóteses previstas 
neste Código, no contrato principal ou no contrato de crédito, implica 
a resolução de pleno direito do contrato que lhe seja conexo. 
§ 2º Nos casos dos incisos I e II do caput deste artigo, se houver 
inexecução de qualquer das obrigações e deveres do fornecedor de 
 
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DIREITO DO CONSUMIDOR 
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produto ou serviço, o consumidor poderá requerer a rescisão do 
contrato não cumprido contra o fornecedor do crédito. 
§ 3º O direito previsto no § 2º deste artigo caberá igualmente ao 
consumidor: 
I - contra o portador de cheque pós-datado emitido para 
aquisição de produto ou serviço a prazo; 
II - contra o administrador ou o emitente de cartão de crédito 
ou similar quando o cartão de crédito ou similar e o produto ou 
serviço forem fornecidos pelo mesmo fornecedor ou por 
entidades pertencentes a um mesmo grupo econômico. 
§ 4º A invalidade ou a ineficácia do contrato principal implicará, de 
pleno direito, a do contrato de crédito que lhe seja conexo, nos termos 
do caput deste artigo, ressalvado ao fornecedor do crédito o direito de 
obter do fornecedor do produto ou serviço a devolução dos valores 
entregues, inclusive relativamente a tributos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO DO CONSUMIDOR 
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Art. 55, CDC. A União, os Estados e o Distrito Federal, em caráter 
concorrente e nas suas respectivas áreas de atuação administrativa, baixarão 
normas relativas à produção, industrialização, distribuição e consumo de 
produtos e serviços. 
o A regulamentação da produção é competência concorrente da União, 
Estados e DF. O Município é responsável somente pela fiscalização. 
- Regulamentar a produção é competência da União, dos 
Estados e do DF. 
- Fiscalizar as relações de consumo é competência da União, dos 
Estados, do DF e dos Municípios 
 
Art. 56, CDC. As infrações das normas de defesa do consumidor ficam 
sujeitas, conforme o caso, às seguintes sanções administrativas, sem prejuízo 
das de natureza civil, penal e das definidas em normas específicas: 
I - multa; 
II - apreensão do produto; 
III - inutilização do produto; 
IV - cassação do registro do produto junto ao órgão competente; 
V - proibição de fabricação do produto; 
VI - suspensão de fornecimento de produtos ou serviço; 
VII - suspensão temporária de atividade; 
VIII - revogação de concessão ou permissão de uso; 
IX - cassação de licença do estabelecimento ou de atividade; 
X - interdição, total ou parcial, de estabelecimento, de obra ou 
de atividade; 
XI - intervenção administrativa; 
XII - imposição de contrapropaganda. 
Parágrafo único. As sanções previstas neste artigo serão aplicadas 
pela autoridade administrativa, no âmbito de sua atribuição, podendo 
SANÇÕES ADMINISTRATIVAS 
 
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DIREITO DO CONSUMIDOR 
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30 30 
ser aplicadas cumulativamente, inclusive por medida cautelar, 
antecedente ou incidente de procedimento administrativo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO DO CONSUMIDOR 
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31 31 
 
 
 
→ Artigo 81 do CDC e seguintes. 
→ O CDC possui viés multidisciplinar > normas administrativas, 
processuais, penais, individuais e coletivas. 
 
 Divisibilidade do 
bem jurídico 
Identificação dos 
titulares 
Direito Difuso Bem jurídico indivisível Não identificáveis 
Direito Coletivo Bem jurídico indivisível Os titulares são 
identificáveis 
Direito Individual 
Homogêneo 
Bem jurídico divisível Os titulares são 
identificáveis 
 
 
Art. 81, CDC. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das 
vítimas poderá ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo. 
Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de: 
I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos 
deste código, os transindividuais, de natureza indivisível, de que 
sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por 
circunstâncias de fato; 
II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para 
efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível 
de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas 
entre si ou com a parte contrária poruma relação jurídica base; 
III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim 
entendidos os decorrentes de origem comum. 
 
Art. 82, CDC. Para os fins do art. 81, parágrafo único, são legitimados 
concorrentemente: 
I - o Ministério Público, 
DIREITO COLETIVO – DEFESA DO CONSUMIDOR EM JUÍZO 
 
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DIREITO DO CONSUMIDOR 
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32 32 
II - a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal; 
III - as entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou 
indireta, ainda que sem personalidade jurídica, especificamente 
destinados à defesa dos interesses e direitos protegidos por este 
código; 
IV - as associações legalmente constituídas há pelo menos um 
ano e que incluam entre seus fins institucionais a defesa dos 
interesses e direitos protegidos por este código, dispensada a 
autorização assemblear. 
§ 1° O requisito da pré-constituição pode ser dispensado pelo juiz, nas 
ações previstas nos arts. 91 e seguintes, quando haja manifesto 
interesse social evidenciado pela dimensão ou característica do dano, 
ou pela relevância do bem jurídico a ser protegido. 
 
Art. 91, CDC. Os legitimados de que trata o art. 82 poderão propor, em 
nome próprio e no interesse das vítimas ou seus sucessores, ação civil 
coletiva de responsabilidade pelos danos individualmente sofridos, de acordo 
com o disposto nos artigos seguintes. 
o O Ministério Público, se não ajuizar a ação, atuará sempre como fiscal 
da lei. 
 
 Art. 93, CDC. Ressalvada a competência da Justiça Federal, é competente 
para a causa a justiça local: 
 I - no foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano, quando de 
âmbito local; 
 II - no foro da Capital do Estado ou no do Distrito Federal, para os 
danos de âmbito nacional ou regional, aplicando-se as regras do Código 
de Processo Civil aos casos de competência concorrente. 
 
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DIREITO DO CONSUMIDOR 
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Art. 94, CDC. Proposta a ação, será publicado edital no órgão oficial, a fim 
de que os interessados possam intervir no processo como litisconsortes, sem 
prejuízo de ampla divulgação pelos meios de comunicação social por parte 
dos órgãos de defesa do consumidor. 
 
Art. 95, CDC. Em caso de procedência do pedido, a condenação será 
genérica, fixando a responsabilidade do réu pelos danos causados. 
 
Art. 97, CDC. A liquidação e a execução de sentença poderão ser promovidas 
pela vítima e seus sucessores, assim como pelos legitimados de que trata o 
art. 82. 
 
Art. 98, CDC. A execução poderá ser coletiva, sendo promovida pelos 
legitimados de que trata o art. 82, abrangendo as vítimas cujas indenizações 
já tiveram sido fixadas em sentença de liquidação, sem prejuízo do 
ajuizamento de outras execuções. 
 § 1. A execução coletiva far-se-á com base em certidão das sentenças 
de liquidação, da qual deverá constar a ocorrência ou não do trânsito 
em julgado. 
 § 2. É competente para a execução o juízo: 
 I - da liquidação da sentença ou da ação condenatória, no caso 
de execução individual; 
 II - da ação condenatória, quando coletiva a execução. 
 
 
 
 
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DIREITO DO CONSUMIDOR 
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DIREITO DO CONSUMIDOR 
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35 35 
 
 
 
Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença fará coisa 
julgada: 
 I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente 
por insuficiência de provas, hipótese em que qualquer legitimado 
poderá intentar outra ação, com idêntico fundamento valendo-
se de nova prova, na hipótese do inciso I do parágrafo único do 
art. 81; 
 II - ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria ou 
classe, salvo improcedência por insuficiência de provas, nos 
termos do inciso anterior, quando se tratar da hipótese prevista 
no inciso II do parágrafo único do art. 81; 
 III - erga omnes, apenas no caso de procedência do pedido, 
para beneficiar todas as vítimas e seus sucessores, na hipótese 
do inciso III do parágrafo único do art. 81. 
§ 1. Os efeitos da coisa julgada previstos nos incisos I e II não 
prejudicarão interesses e direitos individuais dos integrantes da 
coletividade, do grupo, categoria ou classe. 
§ 2. Na hipótese prevista no inciso III, em caso de improcedência do 
pedido, os interessados que não tiverem intervindo no processo como 
litisconsortes poderão propor ação de indenização a título individual. 
§ 3. Os efeitos da coisa julgada de que cuida o art. 16, combinado com 
o art. 13 da Lei n 7.347, de 24 de julho de 1985, não prejudicarão as 
ações de indenização por danos pessoalmente sofridos, propostas 
individualmente ou na forma prevista neste código, mas, se procedente 
o pedido, beneficiarão as vítimas e seus sucessores, que poderão 
proceder à liquidação e à execução, nos termos dos arts. 96 a 99. 
 
 
 
 
COISA JULGADA 
 
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DIREITO DO CONSUMIDOR 
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Art. 104. As ações coletivas, previstas nos incisos I e II e do parágrafo único 
do art. 81, não induzem litispendência para as ações individuais, mas os 
efeitos da coisa julgada, erga omnes ou ultra partes, a que aludem os incisos 
II e III do artigo anterior não beneficiarão os autores das ações individuais, 
 
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DIREITO DO CONSUMIDOR 
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se não for requerida sua suspensão no prazo de trinta dias, a contar da ciência 
nos autos do ajuizamento da ação coletiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO DO CONSUMIDOR 
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1) Eloá procurou o renomado Estúdio Max para tratamento de restauração 
dos fios do cabelo, que entendia muito danificados pelo uso de químicas 
capilares. A proposta do profissional empregado do estabelecimento foi a 
aplicação de determinado produto que acabara de chegar ao mercado, da 
marca mundialmente conhecida Ops, que promovia uma amostragem 
inaugural do produto em questão no próprio Estúdio Max. Eloá ficou satisfeita 
com o resultado da aplicação pelo profissional no estabelecimento, mas, nos 
dias que se seguiram, observou a queda e a quebra de muitos fios de cabelo, 
o que foi aumentando progressivamente. Retornando ao Estúdio, o 
funcionário que a havia atendido informou-lhe que poderia ter ocorrido reação 
química com outro produto utilizado por Eloá anteriormente ao tratamento, 
levando aos efeitos descritos pela consumidora, embora o produto da marca 
Ops não apontasse contraindicações. 
Eloá procurou você como advogado(a), narrando essa situação. Neste caso, 
assinale a opção que apresenta sua orientação. 
A) Há evidente fato do serviço executado pelo profissional, cabendo ao 
Estúdio Max e ao fabricante do produto da marca Ops, em 
responsabilidade solidária, responderem pelos danos suportados pela 
consumidora. 
B) Há evidente fato do produto; por esse motivo, aação judicial poderá 
ser proposta apenas em face da fabricante do produto da marca Ops, 
não havendo responsabilidade solidária do comerciante Estúdio Max. 
C) Há evidente fato do serviço, o que vincula a responsabilidade civil 
subjetiva exclusiva do profissional que sugeriu e aplicou o produto, com 
base na teoria do risco da atividade, excluindo-se a responsabilidade 
do Estúdio Max. 
D) Há evidente vício do produto, sendo a responsabilidade objetiva 
decorrente do acidente de consumo atribuída ao fabricante do produto 
da marca Ops e, em caráter subsidiário, ao Estúdio Max e ao 
profissional , e não do profissional que aplicou o produto. 
 
QUESTÕES PARA TREINO 
 
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DIREITO DO CONSUMIDOR 
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Danilo Santana 
39 39 
 
2) Antônio é deficiente visual e precisa do auxílio de amigos ou familiares 
para compreender diversas questões da vida cotidiana, como as contas de 
despesas da casa e outras questões de rotina. Pensando nessa dificuldade, 
Antônio procura você, como advogado(a), para orientá-lo a respeito dos 
direitos dos deficientes visuais nas relações de consumo. 
Nesse sentido, assinale a afirmativa correta. 
A) O consumidor poderá solicitar às fornecedoras de serviços, em razão 
de sua deficiência visual, o envio das faturas das contas detalhadas em 
Braille. 
B) As informações sobre os riscos que o produto apresenta, por sua 
própria natureza, devem ser prestadas em formatos acessíveis 
somente às pessoas que apresentem deficiência visual. 
C) A impossibilidade operacional impede que a informação de serviços 
seja ofertada em formatos acessíveis, considerando a diversidade de 
deficiências, o que justifica a dispensa de tal obrigatoriedade por 
expressa determinação legal. 
D) O consumidor poderá solicitar as faturas em Braille, mas bastará 
ser indicado o preço, dispensando-se outras informações, por expressa 
disposição legal. 
 
3) O Ministério Público ajuizou ação coletiva em face de Vaquinha Laticínios, 
em função do descumprimento de normas para o transporte de alimentos 
lácteos. A sentença condenou a ré ao pagamento de indenização a ser 
revertida em favor de um fundo específico, bem como a indenizar os 
consumidores genericamente considerados, além de determinar a publicação 
da parte dispositiva da sentença em jornais de grande circulação, a fim de 
que os consumidores tomassem ciência do ato judicial. João, leitor de um dos 
jornais, procurou você como advogado(a) para saber de seus direitos, uma 
vez que era consumidor daqueles produtos. 
Nesse caso, à luz do Código do Consumidor, trata-se de hipótese 
A) de interesse difuso; por esse motivo, as indenizações pelos prejuízos 
individuais de João perderão preferência no concurso de crédito frente 
 
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DIREITO DO CONSUMIDOR 
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40 40 
às condenações decorrentes das ações civis públicas derivadas do 
mesmo evento danoso. 
B) de interesses individuais homogêneos; nesses casos, tem-se, por 
inviável, a liquidação e execução individual, devendo João aguardar 
que o Ministério Público, autor da ação, receba a verba indenizatória 
genérica para, então, habilitar-se como interessado junto ao referido 
órgão. 
C) de interesses coletivos; em razão disso, João poderá liquidar e 
executar a sentença individualmente, mas o mesmo direito não poderia 
ser exercido por seus sucessores, sendo inviável a sucessão processual 
na hipótese. 
D) de interesses individuais homogêneos; João pode, em legitimidade 
originária ou por seus sucessores, por meio de processo de liquidação, 
provar a existência do seu dano pessoal e do nexo causal, a fim de 
quantificá-lo e promover a execução. 
 
4) O posto de gasolina X foi demandado pelo Ministério Público devido à 
venda de óleo diesel com adulterações em sua fórmula, em desacordo com 
as especificações da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Trata-se de relação 
de consumo e de dano coletivo, que gerou sentença condenatória. 
Você foi procurado(a), como advogado(a), por um consumidor que adquiriu 
óleo diesel adulterado no posto de gasolina X, para orientá-lo. 
Assinale a opção que contém a correta orientação a ser prestada ao cliente. 
A) Cuida-se de interesse individual homogêneo, bastando que, diante 
da sentença condenatória genérica, o consumidor liquide e execute 
individualmente, ou, ainda, habilite-se em execução coletiva, para 
definir o quantum debeatur. 
B) Deverá o consumidor se habilitar no processo de conhecimento 
nessa qualidade, sendo esse requisito indispensável para fazer jus ao 
recebimento de indenização, de caráter condenatória a decisão judicial.
 
 
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DIREITO DO CONSUMIDOR 
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41 41 
C) Cuida-se de interesse difuso, afastando a possibilidade de o 
consumidor ter atuado como litisconsorte e sendo permitida apenas a 
execução coletiva. 
D) Deverão os consumidores individuais ingressar com medidas 
autônomas, distribuídas por conexão à ação civil pública originária, na 
medida em que o montante indenizatório da sentença condenatória da 
ação coletiva será integralmente revertido em favor do Fundo de 
Reconstituição de Bens Lesados. 
 
5) A Construtora X instalou um estande de vendas em um shopping center 
da cidade, apresentando folder de empreendimento imobiliário de dez 
edifícios residenciais com área comum que incluía churrasqueira, espaço 
gourmet, salão de festas, parquinho infantil, academia e piscina. A proposta 
fez tanto sucesso que, em apenas um mês, foram firmados contratos de 
compra e venda da integralidade das unidades. A Construtora X somente 
realizou a entrega dois anos após o prazo originário de entrega dos imóveis 
e sem pagamento de qualquer verba pela mora, visto que o contrato previa 
exclusão de cláusula penal, e também deixou de entregar a área comum de 
lazer que constava do folder. 
Nesse caso, à luz do Código de Defesa do Consumidor, cabe 
A) ação individual ou coletiva, em razão da propaganda enganosa 
evidenciada pela ausência da entrega da parte comum indicada no 
folder de venda. 
B) ação individual ou coletiva, em busca de ressarcimento decorrente 
da demora na entrega; contudo, não se configura, na hipótese, 
propaganda enganosa, mas apenas inadimplemento contratual, sendo 
viável a exclusão da cláusula penal. 
C) ação coletiva, somente, haja vista que cada adquirente, 
individualmente, não possui interesse processual decorrente da 
propaganda enganosa. 
D) ação individual ou coletiva, a fim de buscar tutela declaratória de 
nulidade do contrato, inválido de pleno direito por conter cláusula 
abusiva que fixou impedimento de qualquer cláusula penal. 
 
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6) João da Silva, idoso, ingressou com ação judicial para revisão de valores 
de reajuste do plano de saúde, contratado na modalidade individual. Alega 
que houve alteração do valor em decorrência da mudança de faixa etária, o 
que entende abusivo. Ao entrar em contato com a fornecedora, foi informado 
que o reajuste atendeu ao disposto pela agência reguladora, que é um órgão 
governamental, e que o reajuste seria adequado. 
Sobre o reajuste da mensalidade do plano de saúde de João, de acordo com 
entendimento do STJ firmado em Tema de Recurso Repetitivo, bem como à 
luz do Código do Consumidor, assinale a afirmativa correta. 
A) Somente seria possível se o plano fosse coletivo,mesmo que isso 
não estivesse previsto em contrato, mas se encontrasse em acordo 
com percentual que não seja desarrazoado ou aleatório, portanto, não 
sendo abusivo. 
B) Poderia ser alterado por se tratar de plano individual, mesmo que 
em razão da faixa etária, desde que previsto em contrato, observasse 
as normas dos órgãos governamentais reguladores e o percentual não 
fosse desarrazoado, o que tornaria a prática abusiva. 
C) É possível o reajuste, ainda que em razão da faixa etária, sendo 
coletivo ou individual, mesmo que não previsto em contrato e em 
percentual que não onere excessivamente o consumidor ou discrimine 
o idoso. 
D) Não poderia ter sido realizado em razão de mudança de faixa etária, 
mesmo se tratando de plano individual, sendo correto o reajuste 
apenas com base na inflação, não havendo interferência do órgão 
governamental regulador nesse tema. 
 
7) Dora levou seu cavalo de raça para banho, escovação e cuidados 
específicos nos cascos, a ser realizado pelos profissionais da Hípica X. 
Algumas horas depois de o animal ter sido deixado no local, a fornecedora do 
serviço entrou em contato com Dora para informar-lhe que, durante o 
tratamento, o cavalo apresentou sinais de doença cardíaca. Já era sabido por 
Dora que os equipamentos utilizados poderiam causar estresse no animal. 
 
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Foi chamado o médico veterinário da própria Hípica X, mas o cavalo faleceu 
no dia seguinte. Dora, que conhecia a pré-existência da doença do animal, 
ingressou com ação judicial em face da Hípica X pleiteando reparação pelos 
danos morais suportados, em decorrência do ocorrido durante o tratamento 
de higiene. 
Nesse caso, à luz do Código de Defesa do Consumidor (CDC), é correto 
afirmar que a Hípica X 
A) não poderá ser responsabilizada se provar que a conduta no 
procedimento de higiene foi adequada, seguindo padrões fixados pelos 
órgão competentes, e que a doença do animal que o levou a óbito era 
pré-existente ao procedimento de higienização do animal. 
B) poderá ser responsabilizada em razão de o evento deflagrador da 
identificação da doença do animal ter ocorrido durante a sua 
higienização, ainda que se comprove ser pré-existente a doença e que 
tenham sido seguidos os padrões fixados por órgãos competentes para 
o procedimento de higienização, pois o nexo causal resta presumido na 
hipótese. 
C) não poderá ser responsabilizada somente se provar que prestou os 
primeiros socorros, pois a pre-existência da doença não inibiria a 
responsabilidade civil objetiva dos fornecedores do serviço; somente a 
conduta de chamar atendimento médico foi capaz de desconstruir o 
nexo causal entre o procedimento de higiene e o evento do óbito. 
D) poderá ser responsabilizada em solidariedade com o profissional 
veterinário, pois os serviços foram prestados por ambos os 
fornecedores, em responsabilidade objetiva, mesmo que Dora 
comprove que o procedimento de higienização do cavalo tenha 
potencializado o evento que levou ao óbito do animal, ainda que 
seguidos os padrões estipulados pelos órgãos competentes. 
 
8) Osvaldo adquiriu um veículo zero quilômetro e, ao chegar a casa, verificou 
que, no painel do veículo, foi acionada a indicação de problema no nível de 
óleo. Ao abrir o capô, constatou sujeira de óleo em toda a área. Osvaldo 
voltou imediatamente à concessionária, que realizou uma rigorosa avaliação 
 
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do veículo e constatou que havia uma rachadura na estrutura do motor, que, 
por isso, deveria ser trocado. Oswaldo solicitou um novo veículo, aduzindo 
que optou pela aquisição de um zero quilômetro por buscar um carro que 
tivesse toda a sua estrutura “de fábrica”. 
 
A concessionária se negou a efetuar a troca ou devolver o dinheiro, alegando 
que isso não descaracterizaria o veículo como novo e que o custo financeiro 
de faturamento e outras medidas administrativas eram altas, não 
justificando, por aquele motivo, o desfazimento do negócio. 
No mesmo dia, Osvaldo procura você, como advogado, para orientá-lo. 
Assinale a opção que apresenta a orientação dada. 
A) Cuida-se de vício do produto, e a concessionária dispõe de até trinta 
dias para providenciar o reparo, fase que, ordinariamente, deve 
preceder o direito do consumidor de pleitear a troca do veículo. 
B) Trata-se de fato do produto, e o consumidor sempre pode exigir a 
imediata restituição da quantia paga, sem prejuízo de pleitear perdas 
e danos em juízo. 
C) Há evidente vício do produto, sendo subsidiária a responsabilidade 
da concessionária, devendo o consumidor ajuizar a ação de indenização 
por danos materiais em face do fabricante. 
D) Trata-se de fato do produto, e o consumidor não tem interesse de 
agir, pois está no curso do prazo para o fornecedor sanar o defeito. 
 
9) Alvina, condômina de um edifício residencial, ingressou com ação para 
reparação de danos, aduzindo falha na prestação dos serviços de 
modernização dos elevadores. Narrou ser moradora do 10º andar e que 
hospedou parentes durante o período dos festejos de fim de ano. Alegou que 
o serviço nos elevadores estava previsto para ser concluído em duas 
semanas, mas atrasou mais de seis semanas, o que implicou falta de 
elevadores durante o período em que recebeu seus hóspedes, fazendo com 
que seus convidados, todos idosos, tivessem que utilizar as escadas, o que 
gerou transtornos e dificuldades, já que os hóspedes deixaram de fazer 
passeios e outras atividades turísticas diante das dificuldades de acesso. 
 
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Sentindo-se constrangida e tendo que alterar todo o planejamento de 
atividades para o período, Alvina afirmou ter sofrido danos extrapatrimoniais 
decorrentes da mora do fornecedor de serviço, que, ainda que regularmente 
notificado pelo condomínio, quedou-se inerte e não apresentou qualquer 
justificativa que impedisse o cumprimento da obrigação de forma tempestiva. 
Diante da situação apresentada, assinale a afirmativa correta. 
A) Existe relação de consumo apenas entre o condomínio e o 
fornecedor de serviço, não tendo Alvina legitimidade para ingressar 
com ação indenizatória, por estar excluída da cadeia da relação 
consumerista. 
B) Inexiste relação consumerista na hipótese, e sim relação contratual 
regida pelo Código Civil, tendo a multa contratual pelo atraso na 
execução do serviço cunho indenizatório, que deve servir a todos os 
condôminos e não a Alvina, individualmente. 
C) Existe relação de consumo, mas não cabe ação individual, e sim a 
perpetrada por todos os condôminos, em litisconsórcio, tendo como 
objeto apenas a cobrança de multa contratual e indenização coletiva. 
D) Existe relação de consumo entre a condômina e o fornecedor, com 
base da teoria finalista, podendo Alvina ingressar individualmente com 
a ação indenizatória, já que é destinatária final e quem sofreu os danos 
narrados. 
 
10) Maria compareceu à loja Bela, que integra rede de franquias de produtos 
de beleza e cuidados com a pele. A vendedora ofereceu a Maria a 
possibilidade de experimentar gratuitamente o produto na própria loja, sendo 
questionada pela cliente se esta poderia fazer uso com quadro de acne em 
erupção e inflamada, oportunidade em que a funcionária afirmou que sim. 
Porém, imediatamente após a aplicação do produto, Maria sentiu ardência e 
vermelhidão intensas, não o comprando. Logo após sair da loja, a situaçãoagravou-se, e Maria buscou imediato atendimento médico de emergência, 
onde se constataram graves lesões na pele. Da leitura do rótulo obtido 
através do site da loja, evidenciou-se erro da vendedora, que utilizou no rosto 
da cliente produto contraindicado para o seu caso. 
 
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Nessa situação, à luz do Código de Defesa do Consumidor e do entendimento 
do Superior Tribunal de Justiça, é correto afirmar que 
A) é objetiva a responsabilidade civil da vendedora que aplicou o 
produto em Maria sem observar as contraindicações, afastando-se a 
responsabilidade da empresa por culpa de terceiro. 
B) a responsabilidade civil objetiva recai exclusivamente sobre a 
franqueadora, a quem faculta-se ingressar com ação de regresso em 
face da franqueada. 
C) se a franqueadora for demandada judicialmente, não poderá invocar 
denunciação da lide à franqueada, por se tratar de acidente de 
consumo. 
D) não há relação de consumo, uma vez que se tratou de hipótese de 
amostra grátis, sem que tenha se materializado a relação de consumo, 
em razão de o produto não ter sido comprado por Maria. 
 
11) Adriano, por meio de um site especializado, efetuou reserva de hotel 
para estada com sua família em praia caribenha. A reserva foi imediatamente 
confirmada pelo site, um mês antes das suas férias, quando fariam a viagem. 
Ocorre que, dez dias antes do embarque, o site especializado comunicou a 
Adriano que o hotel havia informado o cancelamento da contratação por erro 
no parcelamento com o cartão de crédito. Adriano, então, buscou nova 
compra do serviço, mas os valores estavam cerca de 30% mais caros do que 
na contratação inicial, com o qual anuiu por não ser mais possível alterar a 
data de suas férias. Ao retornar de viagem, Adriano procurou você, como 
advogado(a), a fim de saber se seria possível a restituição dessa diferença 
de valores. Neste caso, é correto afirmar que o ressarcimento da diferença 
arcada pelo consumidor 
A) poderá ser buscado em face exclusivamente do hotel, fornecedor 
que cancelou a contratação. 
B) poderá ser buscado em face do site de viagens e do hotel, que 
respondem solidariamente, por comporem a cadeia de fornecimento 
do serviço. 
 
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C) não poderá ser revisto, porque o consumidor tinha o dever de 
confirmar a compra em sua fatura de cartão de crédito. 
D) poderá ser revisto, sendo a responsabilidade exclusiva do site de 
viagens, com base na teoria da aparência, respondendo o hotel apenas 
subsidiariamente. 
 
 
 
12) Petrônio, servidor público estadual aposentado, firmou, em um intervalo 
de seis meses, três contratos de empréstimo consignado com duas 
instituições bancárias diferentes, comprometendo 70% (setenta por cento) 
do valor de aposentadoria recebido mensalmente, o que está prejudicando 
seu sustento, já que não possui outra fonte de renda. Petrônio procura 
orientação de um advogado para saber se há possibilidade de corrigir o que 
alega ter sido um engano de contratação de empréstimos sucessivos. 
Partindo dessa situação, à luz do entendimento do Superior Tribunal de 
Justiça, assinale a afirmativa correta. 
A) Não há abusividade na realização de descontos superiores a 50% 
(cinquenta por cento) dos rendimentos do consumidor para fins de 
pagamento de prestação dos empréstimos quando se tratar de 
contratos firmados com fornecedores diferentes, como no caso 
narrado. 
B) O consumidor não pode ser submetido à condição de desequilíbrio 
na relação jurídica, sendo nulas de pleno direito as cláusulas 
contratuais do contrato no momento em que os descontos ultrapassam 
metade da aposentadoria do consumidor. 
C) Os descontos a título de crédito consignado, incidentes sobre os 
proventos de servidores, como é o caso de Petrônio, devem ser 
limitados a 30% (trinta por cento) da remuneração, em razão da sua 
natureza alimentar e do mínimo existencial. 
D) Tratando-se de consumidor hipervulnerável pelo fator etário, os 
contratos dependem de anuência de familiar, que deve assinar 
 
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conjuntamente ao idoso, não podendo comprometer mais do que 20% 
(vinte por cento) do valor recebido a título de aposentadoria. 
 
 
GABARITO: 
1) A 2) A 3) D 4) A 5) A 6) B 7) A 8) A 9) D 
10) C 11) B 12) C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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