Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 MÍDIA ALTERNATIVA E O IMPRESSO NA ARTE 1 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3 2. MÍDIA ALTERNATIVA .......................................................................................... 4 3. E MÍDIAS ALTERNATIVAS CRIATIVAS .............................................................. 8 4. QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS VANTAGENS ...................................................... 26 5. QUAL A MELHOR MANEIRA DE USAR MÍDIAS ALTERNATIVAS ................... 28 6. MARKETING 3.0 ................................................................................................ 30 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 33 2 1. NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós- Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 2. INTRODUÇÃO A mídia alternativa a rigor não existe. O conceito foi criado na segunda metade do século XX para se nomear os canais ou veículos de comunicação não tradicionais, ou seja, canais de divulgação sem conteúdo editorial, apenas com viés comercial. Nessa perspectiva tudo que não fosse jornal, revista, rádio ou televisão passou a ser denominado de mídia alternativa, conotação que infelizmente tornou-se depreciativa por conta de um consenso (baseado em pesquisas não conclusivas) no sentido de que essas formas de mídia eram apenas complementares. Cunhou-se até a expressão “mídia básica” para caracterizar que às “mídias alternativas” cabia, apenas, o refugo da verba publicitária. Tinha sentido essa descriminação no contexto de época. Já que o marketing recomendava a mídia de massa como a melhor estratégia. As grandes empresas não cogitavam ainda “targets” específicos, o seu público alvo era a massa como um todo e, nessa perspectiva, é claro que nenhuma mídia alternativa cumpria esse objetivo. Então mídia alternativa passou a ser, também, sinônimo de pequenas audiências ou de índices de leitura limitados. De modo que veículos tradicionais como o jornal, porém segmentados (de bairro, culturais, políticos, de reparação, etc.) passaram a ser considerados também alternativos. 4 3. MÍDIA ALTERNATIVA Figura 1 Fonte: Google O século XX foi marcado pelo desenvolvimento das mídias de massa. Entretanto, é possível verificar, no último decênio, uma mudança progressiva em relação ao consumo de mídia. Antes a mídia massiva era considerada a melhor estratégia de comunicação, representando alto impacto. Hoje, tudo tende ao fracionamento do consumo das mídias, num contexto em que o próprio indivíduo (centro desse fenômeno) não quer mais fazer parte da massa, ser reduzido a uma fração de audiência. Estamos em uma situação em que o consumidor é importante, não dá pra trocá-lo por outro, é preciso buscá-lo e fidelizá-lo. Nesse novo perfil de consumidor que se configura, há a consciência a respeito da publicidade, que não mais assiste a algo tão comum como o intervalo comercial, pois cresceu sendo “bombardeado” por comerciais. Os consumidores de hoje não apenas questionam, como contestam e rejeitam abertamente tudo o que é irrelevante, desnecessário e insultuoso. Segundo Jaffe (2008) o consumidor de hoje é cético, é 5 inteligente, emancipado, está sempre ligado, tem pouco tempo, não é fiel a marcas, é exigente e pode ser vingativo. Então, ficou difícil atrair sua atenção e conquistá-lo. Além disso, há de se afirmar que, atualmente, nos encontramos diante de uma nova geração, nascida no fim dos anos 90 em diante, que consome mídia de um jeito diferente. Os hábitos de mídia mudaram com a tecnologia e a interatividade das mídias. O consumidor não quer mais ser passivo, ele quer participar, editar, criar e divulgar sua própria mensagem. Exemplos disso não faltam na internet através de blogs, Youtube, Twitter etc. e na TV através dos realities shows, envio de vídeos para programas, participação de quiz de perguntas valendo algum prêmio através do celular etc. Figura 2 Fonte: Google É nesse sentido que entra a mídia alternativa, construída pela demanda de um novo perfil de consumidor e um consumidor jovem, que consome mídia de um jeito diferente. O conceito de mídia alternativa a rigor não existe. Foi criado na segunda metade do século XX para se nomear os canais ou veículos de comunicação não tradicionais, ou seja, canais de divulgação sem conteúdo editorial, apenas com viés 6 comercial. Nessa perspectiva, tudo que não fosse jornal, revista, rádio ou televisão passou a ser denominado de mídia alternativa, conotação que infelizmente tornou-se depreciativa por conta de um consenso (baseado em pesquisas não conclusivas) no sentido de que essas formas de mídia eram apenas complementares. Tinha sentido essa descriminação no contexto de época, já que o marketing recomendava a mídia de massa como a melhor estratégia. As grandes empresas não cogitavam ainda “targets” específicos, o seu público alvo era a massa como um todo e, nessa perspectiva, é claro que nenhuma mídia alternativa cumpria esse objetivo. Contudo, o conceito de comunicação integrada e a expansão do mix do marketing tradicional resgatou o valor da mídia alternativa. Se prender a atenção da audiência está mais difícil, é importante perguntar onde pousam os olhos do público. Potencialmente, qualquer lugar para o qual olhemos conscientemente por mais de um ou dois segundos é passível de receber uma mensagem publicitária. Pode ser a tela do celular, maçanetas de portas e carros, os botões do elevador, o guardanapo de um restaurante, ou a bolacha do chopp. Além de serem, em geral, mais baratas, as mídias alternativas se destacam por não concorrerem com outros anunciantes, e por conseguirem burlar o filtro de propaganda. A mídia alternativa consiste na utilização de espaços ainda não utilizados pela publicidade e é caracterizada por seu baixo custo assim como pelo impacto do target em momentos de descontração, o que auxilia na absorção da mensagem. Ela consegue se adaptar facilmente a qualquer espaço, por mais impossível que pareça: chão, escadas rolantes, espaços no banheiro e até catracas. A mídia alternativa, além disso, é indefectível no que diz respeito à mobilidade do consumidor, pois não se prende mais às casas com aparelho televisor, aos espaços dos jornais, mas está em todo e qualquer lugar. Pesquisas revelam que as mídias alternativas já estão entre os cinco melhores métodos de propaganda do Brasil. E de todos os tipos de mídia alternativa, uma que chama a atenção por sua segmentação e possibilidade de se trabalhar a comunicação de forma direta e objetiva é a mídia indoor. Saber onde, quando e com quem seestá falando é uma das tarefas mais difíceis da publicidade. A mídia indoor, por sua vez, consegue aliar as principais características das grandes mídias, mas com um diferencial: a comunicação é feita de forma direta e objetiva com o seu consumidor. Aliando o recall da TV, a intimidade do Rádio, a beleza dos anúncios de jornais e revistas, o impacto do outdoor, a precisão do marketing direto, a mídia alternativa 7 indoor consegue de maneira inovadora, inteligente e altamente eficaz conquistar seu espaço nos melhores planos de mídia. Isso se deve ao fato de o consumidor estar mais passível de receber informação em seus momentos de lazer e a mídia alternativa indoor explora justamente esses minutos de lazer, como bares, boates, restaurantes, academias, etc. Além disso, o nível de dispersão é praticamente zero quando se está em contato com esse tipo de mídia. Essa nova utilização de espaços apresenta como vantagens a funcionalidade; o custo-benefício; a interação com o público-alvo; a visibilidade; a maior concentração no público-alvo potencial (segmentação), além do fato de seu modo diferenciado ajudar o boca-a-boca. Apesar de ter ganhado amplo espaço ultimamente, ainda é utilizada apenas como teaser e/ou mídia de apoio. A mídia alternativa não se resume somente à mídia impressa e externa. A utilização em larga escala de aparelhos multifuncionais no mundo abre também um novo espaço para utilização de mídia pela publicidade. Com os novos dispositivos tecnológicos, é possível criar formatos diferenciados através desses novos meios de comunicação. Assim, a evolução tecnológica torna-se um dos principais motores da mídia alternativa no mundo. Para o Brasil, contudo, a realidade não é a mesma: o público que tem acesso a essas novas mídias é limitado: faixa etária dos jovens/adultos, predominantemente das classes AB. Há ainda a preocupação com a perda de espaço das mídias tradicionais para as novas mídias. A televisão continua sendo uma das mídias mais baratas por ter bastante impacto, contudo, tem perdido terreno para as mídias alternativas e novas mídias, por essas últimas apresentarem melhor custo-benefício: alto impacto com baixo custo. O celular, aparelho de que quase todo brasileiro lança mão, constitui uma mídia alternativa interessante, pois é de baixo custo e de grande cobertura. Para se obter uma comunicação eficiente, portanto, é necessário utilizar-se de mídias alternativas e também de novas mídias. Dadas as suas vantagens, para um melhor impacto e custo-benefício, considerando o público-alvo, as mídias alternativas se fazem importantes em um contexto em que o consumidor quer ser visto como indivíduo e não mais como massa, em que o consumidor contesta e rejeita a publicidade. Além disso, há o perfil da nova geração, que consome as mídias de um modo diferente. O futuro, então, das mídias tradicionais está na integração com as mídias alternativas. A velocidade de informação da nossa sociedade só tende a aumentar e com ela o acesso a essa informação. Assim, nasce também um 8 consumidor mais crítico, mais exigente e à publicidade caberá assumir um novo papel: o de gerar conteúdo. 4. E MÍDIAS ALTERNATIVAS CRIATIVAS Figura 3 Fonte: Google De maneira progressiva, ao mesmo tempo em que a publicidade foi se tornando cada vez mais estratégica para as empresas, os meios de comunicação também ficaram saturados de tantos produtos e serviços divulgados o tempo todo. Essa saturação exige que os profissionais de comunicação se desdobrem para promover as empresas e contribuir para os resultados esperados pelos clientes. Para aparecer nas mídias mais tradicionais, com campanhas de impacto, muitas vezes há uma necessidade de um aporte financeiro grande para vencer a concorrência e ter algum destaque. E as empresas, independentemente de seu porte, estão cada vez mais buscando reduzir os seus gastos, potencializar seus investimentos em mídia e garantir o retorno de acordo com os seus objetivos comerciais e institucionais. 9 Neste contexto, as mídias alternativas podem ser usadas para fazer os investimentos em publicidade caberem no orçamento da sua empresa. É claro que as mídias alternativas demandam recursos financeiros, mas isso vai variar dependendo da opção escolhida. O conceito das mídias alternativas surgiu na segunda metade do século XX. Trata-se da veiculação de anúncios publicitários ou qualquer conteúdo informativo em locais considerados inusitados. Resumindo, a mídia alternativa é uma forma diferente de anunciar produtos, serviços e a imagem de uma empresa. Confira algumas formas de mídias alternativas: Sacola de pão Figura 4 Fonte: Google As padarias são comumente um dos lugares mais frequentados pelos brasileiros. Portanto, um ótimo lugar para fazer publicidade, certo? Empresas de diferentes nichos estão divulgando suas marcas nas sacolas de pão. Repare no exemplo acima: nenhuma das sacolas estampa alguma marca do ramo alimentício, que na teoria, é o que faria mais sentido. O fator cultural do Brasil, com o tradicional pão de sal no café da manhã e da tarde, junto com o elevado número de consumidores, ajuda para que essa seja uma das mídias alternativas mais interessantes, criativas e diferentes. 10 Motomídia Figura 5 Fonte: Google As primeiras aparições de publicidade em motos foram nas próprias empresas que fazem entrega delivery de alimentos. No Brasil, um dos que mais investiram foi Robinson Shiba, fundador e CEO da China in Box. Como sua empresa só faz entregas por delivey, logo ele teve a ideia de transformar as caixas térmicas onde as comidas eram carregadas pelos motoboys em um meio de divulgar a China in Box. Essa mídia alternativa se desenvolveu e atualmente são usadas motos específicas para divulgação de empresas, com um reboque carregando um “mini outdoor”. 11 Figura 6 Fonte: Google Mas, ainda assim, o modelo de motomídia popularizado pelo Robinson Shiba é disparadamente o mais utilizado. Hoje, praticamente todas as empresas de delivery utilizam esse tipo de publicidade. 12 Busdoor Figura 7 Fonte: Google Se assemelha ao motomídia por também ser um veículo automotivo e estar frequentemente envolvido com um grande fluxo de pessoas. Há uma diferença fundamental: o tamanho do espaço disponível. É praticamente impossível você não reparar uma publicidade via busdoor. Seja quando está dirigindo ou quando está caminhando na rua, essa mídia alternativa é uma das mais conhecidas e utilizadas no Brasil. Aquadoor Figura 8 Fonte: Google 13 Como o próprio nome já diz, essa mídia alternativa é ideal para lugares que possuem alguma área aquática. De preferência com um bom fluxo de pessoas. Na imagem acima, a propaganda é de uma nova loja no Salvador Shopping, localizado na Bahia. Salvador é a 2ª cidade litorânea mais populosa do Brasil, perdendo apenas para o Rio de Janeiro, além de ser um dos locais mais visitados por turistas. Suas praias são muito movimentadas, ideal para aplicação do Aquadoor. Elevador Figura 9 Fonte: Google Publicidade usada principalmente em shoppings, onde o fluxo de pessoas é grande por quase todo dia, devido ao seu flexível horário de funcionamento. Além da divulgação de marcas e lojas, são realizadas divulgações criativas como no exemplo acima. Essa foi a promoção de um filme do Super-homem: As portas do elevador simulam o tradicional gesto do personagem ao retirar sua camisa e apresentar por baixo o seu uniforme de herói. 14 Escada Rolante Figura 10 Fonte: Google Assim como no último exemplo, as escadas rolantes são quase que exclusividade dos ambientes de shoppings.Elas ainda têm uma vantagem: No shopping, as pessoas tendem a usar muito mais as escadas rolantes do que elevadores. No exemplo, mais uma divulgação de filme, dessa vez o dos Simpsons. As escadas simulam o personagem principal, Homer Simpson, comendo vários Donuts. Agora, imagine uma criança descendo esses degraus? Ela não sossegaria enquanto seus pais não a levassem para assistir ao filme. 15 Navio Figura 11 Fonte: Google Em navios ou barcos de grande porte, muitas vezes, sobram espaços para publicidade, principalmente em suas proas (parte da frente). O alcance dessa propaganda pode ficar limitado a quem frequenta portos ou esse tipo de embarcação. No caso, é fundamental saber quem é o seu público- alvo para checar se é o lugar correto para sua empresa estar. Na imagem de exemplo, uma propaganda muito criativa de uma empresa de macarrões, simulando a corda que prende o navio como se fosse um macarrão sendo comido. 16 Banco de Praça Figura 12 Fonte: Google Outra mídia alternativa localizada em locais muito movimentados, principalmente dentro das praças dos bairros. O Kit Kat usou essa mídia de forma muito criativa: simulou uma de suas embalagens aberta e o banco, por ser marrom, remete ao chocolate. Bikedoor Figura 13 Fonte: Google Essa mídia alternativa é interessante pelo fato de a bicicleta ser um veículo que pode frequentar lugares que são proibidos para a motomídia. 17 No caso, a bicicleta acaba sendo adaptada com 3 rodas e um suporte para carregar um banner. Em cidades que possuem ciclovias, pode ser um veículo de comunicação muito eficaz. Empena Figura 14 Fonte: Google O nome é bem esquisito e acompanha a complexidade que é colocar em prática este tipo de mídia. Empenas são aquelas imagens publicitárias gigantes que vemos nas partes laterais dos edifícios. Existem duas maneiras de produzir essa mídia: uma é através de materiais impressos, algo como um banner gigante, e outra a pintura, como na imagem acima de uma propaganda da Apple. A complexidade é, além de pintar, pegar todas as proporções do espaço e conseguir criar em cima dele. 18 É bom lembrar que um banner pode ser substituído facilmente, já uma pintura dessa magnitude não será fácil de alterar caso haja alguma necessidade. Front Light Figura 15 Fonte: Google Na foto, o Front Light até pode parecer ser um outdoor comum, mas ele possui duas diferenças essenciais. A primeira é que ele é construído em alturas muito mais elevadas que o outdoor, possuindo maior alcance de visão. A segunda é que possui iluminação de Led, podendo ser visto tanto de dia quanto de noite. Infláveis Figura 16 Fonte: Google Mídias infláveis eram comumente usadas em eventos isolados, principalmente em shows, feiras de grande porte e eventos esportivos. 19 Agora, elas já são usadas como mídias alternativas no dia a dia. A Coral usou de forma muito criativa, colocando uma de suas latas de tintas, em seu formato original, inflada em cima de um pedágio, já sabendo do alto fluxo de pessoas que passam por lá. Marcador de temperatura e relógios de rua Figura 17 Fonte: Google Estes tipos de placa não servem só para informar as pessoas da temperatura ou do horário do dia. Como ela fica num lugar para onde sempre as pessoas irão olhar, as empresas introduziram publicidade logo acima do campo de visão, com o intuito de atrair sua atenção. 20 Bancas de Jornal Figura 18 Fonte: Google As bancas de jornal vêm se tornando grande alvo de ações publicitárias. Por onde você olha, tem uma propaganda diferente. Veja na foto que as marcas Vivo e Boticário, de segmentos totalmente diferentes, dividem quase que o mesmo espaço. Cabine de pedágio Figura 19 Fonte: Google Mais uma vez o pedágio aparece como aliado da publicidade, com as empresas instalando placas entre as cabines. 21 No caso acima, temos a Cenoura Bronze divulgando o seu protetor solar para o verão, época onde as pessoas costumam viajar mais para as praias e passam pelos pedágios. Transportes rodoviários Figura 20 Fonte: Google O busdoor, a maioria das pessoas já conhece, mas você já reparou neste tipo de mídia alternativa? Nem quando pegamos um transporte rodoviário conseguimos escapar da publicidade. Em cada banco, a um tipo de publicidade na parte de cima do assento, e repare bem: são empresas de transporte aéreo que aproveitaram outro tipo de transporte para se auto divulgar. 22 Supermercados Figura 21 Fonte: Google Como se não bastasse a gama de produtos que os supermercados já possuem, eles não perdem a oportunidade de implementar a publicidade. São pelo menos 3 formas as mais usadas. A primeira é a parte de frente dos seus carrinhos, como na imagem acima. Figura 22 Fonte: Google 23 A segunda é no caixa, quando você vai pagar as suas compras. Figura 23 Fonte: Google Já a terceira são os detectores que ficam na saída do mercado. No caso, a vantagem é que possuem um espaço muito maior para colocar informações do que nos outros exemplos que demos. Faixa de pedestres Figura 24 Fonte: Google 24 Para usar algumas mídias alternativas, é também necessário, na hora de planejar, ter os pés no chão. Imagina o tamanho da burocracia para estampar sua marca no chão de uma avenida. Mas vale a citação. O Mc’Donalds, uma das empresas mais poderosas do mundo, teve a ideia genial de fazer publicidade em faixas de pedestres. Repare que as faixas simulam suas tradicionais batatas fritas que estão saindo de sua embalagem. Ponto de ônibus Figura 25 Fonte: Google Publicidade em pontos de ônibus talvez seja a mais antiga entre as mídias alternativas. No Brasil, não são todos os pontos que possuem cadeira e tapagem como na imagem acima. Mas aonde tem, a publicidade está estampada com certa frequência, principalmente nas cidades de médio e grande porte. O exemplo acima é mais uma publicidade criativa, com a simulação de um cabelo blackpower na pessoa sentada em uma das cadeiras. 25 Papel Toalha de banheiro Figura 26 Fonte: Google Nesse exemplo a criatividade impera novamente. A empresa World WideFund for Nature é uma organização não governamental que atua na área de proteção ambiental. Ela desenvolveu papéis toalha sustentáveis e divulgou isso de maneira incrível. À medida que a pessoa retira os papéis verdes da caixa, o mapa do Brasil vai saindo da cor verde para a preta, simulando e alertando para o desmatamento. Uma maneira criativa de conscientizar a população. Papel Higiênico Figura 27 Fonte: Google 26 Muitas empresas querem chocar de vez e utilizam até o papel higiênico para publicidade. Nesse exemplo, o Greenpeace realizou uma campanha de preservação do meio ambiente. Para cada papel, foram colocados desenhos da quantidade de árvores que foram necessárias para a sua produção. O foco foi sensibilizar para que se diminua o desperdício de papel e chamar a atenção da população para a reciclagem. 5. QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS VANTAGENS Figura 28 Fonte: Google Apostar em meios que não são convencionais traz para a marca, além de diferenciação, visibilidade, custo-benefício, inovação, localidade e repercussão. A seguir, estão as principais vantagens das mídias alternativas. É importante que a equipe da agência conheça os benefícios e que insira na estratégia das campanhas, de forma correta, para ter sucesso. 27 Diferenciação Considerada uma das principais vantagens das mídias alternativas, a diferenciação proporciona, naturalmente, destaque para a marca. Formatos diferentes, locais de exibição inusitados e asmais criativas interações, são características que reforçam a diferenciação das veiculações em meios não habituais. Visibilidade Em lugares como o ponto de ônibus ou dentro do avião, a chance que uma marca tem de ser percebida pelo público é bastante considerável e, se exposta de forma coerente, a ação gera impactos positivos. Por serem exibidos em lugares estratégicos e, muitas vezes, exclusivos, os meios alternativos garantem boa visibilidade e facilitam a percepção da marca pelo consumidor. Custo-benefício Comparado com as tradicionais, o investimento para contratar as mídias alternativas é mais baixo. Além disso, é exibida para um público menor, porém, mais específico. Por esse motivo, dependendo do objetivo da campanha, o custo-benefício dos meios alternativos se torna mais interessante. Inovação Empresas que investem em inovação sabem que essa é uma vantagem competitiva percebida no mercado. Um dos caminhos para inovar em campanhas de comunicação é usar os formatos diferenciados das mídias alternativas, criar formas de veicular anúncios e interagir com os consumidores. Localidade Uma das propostas dos meios de veiculação alternativos é exibir publicidade em lugares específicos, para atingir um grupo de pessoas que frequentam aquele local, em uma situação pontual. Como exemplos, a divulgação exibida no espelho do banheiro, na porta do aeroporto, na escada rolante, são pensadas para interagir com o consumidor em cada um dos ambientes. Fazer parte do contexto local é essencial para bons resultados de uma ação de mídia alternativa. 28 Repercussão espontânea Se a mídia for criativa e capaz de interagir com as pessoas, tem grandes possibilidades de repercutir de maneira espontânea, ser compartilhada nas redes sociais e fortalecer ainda mais a marca. Já no mercado de comunicação, uma mídia alternativa que ganha repercussão, pode ser reconhecida e se tornar referência para outras agências e anunciantes. 6. QUAL A MELHOR MANEIRA DE USAR MÍDIAS ALTERNATIVAS Figura 29 Fonte: Google As agências precisam avaliar o posicionamento do cliente para usar as mídias alternativas na estratégia das campanhas. Logo, ter a coerência para isso é fundamental. Veja os critérios para escolher a melhor maneira de usar formatos diferenciados. Combine o conceito da marca com a ação O propósito da marca deve fazer sentido para que ela seja veiculada em meios não convencionais. Marcas sóbrias, que precisam manter neutralidade e seriedade, devem ter cuidado com formatos mais descontraídos, por exemplo. Atente para o local de exibição 29 O local escolhido para exibir a mídia também é importante. Não faz sentido para uma marca de relógios de alto custo adesivar as alças de apoio dentro de um ônibus. Por mais que a ideia seja boa, não é o local ideal para a marca. Escolha uma interação coerente Outra forma de usar os formatos alternativos de forma correta, é avaliar qual a interação com o cliente será feita. Ela deve fazer sentido tanto para a marca quanto para o consumidor. Misture os tipos de mídia Mídias contratadas de forma isolada, sem considerar o contexto no qual serão inseridas, podem resultar em investimentos desperdiçados, com baixos retornos. Tanto para mídias tradicionais ou alternativas, offline ou online, impressas ou digitais, mesclar os meios garante à marca mais oportunidade de contato com o público. Monitore os processos Além disso, acompanhar o desempenho de cada meio, datas de veiculação, peças publicitárias, pagamentos e todos os processos que envolvem a aprovação de uma campanha, é fundamental para ter bons resultados. As agências mais preocupadas com gestão utilizam plataformas que automatizam atividades, unificam informações e facilitam o monitoramento das campanhas 30 7. MARKETING 3.0 Figura 30 Fonte: Google Tratar de mídia alternativa e/ou interativa implica necessariamente aludir também às ferramentas do chamado marketing 3.0, sobretudo na concepção de Kotler. A ideia do Marketing 3.0 foi concebida originalmente na Ásia, em novembro de 2005, por um grupo de consultores da MarkPlus, empresa de serviços de marketing do Sudeste Asiático, liderada por HermawanKartajaya. Depois de dois anos de cocriação, visando o aperfeiçoamento do conceito, Philip Kotler e HermawanKartajaya elaboraram uma versão inicial, lançando-a no 40º aniversário da Associação dos Países do Sudeste Asiático (ASEAN – AssociationofSoutheastAsianNations), em Jacarta. O Marketing 3.0 se baseia na capacidade de os profissionais de marketing detectarem as ansiedades e os anseios humanos, profundamente enraizados na criatividade, cultura, tradição e meio ambiente. Isso é ainda mais importante no caso da Indonésia, uma vez que se trata de um país é conhecido pela diversidade e a tradição cultural. A Indonésia é também um país de valores sólidos. A espiritualidade sempre fez parte da vida deles. Um novo conceito de marketing estava surgindo aos poucos: e as ações de Mercado estavam levando em conta o marketing 3.0. (KOTLER, 2010) A expressão ganhou peso depois do livro Marketing 3.0, de Philip Kotler, HermawanKartajaya e Iwan Setiawan, lançado no Brasil pela Editora Campos. 31 Mas o que é realmente o conceito que se diz ser “centrado no ser humado”? O marketing não tem, em sua origem, o consumidor como alvo? É do ser humano que o Marketing tem que atender aos desejos e às necessidades? Para entender o novo, temos que ver a evolução dos diversos conceitos anteriores á era 3.0. Podemos dividir o marketing em 3 eras: Marketing 1.0, Marketing 2.0 Marketing 3.0. No marketing 3.0, o futuro está em 3 conceitos-chave para seu funcionamento: Colaboração, Cultura ou Comunitização e Espiritualidade ou Criação de Caráter. É uma união, com forças, origens, conceitos, detalhes trabalhados, que fazem todaa diferença. À medida que os consumidores vão-se tornando mais colaborativos, culturais e espirituais, o caráter do marketing também se transforma (KOTLER, 2010). No marketing 3.0., abordar os desafios sociais não deve ser apenas uma ferramenta de relações públicas ou um meio de difundir críticas sobre algum incidente negativo provocado por práticas da empresa. Ao contrário, as empresas devem agir como bons cidadãos corporativos e lidar com os problemas sociais no âmago de seus modelos de negócios. (KOTLER, 2010) Algumas coisas podem aprimorar seu impacto ao passarem da filantropia e das campanhas de marketing, causando a transformação sociotultural. A transformação sociocultural vê os consumidores como seres humanos que deveriam ser fortalecidos para galgar degraus na pirâmide de Maslow. Isso é relevante para empresas, não apenas no nível do produto, como também no nível do modelo de negócio. Ao utilizar o poder da colaboração, elas podem reduzir custos e gerar maior impacto. (KOTLER 2010). Philip Kotler explica que o novo patamar do marketing, chamado de 3.0, tem justamente 3 grandes forças. São elas: Era da participação. Globalização. Sociedade criativa. Cada vez mais há uma co-criação realizada em parceria com os stakeholders das organizações. E quanto mais se escuta o consumidor, mais ele pode ajudá-lo. Neste quesito, Kotler menciona um caso do Doritos, que abriu mão de uma agência de publicidade para fazer uso da estratégia de CrowndSourcing, na qual todos os 32 clientes foram envolvidos e convidados a criar uma campanha. Esta campanha recebeu milhares de premiações ao redor do mundo. “Isto prova que uma multidão pode trazer milhões de idéias”. ( KOTLER, 2010). 33 1. REFERÊNCIAS (COMEDIA, 1984 apud ATTON, 1999) Gondon Lewis e Nelson (2001), Manual de Publicidade:Como Criar Campanha Publicitaria. EditoraNobel, 1 edição, Brasil. (Marshall Mcluhan 1994 Editora Cultrix) (PLATON e DEUZE, 2003) (Philip Kotler 2010 Editora Campus) (RENDEIRO, 2003) VARÓN CADENA, 2010 , 100 anos de propaganda, Editora Abil, 1 edição. XAVIER DORDOR 2011 - MidiaAlternativa , Editora Nobel, 1 edição, São Paulo. FAUSTO NETO, Antônio. Comunicação e mídia impressa: Estudo sobre Aids. São Paulo: Hacker Editores, 1999. FERNANDES, Millôr. Imprensa Alternativa & Literatura - os Anos de Resistência. Centro de Imprensa Alternativa e Cultura Popular, Rio de Janeiro: RioArte, 1987. KUCINSKI, Bernardo. Jornalistas e revolucionários da imprensa brasileira. São Paulo: Escrita Editorial, 1991. LAMPIÃO, Rio de Janeiro: Editora Codecri, ano 0, nº. 0, 1978. REVISTA DE CRIAÇÃO. São Paulo: Meio&Mensagem, ano 4, nº. 44, 1998. SUI GENERIS (1995-1998), Rio de Janeiro: Editora Tribo, 1995-1998, nº.1-41. VEJA, 19 de abril de 2000. FREIRE FILHO, João. Usos (e abusos) do conceito de espetáculo na teoria social e na críticacultural. In: FREIRE FILHO, João e HERSCHMANN, Micael (orgs.). Comunicação, cultura econsumo: a (des)construção do espetáculo contemporâneo, pp. 13-44. Rio de Janeiro: E-papers,2005. FREIRE FILHO, João e HERSCHMANN, Micael (orgs.). Comunicação, cultura e consumo: a(des)construção do espetáculo contemporâneo. Rio de Janeiro: E-papers, 2005. GARCIA, David e LOVINK, Geert. “The ABC ofTactical Media”. In: RICHARDSON, Joanne(org.). Anarchitexts: voices fromthe global digital resistence. p. 107-111. New York:Autonomedia, 2003 [1997]. KELLNER, Douglas. “Media cultureandthetriumphofthespectacle”. In: KING, Geoff (ed.).Thespectacleofthe real: from Hollywood to reality TV andbeyond, p. 23-36. Bristol: IntellectPress, 2005. MEIKLE, Graham. Future Active: Media Activism&the Internet. Londres: Routledge, 2002. RUBIM, Antonio Albino Canelas. Comunicação e política. São Paulo: Hacker, 2001. SILVA, Carlos Eduardo Lins (org.). Comunicação, hegemonia e contra-informação. São Paulo:CortezIntercom, 1982. SIMMEL, Georg. “A metrópole e a vida mental”. In: VELHO, Otávio Guilherme. O fenômenourbano. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1967.
Compartilhar