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PIM VIII - Ata Notarial

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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA 
GESTÃO EM SERVIÇOS JURÍDICOS NOTARIAIS E DE REGISTR O 
MIRELLE ROHRER PORTAPILA DE SOUZA 
RA: 1963627 
 
PIM VIII – PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR 
SÃO CARLOS – SP 
2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATA NOTARIAL 
REGISTRO DE PESSOAS NATURAIS, JURÍDICAS E DE TÍTULO S E 
DOCUMENTOS 
REGISTRO DE IMÓVEIS 
PROTESTO DE LETRAS E TÍTULOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
O Projeto Integrado Multidisciplinar desse bimestre, o PIM VIII, foi realizado a partir 
de uma pesquisa sobre a ata notarial no ordenamento jurídico - o seu conceito, 
função, o que deve conter e em que situações é utilizada como meio de prova, e 
após a conclusão da pesquisa, relacionei com as disciplinas estudadas no bimestre: 
registro de pessoas naturais, jurídicas e de títulos e documentos; registro de imóveis 
e por fim, protesto de letras e títulos. 
 
Palavras-Chave: Ata Notarial. Notários. Registradores. Letras e Títulos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO 1 
1. ATA NOTARIAL 3 
2. REGISTRO DE PESSOAS NATURAIS, JURÍDICAS E DE TÍT ULOS E 
DOCUMENTOS 5 
2.1 REGISTRO DE PESSOAS NATURAIS 
2.2 REGISTRO DE PESSOAS JURÍDICAS 6 
2.3 REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS 7 
3. REGISTRO DE IMÓVEIS 8 
3.1 MATRÍCULA 8 
3.2 REGISTRO 8 
3.3 AVERBAÇÃO 8 
4. PROTESTO DE LETRAS E TÍTULOS 9 
5. CONCLUSÃO 12 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A ata notarial é um instrumento público pelo qual o tabelião ou outra 
pessoa autorizada no cartório (preposto), por solicitação da pessoa interessada, 
constata fielmente fatos, coisas, pessoas ou situações para comprovar a sua 
existência ou o seu estado. 
É a confirmação, pelo tabelião ou seus prepostos, em razão da fé pública, 
da existência e das circunstâncias que caracterizam o fato, enquanto acontecimento 
juridicamente relevante, relatado por uma pessoa. 
Pode ser objeto da ata notarial tudo aquilo que não seja objeto de 
escritura pública. A diferença básica entre ambas é a existência, ou não, de 
declaração de vontade, que está presente na escritura pública e ausente na ata 
notarial. Na ata há a narração de um fato, que se caracteriza pela ausência de 
manifestação de vontade. 
A ata notarial serve para pré-constituir prova de fatos, cujo testemunho do 
tabelião, com fé pública, confere a veracidade da prova para qualquer fim, inclusive 
judicialmente. Tem a força de provar a integridade e a veracidade de fato, atribuir 
autenticidade, fixar a data e hora, assim como comprovar, inclusive, a existência do 
conteúdo ofensivo/criminoso. 
Na ata notarial deve conter a qualificação da pessoa que solicita, como: 
pessoas físicas capazes e incapazes maiores de dezesseis, procuradores e pessoas 
jurídicas, com comprovação da condição, a data e hora precisas da verificação dos 
fatos, o local da ocorrência dos fatos ou da constatação (a exemplo do acesso à 
internet), a descrição do fato a ser descrito ou presenciado (objeto), que podem ser 
caracterizados como lícitos ou ilícitos, físicos, eletrônicos e sensoriais e a finalidade 
do procedimento (intenção do solicitante). 
Existem muitas situações onde é possível utilizar a ata notarial no dia a 
dia das pessoas, para constituir prova. São elas: 
2 
 
a) Ata notarial de presença e declaração; 
b) Ata notarial de verificação de fatos na rede de comunicação de computadores 
ou internet; 
c) Ata notarial de verificação de fatos em diligência; 
d) Ata notarial de comparecimento e ausência de outrem, 
e) Ata notarial de notoriedade. 
Por suas características abrangentes e em razão da informatização da 
comunicação e todas as suas consequências e evoluções, como: 
digitalização de documentos, substituição do papel pelo suporte eletrônico, 
troca de informações, textos e até assinaturas e autenticação pelo meio 
virtual, identificação biométrica e criptografia, se encontra exatamente na ata 
notarial um “autêntico” instrumento de comprovação e certificação, 
especialmente, da comunicação eletrônica. 
Importante destacar, para finalizar, que pela intervenção do tabelião, fatos 
não jurídicos passam a ser jurídicos, independentemente do suporte em que 
estão lançados ou que venham a ser utilizados, permanecendo seu registro 
para verificação e comprovação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1. ATA NOTARIAL 
 
O novo CPC elencou a ata notarial como espécie típica de prova, de 
grande valor e com extensa credibilidade em virtude da fé pública do notário, 
trazendo, inclusive, economia processual e mais celeridade. 
Podemos especificar algumas formas de utilização da ata notarial: 
inspeção judicial, realização de vistorias, substituição ao depoimento de 
testemunhas, documentação do conteúdo de um e-mail — contendo todas as 
informações possíveis sobre IP do computador, quem enviou e quem recebeu, 
horários, etc. Documentação de discussões e situações ocorridas no âmbito de 
reuniões societárias ou assembleias de condomínio; documentação do barulho feito 
por um vizinho que sempre promove festas; documentação da entrega de chaves de 
um imóvel locado; documentação de uma marca sendo utilizada indevidamente por 
determinada empresa em seu site oficial; entre outras. 
Neste toar, é válido conferir o entendimento jurisprudencial: 
"Ação de reintegração de posse. Liminar requerida. Defere-se a liminar 
estando presente prova de pratica de esbulho, resultado de invasão (comunicação 
de ocorrência, ata notarial e comunicação de invasão). Deferida a liminar por 
ocasião do recebimento do recurso". (Agravo de Instrumento nº 70002607174. 
Vigésima Câmara Cível. TJRS. Rel. Rubem Duarte. Julgado em 22/08/2001). 
“COBRANÇA. ALEGAÇÃO DE PAGAMENTOS 
REALIZADOS EM NOME DO RÉU. AUSÊNCIA DE 
AUTORIZAÇÃO PARA PROCEDER AO 
ADIMPLEMENTO DE DÍVIDA, ASSIM COMO DE 
RESPALDO DESTAS NA ATA NOTARIAL, NA QUAL 
FORAM DISCRIMINADOS OS DÉBITOS DO RÉU. 
AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE DO RÉU PELOS 
PAGAMENTOS REALIZADOS E COBRADOS PELO 
AUTOR. DE ACORDO COM A ATA NOTARIAL N. 18, O 
AUTOR FOI AUTORIZADO A FORMALIZAR A FUSÃO E 
A TRANSFERÊNCIA DO PATRIMÔNIO DO PARQUE 
GRÊMIO DOS VIAJANTES AO CLUBE RECREATIVO 
JUVENIAL, ORA RÉU. SENTENÇA CONFIRMADA POR 
SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. RECURSO 
DESPROVIDO. (Recurso Cível Nº 71004933149, Terceira 
Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: 
4 
 
Lusmary Fatima Turelly da Silva, Julgado em 11/12/2014). 
(TJ-RS - Recurso Cível: 71004933149 RS, Relator:Lusmary Fatima Turelly da Silva, Data de Julgamento: 
11/12/2014, Terceira Turma Recursal Cível, Data de 
Publicação: Diário da Justiça do dia 15/12/2014).” 
 
Como se pode notar, a instituição da ata notarial como prova típica trouxe 
um grande acréscimo para o direito, pois resguarda a prova processual, com 
presunção juris tantum e ainda dotada de fé pública, constituindo de prova segura e 
eterna. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
2. REGISTRO DE PESSOAS NATURAIS, JURÍDICAS E DE TÍT ULOS E 
DOCUMENTOS 
 
2.1 REGISTRO DE PESSOAS NATURAIS 
 
O Registro Civil de Pessoas Naturais tem por finalidade, o arquivamento e 
registro (compreendidos no termo anotações e averbações) de atos e fatos jurídicos 
da vida civil (nascimentos, casamentos e óbitos). 
Os principais fatos da vida civil de uma pessoa, como o nascimento, o casamento e 
o óbito, são registrados pelos Cartórios de Registro Civil das Pessoas Naturais, 
administrados por profissionais do Direito concursados que prestam serviço público 
por delegação do Poder Público, existentes em todos os Municípios e na maioria dos 
Distritos do País, cuja atividade é regulamentada pelas Leis 8.935, de 18/11/1994 e 
6.015, de 31/12/1973 (Lei de Registros Públicos). 
Os registros são realizados em livros numerados sequencialmente, precedidos de 
uma letra de acordo com a natureza do registro (A- para nascimento, “B- para 
casamento, “B-Auxiliar ” para casamento religioso com efeitos civis, “C- para óbitos, 
C- Auxiliar para natimortos, D- para editais de proclamas; e “E- para emancipações, 
interdições, ausências e outros atos, como traslados de nascimento ou casamento 
de brasileiro no exterior). 
O registro de nascimento e de óbito, bem como a primeira certidão destes atos, são 
gratuitos para todos os brasileiros. 
Aos reconhecidamente pobres também são gratuitos o registro de casamento e as 
demais certidões de registro civil (segundas vias), desde que apresentada 
declaração de hipossuficiência (art. 5º, LXXVI, da CRF/1988, art. 1512 do Código 
Civil e art. 30 da Lei 6015/73), in verbis: 
“Art. 30. Não serão cobrados emolumentos pelo registro civil de nascimento e pelo 
assento de óbito, bem como pela primeira certidão respectiva. 
§ 1º Os reconhecidamente pobres estão isentos de pagamento de emolumentos 
pelas demais certidões extraídas pelo cartório de registro civil. 
§ 2º O estado de pobreza será comprovado por declaração do próprio interessado 
ou a rogo, tratando-se de analfabeto, neste caso, acompanhada da assinatura de 
6 
 
duas testemunhas. 
§ 3º A falsidade da declaração ensejará a responsabilidade civil e criminal do 
interessado.” 
Por fim, as Certidões expedidas para o alistamento eleitoral ou militar também são 
gratuitas (Lei federal no 4.737, de 15 de julho de 1965, art. 47 e Lei federal no 9.265, 
de 12 de fevereiro de 1996, art. 1º, II). 
2.3 REGISTRO DE PESSOAS JURÍDICAS 
Assim como nas juntas comerciais se registram as sociedades 
comerciais, nos cartórios de pessoas jurídicas são registradas as sociedades civis. 
Dessa forma, no registro civil de pessoas jurídicas serão inscritos, nos 
termos do art. 114 da Lei 6.015/73: 
• Os contratos, os atos constitutivos, o estatuto ou compromissos das 
sociedades civis, religiosas, pias, morais, científicas, ou literárias, bem como o 
das fundações e das associações de utilidade pública; 
• As sociedades civis que revestirem as formas estabelecidas nas leis 
comerciais, salvo as anônimas; 
• Os atos constitutivos e os estatutos dos partidos políticos. 
Devem ser registradas, ainda, as alterações contratuais, estatutárias, 
atas, balanços, livros contábeis ou de atas ou quaisquer outros documentos relativos 
a essas instituições, para validade contra terceiros. Ademais, nesse cartório será 
feita a matrícula dos jornais, periódicos, oficinas impressoras, empresas de 
radiodifusão e agências de notícias. 
Assim como uma pessoa, ao nascer, deve ser registrada, estas entidades 
devem também ser inscritas no cartório do registro civil das pessoas jurídicas logo 
após serem constituídas. Enquanto não registradas, todos os sócios ou associados 
respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais. 
Devem ser registradas as sociedades simples e as cooperativas (art. 
1.150 do Código Civil). 
 
7 
 
2.4 REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS 
O Cartório de Registro de Títulos e Documentos possui a atribuição de 
registrar documentos diversos, além de possuir a função de praticar registros de 
atos não atribuídos às demais naturezas de cartórios extrajudiciais: Cartório de 
Registro de Imóveis, Cartório de Registro Civil, Cartório de Notas, Cartório de 
Protesto, Cartório Distribuidor de Protesto. 
São executados atos de registrar: 
• Instrumentos particulares, para a prova das obrigações convencionais de 
qualquer valor; 
• Penhor comum sobre coisas móveis; 
• Caução de títulos de crédito pessoal e da dívida pública federal, estadual ou 
municipal, ou de Bolsa ao portador; 
• Contrato de parceria agrícola ou pecuária; 
• Mandado judicial de renovação do contrato de arrendamento para sua vigência 
quer entre as partes contratantes, quer em face de terceiros; 
• Notificações extrajudiciais; 
• Quaisquer documentos para sua conservação; 
• Cartas de fiança; 
• Quitações e recibos; 
• Atos administrativos expedidos para cumprimento de decisões judiciais; 
• Contratos em geral; 
• Expedição de certidões relativa aos atos registrados; 
 
 
 
 
 
8 
 
3 REGISTRO DE IMÓVEIS 
 
A matrícula, o registro e a averbação são atos relativos aos bens imóveis 
que se processam sob formalidades no Cartório de Registro de Imóveis. 
 
3.1 MATRÍCULA 
A matrícula é o ato cartorário que individualiza o imóvel, identificando-o 
por meio de sua correta localização e descrição. É na matrícula do imóvel que são 
lançados o registro e averbação, mostrando a real situação jurídica do imóvel. 
Como popularmente dito, a matrícula funciona como um retrato do imóvel 
pelo histórico anotado nos livros do Cartório. 
 
3.2 REGISTRO 
O registro é o ato cartorial que declara quem é o proprietário formal e 
legal do imóvel, e ainda se a propriedade deste bem está sendo transmitida de uma 
pessoa para outra. 
As escrituras de compra e venda ou de hipoteca de um imóvel são as 
registradas na matrícula, ou seja, os dados referentes ao negócio que se efetivou 
são anotados na matrícula do imóvel ao qual diz respeito. 
 
3.3 AVERBAÇÃO 
 
 A averbação é o ato que anota todas as alterações ou acréscimos 
referentes ao imóvel ou às pessoas que constam do registro ou da matrícula do 
imóvel. 
 
São atos de averbação de informações que alteram a situação do imóvel 
ou das pessoas a que o imóvel se vincula, por exemplo, o Habite-se, que é expedido 
pela Prefeitura Municipal, as mudanças de nome, as modificações de estado civil 
decorrentes de casamento ou divórcio etc. 
Importante observar que a averbação também é utilizada para informar 
formal e juridicamente sobre os eventuais cancelamentos de hipoteca, penhoras, 
arresto, entre outros. 
9 
 
 
4 PROTESTO DE LETRAS E TÍTULOS 
Os Cartórios de Protesto de Títulos ou Tabelionatos de Protesto de 
Títulos - são os locais onde são lavrados (feitos) os protestos de títulos e outros 
documentos de uma dívida. Os cartórios não passam de pai para filho e para ser 
"dono" de um cartório é preciso passar num concurso público altamente concorrido. 
A atividade dos cartórios é fiscalizada pelo Conselho Nacional de 
Justiça e pelo Poder Judiciário. Desta forma, se o tabelião, ou cartório, realizar 
algum ato irregular ou ilegal, poderá até ser destituído do cargo. 
O protesto de títulos ajuda a recuperar dívidas e a desafogar o Judiciário. 
De cada R$ 3,00 devidos para a União (Governo Federal), os cartórios recuperam 
R$ 1,00. 
O protesto de títulos lavrado em cartório tem segurança jurídica e foi 
reconhecidopelo Supremo Tribunal Federal (STF) como arma para recuperação de 
créditos fiscais. A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) tem utilizado os 
protestos para recuperar os créditos de Certidão de Dívida Ativa - CDA. 
O protesto de títulos é a melhor maneira de recuperar dívidas, seja pela 
agilidade (recuperação em uma semana), seja pela segurança jurídica, além de dar 
publicidade da inadimplência de uma obrigação. Ou seja, provar publicamente o 
atraso do devedor, e garantir o direito ao crédito para quem vendeu serviço e ou 
produto, e não recebeu. 
Os documentos de dívidas para cumprimento da obrigação são 
protocolados nos cartórios de protesto. 
Os Cartórios de Protesto de Títulos têm a incumbência de checar se a 
dívida existe e se foi de fato contraída, evitando que homônimos sejam cobrados de 
forma irregular. 
Também é incumbência dos cartórios intimar os devedores, pois é um 
direito do devedor saber quem está lhe cobrando e se a dívida realmente existe. 
É dever do cartório de protesto informar ao devedor pessoalmente ou por 
meio de carta com Aviso de Recebimento sobre a existência de uma dívida. 
10 
 
As pessoas querem ser informadas sobre a existência de uma dívida,.Se 
o devedor for desconhecido no endereço fornecido pelo credor, se residir em local 
fora da competência territorial do Tabelionato, se ninguém se dispuser a receber a 
intimação ou a sua localização for incerta ou ignorada, o Tabelião, deve fazer 
intimação direta por edital, que tem legalmente o mesmo efeito da intimação feita 
diretamente à pessoa. Os editais são publicados em jornal de grande circulação 
diária. 
O apresentante de uma dívida no cartório deve ser diligente ao informar o 
endereço do devedor, pois aquele que fornecer endereço incorreto, agindo de má-fé, 
responderá por perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções civis, 
administrativas ou penais. 
Com o protesto de títulos, o credor tem a segurança jurídica da contagem 
de dias para aplicação da mora (atraso da obrigação) e para a prova do 
descumprimento da obrigação (inadimplência) do devedor. 
A data do protesto de títulos serve para indicar o dia inicial em que se 
contarão juros, taxas e correções monetárias sobre a dívida, se estes não estiverem 
já estipulados em um contrato. 
O protesto de títulos também interrompe a prescrição cambial, ou seja, se 
não for pago um cheque, uma nota promissória, uma letra de câmbio ou uma 
duplicata, o credor tem um tempo determinado para ingressar em juízo com ação 
executiva para receber o que lhe é devido. 
No caso do cheque, por exemplo, o prazo para execução é de seis meses 
após o prazo de apresentação, que é de 30 dias se o cheque é da mesma praça, e 
60 dias, se de outra praça. Após este prazo, o credor não pode mais ingressar com 
ação executiva. Somente com ação monitória ou ação de cobrança, que são mais 
demoradas. Se houver o protesto de títulos antes de findar o prazo, este é 
interrompido e o tempo recomeça a contar, a partir da data de protesto de títulos. 
Qualquer pessoa pode realizar um protesto de título – desde que seja o 
próprio beneficiário ou responsável pela empresa beneficiária, e esteja com suas 
obrigações civis em ordem. 
11 
 
Para isso, deve ir a um Cartório de Protesto de Títulos portando os 
documentos necessários: o documento original a ser protestado, o formulário de 
pedido preenchido e cópia simples do RG. 
Ao apresentar todos os documentos necessários, o título será distribuído 
automaticamente a todos os cartórios do país. O credor recebe uma via protocolada 
do formulário, com indicação do Tabelionato, número e data da protocolização. Em 
seis dias úteis, em média, o protesto de título está concluído. 
O devedor então será informado sobre a existência do protesto e 
providenciar o pagamento. Os cartórios de protesto são obrigados por lei a checar 
se a dívida existe e avisar o devedor, mesmo que, para isso, seja necessário 
publicar edital em jornal de grande circulação. 
Um título protestado garante ao credor que os dias em atraso sejam 
cobrados com segurança jurídica, pois o cartório de protesto é um braço auxiliar da 
Justiça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
5. CONCLUSÃO 
 
Após a pesquisa realizada foi possível entender que a ata notarial 
consiste, em uma fotografia da realidade, transmitida em palavras, de competência 
exclusiva do Tabelião de Notas, com o fito jurisdicional de perpetuação documental, 
resguardando o fato ou a situação juridicamente relevante de consequências 
extinguíveis originárias da demora. 
Fica de fácil percepção sua extrema semelhança ao meio cautelar de 
produção antecipada de prova. 
O exagero procedimental da ação cautelar concomitante à conhecida 
sobrecarga do Poder Judiciário acaba por revelar a necessidade da busca de um 
meio de produção de prova de igual credibilidade e qualidade, porém mais rápida, 
eficiente e menos onerosa. 
Com isso, temos a importância da ata notarial como meio materializador 
da veracidade dos fatos, talvez o único, por apresentar-se como indispensável ao 
alcance das qualidades supramencionadas em prol do bom funcionamento do 
sistema jurídico brasileiro. 
 Resta claro que a ata notarial se traduz como o meio mais simples e 
vantajoso de produção de prova, o que nos remete a uma proteção mais efetiva do 
direito fundamental à prova, favorecendo um alívio ao Poder Judiciário, para que não 
continue com a sobrecarga de processos apresentados nos dias atuais. 
Para que isso ocorra, faz-se necessário que se divulgue e se esclareça tal 
instrumento para a sociedade de modo que enfatize sua força probante e que seja 
garantida uma melhor prestação jurisdicional a todos. 
 
 
 
 
 
 
13 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
Jusbrasil – Disponível em: jusbrasil.com.br. Acesso em: 21/11/2020 
Direitonet – Disponível em: www.direitonet.com.br. Acesso em: 21/11/2020 
Ambito jurídico – Disponível em: ambitojuridico.com .br. Acesso em: 21/11/2020 
Registradores.org.br. Acesso em: 21/11/2020

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