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Alinham ento e balanceam ento de rodas AUTOMOTIVA Alinhamento e balanceamento de rodas 9 788583 935223 ISBN 978-85-8393-522-3 Esta publicação integra uma série da SENAI-SP Editora especialmente criada para apoiar os cursos do SENAI-SP. O mercado de trabalho em permanente mudança exige que o profissional se atualize continuamente ou, em muitos casos, busque qualificações. É para esse profissional, sintonizado com a evolução tecnológica e com as inovações nos processos produtivos, que o SENAI-SP oferece muitas opções em cursos, em diferentes níveis, nas diversas áreas tecnológicas. Alinhamento e balanceamento de rodas Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) SENAI. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Alinhamento e balanceamento de rodas / SENAI. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. – São Paulo : SENAI-SP Editora, 2019. 96 p. : il ISBN 978-85-8393-522-3 1. Roda. 2. Pneu. 3. Alinhamento de direção. I. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial II. Título. CDD 629.248 Índice para o catálogo sistemático: Roda – Alinhamento e Balanceamento 629.248 SENAI-SP Editora Avenida Paulista, 1313, 4o andar, 01311 923, São Paulo – SP F. 11 3146.7308 | editora@sesisenaisp.org.br | www.senaispeditora.com.br AUTOMOTIVA Alinhamento e balanceamento de rodas Departamento Regional de São Paulo Presidente Paulo Skaf Diretor Superintendente Corporativo Igor Barenboim Diretor Regional Ricardo Figueiredo Terra Gerência de Assistência à Empresa e à Comunidade Celso Taborda Kopp Gerência de Inovação e de Tecnologia Osvaldo Lahoz Maia Gerência de Educação Clecios Vinícius Batista e Silva Material didático utilizado nos cursos do SENAI-SP. Colaboração Alexandre Santos Muller Cristiano Aparecido da Silva Fábio Simões Teixeira Fernando Mariano da Silva Reginaldo Igaz Apresentação Com a permanente transformação dos processos produtivos e das formas de organização do trabalho, as demandas por educação pro- fissional multiplicam-se e, sobretudo, diversificam-se. Em sintonia com essa realidade, o SENAI-SP valoriza a educação profissional para o primeiro emprego dirigida a jovens. Privilegia também a qualificação de adultos que buscam um diferencial de qua- lidade para progredir no mercado de trabalho. E incorpora firme- mente o conceito de “educação ao longo de toda a vida”, oferecendo modalidades de formação continuada para profissionais já atuantes. Dessa forma, atende às prioridades estratégicas da indústria e às prio- ridades sociais do mercado de trabalho. A instituição trabalha com cursos de longa duração, como os cur- sos de Aprendizagem Industrial, os cursos Técnicos e os cursos Su- periores de Tecnologia. Oferece também cursos de Formação Inicial e Continuada, com duração variada nas modalidades de Iniciação Profissional, Qualificação Profissional, Especialização Profissional, Aperfeiçoamento Profissional e Pós-Graduação. Com satisfação, apresentamos ao leitor esta publicação, que inte- gra uma série da SENAI-SP Editora especialmente criada para apoiar os alunos das diversas modalidades. Sumário 1. Pneus e aros 9 Erro de centragem dos aros nos cubos do veículo 10 Montagem incorreta do pneu no aro 10 Flat spot 10 Características construtivas 11 Tipos de pneus 14 Tipos de aros 17 Rodízio de pneus 18 Procedimentos de inspeção na suspensão 20 2. Ferramentas e equipamentos 21 Tipos de ferramentas e equipamentos 21 Características 23 Aplicações 23 3. Equipamentos de proteção individual (EPIs) 24 Tipos de equipamentos 24 Utilização 24 4. Balanceamento de rodas 26 Vibrações 26 Tipos de desequilíbrios 27 Contrapesos 29 5. Procedimentos de execução 33 Procedimento com máquina estacionária 35 Procedimento com máquina portátil 36 Observações sobre procedimentos 38 6. Anomalias no balanceamento de rodas 40 Inter-relações entre os sistemas 40 7. Operações com ângulos e cotas 41 Ângulos 41 Cotas 48 8. Procedimentos de inspeção na suspensão 53 Pneus e rodas 53 Componentes do sistema de direção e suspensão 53 Utilização de EPI e EPC 57 9. Geometria de direção 59 Características construtivas 60 Tipos de ângulos 60 Tipos de cotas 71 10. Procedimentos de execução do alinhamento 78 Procedimentos 78 Ajustes com dados corretos de veículos 81 Centralização da caixa de direção 82 Ferramentas e equipamentos 83 11. Anomalias na geometria de direção 91 Quando realizar a inspeção do alinhamento ou a geometria da suspensão 91 O que pode causar o desalinhamento do veículo 91 Causas mais comuns relacionadas à instabilidade 91 1. Pneus e aros Erro de centragem dos aros nos cubos do veículo Montagem incorreta do pneu no aro Flat spot Características construtivas Tipos de pneus Tipos de aros Rodízio de pneus Procedimentos de inspeção na suspensão Um pneu com deformações na banda de rodagem, devido, por exemplo, a travamento das rodas, conserto de perfuração com pren- sas inadequadas etc., provocará vibrações, pois a cada volta ocorrerá uma variação no raio de rodagem causando oscilação para cima e para baixo do veículo. Essa oscilação aumenta com a velocidade. É bastante comum encontrar veículos com pneus deformados, ovalizados ou com desgaste irregular, bem como aros tortos ou amassados. Nesses casos, deve-se medir a excentricidade na banda de roda- gem do pneu e se ela for elevada (acima de 3,0 mm) é preciso, antes de qualquer coisa, trocar o pneu e/ou aro. É possível balancear uma roda com aro torto, porém não se pode evitar que o aro continue torto e, por isso, a roda oscila e causa vi- brações. Por exemplo, pode-se balancear uma roda que esteja amas- sada quase na forma de um quadrado, mas no momento de rodar o veículo vibra, pois a roda continua quadrada. PNEUS E AROS10 Erro de centragem dos aros nos cubos do veículo Após examinar o estado geométrico de pneus e aros, deve-se ve- rificar a centralização dos aros nos cubos, ou seja, se o centro do aro coincide com o centro do cubo de fixação. Para obter uma boa centralização é importante que o aperto nos parafusos das rodas seja feito em cruz e de forma gradativa para que o cone dos parafusos possa se alojar corretamente nos rebaixos das rodas. Montagem incorreta do pneu no aro Assim como os aros devem ser corretamente centrados em rela- ção aos cubos, os pneus devem ser montados nos aros. Para uma montagem correta do pneu é importante: • controlar o pneu para ficar compatível com o aro a ser montado; • usar lubrificante adequado aos talões do pneu e ao aro; • montar os pneus com máquinas apropriadas, evitando mar- retas e espátulas que muitas vezes danificam pneus e aros. Flat spot O flat spot é uma vibração que ocorre nos pneus quando o veícu- lo começa a rodar depois de longo período estacionado. Normalmen- te essa deformação desaparece após alguns quilômetros rodados, quando o pneu se aquece e volta à forma original. ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS 11 Em alguns casos extremos, em que o carro fica parado por muito tempo, o flat spot pode se tornar permanente, sendo necessário subs- tituir o pneu para eliminar a vibração. Características construtivas Pneu diagonal ou convencional O pneu diagonal tem como característica construtiva a carcaça feita em camadas alternadas de fibras unidas e dispostas em ângulo de 30º a 40º em relação à linha central da circunferência do pneu. Essa disposição suporta a carga aplicada ao longo da circunferên- cia e transversalmente ao diâmetro. Entretanto, quando o pneu está sujeito à carga vertical da pista, as fibras tendem a se deformar. Figura 1 – Pneu diagonal. carcaça de pneu convencional ou diagonal inclinação das fibras de 30° a 40° em relação à linha central PNEUS E AROS12 Pneu radial A carcaça do pneu radial consiste de camadas de fibras unidas com borracha e dispostas perpendicularmente à circunferência do pneu. Essa construção oferece grande flexibilidade aos pneus na direção radial. Figura 2 – Pneu radial. Entretanto, somente essacarcaça não é capaz de suportar a carga total aplicada ao longo da circunferência do pneu, por isso o pneu radial possui cintas de fibras têxteis resistentes ou fios de aço unidos com borracha que firmam a carcaça, aumentando a rigidez da banda de rodagem. Nesse caso, o desempenho nas curvas e nas altas velo- cidades é bom, mas as ondulações da pista são menos absorvidas, prejudicando o conforto dos passageiros. Figura 3 – Cintas de fibra têxtil do pneu radial. carcaça de pneu radial cintas de fibra têxtil com fios de aço Th eg ed a Es tú di o de A rt e ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS 13 A diferença entre os pneus diagonais e os radiais não pode ser vista, pois ela está na carcaça, como visto anteriormente. Para o veí- culo, essa diferença é clara no comportamento dos pneus. A seguir, será mostrado como isso acontece. pneus radiais pneus diagonais apoio ao solo Figura 4 – Comportamento dos pneus. As bandas de rodagem do pneu diagonal tendem a se deformar ao tocar a pista, enquanto as bandas de rodagem do pneu radial se mantêm juntas por causa das cintas de fibras ou dos fios de aço. Isso garante mais economia de combustível, menos desgaste do pneu, melhor frenagem e desempenho. Outra característica é na curva, pois, também por causa das cin- tas de fibra ou dos fios de aço, o pneu radial faz que a banda de ro- dagem fique toda apoiada no solo, garantindo melhor estabilidade e controle do veículo. No pneu diagonal uma boa parte da banda de rodagem sai do solo, prejudicando a estabilidade. PNEUS E AROS14 Comportamento do pneu radial em curva Comportamento do pneu convencional em curva comportamento do pneu radial em curva comportamento do pneu convencional em curva Figura 5 – Comportamento dos pneus em curva. Tipos de pneus Pneu com câmara (tube type) O pneu com câmara possui internamente um tubo de borracha que retém o ar ou o nitrogênio pressurizado; possui uma válvula de ar projetada para fora através de um orifício no aro da roda. Se for furado, o pneu com câmara se esvazia rapidamente. ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS 15 aro de roda válvula de ar revestimento interno Figura 6 – Pneu com câmara. bico de enchimentocâmara de ar Figura 7 – Câmara de ar e bico de enchimento. Pneu sem câmara (tubeless) O pneu sem câmara não possui tubo interno. O ar ou nitrogênio é mantido pressurizado através de um forro interno construído com formulação especial de borracha espessa com alta eficiência de vedação chamada liner. A válvula de ar é fixada diretamente no aro da roda. Th eg ed a Es tú di o de A rt e PNEUS E AROS16 aro de roda válvula de ar câmara de ar Figura 8 – Pneu sem câmara. Especificação dos pneus A parede lateral do pneu apresenta codificações. As principais são: 82 capacidade de carga por pneu 5 475 kg. Índice de velocidade máxima em km/h175/65R 14 82 T DOT XXXX XXXX XXXX XXXX 1312 Tubeless – sem câmara TWI – indicador de desgaste Outside – lado de fora Índice de carga com montagem simples/dupla Diâmetro do aro em polegadas Tipo do pneu R 5 radial % da banda de rodagem referente a altura Largura do pneu em milímetro Data de fabricação Ex.: 13 semanas de 2012 – Indica sentido de giro do pneu Figura 9 – Codificação de um pneu. ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS 17 Tipos de aros Roda de aço A roda de aço consiste de aro soldado a um disco estampado em chapa de aço e é um tipo bem adequado à produção em massa. A maioria dos veículos atualmente utiliza esse tipo de roda devido aos altos níveis de durabilidade e boa qualidade. Figura 10 – Roda de aço. Roda de liga leve A roda é fundida principalmente em liga leve de alumínio e mag- nésio. É amplamente usada em modelos mais leves e melhora a apa- rência do veículo. Figura 11 – Roda de liga leve. Ac er vo S EN AI -S P Ac er vo S EN AI -S P PNEUS E AROS18 Rodízio de pneus Periodicamente, é muito importante fazer uma inspeção nos pneus para verificar a uniformidade de consumo e se não existem avarias nos flancos ou na banda de rodagem que exigem reparos nos pneus ou até mesmo sua substituição. A presença de desgastes irregulares ou o surgimento de vibrações são fatores que determinam a necessidade de um novo alinhamento e balanceamento de rodas. Por outro lado, os pneus montados em um mesmo veículo po- dem, com o uso, apresentar na banda de rodagem um consumo li- geiramente irregular por causa das condições mecânicas do veículo (suspensão, amortecedores etc.), da distribuição das cargas, das va- riações nas curvaturas das estradas, do tipo de percurso etc. Essas irregularidades podem ser corrigidas por meio de trocas sistemáticas das posições das rodas do veículo, denominadas rodízios. O rodízio é recomendado a cada 10.000 km. Figura 12 – Rodízio de pneus. ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS 19 Os veículos de passeio são normalmente dotados de suspensões mais confortáveis e, portanto, mais sensíveis a qualquer fenômeno vibracional. Quando esses veículos são equipados com pneus radiais, mais rígidos na região da banda de rodagem devido às cinturas, recomen- da-se não inverter o sentido de giro dos pneus por ocasião do rodízio para evitar eventuais sensações de desconforto até a acomodação do pneu na nova posição. Lei de retirada dos pneus de uso Através da Resolução 558/80, de 15 de abril de 1980, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) estabeleceu em seu artigo 4o que fica proibida a circulação de veículo automotor equipado com pneus cujo desgaste da banda de rodagem tenha atingido os indicadores ou cuja profundidade remanescente da banda de rodagem seja inferior a 1,6 mm. Portanto, todos os pneus para automóveis, camionetes, cami- nhões e ônibus são dotados de quatro a oito fileiras transversais de indicadores de desgaste de banda de rodagem (saliências no fundo do desenho), espaçadas com uniformidade pela circunferência do pneu, que permitem verificar quando o pneu atingiu o limite de des- gaste da banda de rodagem, ou seja, 1,6 mm de profundidade remanescente. Nos pontos onde se localizam esses indicadores existem, na região do ombro da rodagem, a sigla TWI (tread wear indicators). PNEUS E AROS20 Procedimentos de inspeção na suspensão O conjunto da suspensão sofre desgaste natural e isso pode oca- sionar folgas que geram ruídos e deficiência na estabilidade do veí- culo. Por isso, deve-se sempre fazer revisão na parte de articulação do sistema de suspensão: • verificar a ocorrência de desgaste irregular dos pneus; • verificar se o tamanho, o desenho e a marca dos pneus são iguais; • evitar misturar pneus radiais e convencionais; • conferir a calibragem dos quatro pneus e fazer as correções necessárias; • verificar as rodas quanto a danos, torções e amassamentos. 2. Ferramentas e equipamentos Tipos de ferramentas e equipamentos Características Aplicações Tipos de ferramentas e equipamentos Alicate O alicate remove, instala, corta, retira pedras e pedriscos dos pneus. Figura 1 – Alicate para balanceamento de rodas. Th eg ed a Es tú di o de A rt e FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS22 Máquinas Existem dois sistemas de máquinas de balanceamento de rodas: as balanceadoras estacionárias e as portáteis. As máquinas estacionárias (ou de coluna) fazem o balanceamen- to de rodas fora do veículo. Figura 2 – Balanceadora estática ou estacionária. Essas máquinas compensam os desbalanceamentos estáticos e dinâmicos de rodas e pneus. Figura 3 – Balanceadora local ou dinâmica. Th eg ed a Es tú di o de A rt e Th eg ed a Es tú di o de A rt e ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS 23 As máquinas portáteis (ou locais) fazem o balanceamento das rodas montadas no próprio veículo. Essas máquinas compensam exclusivamente o desequilíbrio estático. Características As máquinas balanceadoras eletrônicas estacionárias dimensio- nam os desequilíbrios estáticos e dinâmicos existentes nos dois pla- nos da roda, somados de forma vetorial. Dessa soma,a balanceado- ra indica o local onde deve ser colocado um só contrapeso em cada plano, de forma a compensar os desequilíbrios estáticos e dinâmicos de cada plano. Existem no mercado vários equipamentos desse tipo, operando com princípios similares, mas com manuseios diferentes, por isso, para cada caso, devem ser seguidas as instruções do fabricante. Aplicações Essas máquinas são utilizadas nos mais diversos modelos de veículos e no conjunto pneu/roda. Manutenção A calibração é feita para iniciar uma nova máquina e remover erros de medição causados por pouco uso, envelhecimento, substi- tuição de peças, fortes impactos e excesso de variação de diferentes tipos de aros. Essa calibração deve ser feita por profissionais gabari- tados ou técnicos do próprio fabricante da máquina. 3. Equipamentos de proteção individual (EPIs) Tipos de equipamentos Utilização Tipos de equipamentos • Luva tricotada com pigmentos nitrílica na palma. • Óculos de segurança. • Sapato de segurança. Utilização Nas oficinas de reparação de automóveis, a utilização de EPIs é de suma importância, pois várias atividades desenvolvidas na repa- ração de veículos apresentam riscos à saúde e à segurança. Serão descritas algumas atividades, seus riscos e os equipamentos de segu- rança necessários para evitar acidentes. Atitudes preventivas de segurança Antes de alinhar a direção, verificar se o veículo está em ponto morto, se o freio de estacionamento está aplicado e se as rodas estão calçadas: ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS 25 • manter a área de trabalho limpa, seca e organizada; • manter as ferramentas e peças fora do piso e/ou sobre o veículo; • a área de trabalho deve ser ventilada e iluminada; • utilizar calços de segurança para travamento do veículo; • não usar anéis, relógios ou outras joias; • nos cabelos compridos, usar rede de proteção; • certificar-se das condições de todas as ferramentas; • certificar-se de remover do motor todos os dispositivos e equi- pamentos de serviço após efetuar o serviço. 4. Balanceamento de rodas Vibrações Tipos de desequilíbrios Contrapesos Vibrações As vibrações em um veículo causam sensação de desconforto, dificuldades para dirigir e seu diagnóstico exige muitas vezes análises detalhadas. Geralmente, a vibração é associada pura e simplesmente ao desbalanceamento das rodas. Mas esse procedimento nem sempre é válido. É necessário conhecer o fenômeno físico “vibração”, suas origens e formas de correção para obter um rodar mais confortável, seguro e econômico. Dessa forma, quando um veículo apresenta vibrações, deve-se, em primeiro lugar, verificar: • a que velocidade o veículo vibra; • de onde procedem as vibrações. As vibrações veiculares podem ter inúmeras origens, sendo as mais importantes: ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS 27 • desuniformidade de pneus e aros; • erros de centragem dos aros nos cubos do veículo; • montagem incorreta do pneu no aro; • flat spot; • desequilíbrio das rodas. O desequilíbrio de rodas e pneus é o principal causador de vibrações. O conjunto roda/pneu pode não ter uma distribuição uniforme de massas. Dessa forma, apresentará sempre certo desequilíbrio que, dependendo de sua grandeza e da rotação a que a roda é submetida, pode originar vibrações às vezes consideráveis, que afetam negativa- mente o conforto do rodar, aumentam o desgaste dos pneus e podem reduzir a vida útil dos rolamentos, dos amortecedores, dos elementos da suspensão e da direção do veículo. Tipos de desequilíbrios Estático É o desequilíbrio causado por uma massa disposta simetricamen- te em relação ao plano mediano K e não uniforme ao longo da cir- cunferência. Com esse tipo de desequilíbrio a roda oscila no sentido vertical produzindo sucessivos impactos no pneu, que afetam a sus- pensão e a direção do veículo, acarretando desgaste localizado na banda de rodagem do pneu. BALANCEAMENTO DE RODAS28 desbalanceamento estático Figura 1 – Desbalanceamento estático. A vibração é sentida em velocidades a partir de 50/60 km/h e aumenta com o acréscimo da rotação. Dinâmico É o desequilíbrio causado por massas dispostas de maneira assi- métrica em relação ao plano mediano K e não uniformes ao longo da circunferência. Quando a roda entra em rotação, as duas massas geram duas forças centrífugas que provocam oscilações transversais. O pneu sofre rápido desgaste e tanto o conforto como a dirigibi- lidade são prejudicados, bem como os elementos mecânicos da sus- pensão e a direção do veículo. ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS 29 desbalanceamento dinâmico Figura 2 – Desequilíbrio dinâmico. As vibrações começam a ser sentidas quando a rotação entra na faixa de ressonância, ou seja, a partir dos 70/80 km/h, e não é mais sentida a partir dos 130 km/h, aproximadamente, embora as vibra- ções continuem a atuar sobre a suspensão. Combinado O caso mais comum encontrado é o desequilíbrio dinâmico com- binado. Esse desequilíbrio é representado pela soma do desequilíbrio estático e do desequilíbrio dinâmico. Contrapesos Há inúmeros tipos de contrapesos aplicáveis nas rodas dos veículos. BALANCEAMENTO DE RODAS30 Contrapesos de garra fixa Apresentam uma garra de aço (também chamada mola) fundida junto do chumbo na hora de sua fabricação. Esse tipo de contrapeso é utilizado em aros de aço ou liga leve e é sempre fixado no flange do aro. Figura 3 – Contrapesos de garra fixa. É muito importante que o contrapeso seja perfeitamente fixado ao aro; para isso, a garra deve acompanhar a curvatura da borda do aro e a forma da parte interna do contrapeso deve acompanhar a sede onde ele ficará fixado. Figura 4 – Tipos de garras fixas. • Garra baixa – utilizada em rodas de aço. • Garra alta – utilizada em rodas de liga leve. M ur ilo C és ar d a Si lv a M ur ilo C és ar d a Si lv a ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS 31 Contrapesos adesivos Esses contrapesos, em vez de garra, possuem uma fita adesiva de dupla face e devem ser fixados no aro em uma superfície limpa e lisa. Figura 5 – Contrapesos adesivos. Esse tipo de contrapeso é geralmente utilizado em aros de liga leve ou cromados a fim de evitar que, na fixação, o aro seja marcado. Também é utilizado em rodas que não possuam espaço para o aloja- mento de contrapesos de garra. Contrapesos de segurança Nesses contrapesos, a mola não é fundida ao chumbo. Ela tem um perfil que “abraça” o contrapeso e fica bem encaixado no aro (entre o pneu e a borda interna do aro). Figura 6 – Contrapesos de segurança. O contrapeso é geralmente utilizado pelas montadoras de auto- móveis porque na máquina balanceadora de produção existe um M ur ilo C és ar d a Si lv a M ur ilo C és ar d a Si lv a BALANCEAMENTO DE RODAS32 dispositivo que “descola” o pneu do aro já inflado, deixando espaço para a colocação da mola. É preciso alertar que a reutilização de um contrapeso é perigosa e, portanto, desaconselhável em face do risco de se soltar em um impacto que a roda eventualmente venha a sofrer. Da mesma forma, contrapesos fabricados com molas cujo aço esteja fora da especificação ou cujo tratamento térmico não foi fei- to corretamente podem soltar-se facilmente, pois a mola não atua como tal. 5. Procedimentos de execução Procedimento com máquina estacionária Procedimento com máquina portátil Observações sobre procedimentos O processo ideal de balanceamento consiste, em primeiro lugar, em compensar o desequilíbrio dinâmico combinado da roda com uma balanceadora estacionária dinâmica. Feito isso, monta-se a roda no carro. Essa roda apresenta ainda um desequilíbrio residual, oriundo das demais peças que giram em conjunto, somado a um pequeno desequilíbrio estático gerado pelo erro de centragem da roda no cubo do carro. Completa-se assim o balanceamento com máquina portátil. A título de informação, em uma roda de automóvel de peso mé- dio, uma excentricidade de 0,1 mm provoca um desbalanceamento na ordem de 12 g. Emrodas de automóveis recomenda-se nunca aplicar mais de 60 g de contrapeso em cada plano. As balanceadoras modernas in- dicam a forma de aperfeiçoar o balanceamento, desmontando-se o pneu e girando-o na roda na posição mais conveniente. Pode-se assim concluir que apenas o balanceamento estacionário, ou seja, feito por uma balanceadora eletrônica, permite equilibrar de forma correta a roda de um veículo. Essa afirmação é válida principalmente para rodas de automóveis e utilitários, que, por serem veículos leves, têm suspensões mais sen- síveis do que os veículos de maior peso (caminhões e ônibus). PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO34 Figura 1 – Balanceadora estacionária para caminhões e ônibus. Estes últimos, por terem suspensões bem mais robustas, também absorvem melhor as vibrações originadas de desequilíbrios das ro- das. Em veículos pesados, portanto, o balanceamento no próprio veículo com uma balanceadora portátil é suficiente. Em carros de passeio, 10 g de desequilíbrio residual por plano são perfeitamente aceitáveis, sem nenhuma influência que possa originar vibrações. Um ônibus ou caminhão pesado pode ter desequilíbrio residual de mais de 100 g por roda sem que o motorista sinta nenhuma vi- bração quando em velocidade. Já caminhonetes e caminhões leves admitem um desequilíbrio residual de até 60 g por roda. Th eg ed a Es tú di o de A rt e ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS 35 Procedimento com máquina estacionária Existem no mercado vários equipamentos desse tipo, operando com princípios similares, mas com manuseios diferentes, por isso, para cada caso, devem ser seguidas as instruções do fabricante. Alguns comentários, todavia, são oportunos: • antes de iniciar o balanceamento, remover os pesos antigos da roda, bem como qualquer corpo estranho (pedras, pedriscos, pregos) que esteja no pneu ou roda. Caso a roda esteja “suja”, lavá-la antes de executar o balanceamento; • utilizar cones adequados para fixação da roda na máquina; Figura 2 – Cones de centralização da rodas. • quando a roda for de centro fechado e não permitir o uso de cones de fixação, centralizar a roda no flange apropriado; Figura 3 – Placa centralizadora de roda. Ac er vo S EN AI -S P Ac er vo S EN AI -S P PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO36 • ao girar a roda, verificar se ela não apresenta excentricidade nem oscilações laterais. Caso apresente, verificar a fixação à máquina ou trocar a roda; • ajustar o equipamento conforme diâmetro, largura do aro e distância do aro à máquina; • aplicar os contrapesos adequados a cada caso: contrapesos de garra para rodas de liga leve não devem ser utilizados em ro- das de aço e vice-versa; • ao utilizar a máquina de balanceamento, evitar martelar com força o peso na lateral da roda, apenas bater levemente de modo que ele não saia da posição, e, após confirmar o local correto, retirar a roda do equipamento e, então, aplicar o im- pacto (martelada) necessário. Essa ação preserva os sensores do eixo, localizados na parte interna do equipamento; • nas rodas de liga leve, utilizar, de preferência, contrapesos co- lantes na parte interna. Procedimento com máquina portátil No balanceamento devem ser observados os seguintes aspectos: • com o veículo erguido, deve-se verificar o estado dos rolamen- tos, bem como as folgas nos pivôs ou no pino mestre e as buchas dos braços da suspensão; • as rodas devem girar livremente, caso contrário, devem ser regulados os freios; • ao balancear rodas de tração, recomenda-se suspender o veí- culo de modo que ambas as rodas fiquem livres. Esse proce- ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS 37 dimento evitará possíveis danos caso uma das rodas perma- neça parada e a outra em velocidade; • o captador de vibrações deve ser colocado na parte inferior da suspensão, o mais próximo possível da roda, ajustando-se cor- retamente sua altura de modo a captar qualquer vibração. Os captadores “tipo cavalete” suportam o peso do veículo e para tanto devem estar firmemente aplicados. Já os captadores “tipo magnético”, que não suportam o peso do veículo, devem man- ter o ímã bem apoiado na suspensão. Figura 4 – Cavaletes da balanceadora local ou dinâmica. • é conveniente fazer uma marca com giz na lateral do pneu para servir de ponto de referência; • a sensibilidade da balanceadora deve ser ajustada de acordo com o tamanho da roda a ser balanceada e as instruções do fabricante. Th eg ed a Es tú di o de A rt e PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO38 Observações sobre procedimentos Para veículos com câmbio automático, a roda motriz só poderá ser movimentada usando o motor do próprio veículo para evitar danos ao mecanismo da caixa de mudanças. Em balanceadoras infrared, a indicação estroboscópica é substi- tuída por LEDs no painel. Em balanceadoras eletrônicas digitais, o ponteiro é substituído por números digitais. Desligar o motor e colocar a roda na posição vista com a lâmpada estroboscópica. A parte mais pesada é a que se encontra no setor infe- rior e por isso o contrapeso deve ser aplicado na parte oposta superior. Caso o peso seja muito elevado, mais de 50 g para rodas de passeio e mais de 400 g para rodas de caminhões e ônibus, aplicar metade do peso no lado externo e a outra metade no lado interno, na mesma direção, para evitar desbalanceamento dinâmico. Após aplicar o contrapeso, repetir a operação descrita anterior- mente. Se o ponteiro do galvanômetro ficar no zero ou na faixa ver- de de tolerância, a roda estará balanceada. Caso contrário, executar novamente a operação de balanceamen- to, considerando, porém, o contrapeso já aplicado como referência. Comparando a roda com um relógio, o contrapeso deverá aparecer em uma das seguintes posições: • na faixa entre 11 horas e 1 hora: substituir o contrapeso por outro mais pesado, no mesmo local, e em seguida verificar novamente se o balanceamento ficou correto; • na faixa entre 5 horas e 7 horas: substituir o contrapeso por outro mais leve, no mesmo local, e em seguida verificar nova- mente se o balanceamento ficou correto; ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS 39 • na faixa entre 1 hora e 5 horas ou entre 7 horas e 11 horas: deslocar o contrapeso em direção às 12 horas, o equivalente ao seu próprio comprimento. Se o contrapeso mudar de lado, deslocar apenas a metade do comprimento. Verificar nova- mente se o balanceamento ficou correto. Figura 5 – Posição para realocação dos contrapesos. 11 7 1 5 6. Anomalias no balanceamento de rodas Inter-relações entre os sistemas Inter-relações entre os sistemas Caso as vibrações persistam, outras peças rotativas do veículo devem ser diagnosticadas, por exemplo: • eixos cardânicos desbalanceados ou tortos; • discos de freios deformados; • tambores de freios ovalizados; • amortecedores com defeitos. Lembrar também de que esporadicamente ocorrem casos de água dentro dos pneus, em razão de estar cheio com ar muito úmido. Nessas circunstâncias, não é possível balancear a roda, por isso o pneu deve ser desmontado retirando-se a água de seu interior ou de dentro da câmara de ar. 7. Operações com ângulos e cotas Ângulos Cotas Ângulos Conceituação O ângulo é conceituado de acordo com o movimento das incli- nações nas operações com ângulos e cotas. Classificação Os ângulos podem ser classificados em: • retos: medem 90°; • agudos: medem menos de 90°; • obtusos: medem mais de 90°; • rasos: medem 180°; • completos: medem 360°; • complementares: ângulos cuja soma é igual a 90°; • suplementares: ângulos cuja soma é igual a 180°. Simbologia Um ângulo pode ser simbolizado de várias formas: • A: com um arco diante de uma letra maiúscula. • Ângulo a: com uma letra grega (α, β); OPERAÇÕES COM ÂNGULOS E COTAS42 • Â: assinalando o vértice do ângulo com uma letra maiúscula e escrevendo sobre ela o símbolo ^; • AÔB: marcando com uma latina maiúscula o vértice e com duas letras, também maiúsculas. Para nomeá-lo, as três letras são escritas junto, sempre com a letra querepresenta o vértice no centro e sobre ela o símbolo ^. Círculo geométrico O estudo da circunferência é muito vasto e complexo, mas para o mecânico de automóveis a parte que mais interessa é a divisão da circunferência em graus e medidas de ângulos. A circunferência é dividida em 360°, o grau em minutos e o mi- nuto em segundos. 1° (um grau) 5 60’ (sessenta minutos) 1’ (um minuto) 5 60’’ (sessenta segundos) Figura 1 – Divisão da circunferência. 45° 22°30' ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS 43 Representação escrita A escrita obedece à disposição semelhante à do tempo (hora). Grau ° Minuto ’ Segundo ” Exemplo 3°30’08” 5 Três graus, trinta minutos e oito segundos. Observação Sempre se deve escrever conforme o exemplo e nunca somen- te os minutos e/ou os segundos. Para alinhar a direção, muitas vezes é necessário que o operador realize cálculos para determinar os parâmetros (tolerâncias) de ân- gulos e cotas. Para isso, deve-se relembrar como fazer o cálculo. Adição Para somar numericamente dois ângulos (suas medidas), primei- ramente adicionamos as unidades e subunidades correspondentes. Graus Minutos Segundos 23° 12’ 17” 1 Graus Minutos Segundos 1 8° 27’ 9” 31° 39’ 26” Exemplo Para somar 19°20’ e 22°30’, tem-se: 19°20’ 1 22°30’ 41°50’ Quando os segundos ou minutos têm soma que excede a 60, é preciso transformá-los, sempre começando na ordem: se- gundos → minutos → graus. OPERAÇÕES COM ÂNGULOS E COTAS44 5°40’10” 1 10°32’52” 15°72’62” Fazendo as transformações tem-se: 15°72’ 62” → 62” equivale 1’02”, pois a cada 60” vale 1’. Então deve-se somar com os minutos: 15°72’00” 1 1’02” 15°73’02” 15° 73’ 02” → 73’ equivale 1°13’, pois a cada 60’ vale 1°. Então deve-se somar com os graus: 15°00’02” 1 1°13’00” 16°13’02” Resultado da soma: 16°13’02”. Subtração Para subtrair dois ângulos, é preciso que os números de graus, minutos e segundos do minuendo sejam maiores do que os do sub- traendo. Sendo assim, subtraem-se segundos de segundos, minutos de minutos e graus de graus. Se alguma expressão do minuendo for menor do que a do subtraendo, são feitas as seguintes transformações no minuendo: 1° em 60’ e 1’ em 60” até ser possível a subtração em todas as unidades. 83 minuendo 2 42 subtraendo 41 resto/diferença ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS 45 Exemplos 1. Qual a diferença entre 28°12’34” e 13°40’52”? Com menos segundos no minuendo do que no subtraendo, transforma-se 1’ dos 12’ que existem no minuendo em segun- dos e soma-se aos 34” existentes, totalizando 94”. Restam-nos 11’, que são insuficientes. Transforma-se 1° em minutos e so- ma-se aos 11’ existentes, totalizando 71’. No subtraendo não será necessário realizar transformação, pois a regra é tirar do maior. Aplicando o que foi dito: 28°12’34” → 1’ 5 60” então 28°11’94” 28°11’94” → 1° 5 60’ então 27°71’94” A subtração ficará assim: 27°71’94” 2 13°40’52” Como na soma, coloca-se a unidade igual alinhada uma sobre a outra e efetua-se a subtração como se fosse número inteiro. 27°71’94” 2 13°40’52” 14°31’42” O resultado é 14°31’42”. 2. Qual a diferença entre 22°56’00” e 7°00’38”? Com menos segundos no minuendo do que no subtraendo, transforma-se 1’ dos 56’ que existem no minuendo em segun- dos e soma-se ao 00” existente, totalizando 60”. Restam-nos 55’, que são suficientes. No subtraendo não será necessário realizar transformação, pois a regra é tirar do maior. Aplicando o que foi dito: 22°56’00” → 1’ 5 60” então 22°55’60” OPERAÇÕES COM ÂNGULOS E COTAS46 A subtração ficará assim: 22°55’60” 2 7°00’38” 22°55’60” 2 7°00’38” 15°55’22” O resultado é 15°55’22”. Multiplicação Para multiplicar um número por um ângulo, multiplica-se o nú- mero pelos segundos, minutos e graus, respectivamente. 11°23’31” 3 6 66°138’186” Como o número de segundos e o de minutos é maior do que 60, é preciso transformá-los na unidade superior. 186” 2 60” 5 126” 126” 2 60” 5 66” Somam-se os 3’ aos 138’ e obtêm-se 141’. 141’ 2 60’ 5 81’ 81’ 2 60’ 5 21’ Somam-se os 2° aos 66° e obtêm-se 68°. O resultado é 68°21’06”. 60” equivale 1’ então têm-se 3’, pois 3 vezes – 60” e 66” – 60” 5 06”; sobram 06” 60’ equivale 1° então têm-se 2°, pois 2 vezes – 60’ e sobram 21’ ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS 47 Divisão Para dividir um ângulo por um número, deve-se dividir os graus, os minutos e os segundos pelo número. Considerar que os diferentes restos obtidos terão de ser previamente transformados na unidade inferior. Exemplo Fazer a divisão de 356°13’38” por 12. Se o número de graus for menor do que o número pelo qual se está dividindo, transformam-se os graus em minutos e ini- cia-se a divisão. 356° 12 13’ 38” 116° 29° 1 480’ 1 60” Resto → 08° 493’ 12 98” 12 3 60 13’ 41’ 2” 8” 480’ Resto → 1’ ↑ 3 60 Resto 60” Resultado: 29°41’08” e 02” de resto. Graus decimais Em alguns livros ou manuais de matemática, são encontradas medidas de ângulos expressas em graus decimais. Por exemplo: 2,8° → 3,4° → 5,6°. Para converter graus decimais em graus sexagesimais, são feitas as seguintes operações: 2,8° → 2° e 0,8 3 60’ 5 48’ → 2,8° 5 2°48’ Para converter o inverso, faz-se o seguinte: 3°48’ → 3° e 48 ÷ 60’ 5 0,8’ → 3°48’ 5 3,8° OPERAÇÕES COM ÂNGULOS E COTAS48 Cotas Conceituação Os valores dos ângulos e das cotas do alinhamento de direção são estipulados pela engenharia da montadora, que leva em conta vários fatores, como menor desgaste irregular de pneus, retorno da direção à posição reta para a frente, precisão nas manobras, entre outros. Para que tudo isso funcione de forma correta, esses valores são estipulados com certas tolerâncias, que variam de veículo para veí- culo e que são escritos da seguinte forma: 1°15’ 6 0°15’ 11,00 mm 6 0,50 mm 1°1 4 6 0°1 4 Unidades Partindo do princípio da matemática, números em uma reta à esquerda do ponto “zero” são os números negativos e à direta, os números positivos. Os parâmetros dos ângulos e das cotas de um veículo obedecem a esse mesmo princípio. 25 24 23 22 21 0 11 12 13 14 15 Figura 2 – Números em uma reta. Cada parâmetro contém: • um valor mínimo; • um valor padrão; • um valor máximo. Cálculos Para o cálculo correto dos valores, são necessárias as operações matemáticas que foram apresentadas anteriormente. ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS 49 Exemplos 1. Calcular os parâmetros do ângulo 1°00’ 6 0°30’. Valor padrão 5 1°00’. Isso implica o fato de que o referido ângulo poderá ter uma variação de 0°30’ para menos e para mais. Valor mínimo Valor máximo 1°00’ 1°00’ 2 0°30’ 1 0°30’ 0°30’ 1°30’ Colocando esses valores em uma reta: 0°30' 1°00' 1°30' 2. Calcular os parâmetros da cota 1,00 mm 6 0,50 mm. Valor padrão 5 1,00 mm. Isso implica o caso de que o referido ângulo poderá ter uma variação de 0,50 mm para menos e para mais. Valor mínimo Valor máximo 1,00 mm 1,00 mm 2 0,50 mm 1 0,50 mm 0,50 mm 1,50 mm Colocando esses valores em uma reta: 0,50 mm 1,50 mm1,00 mm 3. Calcular os parâmetros da cota 1°3 4 6 0°1 4 . Para calcular esse tipo de parâmetro considera-se que o ângu- lo foi fracionado em quatro partes iguais: OPERAÇÕES COM ÂNGULOS E COTAS50 1 4 1 2 3 4 0 1° Valor padrão 5 1°. Isso implica dizer que o referido ângulo poderá ter uma varia- ção de 0°1 4 para menos e para mais. Valor mínimo Valor máximo 2 5 51° 3 4 1 4 1° 2 4 1° 1 2 2 2 1 5 5 51° 3 4 1 4 1° 4 4 1°1 1 2° 2 2 Colocando esses valores em uma reta: 2° °1 1 2 °1 3 4 Exercícios 1. Realizar as seguintes operações. a) 86°26’45” 2 18°34’34” b) 48°47’00” 1 16°38’34” c) 30°00’00” 1 22°39’34” d) 88°19’23” 2 45°44’59” e) 359°26’45” 2 123°34’58” f) 48°47’08” 2 48°38’34” ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS 51 Exercícios 2. Transformar em graus sexagesimais. a) 3,4° b) 4,7° c) 1,2° d) 5,9° 3. Transformar em graus decimais. a) 4°12’ b) 2°26’ c) 6°54’ d) 8°38’ 4. Estipular os parâmetros e fazer a reta com os valores. a) 12°15’ 6 0°45’ b) 13°00’6 1°00’ c) 10°15’ 6 0°15’ d) 11°45’ 6 0°30’ e) 10°45’ 6 1°00’ f) 12°00’ 6 0°30’ g) 20°15’ 6 0°30’ h) 21°00’ 6 0°30’ i) 22°15’ 6 0°45’ j) 20°45’ 6 0°45’ k) 20°30’ 6 0°45’ l) 20°45’ 6 1°15’ 5. Estipular os parâmetros e fazer a reta com os valores. a) 10,00 mm 6 1,00 mm b) 10,50 mm 6 0,50 mm c) 10,75 mm 6 0,25 mm d) 10,25 mm 6 0,50 mm e) 11,25 mm 6 0,75 mm f) 20,25 mm 6 0,75 mm g) 20,75 mm 6 0,75 mm h) 20,50 mm 6 1,00 mm i) 21,00 mm 6 1,00 mm j) 21,50 mm 6 0,75 mm OPERAÇÕES COM ÂNGULOS E COTAS52 Exercícios 6. Estipular os parâmetros e fazer a reta com os valores. a) 11°1 2 6 0°1 2 b) 10°3 4 6 0°1 2 c) 11°1 4 6 0°3 4 d) 20°3 4 6 0°1 2 e) 21°1 2 6 1° f) 11°1 4 6 1°1 2 8. Procedimentos de inspeção na suspensão Pneus e rodas Componentes do sistema de direção e suspensão Utilização de EPI e EPC O conjunto da suspensão sofre desgaste natural, ocasionando fol- gas que geram ruídos e deficiência na estabilidade do veículo. Por isso, deve-se sempre fazer revisão na parte de articulação do sistema de suspensão. Pneus e rodas • Verificar se há desgaste irregular dos pneus. • Verificar se o tamanho, o desenho e a marca dos pneus são iguais. • Não misturar pneus radiais e convencionais. • Conferir a calibragem dos quatro pneus e fazer as correções necessárias. • Verificar as rodas quanto a danos, torções e amassamentos. Componentes do sistema de direção e suspensão • Verificar se há desgaste nos terminais. PROCEDIMENTOS DE INSPEÇÃO NA SUSPENSÃO54 Figura 1 – Verificação da folga dos terminais. • Verificar, nos braços da suspensão e na barra estabilizadora, o estado das buchas quanto a folgas e danos. • Verificar se há livre movimentação das rodas em ambos os sentidos. • Verificar o estado da barra de direção quanto a desgastes e folgas. • Verificar o estado das molas e dos amortecedores (observar a altura do veículo). • Os componentes danificados devem ser consertados ou subs- tituídos para obter um serviço de alinhamento bem feito. • Verificar os cubos de rodas e rolamentos com relação a folga. • Verificar a folga na caixa de direção. Observação Em alguns tipos de veículos é permitida a regulagem da altu- ra da suspensão. Para isso, consultar valores e procedimentos no manual do fabricante. Th eg ed a Es tú di o de A rt e ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS 55 Figura 2 – Verificação do ajuste da altura do veículo. Ao reparar o sistema de articulação, devem-se tomar alguns cui- dados, pois, como se trata de um sistema de segurança do veículo, qualquer descuido pode ocasionar acidente. Portanto, são recomen- dados os seguintes procedimentos: • não utilizar chave de fenda para ver folga no terminal, pois ela pode danificar as coifas de proteção ou ocasionar acidentes; • verificar se os terminais são compatíveis com os que estão especificados pelo fabricante do veículo, pois se o terminal for diferente pode comprometer a estabilidade. Figura 3 – Verificação da folga da suspensão. Th eg ed a Es tú di o de A rt e verificação da folga Th eg ed a Es tú di o de A rt e PROCEDIMENTOS DE INSPEÇÃO NA SUSPENSÃO56 É sempre recomendado consultar o manual da montadora do veículo para verificar algum procedimento específico antes de ali- nhar a direção. Figura 4 – Pontos de verificação na suspensão. trincas ou fadiga folga folga folga folga folga vazamento amassamento folga folga folga folgafolgafolgafolga folga folga folga folga folga ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS 57 Utilização de EPI e EPC Nas oficinas de reparação de automóveis, a utilização de EPIs é de suma importância, pois várias atividades desenvolvidas nesse lo- cal apresentam riscos à saúde e à segurança. A seguir, serão descritas algumas atividades, seus riscos e os equipamentos de segurança ne- cessários para evitar acidentes. Serviços em sistemas de suspensão, direção e freio: • riscos: atividade com o veículo elevado (risco de queda de peças e ferramentas), peças contaminadas com óleo e graxa (contaminação da pele); • EPIs necessários: luva tricotada com pigmentos nitrílica na palma, óculos de segurança e sapato de segurança. Medidas preventivas de segurança: • antes de alinhar a direção, verificar se o veículo está em ponto morto, se o freio de estacionamento está aplicado e se as rodas estão calçadas; • manter a área de trabalho limpa, seca e organizada; • manter as ferramentas e as peças fora do piso e/ou sobre o veículo; • a área de trabalho deve ser ventilada e iluminada; • utilizar calços de segurança para travamento do veículo; • não usar anéis, relógios ou outras joias; • nos cabelos compridos, usar rede de proteção; • verificar se todas as ferramentas estão em boas condições; • verificar se todos os dispositivos e os equipamentos de serviço foram removidos do motor após efetuar o trabalho; PROCEDIMENTOS DE INSPEÇÃO NA SUSPENSÃO58 • ao utilizar a rampa pneumática, verificar se ela está travada e apoiada corretamente; • dependendo do modelo da rampa, será necessária a ajuda de outra pessoa para auxiliar na elevação e no travamento dela. Se for o caso, utilizar os espelhos para auxiliar na colocação do veículo na rampa ou valeta; • utilizar a banqueta para operação do alinhamento na rampa. 9. Geometria de direção Características construtivas Tipos de ângulos Tipos de cotas Alinhamento ou geometria é o ajuste da suspensão em determi- nados valores que mantenham a segurança e a estabilidade do veí- culo. Por isso, qualquer mudança nesses valores gera o desalinha- mento das rodas e outras irregularidades mecânicas. Em um alinhamento de direção é fundamental a medição de ângulos e cotas como: • cáster; • câmber; • convergência; • divergência; • KPI ou SAI; • divergência em curvas; • set back (diferença coaxial dos eixos). O ajuste do alinhamento de um veículo é basicamente a busca do equilíbrio entre a estabilidade do veículo, quando está rodando em linha reta (que é proporcionada pela convergência), e a resposta rá- pida da direção (que é promovida pela divergência). GEOMETRIA DE DIREÇÃO60 Características construtivas O objetivo das montadoras é obter um alinhamento das rodas dianteiras igual a zero quando o carro estiver em movimento, o que elimina o arrasto lateral dos pneus e minimiza o desgaste. Se for um veículo com tração traseira, as rodas dianteiras saem da condição de descanso e sofrem um deslocamento para fora da linha central do veículo. Em outras palavras, ficarão divergentes (toe out). Se o veículo estiver com tração dianteira, as rodas dianteiras apresentarão um deslocamento para a linha central dele. Em outras palavras, ficarão convergentes (toe in). Ambas as situações estão em ajuste estático e buscam atingir o valor ideal igual a zero quando o veículo estiver em movimento. Com suspensão independente nas quatro rodas, o alinhamento deve também ser ajustado na parte traseira do carro. Esse ajuste do alinhamento tem o mesmo efeito no desgaste, na estabilidade e no esterçamento, como acontece no ajuste dianteiro. Tipos de ângulos Câmber Conceituação O ângulo câmber é formado pela inclinação da linha nominal da roda com relação à vertical, ou seja, o deslocamento da parte superior da roda, obtido pela inclinação do montante (manga de eixo) medi- do em graus. Nos veículos pesados e nos utilitários, esse ângulo é medido através do pino mestre da suspensão. ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS 61 Funções • Corrigir o ângulo de contato do pneu com o solo, permitindo que este mantenha o máximo de contato possível em curvas. • Evitar que solavancos do solo sejam transmitidos diretamen- te ao volante do veículo. • Poupar os rolamentos de roda e facilitar manobras de baixa velocidade. • Auxiliar na estabilidade direcional do veículo em velocidade, acentuando a tendência dos pneus a continuar em linha reta. Tipos de câmber O câmber pode ser: • nulo: quando a linha normal da roda coincidir com a linhavertical (não existe inclinação); • positivo: quando a parte superior da roda ficar para fora de- vido à inclinação; • negativo: quando a parte superior da roda ficar voltada para dentro devido à inclinação. Figura 1 – Ângulo de câmber. positivo nulo negativo GEOMETRIA DE DIREÇÃO62 Observação A diferença máxima permitida entre as rodas é de 0°30’. Formas de regulagem Nem todos os veículos permitem a regulagem ou a correção des- se ângulo. Existem empresas que fabricam equipamentos “prensas” para o ajuste desse ângulo, porém essa reparação não é recomendada pelo fabricante. Esse procedimento pode comprometer os rolamen- tos de roda, o amortecedor e até mesmo o próprio cubo de roda. Caso os valores estejam fora do especificado pelo fabricante, deve-se substituir os componentes da suspensão que influenciam nesse ângulo, como braço oscilante, montante “manga de eixo”, amortecedores de coluna “torre ou estrutural”, entre outros. Existem veículos que permitem essa regulagem, que deve ser fei- ta com orientação do manual do fabricante para verificar especifica- ções e procedimentos. Valores fora do especificado A diferença para o desgaste por câmber incorreta provoca a de- formação da banda de rodagem, fazendo com que ela ganhe um desenho inclinado na posição em que trabalha. Figura 2 – Desgaste do pneu com câmber. ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS 63 Câmber negativo: ocasiona desgaste prematuro no ombro interno do pneu. Projeta o ponto de aplicação do peso do veículo para a extremidade do eixo da roda, gerando um efeito de alavanca que causa instabilidade vertical e fadiga, tanto no eixo quanto nos demais componentes da suspensão. Câmber positivo: ocasiona desgaste prematuro no ombro externo dos pneus. Projeta o ponto de aplicação do peso do veículo para a parte interna do eixo da roda, diminuindo o efeito de alavanca. Con- sequentemente, aumenta a estabilidade vertical do veículo. Câmber desigual: quando não houver especificações do fabrican- te, deve-se tolerar uma diferença máxima de meio grau de câmber lado a lado. O veículo tende a “puxar” para o lado da roda que estiver com o ajuste de câmber mais positivo. Cáster Definição É a inclinação para a frente ou para trás do pino mestre (pivô) com relação à vertical ou ao ângulo de avanço do pivô (eixo imagi- nário de apoio do veículo). Ele é medido em graus. Nos veículos modernos de suspensão independente, o ângulo cáster é obtido através da inclinação dada ao suporte do montante, que por sua vez obriga o pino mestre a acompanhar essa inclinação. Função Proporcionar estabilidade direcional, pois quanto maior o ângu- lo cáster de um veículo maior será sua tendência em manter as rodas alinhadas durante a rodagem O cáster, quando positivo, projeta à frente o eixo de giro, estabelecendo o ponto de carga para a frente do GEOMETRIA DE DIREÇÃO64 ponto de contato da roda com o solo. Com isso, as rodas tendem a manter-se alinhadas para a frente, impondo ao veículo uma trajetó- ria em linha reta, e logo que efetuada uma curva permite o autorre- torno das rodas à posição primitiva. O cáster, apesar de ser um ân- gulo crítico para o controle do veículo, não influencia no desgaste dos pneus. Em contrapartida, um cáster menor faz a direção ficar mais leve. Um exemplo típico de cáster pode ser visto em uma bicicleta, onde o mancal do garfo é colocado bem atrás do centro da roda. Graças a esse sistema, a roda tende a voltar para a posição reta, depois de virar em uma curva. Figura 3 – Ângulo de cáster. Tipos de cáster O cáster pode ser: • positivo: quando a projeção da linha de centro do pivô estiver à frente do ponto de apoio da roda ao solo; • nulo: quando a linha de centro do pivô coincidir com o ponto de apoio da roda ao solo; • negativo: quando a projeção da linha de centro do pivô estiver atrás do ponto de apoio da roda ao solo. ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS 65 Figura 4 – Ângulo de cáster. Formas de regulagens A maioria dos veículos não permite a regulagem ou correção des- se ângulo. Existem empresas que fabricam equipamentos “prensas” para o ajuste desse ângulo, porém essa reparação não é recomendada pelo fabricante. Esse procedimento pode comprometer a longarina e os braços da suspensão. Caso os valores estejam fora do especificado pelo fabricante, devem-se substituir os componentes da suspensão que influenciam nesse ângulo, como braço oscilante, terminal esférico, entre outros. Observação Existe, para alguns modelos de veículos, posição ou lado de montagem do terminal esférico “pivô”. Caso seja montado de forma errada, poderá influenciar no ângulo cáster. Nos veículos que permitem essa regulagem, ela deve ser feita com orientação do manual do fabricante para verificar especificações e procedimentos. negativo nulo positivo ponto de apoio do pneu com o solo GEOMETRIA DE DIREÇÃO66 Valores fora do especificado Os efeitos de um cáster fora das especificações são os seguintes: • quando insuficiente: ◆ reduz a estabilidade direcional em alta velocidade; ◆ reduz o esforço direcional requerido em baixa velocidade; • quando excessivo: ◆ aumenta a estabilidade direcional em alta velocidade; ◆ aumenta o esforço direcional requerido em baixa velocidade; ◆ pode causar vibrações laterais em alta velocidade; • diferente lado a lado: ◆ pode causar tendências no veículo de “puxar” para um dos lados e pode causar problemas em frenagens violentas. A diferença máxima permitida entre as rodas é de 0°30’. Ângulo de inclinação do eixo de direção (KPI ou SAI) Conceituação É o ângulo formado pela inclinação da linha imaginária que pas- sa pelos centros do amortecedor e do terminal da suspensão (pivô), em relação ao plano de apoio do veículo. ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS 67 Figura 5 – Inclinação do pino mestre. Esse ângulo é usado para indicar se o monobloco está desalinha- do ou para determinar se a manga de eixo e o tubo do amortecedor estão danificados devido a algum tipo de acidente. King pin inclination (KPI) é a inclinação do pino mestre. Essa nomenclatura é utilizada nos veículos dotados de pino mestre. Steering axle inclination (SAI) é a inclinação do eixo de direção. Essa nomenclatura é utilizada nos automóveis. Funções • Retorno da direção à sua posição original após uma manobra. • Redução das vibrações no volante, provocadas por trajetos irregulares. • Redução do efeito de alavanca sobre a ponta de eixo, projetan- do o peso do veículo para o centro da banda de rodagem dos pneus. SAI KPI câmber inclinação do pino mestre ou KPI Th eg ed a Es tú di o de A rt e GEOMETRIA DE DIREÇÃO68 Formas de regulagens A maioria dos veículos não permite a regulagem ou correção des- se ângulo. Caso os valores estejam fora do especificado pelo fabri- cante, devem-se substituir os componentes da suspensão que in- fluenciam esse ângulo, como braço oscilante, terminal esférico e montante “manga de eixo”. Valores fora do especificado Quando ângulo está fora do especificado ocorre o seguinte: • o veículo tem dificuldades para retornar as rodas à posição reta para a frente; • transmite com intensidade as vibrações de trajetos irregulares das pistas; • o volante de direção fica “pesado” ao esterçar. Set back Definição É o ângulo formado entre a linha imaginária que une os centros das rodas e a perpendicular da linha central de referência (LCR) do veículo; ele é medido em graus. Representa visualmente o atraso de uma das rodas dianteiras em relação à outra. ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS 69 Figura 6 – Set back. Tipos de set back Considera-se o set back positivo quando a roda esquerda está à frente da direita e negativo quando a roda direita está à frente da esquerda. Figura 7 – Tipos de set back. plano central do veículo Th eg ed a Es tú di o de A rt e positivo negativo set back GEOMETRIA DE DIREÇÃO70 Formas de regulagens Dependendo do modelo da suspensão do veículo, esse ângulo não poderá ser ajustado,tendo-se de realizar o alinhamento técnico em oficinas especializadas. Porém, há alguns veículos que podem ser ajustados se forem soltos os parafusos de fixação do quadro da sus- pensão “agregado”, por causa das folgas existentes no furo interno das buchas de fixação, e isso também poderá ser feito no eixo trasei- ro. Se o valor não constar na especificação do fabricante, será neces- sário levar o veículo a uma oficina especializada para “gabaritar” o monobloco ou chassis. Figura 8 – Mesa alinhadora. Th eg ed a Es tú di o de A rt e ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS 71 Valores fora do especificado Ângulos set back superiores a 3/4 graus podem: • fazer com que o veículo desvie sua trajetória para o lado da roda que estiver mais atrasada; • causar desgaste irregular nos pneus. Tipos de cotas Convergência ou divergência Conceituação A convergência ou divergência da roda é a medida formada pela linha central da roda e a linha central longitudinal do veículo, olhan- do o veículo de cima. A soma dos valores medidos entre os pneus na altura da ponta de eixo é o valor total da convergência ou divergência. Função A convergência positiva é a responsável pela estabilidade do veí- culo em linha reta. Tipos de convergência ou divergência Quando as extensões das linhas centrais da roda tendem a se encontrar na frente do veículo, no sentido do seu curso, há uma condição convergente (toe in), porém, se as linhas tendem a se en- contrar atrás do sentido do curso do veículo, há uma condição de divergência (toe out). GEOMETRIA DE DIREÇÃO72 A convergência pode ser: • convergente: quando a medida da parte de trás da roda é maior do que a da parte da frente; Figura 9 – Convergência. • divergente: quando a medida da parte da frente da roda for maior do que a parte de trás; Figura 10 – Divergência. ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS 73 • nula: quando não houver diferença entre as medidas, ou seja, são iguais. Figura 11 – Nula. Os ajustes de convergência afetam três áreas principais de desem- penho: o desgaste de pneus, a estabilidade em linha reta e a estabili- dade na entrada de curvas. A duração máxima operativa de um pneu se obtém desde que a convergência das rodas dianteiras seja nula em movimento ou pró- xima a isso. Para obter convergência nula, é necessário deixar peque- na divergência (convergência negativa) nas rodas dianteiras com o veículo parado. Regulagens A regulagem ou correção dessa cota é realizada por meio do bra- ço axial da caixa de direção ou nas barras da direção. Praticamente, todos os veículos permitem a correção dessa cota. GEOMETRIA DE DIREÇÃO74 Figura 12 – Regulagem da convergência ou da divergência. A regulagem da convergência leva em consideração o tipo de tração do veículo, a saber: • veículos com tração dianteira geralmente são regulados com a convergência negativa “divergência”; • veículos com tração traseira geralmente são regulados com a convergência positiva. M ur ilo C és ar d a Si lv a terminal da barra da direção terminal da barra da direção barra da direção (tubo de ajuste) barra da direção terminal da cremalheira ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS 75 Valores fora do especificado • Convergência demasiada pode causar o desgaste acelerado nas bordas externas. • Divergência demasiada pode causar o desgaste acelerado nas bordas internas. Figura 13 – Desgaste do pneu com divergência ou convergência fora do especificado. Assim, para atender à condição mínima de desgaste de pneus e de arrasto quando o veículo está em movimento, muitos veículos de tração dianteira são ajustados com divergência na parte dianteira, pois quando o torque do motor é aplicado às rodas elas tendem a girar para a linha de centro do veículo para compensar esse comportamento. Do mesmo modo, uma roda não tracionada tenderá a divergir quando sofrer um deslocamento em função da aceleração do veículo. Esse comportamento é mais visível em veículos com tração traseira. Os veículos de passeio são equipados com buchas de borracha nos braços da suspensão, assim eles podem se mover em uma ampli- tude determinada, quando são carregados, e reduzir sensivelmente GEOMETRIA DE DIREÇÃO76 a transferência de vibrações para a carroceria. Os projetistas têm usa- do essa característica das buchas para seu próprio benefício, utilizando pouca convergência na parte traseira para alterar a geração dos ângu- los de arraste e também das forças laterais nos pneus traseiros. Se permitir um pouco de deformação nas barras laterais diantei- ras de uma suspensão do tipo braço de controle, o eixo traseiro vai convergir para o centro do veículo quando ele fizer uma curva. Divergência em curvas Conceituação É a diferença entre os ângulos assumidos pelas rodas dianteiras no instante que estiver realizando uma curva. Funções • Evitar o atrito excessivo dos pneus com o solo no instante que o veículo estiver realizando uma curva. • Garantir a simetria da trajetória. Figura 14 – Divergência com curvas. 18° 20° ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS 77 Formas de regulagens Não possui regulagem, fazendo parte do projeto da suspensão, sendo obtida através da posição angular dos braços de direção. 10. Procedimentos de execução do alinhamento Procedimentos Ajustes com dados corretos de veículos Centralização da caixa de direção Ferramentas e equipamentos Procedimentos • Posicionar o veículo na valeta ou na rampa de alinhamento com as rodas dianteiras centradas nos pratos giratórios. • Utilizar os espelhos para visualização no momento de subir com o veículo na rampa ou na valeta. • Colocar a caixa de mudanças do veículo em ponto morto e destravar o freio de estacionamento. • Colocar calços na frente e atrás da roda traseira do veículo. Observação A valeta e a rampa de alinhamento deverão permanecer nive- ladas para executar um perfeito alinhamento. ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS 79 • Acertar a pressão dos pneus com as especificações do fabricante. • Inspecionar se existe desgaste, frouxidão ou avarias na suspen- são e componentes de articulação da direção. Observação Ver Capítulo 8 sobre procedimento de inspeção da suspensão. • Aplicar os sensores nas rodas e fazer a compensação. • Para aros de aço ou com borda saliente, os grampos devem ser presos a partir da parte interna. Figura 1 – Tipo de fixação do cabeçote de alinhamento. • No caso de aros de liga, fixar os grampos a partir da parte externa. Figura 2 – Tipo de fixação do cabeçote de alinhamento. PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO DO ALINHAMENTO 80 • Se necessário, forçar para que os grampos de fixação penetrem corretamente na posição entre o aro e a borda do pneu. Figura 3 – Tipo de fixação do cabeçote de alinhamento. • Abaixar o veículo sobre os pratos giratórios de modo que fi- quem centralizados. • Balançar o veículo de três a quatro vezes para permitir o as- sentamento da suspensão. • Corrigir a posição das rodas para a frente. • Nivelar e fixar os sensores. Figura 4 – Cabeçote de alinhamento instalado. fixador da cabeça sensora nível de bolha ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS 81 • Aplicar o depressor do pedal de freio e acionar o freio de estacionamento. • Iniciar fazendo as leituras do eixo traseiro e depois do eixo dianteiro. • Começar a leitura sempre nesta ordem: câmber → cáster → convergência. • Alguns veículos permitem a regulagem de ângulos e cotas. Fazer seguindo esta ordem: câmber → cáster → convergência. • Travar o volante com o depressor e iniciar a regulagem de ângulos e cotas. Consultar o manual do fabricante quanto aos valores dos ângulos e das cotas. Ajustes com dados corretos de veículos É comum no mercado não escolher os ajustes nas tolerâncias cor- retas em determinado veículo. Isso acontece por diversas causas: • o operador de um alinhador – no caso óptico – não consulta a tabela correta do veículo que vai ajustar; • no caso do alinhador computadorizado, o operador não sabe escolher,dentro do banco de dados veiculares, qual o veículo correspondente ao que vai medir e ajustar; • o alinhador computadorizado não possui o banco de dados atualizado e o operador escolhe um veículo “chutado”, que será o adequado. PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO DO ALINHAMENTO 82 Para exemplificar melhor a importância da escolha correta do veículo em um banco de dados, no mercado brasileiro o veículo Gol, da Volkswagen, apresenta 13 tipos diferentes de ajustes. Operador Qualquer colaborador que manusear um equipamento deverá ser devidamente treinado pelo fabricante dele ou por um técnico habi- litado. O referido funcionário deverá ter acesso constante aos manu- ais de operação do equipamento a fim de esclarecer eventuais dúvi- das. Treinamentos periódicos de reciclagem de conhecimentos deverão ser aplicados. Centralização da caixa de direção É realizada com o objetivo de manter as rodas paralelas com a linha central de referência (LCR), evitando que ocorram diferenças no curso de esterçamento entre as rodas. Caso a caixa de direção esteja descentralizada, o veículo vai des- viar a sua trajetória para um dos lados, resultando no desgaste pre- maturo e irregular dos pneus. Sua finalidade é garantir o perfeito enquadramento entre as rodas, a caixa de direção e o posicionamento do volante. Procedimentos de centralização • Girar o volante para um dos lados até o fim do curso. • Utilizar fita adesiva e alavanca de seta como referência e fazer uma marcação no volante. ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS 83 • Escrever na fita o numeral 1, dando a entender que será a primeira marcação. • Girar o volante para o lado oposto, contando as voltas em relação à marcação inicial até o final do curso. • Utilizar fita adesiva e alavanca de seta como referência e fazer outra marcação no volante. • Escrever na fita o numeral 2, dando a entender que será a se- gunda marcação. • Fazer nova marcação com o numeral 3 entre as duas marcas existentes e voltar à metade das voltas dadas pelo volante até a coincidência da terceira marca. • Caso o volante não esteja alinhado, sacar e posicionar de forma que fique alinhado. Ferramentas e equipamentos Tipos de ferramentas e equipamentos Garra rápida O equipamento deverá ser encaixado no eixo da garra, sendo um para o lado direito e outro para o lado esquerdo do veículo. Nunca colocar ou retirar a garra na roda com o equipamento acoplado ao eixo para não haver acidentes com uma possível queda. PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO DO ALINHAMENTO 84 Figura 5 – Cabeçote de alinhamento. Rampa Figura 6 – Elevador tipo rampa. M ur ilo C és ar d a Si lv a M ur ilo C és ar d a Si lv a ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS 85 Valeta Figura 7 – Poço de alinhamento. Prato giratório Figura 8 – Placa giratória. Defletor do pedal de freio Figura 9 – Dispositivo para travar o freio de serviço. Ac er vo S EN AI -S P M ur ilo C és ar d a Si lv a Th eg ed a Es tú di o de A rt e PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO DO ALINHAMENTO 86 Defletor do volante de direção Figura 10 – Dispositivo centralizador do freio. Macaco pneumático Figura 11 – Macaco pneumático. M ur ilo C és ar d a Si lv a Th eg ed a Es tú di o de A rt e ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS 87 Aparelho alinhador Óptico ou laser Esse modelo de equipamento utiliza um projetor óptico ou laser e a leitura se dá em um painel com as graduações de ângulos e cotas do alinhamento. • Óptico: utiliza a luz e a sombra como fator de orientação. Pos- sui escala de medição do quadro mais precisa em comparação ao modelo a laser. • Laser: o facho de luz emitido por um laser localizado no pro- jetor vai de encontro ao painel e escala de medição. Figura 12 – Alinhador a laser ou óptico. Computadorizado Esse equipamento revolucionou o mercado, pois se consegue maior precisão na leitura de ângulos e cotas. • Computadorizado: algumas pessoas se confundem ao achar que o sistema de alinhamento computadorizado faz tudo so- zinho. Isso não é verdade. A diferença é que os dispositivos de medição (projetor) possuem sensores internos que interligam Th eg ed a Es tú di o de A rt e PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO DO ALINHAMENTO 88 entre si e informam o computador sobre as condições da ge- ometria da suspensão do veículo em questão. Mesmo com o sistema computadorizado, a intervenção do reparador é fun- damental. Figura 13 – Alinhador a laser computadorizado. Nesse tipo de aparelho, é importante ter cuidado com os disposi- tivos de medição para evitar queda, o que poderá descalibrar os sen- sores internos. Esse sistema é o mais propenso a interferências, uma vez que os dispositivos de medição informam ao computador valores que, a olho nu, o reparador não poderá conferir. 3D Com tecnologia inovadora, esse equipamento permite realizar as medições de um veículo com rapidez e precisão. M ur ilo C és ar d a Si lv a ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS 89 Figura 14 – Alinhador computadorizado 3D. Manutenção A manutenção do aparelho de alinhamento deve ser executada por técnicos especializados, pois qualquer erro poderá ocasionar lei- turas e correções erradas nos veículos, causando desde o desgaste irregular dos pneus até a perda da estabilidade direcional, podendo ocasionar sérios acidentes. Alguns fabricantes de equipamentos recomendam a calibração do aparelho a cada seis meses; outros, a cada um ano. Os cabos de ligação em um alinhador computadorizado deverão sempre estar em boas condições, já que poderão apresentar, por ma- nuseio inapropriado, mau contato, tendo diferentes valores de medição. Os sensores (cabeças de medição) são os equipamentos eletrôni- cos que possibilitam efetuar as medições necessárias, por isso deve- rão ser mantidos em perfeito funcionamento. M ur ilo C és ar d a Si lv a PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO DO ALINHAMENTO 90 Se houver uma eventual queda desses aparelhos, será obrigatória a medição comparativa em uma ferramenta de controle chamada calibrador. É necessário assegurar a manutenção preventiva da rampa. Limpeza Manter o aparelho e suas ferramentas sempre limpos e, quando necessário, fazer a lubrificação nos pontos móveis, como articulações das garras, fusos e manípulos. Conservação Um equipamento de alinhamento deverá sempre ser mantido em perfeito estado de conservação mecânico, já que está projetado para medir diversos ângulos com precisão de 2 minutos, isto é, 0,05 grau, ou ainda 0,3 mm de margem. Isso significa um nível de precisão muito alto, já que os fabricantes de veículos obrigam um ajuste den- tro de margens. Assim, as garras de fixação nos pontos de apoio nas rodas, bem como no eixo de fixação do sensor, não deverão apresentar jogos, já que essas tolerâncias poderão levar a medições e, posteriormente, ajustes fora das tolerâncias. 11. Anomalias na geometria de direção Quando realizar a inspeção do alinhamento ou a geometria da suspensão O que pode causar o desalinhamento do veículo Causas mais comuns relacionadas à instabilidade Quando realizar a inspeção do alinhamento ou a geometria da suspensão Recomenda-se inspecionar a cada 10 mil km. O que pode causar o desalinhamento do veículo • Impacto em buracos, guias etc. • Desgaste dos componentes da suspensão. • Substituição dos componentes da suspensão. Causas mais comuns relacionadas à instabilidade Instabilidade • Pressão do pneu inadequada. • Ajuste incorreto da caixa de direção. ANOMALIAS NA GEOMETRIA DE DIREÇÃO92 • Terminais de direção com folgas. • Eixo traseiro mal ajustado. • Cáster excessivamente negativo. • Convergência ou divergência excessiva. • Pneus com deformações. • Amortecedores desgastados. • Buchas dos tirantes desgastadas. Desgaste anormal dos pneus • Pressão dos pneus incorreta. • Rodas excêntricas. • Peças da suspensão com folgas. • Convergência ou divergência fora da especificação. • Câmber fora da especificação. • Cáster excessivo. • Divergência em curvaincorreta. • Curvas em alta velocidade. • Freadas violentas. • Rodas desbalanceadas. O veículo puxa para um lado • Pressão do pneu inadequada. • Ajuste incorreto do rolamento. • Barras ou molas de torção arriadas. • Braço ou tirante mal ajustado. • Peças da suspensão muito apertadas. • Freios desajustados. • Pneus de tamanhos diferentes. • Sistema hidráulico da direção. ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO DE RODAS 93 • Conicidade do pneu. • Cáster errado (fora de tolerância). • Câmber errado (fora do especificado). A SENAI-SP Editora empenhou-se em identificar e contatar todos os responsáveis pelos direitos autorais deste livro. Se porventura for constatada omissão na identificação de algum material, dispomo-nos a efetuar, futuramente, os possíveis acertos. Gerência de produção editorial e gráfica Caroline Mori Ferreira Edição Juliana Farias Izabel Rego de Andrade Monique Gonçalves Tania Mano Revisão Muiraquitã Editoração Gráfica Ltda. Produção gráfica Rafael Zemantauskas Sirlene Nascimento Vanessa Lopes dos Santos Diagramação Manuel Rebelato Miramontes Capa Inventum Design © SENAI-SP Editora, 2019
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