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Sistema de Sinalização e Iluminação

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Sistem
a de sinalização e ilum
inação —
 Autom
óveis
AUTOMOTIVA
Sistema de 
sinalização e 
iluminação
Automóveis
9 788583 933946
ISBN 978-85-8393-394-6
Esta publicação integra uma série da 
SENAI-SP Editora especialmente criada 
para apoiar os cursos do SENAI-SP. 
O mercado de trabalho em permanente 
mudança exige que o profissional se 
atualize continuamente ou, em muitos 
casos, busque qualificações. É para esse 
profissional, sintonizado com a evolução 
tecnológica e com as inovações nos 
processos produtivos, que o SENAI-SP 
oferece muitas opções em cursos, em 
diferentes níveis, nas diversas 
áreas tecnológicas.
Sistema de sinalização 
 e iluminação
Automóveis
Senai-SP Editora
Avenida Paulista, 1313, 4o andar, 01311 923, São Paulo – SP
F. 11 3146.7308 | editora@sesisenaisp.org.br
www.senaispeditora.com.br
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
SENAI. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
 Sistema de sinalização e iluminação – automóveis / SENAI. Serviço 
Nacional de Aprendizagem Industrial. – São Paulo : SENAI-SP Editora, 2019
 72 p. : il.
 Inclui referências
 ISBN 978-85-8393-394-6
 1. Automóveis – Mecânica 2. Automóveis – Equipamento elétrico I. 
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial II. Título.
 CDD 629.287
Índices para o catálogo sistemático:
1. Automóveis - Instalações elétricas - Manutenção e reparos 629.287
AUTOMOTIVA
Sistema de sinalização 
 e iluminação
Automóveis
Elaboração 
Sergio Atílio Grigio 
Revisão técnica 
Alder Evandro Massuco
Departamento Regional 
de São Paulo
Presidente 
Paulo Skaf
Diretor Superintendente Corporativo 
Igor Barenboim
Diretor Regional 
Ricardo Figueiredo Terra
Gerência de Assistência 
à Empresa e à Comunidade 
Celso Taborda Kopp
Gerência de Inovação e de Tecnologia 
Osvaldo Lahoz Maia
Gerência de Educação 
Clecios Vinícius Batista e Silva
Material didático utilizado nos cursos do SENAI-SP
Apresentação
CCom a permanente transformação dos processos produtivos e 
das formas de organização do trabalho, as demandas por educação 
profissional se multiplicam e, sobretudo, se diversificam.
Em sintonia com essa realidade, o SENAI-SP valoriza a educação 
profissional para o primeiro emprego dirigida a jovens. Privilegia 
também a qualificação de adultos que buscam um diferencial de qua-
lidade para progredir no mercado de trabalho. E incorpora firme-
mente o conceito de “educação ao longo de toda a vida”, oferecendo 
modalidades de formação continuada para profissionais já atuantes. 
Dessa forma, atende às prioridades estratégicas da Indústria e às 
prioridades sociais do mercado de trabalho.
A instituição trabalha com cursos de longa duração, como os cur-
sos de Aprendizagem Industrial, os cursos Técnicos e os cursos Su-
periores de Tecnologia. Oferece também cursos de Formação Inicial 
e Continuada, com duração variada nas modalidades de Iniciação 
Profissional, Qualificação Profissional, Especialização Profissional, 
Aperfeiçoamento Profissional e Pós-Graduação.
Com satisfação, apresentamos ao leitor esta publicação, que inte-
gra uma série da SENAI-SP Editora especialmente criada para apoiar 
os alunos das diversas modalidades.
Sumário
1. Organização e segurança do local de trabalho 9
Equipes internas de segurança 9
Tipos de riscos de acidente no ambiente de trabalho 10
2. Componentes do sistema elétrico 39
Chicote elétrico 40
Cabos 41
Elementos de conexão 42
Central elétrica 44
Interruptores 47
Relés 49
Lâmpada 51
3. Circuitos elétricos veiculares 55
Sinalização 55
Iluminação 64
Referências 70
1. Organização 
 e segurança do local 
 de trabalho
Equipes internas de segurança
Tipos de riscos de acidente no ambiente de trabalho
Toda empresa deve ter um plano de prevenção de acidentes. As 
medidas preventivas devem incluir, por exemplo, a proteção dos fun-
cionários contra riscos de diversos tipos, por meio de uso de equi-
pamentos de proteção específicos.
Equipes internas de segurança
Toda empresa deve ter equipes internas dedicadas à segurança e 
prevenção de acidentes, como relacionado a seguir:
• Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA);
• Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA).
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)
A equipe da CIPA é formada por um ou mais representantes es-
colhidos pela empresa e outros, em igual número, selecionados pelos 
funcionários. O número de membros que formarão a equipe é deter-
minado de acordo com o número de funcionários.
ORGANIzAçãO E SEGuRANçA DO LOCAL DE TRABALhO 10
A CIPA tem como objetivo implantar ações de prevenção de aci-
dentes no local de trabalho. Cabe a ela identificar os riscos de aci-
dentes, elaborar mapas de risco e rota de fuga em caso de incêndio, 
além de treinar os funcionários, prestar os primeiros socorros às 
vítimas e acionar o corpo de bombeiros, caso necessário.
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)
O PPRA tem como objetivo identificar e controlar os prováveis 
riscos ambientais nos locais de trabalho, sejam eles agentes físicos 
(ruídos, temperaturas etc.), químicos (produtos perigosos) ou bio-
lógicos (micro-organismos), que possam apresentar riscos tanto ao 
trabalhador como às pessoas que vivem no entorno da empresa.
Tipos de riscos de acidente no ambiente de 
trabalho
Os riscos no ambiente de trabalho podem ser classificados em 
cinco tipos, de acordo com a Portaria n° 3.214, do Ministério do 
Trabalho do Brasil, de 1978. Essa portaria contém uma série de nor-
mas regulamentadoras que consolidam a legislação trabalhista, rela-
tivas à segurança e medicina do trabalho. Os riscos e seus agentes 
estão relacionados a seguir:
• riscos mecânicos;
• riscos ergonômicos;
• riscos físicos;
• riscos químicos;
• riscos biológicos.
SISTEMA DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO: AUTOMÓVEIS 11
Riscos mecânicos
Os riscos mecânicos são aqueles que colocam o trabalhador em 
situação vulnerável e podem afetar sua integridade e seu bem-estar 
físico e psíquico. São exemplos de possível risco de acidente: as máqui-
nas e os equipamentos sem proteção, arranjo físico inadequado etc.
Observação
A utilização de anéis, relógios, colares, correntes, brincos, gra-
vatas, piercings e outros objetos de adorno e de uso pessoal, 
assim como o uso blusa de manga até o punho durante o 
trabalho com máquinas, pode representar situação de risco 
durante a realização de algumas atividades.
Riscos ergonômicos
São classificados como agentes de riscos ergonômicos fatores que 
podem interferir nas características psicofisiológicas do trabalhador, 
causando-lhe desconforto ou afetando sua saúde. São exemplos de 
risco ergonômico: levantamento de peso, ritmo excessivo de traba-
lho, monotonia, repetitividade (execução de movimentos repetidos), 
postura inadequada de trabalho etc.
Riscos físicos
Consideram-se agentes de risco físico as diversas formas de energia 
a que possam estar expostos os trabalhadores, como: ruído, calor, frio, 
pressão, umidade, radiações ionizantes e não ionizantes, vibração etc.
ORGANIzAçãO E SEGuRANçA DO LOCAL DE TRABALhO 12
Riscos químicos
Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compos-
tos ou produtos que possam penetrar no organismo do trabalhador 
pela via respiratória, na forma de poeira, fumo, gás, neblina, névoa 
ou vapor, ou que, pela natureza da atividade, possibilitem o contato 
pela pele ou a ingestão.
Riscos biológicos
São agentes de risco biológico: bactérias, vírus, fungos, parasitas, 
entre outros.
Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)
EPI é todo dispositivo ou produto de uso individual utilizado 
pelo trabalhador destinado à proteção de riscos suscetíveis de ame-
açar a segurança e a saúde no trabalho. Ele também deve ser consi-
derado uma ferramenta de trabalho, que tem como função proteger 
a saúde do trabalhador e minimizar os riscos de ocorrência de aci-
dentes de trabalho.
O uso do EPI evita lesõesou minimiza sua gravidade, em casos 
de acidente ou exposição a riscos. Também protege o corpo contra 
os efeitos de substâncias tóxicas, alérgicas ou agressivas, que causam 
doenças ocupacionais.
O seu uso é uma exigência da legislação trabalhista brasileira, 
feito por meio das Normas Regulamentadoras. O não cumprimento 
poderá acarretar ações de responsabilidade cível e penal, além de 
multas aos infratores.
A obrigatoriedade está definida na Lei no 6.514, de 22 de dezembro 
de 1977, que altera o Capítulo V, do Título II da CLT, estabelecendo 
uma série de disposições quanto à segurança e à medicina do trabalho.
SISTEMA DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO: AUTOMÓVEIS 13
Cabe aos responsáveis pela empresa tornar obrigatória a utiliza-
ção dos EPIs, quando eles forem necessários para execução das tare-
fas. Além disso, a empresa deve possuir indicação formal, como: 
placas orientativas, instruções de segurança do trabalho, relatórios e 
solicitações verbais de pessoal competente.
Figura 1 – Recebimento de EPI. 
Entretanto, os EPIs não devem ser usados na ausência de obriga-
toriedade de utilização, pois podem ser o fator gerador de acidentes 
com lesões graves. Não são permitidas quaisquer modificações nos 
EPIs ou o uso de aparelhos que prejudiquem sua eficácia, como dis-
positivos eletrônicos e óculos de sol.
Quando usar o EPI
O EPI deve ser fornecido pela empresa aos empregados, de forma 
gratuita e em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas 
circunstâncias relacionadas a seguir:
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ORGANIzAçãO E SEGuRANçA DO LOCAL DE TRABALhO 14
• Sempre que medidas de proteção coletiva não ofereçam com-
pleta proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de 
doenças profissionais e do trabalho.
• Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo 
implantadas.
• Para atender a situações de emergência.
Observação
É recomendado que o fornecimento de EPI, bem como os trei-
namentos ministrados, sejam registrados em documentação 
apropriada para eventuais esclarecimentos em causas trabalhistas.
Obrigações do empregador
As obrigações do empregador são relacionadas a seguir:
• Adquirir o EPI adequado ao risco da atividade.
• Exigir seu uso.
• Fornecer somente o EPI aprovado pelo órgão nacional 
competente.
• Orientar e treinar o trabalhador quanto ao uso, guarda, con-
servação, higienização e troca do EPI.
• Substituir imediatamente o EPI quando este for extraviado 
ou danificado.
• Responsabilizar-se por sua manutenção e higienização.
• Comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) 
qualquer irregularidade observada.
SISTEMA DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO: AUTOMÓVEIS 15
O empregador poderá responder na área criminal ou cível, além 
de ser multado pelo Ministério do Trabalho, se não cumprir essas 
exigências.
Obrigações do empregado
As obrigações do empregado são relacionadas a seguir:
• Utilizar o EPI apenas para a finalidade a que se destina, du-
rante a jornada de trabalho, de acordo com as atividades 
desenvolvidas, bem como os fatores de risco existentes.
• Responsabilizar-se por sua guarda e conservação.
• Comunicar qualquer alteração que o torne impróprio para uso.
• Cumprir as determinações do empregador sobre seu uso 
adequado.
O funcionário está sujeito a sanções trabalhistas e pode até ser 
demitido por justa causa se não seguir essas orientações.
Certificado de aprovação de Equipamentos de Proteção 
Individual
Todo EPI deve ter o Certificado de Aprovação de Equipamentos 
de Proteção Individual, expedido pelo Ministério do Trabalho e Em-
prego (MTE). O Certificado de Aprovação (CA) é expedido pela 
Fundacentro (órgão nacional competente em matéria de segurança 
e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego). O equi-
pamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importa-
da, deve ter eficiência quando em uso e no desenvolvimento de de-
terminada atividade e/ou aplicação.
O EPI deve ser testado e aprovado pela autoridade competente 
para comprovar sua eficiência. O fornecimento e a comercialização 
ORGAnIzAçãO E SEGuRAnçA dO LOCAL dE TRAbALhO 16
de EPI sem o CA é considerado crime e tanto o comerciante quanto 
o empregador ficam sujeitos às penalidades previstas em lei.
Os critérios para aquisição de EPI são relacionados a seguir:
• Venda e uso só com Certificado de Aprovação (CA).
• Recomendação do EPI adequado pela CIPA.
• Quando não houver órgãos especializados, o EPI deve ser re-
comendado por profissional tecnicamente habilitado.
• Apresentar, em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome 
comercial da empresa fabricante, o lote de fabricação e o 
número do CA.
• Laudo de ensaio em laboratório credenciado no MTE ou no 
Inmetro.
Proteção das vias de exposição
Para proteger a saúde do trabalhador é necessário minimizar os 
efeitos dos riscos de acidentes por meio da proteção das áreas de 
Figura 2 – Vias de exposição.
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dérmica – pele
ocular – olhos
inalatória – nariz
oral – boca
SISTEMA DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO: AUTOMÓVEIS 17
contato, também chamadas vias de exposição. A proteção das vias de 
exposição, indicadas a seguir, pode ser obtida pelo uso correto do EPI.
Principais equipamentos de proteção individual
Cada caso deve ser avaliado criteriosamente para que o equipa-
mento seja escolhido conforme as condições exigidas no local e pro-
cedimentos associados. Normas e padrões pertinentes devem sempre 
ser consultados. O EPI deve proteger adequadamente, ser resistente, 
prático e de fácil manutenção. 
Os principais EPIs utilizados são relacionados a seguir:
• equipamentos de proteção para os olhos;
• equipamentos de proteção para a face;
• equipamento de proteção para a cabeça;
• equipamentos de proteção para o ouvido;
• equipamentos de proteção respiratória;
• equipamentos de proteção do tronco e braços;
• equipamentos de proteção dos membros inferiores;
• equipamentos de proteção para o corpo.
Equipamentos de proteção para os olhos
Figura 3 – Óculos de segurança.
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ORGANIzAçãO E SEGuRANçA DO LOCAL DE TRABALhO 18
Os óculos de segurança protegem os olhos contra impactos de 
partículas volantes, luz intensa, radiação e respingos de produtos 
químicos. Também os mantêm protegidos da exposição a poeiras 
minerais, vegetais e alcalinas, que possam causar ferimentos ou irri-
tação. O equipamento deve ser utilizado permanentemente, em qual-
quer local onde exista risco de projeção de partículas volantes, como 
operação em máquinas operatrizes (torno, fresadora, serra de fita e 
outras); operação de máquinas portáteis (furadeira, policorte, esme-
rilhadeira etc.) e atividades que emitam luz intensa e radiação.
Os principais tipos de óculos utilizados são:
• óculos flexíveis, janela de ventilação aberta;
• óculos flexíveis, ventilação protegida;
• óculos rígidos, ajuste acolchoado;
• óculos com proteções laterais, tipo “persiana”;
• óculos com proteção para luz intensa;
• óculos com proteção para radiação.
Equipamentos de proteção para a face
Figura 4 – Equipamento de proteção para a face.
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SISTEMA DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO: AUTOMÓVEIS 19
Esses equipamentos protegem contra diversos agentes que podem 
representar risco à saúde. São os relacionados a seguir:
• protetor facial de segurança para proteção contra impactos de 
partículas volantes;
• protetor facial de segurança para proteção contra respingos de 
produtos químicos;
• protetor facial de segurança para proteção contra radiação in-
fravermelha e ultravioleta (máscara de solda);
• protetor facial de segurança para proteção dos olhos contra 
luminosidade intensa.
Equipamento de proteção para a cabeça
O uso de rede protetora é indicado nas atividades e operações 
em que haja risco de contato com partes giratórias ou móveis de 
máquinas e equipamentos – como nas operações de torno, fresado-
ra, serra circular, motores de automóveis e máquinas operatrizes 
diversas. A rede protetora é igualmente necessária sempre que hou-
ver risco de imersão dos cabelos do funcionárioem recipientes com 
líquidos. Por exemplo, durante operações de limpeza que utilizam 
baldes com produtos químicos ou quando há contato com fontes 
de calor.
Se o usuário tiver cabelos longos, deverá utilizar a rede protetora 
ou outro recurso adequado permanentemente. É proibido usar bonés 
e toucas para fixação dos cabelos.
ORGANIzAçãO E SEGuRANçA DO LOCAL DE TRABALhO 20
Equipamentos de proteção para o ouvido
Os protetores de ouvido devem ser utilizados sempre que os ní-
veis de pressão sonora forem superiores ao estabelecido na NR-15, 
anexos I e II, devendo ser utilizados permanentemente, em quaisquer 
atividades: manutenção e conservação elétrica, hidráulica, predial e 
de limpeza, como operação de tornos, fresadoras, serras circulares, 
serras de fita e outras máquinas operatrizes; operação de máquinas 
portáteis, furadeira, policorte, esmerilhadeiras e lixadeiras; ou ainda 
na utilização de aparadores de grama, quando a exposição ao ruído 
superar os 80 dB (oitenta decibéis).
Tipos de protetores auditivos
• Protetor auditivo tipo concha: utilizado para proteção dos 
ouvidos nas atividades e nos locais que apresentem ruídos ex-
cessivos (utilização de martelete, serra circular etc.).
Figura 5 – Protetor auditivo tipo concha.
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SISTEMA DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO: AUTOMÓVEIS 21
• Protetor auditivo tipo plug confeccionado em silicone: uti-
lizado para proteção dos ouvidos nas atividades e nos locais 
que apresentem ruídos elevados (áreas de trânsito de veículos 
intenso, utilização de máquinas e equipamentos ruidosos etc.).
Figura 6 – Protetor auditivo tipo plug confeccionado em silicone.
• Protetor auditivo tipo inserção confeccionado em espuma 
moldável (descartável): utilizado para proteção dos ouvidos 
nas atividades e nos locais que apresentem ruídos elevados.
Figura 7 – Protetor auditivo tipo inserção confeccionado 
em espuma moldável (descartável).
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ORGANIzAçãO E SEGuRANçA DO LOCAL DE TRABALhO 22
Como utilizar o protetor de ouvido
Alguns cuidados garantem maior durabilidade ao produto, como 
os relacionados a seguir:
• Não manusear o protetor com as mãos sujas.
• Utilizar o protetor durante todo o período de trabalho.
• Após o uso, guardar o protetor na embalagem.
• Lavar regularmente o protetor auditivo com água e sabão neutro.
• Para retirar o protetor do ouvido, puxá-lo pelo plug, nunca 
pelo cordão.
Figura 8 – Como utilizar o protetor de ouvido.
Equipamentos de proteção respiratória
As máscaras de proteção respiratória são utilizadas em ambientes 
em que existe muito material particulado em suspensão no ar, como 
no setor de funilaria e pintura automotiva.
As máscaras com filtros são equipamentos que exigem treinamen-
to adequado para seu uso, assim como requerem cuidados especiais 
de manutenção e limpeza. Quando a atividade exige uso contínuo de 
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SISTEMA DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO: AUTOMÓVEIS 23
máscaras e proteção respiratória, os cuidados com treinamento, hi-
giene, manutenção do material e filtros e condição de saúde do tra-
balhador/usuário nunca devem ser negligenciados.
Tipos de máscaras de proteção
• Protetor respiratório sem manutenção PFF 1 (descartável): 
protege contra poeiras e névoas (baixa concentração).
Figura 9 – Protetor respiratório sem manutenção PFF 1 (descartável).
• Protetor respiratório sem manutenção PFF 1 VO (com vál-
vula e descartável): protege contra poeiras e vapores orgâni-
cos (tintas, vernizes, solventes, baixa concentração).
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ORGANIzAçãO E SEGuRANçA DO LOCAL DE TRABALhO 24
Figura 10 – Protetor respiratório sem manutenção 
PFF 1 VO (com válvula e descartável).
• Respirador purificador de ar: protege o sistema respiratório 
contra partículas (poeiras, névoas e fumos) e gases emanados 
de produtos químicos.
Figura 11 – Respirador purificador de ar.
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SISTEMA DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO: AUTOMÓVEIS 25
FIQUE ALERTA
Para cada tipo de contaminante deve-se escolher um filtro 
apropriado.
Equipamentos de proteção do tronco e braços
Existem três tipos de equipamento para proteger o tronco e os 
braços, como os relacionados a seguir:
• luvas de segurança;
• mangas de raspa;
• cremes protetores.
Luvas de segurança
As luvas de segurança, que oferecem proteção contra riscos de 
origem térmica, mecânica, agentes perfurantes/cortantes e radiações, 
são usadas permanentemente nas atividades de prestação de serviços, 
ensino, manutenção e conservação em que exista risco de ferimentos 
por contato ou projeção de partículas e exposição a radiações, ioni-
zantes ou não.
Existem vários modelos de luvas de segurança, cada uma com um 
propósito, como relacionado a seguir:
• Luva de proteção em raspa e vaqueta: utilizada para proteção 
das mãos e braços contra agentes abrasivos escoriantes (que 
podem provocar corte ou arranhões).
ORGANIzAçãO E SEGuRANçA DO LOCAL DE TRABALhO 26
Figura 12 – Luva de proteção em raspa e vaqueta.
• Luva de proteção nitrílica: utilizada para proteção das mãos 
e punhos contra agentes químicos (solvente, tintas) e biológi-
cos (vírus).
Figura 13 – Luva de proteção nitrílica.
• Luva de proteção em PVC: utilizada para proteção das mãos 
e punhos contra recipientes contendo óleo, graxa e solvente.
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SISTEMA DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO: AUTOMÓVEIS 27
Figura 14 – Luva de proteção em PVC.
• Luva de Kevlar: utilizada para proteção das mãos, quando 
estiverem expostas a altas temperaturas (fornos).
Figura 15 – Luva de Kevlar.
Mangas de raspa
Mangas de raspa oferecem proteção do braço e antebraço contra 
riscos de origem térmica e mecânica e agentes perfurantes/cortantes. 
Devem ser utilizadas permanentemente nas atividades de oxicorte, 
soldagem e tratamento térmico, e em atividades de manutenção e 
conservação com exposição à radiação ultravioleta e infravermelha 
e à luminosidade intensa.
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ORGANIzAçãO E SEGuRANçA DO LOCAL DE TRABALhO 28
Cremes protetores
Os cremes protetores, ou cremes-barreira, são substâncias aplica-
das sobre a pele antes do trabalho, com o objetivo de protegê-la con-
tra danos causados por diferentes agentes de risco. Os cremes de 
proteção são enquadrados nos seguintes grupos:
• Grupo 1 – água-resistente: quando aplicados à pele do usuário, 
não são facilmente removíveis com água.
• Grupo 2 – óleo-resistente: quando aplicados à pele do usuário, 
não são facilmente removíveis na presença de óleos ou subs-
tâncias apolares.
Exemplo
Contra agentes químicos (solventes, tintas etc.)
• Grupo 3 – cremes especiais: com indicações e usos definidos 
e bem especificados pelo fabricante.
Exemplo
Contra agentes biológicos (vírus, bactérias etc.).
A pele pode apresentar dois tipos de reação após a aplicação do 
creme:
• diretas: são causadas por agentes químicos (responsáveis por 
80% das dermatoses), agentes físicos, agentes mecânicos e 
agentes biológicos;
• indiretas: são causadas por fatores como idade, sexo, etnia, 
clima e condições de trabalho.
SISTEMA DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO: AUTOMÓVEIS 29
Características de um bom creme protetor
Um bom creme protetor deve ter as seguintes características:
• neutralizar a ação agressiva de agentes químicos, mantendo o 
pH da pele em níveis normais;
• estabelecer um efeito de barreira, dificultando e impedindo o 
contato de elementos prejudiciais à saúde;
• não ser irritante, nem sensibilizante.
• oferecer real e adequada proteção;
• ser fácil de aplicar;
• ser fácil de remover;
• facilitar a absorção cosmética.
Como usar o creme protetor
Para que ofereça a proteção necessária, é preciso aplicar o creme 
de modo apropriado, como relacionado a seguir:
1. Lavar e secar bem as mãos.
2. Aplicar pequena quantidade do creme, massageando toda a 
mão de modo uniforme. Passar entre os dedos e embaixo das 
unhas e, se necessário, nos antebraços.
3. Aguardar o produto secar.
4. Reaplicar o creme sempre que lavar as mãos ou após maisde 
quatro horas de uso.
5. Retirar o excesso com uma estopa ou toalha de papel e lavar a 
pele normalmente.
Figura 16 – Aplicação do creme protetor.
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ORGANIzAçãO E SEGuRANçA DO LOCAL DE TRABALhO 30
Equipamentos de proteção dos membros inferiores
Dois equipamentos são indicados para proteger pernas e pés, 
como relacionado a seguir:
• calçados de segurança;
• perneiras de segurança.
Calçados de segurança
Os calçados de segurança protegem os pés contra impactos de 
quedas de objetos sobre os artelhos, contra choques elétricos, contra 
agentes térmicos, contra agentes cortantes e escoriantes, contra umi-
dade proveniente de operações com uso de água, contra respingos 
de produtos químicos.
Tipos de calçados de segurança
• Calçado de segurança de borracha: utilizado para proteção 
dos pés contra torção, escoriações, derrapagens e umidade.
Figura 17 – Calçado de segurança de borracha.
• Calçado de segurança com biqueira de aço: utilizado nos 
trabalhos em que haja risco de queda de peças ou ferramentas.
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SISTEMA DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO: AUTOMÓVEIS 31
Figura 18 – Calçado de segurança com biqueira de aço.
Perneiras de segurança
Perneiras de segurança oferecem proteção contra agentes térmi-
cos, cortantes e perfurantes. São utilizadas permanentemente em 
atividades, como proteção contra agentes térmicos, cortantes e com 
tensão de ruptura de 2.500 kgf – 1,60 m.
Equipamentos de proteção para o corpo
O propósito das roupas de proteção do corpo é prevenir o uso de 
roupas inadequadas. Conforme o material com que são confeccio-
nadas, elas podem expor o trabalhador a riscos.
Exemplos
• Uniforme de trabalho: utilizado para realizar atividades 
que, em geral, não envolvam riscos físicos.
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ORGANIzAçãO E SEGuRANçA DO LOCAL DE TRABALhO 32
Figura 19 – uniforme de trabalho.
• Conjunto de segurança: utilizado para proteção do cor-
po contra chamas e choque elétrico, usado principal-
mente por eletricistas.
Figura 20 – Conjunto de segurança.
Ed
ne
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Ed
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SISTEMA DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO: AUTOMÓVEIS 33
• Avental guarda-pó: utilizado para realizar atividades que 
não envolvem riscos físicos.
Figura 21 – Avental guarda-pó.
EPI e EPC na mecânica automotiva
Nas oficinas de automóveis, a utilização de Equipamentos de Prote-
ção Individual e Coletiva (EPI e EPC) é de suma importância, pois várias 
atividades apresentam riscos à saúde e à segurança do trabalhador.
Quando usar o EPI
A seguir, algumas atividades nas quais o EPI deve ser utilizado, 
os riscos que oferecem e os equipamentos de segurança necessários 
para evitar acidentes:
• serviços em sistemas de suspensão, direção e freio;
• trabalhos com esmeril;
Ed
ne
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ar
x
ORGANIzAçãO E SEGuRANçA DO LOCAL DE TRABALhO 34
• serviços no sistema de gerenciamento eletrônico do motor;
• serviços internos no motor e transmissão (desmontagem e 
montagem).
Serviços em sistemas de suspensão, direção e freio
• Riscos: em serviços com o veículo elevado, há risco de caírem 
peças e ferramentas. Peças sujas de óleo e graxa podem con-
taminar a pele.
• EPI necessário: luva tricotada com pigmentos nitrílica na pal-
ma das mãos, óculos e sapato de segurança.
Trabalhos com esmeril
• Riscos: fagulhas geradas pelo atrito entre a “pedra” do esmeril 
e a peça podem provocar queimaduras nos olhos e/ou na pele. 
Há, também, risco de a peça cair nos pés do profissional.
• EPI necessário: protetor facial, luva de couro e sapato de 
segurança.
Serviços no sistema de gerenciamento eletrônico do motor
• Riscos: vazamento de combustível sob pressão (risco de con-
taminação na pele e olho). Se o motor estiver quente, pode 
queimar a pele.
• EPI necessário: creme protetor, luva de pano (quando o mo-
tor estiver quente), luva de borracha (em trabalhos na linha 
de combustível), óculos e sapato de segurança.
SISTEMA DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO: AUTOMÓVEIS 35
Serviços internos no motor e transmissão (desmontagem e 
montagem)
• Riscos: queda de componentes pode causar lesões nos pés 
ou pernas. Vazamento de óleo lubrificante pode contaminar 
a pele.
• EPI necessário: creme protetor para as mãos, óculos e sapatos 
de segurança.
Dicas de segurança na oficina
Algumas medidas contribuem para a segurança de uma oficina, 
como as relacionadas a seguir:
• Antes de efetuar qualquer trabalho ou procedimento de ma-
nutenção no veículo, certificar-se de que ele não esteja engre-
nado, que o freio de estacionamento tenha sido acionado e que 
as rodas estejam travadas.
• Manter a área de trabalho limpa, seca e organizada.
• Manter as ferramenta e peças fora do piso do local de trabalho 
e/ou sobre o veículo.
• A área de trabalho deve ser ventilada e bem iluminada.
• Utilizar elevadores ou macacos hidráulicos apropriados.
• Utilizar calços de segurança e cavaletes.
• Não usar anéis, relógios e outras joias.
• Cabelos compridos devem ser protegidos com uma rede.
• Certificar-se de que os extintores de incêndio da área de tra-
balho estão carregados e têm a classificação adequada ao local, 
como especificado a seguir:
• tipo A – madeira, papel, tecidos e lixo;
• tipo B – líquidos inflamáveis;
• tipo C – equipamentos elétricos.
ORGANIzAçãO E SEGuRANçA DO LOCAL DE TRABALhO 36
• Não fumar na área de trabalho.
• Não direcionar o ar comprimido para o corpo ou roupas.
• Usar óculos de segurança e protetores auriculares quando tra-
balhar com ar comprimido.
• Certificar-se de que todas as ferramentas estejam em boas 
condições.
• Certificar-se de que todos os dispositivos e equipamentos de 
serviço sejam removidos do motor após efetuar o serviço.
• Esperar o motor esfriar para efetuar qualquer serviço de ma-
nutenção em seus componentes.
• Nunca trocar qualquer componente de motores em funcio-
namento.
Sistema de exaustão dos gases de escapamento
O sistema de exaustão dos gases de escapamento é um Equipa-
mento de Proteção Coletiva (EPC) e deve ser utilizado sempre que 
for mantido o motor do veículo em funcionamento, em ambiente 
fechado. Esse equipamento expele os gases de escapamento dos veí-
culos para fora do ambiente de trabalho. A inalação do monóxido de 
carbono (um dos gases emitidos pela queima de combustível) pode 
levar a óbito.
SISTEMA DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO: AUTOMÓVEIS 37
Figura 22 – Sistema de exaustão de gases de escapamento.
Observação
Deve-se procurar um representante da CIPA na empresa sem-
pre que se pressentir um risco ou ocorrer um acidente, pois 
ele é a pessoa que recebeu treinamento para a tomada de de-
cisão adequada para cada situação.
An
to
ni
o 
Ci
ril
o 
de
 S
ou
za
2. Componentes do 
sistema elétrico 
Chicote elétrico
Cabos 
Elementos de conexão
Central elétrica
Interruptores
Relés
Lâmpada
Os componentes do sistema elétrico de um veículo são peças 
instaladas em sua carroceria. Trata-se de um circuito, ou conjunto 
de circuitos, que proporciona ao usuário um desempenho eficaz. 
Esses circuitos constituem-se de equipamentos e materiais necessá-
rios ao transporte da corrente elétrica da fonte até os pontos em que 
ela será utilizada. 
O sistema elétrico desenvolve-se em quatro etapas básicas: gera-
ção da corrente, transmissão, distribuição e cargas. No entanto, a 
montagem de um sistema elétrico não é tão simples. Requer-se uma 
ferramenta que represente o sistema elétrico para que, orientando-se 
através dela, técnicos e reparadores atuem eficientemente na monta-
gem e manutenção dos circuitos que compõem um sistema elétrico. 
É exatamente neste sentido que surgem os diagramas elétricos. Serão 
estudados os seguintes componentes: chicote elétrico, interruptores, 
relés, lâmpadas e diagramas elétricos.
COMPONENTES DO SISTEMA ELéTRICO 40
Chicote elétrico
O chicote elétrico possibilita a conexão entre os demais compo-
nentes do sistema elétrico. Consiste de um conjunto de cabos, fios, 
elementos de conexão e de proteção de circuito isolados. Os fios são 
agrupados para facilitar a conexão entre os componentesdo veículo. 
Na extremidade desses fios, são colocados conectores para tomadas 
de encaixe múltiplo. Esses conectores fazem a conexão entre o chi-
cote e a central elétrica correspondente.
Cada fio de um chicote pertence a um determinado circuito. Os 
fios são identificados de acordo com uma tabela de função reconhe-
cida mundialmente (linha). Além disso, suas cores indicam informa-
ções que atendem às necessidades das montadoras. Fios e conectores 
possuem, cada um deles, uma cor específica. Porém, é importante 
frisar que cada montadora tem o seu próprio código para representar 
cores de fios e conectores. Trata-se, portanto, de uma padronização 
das montadoras, que não segue, necessariamente, uma normalização 
(da ABNT).
Figura 1 – Chicote elétrico.
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SISTEMA DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO: AUTOMÓVEIS 41
Cabos 
Em um veículo, são usados dois tipos de cabos:
• cabos de baixa tensão;
• cabos blindados.
Cabos de baixa tensão
Os cabos do veículo são de baixa tensão e cada um consiste de 
elemento condutor multifilar e isolação. Todos os cabos são calcu-
lados de acordo com a corrente que circula por ele; por isso, exis-
tem diversos diâmetros para o chicote elétrico.
Tabela 1 – Seção de cabos de alimentação
Seção de cabos em mm2 
Cabo
0 – 1m 
Cabo
1 – 2m 
Cabo
2 – 3m 
Cabo
3 – 4m 
Cabo
4 – 5m 
Cabo
5 – 6m 
Cabo
6 – 7m 
Cabo
7 – 8m 
0 – 20 Amp 1,5 2,5 2,5 4 4 6 6 6 
20 – 35 Amp 2,5 4 6 6 10 10 10 16 
35 – 50 Amp 4 6 6 10 10 16 16 25 
50 – 65 Amp 6 6 10 16 16 16 16 25 
65 – 85 Amp 10 10 16 16 25 25 25 - 
85 – 105 Amp 10 10 16 25 25 25 25 - 
Cabos blindados
Os cabos blindados são usados como cabos de alimentação da an-
tena do rádio e linhas de sinal de sensores.
As linhas de sinal geralmente recebem corrente ou tensão mui-
to baixas e os sinais podem ser facilmente afetados por interferência 
COMPONENTES DO SISTEMA ELéTRICO 42
indutiva (poluição eletromagnética). Por isso, os cabos blindados 
foram projetados para evitar tais interferências de fontes externas e 
são usados em linhas de sinais.
Elementos de proteção para cabos
Os componentes de proteção (conduítes) são usados para proteger 
e isolar os cabos, além de evitarem a contaminação por água e uni-
rem os cabos para que eles passem por lugares onde não haja aque-
cimento ou danificação prematura do chicote elétrico do veículo.
Figura 2 – Conduítes e tubos corrugados.
Elementos de conexão
O chicote elétrico está dividido em várias seções, para facilitar a 
instalação no veículo. Essas seções são conectadas entre si por meio 
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SISTEMA DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO: AUTOMÓVEIS 43
de elementos de conexão (conector), de modo que os componentes 
elétricos possam funcionar conforme foram projetados.
Os conectores são usados nas conexões elétricas entre dois chi-
cotes elétricos ou entre um chicote elétrico e outro componente 
do sistema.
Figura 3 – Conectores elétricos.
Os terminais são classificados em macho e fêmea, conforme os 
respectivos formatos. Normalmente, eles possuem trava entre eles 
para evitar que se soltem com possíveis vibrações. Alguns terminais 
são banhados a ouro para evitar sua oxidação.
Figura 4 – Terminais macho e fêmea. 
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COMPONENTES DO SISTEMA ELéTRICO 44
Central elétrica
A central elétrica centraliza e distribui todos os circuitos dos 
veí culos. Nela, ficam localizadas a maioria dos relés e fusíveis do 
sistema elétrico. É constituída por barras metálicas que formam seu 
circuito interno.
Alguns tipos de central elétrica possuem um circuito interno 
impresso.
Figura 5 – Caixa de fusíveis com relés dos circuitos elétricos. 
As centrais elétricas são dotadas de tomadas de encaixe múltiplo. 
Essas tomadas servem para fazer a conexão entre os chicotes elétricos 
e a própria central elétrica. Cada uma pode ser identificada por: le-
tras, cores, números e letras ou letras e cores, conforme a convenção 
e a necessidade da montadora.
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SISTEMA DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO: AUTOMÓVEIS 45
Elementos de proteção de circuitos
Os elementos de proteção são instalados nos circuitos de siste-
mas elétricos e eletrônicos para evitar que cabos e conectores quei-
mem por excesso de corrente causado, geralmente, por sobrecarga 
ou curto-circuito. 
Fusíveis
O fusível é posicionado no circuito elétrico. Quando a intensidade 
da corrente ultrapassa os valores especificados pelo circuito, o elemen-
to fusível funde-se, abrindo o circuito e evitando que outros compo-
nentes sejam danificados. Uma vez queimado, o fusível deve ser subs-
tituído. Os fusíveis são classificados em dois tipos: lâmina e cartucho.
 
 Figura 6 – Fusível do tipo lâmina. Figura 7 – Minifusível.
 
 Figura 8 – Fusível do tipo cápsula. Figura 9 – Fusível do tipo cartucho.
O fusível do tipo cartucho tem o valor da corrente que ele su-
porta inscrito na sua parte metálica. O do tipo lâmina é compacto, 
COMPONENTES DO SISTEMA ELéTRICO 46
com elemento metálico e carcaça isolante transparente, codificado 
pelas cores, conforme a capacidade da corrente, e, em sua carcaça 
isolante, é inscrito o valor de corrente que ele suporta.
Os fusíveis comuns, em um veículo qualquer, estão fixados na 
central elétrica. No entanto, algumas montadoras optam por colocar 
fusíveis gerais para circuitos específicos. Estes, que possuem alta ca-
pacidade de corrente, normalmente estão fixados em uma régua 
adicional, localizada próximo à bateria ou ao compartimento do mo-
tor, e são conhecidos como Max fusíveis.
Figura 10 – Max fusível. 
A capacidade do fusível é identificada pela cor, conforme apre-
sentado na Tabela 2.
Tabela 2 – Identificação da amperagem do fusível pela cor de cada um deles
Capacidade do fusível (A) Identificação por cor
5 Marrom amarelado
7,5 Marrom
10 Vermelho
15 Azul
20 Amarelo
25 Incolor
30 Verde
SISTEMA DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO: AUTOMÓVEIS 47
Interruptores
Os interruptores e relés fecham e abrem os circuitos elétricos, in-
terrompendo a partida no motor, acendendo e apagando as luzes e 
acionando vários outros sistemas de controle. De acordo com as 
funções realizadas, os interruptores têm formatos, acionamentos e 
tamanhos diferentes.
Interruptores rotativos
Um interruptor rotativo possui pontos de contato dispostos co-
axialmente em uma base circular, acionados por um botão ou chave. 
A chave de ignição é um exemplo desse tipo de interruptor.
 
 Figura 11 – Interruptor rotativo Figura 12 – Interruptor rotativo 
 dos faróis. do tipo chave de ignição.
Interruptores on/off
Um interruptor do tipo on/off possui pontos de contato que 
são acionados quando a cabeça do interruptor é pressionada. O in-
terruptor de advertência de emergência é um exemplo desse tipo.
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COMPONENTES DO SISTEMA ELéTRICO 48
Figura 13 – Interruptor on/off. 
Interruptor gangorra
O interruptor do tipo gangorra possui duas extremidades. Os 
pontos de contato são fechados ou abertos ao se pressionar uma ou 
outra extremidade.
Figura 14 – Interruptores do tipo gangorra. 
Interruptor alavanca
Os pontos de contato de um interruptor desse tipo são acionados 
pelos movimentos da alavanca, para cima e para baixo. O interruptor 
do sinal indicador de direção é um exemplo do tipo alavanca.
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SISTEMA DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO: AUTOMÓVEIS 49
 
Figura 15 – Interruptor alavanca. Chave de seta 
integrada com limpador de para-brisa. 
Figura 16 – Interruptor alavanca. Chave de seta. 
Relés
Um relé é um dispositivo elétrico que abre ou fecha circuitos 
elétricos, em resposta a um sinal de tensão. São utilizados para co-
nectar e desconectar a bateria aos consumidores elétricos e classifi-
cados em eletromagnéticos e eletrônicos, conforme o princípio de 
funcionamento.
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COMPONENTESDO SISTEMA ELéTRICO 50
Relés eletromagnéticos
Ao acionar o interruptor de comando, a corrente elétrica flui atra-
vés da bobina (corrente de comando) e gera linhas de força magné-
tica que, por sua vez, acionam o contato da linha de trabalho, ligando 
o consumidor à bateria.
Figura 17 – Relé eletromagnético de 5 e 4 pinos (da esquerda para a direita).
Relés eletrônicos
Esses relés têm funcionamento específico, de acordo com o cir-
cuito em que ele for empregado, servindo exclusivamente para o 
circuito para o qual foi projetado, como: indicadores de luzes de 
direção e emergência, temporizador do limpador de para-brisas e 
plena potência para veículos equipados com climatizador.
 
 Figura 18 – Relé do limpador de para-brisa. Figura 19 – Relé de seta.
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SISTEMA DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO: AUTOMÓVEIS 51
Em um relé de comando eletrônico, a alimentação (corrente) é 
feita pela linha 15 (chave de ignição) e a massa é direto pela linha 31.
O impulso ou sinal para que o relê seja ativado vem do interrup-
tor para o comando eletrônico temporizado, que determina o pe-
ríodo em deve permanecer ligado, alimentando o consumidor.
Lâmpada
No veículo, são usados vários tipos de lâmpadas, que podem ser 
classificadas de várias formas. Para efeito de estudo, as lâmpadas são 
classificadas conforme o formato da base.
Lâmpada de extremidade única
As lâmpadas desse tipo possuem somente uma base, que exerce 
a função de contato com a massa. As lâmpadas de extremidade 
única são classificadas em dois tipos, conforme o número de fila-
mentos: lâmpadas de filamento único e lâmpadas de filamento duplo.
Figura 20 – Lâmpada de filamento único.
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COMPONENTES DO SISTEMA ELéTRICO 52
Figura 21 – Lâmpada de filamento duplo. 
Lâmpada com base em cunha
As lâmpadas desse tipo possuem o filamento simples e os fios do 
filamento que fazem contato direto com os terminais do soquete.
Figura 22 – Lâmpada com base em cunha. 
Lâmpada de extremidade dupla
As lâmpadas desse tipo possuem um filamento simples e duas bases.
Figura 23 – Lâmpada de extremidade dupla. 
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SISTEMA DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO: AUTOMÓVEIS 53
Lâmpada de farol
As lâmpadas para faróis semisselados estão disponíveis nos se-
guintes tipos:
Figura 24 – Lâmpada de farol de filamento único. 
Figura 25 – Lâmpada de farol de filamento duplo. 
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3. Circuitos elétricos 
veiculares
Sinalização
Iluminação
Circuito elétrico é um caminho fechado por onde circula a cor-
rente elétrica. Se existirem dois polos que apresentem uma diferença 
de potencial (ddp) e for conectada a eles uma carga (consumidor) 
por intermédio de fios (condutores), gera-se um fluxo de elétrons. 
Esse fluxo se dá a partir do polo que apresenta excesso de elétrons 
para o que apresenta falta deles.
Tem-se, então, uma corrente elétrica, caracterizando a existência 
de um circuito elétrico. Logo, para obter um circuito elétrico, neces-
sita-se de um gerador ou fonte, fio ou condutor e carga. Os veículos 
atualmente possuem um número muito elevado de circuitos elétricos.
Sinalização
Os circuitos de sinalização compõem-se de luz de:
• freio;
• lanterna;
• ré;
• seta e emergência;
• painel do automóvel.
CIRCuITOS ELéTRICOS VEICuLARES56
Luz de freio
As luzes de freio são instaladas na extremidade traseira do veícu-
lo para evitar as colisões. Elas indicam ao motorista que está trafega 
atrás que veículo está sendo freado. O circuito possui um interrup-
tor no pedal de freio, que aciona as lâmpadas na traseira.
Alguns veículos possuem uma lâmpada de freio elevada (brake 
light), que auxilia na visualização; ela é ligada em paralelo às lâmpa-
das de freio.
O brake light, fixado no vidro traseiro, tem a finalidade de oti-
mizar a sinalização de aviso do freio, nas seguintes situações:
• neblina;
• pouca visibilidade;
• ou o segundo veículo à frente do motorista acionar o freio, 
principalmente em trânsitos urbanos.
Figura 1 – Lanternas de freio e break light. 
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SISTEMA DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO: AUTOMÓVEIS 57
O desenho técnico apresentado na Figura 2 representa o diagrama 
elétrico das lâmpadas de freio de determinado veículo.
lâmpadas do freio
central elétrica
fusível 25 A
(linha 30)
cabos conectados no 
polo da bateria (borne +)
lâmpada da luz do freio (esquerda)
terminal massa lixado na coluna 
das dobradiças lado esquerda
97–1523
lâmpada da luz do freio (direita)
ponto massa fixado próximo do 
alojamento da lanterna traseira esquerda
c8/7 c1
c2
c6
c4/3
c4/2
c4a/3
c4a/2
c1a
interruptor da luz do freio
O número localizado abaixo da identificação 
da cor do cabo corresponde ao chicote:
1 – dianteiro direito
2 – dos instrumentos do painel
3 – traseiro
br – branca
am – amarela
ver – vermelha
li – lilás
az – azul
ve – verde
ci – cinza
mar – marrom
pr – preto
3
G30a
ver 
am
2
ver 
am
2
pr
ver
2
pr
ver
3
pr
ver
3
ver
1
ver
1
L30 L30
c2
54
31
54
31
mar
 3
mar
 3
no do circuito 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
grupo de 
reparo
mar
 3
Figura 2 – Esquema elétrico da luz de freio.
Lanternas e luz de placa
São luzes de pouca intensidade que indicam a presença e a lar-
gura de um veículo à noite.
O acionamento das lanternas é feito pelo interruptor das luzes, 
que é comum para dois circuitos: o das lanternas e dos faróis. Esse 
CIRCuITOS ELéTRICOS VEICuLARES58
interruptor possui três estágios. No primeiro estágio, os circuitos não 
recebem alimentação; no segundo, ele aciona as lanternas; e no ter-
ceiro, as lanternas permanecem alimentadas e os faróis também re-
cebem alimentação. 
As luzes da placa de licença acendem junto com as lanternas 
traseiras.
Figura 3 – Luz de placa. 
Figura 4 – Circuito impresso e lanterna. 
A Figura 5 representa o diagrama elétrico das lanternas e a luz de 
placa de um determinado veículo.
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SISTEMA DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO: AUTOMÓVEIS 59
interruptor 
de luzes
fusível 17
chave de 
ignição
interruptor 
comutador do 
farol baixo/alto
bateria
rádio
lanterna 
traseira 
esqueda
fusível 
8
fusível 
23
cigarra p/ 
faróis e 
lanternas 
ligadas
mostrador 
tripla – 
função
lanterna 
traseira 
direita
lanterna 
traseira 
da placa 
de licença
farolete 
dianteiro 
esquerdo
farolete 
dianteiro 
direito
PR 0,5 VM 2,5
50L
MR 0,75
50K
3015
51
(3)
(2)
30
BR/AM 1,556
56
15
58X CZ/VD 1,5
(8)
(6)
(10)
(30)
X23(6)
X24(3)
X7(12) X6(87)
MR 0,75 MR 0,75 MR 0,75 MR 0,75 MR 0,75
X6(91) X7(14) X7(14)X6(87)
CZ/PR 0,75 CZ/VM 0,75 CZ/VD 0,75
Figura 5 – Esquema elétrico de lanternas e luz de placa.
Luzes de ré
São instaladas na extremidade traseira do veículo e fornecem 
iluminação extra para que o motorista tenha visão traseira quando 
o veículo estiver seguindo em marcha à ré, além de sinalizar aos 
outros motoristas que o veículo está sendo manobrado.
O circuito é composto por um interruptor e uma ou duas lâm-
padas na traseira. A localização do interruptor muda de acordo 
com o tipo de transmissão utilizada. Se o veículo estiver equipado com 
transmissão mecânica, o interruptor é localizado na própria trans-
missão. Se estiver equipado com uma transmissão automática, é lo-
calizado na própria alavanca de acionamento das marchas.
CIRCuITOS ELéTRICOS VEICuLARES60
Quando o motorista engatar a marcha à ré, com a chave de ignição 
ligada, é acionado o interruptor, que permite a passagem de corrente 
elétrica até as lâmpadas.
Figura 6 – Modelos de interruptores da luz de marcha à ré. 
A Figura 7 representa o diagrama elétrico da luz de ré de deter-
minado veículo.
chave de 
ignicação
fusível 
18
interruptor de 
marcha à ré
luzes 
de ré
15
PR 1.5
PR/AM 0,75
BR/PR 0,75
esq. dir.X7(16)
MR 0,75 MR 0,75
Figura 7 – Esquema elétrico da luz de marcha à ré. 
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SISTEMA DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO: AUTOMÓVEIS 61
Sinalizador de direção e emergência
O sinalizador de direção (setas) faz as luzes da seta piscarem, em 
intervalos fixos, quando o interruptor de seta é virado para direita 
ou para esquerda.
Quando se aciona o interruptor da luz de emergência (pisca aler-
ta), o sistema faz piscar todas as lâmpadas dos sinalizadores de direção.
Se queimar uma ou mais lâmpadas dos sistemas, o intervalo de 
tempo do pisca-pisca torna-se mais curto, informando ao motorista 
que há problema. 
Figura 8 – Interruptor do pisca alerta. 
O relé faz as lâmpadas do sinalizador de direção se acenderem 
por períodos predeterminados. O mesmo relé é usado para o sina-
lizador de direção e para a luz de emergência.
Quando o interruptor do sinalizador de direção é virado para 
direita ou para esquerda, com a chave de ignição ligada, os contatos 
do relé ligam e desligam repetidamente devido à carga e descarga dos 
capacitores através da bobina de comando do relé.
A Figura 9 representa o diagrama das luzes de emergência de 
determinado veículo.
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CIRCuITOS ELéTRICOS VEICuLARES62
interruptor da luz de advertência
central elétrica
relê dos indicadores de direção 
e luz de advertência
cabo conectado 
no comutador de 
ignição e partida 
(borne 15)
clipe massa
interruptor da luz 
de advertência
cabo conectado na 
lâmpada de iluminação 
do interruptor do 
desembocador do 
vidro traseiro
terminal massa 
fi xado na coluna 
das dobradiças 
lado esquerdo
ponto massa 
fi xado próximo 
do alojamento da 
lanterna traseira 
esquerda
lâmpada do 
indicador de 
direção traseira 
esquerda
lâmpada do indicador de 
direção traseira esquerda
lâmpada de controle da 
luz de advertência
cabo conectado na 
lâmpada para iluminação 
do porta-luvas
clipe massa
cabos conectados 
no polo da bateria 
(borne →)
conector c29 (chicote 
dos instrumentos 
do painel) até 9/93
fusível 15A
(linha 30)
fusível 10A
(linha 15)
12 2
C15a A85/M C49
24
7
25 21
16
2911
31
br
3
br
4
mar
4
mar
4
mar
3
mar
3
mar
3
mar
3
mar
5
mar
5
+49
15
49a R L 58as
c6b/4
c29/8
c6b/5 c6b/6 c6b/2 c6b/1 c6b/3
c29/10
carroçaria
c4/1
c4/2
c4a/1
c26/3
30
ver
br
3
pr
cz
3
pr
cz
4
ver
br
4
pr
ve
4
pr
br
4
ci
ver
3
ci
ve
4
ci
ve
4
ci
ve
4
pr
ve
5
BLR BLL
pr
br
5
ci
ve
4
c29/17
pr
br
ve
3
pr
br
ve
4
c29/
26
c29/
9
c29/
25
27 17
L30 L30 J85as 115 A86M A30MA86M
pr
3
ver
1
ver
1
mar
3
57 54
56
55
c8/8 c8a/4 c8b/4 c1c1a c1a c6/1c6a/1 c8a/6 c8a/8
49 49a 31
br – branca
am – amarela
ver – vermelha
li – lilás
az – azul
ve – verde
ci – cinza
mar – marrom
pr – preto
O número localizado abaixo da 
identifi cação da cor do cabo 
corresponde ao chicote:
1 – dianteiro direito
3 – dos instrumentos do painel
4 – dos interruptores do painel
5 – traseiro
Figura 9 – Esquema elétrico da sinalização de emergência.
Painel de instrumentos
Os instrumentos estão dispostos no painel à frente do motorista 
para que ele possa ter o controle da situação do veículo.
O painel de instrumentos usa indicadores do tipo medidor e do 
tipo luminoso.
SISTEMA DE SINALIzAçãO E ILuMINAçãO: AuTOMÓVEIS 63
Os indicadores do tipo medidor servem para dar uma infor-
mação detalhada do status a cada momento e em geral possuem os 
seguintes elementos:
Figura 10 – Painel de instrumentos. 
• Velocímetro: indica a velocidade do veículo e possui o odô-
metro, que indica a distância percorrida pelo veículo na sua 
vida útil, e o odômetro parcial, que pode ser zerado quando o 
condutor desejar.
• Tacômetro: indica a rotação do motor em rotações por mi-
nuto (RPM).
• Indicador de combustível: indica o nível de combustível 
no tanque.
• Medidor de temperatura da água: indica a temperatura da 
água de arrefecimento do motor.
Os indicadores luminosos de ultrapassagem de níveis servem para 
alertar o condutor sobre o funcionamento inadequado dos sistemas 
mecânicos, tais como:
Al
de
r E
va
nd
ro
 M
as
su
co
CIRCuITOS ELéTRICOS VEICuLARES64
• Luz de advertência de pressão do óleo: indica se a pressão do 
óleo do motor está anormal.
• Luz de advertência de carga da bateria: indica se o sistema 
de carga está funcionando de forma anormal.
• Indicador de farol alto: indica que os faróis altos estão ativados.
• Indicador do sinalizador de direção: indica que os sinaliza-
dores de direção direita ou esquerda estão piscando.
• Luzes de emergência: indicam que os sinalizadores de direção 
direita e esquerda estão piscando.
• Luz de advertência de combustível: indica que o combustível 
restante no tanque é insuficiente.
• Luz de advertência do freio: indica que o freio de estaciona-
mento está acionado ou que o fluido é insuficiente.
Iluminação
A seguir serão abordadas a iluminação interna, composta por 
iluminação do painel e do interior do veículo, e a iluminação externa, 
composta pelos faróis alto e baixo.
Iluminação do painel de instrumentos
São utilizadas para iluminar os medidores do painel de instrumen-
tos à noite, de modo que o motorista possa observar os valores dos 
medidores enquanto estiver dirigindo.
SISTEMA DE SINALIzAçãO E ILuMINAçãO: AuTOMÓVEIS 65
Figura 11 – Painel de instrumentos. 
Essas luzes se acendem junto com as lanternas traseiras e dianteiras.
Alguns modelos são equipados com reostato de controle de luzes, 
que permite ao motorista controlar a intensidade das luzes do painel 
de instrumentos.
Iluminação interna
Ilumina o interior do compartimento de passageiros, mas é pro-
jetada de modo que não ofusque a visão do motorista à noite.
Geralmente, a lâmpada fica localizada no centro do comparti-
mento de passageiro, para uma iluminação interna uniforme, e é 
integrada ao interruptor. Esse interruptor possui três posições: on, 
door e off.
Para facilitar a entrada e a saída à noite, a lâmpada interna pode ser 
ajustada de modo a acender somente quando uma ou mais portas 
forem abertas. Isso é obtido posicionando-se o interruptor em door.
Al
de
r E
va
nd
ro
 M
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su
co
CIRCuITOS ELéTRICOS VEICuLARES66
Figura 12 – Plafonier interno de iluminação. 
Iluminação externa – farol
O sistema dos faróis foi projetado para iluminar a pista à frente 
do veículo. Geralmente, há os faróis alto e baixo, cuja comutação é 
feita por um interruptor. O funcionamento desse interruptor depen-
de do sinal proveniente das lanternas, pois, se elas não estiverem 
ligadas, não há o acionamento dos faróis.
Figura 13 – Lanterna dianteira (farol).
Al
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co
Al
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 M
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su
co
SISTEMA DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO: AUTOMÓVEIS 67
Atualmente, os materiais dos faróis resumem-se a três: halogênio, 
xenônio e LED.
O primeiro é o mais popular. Desenvolvido em 1962, o halogênio 
funciona à base de lâmpadas incandescentes e equipa a maioria dos 
carros em todo o mundo, por ser um componente mais barato do que 
os outros. Mas perde em eficiência quando comparado aos demais. 
O xenônio ganha em eficiência em relação ao halogênio, mas não 
se equipara ao LED. Este último tem como diferenciais a capacidade 
de proporcionar efeitos visuais e auxiliar no design.
Figura 14 – Lâmpada halogênica. 
Al
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ro
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co
CIRCuITOS ELéTRICOS VEICuLARES68
Figura 15 – Kit de lâmpada de xenônio. 
O LED é um pequeno diodo emissor de luz, usado em grande 
quantidade para substituir uma lâmpada. Está presente apenas nos 
carros luxuosos. Já o xenônio, gás que expande a luz na lâmpada, é 
mais visto nas ruas, assim como o bi-xenônio, que alia focos alto e 
baixo de xenônio. Após a criação e popularização dos faróis e lanter-
nas com LED, o próximo passo de desenvolvimento tecnológico é a 
luz laser nos carros, com a vantagem de, além de economizar energia, 
e, consequentemente, combustível, possuir intensidade mil vezes 
maior do que a dos LEDs convencionais. Isso porque a iluminação 
da luzlaser é monocromática, as ondas de luz têm o mesmo compri-
mento e uma diferença de fase constante. Como resultado, esse tipo 
de iluminação pode produzir um feixe quase paralelo. Outra vanta-
gem da tecnologia é o tamanho dos diodos laser: cem vezes menores 
do que as células usadas na iluminação de LED tradicional. Assim, 
Al
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nd
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 M
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su
co
SISTEMA DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO: AUTOMÓVEIS 69
será possível reduzir a profundidade dos faróis, permitindo abrir 
novas possibilidades para o posicionamento do sistema na carroceria 
do veículo.
Figura 16 – Lâmpada LED usada na iluminação interna do veículo.
A Figura 17 representa um diagrama elétrico dos faróis alto e 
baixo de um determinado veículo.
 
bateria
fusível 
10
farol 
alto
farol 
baixo
fusível 
25
fusível
12
fusível
27
interruptor 
de luzes
interruptor 
comutador do 
farol baixo/alto
lâmpada 
indicadora de 
farol alto no 
painel de instr.
VM 1,5
30
(6)
38
30 36
BR/AM 1,5
BR 1,5
BR 0,75
BR 0,75
(86)
X8
X17(7)
(89) (92)(93)
BR 1,5
MR 1,5 MR 1,5 MR 1,5
esq. esq.dir. dir.
MR 1,5
BR 1,5 AM 1,5 AM 1,5
BR 0,75 AM 0,75 AM 0,75
55A 54B
AM 1,5
Figura 17 – Esquema elétrico dos faróis.
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Referências
BOSCH. Treinamento técnico à distância Bosch. In: Jornal Super 
Profissionais Bosch, 2003. 
SENAI-SP. Eletricidade: esquemas e circuitos elétricos. Cenatec 
Automobilístico “Ayrton Senna da Silva”, s.d.
VOLKSWAGEN. Apostila mecânica básica para amadores. Curso 
Mecânica Volkswagen para Amadores, s.d.
_____________. Manual de reparações Santana: sistema elétrico, 
grupos 90 ao 96. Assistência técnica, 1984.
_____________. Sistemas Elétricos. Treinamento de assistência téc-
nica, 1993.
Gerência de produção 
editorial e gráfica 
Caroline Mori Ferreira
Edição 
Juliana Farias 
Monique Gonçalves
Produção gráfica 
Rafael Zemantauskas 
Sirlene Nascimento 
Vanessa Lopes dos Santos
Colaboradora 
Marília Fontana Garcia
Revisão 
Carolina Ferraz 
Marcela Magari
Diagramação 
Megaarte Design
Capa 
Inventum Design
© SENAI-SP Editora, 2019
A SENAI-SP Editora empenhou-se em identificar e contatar todos os responsáveis pelos direitos autorais 
deste livro. Se porventura for constatada omissão na identificação de algum material, dispomo-nos a efetuar, 
futuramente, os possíveis acertos.

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