Redação de Laudos -e Pareceres (Perícia Criminal)- Aula 1

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Redação de Laudos 
e Pareceres 
Aula 1 
 
• Art. 158. CPP – Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, 
direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. 
• Art. 159. CPP – O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, 
portador de diploma de curso superior. 
• Art. 159. CPP – Na falta de perito oficial, o exame de corpo de delito será realizado por 2 (duas) 
pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, 
dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada a natureza do exame. 
* O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusão dos exames e 
elaboração do laudo por peritos oficiais, sendo as partes intimadas desta decisão. 
• Art. 464. CP Civil – A prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação. 
• Art. 465. CP Civil – O juiz nomeará perito especializado no objeto da perícia e fixará, de imediato, 
o prazo para a entrega do laudo. 
 
➢ Perito Criminal (Oficial) 
• Art. 159. CPP – O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito 
oficial, portador de diploma de curso superior; 
• Ingresso através de Concurso Público; 
• Servidor Público de Carreira (Policial civil ou desvinculado); 
• Requisitado pela Autoridade Policial, Membro do Ministério Público ou Juiz de Direito; 
• Vinculado apenas às investigações criminais; 
• Não há subordinação funcional ou técnica entre a autoridade requisitante e o Perito 
Criminal; 
• Possui plano de cargo e carreira (servidor estatuário); 
• Assim como Magistrados, o Perito Criminal não age de Ofício. 
• Modalidades de peritos oficiais: 
- Peritos criminais; 
- Médicos legistas; 
- Odontolegistas; 
- Químico-legistas (em alguns estados). 
 
➢ Perito Judicial 
• Não existe concurso público; 
• Não possui plano de cargo e carreira (servidor estatuário), atua somente no caso em que 
foi nomeado; 
• Basta ter diploma de graduação e notórios saberes em alguma área; 
• São pessoas físicas que assessoram o juízo penal, cível e trabalhista, sempre que a prova 
do fato dependa de conhecimento ESPECÍFICO; 
• Nomeado pelo Juiz de Direito; 
• Pode atuar em diversos processos judiciais (cível, criminal, trabalhista...); 
• Auxilia o juiz a formar convicção em alguma área específica; 
 
- Requerimento especificando os CONHECIMENTOS TÉCNICOS e solicitando 
a inclusão no ROL DE PERITOS; 
- Curriculum Vitae anexo; 
- Certidão do órgão de classe ou Certificado de especialização; 
- Protocolo por Varas ou Cartórios (Distribuição). 
 
➢ Perito (em geral) 
• Notórios conhecimentos na área de atuação; 
• A Perícia poderá ser realizada na esfera extrajudicial ou privada; 
• O profissional pode realizar a perícia de forma voluntária ou remunerada. 
 
➢ Perito ad hoc 
• Art. 159 CPP – Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas 
idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, 
dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame. (Redação 
dada pela Lei nº 11.690, de 2008) 
• § 2º Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o 
encargo. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) 
 
 
➢ Assistente técnico 
• Art. 159 CPP – Serão facultadas ao MP, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao 
querelante e ao acusado, a formulação de quesitos e indicação de assistente. 
• O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusão dos 
exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas desta 
decisão. 
• Profissional contratado e pago por uma das partes para atuar no processo judicial; 
• Redigirá um relatório (Parecer Técnico) que irá constar nos autos do processo judicial; 
• Não existe concurso público para atuar como Assistente Técnico; 
• A parte poderá nomear mais de um assistente técnico em casos de perícias que envolvam 
mais de uma área de conhecimento; 
• Não há limite de atuação em processos; 
• Atua somente após a liberação do laudo do perito criminal (processos criminais) 
 
➢ Auditor 
• É um exame cuidadoso e sistemático das atividades desenvolvidas em determinada 
empresa, cujo objetivo é averiguar se elas estão de acordo com as planejadas e/ou 
estabelecidas previamente, se foram implementadas com eficácia e adequadas à 
consecução dos objetivos. 
• É uma técnica contábil/administrativa ou de engenharia; 
• Existem dois grandes ramos auditoria interna (funcionário da própria empresa) e auditoria 
externa (funcionário não faz parte da empresa); 
• O profissional está vinculado diretamente à Governança da instituição; 
• Encontradas irregularidades, ele aponta os caminhos para ajustar e corrigir o problema, 
reportando as falhas detectadas e enviando sugestões de melhorias; 
• Estando tudo certo, atesta a legitimidade dos dados apresentados ou, dependendo do tipo 
de auditoria, dá o aval de que os processos internos foram cumpridos corretamente; 
• O auditor precisa ser um profissional com fortíssimo senso de ética, dado que se 
compromete a manter sigilo sobre as informações obtidas, muitas delas com peso 
estratégico. 
 
➢ Honorários 
• Os honorários periciais, assim como os honorários advocatícios, são considerados verbas de 
natureza alimentar, portanto constitui direito do Perito recebe-los e obrigação do devedor 
em paga-los; 
• Quando uma das partes do processo (Autor ou Réu), requerer a prova pericial, deverá, 
então, depositar adiantadamente na conta do Juízo, o valor equivalente aos honorários do 
Perito; 
• Quando nenhuma das partes requererem a prova pericial, mas o Juízo a considerar 
indispensável, então determinará de ofício, a obrigação de ambas as partes ratearem o 
pagamento e deposita-la, adiantadamente, na conta do Juízo; 
• Honorário não se confunde com salário. Embora ambos sejam remunerações pelo serviço 
executado, pelo trabalho realizado. 
• Honorário está diretamente ligado ao profissional autônomo que utiliza de conhecimentos 
específicos em uma atividade ou tarefa, de difícil mensuração, podendo ocorrer 
disparidade entre o resultado e a retribuição (pagamento), enquanto que salário é a 
retribuição por atividade contínua, pré-mensurada, na qual possui o vínculo empregatício. 
• Desconhece-se uma receita ou fórmula para se determinar o montante dos honorários, 
pois cada processo tem sua particularidade. Mesmo que haja grandes semelhanças entre 
um processo e outro, dificilmente poderá ter honorários idênticos, devido a diversos 
fatores como: 
- Se os documentos e dados necessários à busca da prova pericial estão ou não anexados 
aos autos; 
- Necessidade ou não de diligências e respectivos locais; 
- Quantidade de quesitos apresentados; 
- Volume de informações a serem trabalhadas e etc. 
 
➢ Perícia de Avaliação de Imóveis 
• Geralmente profissionais: Engenheiros civis e agrônomos, arquitetos e corretores de 
imóveis; 
• Devem se habilitar perante os Conselhos de classe como “avaliadores de imóveis”; 
• Nomeados por juízes como avaliadores judiciais em processos; 
• Contratados por empresas do ramo imobiliário, seguradoras, bancos ou escritórios de 
advocacia para processos extrajudiciais de inventários; 
• Imóveis podem ser urbanos ou rurais; 
➢ Perícia de Máquinas e equipamentos 
• O objeto avaliado não tem mais similar à venda no mercado; 
• Qualquer profissional com conhecimento técnico; 
• Pode ser contratado por empresas para avaliar o valor patrimonial do ativo imobilizado; 
• Deve-se utilizar o Método de Quantificação de Custo; 
• Depois de calculado o valor do objeto este deverá ser depreciado. 
 
➢ Perícia Ambiental 
• Avaliação de contaminação do solo; 
• Qualquer profissional com conhecimento técnico; 
• Avaliação monetária de dano ambiental; 
• Avaliação de água, identificação de substâncias contaminantes; 
• Licença ambiental junto aos órgãos oficiaispara exercer atividades potencialmente 
poluidoras; 
• Análise de espécies nativas para reflorestamento. 
 
➢ Perícia de Insalubridade e Periculosidade 
• Geralmente no âmbito da Justiça do Trabalho; 
• São realizadas por engenheiros do trabalho, engenheiros (demais áreas) agrônomos e 
arquitetos que possuem curso de especialização (pós-graduação) em segurança do 
trabalho, ou médicos, em medicina do trabalho; 
• Verificar in loco se o trabalhador é exposto à situações no ambiente de trabalho que 
causou algum dano à saúde e solicita o adicional de insalubridade; 
• Casos em que o reclamante pede insalubridade ou periculosidade, porém a empresa não 
existe mais, o perito deverá procurar o PPRA – Programa de Prevenção de Riscos 
• Ambientais da empresa para tentar averiguar a insalubridade e periculosidade 
 
➢ Perícia Contábil 
• Na área da Contabilidade o Contador registrado no CRC (Conselho Regional de Contabilidade) 
poderá ser um perito contábil; 
• O planejamento da perícia é a etapa do trabalho pericial, que antecede as diligências, 
pesquisas, cálculos e respostas aos quesitos, na qual o perito estabelece os procedimentos 
gerais dos exames a serem executados no âmbito judicial, extrajudicial para o qual foi 
nomeado, indicado ou contratado, elaborando-o a partir do exame do objeto da perícia. 
(NBC TP 01, 2009). 
➢ Perícia Grafotécnica 
• A Perícia grafotécnica é feita por confrontação entre a escrita a ser investigada, 
também chamada de Peça Questionada e as escritas autênticas da pessoa que está sob 
investigação. 
• Os exames grafotécnicos podem ser divididos em exames de ordem geral (ou genérica) e 
exames de ordem genética; 
• Dentre os exames de ordem genérica podemos citar: Calibres, Espaçamentos Gráficos, 
Comportamentos Gráficos, Proporcionalidade Gráfica, Valores Angulares, Valores 
Curvilíneos e Inclinação Axial. 
• Os exames de ordem genética são: Pressão, Progressão, Momento Gráfico, Ataque , 
Desenvolvimento, Remate e Mínimo Gráfio; 
• Para se tornar um perito grafotécnico é preciso fazer um curso de especialização na 
área, qualquer profissional pode atuar, desde que se especialize para adquirir os 
conhecimentos da grafoscopia. 
 
• Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador 
de diploma de curso superior. 
• § 5o Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à perícia: (Incluído pela Lei 
nº 11.690, de 2008) 
 II – Indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo a ser fixado pelo 
juiz ou ser inquiridos em audiência. 
• O assistente técnico também escreve um laudo, porém esse é denominado parecer técnico pelo 
Código de Processo Civil CPC. O parecer técnico será também uma prova dentro do processo 
judicial e o juiz pode firmar nele sua convicção na sentença. 
• O assistente tem 03 missões cruciais: 
- Escrever o seu parecer, tal qual o perito escreve o laudo; 
- Tentar convencer o perito da tese que possui sobre o objeto da perícia; 
- Por último, fazer crítica negativa, pontual, a cada detalhe que não concorda com o laudo 
do perito, ou citar os trechos positivos que ajudam sua tese 
 
• Prestar assessoramento técnico e científico ao advogado na montagem inicial do processo. 
• Sugerir ao advogado os quesitos que serão apresentados no processo. 
• Interagir com os funcionários da empresa ligados ao objeto da perícia judicial. 
• Informar ao advogado acerca da necessidade de apresentação de quesitos suplementares, pois 
ele é a pessoa mais indicada para detectar a sua utilidade e o momento certo de apresentação. 
(quesitos suplementares têm como função cercar melhor os assuntos específicos da perícia). 
• Observar a necessidade da apresentação de quesitos suplementares, com a consequente 
apresentação dos mesmos pelo advogado, possibilita que o processo tome nova direção, favorável 
à sua parte. 
• Conhecer todos os prazos relativos a si e ao perito. 
• Saber como os peritos costumam pensar e agir. 
• Alertar o perito sobre as possíveis distorções, ajudando-o a esmiuçar os quesitos e suas 
respostas, para que não venham a ocorrer danos graves, tendo em vista que a parte adversa 
tende a distorcer os fatos com os seus próprios quesitos, levando à confusão do perito e 
podendo, assim, obter um laudo técnico favorável à sua parte. 
• Após a entrega do laudo por parte do perito nomeado pelo juiz, quando não concordar com 
este, apresenta o seu parecer nos autos em separado, no qual fará críticas, ponto a ponto, 
ao laudo do perito. 
• Complementar e advertir o laudo do perito, quando o mesmo, por lapso, apresentar 
cálculos equivocados e, involuntariamente, omitir ou distorcer fatos e técnicas importantes. 
• Após a entrega do laudo do perito, quando não concordar com este, apresentar o seu 
parecer nos autos em separado, no qual fará críticas, ponto a ponto, ao laudo do perito. 
• Advertir o laudo do perito, quando o mesmo, por lapso, apresentar cálculos equivocados e, 
involuntariamente, omitir ou distorcer fatos e técnicas importantes.