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O SISTEMA TRIFÁSICO (1)

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O SISTEMA TRIFÁSICO DO ART. 68 DO CP
SITUAÇÕES PRÁTICAS
TEORIA DA PENA
z
1ª FASE: COMO DEFINIR O VALOR DE CADA CIRCUNSTÂNCIA JUDICIAL DESFAVORÁVEL
O Código Penal não define o valor de cada circunstância judicial desfavorável ao condenado.
A fim de evitar decisões arbitrárias, a prática forense convencionou a seguinte operação:
z
O juiz deve encontrar a diferença entre as penas máxima e mínima. Por exemplo: a pena do crime de roubo varia entre 04 (quatro) e 10 (dez) anos de reclusão. Logo, a diferença entre ambas é de 06 (seis) anos de reclusão.
Essa diferença deve ser dividida pelo número de circunstâncias judiciais do art. 59 do CP, que são 08 (oito). Recomenda-se que o valor da diferença seja convertido para meses. Por exemplo: 06 (seis) anos equivale a 72 (setenta e dois) meses. Então: 72 : 8 = 9 (nove) meses. 
Portanto, cada circunstância judicial desfavorável, no exemplo acima, equivale a 09 (nove) meses. Se o juiz considerar 02 (duas) circunstâncias desfavoráveis, a pena base será fixada em 05 (cinco) anos e 06 (seis) meses de reclusão.
2ª FASE: RECONHECIMENTO DAS ATENUANTES E AGRAVANTES
Na segunda fase, aplicam-se, nesta ordem, as atenuantes e as agravantes.
Na legislação penal comum, não existe previsão mínima e máxima de diminuição ou aumento de pena em face do reconhecimento de atenuantes e agravantes.
Para evitar arbitrariedades, novamente, a Jurisprudência orienta que a diminuição da pena em patamar inferior a 1/6 deve ser fundamentada, assim como o aumento da pena superior a 1/6 também necessita de motivação.
Nessa fase, o juiz deve atentar para as regras de preponderância e compensação entre atenuantes e agravantes, previstas no art. 67 do CP.
Observa-se que nessa fase, a pena não pode ficar aquém do mínimo ou além do máximo (Súmula 231 do STJ).
z
EXEMPLO
Aproveitando a nossa pena-base de 05 (cinco) anos e 06 (seis) meses de reclusão, suponhamos que nosso condenado pelo crime de roubo, depois de recebida a denúncia, espontaneamente, reparou o dano causado à vítima (art. 65, inc. III, alínea “b” do CP).
Reduz-se a pena base pela incidência da atenuante. Nesse caso, vamos diminuí-la de 1/6 (um sexto). Então, convertemos 05 (cinco) anos e 06 (seis) meses para meses, que correspondem a 66 (sessenta e seis) meses e dividimos por oito, para encontrar o valor correspondente. Nesse caso, 1/6 (um sexto) da pena base, corresponde a 11 (onze) meses. 
Depois, realiza-se a seguinte operação: 05 (cinco) anos e 06 (seis) meses – 11 (onze) meses = 04 (quatro) anos e 07 (sete) meses
Nesse caso, vamos aumentar a pena em 1/6 (um sexto), que incidirá sobre 04 (quatro) anos e 10 (dez) meses, equivalendo a 09 (nove) meses. Dessa forma: 04 (quatro) anos e 10 (dez) meses + 09 (nove) meses = 05 (cinco) anos e 07 (sete) meses.
3ª FASE: A INCIDÊNCIA DAS CAUSAS DE DIMINUIÇÃO E AUMENTO DA PENA
Nesse momento, são reconhecidas as causas de diminuição (minorantes) e aumento de pena (majorantes).
Diferem das atenuantes e das agravantes, pois tem um quantum máximo e mínimo e de diminuição ou aumento da reprimenda, bem como podem conduzi-la para patamares aquém do mínimo e além do máximo legal.
Podem estar previstas na Parte geral (causas de diminuição e aumento gerais) ou na Parte Especial do CP (causas de diminuição e aumento especiais).
EXEMPLO
Aproveitando nossa pena intermediária de 05 (cinco) anos e 07 (sete) meses, vamos reconhecer a causa de aumento de 1/3 (um terço) em face do concurso de pessoas.
Nessa situação, dividimos 04 (quatro anos e 07 (sete) meses por 03 = 01 (um) ano e 06 (seis) meses.
Em seguida, soma-se a pena de 05 anos e 07 (sete) meses com 01 (um) ano e 06 (seis) meses, perfazendo a pena definitiva em 07 (sete) anos e 01(um) mês.
CÁLCULO DA PENA DE MULTA
DIAS -MULTA VALOR DO SALÁRIO MÍNIMO VIGENTE – R$ 1.100,00 
MÍNIMO → 10 DIAS-MULTA
MÁXIMO → 360 DIAS-MULTA
VALOR DO DIA-MULTA
BASE → SALÁRIO MÍNIMO VIGENTE AO TEMPO DO CRIME
MÍNIMO → 36,66 (1/30 DO SM) X 10 = 366,60 
MÁXIMO → 1.100,00 X 5 = 5.500,00
PAGAMENTO DA MULTA
MÍNIMO → 36,66 X 10= 366,60
MÁXIMO DO MÍNIMO → 36,66 X 360 = 13.197,60
MÁXIMO DO MÁXIMO → 5.500,00 X 360 = 1.980.000,00
CRITÉRIO EXCEPCIONAL (ART. 60, §1º, DO CP)
1.980.000,00 X 3 = 5.940.000,00
CASO I – FURTO SIMPLES 
PENA: 01 A 04 ANOS DE RECLUSÃO E MULTA
Em uma situação hipotética, vamos considerar que militaram em desfavor do acusado as circunstâncias judiciais culpabilidade, os motivos e as circunstâncias do crime; a agravante da reincidência (art. 61, inc. I, do CP) e a causa de aumento do repouso noturno (art. 155, §3°)
Cada vetor judicial equivale a 04 (meses) de reclusão = 36 meses (Pena máxima – Pena Mínima)/8
São 03 (três) vetores judiciais desfavoráveis. Então: 04 x 03 = 12 meses.
Logo, acrescenta-se a pena mínima, privativa de liberdade, 01 (um) ano. Portanto, a pena base será de 02 (dois) anos de reclusão.
Quanto à multa, a fim de evitar desproporcionalidade, vamos considerar que cada vetor judicial aumenta a pena base em 03 (três) dias multa, ou seja, 1/3 (um terço). Portanto, sua base será de 19 (dezenove) dias multa, sendo que cada dia multa corresponde a 1/30 (um trinta avos) do salário mínimo vigente á época do fato.
1 – PENA BASE
2 – ATENUANTES E AGRAVANTES
Não existem atenuantes.
Presente, todavia, a reincidência. Nesse caso, esta agravante aumentará a pena em 1/6 (um sexto), que deve incidir sobre a pena base.
Desse modo, 1/6 (um sexto) equivale a 04 (quatro) meses de reclusão e 03 (três) dias multa.
Por isso, a pena intermediária corresponde a 02 (dois) anos e 04 (quatro) meses de reclusão e 22 (vinte e dois), dias multa.
3 – CAUSAS DE DIMINUIÇÃO E AUMENTO DA PENA
Não há causas de diminuição da pena.
Presente a causa de aumento referente ao repouso noturno, que exaspera as reprimendas em 1/3 (um terço).
1/3 (um terço) da pena intermediária corresponde a 09 (nove) meses de reclusão e 07 (sete) dias multa.
Portanto, a pena definitiva será de 02 (dois) anos e 04 (quatro) meses de reclusão e 29 (vinte e nove) dias multa, calculados à razão de 1/30 (um trinta avos) do salário mínimo vigente à época do fato.
CASO II – LATROCÍNIO TENTADO
PENA - 20 A 30 ANOS E MULTA
Em uma situação hipotética, vamos considerar que militaram em desfavor do acusado as circunstâncias judiciais da personalidade e conduta social; a atenuante da menoridade (art. 65, inc. I, do CP), a causa de diminuição da tentativa no patamar máximo (art. 14, parágrafo único)
1 – PENA BASE
Cada vetor judicial equivale a 01 (um) ano e 03 (três) meses de reclusão = 120 meses (Pena máxima – Pena Mínima)/8
São 02 (três) vetores judiciais. Então: 01 (um) ano e 03 (três) meses x 02 = 02 (dois) anos e 06 (seis) meses de reclusão.
Logo, acrescenta-se a pena mínima que é de 20 (vinte) anos, privativa de liberdade, 02 (dois) anos e 06 (seis) meses de reclusão. Portanto, a pena base será de 22 (vinte e dois) anos e 06 (seis) meses de reclusão.
Quanto à multa, a fim de evitar desproporcionalidade, vamos considerar que cada vetor judicial aumenta a pena base em 03 (três) dias multa, ou seja, 1/3 (um terço). Portanto, sua base será de 16 (dezesseis) dias multa, sendo que cada dia multa corresponde a 1/30 (um trinta avos) do salário mínimo vigente à época do fato.
2 – ATENUANTES E AGRAVANTES
Presente a atenuante da confissão espontânea. Nesse caso, esta agravante diminuirá a pena em 1/6 (um sexto), que deve incidir sobre a pena base.
Desse modo, 1/6 (um sexto) equivale a 03 (três) anos e 09 (nove) meses de reclusão e 02 (dois) dias multa.
Por isso, a pena intermediária corresponde a 18 (dezoito) anos e 09 (nove) meses de reclusão e 14 (catorze), dias multa, posto que não há agravantes.
3 – CAUSAS DE AUMENTO E DIMINUIÇÃO DA PENA
Presente a causa de diminuição da pena referente à tentativa no patamar máximo, que reduz reprimendas em 2/3 (dois terços).
2/3 (dois terços) da pena intermediária correspondem a 12 (doze) anos e 06 (seis) meses de reclusão e 09 (nove) dias multa.
Portanto, a pena definitiva será de 06 (seis) anos e 03 (três) mesesde reclusão e 05 (cinco) dias multa, calculados à razão de 1/30 (um trinta avos) do salário mínimo vigente à época do fato.

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