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BRGAAP versus IFRS em Instituições Financeiras

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BRGAAP versus IFRS: análise das diferenças nos resultados de indicadores econômicos 
e financeiros de instituições financeiras brasileiras 
 
FABIO HENRIQUE RODRIGUES DA SILVA 
Universidade de São Paulo 
PAULA CAROLINA CIAMPAGLIA NARDI 
Universidade de São Paulo 
RICARDO LUIZ MENEZES DA SILVA 
Universidade de São Paulo 
 
Resumo 
No contexto brasileiro de adoção das normas internacionais de contabilidade, as instituições 
financeiras brasileiras, devem atender a exigibilidade de adequação e publicação de suas 
demonstrações financeiras seguindo a norma internacional e a brasileira, conforme aprovada 
pelo BACEN. Nesse contexto e, dada a relevância que o sistema financeiro detém no mercado 
e na economia de um país, esta pesquisa procurou verificar se há diferenças entre os 
indicadores de avaliação, elaborados a partir de demonstrações contábeis das instituições 
financeiras, segundo os dois modelos contábeis exigidos: BRGAAP e IFRS. A metodologia 
teve por base as demonstrações contábeis de 2013 a 2015 das instituições financeiras listadas 
na BM&FBovespa com aplicação do teste U de Mann-Whitney para verificar a existência ou 
não de diferença estatística nos resultados dos indicadores. Foi identificado que há diferenças 
relevantes em relação aos indicadores: encaixe voluntário, empréstimos por depósitos, CCL, 
estrutura de capital, imobilização de ativos permanentes, retorno sobre investimento, 
sensibilidade de juros e índice de Basiléia. Tais resultados podem ser justificados pelas 
divergências de parâmetros entre os dois modelos de normas contábeis, principalmente em 
relação a tópicos como: provisões para perdas, operações de crédito e patrimônio líquido. 
Portanto, essa pesquisa acena um possível entendimento sobre a posição econômica da 
instituição financeira direcionado para as características da regulação a qual a demonstração 
contábil analisada está pautada. Em termos práticos, essa compreensão pode acarretar 
entraves de comunicação entre as partes do mercado, por exemplo entre os analistas externos 
e as instituições financeiras, pois o uso único de uma regulação em detrimento de outra, pode 
conduzir a compreensão dos usuários às características da forma contábil analisada, 
contribuindo para decisões baseadas nesse entendimento específico. 
 
 
Palavras chave: Demonstrações contábeis, Instituições financeiras, BRGAAP, IFRS. 
 
1 INTRODUÇÃO 
Várias considerações podem ser feitas nas situações que envolvem o ambiente do 
mercado financeiro internacional e brasileiro, assim como na compreensão de suas diversas 
operações, produtos e doutrinas que os regem. Como exemplo, as variáveis macroeconômicas, 
risco dos ativos e o nível de regulação que determinado mercado está sujeito. Em mesma 
linha, Goulart (2003) indica os diversos tipos de riscos ligados à operação das instituições 
 
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financeiras, como o de crédito, de mercado e liquidez, por exemplo. Ainda, questões como os 
fatores que se relacionam com o mercado ou ativo de interesse, as taxas de juros e de inflação, 
índices de atividade e confiança do setor e histórico do bem alvo, são observados por 
investidores e analistas da área. 
O setor bancário não é nenhuma exceção aos setores presentes no mercado. Filgueiras 
(2011) salienta que não se consegue o desenvolvimento de um país sem que haja um sistema 
financeiro forte e bem estruturado, pois o mesmo atua na estrutura econômica da sociedade 
moderna e no modo como os sistemas de pagamentos nacionais e internacional impactam nas 
relações comerciais entre pessoas, empresas e governos. 
Por estarem relacionados com o patrimônio dos indivíduos, e serem os agentes centrais 
das relações entre estes, os bancos lidam com inúmeros cenários em que a assimetria de 
informação é constante, dentre as quais pode-se mencionar a alocação de recursos dos agentes 
entre os inúmeros ativos disponíveis, transações diversas de valores, estudos para a concessão 
de crédito e planos de seguros variados (Denardin, 2007). Por esta razão, é preciso direcionar 
esforços para que esta assimetria informacional seja reduzida e elementos como o risco moral 
e seleção adversa, sendo estas formas de tal assimetria, sigam o mesmo movimento. 
Nesse sentido, surgem os órgãos reguladores para mitigar essa assimetria informacional 
e os riscos, buscando o melhor funcionamento possível das relações comerciais na economia, 
além da condução da política monetária de uma nação. Na maior parte dos países, podendo 
citar-se os Estados Unidos, Grã-Bretanha, assim como no Brasil, o Banco Central (BACEN) é 
o pilar fundamental para essa função. Mishkin (2004) confirma esta atribuição ao Bancos 
Centrais, que voltado para o cenário brasileiro, conta com o auxílio de demais entidades como 
a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e Federação Nacional dos Bancos. 
Uma das políticas para se realizar o trabalho de regulação é a exigência da divulgação 
das demonstrações financeiras dos bancos em formato estipulado pelo Banco Central. Tal 
formato possui características mais conservadoras em relação ao modelo International 
Financial Reporting Standards (IFRS), em virtude da influência presente das regras 
estipuladas em eventos como os de Basiléia I, II e III (Farias, Ponte, Oliveira & Luca 2014). 
O conservadorismo mais acentuado pode ser observado em pontos, dentre outros, como na 
política de provisão estimada para créditos de liquidação duvidosa (PECLD), ativos 
intangíveis e quanto aos créditos tributários. 
Um dos reflexos desses fatores no mercado de capitais, é a existência de mais uma base 
de dados para a análise empírica de ativos financeiros relacionados ao setor bancário. Em 
termos de legislação, tais instituições bancárias devem divulgar suas demonstrações contábeis 
em consonância com os dispostos nas Leis 4.595/64 – Lei do Sistema Financeiro Nacional e 
6.404/76 – Lei das Sociedades por ações, caso cabível, e suas alterações subsequentes trazidas 
nas redações das Leis 11.638/07 e 11.941/09, estas que visam harmonizar os critérios 
contábeis brasileiros aos internacionais. De outro lado, o Conselho Monetário Nacional 
(CMN), por meio de seu comunicado nº 14.259, trouxe a exigibilidade de divulgação das 
demonstrações financeiras segundo a norma internacional. 
Com efeito, as duas vertentes de demonstrações contábeis divulgadas pelos bancos, 
BACEN e IFRS, podem gerar interpretações divergentes entre si sobre a situação econômico-
financeira dessas instituições, ao passo que as demonstrações contábeis corroboram para a 
formação da ideia de desempenho da empresa ao longo de determinado período de tempo e 
auxiliam em projeções de resultados futuros. 
A medida que existe essa dicotomia de indicadores, é necessária uma análise mais 
profunda dos indicadores para a tomada de decisão, os quais se constituem como como 
elemento cerne para a existência e importância das demonstrações financeiras (Hendricksen & 
Van Breda, 1992). 
 
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Em trabalhos relacionados com essa temática, Miranda (2008) buscou verificar as 
diferenças entre indicadores propostos por Assaf Neto (2002) e a Federação Brasileira dos 
Bancos (FEBRABAN) em bancos europeus, e Calcado, Dantas, Niyama e Rodrigues (2013) 
visaram verificar em instituições financeiras residentes no Brasil, utilizando as diferenças 
entre as regulamentações local e internacional por meio da Metodologia CAMELS. Ambos os 
trabalhos confirmaram diferenças significativas nos indicadores de avaliação segundo as duas 
vertentes, fundamentando essa divergência informacional. De modo semelhante, Farias et al. 
(2014) elencaram as diferenças em indicadores de liquidez e qualidade da carteira de crédito 
das instituições no Brasil. 
Diante dessas pesquisas já realizas, este estudo se propõe a dar continuidade na análise 
sobre as diferenças nos cálculos dos indicadores, advindasda coexistência de regulações, 
diferenciando-se por meio da utilização de indicadores gerais de avaliação e da verificação 
estatística da existência de diferenças entre eles dada a dicotomia de regulação. 
Por esta razão, indaga-se: existem diferenças significativas no resultado de 
indicadores de avaliação econômico-financeiras em instituições bancárias em âmbito 
nacional segundo as normas IFRS e BRGAAP? 
Uma das motivações para esse estudo é a importância de mecanismos, como os 
indicadores de análise aqui abordados, capazes de auxiliar as análises financeiras e 
econômicas realizadas por usuários da informação contábil, em especial no mercado 
financeiro, o qual é um dos principais usuários da informação contábil (Lopes, 2002). 
A importância do estudo se pauta em fornecer uma ratificação, segundo o método 
aplicado, das diferenças entre os indicadores a partir de ambas as modalidades de divulgação, 
procurando auxiliar no entendimento das variáveis e dos componentes envolvidos em uma 
análise do setor bancário brasileiro. O estudo é direcionado para agentes em geral que buscam 
maiores informações e bases teóricas que fundamentem sua crítica sobre determinado ativo 
para a tomada de decisão em suas escolhas de aportes de capital e investimentos. Essa linha 
de pensamento também é considerada por Silva (2001), que destaca a importância inicial, para 
o analista externo, das demonstrações financeiras em fornecer um conjunto de números e 
informações sobre a performance e a situação patrimonial, econômica e financeira da 
empresa. Desse modo, se define a razão para esta pesquisa e suas esperadas contribuições 
para a sociedade e agentes para os quais é direcionada. 
 
2 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
2.1 Importância da Informação contábil 
A informação contábil, os meios de sua produção e qualidade com que tais dados são 
fundamentados e apresentados, são pontos de interesse de acadêmicos (Padoveze, 2004, 
Yamamoto & Salotti, 2006) com teor científico e também elaboradas pelos próprios entes 
reguladores como os Bancos Centrais. 
Do lado científico várias pesquisas citam a importância da informação contábil para os 
diversos mercados, seja como meio de auxílio à gestão ou como veículo de minimização de 
assimetria de informação e conflitos (Bushman, Chen, Engel & Smith, 2000). 
Em âmbito nacional, a relevância da informação contábil, sua importância e utilidade 
empírica no mercado é confirmada pelo estudo de Lopes (2002), que destaca a amplitude da 
influência da qualidade dos padrões contábeis nos mecanismos de gestão e controle das 
empresas para acionista e outros interessados. 
Em 2005, as IFRS foram aderidas por empresas e instituições financeiras na Europa, o 
que trouxe uma grande oportunidade de pesquisas sobre o tema. Capkun, Cazavan-Jeny, 
Jeanjean e Weiss (2008), por exemplo, voltaram seu trabalho para um comparativo entre as 
normas internacionais e os padrões locais até então utilizados e concluíram que a limitação da 
relevância do valor contábil do patrimônio líquido no GAAP - Generally Accepted 
 
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Accounting Principles - local indica os benefícios de se usar o IFRS por toda a Europa, por 
padronizar as demonstrações contábeis e promover melhores bases de comparação e análise. 
Ainda em âmbito internacional, Miranda (2008), analisando os indicadores econômico 
financeiros em Bancos Europeus, segundo os padrões locais e internacionais, constatou 
diferenças significativas em indicadores como o de liquidez imediata, alavancagem e 
capitalização. 
Anos depois, com o início da adoção do modelo IFRS no Brasil, surgiram pesquisas 
acerca da qualidade da informação contábil que seria encontrada nas demonstrações 
divulgadas no novo padrão. Em uma comparação com o antes e o depois do início do 
processo de convergência, Lima (2010) não constata diferenças no conteúdo informacional 
das demonstrações, o que a priori, não afeta diretamente os resultados a serem observados na 
elaboração dos indicadores. A questão é discorrida ainda por Antunes, Grecco, Formigoni e 
Mendonça Neto (2012), que em seu trabalho aludem a possibilidade de alteração nos 
indicadores de avaliação econômico-financeira, devido à dicotomia informacional e ponderam 
a acuidade de se verificar eventuais variações. 
Contudo, Silva (2013), verificando a adoção completa do IFRS no Brasil, encontra 
indícios do aumento da qualidade da informação contábil através de evidenciação empírica de 
fundamentos da teoria contábil, como gerenciamento de custos e receitas, conservadorismo, 
relevância e tempestividade. Favorecendo, em tese, um diagnóstico mais confiável sobre a 
empresa, conforme corrobora Lopes (2002), e, por conseguinte, os indicadores de avaliação, 
por considerarem tal informação contábil em sua composição, seguem o mesmo movimento. 
 
2.2 Normas Internacionais versus Bacen 
As IFRS, são normas internacionais de contabilidade que foram criadas pelo 
International Accounting Standards Board (IASB), com objetivo de levar a um melhor 
entendimento da informação contábil entre as empresas de diferentes países e assim, melhorar 
a interação econômica destas (Antunes et al., 2012). 
O início da implantação das normas internacionais no Brasil ocorreu com a instrução 
CVM nº 457 de 2007 e posterior publicação da Lei nº 11.638/07, que tem por objetivo alinhar 
os padrões contábeis exercidos no Brasil pelas empresas de capital aberto, fechado e 
instituições financeiras bancárias e não bancárias e as grandes empresas mesmo sendo de 
capital fechado (limitadas). Para inserir estas normas e compatibilizá-las com as existentes e 
atuantes no Brasil, foi criado o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) para convergir a 
contabilidade brasileira às normas internacionais. 
Em meio a isso, observou-se a coexistência das normas internacionais às definidas para 
as instituições financeiras. Desse modo, ambas as normas do IFRS e do Banco Central do 
Brasil estão concatenadas no Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional 
(COSIF) 1.22 – Elaboração e Publicação das demonstrações financeiras. Neste documento, é 
apresentada uma relação de demonstrações contábeis que as instituições financeiras devem 
divulgar semestralmente, além de balancetes mensais de suas contas patrimoniais. 
O BACEN possui a disposição para consulta uma relação dos pronunciamentos do IAS 
e IFRS com sua posição acerca dos temas que cada documento se refere. São indicadas as 
diferenças entre os posicionamentos e a situação geral de convergência. O BACEN denomina 
tais situações como: não regulamentado, divergente, parcialmente divergente, parcialmente 
convergente e convergente. Contudo, não oferece parâmetros de interpretação do nível exato 
de cada nomenclatura. 
Os documentos mais intrinsecamente relacionados com as diferenças entre o modelo 
BACEN e IFRS tratados na presente pesquisa estão expostos na Tabela 1. 
 
 
 
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Tabela 1: Diagnósticos das normas do SFN em relação às normas internacionais. 
Documento Descrição Situação 
IAS 1 Apresentação das demonstrações contábeis Parcialmente divergente 
IAS 8 Pol. Contábeis, alterações nas estimativas contábeis e erros Parcialmente divergente 
IAS 12 Créditos Tributários Parcialmente divergente 
IAS 16 Ativo permanente imobilizado Parcialmente convergente 
IAS 27 Demonstrações contábeis consolidada Parcialmente divergente 
IAS 32 Apresentação de Instrumentos financeiros Parcialmente divergente 
IAS 37 Provisões, contingências passivas e contingências ativas Parcialmente divergente 
IAS 39 IF – Baixa (IAS 39 - parágrafos 15 a 37) Parcialmente divergente 
 
Como complemento, a Tabela 2 vincula os documentos citados na Tabela 1 e provê 
informação sobre o impacto nas contas contábeis e quais indicadores podem ser afetados por 
tais divergências em registros contábeis. 
 
Tabela 2: Consolidação das divergências entre as normas BRGAAPe IFRS, impactos e indicadores afetados 
Documento Norma internacional BACEN Impactos 
Indicadores com 
possível reflexo 
IAS 1 
Classificação de ativos 
e passivos em grau de 
liquidez. 
Classificação de 
ativos e passivos em 
correntes e não 
correntes. 
Mudanças nos grupos Ativo 
e Passivo Circulante e Não 
Circulante. 
1.CCL; 2. 
Imobilização de 
Ativo; 3. ROI; 4. 
GAF; 5. Índice de 
Basiléia 
IAS 16 
Inexiste taxa mínima 
de depreciação. 
Depreciação conforme 
o nível de uso do 
imobilizado, cabendo 
ser revisto anualmente; 
menciona-se sobre a 
imparidade dos ativos e 
sua necessidade de 
realização. 
COSIF traz 
percentuais mínimos 
de depreciação do 
Imobilizado, bem 
como vida útil 
admissível para o 
bem. 
O valor do Ativo 
imobilizado por ser 
alterado, uma vez que bens 
podem ser considerados 
como imobilizado ou 
apenas como dispêndios, 
com suas aquisições. 
1. Imobilização de 
Ativo; 2. ROA; 3. 
ROI; 4. GAF 
IAS 27 
Condição para 
consolidação: controle 
operacional e 
financeiro. 
Condição para 
consolidação: 
controle acionário. 
Por afetar as demonstrações 
consolidadas, base para o 
estudo, afetam as contas 
contábeis incluídas na 
consolidação. 
1. Indicadores 
compostos por 
contas patrimoniais 
e de resultado que 
porventura sejam 
afetadas pela 
consolidação 
IAS 32 
Classificação em ativos 
e passivos financeiros. 
Classificação em 
instrumentos de 
capital. 
Composição dos 
indicadores dado a 
nomenclatura divergente. 
1. Liquidez 
Imediata; 2. CCL; 3. 
Sensibilidade de 
Juros; 4. Índice de 
Basiléia 
IAS 37 
Critérios para registro 
são mais específicos 
quanto aos elementos 
de valores, períodos e 
probabilidades de 
ocorrência do evento. 
Critérios para 
registro são mais 
amplos quanto aos 
elementos de 
valores, períodos e 
probabilidades de 
ocorrência do 
evento. 
Valores provisionados 
possuem base de critérios 
com diferenças, acarretando 
resultados diferentes para 
escrituração contábil. 
1. Liquidez 
Imediata; 2. CCL; 3. 
Ki/Ke; 4. 
Endividamento; 5. 
IB 
 
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IAS 39 
Critério para a baixa é 
a transferência total de 
riscos para a outra 
entidade. 
A baixa se 
caracteriza apenas 
quando da alienação 
do ativo. 
Diferenças temporárias nos 
valores de contas 
patrimoniais. 
1. Liquidez 
Imediata; 2. CCL; 3. 
Ki/Ke; 4. ROA; 5. 
ROI; 6. 
Sensibilidade de 
Juros; 7. GAF; 8. 
Endividamento; 9. 
Índice de Basiléia 
Em que: CCL: Capital Circulante Líquido; ROI: Return on Investiments (retorno sobre o investimento); GAF: 
Grau de Alavancagem Financeira; IB: Índice de Basiléia; Ki: Custo de capital de terceiros; Ke: Custo de capital 
próprio; ROE: Return on Equity (retorno sobre capital); ROA: Return on Assets (retorno sobre ativos). 
 
Desse modo, a Tabela 2 foi elaborada a partir de análise dos documentos elencados na 
Tabela 1, com vista nas diferenças apresentadas pelo BACEN entre suas normas e as 
internacionais. 
Na convergência para o uso das normas IFRS no Brasil, o Conselho Monetário 
Nacional (CMN), até o ano de 2012 havia aderido a sete pronunciamentos contábeis. A 
adoção gradativa é devido à complexidade das normas que o regem, administradas pelo 
Bacen. Na Tabela 3 são expostos os pronunciamentos aceitos até a referida data. 
 
Tabela 3: Pronunciamentos contábeis aceitos pelo CMN até 2012. 
Nº CPC Título Referência da adesão 
01 [R1] Redução ao Valor Recuperável de Ativos Res. CMN nº 3.566 – 29/05/2008 
03 [R2] Demonstração dos Fluxos de Caixa Res. CMN nº 3.604 – 29/08/2008 
05 [R1] Divulgação sobre Partes Relacionadas Res. CMN nº 3.750 – 30/06/2009 
25 Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes Res. CMN nº 3.823 – 16/12/2009 
24 Evento Subsequente Res. CMN nº 3.973 – 26/05/2011 
10 [R1] Pagamento Baseado em Ações Res. CMN nº 3.989 – 30/06/2011 
23 
Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e 
Retificação de Erro 
Res. CMN nº 4.007 – 
25/08/2011 
00 Pronunciamento Conceitual básico Res. CMN nº 4.144 – 26/09/2012 
 
Embora a adesão destes pronunciamentos tenha alinhado as normas IFRS com as do 
Bacen – GAAP (COSIF), pode-se elencar como principais diferenças entre ambas as 
regulamentações a escassez de critérios, por parte do COSIF, para questões qualitativas da 
informação contábil e divergências de orientações em pontos específicos da prática contábil, 
como por exemplo a avaliação a valor justo de ativos e passivos das companhias. Outra 
diferença é que a apresentação da Demonstração de Fluxo de Caixa é mandatória para as 
instituições financeiras, segundo o IFRS. Já o COSIF exige a Demonstração de Origens e 
Aplicações dos recursos, além do Balanço Patrimonial (BP) e Demonstração de Resultados do 
Exercício (DRE). 
Quanto à estrutura das demonstrações, para a norma internacional, é mais apropriada 
uma separação das contas do Balanço Patrimonial por ordem de sua liquidez e não na 
classificação entre corrente e não corrente prevista pelo COSIF. O efeito desta diferença no 
estudo, é a possível alteração de posição de elementos contábeis entre os grupos circulante e 
não circulante do ativo e passivo, que altera fatores de formação dos indicadores de Capital 
Circulante Líquido (CCL) e Imobilização do Patrimônio Líquido, por exemplo. Além disso, 
interesses de acionistas minoritários devem ser expressos no BP e DRE, segundo o IFRS, ao 
contrário do previsto pela norma brasileira (COSIF). 
Em resumo, verifica-se então, que ambas as normas estão em um sentido de se tornarem 
unificadas, entretanto, atualmente deve-se entender a relação entre as duas como ainda 
parcialmente convergida. 
 
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2.3 Pesquisas nacionais e internacionais sobre o tema 
Algumas pesquisas procuraram analisar as diferenças informacionais ocasionadas pelas 
distinções nas normas BRGAAP e IFRS no contexto das instituições financeiras. 
Por exemplo, Almeida (2010) identificou que a mudança na classificação dos ativos 
financeiros dos bancos brasileiros, trazida pela introdução do IFRS 9, não resulta em uma 
variação da estrutura do Patrimônio Líquido de Referência e, portanto, não há impacto no 
Indicador de Imobilização, mas provoca aumento significativo na média do Índice da 
Basiléia, enquanto as médias do ROA e ROE reduziram. 
Fé Junior (2013) observou que o peculiar processo de adoção ás IFRS pelos bancos 
causou diferenças entre os valores publicados em praticamente todas as contas de DRE das 
instituições verificadas. Por meio de uma amostra de 16 bancos, observou-se que o Lucro 
Líquido apresentado em IFRS foi menor em nove e o Patrimônio Líquido aumentou em 
quatorze bancos. 
Relacionados ao âmbito de comparação entre as regulações contábeis, Corrêa (2013) 
verifica divergências nas apresentações das demonstrações contábeis nos padrões BR GAAP e 
IFRS, no ano de 2012, período de convergência da adoção das IFRS. As divergências 
observadas foram em relação à estrutura do balanço patrimonial, à aplicação do critério de 
perdas para crédito de liquidação duvidosa e das divulgações sobre gerenciamento de riscos 
em notas explicativas, que impactam na compreensibilidade das informações contábeis pelos 
usuários externos e nos custos de emissão dessas informações. 
Para Abreu (2013), existem variações relevantes na contabilização da PECLD se 
considerada metodologia BRGAAP e IFRS. Algumas dessas variações foram o volume de 
crédito provisionado e escassez de informação acerca dos parâmetros de constituição da 
provisão. A análise envolveu quadros com operações de crédito da PECLD segundo as 
normas do BACEN das Instituições Financeiras dos finais de exercício de 2010 a 2012, 
classificadas pelo ativo total, utilizando como fonte de dados o Relatório dos 50 maiores 
Bancos e o Consolidado do Sistema Financeiro Nacional (SFN), elaborado pelo Banco 
Central e disponível no seu sítio. 
Farias et al. (2014)verificaram que, pela ótica do Patrimônio Líquido, as demonstrações 
contábeis em BRGAAP são mais conservadoras que as demonstrações em IFRS. As 
diferenças significativas em indicadores de Liquidez e Qualidade da Carteira de Crédito 
indicam que as demonstrações contábeis elaboradas em IFRS sinalizam menor liquidez e mais 
baixa qualidade da carteira de crédito quando comparadas àquelas evidenciadas pelas 
demonstrações em BRGAAP. 
Além desses estudos, há pesquisas voltadas para a análise de geração de valor, risco e 
outros elementos que utilizam a informação contábil divulgada pelas instituições financeiras. 
Como exemplo, tem-se os trabalhos de Brito e Fraga (1981) e Calcado et al. (2013). Em 
função da informação contábil ser base de dados para tais pesquisas, a existência de ambas 
regulações leva a dados diferentes. 
Brito e Fraga (1981) verificaram a capacidade das empresas de neutralizar os efeitos de 
determinada regulação, sendo que existem setores com mais capacidade para tal que outros. À 
data desta referida pesquisa, o setor bancário era menos suscetível a regulação no que tange a 
remessas de capitais ao exterior por parte de empresas multinacionais que nos dias atuais, 
mudança que pode ter sido ocasionada dentre outras razões, pelo acordo da Basiléia, uma vez 
que este tinha o objetivo de criar exigências mínimas de capital para instituições financeiras 
como forma de fazer face ao risco de crédito. 
Calcado et al. (2013) compararam indicadores econômico-financeiros de dezoito bancos 
atuantes no Brasil no período de 2010 e 2011. A comparação foi feita com dados seguindo 
padrões IFRS e BACEN, com uso da metodologia CAMELS. As observações finais do 
 
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trabalho foram que há diferenças entre os indicadores com o uso dos diferentes padrões e 
regulamentação, a exemplo do Indicador de imobilização de capital próprio, qualidade da 
carteira de crédito e margem líquida. 
Apesar desses resultados, Barbosa Neto, Dias e Pinheiro (2009) afirmam que não há 
assimetria de informação gerada pela implantação das IFRS nas empresas de capital aberto no 
Brasil. Sua pesquisa teve caráter descritivo com abordagem quantitativa. 
Diante de resultados distintos encontrados pelas pesquisas anteriores, ressalta-se que a 
importância do presente estudo se pauta na metodologia que será seguida com a aplicação de 
indicadores gerais de avaliação em bases de dados não abrangidas nos estudos prévios. As 
contribuições destes são válidas no sentido de fundamentação e guia para a estratégia de 
confirmação dos resultados visados. Espera-se poder somar à literatura do tema os resultados 
obtidos a partir do proposto. 
 
2.4 Indicadores gerais de avaliação 
Uma forma de análise econômica da empresa, sua saúde financeira, rentabilidade e 
desempenho de sua operação é por meio de suas informações contábeis, que podem ser 
utilizadas para a formação de indicadores econômicos e financeiros. Alterações na política 
contábil exercida pela instituição bancária tem potencial para afetar de maneira relevante as 
informações que tais indicadores trazem, pois conforme verificado por Fé Junior (2013), a 
adoção do IFRS, trouxe alterações em estrutura da DRE e patrimônio líquido, as quais surtem 
efeitos em indicadores que se baseiam nestes grupos para sua composição, baseados nos 
números divulgados nas demonstrações financeiras. 
Serão expostos, como andamento do estudo e aplicação do método de análise, grupos de 
indicadores usados como ferramentas para a análise bancária, indicados por Assaf Neto 
(2002), funcionais para a análise bancária. 
 Encaixe voluntário: pode ser entendido como a relação entre as disponibilidades e os 
depósitos à vista, indicando a capacidade financeira contígua do banco em arcar com retiradas 
de seus depósitos à vista (Assaf Neto, 2003). Contudo, o valor apurado em seu cálculo traz 
duas interpretações: conforme o valor cresce, a segurança financeira do banco aumenta, mas 
mostra comprometimento de investimentos rentáveis e de soluções financeiras oferecidas 
pelos bancos, como empréstimos e financiamentos. 
Dessa forma, sua fórmula é dada por: 
 
 Liquidez imediata: um dos principais indicadores de liquidez para as instituições 
financeiras, uma vez que leva em conta essencialmente as disponibilidades da mesma, 
elemento de grande atenção para essas organizações. Calculada, segundo Iudícibus (2008), 
como: 
 
Na fórmula, “Depósitos a vista” e “Captações no mercado aberto” referem-se aos 
passivos de curto prazo do banco. 
 Empréstimo por depósitos: evidencia proporção dos empréstimos efetuados pelo 
banco que têm suas origens nos depósitos dos clientes (Assaf Neto, 2006). Quanto mais 
elevado for o valor, menos a instituição é capaz de suprir as demandas por saques dos 
clientes. Por outro lado, um número elevado de empréstimos remete a uma alta rentabilidade 
do banco, já que nesse cenário, o principal produto de venda da empresa está sendo bem 
aproveitado no mercado. O cálculo é o seguinte: 
 
 
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 Capital circulante líquido: indicador que auxilia no acompanhamento rotineiro do 
fluxo de caixa visando manter um equilíbrio sustentável nas disponibilidades, sendo essencial 
para uma instituição financeira. Calculado como: 
 
 Relação entre capital próprio e ativo total: expressa a proporção dos ativos que é 
mantida apenas com o capital próprio do banco. Entende-se esse indicador com o nível de 
independência financeira de uma entidade bancária (Assaf Neto, 2006). Quanto mais 
independente financeiramente for um banco, maior será a rentabilidade. Logo, o retorno dos 
sócios será mais elevado. 
 Proporção entre capital de terceiros e capital próprio: indica o nível de 
dependência da instituição financeira em relação ao montante de capital próprio que a mesma 
detém (Assaf Neto, 2006). 
 Proporção entre capital de terceiros e passivo total: A função deste indicador é 
mostrar qual proporção dos recursos que um banco possui que é advindo de capitais de 
terceiros. Seu cálculo é obtido através da fórmula: 
 
Em que: RCT = Relação de Capital de Terceiros; PT = Passivo Total; ET = Exigível 
Total; PL = Patrimônio líquido 
 Imobilização dos recursos permanentes: indicador para obter a porcentagem dos 
recursos da empresa, sejam eles de terceiros ou próprios que estão aplicados no ativo 
imobilizado (Martins & Assaf Neto, 1985, e Matarazzo, 1998). Calculado como: 
 
Em que: ELP = Exigível a Longo Prazo 
 Retorno sobre o patrimônio líquido: indica a rentabilidade do investimento 
realizado pelos acionistas (capital próprio) a partir do PL e do Lucro Líquido do exercício. A 
expressão usada para o cálculo é (Assaf Neto, 2003): 
 
 Retorno sobre os ativos: mede o retorno gerado pelos ativos empregados na 
instituição bancária. O cálculo é dado por (Assaf Neto, 2003): 
 
 Retorno sobre investimento: mede rentabilidade dos recursos aplicados na empresa 
por terceiros e sócios. A fórmula usada para cálculo é (Assaf Neto, 2003): 
 
A variável “investimento” pode ser encontrada a partir da diferença entre passivo de 
funcionamento (salários, impostos e dividendos a pagar, fornecedores, por exemplo) e Ativo 
Total. 
 Margem líquida: evidencia a proporção da Receita de Intermediação Financeira 
(RIF) dentro do Lucro Líquido. Para tanto, são considerados como fatores que compõem a 
receita de intermediação: as taxas aplicadas para o serviço, prazos, tarifas de funcionamento, 
entre outros. O cálculo é (Assaf Neto, 2003): 
 
 Sensibilidade dos juros: As instituições bancárias são diretamente afetadas pelos 
eventos da economia em sentido positivo ou negativo. A taxa básica de juros, Selic, e suas 
taxas derivadas são objeto de estudo e acompanhamento por parte dos bancos, que tem vários 
 
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de seus ativos e passivos indexados pelos juros. Na verificação da elasticidade dos juros da 
economia é usadoum indicador composto por ativos e passivos sensíveis. O cálculo usado 
para se verificar a sensibilidade dos juros é (Assaf Neto, 2006): 
 
 Grau de Alavancagem financeira: utilizado para analisar a exposição ao risco 
financeiro das instituições. Seguindo a fórmula (Gitman e Madura, 2003): 
 
Em que: RSPL = Retorno sobre patrimônio líquido; RSA = Retorno sobre ativos. 
 Endividamento: indica a proporção entre capital de terceiros e capital próprio em 
uma instituição. Calculado como (Assaf Neto, 2003): 
 
Índice da Basiléia: surgiu a partir do segundo acordo de Basiléia e visa mostrar 
exatamente o que o acordo propõe, ou seja, que as instituições bancárias constituam 
patrimônios líquidos grandes o suficiente para suportar possíveis exposições a perdas 
financeiras. Seu entendimento é quanto maior for o resultado, expresso em termos 
percentuais, maior a segurança da instituição bancária. É calculado da maneira como segue, 
conforme Silva (2005): 
 
Em que: PR = Patrimônio Referência; PLE = Patrimônio Líquido Exigido; Fator F = 
Fator que se aplica ao ativo ponderado pelo risco. 
O ativo ponderado pelo risco é obtido a partir do produto de cada conta do ativo, 
segundo o Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional (COSIF) e o 
percentual de risco atribuído a cada uma dessas contas. 
O PLE é o montante mínimo requerido para criar a margem de segurança contra as 
possíveis perdas. 
O PR é definido pelo Banco Central do Brasil seguindo a resolução 2.837 do mesmo. É 
composto pela somatória de dois níveis. O primeiro é formado pelo PL da instituição 
acrescido das contas de resultados com saldo credor e subtraído as com saldo devedor, além 
disso, são excluídas as reservas de lucros e saldos de ações preferenciais resgatáveis e 
cumulativas. O segundo nível é composto pelos saldos anteriormente excluídos acrescidos das 
dívidas subordinadas e instrumentos híbridos de capital e dívida. 
A seguir, tem-se a Tabela 4, a qual resume os indicadores e as possíveis diferenças que 
podem ocorrer utilizando os dois modelos exigidos. 
 
Tabela 4: Indicadores calculados e possíveis diferenças que podem ocorrer utilizando os dois modelos exigidos. 
INDICADORES FÓRMULA DIFERENÇAS 
Encaixe 
Voluntário 
EV=Disponibilidades/ 
Depósitos à vista 
Pode indicar capacidades distintas de suprir saques 
de seus clientes. 
Liquidez Imediata 
LI = Cx. E Equiv. Caixa 
+TVM/(Depósitos + 
Captações mercado) 
Um resultado diferente neste indicador mostra 
capacidades distintas de liquidação das obrigações 
de curto prazo da instituição. 
Empréstimos por 
depósitos 
Empréstimos/Depósitos = 
Operações de 
Crédito/Depósitos 
Indica a posição da instituição perante o que 
empresa e o que toma emprestado para a execução 
de suas operações. 
Capital Circulante 
Líquido 
CCL= AC – PC 
Pode revelar uma configuração diferente do capital 
de curto prazo da instituição. 
Estrutura de 
capital 
RCT/PT = ET/ (ET+PL) 
Pode indicar uma estrutura de capital de terceiros e 
próprio divergente entre os modelos de regulação. 
Imobilização dos 
recursos 
IRP=Ativo Imobilizado / 
ELP + PL 
Quando maior este indicador, pior é o indicativo 
para a instituição, dado a importância de manter 
 
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permanentes disponibilidades monetárias. 
Retorno sobre 
patrimônio 
ROE=Lucro líquido sobre 
Patrimônio Líquido 
Um resultado mais elevado em uma das legislações 
leva a uma interpretação de maior rentabilidade do 
PL da empresa. 
Retorno sobre 
ativos 
ROA=Lucro Líquido sobre 
Ativo Total 
Um resultado mais elevado em uma das legislações 
leva a uma interpretação de maior rentabilidade do 
Ativo total da empresa. 
Retorno sobre 
investimento 
ROI=Lucro Líquido sobre 
investimento 
Um resultado mais elevado em uma das legislações 
leva a uma interpretação de maior rentabilidade da 
Operação da empresa. 
Margem líquida 
ML=Lucro Líquido sobre 
RIF 
A margem líquida indica o ganho na operação 
bancária já descontadas as despesas e impostos. 
Uma diferença neste indicador mostra margens de 
lucro na operação diferentes. 
Sensibilidade dos 
juros 
SJ=Ativos sensíveis sobre 
passivos sensíveis 
A exposição da Instituição é o foco deste indicador. 
Assim, diferenças neste indicador a visão do risco 
do banco dado às mudanças na taxa de juros. 
Grau de 
alavancagem 
financeira 
GAF=ROE sobre ROA 
Também conhecido como Leverage, diferenças 
relevantes neste indicador alteram a noção de 
dependência financeira do Banco. 
Endividamento 
E=Passivo total sobre 
patrimônio líquido 
Diferenças levam a uma interpretação divergente 
em termos da dívida total do Banco. 
Índice da Basiléia 
IB=PR x 100 (PLE/Fator 
F) 
Irá expor níveis de capital próprio diferentes, caso o 
índice for divergente entre as duas 
regulamentações. 
 
3 PROCEDIMENTOS E MÉTODOS 
O estudo foi realizado para os exercícios sociais de 2013 a 2015 das instituições 
financeiras listadas na categoria por segmento bancário na BM&FBovespa. A justificativa 
para o período da amostra são as publicações de resoluções e comunicados de entes 
reguladores como a CMV e o CMN. Documentos como as Resoluções 4.144/2012 e 
4.090/2012 que dispõem sobre o aceite da estrutura conceitual da contabilidade e elementos 
estruturais de gerenciamento de risco de liquidez para as instituições financeiras são 
exemplos, uma vez que corroboram para a constituição de valores refletidos em contabilidade 
e sua forma de apresentação. 
A Tabela 5 apresenta a amostra inicial dessas empresas. 
 
Tabela 5: Instituições financeiras utilizadas como amostra para o estudo. 
Razão Social 
Alfa Holdings S.A. Mercantil de Investimentos S.A. 
Banestes S.A. - Est Espirito Santo Mercantil do Brasil S.A. 
Abc Brasil S.A. Nordeste do Brasil S.A. 
Alfa De Investimento S.A. Pan S.A. 
Amazonia S.A. Patagonia S.A. 
Bradesco S.A. Pine S.A. 
Brasil S.A. Santander (Brasil) S.A. 
Btg Pactual S.A. Sofisa S.A. 
Daycoval S.A. Brb de Brasilia S.A. 
Estado de Sergipe S.A. – Banese Consorcio Alfa de Administracao S.A. 
Estado do Para S.A. Itau Uniholding S.A. 
Estado do Rio Grande do Sul S.A. Itausa Investimentos Itau S.A. 
Industrial e Comercial S.A. Parana S.A. 
Indusval S.A. 
 
Muito embora essas foram as instituições financeiras inicialmente consideradas para o 
estudo, algumas não compuseram a amostra final usada para os cálculos de indicadores e 
comparação estatística. São elas: Alfa Holdings, Bco. Da Amazônia, Bco. Estado do Pará, 
 
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Mercantil de Investimentos, Bco. Do Nordeste do Brasil, Bco. Patagônia, Consórcio Alfa de 
Administração, Itaúsa Investimentos. Dentre as razões para sua retirada da amostra, estão a 
não divulgação de balanços patrimoniais em um dos modelos contábeis em pauta no estudo, 
ausência de dados de exercícios para análise e, em especial ao Banco Patagônia, 
demonstrações contábeis em formatação divergente ante as demais instituições financeiras. 
Tendo uma amostra independente, inicialmente foi verificada a configuração de 
distribuição pelo teste de Kolmogorov-Smirnov e constatou-se que, à 1%, rejeita-se a hipótese 
de normalidade. Sendo assim, prosseguiu-se a etapa com a escolha do Teste U de Mann-
Whitney (Triola, 2005). 
 
4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS 
A partir dos dados e aplicação da metodologia discorrida no capítulo anterior, os 
resultados dos indicadores foram compilados em comparação de variabilidade estatística. A 
análise se deu por avaliação pelas médias de valores dos indicadores calculados em critérios 
de ano e norma contábil. A Tabela 6 organiza essas informações: 
 
Tabela 6: Médias e valores z críticos de Indicadores 
 2013 2014 
Variáveis 
Normas Estatística 
z 
Normas Estatística 
z BRGAAAP IFRS BRGAAAP IFRS 
Encaixe Voluntário 1,2874 0,7247 1.277 0,6910 0,7470 1.124 
Liquidez Imediata 4,8281 6,0401 -0.672 6,5241 3,8560 -0.613 
Empréstimo/Depósito1,0896 4,2864 -2.766* 1,1375 5,2969 -3.070* 
CCL 6606698,68 0,00 2.075** 5580064,79 0,00 1.482 
Estrutura de capital 0,8869 0,8256 2.394** 0,8951 0,8187 2.803* 
Imobilização de Ativo 0,0152 0,0481 -2.073** 0,0100 0,0542 -1.548 
ROE 0,0946 0,0684 0.263 0,1080 0,0779 0.058 
ROA 0,0092 0,0079 -0.292 0,0101 0,0093 -0.467 
ROI 0,0314 0,0170 1.022 0,0322 0,0217 1.256 
Margem líquida 0,0832 0,0807 -0.292 0,0716 0,1077 -0.613 
Sensibilidade de juros 2,1523 1,2867 3.533* 2,3174 0,9206 3.270* 
GAF 10,2851 10,4361 0.263 10,9524 9,7918 0.496 
Endividamento 9,2602 9,4592 0.321 9,9258 8,7238 0.409 
Índice de Basiléia 0,1596 0,1675 -1.562 0,1524 0,1724 -1.766** 
Sendo: *, **, *** significante estatisticamente a 1%, 5% e 10%, respectivamente. 
 
Tabela 7: Continua 
 2015 Geral 
Variáveis 
Normas Estatística 
z 
Normas Estatística 
z BRGAAAP IFRS BRGAAAP IFRS 
Encaixe Voluntário 1,4015 0,9709 0.664 1,1055 0,8466 1.775*** 
Liquidez Imediata 6,9220 3,8731 -0.434 5,0953 4,1061 -1.173 
Empréstimo/Depósito 1,0027 6,2952 -2.610* 1,0726 5,5125 -4.974* 
CCL 6989520,81 0,00 1.934*** 6281539,96 0,00 3.213* 
Estrutura de capital 0,8874 0,8292 2.507** 0,8588 0,8062 4.336* 
Imobilização de 
Ativo 0,0152 0,0374 -1.640 0,0135 0,0500 -3.197* 
ROE 0,0704 0,0882 0.471 0,0903 0,0801 0.470 
ROA 0,0076 0,0111 -0.057 0,0093 0,0095 -0.245 
ROI 0,0225 0,0139 1.301 0,0311 0,0183 2.130** 
Margem líquida 0,0608 0,0864 -0.848 0,0777 0,0905 -0.833 
Sensibilidade de 
juros 1,9709 0,9331 2.771* 2,1187 1,2635 5.682* 
GAF 10,6971 10,1446 0.697 10,6878 9,8609 0.682 
Endividamento 9,6803 9,0211 0.697 9,6654 8,8074 0.700 
Índice de Basiléia 0,1555 0,1755 -1.696*** 0,1567 0,1702 -2.903* 
Sendo: *, **, *** significante estatisticamente a 1%, 5% e 10%, respectivamente. 
 
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A Tabela 6 sintetiza as médias de cada indicador de avaliação obtidas a partir dos 
resultados das instituições financeiras analisadas para cada ano do estudo. Observou-se que 
em todos os casos houve diferenças nos indicadores, embora apenas parcela destas foi 
considerada significativamente diferente entre as regulações contábeis existentes. Tais 
indicadores foram: Encaixe Voluntário, Empréstimos por Depósitos, CCL, Estrutura de 
capital, Imobilização de ativos permanentes, ROI, Sensibilidade de Juros e Índice de Basiléia. 
A coluna “Geral” indica a média observada por cada indicador ao longo de todo o período 
analisado. 
A diferença significante à 10% do indicador “Encaixe Voluntário” em âmbito geral 
pode ser explicada pelo fato de grande variabilidade de valores que compõem as contas 
contábeis de disponibilidades e depósitos à vista entre as instituições financeiras. Aquelas que 
possuem volumes maiores por seu número de clientes em carteira, por exemplo, tendem a 
levar o indicador para valores mais baixos. 
O indicador “Empréstimos por Depósitos” considera as operações de créditos em sua 
composição. Os créditos cedidos pelas instituições financeiras, como visto ao longo do 
trabalho, recebem elevada atenção por parte da regulação por conta do elemento incerteza que 
os acompanha. Como colocado por Abreu (2013), a PECLD é fator fortemente ligado aos 
créditos cedidos ao passo que o risco da instituição em receber tais numerários em retorno é 
de crucial mensuração. Haja vista a posição mais conservadora da norma brasileira, alinhado à 
Farias et al. (2014), a diferença pode ser explicada, sobretudo, pelo elemento PECLD. 
O indicador “CCL” não foi alvo de análise devido à estrutura de apresentação das 
demonstrações contábeis em ambas as regulações. No modelo IFRS, são dispostas as contas 
contábeis em ordem de liquidez, não se distinguindo com clareza, em termos de estrutura de 
Balanço Patrimonial, os grupos circulante e não circulante do ativo e passivo, elementos 
chave para a formação deste indicador. 
A “Estrutura de Capital” visa quantificar a proporção existente entre o capital de 
terceiros e próprio. Esse indicador apresentou diferenças significantes à 1 e 5% ao longo de 
todo o período de análise. Uma possível explicação é, como visto por Farias et al. (2014), a 
posição mais conservadora da norma BRGAAP ante à IFRS para o capital próprio, 
representado pelo patrimônio líquido. Essa mesma explicação pode ser aplicada ao indicador 
de Imobilização dos recursos permanentes ou não circulantes. Este indicador considera 
também o exigível a longo prazo e o patrimônio líquido. 
O “Retorno sobre o Investimento” obteve na análise diferença estatisticamente relevante 
apenas na comparação ao longo dos três anos de amostra, representado pela coluna “Geral” na 
Tabela 6. Sugere-se também para este indicador a explicação sobre os impactos das normas 
sobre o patrimônio líquido das instituições financeiras. Quanto ao exigível a longo prazo, a 
análise centrada nas demonstrações contábeis do Balanço Patrimonial e Demonstração de 
Resultados pode causar algum tipo de viés no que tange às demonstrações no modelo IFRS. 
O valor do Lucro Líquido, elemento que compõe o cálculo de indicadores como o 
“ROI” e a “Margem líquida”, também pode ser peça que corrobora para as diferenças 
observadas. Ainda conforme Abreu (2013), a prudência ou conservadorismo de uma 
regulação em relação à outra pode levar a contabilizações de provisões e estimativas de 
perdas com créditos em montantes diferentes no resultado do período, colaborando para a 
discrepância obtida em termos estatísticos. 
Para o indicador de “Sensibilidade dos Juros” foram obtidas diferenças apenas à 1% de 
significância. Este indicador busca mostrar a exposição da instituição financeira às variações 
de juros. Notou-se que via norma IFRS, a média está abaixo do indicador elaborado segundo a 
norma brasileira, podendo indicar possível passivo sensível aos juros mais elevado, ativos 
sensíveis menos elevados ou alguma combinação entre estas duas situações. 
 
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Por fim, o “Índice de Basiléia” apresenta diferenças estatísticas ao longo dos anos por 
razões que podem ser explicadas também pelo conservadorismo mais acentuado presente na 
norma BRGAAP, conforme indicado por Farias et al. (2014). Essa configuração pode ser 
vista na diferença de médias entre ambas as regulações, em que a norma brasileira apresenta 
média inferior à IFRS. 
De modo geral, os resultados apresentaram diferenças em indicadores cujos elementos 
que os formam já haviam sido elucidados por autores de referência para o presente estudo. 
Tendo em vista os resultados obtidos, a presente pesquisa ampara o entendimento dos 
componentes envolvidos em uma análise do setor bancário brasileiro. Uma implicação que 
pode ser acenada é, na hipótese de uso único de uma regulação em detrimento de outra, a 
compreensão, por parte do usuário contábil, pode ser direcionada segundo as características 
da forma contábil analisada, contribuindo para decisões baseadas nesse entendimento. 
Empiricamente, a utilização de demonstrações regidas por regulações distintas pode ocasionar 
dificuldades de comunicação entre partes como o mercado e analistas externos, bem como da 
instituição financeira para com esses. Entende-se que o estudo é, por conseguinte, ferramental 
de auxílio para maiores informações que fundamentem a crítica do usuário externo que 
utilizam as informações contábeis para a tomada de decisão em suas escolhas de aportes de 
capital e investimentos como um todo, sendo direcionado para agentes em geral que buscam 
em demonstrações financeiras tais bases, em consonância com o disposto por Silva (2001). 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A presente pesquisa se propôs a estudar as possíveis diferenças estatísticas nas 
demonstrações contábeis e análise por seus usuários, advindas da coexistência de regulações, 
sendo o diferencial do estudo a utilização como metodologia a aplicação de indicadores gerais 
de avaliação e a verificação em termos estatísticos da existência de diferenças entre eles dadaa dicotomia de regulação. A necessidade de publicação de demonstrações contábeis em 
modelos BRGAAP e IFRS é fundamento para essa indagação sobre possíveis discrepâncias 
em seus indicadores de avaliação por parte dos usuários contábeis. Tendo como período de 
análise os anos de 2013 a 2015 das demonstrações contábeis de ambas as regulações das 
instituições financeiras da amostra, e, como método, o Teste U de Mann-Whitney sobre as 
médias dos indicadores para verificação das diferenças estatisticamente significantes, foram 
identificadas diferenças em indicadores cujos elementos que os formam já haviam sido objeto 
de estudos por pesquisas anteriores que serviram de referencial teórico para este trabalho, 
sendo eles: encaixe voluntário, empréstimos por depósitos, CCL, estrutura de capital, 
imobilização de ativos permanentes, ROI, sensibilidade de suros e índice de Basiléia. 
Assim, a presente pesquisa vem confirmar que os usuários da informação contábil e 
demais agentes, que buscam maiores informações das instituições financeiras atuantes no 
país, têm à disposição posições diferentes sobre a ótica de indicadores de avaliação de 
demonstrações contábeis. 
Diante deste cenário, observa-se como consequência que a formação de opinião baseada 
em indicadores, calculados a partir de demonstrações em apenas uma das regulações 
(BRGAAP ou IFRS), pode levar a entendimento direcionado para as características de tal 
regulação. Em outras palavras, a noção que se formará sobre a posição econômica da 
instituição financeira será tal que refletirá as propriedades de cada regulação. Por outro lado, 
os resultados obtidos corroboram com Corrêa (2013) que já afirmava que a existência de 
apenas um tipo de demonstração contábil favoreceria a compreensibilidade dos usuários, 
auxiliando na redução da assimetria informacional que os investidores buscam mitigar em 
suas análises das demonstrações contábeis. 
 
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Nesse sentido, apresenta-se como sugestão que os usuários considerem demonstrações 
financeiras em ambas as regulações contábeis para formação de opinião e de fundamentos 
para a tomada de decisão por parte do investidor e usuário contábil de modo geral. 
Uma limitação do presente trabalho é a análise primária das diferenças nos indicadores, 
que se baseou na identificação de haver ou não diferenças significantes, segundo o método 
aplicado, nos indicadores de avaliação. Como extensão ao tema, pode-se considerar pesquisas 
que busquem avaliar mais profundamente a constituição das contas contábeis que formam 
indicadores de avaliação de demonstrações contábeis. Não obstante, alude-se também estudos 
que abranjam outras ferramentas de avaliação como um histórico dos acontecimentos que 
ocorreram no exercício contábil, desde a alteração da fonte de normas ou orientações 
seguidas, dado a política contábil da empresa, até variações anormais temporalmente de 
valores, quando comparadas com demonstrações financeiras anteriores, como por exemplo a 
reavaliação de ativos e resultados operacionais não usuais, uma vez que tais acontecimentos 
podem alterar substancialmente o resultado contábil final. 
Em adição, não foi escopo de pesquisa a ratificação sobre o melhor modo de formação 
dos indicadores de avaliação. Isto é, dado as diferenças entre as demonstrações financeiras das 
diferentes formas de divulgação, pode haver a hipótese de melhor composição dos indicadores 
para resultados mais confiáveis de análise segundo cada regulamentação. Em síntese, deixa-se 
tais possibilidades de pesquisa para estudos futuros, afim de se contemplar demais tópicos 
sobre o tema das formas de apresentação de demonstrações contábeis em instituições 
financeiras presentes no país. 
 
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	1 INTRODUÇÃO
	2 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
	2.1 Importância da Informação contábil
	2.2 Normas Internacionais versus Bacen
	2.3 Pesquisas nacionais e internacionais sobre o tema
	2.4 Indicadores gerais de avaliação
	3 PROCEDIMENTOS E MÉTODOS
	4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS
	CONSIDERAÇÕES FINAIS
	REFERÊNCIAS

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