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IBGE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA Recenseador EDITAL 03/2020 A APOSTILA É ELABORADA DE ACORDO COM A PUBLICAÇÃO DO EDITAL OFICIAL PARA QUE O CANDIDATO REFORCE SEUS ESTUDOS POREM, INTENSIFIQUE SEUS ESTUDOS COM DEMAIS MATERIAIS A SEU ALCANCE. SUMÁRIO Língua Portuguesa Compreensão e interpretação de texto de gêneros variados; Reescrita de textos de diferentes gêneros e níveis de formalidade. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . 01 Reconhecimento de tipos e gêneros textuais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . 08 Domínio da Ortografia oficial. Acentuação gráfica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 Domínio dos mecanismos de coesão textual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 Emprego de elementos de referenciação, substituição e repetição de conectores e de outros elementos de sequenciação textual; Reorganização da estrutura de orações e de períodos do texto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . .. . . . . . .. . . . . . 13 Domínio da estrutura morfossintática do período . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . 18 Emprego das classes de palavras, tempo e modo verbal. . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 Relações de coordenação e subordinação entre orações e entre termos da oração; concordância nominal e verbal; regência nominal e verbal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 Emprego dos sinais pontuação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .39 Emprego do sinal indicativo de crase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42 Colocação dos pronomes átonos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45 Rescrita de frases e parágrafos do texto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 Significação das palavras, Substituição de palavras ou de trechos de texto . . . . . . . .. . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 Questões comentadas. . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . .. . . . 50 Matemática Números inteiros e racionais: operações e propriedades. Problemas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . 01 Números e grandezas proporcionais. Razão e proporção. Divisão proporcional. Regra de três simples. . .. . . . . .. . . . . .. . .. 07 Porcentagem. Juros e descontos simples. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . 14 Equações do 1º grau. Problemas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 Máximo Divisor Comum (m.d.c.) e Mínimo Múltiplo Comum (m.m.c.). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . 25 VI - Medidas de comprimento, superfície, volume, massa e tempo. Conversão de medidas. Sistema métrico decimal. . . 29 Leitura e interpretação de tabelas e gráficos.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34 Ética no serviço publico Código de Ética do IBGE.............................................................................................................................. .................. .......................................................... 01 Lei 8.112/90 (art.116, incisos I a V, alíneas a e c, VI a XII e parágrafo único; 117, incisos I a VI e IX a XVIII; 118 a 126; 127, incisos I, II e III, a 132, incisos I a VII, e IX a XIII; 136 a 142, incisos I, primeira parte, a III, e §§ 1º a 4º).......... ......................... ................................... 04 Conhecimentos Técnicos Conteúdo do documento “Estudo dos conhecimentos técnicos a serem aplicados no Censo Demográfico 2020” (apostila disponibilizada no endereço eletrônico http://www.cebraspe.gov.br/concursos/ibge_20_recenseador para download). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . 01 DICA Como passar em um concurso público? Todos nós sabemos que é um grande desafio ser aprovado em concurso público, dessa maneira é muito importante o concurseiro estar focado e determinado em seus estudos e na sua preparação. É verdade que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de como estudar para concursos públicos, é importante cada pessoa encontrar a melhor maneira para estar otimizando sua preparação. Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando nisso, a Solução preparou esse artigo com algumas dicas que irá fazer toda diferença na sua preparação. Então mãos à obra! Separamos algumas dicas para lhe ajudar a passar em concurso público! - Esteja focado em seu objetivo: É de extrema importância você estar focado em seu objetivo, a aprovação no concurso. Você vai ter que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho. - Não saia atirando para todos os lados: Procure dar atenção em um concurso de cada vez, a dificuldade é muito maior quando você tenta focar em vários certames, devido as matérias das diversas áreas serem diferentes. Desta forma, é importante que você defina uma área se especializando nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área. - Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito, determinado um local, os horários e dias específicos para estar estudando cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total. - Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis, precisa de dedicação. É praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo. - Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto estudado, é fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, caso o mesmo ainda não esteja publicado, busque editais de concursos anteriores. Busque refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação. - Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursospúblicos, completo e atualizado. Esses materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo muito exercícios. Quando mais exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame. - Cuide de sua preparação: Não é só os estudos que é importante na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse. Se prepare para o concurso público! O concurseiro preparado não é aquele que passa o dia todo estudando, mas está com a cabeça nas nuvens, e sim aquele que se planeja pesquisando sobre o concurso de interesse, conferindo editais e provas anteriores, participando de grupos com enquetes sobre o mesmo, conversando com pessoas que já foram aprovadas absorvendo as dicas e experiências, analisando a banca examinadora do certame. O Plano de Estudos é essencial na otimização dos estudos, ele deve ser simples, com fácil compreensão e personalizado com sua rotina, vai ser seu triunfo para aprovação, sendo responsável pelo seu crescimento contínuo. Além do plano de estudos, é importante ter um Plano de Revisão, será ele que irá te ajudar na memorização dos conteúdos estudados até o dia da realização da prova, evitando a correria para fazer uma revisão de última hora próximo ao dia da prova. Está em dúvida por qual matéria começar a estudar?! Uma dica, comece pela Língua Portuguesa, é a matéria com maior requisição nos concursos, a base para uma boa interpretação, no qual abrange todas as outras matérias. DICA Vida Social! Sabemos que faz parte algumas abdicações na vida de quem estuda para concursos públicos, sempre que possível é importante conciliar os estudos com os momentos de lazer e bem-estar. A vida de concurseiro é temporária, quem determina o tempo é você, através da sua dedicação e empenho. Você terá que fazer um esforço para deixar de lado um pouco a vida social intensa, é importante compreender que quando for aprovado, verá que todo o esforço valeu a pena para realização do seu sonho. Uma boa dica, é fazer exercícios físicos, uma simples corrida por exemplo é capaz de melhorar o funcionamento do Sistema Nervoso Central, um dos fatores que são chaves para produção de neurônios nas regiões associadas à aprendizagem e memória. Motivação! A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e as vezes bate aquele desânimo com vários fatores ao nosso redor. Porém a maior garra será focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos. É absolutamente normal caso você não seja aprovado de primeira, é primordial que você PERSISTA, com o tempo você irá adquirir conhecimento e experiência. Então é preciso se motivar diariamente para seguir a busca da aprovação, algumas orientações importantes para conseguir motivação: - Procure ler frases motivacionais, são ótimas para lembrar dos seus propósitos; - Leia sempre os depoimentos dos candidatos aprovados nos concursos públicos; - Procure estar sempre entrando em contato com os aprovados; - Escreve o porque que você deseja ser aprovado no concurso, quando você sabe seus motivos, isso te da um ânimo maior para seguir focado, tornando o processo mais prazeroso; - Saiba o que realmente te impulsiona, o que te motiva. Dessa maneira será mais fácil vencer as adversidades que irá aparecer. - Procure imaginar você exercendo a função da vaga pleiteada, sentir a emoção da aprovação e ver as pessoas que você gosta, felizes com seu sucesso. Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação e motivação para estar realizando o seu grande sonho, de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial. A Solução tem ajudado há mais de 35 anos quem quer vencer a batalha do concurso público. Se você quer aumentar as suas chances de passar, conheça os nossos materiais, acessando o nosso site: www.apostilasolucao.com.br LÍNGUA PORTUGUESA Língua Portuguesa 1 - Compreensão e interpretação de texto de gêneros variados; Reescrita de textos de diferentes gêneros e níveis de formalidade. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . 01 2- Reconhecimento de tipos e gêneros textuais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08 3– Domínio da Ortografia oficial. Acentuação gráfica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 4– Domínio dos mecanismos de coesão textual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 4.1- Emprego de elementos de referenciação, substituição e repetição de conectores e de outros elementos de sequênciação textual; Reorganização da estrutura de orações e de períodos do texto. . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . 13 5 - Domínio da estrutura morfossintática do período . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 5.1 - Emprego das classes de palavras, tempo e modo verbal. . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 5.2 - Relações de coordenação e subordinação entre orações e entre termos da oração; concordância nominal e verbal; regência nominal e verbal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 5.3 - Emprego dos sinais pontuação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .39 5.4 – Emprego do sinal indicativo de crase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42 5.5 – Colocação dos pronomes átonos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45 6 - Rescrita de frases e parágrafos do texto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . 46 6.1 - Significação das palavras, Substituição de palavras ou de trechos de texto . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 Questões comentadas . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . .50 1 - COMPREENSÃO DE TEXTO. LEITURA, COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS Leitura A leitura é prática de interação social de linguagem. A leitura, como prática social, exige um leitor crítico que seja capaz de mobilizar seus conhecimentos prévios, quer linguísticos e textuais, quer de mundo, para preencher os vazios do texto, construindo novos significados. Esse leitor parte do já sabido/conhecido, mas, superando esse limite, incorpora, de forma reflexiva, novos significados a seu universo de conhecimento para melhor entender a realidade em que vive. Compreensão A compreensão de um texto é a análise e decodificação do que está realmente escrito nele, das frases e ideias ali presentes. A compreensão de texto significa decodificá-lo para entender o que foi dito. É a análise objetiva e a assimilação das palavrase ideias presentes no texto. Para ler e entender um texto é necessário obter dois níveis de leitura: informativa e de reconhecimento. Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias seletas e organizadas, através dos parágrafos que é composto pela ideia central, argumentação/desenvolvimento e a conclusão do texto. Quando se diz que uma pessoa tem a compreensão de algo, significa que é dotada do perfeito domínio intelectual sobre o assunto. Para que haja a compreensão de algo, como um texto, por exemplo, é necessária a sua interpretação. Para isso, o indivíduo deve ser capaz de desvendar o significado das construções textuais, com o intuito de compreender o sentido do contexto de uma frase. Assim, quando não há uma correta interpretação da mensagem, consequentemente não há a correta compreensão da mesma. Interpretação Interpretar é a ação ou efeito que estabelece uma relação de percepção da mensagem que se quer transmitir, seja ela simultânea ou consecutiva, entre duas pessoas ou entidades. A importância dada às questões de interpretação de textos deve-se ao caráter interdisciplinar, o que equivale dizer que a competência de ler texto interfere decididamente no aprendizado em geral, já que boa parte do conhecimento mais importante nos chega por meio da linguagem escrita. A maior herança que a escola pode legar aos seus alunos é a competência de ler com autonomia, isto é, de extrair de um texto os seus significados. Num texto, cada uma das partes está combinada com as outras, criando um todo que não é mero resultado da soma das partes, mas da sua articulação. Assim, a apreensão do significado global resulta de várias leituras acompanhadas de várias hipóteses interpretativas, levantadas a partir da compreensão de dados e informações inscritos no texto lido e do nosso conhecimento do mundo. A interpretação do texto é o que podemos concluir sobre ele, depois de estabelecer conexões entre o que está escrito e a realidade. São as conclusões que podemos tirar com base nas ideias do autor. Essa análise ocorre de modo subjetivo, e são relacionadas com a dedução do leitor. A interpretação de texto é o elemento-chave para o resultado acadêmico, eficiência na solução de exercícios e mesmo na compreensão de situações do dia-a-dia. Além de uma leitura mais atenta e conhecimento prévio sobre o assunto, o elemento de fundamental importância para interpretar e compreender corretamente um texto é ter o domínio da língua. E mesmo dominando a língua é muito importante ter um dicionário por perto. Isso porque ninguém conhece o significado de todas as palavras e é muito difícil interpretar um texto desconhecendo certos termos. Dicas para uma boa interpretação de texto: - Leia todo o texto pausadamente - Releia o texto e marque todas as palavras que não sabe o significado - Veja o significado de cada uma delas no dicionário e anote - Separe os parágrafos do texto e releia um a um fazendo o seu resumo - Elabore uma pergunta para cada parágrafo e responda - Questione a forma usada para escrever - Faça um novo texto com as suas palavras, mas siga as ideias do autor. Lembre-se que para saber compreender e interpretar muito bem qualquer tipo de texto, é essencial que se leia muito. Quanto mais se lê, mais facilidade de interpretar se tem. E isso é fundamental em qualquer coisa que se faça, desde um concurso, vestibular, até a leitura de um anúncio na rua. Erros de interpretação • Extrapolação (“viagem”) = ocorre quando se sai do contexto, acrescentando ideias que não estão no 01 LÍNGUA PORTUGUESA texto, quer por conhecimento prévio do tema quer pela imaginação. • Redução = é o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto (esquecendo que um texto é um conjunto de ideias), o que pode ser insuficiente para o entendimento do tema desenvolvido. • Contradição = às vezes o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, consequentemente, errar a questão. Resumindo: Compreensão Interpretação O que é É a análise do que está escrito no texto, a compreensão das frases e ideias presentes. É o que podemos concluir sobre o que está escrito no texto. É o modo como interpretamos o conteúdo. Infor- mação A informação está presente no texto. A informação está fora do texto, mas tem conexão com ele. Análise Trabalha com a objetividadem, com as frases e palavras que estão escritas no texto. Trabalha com a subjetividade, com o que você entendeu sobre o texto. QUESTÕES 01. SP Parcerias - Analista Técnic - 2018 - FCC Uma compreensão da História Eu entendo a História num sentido sincrônico, isto é, em que tudo acontece simultaneamente. Por conseguinte, o que procura o romancista - ao menos é o que eu tento fazer - é esboçar um sentido para todo esse caos de fatos gravados na tela do tempo. Sei que esses fatos se deram em tempos distintos, mas procuro encontrar um fio comum entre eles. Não se trata de escapar do presente. Para mim, tudo o que aconteceu está a acontecer. E isto não é novo, já o afirmava o pensador italiano Benedetto Croce, ao escrever: “Toda a História é História contemporânea”. Se tivesse que escolher um sinal que marcasse meu norte de vida, seria essa frase de Croce. (SARAMAGO, José. As palavras de Saramago. São Paulo: Companhia das Letras, 2010, p. 256) José Saramago entende que sua função como romancista é A) estudar e imaginar a História em seus movimentos sin-crônicos predominantes. B) ignorar a distinção entre os tempos históricos para mantê-los vivos em seu passado. C) buscar traçar uma linha contínua de sentido entre fatos dispersos em tempos distintos. D) fazer predominar o sentido do tempo em que se vive sobre o tempo em que se viveu. E) expressar as diferenças entre os tempos históricos de modo a valorizá-las em si mesmas. 02. Pref. de Chapecó – SC – Engenheiro de Trânsito – 2016 - IOBV Por Jonas Valente*, especial para este blog. A Comissão Parlamentar de Inquérito sobre Crimes Cibernéticos da Câmara dos Deputados divulgou seu relatório final. Nele, apresenta proposta de diversos projetos de lei com a justificativa de combater delitos na rede. Mas o conteúdo dessas proposições é explosivo e pode mudar a Internet como a conhecemos hoje no Brasil, criando um ambiente de censura na web, ampliando a repressão ao acesso a filmes, séries e outros conteúdos não oficiais, retirando direitos dos internautas e transformando redes sociais e outros aplicativos em máquinas de vigilância. Não é de hoje que o discurso da segurança na Internet é usado para tentar atacar o caráter livre, plural e diverso da Internet. Como há dificuldades de se apurar crimes na rede, as soluções buscam criminalizar o máximo possível e transformar a navegação em algo controlado, violando o princípio da presunção da inocência previsto na Constituição Federal. No caso dos crimes contra a honra, a solução adotada pode ter um impacto trágico para o debate democrático nas redes sociais – atualmente tão importante quanto aquele realizado nas ruas e outros locais da vida off line. Além disso, as propostas mutilam o Marco Civil da Internet, lei aprovada depois de amplo debate na sociedade e que é referência internacional. (*BLOG DO SAKAMOTO, L. 04/04/2016) Após a leitura atenta do texto, analise as afirmações feitas: I. O jornalista Jonas Valente está fazendo um elogio à visão equilibrada e vanguardista da 02 LÍNGUA PORTUGUESA Comissão Parlamentar que legisla sobre crimes cibernéticos na Câmara dos Deputados. II. O Marco Civil da Internet é considerado um avanço em todos os sentidos, e a referida Comissão Parlamentar está querendo cercear o direito à plena execução deste marco. III. Há o temor queo acesso a filmes, séries, informações em geral e o livre modo de se expressar venham a sofrer censura com a nova lei que pode ser aprovada na Câmara dos Deputados. IV. A navegação na internet, como algo controlado, na visão do jornalista, está longe de se concretizar através das leis a serem votadas no Congresso Nacional. V. Combater os crimes da internet com a censura, para o jornalista, está longe de ser uma estratégia correta, sendo mesmo perversa e manipuladora. Assinale a opção que contém todas as alternativas corretas. A) I, II, III. B) II, III, IV. C) II, III, V. D) II, IV, V. 03. Pref. de São Gonçalo – RJ – Analista de Contabilidade – 2017 - BIO-RIO Édipo-rei Diante do palácio de Édipo. Um grupo de crianças está ajoelhado nos degraus da entrada. Cada um tem na mão um ramo de oliveira. De pé, no meio delas, está o sacerdote de Zeus. (Edipo-Rei, Sófocles, RS: L&PM, 2013) O texto é a parte introdutória de uma das maiores peças trágicas do teatro grego e exemplifica o modo descritivo de organização discursiva. O elemento abaixo que NÃO está presente nessa descrição é: A) a localização da cena descrita. B) a identificação dos personagens presentes. C) a distribuição espacial dos personagens. D) o processo descritivo das partes para o todo. E) a descrição de base visual. 04. MPE-RJ – Analista do Ministério Público - Processual – 2016 - FGV Problemas Sociais Urbanos Brasil escola Dentre os problemas sociais urbanos, merece destaque a questão da segregação urbana, fruto da concentração de renda no espaço das cidades e da falta de planejamento público que vise à promoção de políticas de controle ao crescimento desordenado das cidades. A especulação imobiliária favorece o encarecimento dos locais mais próximos dos grandes centros, tornando-os inacessíveis à grande massa populacional. Além disso, à medida que as cidades crescem, áreas que antes eram baratas e de fácil acesso tornam-se mais caras, o que contribui para que a grande maioria da população pobre busque por moradias em regiões ainda mais distantes. Essas pessoas sofrem com as grandes distâncias dos locais de residência com os centros comerciais e os locais onde trabalham, uma vez que a esmagadora maioria dos habitantes que sofrem com esse processo são trabalhadores com baixos salários. Incluem-se a isso as precárias condições de transporte público e a péssima infraestrutura dessas zonas segregadas, que às vezes não contam com saneamento básico ou asfalto e apresentam elevados índices de violência. A especulação imobiliária também acentua um problema cada vez maior no espaço das grandes, médias e até pequenas cidades: a questão dos lotes vagos. Esse problema acontece por dois principais motivos: 1) falta de poder aquisitivo da população que possui terrenos, mas que não possui condições de construir neles e 2) a espera pela valorização dos lotes para que esses se tornem mais caros para uma venda posterior. Esses lotes vagos geralmente apresentam problemas como o acúmulo de lixo, mato alto, e acabam tornando-se focos de doenças, como a dengue. PENA, Rodolfo F. Alves. “Problemas socioambientais urbanos”; Brasil Escola. Disponível em http://brasilescola.uol.com. br/brasil/problemas-ambientais-sociais-decorrentes- urbanização.htm. Acesso em 14 de abril de 2016. A estruturação do texto é feita do seguinte modo: A) uma introdução definidora dos problemas sociais urbanos e um desenvolvimento com destaque de alguns problemas; B) uma abordagem direta dos problemas com seleção e ex-plicação de um deles, visto como o mais importante; C) uma apresentação de caráter histórico seguida da explici-tação de alguns problemas ligados às grandes cidades; 03 LÍNGUA PORTUGUESA D) uma referência imediata a um dos problemas sociais ur-banos, sua explicitação, seguida da citação de um segundo problema; E) um destaque de um dos problemas urbanos, seguido de sua explicação histórica, motivo de crítica às atuais autoridades. 05. MPE-RJ – Técnico do Ministério Público - Administrativa – 2016 - FGV O futuro da medicina O avanço da tecnologia afetou as bases de boa parte das profissões. As vítimas se contam às dezenas e incluem músicos, jornalistas, carteiros etc. Um ofício relativamente poupado até aqui é o de médico. Até aqui. A crer no médico e “geek” Eric Topol, autor de “The Patient Will See You Now” (o paciente vai vê-lo agora), está no forno uma revolução da qual os médicos não escaparão, mas que terá impactos positivos para os pacientes. Para Topol, o futuro está nos smartphones. O autor nos coloca a par de incríveis tecnologias, já disponíveis ou muito próximas disso, que terão grande impacto sobre a medicina. Já é possível, por exemplo, fotografar pintas suspeitas e enviar as imagens a um algoritmo que as analisa e diz com mais precisão do que um dermatologista se a mancha é inofensiva ou se pode ser um câncer, o que exige medidas adicionais. Está para chegar ao mercado um apetrecho que transforma o celular num verdadeiro laboratório de análises clínicas, realizando mais de 50 exames a uma fração do custo atual. Também é possível, adquirindo lentes que custam centavos, transformar o smartphone num supermicroscópio que permite fazer diagnósticos ainda mais sofisticados. Tudo isso aliado à democratização do conhecimento, diz Topol, fará com que as pessoas administrem mais sua própria saúde, recorrendo ao médico em menor número de ocasiões e de preferência por via eletrônica. É o momento, assegura o autor, de ampliar a autonomia do paciente e abandonar o paternalismo que desde Hipócrates assombra a medicina. Concordando com as linhas gerais do pensamento de Topol, mas acho que, como todo entusiasta da tecnologia, ele provavelmente exagera. Acho improvável, por exemplo, que os hospitais caminhem para uma rápida extinção. Dando algum desconto para as previsões, “The Patient...” é uma excelente leitura para os interessados nas transformações da medicina. Folha de São Paulo online – Coluna Hélio Schwartsman – 17/01/2016. Segundo o autor citado no texto, o futuro da medicina: A) encontra-se ameaçado pela alta tecnologia; B) deverá contar com o apoio positivo da tecnologia; C) levará à extinção da profissão de médico; D) independerá completamente dos médicos; E) estará limitado aos meios eletrônicos. RESPOSTAS 01 C 02 C 03 D 04 B 05 B ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO E DOS PARÁGRAFOS São três os elementos essenciais para a composição de um texto: a introdução, o desenvolvimento e a conclusão. Vamos estudar cada uma de forma isolada a seguir: Introdução É a apresentação direta e objetiva da ideia central do texto. A introdução é caracterizada por ser o parágrafo inicial. Desenvolvimento Quando tratamos de estrutura, é a maior parte do texto. O desenvolvimento estabelece uma conexão entre a introdução e a conclusão, pois é nesta parte que as ideias, argumentos e posicionamento do autor vão sendo formados e desenvolvidos com a finalidade de dirigir a atenção do leitor para a conclusão. Em um bom desenvolvimento as ideias devem ser claras e aptas a fazer com que o leitor anteceda qual será a conclusão. São três principais erros que podem ser cometidos na elaboração do desenvolvimento: - Distanciar-se do texto em relação ao tema inicial. - Focar em apenas um tópico do tema e esquecer dos outros. - Falar sobre muitas informações e não conseguir organizá-las, dificultando a linha de compreensão do leitor. 04 LÍNGUA PORTUGUESA Conclusão Ponto final de todas as argumentações discorridas no desenvolvimento, ou seja, o encerramento do texto e dos questionamentos levantados pelo autor. Ao fazermos a conclusão devemos evitar expressões como: “Concluindo...”, “Em conclusão, ...”, “Como já dissemosantes...”. Parágrafo Se caracteriza como um pequeno recuo em relação à margem esquerda da folha. Conceitualmente, o parágrafo completo deve conter introdução, desenvolvimento e conclusão. - Introdução – apresentação da ideia principal, feita de maneira sintética de acordo com os objetivos do autor. - Desenvolvimento – ampliação do tópico frasal (introdução), atribuído pelas ideias secundárias, a fim de reforçar e dar credibilidade na discussão. - Conclusão – retomada da ideia central ligada aos pressupostos citados no desenvolvimento, procurando arrematá-los. Exemplo de um parágrafo bem estruturado (com introdução, desenvolvimento e conclusão): “Nesse contexto, é um grave erro a liberação da maconha. Provocará de imediato violenta elevação do consumo. O Estado perderá o precário controle que ainda exerce sobre as drogas psicotrópicas e nossas instituições de recuperação de viciados não terão estrutura suficiente para atender à demanda. Enfim, viveremos o caos. ” (Alberto Corazza, Isto É, com adaptações) Elemento relacionador: Nesse contexto. Tópico frasal: é um grave erro a liberação da maconha. Desenvolvimento: Provocará de imediato violenta elevação do consumo. O Estado perderá o precário controle que ainda exerce sobre as drogas psicotrópicas e nossas instituições de recuperação de viciados não terão estrutura suficiente para atender à demanda. Conclusão: Enfim, viveremos o caos. QUESTÕES 01. IFCE – Administrador - 2014 Como processar quem não nos representa? Não somos vândalos. E deveríamos ganhar flores. Cidadãos que respeitam as regras são diariamente maltratados por serviços públicos ineficientes. Como processar o prefeito e o governador se nossos impostos não se traduzem no respeito ao cidadão? Como processar um Congresso que se comporta de maneira vil, ao manter como deputado, em voto secreto, o presidiário Natan Donadon, condenado a 13 anos por roubo de dinheiro público? Se posso ser multada (e devo ser) caso jogue no chão um papel de bala, por que não posso multar o prefeito quando a cidade não funciona? E por que não posso multar o governador, se o serviço público me provoca sentimentos de fúria e impotência? Como punir o vandalismo moral do Estado? Ah, pelo voto. Não, não é suficiente. Deveríamos dispor de instrumentos legais para processar quem abusa do poder contra os eleitores – e esse abuso transcende partidos e ideologias. […] ( Texto retirado do artigo de Ruth Aquino. Revista Época, 02/09/2103.) O texto apresenta como ideia central: A) inúmeros questionamentos e dúvidas que demonstram a falta de informação da autora sobre o modo de punir o serviço público de má qualidade. B) questionamentos retóricos que refletem a indignação da autora diante dos desmandos de políticos e de instituições públicas contra os cidadãos que não têm como punir os que deviam representá-los. C) a ideia de que o cidadão que não é vândalo tem que ser bem tratado pelos políticos e pelos servidores públicos. D) a discussão de que é pelo voto que podemos punir os políticos e seus partidos pelo desrespeito imposto aos cidadãos. E) a ideia de que abusos contra os cidadãos que não são eleitores ocorrem todos os dias e devem ser punidos. 02. TRE SP - Analista Judiciário – 2017 – FCC A amizade é um exercício de limites afetivos em permanente desejo de expansaõ Amizade A amizade é um exercício de limites afetivos em permanente desejo de expansão. Por mais completa que pareça ser uma relação de amizade, ela vive também do que lhe falta e da esperança de que um dia nada venha a faltar. Com o tempo, aprendemos a esperar menos e a nos satisfazer com a finitude dos sentimentos nossos e alheios, embora no fundo de nós ainda esperemos a súbita novidade que o amigo saberá revelar. Sendo um exercício bem- sucedido de tolerância e paciência – amplamente recompensadas, diga-se – a amizade é também a ansiedade e a expectativa de descobrirmos em nós, por 05 LÍNGUA PORTUGUESA intermédio do amigo, uma dimensão desconhecida do nosso ser. Há quem julgue que cabe ao amigo reconhecer e estimular nossas melhores qualidades. Mas por que não esperar que o valor maior da amizade está em ser ela um necessário e fiel espelho de nossos defeitos? Não é preciso contar com o amigo para conhecermos melhor nossas mais agudas imperfeições? Não cabe ao amigo a sinceridade de quem aponta nossa falha, pela esperança de que venhamos a corrigi-la? Se o nosso adversário aponta nossas faltas no tom destrutivo de uma acusação, o amigo as identifica com lealdade, para que nos compreendamos melhor. Quando um amigo verdadeiro, por contingência da vida ou imposição da morte, é afastado de nós, ficam dele, em nossa consciência, seus valores, seus juízos, suas percepções. Perguntas como “O que diria ele sobre isso?” ou “O que faria ele com isso?” passam a nos ocorrer: são perspectivas dele que se fixaram e continuam a agir como um parâmetro vivo e importante. As marcas da amizade não desaparecem com a ausência do amigo, nem se enfraquecem como memórias pálidas: continuam a ser referências para o que fazemos e pensamos. (CALÓGERAS, Bruno, inédito)Considere as seguintes afirmações: I. No primeiro parágrafo, há a sugestão de que a tolerância e a paciência, qualidades positivas mas dispensáveis entre amigos verdadeiros, dão lugar à recompensa da incondicionalidade do afeto. II. No segundo parágrafo, expressa-se a convicção de que o amigo verdadeiro não apenas releva nossos defeitos como também é capaz de convertê-los em qualidades nossas. III. No terceiro parágrafo, considera-se que da ausência oca-sional ou definitiva do amigo não resulta que seus valores e seus pontos de vista deixem de atuar dentro de nossa consciência. Em relação ao texto está correto o que se afirma em: A) I, II e III. B) I e II, apenas. C) II e III, apenas. D) I e III, apenas. E) III, apenas. 03. TRE SP - Analista Judiciário – 2017 – FCC Discussão – o que é isso? A palavra discussão tem sentido bastante controverso: tanto pode indicar a hostilidade de um confronto insanável (“a discussão entre vizinhos acabou na delegacia”) como a operação necessária para se esclarecer um assunto ou chegar a um acordo (“discutiram, discutiram e acabaram concordando”). Mas o que toda discussão supõe, sempre, é a presença de um outro diante de nós, para quem somos o outro. A dificuldade geral está nesse reconhecimento a um tempo simples e difícil: o outro existe, e pode estar certo, sua posição pode ser mais justa do que a minha. Entre dois antagonistas há as palavras e, com elas, os argumentos. Uma discussão proveitosa deverá ocorrer entre os argumentos, não entre as pessoas dos contendores. Se eu trago para uma discussão meu juízo já estabelecido sobre o caráter, a índole, a personalidade do meu interlocutor, a discussão apenas servirá para a exposição desses valores já incorporados em mim: quero destruir a pessoa, não quero avaliar seu pensamento. Nesses casos, a discussão é inútil, porque já desistiu de qualquer racionalização As formas de discussão têm muito a ver, não há dúvida, com a cultura de um povo. Numa sociedade em que as emoções mais fortes têm livre curso, a discussão pode adotar com naturalidade uma veemência que em sociedades mais “frias” não teria lugar. Estão na cultura de cada povo os ingredientes básicos que temperam uma discussão. Seja como for, sem o compromisso com o exame atento das razões do outro, já não haverá o que discutir: estaremos simplesmente fincando pé na necessidade de proclamar a verdade absoluta, que seria a nossa. Em casos assim, falar ao outro é o mesmo que falar sozinho, diante de um espelho complacente, que refletirá sempre a arrogância da nossa vaidade. (COSTA, Teobaldo, inédito) Atente para as seguintes afirmações: I. No primeiroparágrafo, expõe-se a condição mínima para a ocorrência de uma discussão, sem que se mencione a ação de um entrave inicial que possa dificultá- la. II. No segundo parágrafo, aponta-se, como elemento frequente em algumas discussões, a intolerância, que não me deixa reconhecer os argumentos da pessoa a quem já julguei. III. No terceiro parágrafo, estabelece-se uma conexão entre diferentes culturas e diferentes formas de discussão, concluindo-se que um acordo é mais fácil nas contendas mais acaloradas. Em relação ao texto, está correto o que se afirma em A) I, II e III. B) I e II, apenas. C) II e III, apenas. D) I e III, apenas. E) II, apenas. 06 LÍNGUA PORTUGUESA 04. Polícia Civil - AP - Oficial de Polícia Civil – 2017 – FCC Ações e limites Quem nunca ouviu a frase “Conte até dez antes de agir”? Não é comum que se respeite esse conselho, somos tentados a dar livre vasão aos nossos impulsos, mas a recomendação tem sua utilidade: dez segundos são um tempo precioso, podem ser a diferença entre o ato irracional e a prudência, entre o abismo e a ponte para um outro lado. Entre as pessoas, como entre os grupos ou grandes comunidades, pode ser necessário abrir esse momento de reflexão e diplomacia, que antecede e costuma evitar os desastres irreparáveis. Tudo está em reconhecer os limites, os nossos e os alheios. Desse reconhecimento difícil depende nossa humanidade. Dar a si mesmo e ao outro um tempo mínimo de consideração e análise, antes de irromper em fúria sem volta, é parte do esforço civilizatório que combate a barbárie. A racionalidade aceita e convocada para moderar o tumulto passional dificilmente traz algum arrependimento. Cansamo-nos de ouvir: “Eu não sabia o que estava fazendo naquela hora”. Pois os dez segundos existem exatamente para nos dar a oportunidade de saber. O Direito distingue, é verdade, o crime praticado sob “violenta emoção” daquele “friamente premeditado”. Há, sim, atenuantes para quem age criminosamente sob o impulso do ódio. Mas melhor seria se não houvesse crime algum, porque alguém se convenceu da importância de contar até dez. (Décio de Arruda Tolentino, inédito) Considere estas orações: Os impulsos instintivos são brutais. A irracionalidade marca os impulsos instintivos. Precisamos dominar nossos impulsos instintivos. As orações acima estão articuladas, de modo claro, coerente e correto, no seguinte período: A) Dado que os instintos sejam brutais, em razão de sua irracionalidade, sendo necessário que nos urge dominá-los. B) Os brutais impulsos instintivos caracterizam-se pela irracionalidade, motivo pelo qual se impõe que os dominemos. C) Urge que venhamos a dominar aos nossos impulsos ins-tintivos, conquanto marcam nossa brutalidade. D) O domínio dos impulsos instintivos mais brutais precisam de se impor diante de sua irracionalidade. E) Sendo brutais, os impulsos instintivos cuja a marca é a irracionalidade, impõe-se que sejam dominados. 05. Polícia Civil - AP - Oficial de Polícia Civil – 2017 – FCC Ações e limites Quem nunca ouviu a frase “Conte até dez antes de agir”? Não é comum que se respeite esse conselho, somos tentados a dar livre vasão aos nossos impulsos, mas a recomendação tem sua utilidade: dez segundos são um tempo precioso, podem ser a diferença entre o ato irracional e a prudência, entre o abismo e a ponte para um outro lado. Entre as pessoas, como entre os grupos ou grandes comunidades, pode ser necessário abrir esse momento de reflexão e diplomacia, que antecede e costuma evitar os desastres irreparáveis. Tudo está em reconhecer os limites, os nossos e os alheios. Desse reconhecimento difícil depende nossa humanidade. Dar a si mesmo e ao outro um tempo mínimo de consideração e análise, antes de irromper em fúria sem volta, é parte do esforço civilizatório que combate a barbárie. A racionalidade aceita e convocada para moderar o tumulto passional dificilmente traz algum arrependimento. Cansamo-nos de ouvir: “Eu não sabia o que estava fazendo naquela hora”. Pois os dez segundos existem exatamente para nos dar a oportunidade de saber. O Direito distingue, é verdade, o crime praticado sob “violenta emoção” daquele “friamente premeditado”. Há, sim, atenuantes para quem age criminosamente sob o impulso do ódio. Mas melhor seria se não houvesse crime algum, porque alguém se convenceu da importância de contar até dez. (Décio de Arruda Tolentino, inédito) A recomendação de se distinguir entre o ato irracional e a prudência, no primeiro parágrafo, é retomada nesta outra formulação do texto: A) Não é comum que se respeite esse conselho (1º parágrafo). B) Tudo está em reconhecer os limites, os nossos e os alheios (2º parágrafo). C) é parte do esforço civilizatório que combate a barbárie (2º parágrafo). D) consideração e análise, antes de irromper em fúria sem volta (2ºparágrafo). E) atenuantes para quem age criminosamente sob o impulso do ódio (3º parágrafo). 07 LÍNGUA PORTUGUESA RESPOSTAS 01 B 02 E 03 E 04 B 05 D 2- RECONHECIMENTO DE TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS A todo o momento nos deparamos com vários textos, sejam eles verbais ou não verbais. Em todos há a presença do discurso, isto é, a ideia intrínseca, a essência daquilo que está sendo transmitido entre os interlocutores. Estes interlocutores são as peças principais em um diálogo ou em um texto escrito. É de fundamental importância sabermos classificar os textos com os quais travamos convivência no nosso dia a dia. Para isso, precisamos saber que existem tipos textuais e gêneros textuais. Comumente relatamos sobre um acontecimento, um fato presenciado ou ocorrido conosco, expomos nossa opinião sobre determinado assunto, descrevemos algum lugar que visitamos, fazemos um retrato verbal sobre alguém que acabamos de conhecer ou ver. É exatamente nessas situações corriqueiras que classificamos os nossos textos naquela tradicional tipologia: Narração, Descrição e Dissertação. As tipologias textuais se caracterizam pelos aspectos de ordem linguística Os tipos textuais designam uma sequência definida pela natureza linguística de sua composição. São observados aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações logicas. Os tipos textuais são o narrativo, descritivo, argumentativo/dissertativo, injuntivo e expositivo. A) Textos narrativos – constituem-se de verbos de ação demarcados no tempo do universo narrado, como também de advérbios, como é o caso de antes, agora, depois, entre outros: Ela entrava em seu carro quando ele apareceu. Depois de muita conversa, resolveram... B) Textos descritivos – como o próprio nome indica, descrevem características tanto físicas quanto psicológicas acerca de um determinado indivíduo ou objeto. Os tempos verbais aparecem demarcados no presente ou no pretérito imperfeito: “Tinha os cabelos mais negros como a asa da graúna...” C) Textos expositivos – Têm por finalidade explicar um assunto ou uma determinada situação que se almeje desenvolvê-la, enfatizando acerca das razões de ela acontecer, como em: O cadastramento irá se prorrogar até o dia 02 de dezembro, portanto, não se esqueça de fazê- lo, sob pena de perder o benefício. D) Textos injuntivos (instrucional) – Trata-se de uma modalidade na qual as ações são prescritas de forma sequencial, utilizando-se de verbos expressos no imperativo, infinitivo ou futuro do presente: Misture todos os ingrediente e bata no liquidificador até criar uma massa homogênea. E) Textos argumentativos (dissertativo) – Demarcam- se pelo predomínio de operadores argumentativos, revelados por uma carga ideológica constituída de argumentos e contraargumentos que justificam a posição assumida acerca de um determinado assunto: A mulher do mundo contemporâneo luta cada vez maispara conquistar seu espaço no mercado de trabalho, o que significa que os gêneros estão em complementação, não em disputa. GÊNEROS TEXTUAIS São os textos materializados que encontramos em nosso cotidiano; tais textos apresentam características sócio-comunicativas definidas por seu estilo, função, composição, conteúdo e canal. Como exemplos, temos: receita culinária, e-mail, reportagem, monografia, Escreve-se com g Escreve-se com j estrangeiro berinjela gengibre cafajeste geringonça gorjeta gíria jiboia ligeiro jiló tangerina sarjeta 08 LÍNGUA PORTUGUESA poema, editorial, piada, debate, agenda, inquérito policial, fórum, blog, etc. A escolha de um determinado gênero discursivo depende, em grande parte, da situação de produção, ou seja, a finalidade do texto a ser produzido, quem são os locutores e os interlocutores, o meio disponível para veicular o texto, etc. Os gêneros discursivos geralmente estão ligados a esferas de circulação. Assim, na esfera jornalística, por exemplo, são comuns gêneros como notícias, reportagens, editoriais, entrevistas e outros; na esfera de divulgação científica são comuns gêneros como verbete de dicionário ou de enciclopédia, artigo ou ensaio científico, seminário, conferência. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. Português – Literatura, Produção de Textos & Gramática – volume único / Samira Yousseff Campedelli, Jésus Barbosa Souza. – 3.ª ed. – São Paulo: Saraiva, 2002. SITE http://www.brasilescola.com/redacao/tipologiatextu al.htm- QUESTÕES 1. (TJ-DFT – CONHECIMENTOS BÁSICOS – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – CESPE – 2015) Ouro em Fios A natureza é capaz de produzir materiais preciosos, como o ouro e o cobre - condutor de ENERGIA ELÉTRICA. O ouro já é escasso. A energia elétrica caminha para isso. Enquanto cientistas e governos buscam novas fontes de energia sustentáveis, faça sua parte aqui no TJDFT: - Desligue as luzes nos ambientes onde é possível usar a iluminação natural. - Feche as janelas ao ligar o ar-condicionado. - Sempre desligue os aparelhos elétricos ao sair do ambiente. - Utilize o computador no modo espera. Fique ligado! Evite desperdícios. Energia elétrica. A natureza cobra o preço do desperdício. Internet: (com adaptações) Há no texto elementos característicos das tipologias expositiva e injuntiva. ( ) CERTO ( ) ERRADO Resposta: Certo. Texto injuntivo – ou instrucional – é aquele que passa instruções ao leitor. O texto acima apresenta tal característica. Leia o texto a seguir e responda à questão.. Como nasce uma história (fragmento) Quando cheguei ao edifício, tomei o elevador que serve do primeiro ao décimo quarto andar. Era pelo menos o que dizia a tabuleta no alto da porta. — Sétimo — pedi. A porta se fechou e começamos a subir. Minha atenção se fixou num aviso que dizia: É expressamente proibido os funcionários, no ato da subida, utilizarem os elevadores para descerem. Desde o meu tempo de ginásio sei que se trata de problema complicado, este do infinito pessoal. Prevaleciam então duas regras mestras que deveriam ser rigorosamente obedecidas. Uma afirmava que o sujeito, sendo o mesmo, impedia que o verbo se flexionasse. Da outra infelizmente já não me lembrava. Mas não foi o emprego pouco castiço do infinito pessoal que me intrigou no tal aviso: foi estar ele concebido de maneira chocante aos delicados ouvidos de um escritor que se preza. Qualquer um, não sendo irremediavelmente burro, entenderia o que se pretende dizer neste aviso. Pois um tijolo de burrice me baixou na compreensão, fazendo com que eu ficasse revirando a frase na cabeça: descerem, no ato da subida? Que quer dizer isto? E buscava uma forma simples e correta de formular a proibição: É proibido subir para depois descer. É proibido subir no elevador com intenção de descer. É proibido ficar no elevador com intenção de descer, quando ele estiver subindo. Se quiser descer, não tome o elevador que esteja subindo. Mais simples ainda: Se quiser descer, só tome o elevador que estiver descendo. De tanta simplicidade, atingi a síntese perfeita do que Nelson Rodrigues chamava de óbvio ululante, ou seja, a enunciação de algo que 09 LÍNGUA PORTUGUESA não quer dizer absolutamente nada: Se quiser descer, não suba. Fernando Sabino. A volta por cima. Rio de Janeiro: Record, 1995, p. 137-140. (Com adaptações.) 2. (INSS – TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – CESPE – 2008) O gênero textual apresentado permite o emprego da linguagem coloquial, como ocorre, por exemplo, em “Qualquer um, não sendo irremediavelmente burro” e “um tijolo de burrice”. ( ) CERTO ( ) ERRADO Resposta: Certo. O gênero é a crônica, conta fatos do dia a dia de maneira descontraída, o que permite a utilização de uma linguagem mais próxima do leitor. 3- DOMÍNIO DA ORTOGRAFIA OFICIAL; ACENTUAÇÃO GRÁFICA ORTOGRAFIA A Ortografia estuda a forma correta de escrita das palavras de uma língua. Do grego “ortho”, que quer dizer correto e “grafo”, por sua vez, que significa escrita. É influenciada pela etimologia e fonologia das palavras. Além disso, são feitas convenções entre os falantes de uma mesma língua que visam unificar a sua ortografia oficial. Trata-se dos acordos ortográficos. Alfabeto O alfabeto é formado por 26 letras Vogais: a, e, i, o, u, y, w. Consoantes: b,c,d,f,g,h,j,k,l,m,n,p,q,r,s,t,v,w,x,z. Alfabeto: a,b,c,d,e,f,g,h,i,j,k,l,m,n,o,p,q,r,s,t,u,v,w,x,y,z. Regras Ortográficas Uso do x/ch O x é utilizado: - Em geral, depois dos ditongos: caixa, feixe. - Depois da sílaba -me: mexer, mexido, mexicano. - Palavras com origem indígena ou africana: xavante, xingar. - Depois da sílaba inicial -en: enxofre, enxada. - Exceção: O verbo encher (e palavras derivadas) escreve-se com ch. Escreve-se com x Escreve-se com ch Bexiga bochecha Bruxa boliche Caxumba broche elixir cachaça faxina chuchu graxa colcha lagartixa fachada Uso do h O h é utilizado: - No final de interjeições: Ah!, Oh! - Por etimologia: hoje, homem. - Nos dígrafos ch, lh, nh: tocha, carvalho, manhã. - Palavras compostas: sobre-humano, super-homem. - Exceção: Bahia quando se refere ao estado. O acidente geográfico baía é escrito sem h. Uso do s/z O s é utilizado: - Adjetivos terminados pelos sufixos -oso/-osa que indicam grande quantidade, estado ou circunstância: maudoso, feiosa. – Nos sufixo -ês, -esa, -isa que indicam origem, título ou profissão: marquês, portuguesa, poetisa. - Depois de ditongos: coisa, pousa. - Na conjugação dos verbos pôr e querer: pôs, quiseram. O z é utilizado: - Nos sufixos -ez/-eza que formam substantivos a partir de adjetivos: magro - magreza, belo - beleza, grande - grandeza. - No sufixo - izar, que forma verbo: atualizar, batizar, hospitalizar. Escreve-se com s Escreve-se com z Alisar amizade Atrás azar através azia gás giz groselha prazerinvés rodízio 10 LÍNGUA PORTUGUESA Uso do g/j O g é utilizado: - Palavras que terminem em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, - úgio: pedágio, relógio, refúgio. - Substantivos que terminem em -gem: lavagem, viagem. O j é utilizado: - Palavras com origem indígena: pajé, canjica. - Palavras com origem africana: jiló, jagunço. Escreve-se com g Escreve-se com j estrangeiro berinjela gengibre cafajeste geringonça gorjeta gíria jiboia ligeiro jiló tangerina sarjeta Parônimos e Homônimos Há diferentes formas de escrita que existem, mas cujo significado é diferente. Palavras parônimas são parecidas na grafia ou na pronúncia, mas têm significados diferentes. Exemplos: cavaleiro (de cavalos) cavalheiro (educado) descrição (descrever) discrição (de discreto) emigrar (deixar o país) imigrar (entrar no país) Palavras homônimas têm a mesma pronúncia, mas significados diferentes. Exemplos: cela (cômodo pequeno) sela (de cavalos) ruço (pardo claro) russo (da Rússia) tachar (censurar) taxar (fixar taxa) Consoantes dobradas - Só se duplicam as consoantes C, R, S. - Escreve-se com CC ou CÇ quando as duas consoantes soam distintamente: convicção, cocção, fricção, facção, etc. - Duplicam-se o R e o S em dois casos: Quando, intervocálicos, representam os fonemas /r/ forte e /s/ sibilante, respectivamente: carro, ferro, pêssego, missão, etc. Quando há um elemento de composição terminado em vogal a seguir, sem interposição do hífen, palavra começada com /r/ ou /s/: arroxeado, correlação, pressupor, etc. Uso do hífen Desde a entrada em vigor do atual acordo ortográfico, a escrita de palavras com hífen e sem hífen tem sido motivo de dúvidas para diversos falantes. Palavras com hífen: segunda-feira (e não segunda feira); bem-vindo (e não benvindo); mal-humorado (e não mal humorado); micro-ondas (e não microondas); bem-te-vi (e não bem te vi). Palavras sem hífen: dia a dia (e não dia-a-dia); fim de semana (e não fim-de-semana); à toa (e não à-toa); autoestima (e não auto-estima); antirrugas (e não anti-rugas). QUESTÕES 01. SEAP-MG - Agente de Segurança Penitenciário – 2018 - IBFC A ortografia estuda a forma correta da escrita das palavras de uma determinada língua, no caso a Língua Portuguesa. É influenciada pela etimologia e fonologia das palavras, assim sendo observe com atenção o texto. Agente Penitenciário, Agente Prisional, Agente de Segurança Penitenciário ou Agente Estadual/ Federal de Execução Penal. Entre suas atribuições estão: manter a ordem, diciplina, custódia e vigilância no interior das unidades prisionais, assim como no âmbito externo das unidades, como escolta armada para audiências judiciais, transferência de presos etc. Desempenham serviços de natureza policial como aprensões de ilícitos, revistas pessoais em detentos e visitantes, revista em veículos que adentram as unidades prisionais, controle de rebeliões e ronda externa na área do perímetro de segurança ao redor da unidade prisional. Garantem a segurança no trabalho de ressosialização dos internos promovido pelos pisicólogos, pedagogos e assistentes sociais. Estão subordinados às Secretarias de Estado de Administração Penitenciária - SEAP, secretarias de justiças ou defesa social, dependendo da nomenclatura adotada em cada Estado. 11 LÍNGUA PORTUGUESA Fonte: Wikipedia – *com alterações ortográficas. Assinale a alternativa que apresenta todas as palavras, retiradas do texto, com equívocos em sua ortografia. A) atribuições; diciplina; audiências; desempenham. B) diciplina; aprensões; ressosialização; pisicólogos. C) audiências; ilícitos; atribuições; desempenham. D) perímetro; diciplina; desempenham; ilícitos. E) aprensões; ressosialização; desempenham; audiências. 02. ELETTROBRAS – LEITURISTA – 2015 – IADES Considerando as regras de ortografia, assinale a alternativa em que a palavra está grafada corretamente. A) Dimencionar. B) Assosciação. C) Capassitores. D) Xoque. E) Conversão. 03. MPE SP – ANALISTA DE PROMOTORIA – 2015 – VUNESP (Dik Brownie, Hagar. www.folha.uol.com.br, 29.03.2015. Adaptado) Considerando a ortografia e a acentuação da norma- padrão da língua portuguesa, as lacunas estão, correta e respectivamente, preenchidas por: A) mal ... por que ... intuito B) mau ... por que ... intuito C) mau ... porque ... intuito D) mal ... porque ... intuito E) mal ... por quê ... intuito 04. PBH Ativos S.A. - Analista Jurídico – 2018 – IBGP Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas conforme as regras do Novo Acordo Ortográfico relativas à sistematização do emprego de hífen ou de acentuação. A) Vôo, dêem, paranóico, assembléia, feiúra, vêem, baiúca. B) Interresistente, superrevista, manda-chuva, paraquedas. C) Antirreligioso, extraescolar, infrassom, coautor, antiaéreo. D) Préhistória, autobservação, infraxilar, suprauricular, inábil. 05. MPE-GO - Auxiliar Administrativo – 2018 – MPE- GO Assinale a opção que completa corretamente as lacunas do período abaixo. Agora que há uma câmera de ________. isto provavelmente não _____acontecerá, mas _____vezes em que, no meio de uma noite __________, o poeta levantava de seu banco [...] A) investigassâo mas ouve chuvosa B) investigassâo mais houve chuvosa C) investigação mais houve chuvosa D) investigação mas houve chuvosa E) investigação mais ouve chuvoza RESPOSTAS 01 B 02 E 03 D 04 C 05 C ACENTUAÇÃO A acentuação gráfica é feita através de sinais diacríticos que, sobrepostos às vogais, indicam a pronúncia correta das palavras no que respeita à sílaba tônica e no que respeita à modulação aberta ou fechada das vogais. Esses são elementos essenciais para estabelecer organizadamente, por meio de regras, a intensidade das palavras das sílabas portuguesas. Acentuação tônica 12 LÍNGUA PORTUGUESA Refere-se à intensidade em que são pronunciadas as sílabas das palavras. Aquela que é pronunciada de forma mais acentuada é a sílaba tônica. As demais, pronunciadas com menos intensidade, são denominadas de átonas. De acordo com a posição da sílaba tônica, os vocábulos com mais de uma sílaba classificam-se em: Oxítonos: quando a sílaba tônica é a última: café, rapaz, escritor, maracujá. Paroxítonos: quando a sílaba tônica é a penúltima: mesa, lápis, montanha, imensidade. Proparoxítonos: quando a sílaba tônica é a antepenúltima: árvore, quilômetro, México. Acentuação gráfica - Proparoxítonas: todas acentuadas (místico, jurídico, bélico). - Palavras oxítonas: oxítonas terminadas em “a”, “e”, “o”, “em”, seguidas ou não do plural (s): (Paraná – fé – jiló (s)). - Também acentuamos nos casos abaixo: - Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, seguidos ou não de “s”: (pá – pé – dó) - Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos seguidas de lo, la, los, las: (recebê-lo – compô-lo) - Paroxítonas: Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em: i, is (táxi – júri), us, um, uns (vírus, fórum), l, n, r, x, ps (cadáver – tórax – fórceps), ã, ãs, ão, ãos (ímã – órgãos). - Ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de “s”: (mágoa – jóquei) Regras especiais: - Ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi”, perderam o acento com o Novo Acordo. Antes agora Assembléia AssembleiaIdéia Ideia Geléia Geleia Jibóia Jiboia Apóia (verbo) Apoia Paranóico Paranoico - “i” e “u” tônicos formarem hiato com a vogal anterior, acompanhados ou não de “s”, desde que não sejam seguidos por “-nh”, haverá acento: (saída – baú – país). - Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos formando hiato quando vierem depois de ditongo: Antes agora Bocaiúva Bocaiuva Feiúra Feiura Sauípe Sauipe - Acento pertencente aos hiatos “oo” e “ee” foi abolido. - Vogais “i” e “u” dos hiatos se vierem precedidas de vogal idêntica, não tem mais acento: (xi-i-ta, pa-ra-cu-u- ba). - Haverá o acento em palavra proparoxítona, pois a regra de acentuação das proparoxítonas prevalece sobre a dos hiatos: (se-ri-ís-si-mo) - Não há mais acento nas formas verbais que possuíam o acento tônico na raiz com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de “e” ou “i”. - 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos ter e vir e dos seus compostos (conter, reter, advir, convir etc.) tem acento. Antes agora crêem creem vôo voo Antes agora averigúe (averiguar) averigue argúi (arguir) argui Singular plural ele tem eles têm ele vem eles vêm ele obtém eles obtêm 13 LÍNGUA PORTUGUESA → Palavras homógrafas para diferenciá-las de outras semelhantes não se usa mais acento. Apenas em algumas exceções, como: A forma verbal pôde (3ª pessoa do singular - pretérito perfeito do indicativo) ainda é acentuada para diferenciar- se de pode (3ª pessoa do singular - presente do indicativo). Também o verbo pôr para diferenciá-lo da preposição por. Alguns homógrafos: pera (substantivo) - pera (preposição antiga) para (verbo) - para (preposição) pelo(s) (substantivo) - pelo (do verbo pelar) Atenção, pois palavras derivadas de advérbios ou adjetivos não são acentuadas Exemplos: Facilmente - de fácil Habilmente - de hábil Ingenuamente – de ingênuo Somente - de só Unicamente - de único Dinamicamente - de dinâmico Espontaneamente - de espontâneo Uso da Crase - É usada na contração da preposição a com as formas femininas do artigo ou pronome demonstrativo a: à (de a + a), às (de a + as). - A crase é usada também na contração da preposição “a” com os pronomes demonstrativos: àquele(s) àquela(s) àquilo àqueloutro(s) àqueloutra (s) Uso do Trema - Só é utilizado nas palavras derivadas de nomes próprios.Müller – de mülleriano QUESTÕES 01. Pref. Natal/RN - Agente Administrativo – 2016 - CKM Serviço Mostra O Triunfo da Cor traz grandes nomes do pósimpressionismo para SP Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil A exposição O Triunfo da Cor traz grandes nomes da arte moderna para o Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo. São 75 obras de 32 artistas do final do século 19 e início do 20, entre eles expoentes como Van Gogh, Gauguin, Toulouse-Lautrec, Cézanne, Seurat e Matisse. Os trabalhos fazem parte dos acervos do Musée d’Orsay e do Musée de l’Orangerie, ambos de Paris. A mostra foi dividida em quatro módulos que apresentam os pintores que sucederam o movimento impressionista e receberam do crítico inglês Roger Fry a designação de pósimpressionistas. Na primeira parte, chamada de A Cor Cientifica, podem ser vistas pinturas que se inspiraram nas pesquisas científicas de Michel Eugene Chevreul sobre a construção de imagens com pontos. Os estudos desenvolvidos por Paul Gauguin e Émile Bernard marcam a segunda parte da exposição, chamada de Núcleo Misterioso do Pensamento. Entre as obras que compõe esse conjunto está o quadro Marinha com Vaca, em que o animal é visto em um fundo de uma passagem com penhascos que formam um precipício estreito. As formas são simplificadas, em um contorno grosso e escuro, e as cores refletem a leitura e impressões do artista sobre a cena. O Autorretrato Octogonal, de Édouard Vuillard, é uma das pinturas de destaque do terceiro momento da exposição. Intitulada Os Nabis, Profetas de Uma Nova Arte, essa parte da mostra também reúne obras de Félix Vallotton e Aristide Maillol. No autorretrato, Vuillard define o rosto a partir apenas da aplicação de camadas de cores sobrepostas, simplificando os traços, mas criando uma imagem de forte expressão. O Mulheres do Taiti, de Paul Gauguin, é um dos quadros da última parte da mostra, chamada de A Cor em Liberalidade, que tem como marca justamente a inspiração que artistas como Gauguin e Paul Cézanne buscaram na natureza tropical. A pintura é um dos primeiros trabalhos de Gauguin desenvolvidos na primeira temporada que o artista passou na ilha do Pacífico, onde duas mulheres aparecem sentadas a um fundo verde-esmeralda, que lembra o oceano. A exposição vai até o dia 7 de julho, com entrada franca. http://agenciabrasil.ebc.com.br/cultura/noticia/2016-05/ mostra-otriunfo-da-cor-traz-grandes-nomes-do-pos- impressionismo-para-sp Acesso em: 29/05/2016. “As palavras ‘módulos’ e ‘última’, presentes no texto, são ____________ acentuadas por serem ____________ e ____________, respectivamente”. As palavras que preenchem correta e respectivamente as lacunas do enunciado acima são: A) diferentemente / proparoxítona / paroxítona B) igualmente / paroxítona / paroxítona C) igualmente / proparoxítona / proparoxítona 14 LÍNGUA PORTUGUESA D) diferentemente / paroxítona / oxítona 02. Pref. De Caucaia/CE – Agente de Suporte e Fiscalização - 2017 - CETREDE Indique a alternativa em que todas as palavras devem receber acento. A) virus, torax, ma. B) caju, paleto, miosotis . C) refem, rainha, orgão. D) papeis, ideia, latex. E) lotus, juiz, virus. 03. MPE/SC – Promotor de Justiça- 2017 - MPE/SC “Desde as primeiras viagens ao Atlântico Sul, os navegadores europeus reconheceram a importância dos portos de São Francisco, Ilha de Santa Catarina e Laguna, para as “estações da aguada” de suas embarcações. À época, os navios eram impulsionados a vela, com pequeno calado e autonomia de navegação limitada. Assim, esses portos eram de grande importância, especialmente para os navegadores que se dirigiam para o Rio da Prata ou para o Pacífico, através do Estreito de Magalhães.” (Adaptado de SANTOS, Sílvio Coelho dos. Nova História de Santa Catarina. Florianópolis: edição do Autor, 1977, p. 43.) No texto acima aparecem as palavras Atlântico, época, Pacífico, acentuadas graficamente por serem proparoxítonas. ( ) Certo ( ) Errado 04. Pref. De Nova Veneza/SC – Psicólogo – 2016 - FAEPESUL Analise atentamente a presença ou a ausência de acento gráfico nas palavras abaixo e indique a alternativa em que não há erro: A) ruím - termômetro - táxi – talvez. B) flôres - econômia - biquíni - globo.C) bambu - através - sozinho - juiz D) econômico - gíz - juízes - cajú. E) portuguêses - princesa - faísca. 05. INSTITUTO CIDADES – Assistente Administrativo VII – 2017 - CONFERE Marque a opção em que as duas palavras são acentuadas por obedecerem à regras distintas: A) Catástrofes – climáticas. B) Combustíveis – fósseis. C) Está – país. D) Difícil – nível. 06. IF-BA - Administrador – 2016 - FUNRIO Assinale a única alternativa que mostra uma frase escrita inteiramente de acordo com as regras de acentuação gráfica vigentes. A) Nas aulas de Ciências, construí uma mentalidade ecológica responsável. B) Nas aulas de Inglês, conheci um pouco da gramática e da cultura inglêsa. C) Nas aulas de Sociologia, gostei das idéias evolucionistas e de estudar ética. D) Nas aulas de Artes, estudei a cultura indígena, o barrôco e o expressionismo E) Nas aulas de Educação Física, eu fazia exercícios para gluteos, adutores e tendões. RESPOSTAS 1 C 2 A 3 CERTO 4 C 5 C 6 A 4 - DOMÍNIO DOS MECANISMOS DE COESÃO TEXTUAL 4.1 - EMPREGO DE ELEMENTOSDE REFERENCIAÇÃO, SUBSTITUIÇÃO E REPETIÇÃO, DE CONECTORES E DE OUTROS ELEMENTOS DE SEQUENCIAÇÃO TEXTUAL 15 LÍNGUA PORTUGUESA Palavras como preposições, conjunções e pronomes possuem a função de criar um sistema de relações, referências e retomadas no interior de um texto; garantindo unidade entre as diversas partes que o compõe. Essa relação, esse entrelaçamento de elementos no texto recebe o nome de Coesão Textual. Há, portanto, coesão, quando seus vários elementos estão articulados entre si, estabelecendo uma unidade em cada uma das partes, ou seja, entre os períodos e entre os parágrafos. Tal unidade se dá pelo emprego de conectivos ou elementos coesivos, cuja função é evidenciar as várias relações de sentido entre os enunciados. Coesão e Coerência Na construção de um texto, assim como na fala, usamos mecanismos para garantir ao interlocutor a compreensão do que é dito, ou lido. Estes mecanismos linguísticos que estabelecem a coesão e retomada do que foi escrito - ou falado - são os referentes textuais, que buscam garantir a coesão textual para que haja coerência, não só entre os elementos que compõem a oração, como também entre a sequência de orações dentro do texto. Essa coesão também pode muitas vezes se dar de modo implícito, baseado em conhecimentos anteriores que os participantes do processo têm com o tema. Numa linguagem figurada, a coesão é uma linha imaginária - composta de termos e expressões - que une os diversos elementos do texto e busca estabelecer relações de sentido entre eles. Dessa forma, com o emprego de diferentes procedimentos, sejam lexicais (repetição, substituição, associação), sejam gramaticais (emprego de pronomes, conjunções, numerais, elipses), constroem-se frases, orações, períodos, que irão apresentar o contexto – decorre daí a coerência textual. Um texto incoerente é o que carece de sentido ou o apresenta de forma contraditória. Muitas vezes essa incoerência é resultado do mau uso dos elementos de coesão textual. Na organização de períodos e de parágrafos, um erro no emprego dos mecanismos gramaticais e lexicais prejudica o entendimento do texto. Construído com os elementos corretos, confere-se a ele uma unidade formal. Nas palavras do mestre Evanildo Bechara, “o enunciado não se constrói com um amontoado de palavras e orações. Elas se organizam segundo princípios gerais de dependência e independência sintática e semântica, recobertos por unidades melódicas e rítmicas que sedimentam estes princípios”. Não se deve escrever frases ou textos desconexos – é imprescindível que haja uma unidade, ou seja, que as frases estejam coesas e coerentes formando o texto. Relembre- se de que, por coesão, entende-se ligação, relação, nexo entre os elementos que compõem a estrutura textual. Formas de se garantir a coesão entre os elementos de uma frase ou de um texto - Substituição de palavras com o emprego de sinônimos - palavras ou expressões do mesmo campo associativo. - Nominalização – emprego alternativo entre um verbo, o substantivo ou o adjetivo correspondente (desgastar / desgaste / desgastante). - Emprego adequado de tempos e modos verbais: Embora não gostassem de estudar, participaram da aula. - Emprego adequado de pronomes, conjunções, preposições, artigos: O papa Francisco visitou o Brasil. Na capital brasileira, Sua Santidade participou de uma reunião com a Presidente Dilma. Ao passar pelas ruas, o papa cumprimentava as pessoas. Estas tiveram a certeza de que ele guarda respeito por elas. - Uso de hipônimos – relação que se estabelece com base na maior especificidade do significado de um deles. Por exemplo, mesa (mais específico) e móvel (mais genérico). - Emprego de hiperônimos - relações de um termo de sentido mais amplo com outros de sentido mais específico. Por exemplo, felino está numa relação de hiperonímia com gato. - Substitutos universais, como os verbos vicários. Verbo vicário é aquele que substitui outro já utilizado no período, evitando repetições. Geralmente é o verbo fazer e ser. Exemplo: Não gosto de estudar. Faço porque preciso. O “faço” foi empregado no lugar de “estudo”, evitando repetição desnecessária. A coesão apoiada na gramática se dá no uso de conectivos, como pronomes, advérbios e expressões adverbiais, conjunções, elipses, entre outros. A elipse justifica-se quando, ao remeter a 16 LÍNGUA PORTUGUESA um enunciado anterior, a palavra elidida é facilmente identificável (Exemplo: O jovem recolheu-se cedo. Sabia que ia necessitar de todas as suas forças. O termo o jovem deixa de ser repetido e, assim, estabelece a relação entre as duas orações). A coerência de um texto está ligada: 1. à sua organização como um todo, em que devem estar assegurados o início, o meio e o fim; 2. à adequação da linguagem ao tipo de texto. Um texto técnico, por exemplo, tem a sua coerência fundamentada em comprovações, apresentação de estatísticas, relato de experiências; um texto informativo apresenta coerência se trabalhar com linguagem objetiva, denotativa; textos poéticos, por outro lado, trabalham com a linguagem figurada, livre associação de ideias, palavras conotativas. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA CAMPEDELLI, Samira Yousseff, SOUZA, Jésus Barbosa. Português – Literatura, Produção de Textos & Gramática – volume único – 3.ª ed. – São Paulo: Saraiva, 2002. Falar em coesão é necessariamente falar em endófora e exófora. Aquela se impõe no emprego de pronomes e expressões que se referem a elementos nominais presentes na superfície textual; esta faz remissão a um elemento fora dos limites do texto. Referenciação A referenciação ocorre, basicamente, por meio de dois movimentos, chamados de movimentos retrospectivo e progressivo, respectivamente anáfora e catáfora. Tomando como objeto de análise um exemplo, vamos observar como ocorre esses dois processos textuais vendo também as principais características de cada uma delas: Endófora é dividida em: anáfora e catáfora. a) Anáfora: expressão que retoma uma ideia anteriormente expressa. Exemplo: “Secretaria de Educação escreve pichação com “x” . Ela justifica a gafe pela pressa.” Observe que o pronome “Ela” retorna uma expressão já citada anteriormente – Secretaria de Educação-, portanto trata-se de uma retomada por anáfora. Atenção: Aqui vai uma dica muito importante para o concurso do censo demográfico 2020. Vale lembrar que a expressão retomada ( no exemplo acima representada pela porção Secretaria de Educação) é também chamada, em provas de Concursos, de referente ideológico. b) Catáfora: Pronome ou expressão nominal que antecipa uma expressão presente em porção posterior do texto. Observe como ocorre: Exemplo: Só queremos isto: a aprovação! Nesse exemplo, o pronome “isto” só pode ser recuperado se identificarmos o termo aprovação, que aparece na porção posterior à estrutura. É, portanto, um exemplo clássico de catáfora. Veja outro exemplo para você entender melhor como ocorre: Eu quero ajuda de alguém: pode ser de você. c) Exófora: a remissão é feita a algum elemento da situação comunicativa, ou seja, o referente está fora da superfície textual. Mecanismos de coesão textual É o meio pelo qual ocorre a coesão em um texto. Os principais são: 1- Coesão por substituição: Consiste na colocação de um item em lugar de outro(s) elemento(s) do texto, ou até mesmo de uma oração inteira. Exemplos: Ele comprou um carro. Eu também quero comprar um. Ele comprou um carro novo e eu também. Observe que em ambos casos houve uma redefinição, ou seja, mesmo não havendo identidade entre o item de referência e o item pressuposto, porém, existe uma nova definição nos termos: um, também.
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