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1 Biossegurança Profª Lucieni Moreti 2020 I 2 Biossegurança Ciência surgida no século XX Lei de Biossegurança 8.974 de 5 de janeiro de 1995 Voltada para o controle e a minimização de risco advindos da prática de diferentes tecnologias. (ComissãoTécnica Nacional de Biossegurança – CTNBio). 3 4 A CTNBio é uma instância colegiada multidisciplinar, criada através da lei nº 11.105, de 24 de março de 2005 Finalidade é prestar apoio técnico consultivo e assessoramento ao Governo Federal na formulação, atualização e implementação da Política Nacional de Biossegurança . Estabelecimento de normas técnicas de segurança e pareceres técnicos referentes à proteção da saúde humana, dos organismos vivos e do meio ambiente, 5 Biossegurança na Saúde Significa um conjunto de normas relativas à segurança do trabalhador de saúde, submetido ao risco potencial de acidente com material ou instrumentos contaminados com material biológico. 6 Atividade de risco são as capazes de proporcionar dano, doença ou morte. RISCO e PERIGO RISCO é o perigo mediado pelo conhecimento que se tem da situação. É o que temos como prevenir. PERIGO existe enquanto não se conhece a situação. É o desconhecido ou mal conhecido. 7 Biossegurança No ambiente hospitalar há RISCOS FÍSICOS , QUÍMICOS e BIOLÓGICOS e para cada um deles há NORMAS específicas disponíveis visando proteger a “CLIENTELA” dos estabelecimentos a saber: o paciente, o trabalhador de saúde, o acompanhante e a preservação do meio ambiente. 8 DEFINIÇÕES: NORMAS: Regra, modelo; linha de conduta. Jurídica: Prescrição legal, preceito obrigatório, cuja característica é a possibilidade de ter seu cumprimento exigido. As Normas Regulamentadoras (NR) são disposições complementares ao capitulo V da CLT *(consolidação das leis do trabalho), consistindo em obrigações, direitos e deveres a serem cumpridos por empregadores e trabalhadores. .* (da segurança no trabalho) normas que regulam as relações individuais e coletivas de trabalho, 9 OBJETIVO Norma Regulamentadora Garantir trabalho seguro e sadio, prevenindo a ocorrência de doenças e acidentes de trabalho. A elaboração/revisão das NR é realizada pelo Ministério do Trabalho por meio de grupos e comissões compostas por representantes do governo, de empregadores e de empregados. 10 NR 9 - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS Publicação D.O.U. Portaria MTb n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78 atualizações Portaria SEPRT n.º 1.359, de 09 de dezembro de 2019 10/12/19 NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES ANEXO N.º 5 RADIAÇÕES IONIZANTES NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES Publicação D.O.U. Portaria MTb n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 Atualizações : Portaria SEPRT n.º 1.359, de 09 de dezembro de 2019 11 12 Riscos Físicos (formas de energia como ruídos, vibrações, pressões anormais, radiações ionizantes ou não, ultrassom (NR- 09 e NR-15). Riscos Biológicos: bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, etc (NR- 09) 13 Riscos Químicos (substâncias, compostos ou produtos que podem penetrar no organismo por via respiratória, absorvidos pela pele ou por ingestão, na forma de gases, vapores, neblinas, poeiras ou fumos (NR-09, NR- 15 e NR-32). 14 Mais procedimentos nos paciente Mais tempo com o ambiente Maior equipe dos servidores de saúde Equipe de enfermagem: maior nº de Exposição entre os profissionais EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS 15 EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS Os odontólogos também são uma categoria profissional com grande risco de exposição a material biológico. Os estudos mostram que a maioria dos dentistas (quase 85%) tem pelo menos uma exposição percutânea a cada período de cinco anos. 16 COMO NOS PROTEGER DURANTE O TRABALHO EM SAÚDE - Cuidados PRECAUÇÕES PADRÃO Lavagem das Mãos Manipulação de Instrumentos e Materiais Manipulação de Materiais Cortantes e de Punção Ambiente e Equipamentos Roupas e Campos de Uso no Paciente Vacinação 17 Manipulação de Instrumentos e Materiais Cortantes e de Punção Instrumentos pérfuro-cortantes devem ser descartados em caixas apropriadas, rígidas e impermeáveis que devem ser colocadas próximo a área em que os materiais são usados. 18 19 Manipulação de Instrumentos e Materiais Cortantes e de Punção Nunca deve-se reencapar agulhas após o uso. Não remover com as mãos agulhas usadas das seringas descartáveis e não as quebrar ou entortar. Para a reutilização de seringa anestésica descartável reencapar a agulha introduzindo-a no interior da tampa e pressionando a tampa ao encontro da parede da bandeja clínica de forma a nunca utilizar a mão 20 BIOSSEGURANÇA 21 Como e quando usar luvas? Usar luvas de procedimento, não estéril, quando houver possibilidade de tocar em sangue, fluídos corporais, membranas mucosas, pele não íntegra e qualquer item contaminado, de todos os clientes; Lavar as mãos imediatamente após a retirada das luvas; Trocar as luvas entre um procedimento e outro; Calçar as luvas imediatamente antes do cuidado a ser executado, evitando contaminação prévia das mesmas; 22 Estando de luvas, não manipule objetos fora do campo de trabalho; Retirar as luvas imediatamente após o término da atividade; Removê-las sem tocar na parte externa das mesmas; Usar luvas adequadas para cada procedimento. - Luvas cirúrgicas estéreis; - Luvas de procedimentos não estéreis. 23 Luvas Luvas de procedimentos Luvas de borracha Luvas cirúrgicas 24 Aventais, máscaras, óculos, calçados e gorros. 25 O uso do Jaleco hospitalar é uma exigência das Comissões de Infecções hospitalares * Atualmente descartáveis A MELHOR PREVENÇÃO É NÃO SE ACIDENTAR! BIOSSEGURANÇA 27 Higienização das mãos 28 O QUE É HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS? É a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das infecções relacionadas à assistência à saúde. Higienização das mãos = lavagem das mãos * Microbiota persistente e transitória 29 Indicação da lavagem das mãos após tocar fluidos, secreções e itens contaminados; após a retirada das luvas; antes de procedimentos no paciente; entre contatos com pacientes; entre procedimentos num mesmo paciente; antes e depois de atos fisiológicos; antes do preparo de soros e medicações. 30 As técnicas de higienização das mãos podem variar, dependendo do objetivo ao qual se destinam. Podem ser divididas em: Higienização simples das mãos. Higienização anti-séptica das mãos. Fricção de anti-séptico nas mãos. Anti-sepsia cirúrgica ou preparo pré- operatório A eficácia da higienização das mãos depende da duração e da técnica empregada. 31 Antes de iniciar qualquer uma dessas técnicas, é necessário retirar jóias (anéis, pulseiras, relógio), pois sob tais objetos podem acumular microrganismos. (Exigência da NR-32) http://www.feirasdebh.com/imagens/a82b6f77f091177bd48b1eea8228ab6b.JPG http://bp1.blogger.com/_V5iuST-YD_U/RnJfWmRvP2I/AAAAAAAAAP8/MulS2v0TYdc/s320/anel.jpg 32 Higienização Simples das Mãos Finalidade Remover os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele, assim como o suor, a oleosidade e as células mortas, retirando a sujidade que propícia à permanência e à proliferação de microrganismos. Duração do procedimento: 20 a 40 seg. 33 Lavagem das mãos Na lavagem rotineira das mão o uso de sabão neutro é o suficiente para a remoçãoda sujeira, da flora transitória e parte da flora residente. Maior concentração bacteriana: pontas dos dedos, meio dos dedos e polegares. 34 Higienização Anti-séptica das Mãos Finalidade Promover a remoção de sujidades e de microrganismos, reduzindo a carga microbiana das mãos, com auxílio de um anti-séptico. Duração do procedimento: 20 a 40 segundos 35 Técnica A técnica de higienização anti-séptica é igual àquela utilizada para higienização simples das mãos, substituindo-se o sabão por um anti-séptico. Exemplo: antisséptico degermante. 36 Fricção anti-séptica das mãos (com preparações alcoólicas) Álcool Gel ou álcool glicerinado Finalidade Reduzir a carga microbiana das mãos (não há remoção de sujidades). A utilização de gel alcoólico a 70% ou de solução alcoólica a 70% com 1-3% de glicerina pode substituir a higienização com água e sabão quando as mãos não estiverem visivelmente sujas. Duração do Procedimento: 20 a 30 segundos. 37 38 Anti-sepsia das mãos A antissepsia é a utilização de um antisséptico com ação bactericida ou bacteriostática que irá agir na flora residente da pele. Os antissépticos são indicados para a antissepsia das mãos dos profissionais e para pele ou mucosa do paciente em áreas onde serão realizados procedimentos invasivos ou cirúrgicos. 39 Agentes antissépticos São substâncias aplicadas à pele para reduzir o número de agentes da microbiota transitória e residente. Entre os principais antissépticos utilizados para a higienização das mãos, destacam- se: Álcoois, Clorexidina, Compostos de iodo, Iodóforos (alergênicos) e Triclosan (bactericida Soapex). 40 Degermante iodo povidine (PVPI 10%) Clorexidina 2% degermante na escova- descartável 41 42 43 PROTOCOLO 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 Importante No caso de torneiras com contato manual para fechamento, sempre utilize papel- toalha 54 ÁLCOOL GEL 55 BIOSSEGURANÇA 56 BIBLIOGRAFIA OPPERMANN, Carla Maria, Lia Capsi Pires. Manual de biossegurança para serviços de saúde. Porto Alegre,PMPA / SMS/CGVS, 2003. PIANUCCI. Ana, Saber cuidar – Procedimentos Básicos em Enfermagem. Senac – SP, 2003.
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