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Augusto Nishimura
TEORIA GERAL DA 
ADMINISTRAÇÃO
Sumário
INTRODUÇÃO ������������������������������������������������� 3
QUAL É O PAPEL DOS GERENTES? ���������������� 4
ADMINISTRAR É TOMAR DECISÕES! ������������ 5
OS GERENTES ASSUMEM DIFERENTES 
PAPÉIS! ���������������������������������������������������������� 7
QUAIS SERIAM AS HABILIDADES DOS 
GERENTES? ���������������������������������������������������� 9
O QUE PODEMOS APRENDER COM O 
PROCESSO DE PRODUÇÃO DE CARROS? ���� 12
OS JAPONESES SÃO DIFERENTES DOS 
OUTROS? ������������������������������������������������������ 13
O SISTEMA TOYOTA DE PRODUÇÃO ����������� 15
O QUE O POST IT TEM A VER COM A 
TOYOTA? ������������������������������������������������������ 20
COMO O AMBIENTE EXTERNO MOLDA A 
GESTÃO INTERNA DAS ORGANIZAÇÕES? �� 24
ONDE ESTAMOS E PARA ONDE VÃO AS 
IDEIAS EM ADMINISTRAÇÃO? �������������������� 29
CONSIDERAÇÕES FINAIS ���������������������������� 33
SÍNTESE ������������������������������������������������������� 34
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS & 
CONSULTADAS �������������������������������������������� 35
2
INTRODUÇÃO
Olá!
Retomemos o que já aprendemos: as primeiras 
ideias em administração se voltaram para a propo-
sição de soluções que elevassem a eficiência das 
atividades internas das fábricas. Porém, esse pen-
samento ignorava as questões individuais e grupais 
do trabalho, que passaram a ser o foco dos estudos 
dos pensadores da Escola de Relações Humanas 
e dos Comportamentalistas. Por fim, estudamos a 
perspectiva da Visão Sistêmica e da Contingência, 
que buscaram compreender o ambiente externo da 
organização e deram ênfase à eficácia organizacional.
A partir daquilo que exploramos até aqui, você sa-
beria dizer de que maneira todo esse conhecimento 
poderia ser adaptado, transformado e extrapolado 
para outras realidades, para que possa atender as 
necessidades atuais e futuras das organizações? O 
conhecimento é vivo e novas abordagens surgem 
continuamente para atender as necessidades e os 
desafios que são impostos pelo mundo moderno!
Convidamos você para mergulhar ainda mais nesse 
estudo, entendendo como as ideias contemporâ-
neas contribuíram para o avanço do pensamento 
em administração.
Vamos Juntos!
3
QUAL É O PAPEL DOS 
GERENTES?
Vamos iniciar a nossa reflexão a partir do ponto 
de vista do gestor. Suponha que você acabou de 
ser promovido(a) à primeira posição de gerência 
de sua carreira. Trata-se, portanto, de um desafio 
que você deverá encarar e, para isso, deverá não 
somente gerenciar as questões técnicas, mas 
também liderar uma nova equipe. O que você faria?
Para poder ajudá-lo(a) nessa resposta, vamos co-
nhecer as diferentes perspectivas sobre a função 
e o papel dos gerentes nas organizações.
4
ADMINISTRAR É TOMAR 
DECISÕES!
De acordo com o pesquisador Herbert Simon 
(1916-2001), administrar significa tomar decisões. 
Segundo ele, trata-se de um processo composto 
por três passos: análise do problema, identificação 
de alternativas, e tomada de decisão. Para ele, o 
gestor é aquele que toma decisões satisfatórias 
e cumpre os requisitos mínimos necessários para 
o alcance dos objetivos. Ele classificou esse pro-
fissional como homem administrativo.
Figura 1: Processo de decisão do homem administrativo.
ANÁLISE DO 
PROBLEMA
IDENTIFICAÇÃO 
DE 
ALTERNATIVAS
ESCOLHA DA 
ALTERNATIVA
Fonte: Elaboração propria.
Além disso, há dois tipos de decisão: as progra-
madas, que se repetem e são padronizadas; e as 
não programadas, que requerem dos gestores ha-
bilidades de julgamento e criatividade para tomar 
decisões (MAXIMIANO, 2018).
5
Descubra aqui como fazer boas escolhas e tomar deci-
sões em situações complexas.
SAIBA MAIS
6
https://exame.abril.com.br/blog/gestao-fora-da-caixa/como-fazer-boas-escolhas-e-tomar-decisoes-em-situacoes-complexas/
OS GERENTES ASSUMEM 
DIFERENTES PAPÉIS!
Outro ponto de vista sobre a atuação do gerente 
tem como foco os papéis que ele assume em 
seu trabalho. Henry Mintzberg, professor da Uni-
versidade McGill, Canadá, é um grande defensor 
dessa perspectiva, considerado um dos mais 
proeminentes pensadores da atualidade. Segundo 
suas proposições, os gerentes podem assumir 
diferentes papéis, que são classificados em três 
grandes grupos: interpessoais, de informação, e 
de decisão (MAXIMIANO, 2018).
Tabela 1: Os papéis gerenciais de Mintzberg.
INTERPESSOAIS DE INFORMAÇÃO DE DECISÃO
Símbolo
Líder
Ligação
Monitor
Disseminador
Porta-voz
Empreendedor
Controlador de 
distúrbios
Administrador de 
recursos
Negociador
Fonte: Maximiano (2018).
Os papéis interpessoais são aqueles que enfatizam 
os papéis dos gerentes para o estabelecimento das 
relações internas e externas à organização. Podem 
atuar como símbolo, ou seja, como representante 
da organização; como líder, sendo reconhecido 
7
tanto pela equipe quanto pelo público externo; 
e como ligação, atuando na interface entre as 
equipes, facilitando o relacionamento e trocando 
informações.
Os papéis de informação são os papéis assumi-
dos pelo gestor para captação e divulgação das 
informações. Como monitor, o profissional busca 
acompanhar os acontecimentos do departamento 
ou da organização; como disseminador, transmite 
as informações externas para o público interno e, 
como porta-voz, divulga as informações geradas 
internamente para o ambiente externo.
Os papéis de decisão são os papéis relacionados à 
tomada de decisão estratégica e para resolução de 
problemas. Como empreendedor, busca estabelecer 
aprimoramentos e atuar na proposição de novas 
oportunidades de negócios; como controlador de 
distúrbios, atua para tomar decisão em situações 
imprevistas, em condições de incerteza e risco; 
como administrador de recursos, toma decisões 
para alocação de recursos, tais como o tempo e o 
trabalho da equipe; como negociador, tanto interna 
quanto externamente.
Em sua opinião, quais desses papéis você já assumiu 
em seu trabalho? Será que essas ideias podem ser 
aplicadas em diferentes situações e contextos?
8
QUAIS SERIAM AS 
HABILIDADES DOS 
GERENTES?
Como estudamos até aqui, os gerentes são toma-
dores de decisões e assumem diferentes papéis 
no dia a dia do trabalho. Isso significa que esses 
gestores adotam certos padrões de comportamen-
to que são esperados pela organização. Vamos 
agora aprofundar nossas discussões e analisar a 
atuação desses profissionais, sob o ponto de vista 
das habilidades requeridas no trabalho.
Descubra aqui o que são habilidades.
Chester Barnard (1886-1961), um dos grandes 
pensadores da Escola de Relações Humanas, via 
o indivíduo como um ser social. Segundo ele, os 
gestores teriam três tipos de habilidades:
 y Técnica, por meio do uso da tecnologia de infor-
mação e aplicação de ferramentas administrativas;
 y Social, que está ligada à gestão da equipe e a 
conciliação das necessidades da organização e 
das pessoas;
SAIBA MAIS
9
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/administracao/conhecimentos-habilidades-e-atitudes-cha/32057
 y Cooperativa, que busca integrar a equipe e pro-
mover uma cultura de cooperação entre as pessoas.
O Professor Robert Katz concorda que a habilidade 
técnica faz parte do conjunto de habilidades dos 
gestores. Também classificou essas habilidades 
em três grupos:
 y Técnica, que é específica da atividade do gerente 
e está relacionado à aplicação do conhecimento 
técnico de sua área de atuação;
 y Humana, que está relacionada à habilidade de 
lidar com os aspectos das necessidades individu-
ais e grupais;
 y Conceitual, que está associada à capacidade 
de lidar com situações sistêmicas, complexas e 
abstratas, utilizando habilidades intelectuais para 
formulação das estratégias.
Figura 2: As competências gerenciais de Katz.
Fonte: Maximiano (2018).
10
A partir das ideias de Barnard e Katz sobre habili-
dades dos gestores, você consegue compreender 
que pode haver diferentes perspectivas sobre o 
mesmo assunto e que elas podem se complemen-
tar? Um ponto que merece destaqueé a relação 
que Katz faz entre as habilidades dos gestores com 
os respectivos níveis hierárquicos. A partir dessa 
ideia, um gestor que atua em um nível hierárquico 
superior deve se preocupar com as suas habilidades 
conceituais ou as habilidades técnicas?
Como desenvolver as habilidades gerenciais?
Acesse o Podcast 1 em Módulos
REFLITA
11
https://blog.fnq.org.br/como-desenvolver-habilidades-gerenciais/
O QUE PODEMOS APRENDER 
COM O PROCESSO DE 
PRODUÇÃO DE CARROS?
Vamos agora mudar a nossa perspectiva de aná-
lise. Se, por um lado, há a preocupação quanto à 
formação de gestores com habilidades para exe-
cutar suas atribuições, tomar decisões e assumir 
diferentes papéis, por outro lado, a administração 
também se ocupa em compreender as soluções 
idealizadas pelos gestores que resultaram em 
importantes ganhos às organizações.
Você se lembra de quando estudamos sobre as 
contribuições de Henry Ford para o mundo da admi-
nistração? As inovações aplicadas em sua fábrica 
revolucionaram o processo produtivo na época e, 
até hoje, é possível identificar como as suas ideias 
estão sendo aplicadas nas organizações.
Agora a novidade é que outra montadora de au-
tomóveis, ao inovar em seu processo produtivo 
e na forma de como lidar com as empresas que 
fazem parte de sua cadeia produtiva, revolucionou 
novamente a área e trouxe um novo olhar sobre 
o processo produtivo. Vamos aprender sobre as 
ideias aplicadas pela empresa Toyota.
12
OS JAPONESES SÃO 
DIFERENTES DOS OUTROS?
Toyota emplaca 7 entre os 10 modelos mais confiáveis 
dos EUA em 2017.
Pesquisa realizada pela Consumer Reports teve como 
base a experiência de 400 mil proprietários.
Realizado anualmente pela prestigiada publicação Con-
sumer Reports, o ranking que reúne os modelos e marcas 
mais confiáveis dos Estados Unidos foi especialmente 
positivo para a Toyota nesta edição de 2017. Conforme 
divulgado pela revista, a gigante japonesa emplacou nada 
menos que 7 entre os 10 modelos mais bem avaliados 
pelos consumidores do país - ao todo foram 4 veículos 
próprios e 3 da divisão de luxo Lexus. Dois detalhes, em 
especial, chamam a atenção: alguns deles estão à venda 
no Brasil (como o SUV RAV4 e o sedã médio-grande ES) 
e nada menos que 9 são de origem asiática.
(Fonte: https://motor1.uol.com.br/news/184166/
toyota-ranking-confiabilidade-eua-2017/.)
Quando você pensa em um carro, um eletrônico 
ou qualquer produto fabricado por empresas japo-
nesas, o que vem à sua mente? Há muito tempo, 
a qualidade de seus produtos, a durabilidade, a 
confiabilidade, dentre outros atributos, sempre 
foram destaque entre os consumidores do mundo.
Porém, você sabia que nem sempre foi assim no 
Japão? A montadora Toyota, que hoje é uma das 
13
gigantes do ramo automobilístico, teve de superar 
desafios devido às restrições encontradas, como 
falta de espaço físico e de mão de obra. A partir 
das novas ideias aplicadas para superar esses 
obstáculos, os gestores conseguiram emplacar 
um modelo produtivo que é até hoje imitado pelos 
seus concorrentes. Vamos conhecê-lo?
14
O SISTEMA TOYOTA DE 
PRODUÇÃO
Você saberia dizer por que a Toyota revolucionou 
o modo de gerenciar as organizações? O que essa 
montadora fez de tão diferente daquilo que era 
aplicado até então?
O Modelo Japonês de Gestão (MJG) tem sido 
apresentado como o contraponto moderno das 
técnicas tayloristas de administração de empresas. 
Por oposição ao trabalho parcelar, simples e seg-
mentado, desenvolvido nas empresas tayloristas, o 
trabalho nas empresas japonesas é caracterizado 
como polivalente e politécnico. Em contraposição 
à contínua desqualificação da força de trabalho 
ocidental, o trabalhador japonês aparece em es-
tado de permanente qualificação. Em confronto 
com a hierarquia de ferro das firmas tayloristas, 
as empresas japonesas são apontadas como mo-
delos de gerência participativa. E mais. Intocados 
pelo desemprego provocado pela desqualificação 
taylorista do trabalho, os trabalhadores japoneses 
fazem carreira, têm seus salários reais reajustados 
periodicamente e seus empregos são assegurados 
por toda a vida
(MALAGUTI, 1996, p.1).
15
Indo direto ao ponto, o sistema Toyota de produção 
revolucionou a forma de produção de automóveis. 
Pode-se dizer também que essa empresa influen-
ciou e inspirou empresas de outros setores pela 
eficiência e eficácia de seu modelo de gestão. 
Mas como?
Seu método de gestão trouxe inúmeros ganhos em 
eficiência e eficácia. Enfatizou muito a questão da 
qualidade e também da eliminação de desperdícios. 
Para reduzir os desperdícios, a Toyota implantou o 
método de produção flexível e o sistema just in time.
Na produção flexível, o trabalhador necessita enten-
der todo o processo de produção. Note que essa 
é uma perspectiva inversa daquela proposta por 
Taylor e Ford, em que o operário se especializava 
em uma função específica.
O que o filme “Tempos Modernos”, estrelado pelo ator 
Charles Chaplin, trouxe de críticas ao sistema produtivo 
vigente em sua época? Confira aqui a análise crítica do 
filme. Neste outro link você pode assistir a um trecho 
do filme.
Um dos grandes desperdícios encontrados no 
sistema de produção era o acúmulo de estoque. 
Mas, você saberia dizer por que o estoque era con-
REFLITA
16
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/analise-critica-do-filme-tempos-modernos-com-charles-chaplin/55215
https://www.youtube.com/watch?v=4PaGw4ZRmWY
siderado um desperdício, se o estoque de matéria 
prima, por exemplo, é necessário para alimentar o 
processo produtivo?
Basicamente, a ideia era de que, se havia esto-
que em demasia, significava que havia “dinheiro” 
parado e, por isso, representava um desperdício 
de recursos, que poderiam ser usados em outras 
questões mais importantes na empresa. Além dis-
so, se havia estoque, era necessário haver espaço 
físico, ou seja, mais um custo que onerava todo o 
processo de produção.
Pois bem, nesse aspecto, a Toyota inovou, quebrou 
paradigmas, revolucionou ao compreender que 
era necessário eliminar os estoques. Mas como 
eliminar os estoques, sem prejudicar a produção?
A Toyota implantou o sistema just in time, em que a 
matéria prima deveria chegar ao local de produção 
no momento exato de sua produção. Basicamen-
te, houve uma inversão da lógica da decisão em 
produzir ou não produzir. Se antes a produção era 
realizada para que houvesse estoque, para depois 
a empresa buscar compradores para os produtos 
já fabricados, agora esperava-se a realização do 
pedido formal de clientes para, só então, iniciar 
a produção. Ou seja, é a chamada produção por 
demanda.
17
Em outras palavras, no sistema tradicional, a 
produção é “empurrada” para frente, forçando a 
produção; no sistema de fluxo contínuo do tipo just 
in time, a produção é “puxada” a partir da demanda 
por aquele produto.
Figura 3: 
Fonte: www.revistaespacios.com
A figura 3 ilustra esse processo. Na produção em-
purrada, os setores atuam de maneira isolada e não 
interligada, cada um atuando conforme as metas 
específicas de sua área. Note que há acúmulo de 
matéria prima e de estoques intermediários nos 
processos. Já na produção puxada, os setores 
trabalham em um único fluxo, eliminando estoques 
intermediários e possibilitando maior agilidade à 
produção.
18
https://www.revistaespacios.com/a15v36n14/153614010.html
Para que esse processo desse certo, a Toyota se 
aproximou muito de seus fornecedores, selecio-
nando poucos, porém com alto grau de sinergia e 
compromisso, para que as informações sobre as 
necessidades produtivas pudessem percorrer por 
toda a cadeia e possibilitar que os insumos fossem 
entregues somente no momento da produção de 
maneira coordenada e pontual.
Aqui você pode conhecer o sistema Toyota de produção.
Acesse o Podcast 2 em Módulos
Eliminar estoque é sempre benéfico? Confira aqui.
SAIBA MAIS
REFLITA
19
http://www.portal-administracao.com/2013/12/sistema-toyota-de-producao.html
https://www.asbra.com.br/noticia/estoque-quando-elevar-ou-reduzirO QUE O POST IT TEM A 
VER COM A TOYOTA?
Você, em algum momento, ouviu falar, ou até 
mesmo já usou post it para organizar, comunicar 
ou lembrar-se de uma tarefa?
Figura 4: Post it.
Fonte: Racool_studio/Freepik
Atualmente o uso desses adesivos é muito popular, 
especialmente para a organização das tarefas e 
compreensão do status das atividades a serem 
20
realizadas. Além disso, convém salientar que o seu 
apelo visual facilita, e muito, a comunicação, de 
maneira simples, objetiva e muitas vezes divertida.
Neste link você vai saber como surgiu o post it, e aqui 
você descobrirá a inovação por trás do post it.
Mas, afinal, qual a relação desse adesivo com a 
Toyota? O sistema desenvolvido pela montadora 
contemplava a organização das atividades produ-
tivas por meio do uso de cartões, que mostravam 
o fluxo de produção, facilitando a comunicação e 
organizando as atividades a serem desenvolvidas. 
Trata-se de uma comunicação visual, que apoiaria 
o processo de produção visando à minimização de 
atrasos. Esse método era utilizado para organizar 
o fluxo produtivo, coordenando as atividades em 
três grandes grupos: a fazer (to do), fazendo (doing) 
e feito (done).
SAIBA MAIS
21
https://3minovacao.com.br/aprenda/cursos/como-surgiu-o-post-it
https://exame.abril.com.br/tecnologia/inventor-conta-historia-por-tras-do-lendario-post-it/
Figura 5: 
Fonte: www.mundocarreira.com.br
Além disso, o Kanban é um método para indicar 
movimentação e alertar sobre a necessidade de 
produção. Deseja conhecer com mais detalhes? 
Acesse os vídeos indicados para compreender 
seu uso.
Descubra aqui como funciona o Kanban. Você também 
verá o exemplo de aplicação do Kanban. Parte 1 e parte 2.
Como já enunciamos no início, como um conhe-
cimento desenvolvido em uma área pode ser 
aplicado em outros contextos? Qual é o papel do 
gestor nesse processo? Saiba que uma das habi-
lidades requeridas dos gestores é a capacidade 
de extrapolar seus conhecimentos e aplicar em 
realidades distintas. Conhecer os conceitos é 
SAIBA MAIS
22
http://www.mundocarreira.com.br/produtividade/o-que-e-e-como-funciona-o-sistema-kanban/
https://www.youtube.com/watch?v=Ym4mIgxJegs
https://www.youtube.com/watch?v=RDquVKDtVkQ
https://www.youtube.com/watch?v=RDquVKDtVkQ
extremamente importante, mas utilizar a criativida-
de, adaptar ferramentas e dar novas funções aos 
modelos de gestão já existentes fazem com que 
as organizações necessitem, de fato, do trabalho 
desses profissionais.
Para ilustrar a aplicação das ideias da Toyota em outro 
contexto, veja o Sistema Toyota de Produção aplicado 
à um Hospital.
23
https://www.youtube.com/watch?v=61XeVq-1xbY
COMO O AMBIENTE 
EXTERNO MOLDA A 
GESTÃO INTERNA DAS 
ORGANIZAÇÕES?
Como verificamos nas ideias clássicas de Taylor, 
Ford e Fayol, a preocupação estava voltada para os 
aspectos internos das fábricas, em que se buscava 
o aumento da eficiência. Com o passar do tempo, 
novas perspectivas foram surgindo, dando espaço 
ao pensamento administrativo que considerava a 
influência externa, moldando a organização inter-
namente, conforme defendem as teorias contin-
gencial e sistêmica. Pode-se dizer que houve uma 
migração do foco interno para o foco externo e, 
atualmente, considera-se que a empresa é uma 
organização complexa, que sofre influência e é 
capaz de influenciar de diversas maneiras.
As organizações foram se desenvolvendo e seus 
impactos na sociedade também foram crescendo. 
Além dos inúmeros benefícios, isso também tem 
trazido consequências para a sociedade. Elas são 
chamadas de externalidades. As externalidades 
podem ser positivas ou negativas.
24
Descubra aqui o que são externalidades positivas e 
negativas.
Essas consequências têm levado a sociedade 
a discutir e questionar as atitudes de algumas 
empresas e, diante dessa pressão, essas organi-
zações tiveram de se adaptar aos novos tempos. 
A questão da ética empresarial, responsabilidade 
social empresarial e responsabilidade ambiental 
são assuntos recorrentes e que muitas organiza-
ções têm buscado atender e incorporar em sua 
missão e valores.
Muitas disfunções do sistema empresarial levaram 
também ao surgimento de novos conceitos na área 
empresarial. A Enron, gigante empresa americana 
do setor de energia, solicitou, em 2001, a concor-
data de suas operações, em função de uma séria 
crise ética que envolveu bancos para manipular 
dados financeiros. A partir da quebra da empresa, 
que marcou o período, foram descobertas novas 
fraudes em outras empresas, impulsionando a 
aplicação das ideias de Governança Corporativa 
nas organizações.
SAIBA MAIS
25
https://www.youtube.com/watch?time_continue=116&v=ZnhZn1vkV_w
O caso Enron.
Segundo o Instituto Brasileiro de Governança 
Corporativa:
Governança corporativa é o sistema pelo qual as 
empresas e demais organizações são dirigidas, 
monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacio-
namentos entre sócios, conselho de administração, 
diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais 
partes interessadas.
As boas práticas de governança corporativa con-
vertem princípios básicos em recomendações 
objetivas, alinhando interesses com a finalidade 
de preservar e otimizar o valor econômico de lon-
go prazo da organização, facilitando seu acesso a 
recursos e contribuindo para a qualidade da gestão 
da organização, sua longevidade e o bem comum.
A Governança Corporativa, portanto, possui prin-
cípios amplamente divulgados pelo mundo que 
regulamentam como as organizações devem ser 
geridas. Cabem a elas considerar todos os atores 
que interagem ou sofrem influência da ação da 
organização. Esses atores são conhecidos como 
stakeholders, que podem ser pessoa física (clien-
SAIBA MAIS
26
https://www.youtube.com/watch?v=70XnlrwO7U4
tes, funcionários), pessoa jurídica (fornecedores, 
clientes), governos, entidades, etc., ou seja, são as 
partes interessadas nesse processo. Os princípios 
básicos são quatro: (1) transparência; (2) equida-
de; (3) prestação de contas; (4) responsabilidade 
corporativa.
Aprofunde-se sobre os Princípios da Governança 
Corporativa.
Com relação à Responsabilidade Social Corpora-
tiva, o entendimento mais difundido baseia-se na 
integração de três variáveis: a econômica, a social 
e a ambiental, conhecida como Triple Bottom Line, 
o tripé do desenvolvimento sustentável:
Dados apontam que 68% das multinacionais da 
Europa Ocidental fazem seus relatórios nesse 
esquema, medindo resultados em termos sociais, 
econômicos e ambientais, enquanto nos EUA a 
porcentagem é de 41%. Por enquanto, nenhuma 
empresa é obrigada por lei a apresentar seus re-
sultados dessa maneira, é uma escolha da própria 
organização comprometida com o desenvolvimento 
sustentável.
SAIBA MAIS
27
https://www.ibgc.org.br/governanca/governanca-corporativa
https://www.ibgc.org.br/governanca/governanca-corporativa
(Fonte: http://www.administradores.com.br/noti-
cias/negocios/o-que-e-triple-bottom-line/102114. 
Acesso em: 27 dez. 2018.
Figura 6: Tripé do desenvolvimento sustentável.
Social
EconômicaAmbiental
Fonte: Elaboração própria.
A responsabilidade social corporativa e a respon-
sabilidade ambiental são contempladas nesse 
modelo, em que os resultados empresariais são 
mensurados a partir dessas três dimensões. Basi-
camente, as organizações podem buscar lucros, de 
maneira sustentável e que respeitem as dimensões 
sociais e ambientais.
28
http://www.administradores.com.br/noticias/negocios/o-que-e-triple-bottom-line/102114
http://www.administradores.com.br/noticias/negocios/o-que-e-triple-bottom-line/102114
ONDE ESTAMOS E PARA 
ONDE VÃO AS IDEIAS EM 
ADMINISTRAÇÃO?
A Estratégia Empresarial é um tema atual e muito 
utilizado nas organizações. A ideia partiu das 
estratégias de guerra, em que exércitos tomavam 
decisões e realizavam ações em função do mo-
vimento do oponente. Apesar de a concorrência 
entre empresas não envolver embate armado, como 
ocorria nas guerras, a noção de que era preciso 
fazer a leitura do todo e tomardecisões também 
em função da ação do outro passou a fazer parte 
do dia a dia das organizações.
Segundo Maximiano (2018), a prática da estratégia 
pode ser estudada com base em quatro perspec-
tivas distintas:
Tabela 2: Quatro perspectivas da prática estratégica.
PARADIGMA DO 
MERCADO
Esta perspectiva (ou modelo), que se 
origina de economistas, enfatiza a 
ação das variáveis externas à em-
presa. Baseia-se na premissa de que 
o ambiente, ou seja, a organização 
ou estrutura do ramo de negócios, é 
o fator principal na escolha que as 
empresas fazem das estratégias para 
serem competitivas, muito mais do 
que as decisões internas.
29
VISÃO BASEADA EM 
RECURSOS
Esta perspectiva enfatiza a ação das 
variáveis internas à empresa. Nesse 
modelo, os recursos de todos os tipos 
são valorizados e mobilizados como 
principais determinantes na formu-
lação e implantação de estratégias 
organizacionais.
MODELO DE 
NEGÓCIOS
O modelo de negócios é uma das 
perspectivas mais recentes sobre a 
estratégia das empresas. É mais que 
um modelo - é uma ferramenta que 
faz a integração sistêmica de muitas 
variáveis da empresa para transfor-
má-las em guia de análise e decisão 
sobre estratégia e competitividade.
ADMINISTRAÇÃO 
ESTRATÉGICA
Esta perspectiva também é instru-
mental e oferece um roteiro para o 
processo de planejar a estratégia, com 
base na análise SWOT. A estratégia 
é planejada e executada por meio de 
liderança, comunicação, planejamen-
to operacional e trabalho nas áreas 
funcionais. Os resultados da execução 
da estratégia são avaliados e o ciclo 
planejamento-execução-controle se 
repete.
Fonte: Elaboração própria.
O planejamento estratégico empresarial é uma 
ferramenta que possibilita realizar análises do 
ambiente interno, identificando os pontos fortes 
e fracos; e do ambiente externo, mapeando as 
oportunidade e ameaças atuais e futuras. Por 
meio dessas informações, os gestores descre-
vem possíveis cenários futuros e, assim, adotam 
estratégias para cada situação. Após a definição 
30
das estratégias, elas devem ser desdobradas em 
ações nos demais níveis organizacionais.
Outro assunto bastante comum nos dias atuais 
é o empreendedorismo. Segundo Maximiano 
(2018), empreendedor é aquele que assume riscos 
para lançar uma empresa no mercado. Também 
é conhecido como um perfil ou comportamento 
em que o indivíduo mobiliza recursos para iniciar 
uma organização.
Empreendedor por necessidade e por oportunidade. Há 
diferença? Confira aqui.
Além disso, com a emergência da internet, globali-
zação e novas formas de organização do trabalho, 
diferentes perspectivas emergiram para dar conta 
dessas novas necessidades. A administração no 
mundo digital tem como desafio gerenciar as ati-
vidades em um ambiente em que a tecnologia da 
informação avança rapidamente e a inteligência 
artificial é incorporada no dia a dia das organiza-
ções. Surgem novas formas de trabalho, como 
home office e trabalho colaborativo, além das 
profissões que tendem a ser substituídas pela 
automação. Cabe, portanto, aos profissionais e 
SAIBA MAIS
31
http://www.administradores.com.br/artigos/academico/empreendedor-por-necessidade-x-oportunidade/76807/
às organizações estarem atentos às mudanças e 
antecipar tendências. Como o futuro é construído 
pela própria sociedade, é papel dos gestores par-
ticipar ativamente desse processo de mudança, 
assim como fizeram os profissionais, os estudiosos 
e as organizações que estudamos aqui.
Confira o vídeo sobre o futuro da Administração.
SAIBA MAIS
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https://www.youtube.com/watch?v=x_bIwEE3pVI
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Verificamos que importantes autores em admi-
nistração preocuparam-se em estudar a adminis-
tração, enfatizando o papel e as habilidades dos 
gerentes. Além disso, estudamos como a Toyota 
contribuiu para a gestão da produção, com a eli-
minação de estoques, aumento da qualidade e 
implementação de metodologias de controle de 
fluxo de produção. Entendemos também como as 
organizações passaram a ser regidas por normas 
e conceitos, visando a estabelecer um padrão de 
comportamento dentro dos limites éticos e voltados 
à sustentabilidade social, ambiental e econômica. 
Por fim, vimos assuntos que são amplamente uti-
lizadas na atualidade, bem como refletimos sobre 
as tendências futuras em administração.
Espero que você tenha aproveitado essa nossa 
jornada de aprendizado!
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Parabéns, chegamos ao final da última parte do nosso 
curso. Aqui, o caminho foi percorrido da seguinte forma:
Administrar é tomar decisões (Herbert 
Simon).
Gerentes assumem diversos papéis (Henry 
Mintzberg): interpessoais; de informação; de 
decisão
Habilidades, segundo Chester Bernard: 
Técnica, Social e Cooperativa
Habilidades, segundo Robert Katz: Técnica, 
Humana e Conceitual.
Papéis e 
Habilidade 
dos Gerentes
Emliminação de desperdícios;
Produção Flexível;
Sistema just in time;
Qualidade Total.
Sistema Toyota 
de Produção
Princípios da governança: transparência; 
equidade; prestação de contas; 
responsabilidade corporativa.
Triple Botton Line: responsabilidade social, 
ambiental e econômica.
Governança 
Corporativa e 
Responsabilida
de Social 
Corporativa
Referências Bibliográficas 
& Consultadas
MALAGUTI, M. L. A ideologia do modelo 
japonês de gestão. Ensaios FEE, Porto Alegre, 
(17)1:43-73, 1996. Disponível em: https://
revistas.fee.tche.br/index.php/ensaios/article/
viewFile/1836/2205. Acesso em: 27 dez. 2018.
IBCG – Instituto Brasileiro de Governança 
Corporativa. Disponível em: https://www.ibgc.
org.br/governanca/governanca-corporativa. 
Acesso em: 27 dez. 2018.
MAXIMIANO, A. C. A. Teoria Geral da 
Administração: da revolução urbana à revolução 
digital. São Paulo: Atlas, 2018. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/
books/9788597012460/cfi/6/10!/4/6@0:66.0. 
Acesso em: 27 dez. 2018.
PRADO, A. E.; OLIVEIRA, A. M. D.; GOLÇALVES 
FILHO, M.; FERREIRA, A.; CAMPOS, F.C. Pesquisa 
ação sobre mudança de estratégia em uma 
indústria de móveis para refrigeração industrial. 
Espacios, v.36, n.14, p.10, 2015. Disponível 
em: https://www.revistaespacios.com/
a15v36n14/153614010.html. Acesso em: 27 
dez. 2018.
https://revistas.fee.tche.br/index.php/ensaios/article/viewFile/1836/2205
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https://www.ibgc.org.br/governanca/governanca-corporativa
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mailto:https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597012460/cfi/6/10!/4/6@0:66.0
https://www.revistaespacios.com/a15v36n14/153614010.html
https://www.revistaespacios.com/a15v36n14/153614010.html
	Introdução
	Síntese
	Referências Bibliográficas & Consultadas

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