5 Passos para acolher bem as famílias no CRAS

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Olá! Aqui é Djaneide Barbosa!
A partir de agora você terá os 5 passos para realizar uma das ações do PAIF, 
a acolhida, com qualidade!
Com uma postura profissional ética e responsável, você estará realizando as 
ações em conformidade com o Sistema Único de Assistência Social - SUAS e 
com o Código de Ética do(a) Assistente Social, além de está agindo com 
respeito ao público alvo e também, construindo a sua imagem profissional.
Sou assistente social, servidora pública efetiva do município de Água 
Branca - AL, ajudo profissionais da área da Assistência Social, sou mãe, 
esposa e apaixonada pela política de Assistência Social e por 
desenvolvimento humano.
Para um melhor aproveitamento, antes de iniciar a leitura, desligue-se de 
tudo o que possa desviar a sua atenção e concentre-se totalmente no 
conteúdo deste e-book. 
Há! E ao final dos 5 passos para acolher bem as famílias no CRAS, trago para 
você um exemplo prático de como eu me organizo para realizar uma 
acolhida em grupo.
Vamos lá!
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QUALIFIQUE A SUA ESCUTA
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Quando possível, escute o maior número possível de 
membros da família para compreender melhor a sua 
história. São parte dessa história: fatos, emoções ou 
sentimentos relatados pelos membros atendidos ou 
apreendidos pelos profissionais responsáveis pela 
acolhida. Esses relatos e percepções favorecerão a 
reflexão sobre a relação da família com o território, 
suas redes de apoio, acesso a serviços, potenciais 
comunitários e dos membros pertencentes a esse 
grupo familiar.
5 Passos para acolher bem as famílias no CRAS5 Passos para acolher bem as famílias no CRAS 2
Esteja atenta(o) as 
demandas trazidas pelas 
famílias, buscando 
compreender seus 
múltiplos significados, 
as vulnerabilidades e 
necessidades 
apresentadas. Busque 
identificar seus recursos 
e potencialidades e 
como tais situações se 
relacionam e ganham 
significado no território.
Acolhida Particularizada - É o processo de 
acolhida de uma família, ou algum de seus 
membros, de modo particularizado. Pode 
ocorrer no CRAS ou no domicílio da família, 
como esta que realizei.
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Mantenha-se informada(o)
Você somente conseguirá 
realizar os encaminhamentos neces-
sários para que as famílias acessem seus
direitos, se você manter-se informado(a) 
quanto aos serviços da rede socioas-
sistencial, em especial do CRAS, das serviços das 
demais políticas tais como Educação, Saúde, Cultura 
entre outros e até mesmo de serviços regionalizados 
ou ofertados em âmbito estadual.
Faça um mapeamento para conhecer quais são os 
serviços ofertados para crianças, pessoas idosas, 
pessoas com deficiências, usuários de álcool e outras 
drogas. Entre em contato com coordenadores desses 
serviços, se possível, realize visita institucional para 
estreitar laços e conhecer melhor sobre o serviço, 
objetivos, horários de funcionamento, entre outros.
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Seja sensível
Demonstre interesse e esteja 100% presente e disponível a 
ouvir as demandas da pessoa atendida. Lembre-se de que, 
na grande maioria dos casos estamos lidando com pessoas 
que por algum motivo estão em situação de vulnerabilidade 
social, que as fragilizam também psicologicamente.
“Nada de ficar olhando, ou atendendo
o celular no momento do atendimento 
a família”! Se possível, deixe o celular no modo 
silencioso para não interromper o momento em que o 
usuário estiver expondo sua situação.
Lembre-se de que o momento da acolhida é importante para 
o estabelecimento de relações de confiança e de 
reconhecimento da equipe de referência do CRAS como 
profissionais qualificados para o atendimento da demanda 
familiar, permitindo a instituição do vínculo entre as famílias 
usuárias e o PAIF.
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Liberte-se de julgamentos ou 
preconceitos
Lembre-se: Nós, assistentes sociais, temos um Código de Ética a 
zelar! Veja alguns princípios fundamentais 
que tratam sobre o preconceito e discriminação:
VI. Empenho na eliminação de todas as formas de 
preconceito, incentivando o respeito à diversidade, à 
participação de grupos socialmente discriminados e à discussão 
das diferenças; 
X. Compromisso com a qualidade dos serviços prestados à 
população e com o aprimoramento intelectual, na perspectiva 
da competência profissional; 
XI. Exercício do Serviço Social sem ser discriminado/a, nem 
discriminar, por questões de inserção de classe social, gênero, 
etnia, religião, nacionalidade, orientação sexual, identidade de 
gênero, idade e condição física.
Se você deseja ser um(a) profissional de sucesso, demonstre sua 
competência e zelo ao executar cada ação!
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● Sobre a vida familiar e comunitária das famílias e o território;
● Sobre os aspectos objetivos: situação socioeconômica 
vivenciada entre outros;
● Aspectos subjetivos: crenças, valores, formas de comunicação, 
entre outros;
● Potencialidades;
● Rede de apoio;
● Expectativas em relação ao serviço.
Sem essas informações, não será possível realizar um estudo social 
sobre a família e você não saberá analisar se as demandas da família 
serão atendidas somente por meio dos atendimentos nas ações do 
PAIF ou se será necessário o Plano de Acompanhamento Familiar - 
PAF. 
Não confie na memória!
Registre todas as informações em instrumento técnico adequado.
Registre as informações
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A acolhida pode ser realizada de forma particularizada 
ou em grupo. 
Agora vem comigo que eu vou te dar um exemplo de 
como eu me organizo para realizar uma acolhida em 
grupo!
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Encontro com famílias com perfil para acesso ao BPC
Data: Defina a data.
Hora do café da manhã: Defina juntamente com seus 
superiores qual será o lanche ofertado. 
Geralmente, onde trabalho, 
costumamos ofertar um café da 
manhã, antes de inicar a acolhida.
Acolhida: Defina um limite de tempo para a 
acolhida. Geralmente me organizo para 
realizar em 1 hora para não ficar 
cansativo para os participantes.
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Atendimentos particularizados: A partir de que hora? defina o tempo. 
Sempre abro um espaço para os 
atendimentos particularizados, pois, 
algumas pessoas podem não se sentir 
a vontade para expor determinadas 
situações em grupo.
Tema em comum: Acesso ao BPC
Objetivos: Contribuir para a construção de novos conhecimentos;
Estimular a capacidade de participação, comunicação, tomada de decisões; 
Estabelecer espaços de difusão de informação; 
Proporcionar espaço para escuta e conhecimento sobre as demandas das 
famílias;
Realizar o levantamento de necessidades e dificuldades quanto ao acesso ao 
BPC.
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Preparação/antes do encontro:
● Listar os nomes e endereços, contatos para convidar as famílias 
para o encontro;
● Entregar convites impressos àquelas famílias que não possuem 
celular;
● Solicitar a presença de 2 entrevistadores do CadÚnico para 
consultar a situação cadastral das famílias;
● Preparar lista de frequência.
Acolhida em grupo/no dia do encontro: 
1) Apresentação da equipe e do CRAS; 
2) Dinâmica de apresentação das famílias para socialização dos 
participantes;
3) Montagem do contrato: dias, horários, cuidados com as informações 
expostas pelo participantes (ética e sigilo);
4) Falar sobre a IMPORTÂNCIA da participação das famílias nos 
encontros do CRAS;
5) Falar sobre: 
- Participantes (público alvo): quem deve participar dos encontros; 
- Cronograma dos encontros: 
- Temas preestablecidos; 
- Frequência e assinaturas do Responsável Familiar;
- Duração de no máxima 60 minutos; 
- Compromissos/metas assumidos pelo grupo e pela Unidade 
CRAS; 
- Avaliação de desligamento ou reformulação da proposta de 
intervenção.Meta
● Contar com a participação dos usuários em 100% dos encontros; 
● Realizar consulta ao CadÚnico de 100% dos participantes para 
verificar quem precisa atualizar o cadastro ou realizar sua 
inclusão; 
● Acolher, esclarecer e registrar as dúvidas e/ou realizar 
encaminhamentos às demandas individuais que surgir durante o 
encontro.
● Registrar todas as necessidades, demandas e informações, 
principalmente no que se referir ao acesso ao BPC.
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Considerações Finais
Tudo o que você viu neste e-book, eu aplico em meu dia a dia 
de trabalho. Digo a você que já fui uma profissional frustrada 
porque, principalmente no início da minha jornada 
profissional, nem sempre eu conseguia visualizar como aplicar 
na prática o que diz os manuais e cadernos de orientações 
técnicas. 
Com estas orientações, certamente agora, você terá menos 
dificuldades do que as que eu tive. 
Espero ter te ajudado, pois, fiz com muito carinho e 
dedicação!
Um abraço!
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Compartilhe seus aprendizados comigo: 
E-mail: djaneideabarbosa@gmail.com
Graduada em Pedagogia e Serviço Social. Experiência na Política de 
Assistência Social desde 2005, Assistente Social desde 2012 com atuação 
em CREAS, CRAS, CadÚnico, Projetos Sociais e Gestão do SUAS. Servidora 
pública do município de Água Branca, Alagoas.
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