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Organização da Administração Pública – Aula Resumo II
DIREITO ADMINISTRATIVO
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ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – AULA RESUMO II
A administração pública indireta possui características comuns e características 
distintas. Veja:
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS “COMUNS” DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
Autarquia Fundação Pública Empresa Pública S.E.M
Personalidade 
Jurídica Direito Público Dir. Público Dir. Privado Direito Privado Direito Privado
Autonomia 
Patrimonial Sim Sim Sim Sim Sim
Titularidade Sim Sim Sim Sim Sim
Vinculação Sim Sim Sim Sim Sim
Dever de 
Licitar Sim Sim Sim Sim* Sim*
Proibição 
de acumular 
cargo/
emprego/
função
Sim Sim Sim Sim Sim
Teto 
Remuneratório Sim Sim Sim Sim* Sim*
Concurso 
Público Sim Sim Sim Sim Sim
Autonomia patrimonial: autonomia sobre o dinheiro que elas possuem. Se elas causarem 
dano a alguém, elas responderão com o patrimônio próprio.
Titularidade: é o poder de comando sobre a atividade.
ATENÇÃO
Cuidado: a responsabilidade direta é da própria entidade da indireta e, caso ela não consiga, 
será cobrado da administração direta. Desse modo, a responsabilidade é subsidiária.
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Embora haja o dever de licitar, a lei que ampara as empresas públicas e as sociedades 
de economia mista é a Lei n. 13.303/2016 e não a Lei Geral de Licitação.
Obs.: O inciso XI do art. 37 da Constituição Federal não traz as empresas públicas e as 
sociedades de economia mista no que se refere ao teto remuneratório. Todavia, caso 
as empresas públicas e as sociedades de economia mista recebam recursos da 
União, dos Estados, do DF e dos Municípios para custeio em geral ou despesas com 
pessoal, é preciso respeitar o teto (art. 37, § 9º). 
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS “DISTINTAS” DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
Autarquia
Fund. Pública Empresa 
Pública S.E.MD. Público D. Privado
Regime de 
pessoal Estatutário* Estatutário* CLT CLT CLT
Regime de 
Previdência RPPS RPPS RGPS RGPS RGPS
Estabilidade 
(3 anos) Sim Sim Não Não Não
Natureza dos 
Bens Públicos Públicos Privados Privados Privados
Impenhorabili-
dade dos bens Sim Sim Não Não Não
Precatório Sim Sim Não Não Não
Imunidade 
Tributária Sim Sim Sim* Não* Não*
Usucapião Não Não Sim Sim Sim
Ações 
Judiciais Justiça Federal* Justiça Federal*
Justiça 
Estadual
Justiça Federal* Justiça 
Estadual
Privilégios 
Processuais Sim Sim Não Não Não
Responsabili-
dade Civil Objetiva Objetiva Subjetiva Subjetiva Subjetiva
Poder de 
Polícia Sim Sim Não* Não* Não
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Embora as de direito público, de fato, em regra, sigam o regime estatutário, existem as 
que seguem o regime celetista. Então, as autarquias seguem o regime estatutário. Porém, 
ainda que sejam qualificadas como autarquias, as associações públicas, que nascem dos 
consórcios públicos, e os conselhos profissionais são celetistas.
O Regime Próprio da Previdência Social é destinado àqueles que são estatutários (PJs 
de direito público). Por outro lado, o Regime Geral vale para a iniciativa privada e para as PJs 
de direito privado, mesmo sendo integrantes da administração pública.
Embora sigam o Regime Geral da Previdência Social, hoje, a Constituição autoriza a 
aposentadoria compulsória por idade para as PJs de direito privado.
Os bens de uma empresa pública são bens privados. Só é bem público aquele de uma 
PJ de direito público.
Fundação Pública, como não tem fins lucrativos, mesmo sendo de direito privado, possui 
imunidade. 
• Uma ação contra uma empresa pública federal: justiça federal;
• Uma ação contra uma sociedade de economia mista federal: justiça estadual.
Em regra, não se atribui o poder de polícia para as PJs de direito privado. Exceções: 
atividades de consentimento e fiscalização.
AUTARQUIAS
Conceito
São pessoas que são o reflexo da administração direta. Trata-se de serviço autônomo, 
criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar 
atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, 
gestão administrativa e financeira descentralizada. São Pessoas Jurídicas de Direito Público 
e integrantes da Administração Indireta. Possuem capacidade exclusivamente administrativa, 
com mínima influência política.
Características
• Pessoal regido por estatuto próprio (regime estatutário*);
• Obediência à regra geral de licitação prévia para contratação de serviços, obras 
e compras;
• Proibição de acumulação de cargos, empregos e funções públicas;
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De acordo com a CF:
Art. 37. [...] 
XVII – a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, 
empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, 
direta ou indiretamente, pelo poder público;
• Limitação ao Teto Remuneratório (art. 37, XI, CF/88).
 – O teto maior/geral é o do Supremo Tribunal Federal. Mas, se a autarquia for municipal, 
o teto é o do município; se a autarquia for estadual, o teto é o do Estado. 
• Seus bens e rendas são patrimônios públicos, com destinação especial;
• Impenhorabilidade de seus bens e rendas (art. 100 da CF – Regime de Precatórios);
• Impossibilidade de usucapião de seus bens;
• Prescrição quinquenal de suas dívidas passivas;
• Imunidade tributária recíproca;
 – Entre União, Estados, DF e Municípios não há a instituição de impostos sobre bens, 
rendas e serviços.
• Juízo privativo da entidade a que pertencem (quando vinculadas à União, o foro judicial 
para as ações comuns será a Justiça Federal – Art. 109, I, CF);
• Privilégios processuais: prazos processuais diferenciados, intimação pessoal etc.
Espécies
• Comuns (Típicas);
• Especiais (Regime Especial);
• Agências Executivas;
• Associações Públicas.
Regime Especial
• Agências Reguladoras
a. Poder normativo técnico (poder mais amplo);
b. Autonomia decisória (palavra final);
c. Independência administrativa;
d. Autonomia econômico-financeira.
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• Conselhos Profissionais
 – Sem vinculação a qualquer órgão da administração pública;
 – Não seguem o regime de precatório;
 – Regime da CLT;
 – Poder de polícia.
Agências Executivas
Trata-se apenas de um título. É a qualificação dada a determinadas pessoas, para que 
estas possam aumentar a sua autonomia.
Requisitos
I – ter um plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento; 
II – ter celebrado Contrato de Gestão com o respectivo Ministério supervisor.
Formalidade
A qualificação como Agência Executiva será feita em ato do Presidente da República 
(discricionariedade).
ASSOCIAÇÕES PÚBLICAS (CONSÓRCIOS PÚBLICOS)
É o fruto/produto do Consórcio Público. Trata-se de uma PJ de direito público (autarquia) 
que integra a administração indireta.
Destaca-se que o Consórcio Público pode assumir natureza de direito público ou natureza 
de direito privado.
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FUNDAÇÕES “PÚBLICAS”
As fundações públicas podem tanto ser de direito públicoquanto de direito privado. As 
fundações públicas são assim chamadas porque integram o Poder Público.
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EMPRESAS ESTATAIS
• Pessoas jurídicas de Direito Privado;
• Criação autorizada por lei (art. 37, XIX);
• Integrantes da Administração Indireta;
• Exploração da atividade econômica:
– A prestação de serviço público é exceção.
• Regime Jurídico de Direito Privado:
– Aplicação subsidiária do Direito Público;
– Regime híbrido.
CF/1988
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade 
econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança 
nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e 
de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens 
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ou de prestação de serviços, dispondo sobre:
I – sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade; [...]
IV – a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação 
de acionistas minoritários; [...]
Características
II – a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e 
obrigações civis¹, comerciais², trabalhistas³ e tributários4;
1. Obrigações civis:
Registro para criação; responsabilidade civil das empresas privadas (regra geral) etc.
2. Obrigações comerciais:
“Incidência de normas da Comissão de Valores Mobiliários sobre escrituração e elaboração 
de demonstrações financeiras, inclusive a obrigatoriedade de auditoria independente por 
auditor registrado nesse órgão” (art. 7º da Lei n. 13.303/2016)
3. Obrigações trabalhistas:
• Regime “celetista” para seus empregados (exceto para os administradores);
V – os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores.
4. Obrigações tributárias:
§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios 
fiscais não extensivos às do setor privado. 
Além disso:
III – licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da 
administração pública;
• Lei n. 13.303/2016 – Estatuto Próprio de Licitação
 – Submissão ao Regime Geral da Previdência Social (RGPS).
CF/1988
Art. 201. [...] 
§ 16. Os empregados dos consórcios públicos, das empresas públicas, das sociedades de economia 
mista e das suas subsidiárias serão aposentados compulsoriamente, observado o cumprimento do 
tempo mínimo de contribuição, ao atingir a idade máxima de que trata o inciso II do § 1º do art. 40, 
na forma estabelecida em lei. (Incluído pela EC n. 103/2019)
30m
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• Seus empregados públicos são regidos pela CLT (celetistas), salvo seus dirigentes, 
que exercem mandatos;
• Admissão dos empregados por meio de concurso público (art. 37, II);
• Proibição de acumular cargos, empregos e funções públicas (art. 37, XVI);
• Obediência ao teto remuneratório quando recebem recursos da União, dos Estados, 
do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de 
custeio em geral (art. 37, § 9º).
• Seus bens são, em regra, penhoráveis, alienáveis e oneráveis, exceto quanto, 
especificamente, àqueles bens que estiverem ligados diretamente à prestação do 
serviço público, pois estão afetados ao interesse público;
• Não seguem o regime de precatório para pagamento de dívidas. É aplicável o regime 
dos precatórios às sociedades de economia mista prestadoras de serviço público 
próprio do Estado e de natureza não concorrencial (STF – ADPF 387/PI, julgado em 
23/3/2017 – Informativo 858).
• Responsabilidade civil de acordo com as mesmas regras das pessoas jurídicas de 
direito privado, sendo, em regra, subjetiva, exceto quando prestadoras de serviços 
públicos (art. 37, § 6º, da CF).
EMPRESA PÚBLICA
Como regra geral, as empresas públicas e as sociedades de economia mista têm os 
mesmos regramentos, exceto os seguintes pontos:
Distinções Empresa Pública Sociedade de Economia Mista
Composição do Capital 100% Público;Unipessoal ou Pluripessoal.
Misto / Híbrido;
Maioria Público + Capital Privado.
Forma societária Qualquer forma admitida no direito Somente S / A
Foro Judicial
E.P da União: Justiça Federal;
E.P dos Est/DF/Mun: Justiça Esta-
dual.
S.E.M da U/Est/DF/Mun: Justiça 
Estadual
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��������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pelo professor Vandre Borges de Amorim.
��A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.

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