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PROJETO ARQUITETÔNICO I - PARTE B

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Prévia do material em texto

PROJETO ARQUITETÔNICO I
- PARTE B
PROF.A MA. CARLA MARTINS OLIVO
PROF. ME. RENAN AVANCI
Reitor: 
Prof. Me. Ricardo Benedito de 
Oliveira
Pró-reitor: 
Prof. Me. Ney Stival
Gestão Educacional: 
Prof.a Ma. Daniela Ferreira Correa
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Diagramação:
Alan Michel Bariani
Thiago Bruno Peraro
Revisão Textual:
Felipe Veiga da Fonseca
Letícia Toniete Izeppe Bisconcim 
Luana Ramos Rocha
Produção Audiovisual:
Eudes Wilter Pitta Paião
Márcio Alexandre Júnior Lara
Marcus Vinicius Pellegrini
Osmar da Conceição Calisto
Gestão de Produção: 
Kamila Ayumi Costa Yoshimura
Fotos: 
Shutterstock
© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
 Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo 
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá.
 Primeiramente, deixo uma frase de Só-
crates para reflexão: “a vida sem desafios não 
vale a pena ser vivida.”
 Cada um de nós tem uma grande res-
ponsabilidade sobre as escolhas que fazemos, 
e essas nos guiarão por toda a vida acadêmica 
e profissional, refletindo diretamente em nossa 
vida pessoal e em nossas relações com a socie-
dade. Hoje em dia, essa sociedade é exigente 
e busca por tecnologia, informação e conheci-
mento advindos de profissionais que possuam 
novas habilidades para liderança e sobrevivên-
cia no mercado de trabalho.
 De fato, a tecnologia e a comunicação 
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, 
diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e 
nos proporcionando momentos inesquecíveis. 
Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino 
a Distância, a proporcionar um ensino de quali-
dade, capaz de formar cidadãos integrantes de 
uma sociedade justa, preparados para o mer-
cado de trabalho, como planejadores e líderes 
atuantes.
 Que esta nova caminhada lhes traga 
muita experiência, conhecimento e sucesso. 
Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira
REITOR
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UNIDADE
01
CASA DE VIDRO – PHILIP JOHNSON 
PROF.A MA. CARLA MARTINS OLIVO
PROF. ME. RENAN AVANCI 
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
PROJETO ARQUITETÔNICO I - PARTE B
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INTRODUÇÃO
No caderno “Projeto arquitetônico 1: Parte B” estudaremos a concepção de projeto. 
Estaremos interessados em enfatizar a prática de projeto, e para tanto, este caderno elenca 
quatro obras que serão referência para entender o pensamento arquitetônico e servem como 
embasamento para análise crítica. 
Em cada caso serão apresentadas as condições que suscitaram o projeto apontando 
partido e estratégia projetual. Além disso, visa-se entender as decisões projetuais – alternativas 
e desenvolvimentos – considerando-se materialização do edifício. Será importante interpretar 
as relações de contexto, forma, função, tecnologia, simbologia presentes nos projetos e as 
proposições para a prática de vida.
A temática escolhida para este caderno é a do edifício residencial de pequeno porte, 
entendo uma introdução à re� exão sobre a vida doméstica e a proposição espacial. Nesse sentido, 
os exemplos de projeto escolhidos amparam-se na produção de arquitetos notáveis, nacionais e 
estrangeiros e em obras marcantes modernistas e contemporâneas. 
O material a seguir se estrutura em quatro capítulos, que serão a base para o estudo de 
caso:
• Unidade 01: Casa de Vidro – Philip Johnson 
• Unidade 02: Casas do arquiteto – Vilanova Artigas
• Unidade 03: Casa de Canoas – Oscar Niemeyer
• Unidade 04: Casa Ex of In – Steven Holl
Ainda, o caderno didático de “Projeto Arquitetônico I - parte B” continua o reconhecimento 
do universo arquitetônico já apresentado na parte A, pontuando os fundamentos do processo de 
interpretação e produção projetual. Os exemplos de arquitetura apontados aqui são convites para 
a pesquisa e o estudo de autores e obras mais profundamente.
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Figura 1 – Casa de Vidro – Philip Johnson. Fonte: Inexhibit (2019).
Edi� cação: Casa do arquiteto ou Casa de Vidro (Figura 1)
Tipo: Residência unifamiliar
Autor: Philip Johnson
Ano: 1949
Localização: New Canaan, Connectcut
Metragem: 49 he (terreno) 167 m² (edi� cação)
O arquiteto norte americano, ganhador do prêmio Pritzker em 1979, projetou sua própria 
residência em 1949, na cidade de New Canaan, Conectcut. A casa envidraçada foi um ícone 
na produção deste autor traduzindo princípios do modernismo internacional na produção 
residencial, para além de re� etir sobre conceitos de síntese, privacidade e organização espacial.
Philip Johnson (1906-2005) foi um arquiteto tardio, projetando seu primeiro edifício dos 
36 anos de idade. Antes disso, Johnson tinha sido cliente, crítico, escritor, historiador, diretor de 
museu, mas não arquiteto (THE HYATT FOUNDATION, 2019, tradução nossa). Mesmo assim, 
esse autor foi uma � gura icônica e esteve no cerne do pensamento moderno em arquitetura, 
participando da circulação de ideias pertencentes a essa corrente e divulgando-as ao organizar as 
visitas de importantes arquitetos modernistas à América, como Le Corbusier e Mies Van der Rohe. 
O arquiteto foi diretor do Departamento de Arquitetura do Museu de Arte Moderna (MoMa), e 
criou o termo “Escola Internacional de arquitetura” para uma de suas exposições emblemáticas. 
Philip Johnson trabalhou em projetos grande porte e produziu arranha-céus icônicos nas décadas 
de 60, 70 e 80, com um apelo de empreendedorismo, tecnologia e racionalismo. Convivendo 
com ideias modernas e posteriormente pós-modernas produziu (juntamente com seu sócio John 
Burgee) edifícios como: a Catedral de Cristal (Los Angeles, EUA, 1980 - Figura 2) , o edifício 
AT&T, (em Nova Iorque, EUA, 1984 – Figura 3), o edifício porta de Europa (em Madrid, de 1996) 
e o Edifício PPG (em Pittsburgh, EUA, 1984). 
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Figura 2 – A catedral de cristal. Fonte: Archdaily (2019).
Figura 3 – Edifício AT&T (atual edifício Sony). Fonte: Archdaily (2019).
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A casa de vidro foi um trabalho seminal na carreira de Philip Johnson. Considerada uma 
das construções mais importantes do século XX, sua construção data de 1949. Situa-se em um 
terreno de 47 acres na cidade de New Canaan, Conectcut, e é patrimônio nacional americano 
funcionando hoje como um museu. De fato, o lote original possuía 5 acres, mas as vizinhanças 
foram sendo incorporadas posteriormente (THEGLASSHOUSE, 2019).
De con� guração pavilhonar, a casa apresenta uma planta retangular de 10 x 16,7m, numa 
área de 168m². Com uma altura de aproximadamente 5,5 metros a edi� cação con� gura-se por 
um sólido simples – o cubo – que foi distorcido, gerando um volume simétrico que recebeu um 
desenho geométrico claro, forte e preciso (Figura 4). Produzida em materiais inovadores, o aço 
pintado (nos 8 pilares e vigas H), concreto (para piso e teto) e vidro (para as paredes) a casa 
introduziu o estilo internacional na arquitetura residencial americana (PEREZ, 2010), valendo-se 
de conceitos como a racionalidade, sistematicidade, objetividade e tecnologia. 
Figura 4 – A estrutura formal: Pavilhão geométrico em metal. Fonte: Acasadosoutros (2019).
 Para conhecer outros projetos de Philip Johnson, leia a reportagem de Arch-
daily (2019): Stott, Rory. Em foco: Philip Johnson. 08 jul 2017. ArchDaily Brasil. 
(Trad. Baratto, Romullo) Acesso em: 5 Mar 2019. <https://www.archdaily.com.br/
br/623572/feliz-aniversario-philip-johnson> ISSN 0719-8906
Mais detalhes sobre a geometria precisa da casa, baseada nas proporções áure-
as pode ser visto em: <https://www.behance.net/gallery/1018 4449/Philip-John-
sons-Glass-House-Golden-Section-Analysis>.
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Mesmoassim, é interessante notar que o partido do projeto é bastante simples: a forma 
pura, forte e centroide serve como um invólucro para a função de habitar, e internamente não há 
paredes divisórias. Murtinho (2015, p. 23) aponta que: 
Devido à transparência da casa de Johnson, para além das linhas escuras que, 
constituindo uma espécie de estrutura de arames, de� nem conceptualmente 
o contorno exterior da forma arquitetônica, aquilo que mais se salienta na 
construção é o pavimento em cor de tijolo que se projeta cromaticamente para 
o corpo cilíndrico que se eleva sobre a cobertura e alberga a instalação sanitária 
e a lareira.
A estratégia estava na interação com a paisagem do entorno – de alto ativo natural – 
seu interior sendo visto de fora pela transparência, e o exterior participando da vida interna 
panoramicamente, considerando-se as possibilidades de luz, atmosfera e estações do ano (Figura 
5 e 6). Há uma vontade romântica presente na relação direta com o espaço adjacente, e a noção de 
funcionar como “um acampamento” (nas palavras do próprio arquiteto) (MURTINHO, 2015). 
As condições exteriores provenientes da paisagem como sons, luzes, re� exos animam e dão 
movimento ao espaço (Figura 7). É interessante notar ainda que a casa possui piso aquecido – 
que é de tijolos vermelhos – mas não ar refrigerado (BROWNELL, 2016). 
Figura 5 – O interior visto de fora. Fonte: CasaVogue (2014).
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Figura 6 – A presença da paisagem no interior da casa: a vista panorâmica. Fonte: Inexhibit (2019).
Figura 7 – Os re� exos e a percepção do espaço – Philip Johnson. Fonte: Archdaily (2019)
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A casa está num platô elevado e domina o terreno, porém a casa posiciona-se 
estrategicamente, invisível da rua. Além disso ela se estabelece como uma narrativa, uma 
construção imposta, determinada a habitar. É enclausurada pela natureza, a envolve e restringe e 
ressalta seu aspecto de vitrine (MURTINHO, 2015). 
Longe de se dissolver na paisagem a edi� cação se estabelece como um mirante 
independente (Figura 8). O desenho dos caixilhos de aço preto nas paredes, de caráter altamente 
geométrico, propõe um barramento horizontal que faz notar um claro limite entre exterior e 
interior. Construída sobre uma pequena plataforma há um acesso principal, porém, cada um dos 
quatro planos de vidro que formam o espaço interior apresenta uma porta central, que comunica 
com a paisagem e colaboram com a ventilação. 
Figura 8 – A implantação e o entorno. Fonte: Archdaily (2019).
Certamente, a concepção do projeto desa� a as noções de público e privado e de 
domesticidade costumeiramente impressas nesse tipo de edi� cação residencial (HAWTORNE, 
2012). Mesmo assim, a intenção estava em ressoar em uma prática de vida mais movimentada – 
antes de se aposentar a casa de Johnson funcionava como um retiro para o � m de semana, local 
de inspiração e encontro (MURTINHO, 2015). Para além disso, proposição de implantação tem 
a ver com um terreno não tradicional, com um sítio e com outras edi� cações de caráter privado. 
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De fato, o arquiteto viu a casa de vidro como metade de uma composição 
(THEGLASSHOUSE, 2019). A outra metade da casa é uma casa de tijolos, que contrasta em 
termos de partido apesar de ter as mesmas proporções volumétricas (aproximadamente 16,7 x 
5,5m) como vemos na implantação abaixo (Figuras 9 e 10). A casa de tijolos (marcada em azul) 
estabelece-se como uma ancora formal e funcional para a casa de vidro (marcada em amarelo). A 
implantação faz notar também a piscina (em verde) e o acesso com a rua à leste.
Figura 9 – Implantação das casas de vidro e de tijolo. Fonte: Autora (2019) com base em: Inexhibit (2019).
Figura 10 – A relação entre as casas e a paisagem. Fonte: Archdaily (2019).
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A casa de vidro funciona como uma casa tradicional, porém não há paredes. Há entradas, 
cozinha, sala de jantar e sala de estar, quarto, área de lareira, banheiro numa reunião e revisão das 
necessidades básicas do habitar. Essas áreas são organizadas cirurgicamente pela mobília – tanto 
móvel como � xa – que criam as zonas espaciais e conduzem ao uso a partir da sala de estar – 
como se vê na Figura 11. Os móveis em sua maioria foram desenhados por Mies van der Rohe. 
Figura 11– Plantas e cortes. Fonte: Autora (2019) com base em: Inexhibit (2019).
 Apesar da casa ser envidraçada há degraus de privacidade e um zoneamento marcado 
(Figura 12) - e esses conceitos são explicados por Hertzberger (2015) em Lições de Arquitetura, 
uma das leituras sugeridas para essa unidade. A maior privacidade está no dormitório e na 
porção do banheiro: que é o único ambiente com paredes (Figura 13). É interessante notar que 
o banheiro se conforma em um cilindro (feito de tijolos) e posiciona-se na região central do 
pavilhão de maneira livre, dotando o espaço interno de tensão e contrastando com a simetria 
externa, com a noção de repouso. 
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Figura 12 – O interior e o mobiliário que organiza o espaço – móvel e � xo. Fonte: Inexhibit (2019).
Figura 13 – O dormitório se con� gura como área mais privada em função do guarda-roupas. Fonte: Archdaily 
(2019).
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A casa de tijolos comunica-se com a casa de vidro através de um pátio. Construída 
como um monolito possui poucas aberturas - apenas aberturas verticais circulares nos fundos e 
claraboias (Figura 14). Funciona complementando o programa de necessidades da casa de vidro 
– originalmente eram três dormitórios e banheiros con� gurando uma casa de hóspedes, mas 
uma reforma em 1953, reorganizou o espaço como um dormitório e sala de leitura propiciando 
os espaços íntimos que a casa de vidro não permite (THE GLASS HOUSE, 2019). Enquanto 
a casa de vidro se volta para a vida externa e para a paisagem, a casa de tijolo apresenta uma 
dinâmica interior plena. 
Figura 14 – Casa de tijolos. Fonte: Achitectmagazine (2019).
Casa de vidro de Philip Johnson teve como referência a obra do mestre moderno Mies 
Van der Rohe – isso nota-se na arquitetura horizontal de concepção estrutural lógica e de 
essencialidade e verdade de materiais, a na riqueza nos detalhes. Contemporânea a esse projeto 
está a Casa Farnsworth (de 1951), vista na Figura 15 – a casa de vidro de Mies. Também é desse 
ano a casa de vidro ou residência da arquiteta de Lina Bo Bardi – num cenário Brasileiro (Figura 
16). Apesar de serem envidraçadas, cada uma encontrou sua concepção e mensagens próprias. 
Nas palavras do próprio arquiteto:
No caso da Glass House, a abordagem estilística é perfeitamente clara. Mies van 
der Rohe e eu discutimos como você poderia construir uma casa de vidro e cada 
um de nós construiu uma. Mies foi, obviamente, primária e a minha foi uma 
adoção do mestre, embora seja uma abordagem bem diferente. No meu caso, 
havia muitas in� uências históricas no trabalho. A Casa de Vidro estilisticamente 
é uma mistura de Mies van der Rohe, Malevich, o Partenon, o jardim inglês, 
todo o Movimento Romântico, a assimetria do século XIX. Em outras palavras, 
todas essas coisas estão misturadas, mas basicamente é a última do moderno, no 
sentido da maneira histórica como tratamos a arquitetura moderna hoje, o cubo 
simples. (DEVENS, et al., 1991, tradução nossa)
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Figura 13 – Casa Farnsworth, Mies Van der Rohe. Fonte: CasaVogue (2017).
Figura 14 – Casa de Vidro, Lina Bo Bardi. Fonte: Archdaily (2019).
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Para conhecer mais sobre esses projetos e refl etir sobre outras estratégias proje-
tuais que consideraram a paisagem do entorno e a possível ideia de vitrine leia as 
reportagens: 
• Igor Fracalossi. Clássicos da Arquitetura: Casa Farnsworth / Mies van der Rohe. 
27 Mar 2012. ArchDaily Brasil. Acessado 6 Mar 2019. Disponível em: <https://
www.archdaily.com.br/40344/classicos-da-arquitetura-casa-farnsworth-mies-
-van-der-rohe> ISSN 0719-8906 
• Igor Fracalossi. Clássicos da Arquitetura: Casa de Vidro / Lina Bo Bardi. 14 dez. 
2011. ArchDaily Brasil. Acesso em: 6 mar. 2019. Disponível em: <https://www.ar-
chdaily.com.br/12802/classicos-da-arquitetura-casa-de-vidro-lina-bo-bardi> ISSN 
0719-8906. 
Além disso, a edi� cação de tipo pavilhonar envidraçada não é isolada. Na verdade, essa 
edi� cação se relaciona com outros prédios (para além da casa de tijolos que é o anexo mais 
próximo à casa de vidro) em diferentes escalas constituindo-se por uma parte da espacialidade 
proposta para a vida de Johnson. O projeto do habitar não estava apenas no projeto de uma 
edi� cação. A vegetação presente no terreno, que apesenta grande potencial, foi sendo moldada 
para receber todos 14 prédios e esculturas em eventos arquitetônicos e artísticos ao longo do 
tempo. As principais edi� cações podem ser vistas no esquema abaixo (Figura 15). Algumas 
possuem funções claras, como a casa de tijolos o estúdio/biblioteca, a galeria de e escultura e a 
de pintura. Além disso, há três edi� cações vernaculares que sofreram intervenção para servir ao 
conjunto. 
Murtinho (2015, p. 25) aponta que a implantação geral do conjunto lembra as proposições 
de vanguarda europeias, in� uenciadas por Mondrian e � eo van Doesburg. O programa 
e os edifícios têm seu valor, mas também: “os espaços de ligação, quer os percursos, quer os 
en� amentos visuais, são absolutamente importantes para a imagem de conjunto”. 
Figura 15 – Implantação do conjunto. Fonte: adaptado de Arcdose (2011).
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Cada edi� cação tem um caráter experimental e uma estratégia de projeto diferente – 
tratando de arquitetura, arte, paisagem, construção/desconstrução e preservando o legado 
intelectual de Philip Johnson e David Whitney (1939-2005). 
Essas edi� cações certamente acompanharam as ideias de arquitetura que in� uenciaram o 
mundo posteriormente – sendo vistas neste contexto como episódios de interesse em um jardim 
romântico. 
Entre essas edi� cações podemos notar brevemente a estúdio/biblioteca (1980), pavilhão 
do lago (1962), a galeria de pintura (1965) e a galeria de escultura (1970). O estúdio/biblioteca 
(Figura 16) foi concebido como um espaço privado e fechado para a re� exão interior, sem 
conexões com natureza (THE GLASSHOUSE, 2019). Há estantes, espaço de trabalho, lareira 
que recebem iluminação zenital e cuja forma foi tratada como colisão de massas – para ser vista 
de fora como um evento na vista panorâmica da casa de vidro.
Figura 16 – Estúdio/ biblioteca. Fonte: CommonsWikimedia (2019).
Já o pavilhão do lago foi construído em arcos de concreto pré-fabricado, em uma ilha 
num lago arti� cial. A intenção estava em estudar a esquina nesse tipo de estrutura, além de 
experimentar uma relação de escala inusitada – serve para uma criança contemplar estando 
dentro, mas para o homem é passagem, ou para ser vista de fora (Figura 17). A galeria de pintura 
– para guardar a coleção de arte moderna do arquiteto – foi semienterrada, numa vontade de não 
competir com a casa de vidro e também para proteger seu conteúdo da luz (THEGLASSHOUSE, 
2019).
Figura 17 – Pavilhão do Lago. Fonte: Pinterest (2019).
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Em sua vizinhança está situada a galeria de escultura (Figuras 18 e 19). Esse edifício, 
construído nos anos de 1970, tem um apelo interno marcante. Para que pudesse permitir a 
apreciação de esculturas, o arquiteto concebe um espaço voltado para a ideia de trajeto, amplitude 
visual e luz (STEVENS, 2016). É uma composição aditiva em planta, que trabalha com uma forma 
matriz (quadrados) que é revolvida para determinar os limites do espaço e criar “baias” para 
abrigar as esculturas que estão sequencialmente dispostas. Há um percurso interno em espiral e 
tridimensionalmente há mudanças de nível para enriquecer o trajeto - formando um percurso 
escadaria com patamares em cinco níveis. O teto é composto por aberturas zenitais metálicas e de 
vidro que formam um padrão geométrico regular – e que enriquecem o espaço com luz e sombra, 
fazendo notar o céu. 
Figura 18 – Galeria de Esculturas: exterior. Fonte: Pinterest (2019).
Figura 19 – Galeria de Esculturas: interior. Fonte: Designboom (2019).
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Tendo em mente as imagens apresentadas e pesquisando sobre esses outros 
projetos, quais foram os partidos de projeto utilizados por Philip Johnson? São 
princípios e estruturas formais semelhantes?
Seguramente, a casa de vidro de Philip Johnson colabora para o entendimento da 
proposição do projeto residencial. Johnson, bem como Mies Van der Rohe mudam a ideia de que 
a habitação tem que contemplar “proteção e con� namento, abrigo e opacidade, espaço íntimo 
como espaço inescrutável, para, em contrapartida, apresentá-la como matéria evanescente, 
dissolvida no mundo” (FARIAS, 2017, p. 58). E o mesmo faz Lina Bo Bardi. Esse autor tratou de 
produzir uma casa que carregou novidade e inovação, tendo em mente seu contexto e tempo. A 
casa de vidro certamente questionou noções de privacidade e tecnologia, respondendo-as através 
de uma alternativa formal mínima e geometricamente re� nada, para além de uma alternativa 
espacial rica que envolveu a utilização de potenciais do entorno. Além disso, é importante 
salientar as relações propostas pelo conjunto – re� etindo sobre os signi� cados das edi� cações 
que foram construídas posteriormente, que revelam pluralidade. 
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UNIDADE
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CASAS DO ARQUITETO – VILANOVA ARTIGAS – 
SÃO PAULO, ANOS 40
PROF.A MA. CARLA MARTINS OLIVO
PROF. ME. RENAN AVANCI 
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
PROJETO ARQUITETÔNICO I - PARTE B
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Figura 20 – Primeira re sidência do arquiteto Vilanova Artigas. Fonte: Piniweb17 (2019).
Edi� cação: Primeira Residência do Arquiteto ou “Casinha” (Figura 20).
Tipo: Residência unifamiliar
Autor: João Batista Vilanova Artigas
Ano: 1942-1943
Localização: São Paulo, Rua Barão de Jaceguay, nº1149, Campo Belo.
Metragem: 1000m² (terreno) 111 m² (edi� cação)
 Maiores informações para os projetos estão podem ser encontrados no vídeo: 
Marco Artigas – Casinha (1942) e Casa Vilanova Artigas (1949) – Ocupação Vila-
nova Artigas. Direção: Laura Artigas e Pedro Gorski Olé Produções/Itaú Cultural. 
São Paulo, 2015. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=b6k8bHr-
sAls. Acesso em: 10 mar. 2019. Ainda, o projeto 15 Casas brasileiras disponibili-
za imagens, peças gráfi cas e dados sobre os projetos. Disponível em: http://www.
casasbrasileiras.arq.br/csaartigas2.html. Acesso em: 10 mar. 2019. 
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Figura 21– Segunda residência do arquiteto. Fonte: Archdaily (2019).
Edi� cação: Segunda Residência do Arquiteto (Figura 21)
Tipo: Residência unifamiliar
Autor: João Batista Vilanova Artigas
Ano: 1948-1950
Localização: São Paulo, Rua Barão de Jaceguay, nº1149, Campo Belo.
Metragem: 1000m² (terreno) 213,13 m² (edi� cação)João Batista Vilanova Artigas construiu para si duas casas que durante a década de 1940. 
O projetar para si envolve um processo de re� exão já que o projetista é o cliente, mas também 
garante a liberdade de ação, permitindo inovação em termos de forma e função. Artigas, como já 
mencionamos na Apostila de Projeto Arquitetônico parte A foi um notável arquiteto brasileiro, 
com uma produção emblemática que discutia o contexto brasileiro, sociedade, técnica, função 
e empregava uma espacialidade rica e verdadeira. As duas casas que projetou para si foram 
in� uenciadas por referenciais nacionais/internacionais diferentes. De fato, produção de Artigas 
pode ser dividida em três fases (KAMITA, 2000) – as duas primeiras fases em que se situam esses 
projetos foram de ensaio e embasamento para a expressão madura da trajetória do autor – de 
característica brutalista.
Mais informações sobre este projeto podem ser vistas em: Igor Fracalossi. Clás-
sicos da Arquitetura: Segunda residência do arquiteto / Vilanova Artigas 19 fev. 
2014. ArchDaily Brasil. Acesso em: 10 mar. 2019. Disponível em: <https://www.
archdaily.com.br/172411/classicos-da-arquitetura-segunda-residencia-do-arqui-
teto-slash-vilanova-artigas> ISSN 0719-8906. Acesso em: 10 mar. 2019.
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Considerando a produção da fase madura do arquiteto são interessantes os proje-
tos das residências em São Paulo: Casa Olga Baeta de 1956 (disponível em http://
www.spbr.arq.br/portfolio-items/reforma-casa-olga-baeta-2/. Acesso em: 10 mar. 
2019) e casa José Mário Tacques Bittencourt II, 1959 (disponível em https://www.
arquivo.arq.br/residencia-taques-bittencourt-ii. Acesso em: 10 mar. 2019). Essas 
casas em concreto, com uma estrutura marcante e sintética carregam explora-
ções do espaço como mínimo e abrigo.
A primeira residência foi produzida em 1942-43 num período recém-formado de Artigas 
em que produziu uma quantia considerável de projetos deste tipo. Os princípios para a primeira 
residência do arquiteto estavam casa norte americana reinventada pelo arquiteto de origem 
americana Frank Lloyd por Wright, de gosto mais suscetível ao da sociedade paulistana da década 
de 1930 e 1940 (BRUAND, 2005). Já a segunda residência do arquiteto, de 1948-50, apresenta a 
aproximação as ideias, espaços e forma do arquiteto franco-suíço Le Corbusier. 
As duas casas estão situadas no mesmo terreno plano de esquina, lado a lado, e não são 
casas tradicionais (Figura 22 e 23). Ambas partem de uma inquietação sobre a modernidade, 
pensando sobre o modo de habitar e sobre as atividades e as características do espaço doméstico. 
Ainda são entendimentos sobre a casa urbana (ARTIGAS, 2015). 
Há uma mudança composição familiar que subsidia os projetos – a primeira casa se 
estabelece como casa de � m de semana para o casal e a segunda casa como casa para o casal e seus 
� lhos – mas sobretudo há pensamentos, estratégias e materialidades muito distintas. A primeiro 
projeto tem um grande valor simbólico e discute o arquétipo de casa, em quanto o segundo 
entende a ideia de casa objeto (REGO, 2008).
Figura 22 – As duas casas do arquiteto pertencentes ao mesmo terreno. Fonte: Casas Brasileiras (2019).
Figura 23 – Mesmo terreno e propostas distintas. Fonte: Casas Brasileiras (2019).
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A Casinha parte de um sólido simples, um cubo de 10 metros de lado que foi fragmentado, 
“destruindo a caixa”, e recomposto de modo a criar interesse espacial e formal (como se vê 
na Figura 24). Tendo em mente os conhecimentos vistos na parte A da disciplina de projeto 
arquitetônico 1 pode-se notar que é uma experiencia aditiva de planos de piso, parede e teto 
que resultam numa volumetria � uida e horizontal (Figura 25). As posições das paredes e das 
águas do telhado são muito particulares gerando reentrâncias e saliências e apontando para a 
não existência de uniformidade, regularidade ou constância (REGO, 2008). Essas combinações 
dinamizam a forma e parecem aumentar a escala da casa – que de fato tem 102m² (CUNHA, 
2005). 
Figura 24 – Volumetria da Casinha. Fonte: Casas Brasileiras (2019).
Figura 25 – Volumetria da casinha e espacialidade horizontal. Fonte: Casas Brasileiras (2019).
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A estrutura formal da casinha interpenetra interior e exterior. Com o auxílio das aberturas 
– que em alguns momentos são janelas de esquina – nota-se vistas e perspectivas externas, em 
efeitos pitorescos. A edi� cação rompe a ortogonalidade imposta pelo terreno justapondo outra 
de 45 graus e segundo Cunha (2005, n.p.) serve para “desfazer qualquer tipo de hierarquia entre 
fachada principal, frente e fundo, desaparecendo com isso uma relação já caduca, herdada do 
período colonial, entre lote urbano e edifício” (o que se percebe a esquerda da � gura 26). 
Figura 26 – Esquema de implantação. Fonte: adaptado de Casas Brasileiras (2019).
A ideia estava em conhecer a edi� cação externamente por um passeio obliquo, indireto 
e subjetivo. Esse movimento, orienta a circulação interna da casa como uma continuidade. A 
disposição interna conduz a um passeio em espiral, onde todas as partes estão unidas entre 
si, e tem uma conexão com o exterior. As Figuras 27 e 28 fazem notar essa continuidade: nos 
ambientes de estar e jantar (e em que se vê ao fundo o bloco de lareira/banho), no dormitório 
(acima) e atelier (abaixo) desnivelados. 
Figura 27 – Os espaços adjacentes e a integração espacial. Fonte: Refúgios urbanos (2019). 
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Figura 28 – O espaço � uído e as atividades domésticas: a esquerda acesso ao dormitório, à direita sala de estar e 
jantar. Fonte: Vitruvius (2019).
É uma casa com poucas portas (apenas a de acesso principal, banheiro e de serviço) e 
com poucas paredes divisórias, em que os ambientes aparecem adjacentes e se organizam a partir 
de um ponto central que é a lareira (acoplada ao volume do banheiro). Na Figura 29 abaixo 
podemos ver a sequência de ambientes desde o acesso, que é menos rígida permitindo zonas 
espaciais mais vivas e apropriações informais, mas que, mas não deixa de ser lógica e econômica, 
pois há segmentação das funções e setorização da área molhada.
Figura 29 – Plantas e seus usos. Fonte: adaptado de Itaú Cultural (2019).
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Há uma equivalência entre a metragem dos ambientes, entendendo-se o papel integrado 
de cozinha e sala e desaparece a ideia de “área nobre e não nobre”, ou área social e de serviço, 
tradicionalmente aplicada a edi� cações de tipo residencial, ressoando numa rotina familiar mais 
informal e modesta (PEREIRA; FUJIOKA, 2015). Cunha (2005, n.p.) conta que: 
Essas mudanças na morfologia da casa determinam uma planta praticamente 
sem divisões internas, ainda que as paredes estivessem vinculadas diretamente 
à estrutura. Os outros elementos do programa, como dormitório e estúdio, são 
de� nidos por dois meio níveis, integrando tanto um ao outro – por meio de um 
pé-direito duplo – quanto à sala.
Ainda, pode haver uma proposição para a noção de privacidade anteriormente empregada. 
Nesse caso, se destaca a ideia de que o dormitório não é um ambiente estanque e con� nado, mas 
parte da integração espacial da casa - e que se comunica com estando um nível acima dos demais 
ambientes, o que se nota nas Figuras 30 e 31.
Figura 30– Corte que mostra a volumetria e a posição do dormitório. Fonte: adaptado de Casas Brasileiras (2019).
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Figura 31 – A espacialidade do repousarna casinha. Fonte: Casas Brasileiras (2019).
O pensamento empregado para a composição dos planos limites e para a disposição dos 
ambientes certamente rompe com as convenções tradicionais de fachada e volume. Há a ideia de 
formar um espaço aberto, � uido e ancorado pelo volume da lareira, e que se associa ao exterior 
pelas aberturas, uso de beirais a até mesmo pela textura dos materiais. A casa é feita em grossas 
paredes de tijolos aparentes pintados de branco que sustentam um telhado em águas de telhas 
cerâmica, há madeira e piso de pedra (Figura 32 e 33). 
Figura 32 – Os materiais e a con� guração dos planos. Fonte: Refúgios urbanos (2019).
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Figura 33 – Os materiais tradicionais e verdadeiros na fachada leste. Fonte: Casas Brasileiras (2019).
De um modo geral os princípios de projeto utilizados têm referência a arquitetura 
orgânica de Wright no esquema utilizado para as Prairie Houses (1900-1912). Bruand (2005) 
aponta que dessa referência vem princípios de projeto:
• a ideia de “modéstia aparente” no aspecto externo do edifício e na maneira de situá-lo, 
diluindo-o na paisagem;
• “preferência por materiais tradicionais” que revelam uma moral construtiva intrínseca. 
• “a rejeição do tipo standard e da estrutura modulada como base da composição 
arquitetônica” em favor da criação livre e de uma ideia de romantismo; 
• na importância do espaço interior que dita o resultado do aspecto externo;
Por sua vez, a segunda residência do arquiteto revela uma vontade diferente e princípios 
de projeto de caráter racionalista e que em certos aspectos lembram o movimento arquitetônico 
brasileiro conhecido como Escola Carioca. 
Nesse caso, o edifício se destaca por sua con� guração formal mais rigorosa e de caráter 
objetivo. O espaço tridimensional prismático revela uma precisão geométrica de referência às 
normas puristas. É uma composição esculpida que se utiliza de regularidade e de uma conformação 
em telhado borboleta (de duas águas invertidas) para formar um prisma trapezoidal e para propor 
um espaço doméstico racional e claro, como se percebe na Figura 34.
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Figura 34 – Segunda residência do arquiteto – vista externa. Fonte: Spcity (2019).
Construída de 1948-50, a casa possui o dobro de metragem da casinha, cerca de 213,13m² 
e uma planta retangular que abriga setores organizados com as funções do habitar. O acesso 
acontece pela porção central do volume, num hall aberto, após se passar por um primeiro plano 
que contempla garagem (que é posterior, de 1953) e a lavanderia (Figura 35). 
Figura 35 – Volumetria da segunda residência do arquiteto. Fonte: Spcity (2019).
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O acesso acontece por um vestíbulo que é delimitado pela lareira. Nessa porção há a 
zona de serviços. Nesse caso, a cozinha não se abre para a sala (como na casinha). Aqui, entre 
o local do comer e o do preparo há os banheiros. De fato, Rego (2008, p. 83) aponta que “temos 
mais um bloco equipamento delimitando áreas: atrás da parede hidráulica do banheiro temos as 
instalações da cozinha- pia, geladeira, fogão”. No pensamento de Artigas, o serviço não é indigno 
devendo estar escondido no espaço da casa, pelo contrário, está no seu cerne e serve para de� nir: 
de um lado áreas intimas e do outro as áreas socias, trabalho e lazer (ARTIGAS, 2015) (Figura 
36). 
Figura 36 – Esquemas de planta e corte. Fonte: adaptado de Spcity (2018).
Um pormenor: nessa casa a lareira não é um ponto de partida de concepção, mas um 
objeto autônomo implantado no estar que colabora para marcar um vestíbulo de entrada, como 
se apresenta na Figura 37. 
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Figura 37 – Estar e Jantar com a lareira ao fundo. Fonte: Archdaily (2019).
O texto de Rego (2008, p. 84:) mostra o caráter do espaço da casa e sua interpretação da 
ideia de habitar:
Um ar displicente permeia a sala, os quadros desalinhados pendurados aqui 
e acolá, contradizendo a arrumação dos móveis. Nessa nota de desalinho � ca 
registrada a vida cotidiana da casa, comprovada na lareira escurecida pelo uso, 
no globo quebrado não reposto, nas folhas secas do chão do terraço. Na extensão 
da sala que se abre ao terraço, uma mesa de alvenaria, instalada posteriormente, 
passa indicar o uso mais frequente nessa área coberta junto ao jardim.
A circulação interna se distende por uma das periferias do prisma, ligando as áreas de 
atividades distintas, de maneira funcional (como se marcou na � gura 38, com a seta vermelha e 
se mostra na Figura 39). A planta linear alongada juntamente com o teto inclinado promove no 
setor social áreas em níveis distintos – aparece numa das extremidades do prisma a possibilidade 
de um escritório num segundo pavimento e sob ele um terraço coberto, revelando um jogo de 
pés direitos duplos e simples. A circulação se rea� rma e interpenetra e comunica esses espaços, 
revelando a ideia de passeio arquitetônico (ARTIGAS, 2015) – uma das possibilidades da própria 
arquitetura de Le Corbusier.
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Figura 38 – A circulação funcional e a disposição das partes. Fonte: Archdaily (2019).
Figura 39 – Arranjo espacial entre estar, terraço e escritório. Fonte: Archdaily (2019).
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A casa tem sua implantação paralela aos limites do terreno (e a rua) faz notar um 
desligamento do entorno. Diferentemente da casinha, a segunda residência do arquiteto se volta 
para dentro – e o entorno serve como fonte de luz e vento (Figura 40).
Figura 40 – Relação exterior e interior e os materiais. Fonte: Archdaily (2019).
O espaço é materializado por uma estrutura racional e modulada – a casa é de concreto 
armado (pintado de branco) e sustentada por seis colunas. Há separação entre estrutura e vedação 
– desaparecem as janelas que se transformam em planos de vidro com caixilhos metálicos. Há 
justaposições entre materiais industrializados (sobretudo o concreto) e tradicionais (o tijolo 
pintado) e transparências e cores (CUNHA, 2005; REGO, 2008). 
A análise de condicionantes do sítio (ou forças do lugar) e estrutura formal já apontadas 
na apostila de projeto arquitetônico 1: parte A (notadas em CHING, 2008 e BAKER, 1998) se 
soma ao interesse por entender a função e os materiais/tecnologia empregados nas casas de 
Artigas. O estudo destas duas experiencias de espaço revela a importância da continuidade 
espacial para este autor. Na casinha, de 1942, ela se con� gura em uma proposta de qualidade 
fragmentária, centrípeta e pitoresca que se vincula ao terreno e na segunda casa do arquiteto, de 
1948, aparece em meio a uma proposição geométrica pura e direcional que permite imponência 
e independência do sitio. 
São utilizações de linguagens diferentes para um modo de viver não tradicional, moderno 
que remetem a racionalidade e a uma procura pela verdade nas estruturas e uso dos materiais. 
Os projetos revelam o caminho dos pensamentos do arquiteto em direção à sua maturidade e 
seguramente a� rmam que importam as relações, a apropriação, o concílio, as práticas e o espaço 
sendo a forma é resultado dessas necessidades. 
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UNIDADE
03
CASA DAS CANOAS – OSCAR NIEMEYER – 
RIO DE JANEIRO, ANOS 50
PROF.A MA. CARLA MARTINS OLIVO
PROF. ME. RENAN AVANCI 
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
PROJETO ARQUITETÔNICO I - PARTE B
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Figura 41 – Casa das Canoas – Oscar Niemeyer. Fonte:Revista AU (2012).
Edi� cação: Casa do arquiteto ou Casa das Canoas (Figura 41)
Tipo: Residência unifamiliar
Autor: Oscar Niemeyer
Ano: 1951-1953
Localização: São Conrado – Estrada das Canoas, Rio de Janeiro
Metragem: 95.8m² (pavimento inferior) 112.5 m² (pavimento superior)
O arquiteto carioca Oscar Niemeyer é um dos maiores representantes da arquitetura 
nacional. Exercitou e � rmou suas habilidades arquitetônicas ao projetar no século XX um 
grande número de obras públicas como museus, auditórios, edifícios administrativos, prédios 
governamentais, habitacionais, universidades, edifícios religiosos, bibliotecas, pavilhões e 
teatros tanto no Brasil, quanto no exterior. Contudo, dentro dessa vasta composição de obras, 
as residências unifamiliares não são muito volumosas. Embora, a primeira instância, os projetos 
residenciais do arquiteto parecem ser uma parcela trivial do seu trabalho, esta avaliação para o 
crítico Marc Dubois (2000) não é correta. Segundo ele, pode-se dizer que a Casa das Canoas é 
uma das habitações unifamiliares mais fascinantes do século XX.
A Casa das Canoas foi a segunda e última residência projetada pelo arquiteto para o seu 
uso. A primeira se deu pela concepção da Casa da Lagoa em 1942 (Figura 42) na cidade do Rio de 
Janeiro, capital onde o arquiteto nasceu em 1907. Esta primogênita moradia corresponde a uma 
arquitetura de proposta moderna. Niemeyer optou pela concepção de um morar alinhado com 
os princípios modernistas de utilização da forma pura, regular e funcional. Optou também por 
grandes aberturas lineares, por pilottis e pelo conceito de planta livre, ou seja, de uma organização 
espacial interna da residência cujas paredes não são mais elementos estruturais podendo ser 
deslocadas ou removidas sem prejuízo à estrutura da edi� cação. 
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Figura 42 – Casa da Lagoa – Oscar Niemeyer. Fonte: Fundação Oscar Niemeyer (2019).
Algum tempo depois, em 1951, Niemeyer projetou sua segunda residência – a Casa 
das Canoas. Uma moradia formalmente avessa à proposta arquitetônica da Casa do Lago e 
também longe das concepções formais das duas casas modernistas referenciais daquela época: 
a Farnsworth (1946-1950) do arquiteto Mies van der Rohe e da Glass House (1949) do arquiteto 
Philip Jhonson, ambas mencionadas anteriormente.
Essa segunda proposta residencial da casa do arquiteto se deu pela concepção de uma 
residência formalmente orgânica, de linhas curvas e distantes dos cubos propostos por Mies, 
Philip Jhonson e demais arquitetos que apostam nessa composição formal como síntese das 
questões arquitetônicas. Niemeyer dilata esse formalismo e concebe uma residência sem forma 
de� nida. A habitação é um desenho livre de linhas curvas que se apoiam em poucas paredes e 
pilares que recebem funcionalmente uma cobertura plana.
Eduardo Pizzato (2007) aponta que o uso ousado e habilidoso de curvas nos projetos de 
arquitetura é uma característica básica da obra de Oscar Niemeyer, contribuindo inclusive, para 
o seu reconhecimento como arquiteto criador de formas. Do mesmo modo, pesquisadores que 
se debruçam ao entendimento do vocabulário formal deste arquiteto, aferem para a existência de 
um conjunto de formas facilmente identi� cáveis em suas obras, como: abóbadas, lâminas curvas, 
cilindros, calotas, primas, lajes e marquises sinuosas (QUEIROZ, 2012). Todas elas, constituintes 
de uma composição propositiva mais orgânica, do que reta.
Na Casa das Canoas, a organicidade do seu desenho se dá tanto pela proposição do seu 
teto, a cobertura, quanto pela organização dos espaços, a planta.
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Niemeyer utiliza nessa proposta residencial uma laje de concreto contínua com bordos 
curvilíneos. Estes bordos avançam as paredes externas con� gurando pequenas e grandes áreas 
sombreadas que intermediam a parte externa e a interna da residência, ao mesmo tempo que � xa 
visualmente o desenho curvo da moradia. Ao compor esse desenho de cobertura, o arquiteto 
resolve as questões de incidência direta dos raios solares em seu interior além de articular espaços 
internos mais iluminados e ambientes privados que necessitam de pouca iluminação. A cobertura 
transcende a necessidade básica da proteção das intempéries e compõem uma estratégia projetual 
única de resolução do conforto térmico e lumínico do projeto residencial. Para além disso, torna-
se o elemento formal de vivacidade da casa. 
Figura 43 –Cobertura plana - Casa das Canoas. Fonte: AU (2012).
Figura 44 – Cobertura plana - Casa das Canoas. Fonte: Flickr Pablo Avincetto (2019).
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Em relação à composição e organização da planta, a organicidade dos espaços também 
é evidente. As paredes curvas, embora realcem o espírito dinâmico da laje de cobertura, não 
acompanham o mesmo desenho da mesma, criando um descompasso proposital entre a 
demarcação do piso e a laje de cobertura. Um aspecto intrigante que irá alimentar a composição 
dos espaços internos da residência que está composta em dois pavimentos. O primeiro, apresenta 
o pavimento social – salas de estar, jantar, lavabo, cozinha e área da piscina e o segundo, con� gura 
o espaço íntimo – 4 dormitórios e uma saleta. Este último, apresenta-se semienterrado no terreno 
(Figura 45).
Figura 45 – Planta pavimento inferior e social - Casa das Canoas. Fonte: Casas brasileiras (2010).
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No pavimento social e de acesso principal a residência o espaço interno é livre, apenas 
demarcado com poucas paredes curvas e os esbeltos pilares metálicos estruturais da cobertura. O 
amplo espaço social sem divisão física, livre de barreiras visuais, abre possibilidades de diversos 
arranjos do mobiliário, possibilitando que a residência se dinamize em diferentes layouts. A casa 
é um grande salão. De todo modo, Niemeyer não negligencia o funcionamento das áreas de 
serviços, pelo contrário, a cozinha, embora não esteja integrada com a sala de estar – integração 
não muito frequente nas con� gurações das casas da época – está implantada em local facilitado 
para sua função, próxima ao ambiente de refeições e com acesso a área externa de serviços. A 
cozinha da Casa das Canoas também se adequa as linhas orgânicas do arquiteto (Figura 46 e 47).
Figura 46 – Área social interna - Casa das Canoas. Fonte: AU (2012).
Niemeyer introduziu algumas estratégias projetuais que fortalecem a fl uidez e 
organização dos espaços. Segundo o autor, o arquiteto, ao projetar uma parede 
curva em um local de refeições, exigiu automaticamente o ingresso de uma mesa 
redonda. Nesse processo, você considera que o desenho das paredes parece or-
ganizar espacialmente o layout da casa? Pesquise novas imagens da residência e 
faça essa observação.
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Figura 47 – Sala social interna - Casa das Canoas. Fonte: WAN (2019).
No pavimento inferior ao setor social, encontra-se as áreas íntimas. Niemeyer utilizou-
se de uma estratégia de inversão da organização das vigentes casas da época, nas quais, 
estruturavam-se em dois andares, onde predominantemente a parte íntima da residência se 
implantava no pavimento superior. Contudo, a estratégia de Niemeyer para Canoas não foi essa. 
Segundo Santos (2003, s.p), as curvas propostas pelo arquiteto são “organicamente submissas ao 
terreno, acomodando-se entre a vegetação e as pedras, contornando obstáculos naturais a � m de 
confundir o observador sobre o que está dentro e o que está fora, sobre rupturas e continuidades”. 
A residência se moldou pelos desníveis do terreno – a � oresta da Tijuca – adaptando o 
funcionamentodos setores básicos de uma habitação de acordo com as possibilidades de locação 
no terreno. Neste contexto, aproveitar o desnível do solo para acomodar os dormitórios tornou-
se uma possibilidade vantajosa (Figura 48). 
Figura 48 – Corte transversal mostrando o desnível do terreno e a adaptação dos pavimentos - Casa das Canoas. 
Fonte: Cavalcanti (2012).
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O acesso para o pavimento inferior se dá por uma escada de um lance só. Esta circulação 
vertical está locada entre a cozinha e a grande pedra natural que compõe a con� guração plástica 
da casa, a qual trataremos adiante. A escada, por sua vez, não � ca completamente exposta no setor 
social. Parece haver uma gradação do espaço de convívio, para o espaço íntimo da residência. 
Esta gradação é provocada justamente pela con� guração de chegada do usuário até a escada que 
liga os dois pavimentos. É como se percebêssemos pelo arranjo dos ambientes do piso superior a 
ideia de que nem todos estão convidados a descer na área íntima. 
Ao avançar a escada, o usuário se depara com uma pequena saleta. A partir deste espaço 
é que os quatros quartos estão distribuídos (Figura 49 e 50).
Figura 49 – Acesso da escada ao pavimento inferior (saleta) - Casa das Canoas. Fonte: Casas brasileiras (2010).
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Figura 50 – Saleta pavimento inferior - Casa das Canoas. Fonte: Cavalcanti (2012).
Como visto, as relações de composição dos espaços internos da residência das Canoas 
adequam-se em dois pavimentos, um deles de convívio e, portanto, aberto às possibilidades de 
encontro e vivência, o outro, voltado a área íntima, de repouso, de descanso e, assim, mais isolado, 
abaixo da terra, protegido de circulações indesejadas. Esta setorização dos ambientes é comum 
em projetos residenciais que manipulam um possível funcionamento de uma casa disposta a ser 
aberta à luz do dia e recolher-se quando a noite chega. Embora essas articulações pareçam um 
tanto racionais internamente, as relações da Casa das Canoas com o espaço externo atenuam essa 
racionalidade. É possível entender que este projeto de Niemeyer é resultado da grande natureza 
que à cerca e, principalmente da monumental rocha permanente no terreno que não é desviada da 
composição do projeto, pelo contrário, a pedra é elemento estruturador da estética que resultou 
a habitação. De acordo com Dubois (2000), a força da Casa das Canoas está, em primeiro lugar, 
em sua relação com o entorno natural privilegiado. Segundo ele, a vista do mar, a presença do 
horizonte e o gabarito quase plano da Pedra da Gávea do Rio de Janeiro, de� niram o formato da 
residência. 
A relação exterior e interior da residência é percebida justamente pela ligação que a rocha 
faz com a piscina e a casa. Reparem na planta (Figura 45), observem que este elemento natural é 
participante tanto da composição externa do desenho da piscina, quanto da parte interna. Dubois 
(2000,s.p) aponta que, “a piscina ganha mais um signi� cado funcional, por causa da rocha que se 
estende até o interior da casa”. De acordo com o autor, o volume da rocha une de forma sólida a 
casa ao chão e a parte do seu exterior com o seu interior. 
Para além dessa conexão estrutural por meio da pedra, as relações externas e internas são 
evidenciadas pela transparência que Niemeyer pensou para a residência. Embora a transparência 
fosse um desejo do arquiteto, alguns espaços não receberam aberturas. Esse jogo de janelas 
� uente, como diz Dubois (2000), possibilitou o controle da paisagem a ser vista e da paisagem 
que de certo modo não seria contemplada.
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Minha preocupação foi projetar minha residência com inteira liberdade, 
adaptando-as aos desníveis do terreno, sem o modi� car, fazendo-a em curvas, 
de forma a permitir que a vegetação nela penetrasse, sem a separação ostensiva 
da linha reta. E criei para sala de estar uma zona de sombra, para que a parte 
envidraçada evitasse cortinas e casa � casse transparente como preferia” 
(NIEMEYER apud SANTOS, 2003).
Figura 51 – Integração interior e exterior - Casa das Canoas. Fonte: Cavalcanti (2012).
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Figura 52 – Integração interior e exterior - Casa das Canoas. Fonte: Cavalcanti (2012).
Assim, a Casa das Canoas é um projeto fundamental de análise e debruço sobre as 
possibilidades e estratégias de partido na concepção de um projeto residencial que priorize 
as relações com o seu entorno físico, com o seu espaço vizinho. Ao mesmo tempo, sugere 
possibilidades de composição sinuosa, menos regular, atenta à administração do desenho das 
curvas que possibilitam a construção de espaços em movimento e menos estáticos. Canoas, é 
uma casa para ser vista e estudada.
Assista o vídeo de passeio a Casa das Canoas. 
https://www.youtube.com/watch?v=ASZ9nPqnbrw
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UNIDADE
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CASA EX OF IN – STEVEN HOLL – 
ESTADOS UNIDOS, ANOS 2010
PROF.A MA. CARLA MARTINS OLIVO
PROF. ME. RENAN AVANCI 
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
PROJETO ARQUITETÔNICO I - PARTE B
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Figura 53 – Casa Ex of In – Steven Holl. Fonte: Archidaily (2017).
Edi� cação: Casa Ex of In (Figura 53)
Tipo: Residência unifamiliar
Autor: Steven Holl
Ano: 2016
Localização: Rhinebeck, Estados Unidos
Metragem: 85.5m²
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A última casa a ser apresentada nesse compêndio de obras correlatas residenciais é a 
Casa Ex of In do arquiteto estadunidense Steven Holl. A escolha dessa, assim como das demais 
casas, estão voltadas ao entendimento do espaço do morar, ou melhor dizendo, da desconstrução 
do espaço de morar vigente e reconhecido na arquitetura da maior parte das moradias na 
quais habitamos, visitamos e vemos. Entendemos que a percepção e análise dos projetos dessas 
residências suscitam o debate sobre o espaço e a plástica arquitetônica que ele resulta. Atenta-se 
ao entendimento da função do edifício por meio dos seus ambientes e relações, bem como, da 
exploração sobre sua arquitetura e intenções plásticas.
A ideia da apresentação da casa contemporânea de Steven Holl, a Casa Ex of In, abarca as 
possibilidades de re� exão sobre a função, a plástica e as sensações in� uenciadas pela arquitetura. 
Mesmo porque, Steven Holl busca transcender a experiência humana através de projetos dedicados 
ao lugar e as especi� cidades programáticas que lhe são exigidas (MACLEOD, 2016). Para Steven 
Holl, os fenômenos das espacialidades dos ambientes, a luz do sol que penetra dentro do edifício 
e até mesmo a cor dos re� exos dos materiais, tanto na parede, quanto no chão estão, todos em 
uma relação integral, ou seja, todas as questões como, luz, programa, função, conforto térmicos, 
plástica e demais condicionantes que abrange o projeto con� guram parte de uma unidade. O 
edifício passa a ser resultado integral dessas condicionantes (MACLEOD, 2016). Para Guardado 
(2013, p. 43), o escritório de Steven Holl “pretende ancorar cada obra ao lugar e às circunstâncias 
do sítio sempre aliado aos princípios base do tempo, do espaço, da luz e dos materiais”. 
A Casa Ex of In, projetada recentemente pelo arquiteto, pode ser síntese de todo esse 
pensamento introdutório e geral sobre a arquitetura defendida pelo arquiteto. Segundo eles, esta 
casa é uma manifestação construída e materializada de um projeto de pesquisa e desenvolvimento 
desde 2014 chamado Explorations of In (Exploração do Interior). 
Resumidamente, esta pesquisa formata sete pontos que contribuem para a exploração do 
interiorna arquitetura, dos clichês das linguagens arquitetônicas e da prática comercial (HOLL, 
2019). Todos esses pontos reunidos pela expressão “In”: Os sete pontos são: 
1. Estudar a arquitetura livre do puramente objetivo.
2. É a partir das origens da arquitetura que se explora seu interior.
3. “In”: todo espaço, é espaço sagrado.
4. A arquitetura do “In” domina espaço através de outro espaço.
5. O Intrínseco “In” é uma força elementar da beleza sensual.
6. “In” é inútil, mas será utilizado no futuro. O propósito, encontra o “in”.
7. O que contém não é o que está contido.
Como visto, Holl estabelece sete pontos que procuram explorar as dinâmicas de 
entendimento e concepção do espaço interior. Essa exploração, fruto do projeto de pesquisa em 
desenvolvimento pelo próprio arquiteto, torna-se complexa nesta inicial fase de aprendizado 
sobre os processos que envolvem o método e o entendimento da ação de projetar e conceber um 
edifício. Trataremos esses pontos em um outro momento com maior maturidade arquitetônica. 
Todavia, a apresentação deste item em conformidade com a residência Ex of In a qual nos 
dispomos estudar, é de fundamental importância para a compreensão de que o projeto de uma 
residência e de sua concepção não é assim tão arbitrário, tão preso ao gosto do arquiteto. O 
que este estudo demonstra é o espaço do morar, do interior do edifício residencial que está em 
constante estudo e observação.
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Figura 54 – Croqui da Casa Ex of In – Steven Holl. Fonte: Archidaily (2017).
A Casa Ex of In é uma casa experimental, criada para con� gurar-se como uma casa 
de hóspede (cinco pessoas) e também pensada como alternativa para as casas suburbanas 
contemporâneas que se espalham na cidade. Compacta em 85 m², a casa possui uma geometria 
irregular e multifacetada por excêntricas aberturas que dinamiza o alto e o baixo por meio de 
inclinações de paredes, cobertura e manipulações do piso em sua parte interior (HOLL, 2019). 
Todo o espaço interno acaba sendo uma grande brincadeira para atender aos usuários. Nas 
palavras do arquiteto, um edifício deve oferecer mais quando você entra nele do que quando 
você o vê de fora (ARCHIDAILY, 2019).
Pelo lado externo, a casa tem uma proposta escultural, ainda mais que se encontra 
implantada isolada em um grande espaço gramado. Dentre as fachadas da residência, pode-
se a� rmar que nenhuma é igual entre si. Cada elevação possui um tratamento em relação ao 
posicionamento das vedações e dos seus sistemas de aberturas - janelas. Em expressão didática, 
podemos dizer que a residência se con� gura com um grande cubo de madeira escavada e talhada 
em especí� cos lugares. Esses recortes criam espaços que re� etem uma arquitetura voltada tanto 
para o seu lado externo, quanto para o seu interior. 
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Figura 55 – Aberturas da Casa Ex of In – Steven Holl. Fonte: Sustentarqui (2017).
Figura 56 – Aberturas da Casa Ex of In – Steven Holl. Fonte: Sustentarqui (2017).
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Como já pode ser observado, a residência de Steven Holl apresenta uma geometria mais 
complexa em relação às casas que vínhamos estudando nas outras unidades. Mesmo a Casa de 
Canoas, que se con� gura por meio de uma arquitetura mais orgânica, ainda assim, torna-se mais 
legível e de claro entendimento que esta residência. Conforme a � gura anterior, Holl, utiliza cada 
espaço, cada aresta e cada ângulo para propor um espaço mínimo que possa abrigar uma função 
ou várias delas. Cada “canto”, também é pensado para receber uma determinada luz natural, por 
meio de uma especí� ca abertura com um particular desenho. A casa ganha particularidades 
que são de� nidas pontualmente, re� etindo na composição de uma arquitetura resultante mais 
da concepção dos seus espaços internos, do que o contrário, ou seja, da ideia de que um projeto 
precise começar por fora. Steven Holl articula e concebe o interior da residência e suas aberturas, 
adições e subtrações, o que irá compondo a sua parte externa por meio das aberturas das janelas, 
inclinações e propostas dos materiais.
O acesso à residência se dá por meio de um hall con� gurado por um vazio em formato 
de esfera, conforme mostra o esquema representado na Figura 57. A própria porta de acesso 
principal já re� ete essa volumetria circular no desenho de sua esquadria. O acesso pelo hall 
também não está no mesmo nível de todo o pavimento superior. É possível, a partir dele, tanto 
descer para a sala comum, quanto subir para os demais ambientes.
Figura 57 – Hall esférico de acesso a Casa Ex of In – Steven Holl. Fonte: Archidaily (2017).
Em relação às quatro pequenas residências apresentadas entre as unidades. De 
quais delas você poderia ser o arquiteto? Quais as características delas que se 
aproximam com seu ideal de espaço de moradia? Qual delas você considera a 
mais excêntrica e porquê? Pare um instante e pense, refl ita sobre, talvez, essas 
quebras de paradigmas que estamos buscando mostrar para vocês.
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Portanto, a partir do hall de entrada é possível descer para a sala de estar e da sala de estar 
têm-se o acesso à cozinha e ao banheiro social. Da abertura da sala de estar é possível contemplar 
um espelho d’água que passa a compor tanto a parte externa da residência, quanto a parte interna. 
O formato desses ambientes no nível abaixo do hall possui uma volumetria mais regular, contudo, 
a dinamicidade da geometria está justamente no jogo dos vários desenhos proporcionados pelas 
esquadrias, bem como a percepção do usuário com as escalas das alturas destes espaços (Figura 
58).
Figura 58 – Planta baixa pavimento inferior Casa Ex of In – Steven Holl. Fonte: Archidaily (2017).
No piso superior, encontra-se uma espécie de mezanino que ainda passa a abrigar as 
diversas funções que uma pequena residência pode ter. A grande questão é que embora a casa 
seja uma residência para hóspede, ela não mantém exclusivamente nenhum quarto nos moldes 
de espaço fechado e recluso. É como se ela atendesse as funções do dormir de cada usuário 
de maneira aberta. Possivelmente, uma grande desconstrução do planejamento físico das casas 
habituais. 
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Figura 59 – Planta baixa pavimento superior - mezanino Casa Ex of In – Steven Holl. Fonte: Archidaily (2017).
Figura 60 – Maquete física monocromática Casa Ex of In – Steven Holl. Fonte: Archidaily (2017).
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Para conhecer melhor o projeto da Casa Ex of In é possível assistir um docu-
mentário produzido pelo Spirit of Space, explicam os conceitos fundamentais e 
o objetivo que norteou a construção deste projeto. Segue o link: https://vimeo.
com/199345992?utm_medium=website&utm_source=archdaily.com.br
Portanto, a Casa Ex of In demonstra como a arquitetura pode ser dinâmica sem exatamente 
ser orgânica. Demonstra o fato que pode ser pensar em todos os cantos e faces do edifício e 
buscar uma identidade singular e elementar para essas faces e espaços. Ressalta a importância 
dos desenhos das aberturas como parte de composição estética da forma, bem como, das adições 
e subtrações que moldam e estruturam a arquitetura a qual se pretende mostrar.
CONCLUSÃO
O objetivo com a apresentação desses quatro projetos foi demonstrar algumas 
possibilidades da concepção de projetos residenciais unifamiliares. A partir deles é possível 
compreender algumas estratégias básicas que podem auxiliar na construção do projeto nessa fase 
inicial do curso como:
• Entendimentosobre a forma e mais variadas possibilidades de composição do espaço 
que ela possa oferecer. 
• Compreensão das relações do projeto com as áreas externas e internas. 
• Sistemas de aberturas e importância diante as possibilidades de proteção solar e 
transparência da paisagem.
• Separação das funções domiciliares por meio de pavimentos e por ambientes, sejam eles 
integrados ou compartimentados em vários espaços.
• A materialidades e diversidade de composições estéticas nas escolhas dos revestimentos 
que irão vestir os edifícios.
• Escalas de apropriação residencial. Percepção física das escalas e das áreas dos ambientes. 
Dimensionamento.
• Relação do projeto com o partido e conceito buscado pelo arquiteto para a materialização 
das residências.
Assim, conseguimos apreender estes e demais pontos que começarão a fazer parte do 
repertório de projeto e de processo projetual que se inicia agora.
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