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Os gêneros textuais são os textos materializados que encontramos em nossa vida diária. Um gênero textual vai pertencer a determinado tipo (narrativo, descritivo, expositivo, injuntivo, argumentativo) a partir de sua finalidade e das características internas do texto: aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais etc. Gêneros e tipos textuais TIPO TEXTUAL OBJETIVO CARACTERÍSTICAS EXEMPLOS Narrativo Contar, dizer os fatos, os acontecimentos. Verbos de ação no pretérito. Orações adverbiais temporais , causais. Advérbios locativos. Romance, conto, relato pessoal, notícia – crime, boletim de ocorrência, etc... Descritivo Construir conhecimento classificatório sobre um indivíduo, um objeto. Verbos de estado: ser, estar, parecer. Adjetivos e locuções Adjetivas. Anúncios classificados, laudo técnico... Sequências descritivas são muito comuns em todos os gêneros narrativos. Expositivo, Dissertativo-expositivo Expor informações, conceituar. Explicar sobre determinado assunto. Linguagem clara e impessoal. Verbos no presente do indicativo. Predomínio da 3ª pessoa. Seminário, reportagem, verbete de enciclopédia... Dissertativo, Argumentativo, Dissertativo-arg. Convencer, persuadir por meio de argumentos lógicos e coerentes. Verbos no presente do indicativo. Tese e argumentos. Debate, editorial, dissertação de mestrado, artigo de divulgação cientifica... Injuntivo, Prescritivo Dizer a ação , desejada. Levar o outro a agir. Verbos - imperativo, infinitivo. Manual de instrução, leis, decretos, intimação... Um gênero textual muitas vezes é composto por mais de um tipo textual. No entanto, sempre há a predominância de um. Quando um gênero apresenta várias sequências tipológicas, Luiz Antônio Marcuschi, grande pesquisador dos gêneros textuais, chama de heterogeneidade tipológica. Heterogeneidade tipológica Os Gêneros e Tipos textuais no âmbito jurídico No Direito, é de grande relevância o que se denomina tipologia textual: narração, descrição, dissertação (argumentação) e injunção. O que torna essa questão de natureza textual importante para o direito é sua utilização na produção de peças processuais, como a petição inicial, que apresenta diferentes tipos de texto, a um só tempo. Para melhor compreender essa afirmação, observe o esquema da petição inicial e perceba como essa peça pertence a um tipo textual híbrido do discurso jurídico, o que exige do profissional do direito o domínio pleno desse conteúdo. Antes, porém, vejamos a definição desse gênero textual. Gênero textual petição inicial Segundo o próprio sentido do adjetivo inicial, a locução exprime a petição que se faz inicialmente para um começo de um litígio. É, pois, o primeiro requerimento dirigido pelo advogado à autoridade judiciária, para que, segundo os preceitos legais, inicie-se o processo. A lei processual estabelece as condições de sua formação, as quais se constituem em requisitos legais pertinentes à sua forma. A falta desses requisitos ou a sua elaboração de modo desordenado, confuso, sem clareza, sem coerência, inquina a petição de inepta, levando-a à preclusão. Em uma peça processual, poderá ocorrer, a um só tempo, mais de um tipo textual. Vejamos o exemplo em uma petição inicial: Narração Argumentação Objetivo Expor os fatos relevantes do caso concreto a ser solucionado no Judiciário. Defender uma tese compatível com o interesse da parte que o advogado representa para sustentação do pedido que se pretende ter acolhido pelo judiciário. Importância do fato Cada fato representa uma informação que compõe a situação fática a ser conhecida pelo judiciário. O fato narrado é interpretado à luz do ordenamento jurídico e transformado em elemento de persuasão que é o raciocínio, para sustentação da defesa da tese. Tempo verbal utilizado O pretérito é o tempo fundamental. O presente é usado para os fatos que se iniciaram no passado e que perduram até o momento da narração. O futuro não é utilizado porque fatos futuros são incertos, hipotéticos. Presente atemporal. Pretérito Perfeito: só deve ser usado para retomar os fatos (provas / indícios) relevantes da narrativa jurídica, com os quais se defenderá a tese Observe, agora, o quadro abaixo para compreender melhor as diferenças estruturais entre a construção de um texto narrativo e de um texto argumentativo. Narração Argumentação Pessoa do discurso Utiliza-se a 3ª pessoa do singular por marcar a imparcialidade do advogado, passando, assim, maior veracidade aos fatos narrados. Utiliza-se a 3ª pessoa do singular em busca de maior persuasão e veracidade para os argumentos formulados. Organização Os fatos são narrados e descritos em ordem. Pretéritos (perfeito, imperfeito, mais-que-perfeito), porque todos os fatos narrados já ocorreram. O presente é usado somente cronologicamente, isto é, na mesma ordem em que aconteceram no mundo natural. (= relógio/calendário) Os argumentos são organizados em uma linha de raciocínio lógica, coerente e coesa em busca da persuasão do auditório. É de grande relevância a consistência do raciocínio e a evidência das provas. Elementos Constitutivos da narrativa O quê? (fato gerador do conflito/pedido); quem? (partes processuais); onde? (local do fato); quando? (momento do fato: dia, mês, ano); como? (modo como os fatos ocorreram); por quê? (nexo de causalidade/razão/motivo/consequência). Estrutura da argumentação O fato gerador do conflito (nexo causal), apresentação explícita da tese a ser defendida, construção de argumentos fortes ou consistentes, a partir dos fatos relevantes selecionados para sustentação da tese a ser apresentada, seleção dos tipos de argumentos para defesa da tese de forma persuasiva. Natureza do texto A narrativa possui função informativa, mas é também entendida como um excelente recurso persuasivo a serviço da argumentação. A argumentação tem função persuasiva por excelência. O Autor celebrou contrato de locação com o réu, em 29 de setembro de 2014, por prazo indeterminado, do imóvel localizado na Rua Francisco Rocha, nº 49, em Angra dos Reis, Rio de Janeiro, pagando aluguel de R$2000,00 (dois mil reais) com vencimento todo dia 20 de cada mês. O Réu deixou de pagar os aluguéis dos meses de abril, maio e junho de 2015, perfazendo o total de R$ 6.000,00 (seis mil reais), conforme demonstrativo em anexo. Nos parágrafos apresentados, podem ser destacados os seguintes elementos da narrativa: O quê? Contrato de locação. Quem? Partes processuais: Autor e Réu. Como? Modo como os fatos aconteceram: narrativa propriamente dita. Onde? Angra dos Reis (Rio de Janeiro). Quando? 29 de setembro de 2014. Por quê? Inadimplência do Réu. Elementos constitutivos da narrativa Identifique se os excertos, a seguir, são narrativos ou argumentativos, justificando a sua resposta, com alguns fragmentos do próprio texto em análise. Para realizar essa proposta de trabalho, consulte o esquema apresentado. Fragmento 1 Augusto ajuizou Ação em face de seu vizinho Germano, alegando, em linhas gerais, que o Réu lhe esbulhou uma parte de seu terreno onde existe um córrego com água potável e um abrigo para vacas leiteiras. Pede liminarmente a reintegração de posse, dizendo que houve violência, que a invasão se deu durante a noite - clandestinamente, portanto - e que isso lhe trouxe crescentes prejuízos. Em sua Petição Inicial, seu advogado explicou os fatos e, entre outros argumentos, justificou, a partir dos prejuízos, a necessidade de obter jurisdição de urgência. Exercícios Fragmento 1 O fragmento é predominantemente narrativo, pois narra fatos com verbos empregados no pretérito. “Augusto ajuizou Ação...” Fragmento 2 O alimentando não presta ao alimentado os alimentos indispensáveis à sua subsistência na forma da lei civil, razão por que está passando por privações. O alimentando encontra-se em situação estável, trabalhando atualmente como mecânico autônomo e percebe a quantia aproximada de R$1500,00 (hum mile quinhentos reais) mensais. Fragmento 3 Depreende-se da narrativa autoral que o que se pretende com a presente insurgência é discutir problemas familiares, revolvendo questões antigas e atritos/mágoas que sempre existiram e que estavam limitadas ao âmbito familiar, trazendo o Autor um desabafo emocional, mas, sem o menor constrangimento, expôs a público a privacidade de parte de seus familiares, maculando a imagem e a intimidade destes, desconsiderando o Autor a sua própria assertiva em Inicial, roupa suja se lava em casa. (Anexo II, item 17 , fl. 146). Fragmento 4 O Autor afirmou que o Réu bloqueou a conta da empresa, impedindo-lhe de pagar fornecedores, empregados e impostos. Além disso, o Autor assegurou que o Réu teria cometido uma grave ilegalidade, pois abriu uma filial da empresa de sua mãe, Chique- Chique, supostamente concorrente, no mesmo endereço da empresa que é sócio com o autor, sem qualquer tipo de autorização prévia e utilizou-se de toda a estrutura de maneira completamente ilegal, com a intenção de vender a carteira de clientes da empresa, no escopo de encerrar suas atividades, asfixiar o autor financeiramente, e usurpar a estrutura e credibilidade do ponto comercial para instalar uma filial de sua empresa em Brasília. Fragmento 2 O alimentando não presta ao alimentado os alimentos indispensáveis à sua subsistência na forma da lei civil, razão por que está passando por privações. O alimentando encontra-se em situação estável, trabalhando atualmente como mecânico autônomo e percebe a quantia aproximada de R$1500,00 (hum mil e quinhentos reais) mensais O fragmento é predominantemente argumentativo, pois há um posicionamento, uma tese acerca do alimentando em relação ao alimentado. Os fatos que comprovam o não cumprimento da obrigação jurídica entre alimentado e alimentando são utilizados como elementos de provas. “O alimentando não presta ao alimentado os alimentos indispensáveis à sua subsistência na forma da lei civil...” ( Tese). Fragmento 3 Depreende-se da narrativa autoral que o que se pretende com a presente insurgência é discutir problemas familiares, revolvendo questões antigas e atritos/mágoas que sempre existiram e que estavam limitadas ao âmbito familiar, trazendo o Autor um desabafo emocional, mas, sem o menor constrangimento, expôs a público a privacidade de parte de seus familiares, maculando a imagem e a intimidade destes, desconsiderando o Autor a sua própria assertiva em Inicial, roupa suja se lava em casa. (Anexo II, item 17 , fl. 146). O fragmento é predominantemente argumentativo, pois há um posicionamento, uma tese acerca da narrativa autoral de uma ação. Além disso, utiliza-se de argumentos para justificar a tese apresentada. “Depreende-se da narrativa autoral que o que se pretende com a presente insurgência é discutir problemas familiares, revolvendo questões antigas e atritos/mágoas...” Fragmento 4 O Autor afirmou que o Réu bloqueou a conta da empresa, impedindo-lhe de pagar fornecedores, empregados e impostos. Além disso, o Autor assegurou que o Réu teria cometido uma grave ilegalidade, pois abriu uma filial da empresa de sua mãe, Chique- Chique, supostamente concorrente, no mesmo endereço da empresa que é sócio com o autor, sem qualquer tipo de autorização prévia e utilizou-se de toda a estrutura de maneira completamente ilegal, com a intenção de vender a carteira de clientes da empresa, no escopo de encerrar suas atividades, asfixiar o autor financeiramente, e usurpar a estrutura e credibilidade do ponto comercial para instalar uma filial de sua empresa em Brasília. O fragmento é predominantemente narrativo, pois narra fatos com verbos empregados no pretérito. “O Autor afirmou que o Réu bloqueou a conta da empresa, impedindo-lhe de pagar fornecedores, empregados e impostos...” Fragmento 5 Não se duvida de que é de clareza solar que o Autor utiliza seus petitórios para expor sua interpretação distorcida, aleatória e até leviana do indigitado e-mail, com ilações inverídicas e extremamente distanciadas da verdade e do intento da Ré, que buscou apenas relatar fatos ocorridos no âmbito familiar e demonstrar o seu amargor e repulsa com a ofensa à sua honra, pois foi chamada de ladra pelo Autor, buscando, assim, e precipuamente, alertar que novas desavenças familiares poderiam ocorrer, em razão de determinadas posturas do Autor, como a que se instaurou com a propositura da presente ação. Fragmento 6 Assim, resta evidente que a requerida, ao aliciar o cantor Zeca Pagodinho ainda na vigência do contrato e veicular a campanha publicitária com referência direta à campanha produzida anteriormente pela autora, causou-lhe prejuízos, porque, por óbvio, foram inutilizados todos os materiais já produzidos pela requerente com tal campanha e perdidos eventuais espaços publicitários já adquiridos e não utilizados. Fragmento 5 Não se duvida de que é de clareza solar que o Autor utiliza seus petitórios para expor sua interpretação distorcida, aleatória e até leviana do indigitado e-mail, com ilações inverídicas e extremamente distanciadas da verdade e do intento da Ré, que buscou apenas relatar fatos ocorridos no âmbito familiar e demonstrar o seu amargor e repulsa com a ofensa à sua honra, pois foi chamada de ladra pelo Autor, buscando, assim, e precipuamente, alertar que novas desavenças familiares poderiam ocorrer, em razão de determinadas posturas do Autor, como a que se instaurou com a propositura da presente ação. O fragmento é predominantemente argumentativo, pois há um posicionamento, uma tese acerca da atitude do Autor da ação. Além disso, utiliza-se de argumentos para justificar a tese apresentada e verbos no presente. “...o Autor utiliza seus petitórios para expor sua interpretação distorcida, aleatória e até leviana do indigitado e-mail...” ( Tese). Fragmento 6 Assim, resta evidente que a requerida, ao aliciar o cantor Zeca Pagodinho ainda na vigência do contrato e veicular a campanha publicitária com referência direta à campanha produzida anteriormente pela autora, causou-lhe prejuízos, porque, por óbvio, foram inutilizados todos os materiais já produzidos pela requerente com tal campanha e perdidos eventuais espaços publicitários já adquiridos e não utilizados. No trecho predomina a argumentação, uma vez que defende uma tese sobre fatos ocorridos com o cantor Zeca Pagodinho. Além disso, utiliza-se de argumentos para justificar a tese. “...a requerida, ao aliciar o cantor Zeca Pagodinho ainda na vigência do contrato e veicular a campanha publicitária com referência direta à campanha produzida anteriormente pela autora, causou-lhe prejuízo...” ( Tese). Questão 2: objetivas. 1. No contexto da temática Tipologia textual e Narrativa Jurídica, identifique a opção que apresenta a correspondência adequada/correta entre característica e tipologia textual: A) Narração: um texto narrativo possui os elementos indispensáveis da narrativa (O quê? Quando? Como? Onde? Quem? Por quê?). B) Argumentação: pode aparecer na narrativa jurídica simples. C) Narração: um texto narrativo jamais poderá apresentar uma outra tipologia textual. D) Descrição: um texto descritivo sempre aparece com a tipologia textual argumentação. E) Argumentação: um texto argumentativo não poderá apresentar modalizadores. 2. Analise o fragmento extraído de uma Petição Inicial e indique a que tipo textual pertence. DOS PEDIDOS: Ante o exposto, requer a Vossa Excelência: a) A procedência da ação para condenar a Ré a efetuar o pagamento ao Autor na importância de R$ 10.000,00 (dez mil reais), acrescidos de juros e correção monetária; b) A condenação da requerida ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios na forma da lei; c) A citação do representante legal da pessoa jurídica que figura no polo passivo para, querendo, no prazo legal, contestar a ação. A) Narrativo. B) Injuntivo. C) Dissertativo-argumentativo. D) Descritivo. E) Dissertativo-expositivo. 1) A 2) B 3. Complete as lacunas e marque a opção correta. O texto__________tem como principal objetivo contar um fato. Uma de suas principais características é a organização dos eventos na linha do tempo, de forma cronológica ou acronológica. Nesse sentido, difere-se do texto_________, cujas informações (objetivas ou subjetivas) não precisam observar qualquer ordem determinada. Um terceiro tipo de texto, marcado pela defesa de uma tese, é o_______. Esse ponto de vista normalmente é sustentado por meio de argumentos que o validam. A) Narrativo – descritivo – argumentativo. B) Injuntivo – descritivo – argumentativo. C) Narrativo – argumentativo – injuntivo. D) Injuntivo – argumentativo – narrativo. 4) Identifique o tipo textual predominante na produção abaixo. Requer seja julgado procedente o pedido de condenação da Ré ao julgamento de reparação pelos danos materiais sofridos pelo autor, no valor de R$ 30.000,00 ( trinta mil Reais), compreendendo a indenização pelo veículo danificado e pelas despesas médicas até a presente data. A) Narração. B) Descrição. C) Argumentação. D) Injunção. 3) A 4) D 5.Assim como na questão anterior, identifique o tipo textual predominante na produção abaixo. Uma pessoa trafegava com sua moto em alta velocidade por uma avenida, a mais ou menos 100 km/h. Essa avenida fica dentro de um bairro movimentado e cheio de sinais. O condutor estava drogado e totalmente alcoolizado, sem qualquer condição de discernir e reagir a eventos que ocorressem na pista. A) Narração. B) Descrição. C) Argumentação. D) Injunção. 5) B 6. Sabemos que uma produção textual dificilmente conterá um único tipo de texto, puro, que não observe quaisquer das características que marcam os demais tipos textuais. Nesse sentido, dizemos que é comum termos um tipo textual a serviço de outro. É possível, porém, falar em predominância. Qual o tipo textual predominante na produção abaixo? Edson Izidoro Guimarães, 42 anos, auxiliar de enfermagem, foi preso em 07 de maio de 1999, sob a acusação de ter matado cinco pacientes em estado grave na UTI do hospital Salgado Filho, no Méier, crimes por cuja prática foi indiciado. A direção do hospital, desconfiada do número elevado de mortes em determinados plantões, chamou a polícia após a morte de cinco pacientes em 04 de maio de 1999, no plantão de Edson. Segundo a direção do hospital, nos três plantões anteriores em que Edson trabalhara, não houve óbitos. Comunicado sobre o fato, Ronaldo Gazola, Secretário Municipal de Saúde, solicitou audiência especial com o Secretário de Segurança Pública, coronel PM Josias Quintal, em 03 de maio de 1999, o qual infiltrou policiais no hospital no dia seguinte. O coronel informa que foi ouvida uma auxiliar de limpeza, não identificada, que afirmou ter visto Edson aplicar uma injeção em um paciente que morreu em seguida. Dada a voz de prisão a Edson, às 9h, não houve reação por parte do auxiliar. A) Descrição. B) Exposição. C) Narração. D) Argumentação. 6) C 7. Assim como na questão anterior, identifique o tipo textual predominante na produção abaixo. O “rol familiar” constante da Lex Fundamentalis brasileira não é exaustivo. O legislador se limitou a citar expressamente as hipóteses mais usuais, como a família monoparental e a união estável entre homem e mulher. Todavia, a tônica da proteção não se encontra mais no matrimônio, mas sim na família. O afeto terminou por ser inserido no âmbito de proteção jurídica. Como afirma Zeno Veloso, “num único dispositivo o constituinte espancou séculos de hipocrisia e preconceito”. Dessa forma, mais uma vez, deve-se dizer que o panorama constitucional não deve ser tido como taxativo, mas sim exemplificativo. Assim, o caput do art. 226 da Carta Magna brasileira deve ser vislumbrado como cláusula geral de inclusão, devendo-se impedir a exclusão de qualquer entidade que ateste os pressupostos de ostensibilidade, estabilidade e afetividade. A) Narração. B) Descrição. C) Argumentação. D) Injunção. 7) C 8. Leia o caso concreto abaixo e identifique os seguintes elementos da narrativa: O quê? Quem? Onde? Quando? A professora Maria Mesquita, de 52 anos, foi assassinada a tiros ontem à tarde por seu ex-marido, no bairro de Lourdes, Zona Sul de Belo Horizonte. O quê? Um assassinato. Quem? Maria Mesquita (vítima) e o ex-marido (Réu). Onde? No bairro de Lourdes, Zona Sul de Belo Horizonte. Quando? Ontem à tarde. Clique para editar o texto mestre Segundo nível Terceiro nível Quarto nível Quinto nível 12/09/19 Clique para editar o título mestre Clique para editar o título mestre 12/09/19
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