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Yahanna Estrela Medicina – UFCG FARMACOLOGIA FARMACOLOGIA DO SNC ANTIDEPRESSIVOS DEPRESSÃO ✓ Distúrbios físicos, mentais e emocionais; ✓ Antidepressivos: alívio de sintomas – intensidade, tendência ao suicídio e aumenta a velocidade de normalização; ✓ Pode ser usado em situação de ansiedade e transtorno de humor bipolar (THB). TEORIAS DE CAUSAS BIOQUÍMICAS ✓ Papel das monoaminas neurotransmissoras como dopamina, norepinefrina e serotonina: ▪ A dopamina não tem um significado tão importante no que diz respeito à depressão. Ela está relacionada com a Doença de Parkinson. ✓ Deficiências genéticas na atividade funcional dos neurotransmissores: ▪ Não funcionamento ou diminuição da liberação de neurotransmissores. ✓ A maioria dos fármacos antidepressivos residem em cima das seguintes monoaminas: noradrenalina e serotonina. Podem atuar inibindo a enzima que degrada esses neurotransmissores ou bloqueando os receptores nos quais eles poderiam atuar. SINTOMAS PATOLÓGICOS DA DEPRESSÃO ✓ “Baixo astral”; ✓ Perda de interesses em coisas que antes costumava apreciar; ✓ Ansiedade; ✓ Embotamento emocional; ✓ Problemas de concentração e memória; ✓ Delírios e alucinações; ✓ Suicídio (10-15%). SINTOMAS FÍSICOS DA DEPRESSÃO ✓ Problemas relativos ao sono; ✓ Lentidão física e mental; ✓ Aumento e ausência de apetite; ✓ Aumento ou perda de peso; ✓ Desinteresse em sexo; ✓ Cansaço, constipação; ✓ Irregularidades na menstruação. GATILHOS DA DEPRESSÃO ✓ Mortes; ✓ Problemas com cônjuge, divórcio; ✓ Aprisionamento; ✓ Lesões, doenças; ✓ Desemprego, demissão, aposentadoria. DOENÇAS RELACIONADAS COM A DEPRESSÃO ✓ Alcoolismo; ✓ Alteração na neurotransmissão cerebral; ✓ Doenças de Parkinson; ✓ Problemas Cardíacos; ✓ Esclerose múltipla; ✓ Diabetes; ✓ Hipotireoidismo; ✓ Entre outras. TIPOS DE DEPRESSÃO E TERAPÊUTICA ✓ Leve: mudanças de vida; ✓ Moderada: mudanças de vida + auxilio médico; ✓ Grave: urgência no tratamento → acompanhamento psiquiátrico + psicoterapia. TIPO CARACTERÍSTICAS DIAGNÓSTICAS COMENTÁRIOS REATIVA Perda (eventos vitais adversos), doença física importante (infarto, câncer). Drogas (anti- hipertensivas, álcool, hormônios), outros distúrbios psiquiátricos (senilidade). Mais de 60% de todas as depressões. Síndrome depressiva nuclear: depressão, ansiedade, queixas somáticas, tensão, culpa. Pode responder espontaneamente ou a diversos procedimentos terapêuticos. DEPRESSÃO ENDÓGENA (MAIOR) Evento vital precipitante não adequado ao grau de depressão. Autônoma (não responde a mudanças na vida). Pode ocorrer a qualquer idade, desde a infância à velhice. Determinada biologicamente (história familiar). Cerca de 25% de todas as depressões. Síndrome depressiva nuclear mais sinais vitais: ritmos anormais do sono, atividade motora, libido, apetite. Geralmente responde especificamente a antidepressivos ou eletroconvulsotera- pia. Tende a recidivar durante a vida. AFETIVA BIPOLAR Caracterizada por episódios de mania, cíclica; mania isolada, rara; depressão isolada, ocasional; mania- depressão, habitual. Cerca de 10-15% de todas as depressões. Pode ser erroneamente diagnosticada como endógena se os episódios hipomaníacos passarem despercebidos. Carbonato de lítio estabiliza o humor. A mania pode tornar necessário também o uso de drogas antipsicóticas. Depressão tratada com antidepressivos. TEORIAS DA DEPRESSÃO HIPÓTESE DAS MONOAMINAS (+ANTIGAS): ✓ A teoria que marcou a era moderna da psicofarmacologia na psiquiatria foi a teoria conhecida como “monoaminas da depressão”, que caracteriza a depressão como uma diminuição dos níveis de monoaminas disponíveis SNC, como a dopamina, noradrenalina e a serotonina. ✓ Se no quadro de depressão há deficiência de monoaminas, os fármacos devem atuar aumentando a disponibilidade dessas monoaminas. ✓ Baseando-se nisso é que foram criados os Inibidores da Monoaminoxidase (IMAO), representados pela tranilcipromina e moclobemida; e os Antidepressivos Tricíclicos (ACTs), representados pela amitriptilia e imipramina: • Os IMAO atuam na inibição da oxidação de monoaminas. A MAO é uma enzima que degrada as monoaminas, então sua inibição é positiva para os quadros de depressão. • Os ACTs atuam através da inibição dos transportadores que recaptam as monoaminas, aumentando sua concentração nas fendas sinápticas. Isso ocorre porque quando as monoaminas são liberadas na fenda sináptica e atuam nos receptores pós- sináptixos, são recaptadas por transportadores para dentro do terminal pré- sináptico. Isso implica dizer que o bloqueio dos transportadores permite que as monoaminas fiquem mais tempo na fenda pré-sináptica. ✓ Essas classes de fármacos já existem há mais de 60 anos e o uso destes vêm diminuindo com a descoberta de novos fármacos, os antidepressivos atípicos. HIPÓTESE NEUROTRÓFICA: ✓ BDNF: Fator neurotrófico derivado do cérebro. • Atua na sobrevida e crescimento neuronal. Como é um fator envolvido na neurogênese, se há deficiência na produção desse fator, haverá deficiência na formação e desenvolvimento de neurônios, prejudicando, assim, a neurotransmissão. • Estresse e dor crônica: foi observado redução de BDNF, relacionando-se também com a atrofia do hipocampo (5 a 10% dos pacientes com depressão), do córtex e do cingulado anterior). O estresse promove aumento da liberação de glutamato, que, por sua vez, estimula neurônios que promovem apoptose neuronal. ✓ Pacientes com depressão apresentam atrofia de várias estruturas cerebrais, como hipocampo, córtex, hipotálamo. Essa atrofia, como já dito anteriormente, também se relaciona com os baixos níveis de BDNF. ✓ Modelos animais: injeção de BDNF promoveu aumento da neurogênese e crescimento. ✓ Novas perspectivas e alvos farmacológicos para depressão relacionadas ao BNDF, visto que é um possível alvo farmacológico para tratamento da depressão. HIPÓTESE NEUROENDÓCRINA: ✓ Essa teoria está relacionada com anormalidades endócrinas; ✓ Relação eixo hipotálamo-hipófise-suprarrenal, aumento de cortisol e ACTH e transtornos depressivos maiores → pacientes com depressão possuem altos níveis de cortisol. ✓ Terminações noradrenérgicas e serotoninérgicas estimulam o hipotálamo, ocorre liberação de fator corticotrófico, que, por sua vez, irá estimular a hipófise a liberar ACTH, que irá estimular a suprarrenal a liberar cortisol. ✓ Hipotireoidismo; ✓ Pós-parto e menopausa → deficiência de estrogênio; ✓ Deficiência de testosterona. FISIOPATOLOGIA DA DEPRESSÃO ✓ A fisiopatologia da depressão leva em consideração fatores neuroendócrinos, neurotróficos (BDNF) e neuroquímicos (monoaminas). ✓ A interrelação com a noradrenalina e a serotonina: ✓ A serotonina se origina no triptofano; ✓ O triptofano passa por diversas reações enzimáticas; ✓ Há a formação de serotonina; ✓ Uma vez formada, a serotonina é transportada pela VMAT e armazenada em vesículas; ✓ Chega o potencial de ação no terminal nervoso → cálcio entra no terminal → ocorre migração da vesícula cheia de neurotransmissores para a membrana pré- sináptica → ocorre fusão da vesícula → liberação de serotonina na fenda. ✓ A serotonina irá atuar tanto nos receptores de neurônio pós-sinápticos quanto também nos auto receptores, que são os receptores de serotonina presentes no próprio terminal serotoninérgico. ✓ Os antidepressivos têm como objetivo aumentar a quantidade de neurotransmissor na fenda, seja através do bloqueio do transportador que recapta serotonina ou pela inibição da ação da MAO (degradação de serotonina). ✓ Os receptores não são todos excitatórios. ✓ O receptor 5HT1A é o envolvido com a depressão. É um dos receptores que, para ser ativado, dependeda disponibilidade de serotonina na fenda. ] AGENTES ANTIDEPRESSIVOS ✓ Antidepressivos tricíclicos (TCA); ✓ Inibidores da recaptação de 5-HT; ✓ Inibidores da monoamina oxidase (iMAO); ✓ Antidepressivos atípicos – não tem um mecanismo de ação único. • Inibidores seletivos na recaptação de 5- HT e NA; • Antagonistas dos receptores 5-HT; • Antidepressivos tetracíclicos e unicíclicos. ✓ Período de latência: 2-4 semanas para obtenção dos efeitos farmacológicos. • Tempo necessário para síntese de BDNF; • Up regulation dos receptores → ocorre aumento do número de receptores para que a quantidade maior de neurotransmissores possa agir. • Dessensibilização dos receptores 5HT1A, os quais são inibitórios no corpo celular do neurônio, inibindo a liberação de serotonina. Com a dessensibilização dos receptores, é possível liberar serotonina. • Tempo de adaptação à dose. O processo de desmame de antidepressivos ocorre por down regulation. ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS ✓ Estrutura semelhante as fenotiazidas; ✓ Utilizados na esquizofrenia (1949); ✓ Imiaprida – alívio da depressão. ✓ Protótipo: Imipramina (Tofranil*) e Amitriptilina (Amytril, Tryptanol*) ✓ São amplamente utilizados como antidepressivos, porém não são mais tão prescritos; ✓ Os ADT inibem a captação de noradrenalina e/ou da serotonina; ✓ A maioria tem ação prolongada, com metabólitos ativos, que também têm função antidepressiva; ✓ Superdosagem ocasiona confusão, mania e disritmias cardíacas. ✓ Interação com álcool, anestésicos, ag. hipotensivos, AINES; ✓ Não devem ser administrados com iMAO. Antidepressivos tricíclicos X iMAO Não se deve associar ADT à iMAO pois a administração de um fármaco que diminui a recaptação de um neurotransmissor, aumentando a quantidade de neurotransmissor na fenda (ADTs) associado a um fármaco que inibe a enzima responsável por degradar o neurotransmissor, aumentando a quantidade na fenda (iMAO) levará ao excesso de neurotransmissor → síndrome serotoninérgica. ✓ Fármacos: • Imipramina • Desipramina • Amitriptilina • Clomipramina • Protriptilina ✓ Usos clínicos: • Enurese noturnas (incapacidade de conter a micção) → efeitos antimuscarínicos; • Dor → incremento da serotonina; • Insônia → ação sobre os receptores H1 (bloqueio de H1 → sedação) FARMACOCINÉTICA DOS ADT ✓ Absorção por v.o → lipossolúveis; ✓ Distribuição: grande ligação com proteínas plasmáticas; ✓ Metabolismo: 2 vias → hidroxilação do anel e N- desmetilação; *Metabolismo de primeira passagem. ✓ Eliminação: Renal (Glicuronídeos) ✓ Meia-vida de eliminação: 10-20h. A protriptilina tem meia-vida de 80h. MECANISMO DE AÇÃO DOS ADT ✓ Impedem a recaptação de noradrenalina (NA) e/ou da serotonina (5HT) a partir do bloqueio da proteína transportadora responsável pela recaptação de NE e 5-HT. ✓ Também bloqueiam os receptores alfa-2 e alfa-1 adrenérgicos pré-sinápticos. ✓ Down-regulation de receptores beta- adrenérgicos. ✓ Antagonistas: muscarínicos; histamina e 5-HT – apresentam efeitos colaterais por atuarem em outros receptores. ✓ Resultado: aumento dos neurotransmissores na fenda sináptica. EFEITOS COLATERAIS DOS ADT ✓ Sedação e aumento do apetite (bloqueio H1); o Receptor H1 → aumento do estado de vigília e inibição do apetite. Se há bloqueio, o efeito é contrário. ✓ Hipotensão postural (bloqueio alfa 1 adrenérgico); ✓ Boca seca, visão turva e constipação (bloqueio muscarínico); ✓ Ocasionalmente → manias e convulsões. ✓ No SNC: • Excitação, delírios, convulsões, coma e depressão respiratória; • Efeitos antimuscarínicos: ruborização, ressecamento da boca e pele, inibição do intestino e bexiga. ✓ No SCV: • Disritmias cardíacas → fibrilação ventricular; • Tratamento: fisostigmina (anticolinesterásico): efeitos colaterais antimuscarínicos dos TCA. EXTRA: Efeitos colaterais e receptores O bloqueio de receptores alfa1- adrenérgicos pode provocar hipotensão postural, tonteira, taquicardia reflexa. Já o antagonismo sobre receptores de histamina H1 pode ser responsável por quadros de sedação e de ganho de peso (o que pode prejudicar bastante a qualidade de vida do paciente). Além disso, o antagonismo muscarínico pode se associar a entorpecimento cognitivo, visão turva, xerostomia, taquicardia, constipação, retenção urinária e disfunção sexual. Somado a esses efeitos mais previsíveis dos tricíclicos, o uso desses fármacos também pode gerar outras consequências, como redução do limiar convulsivo, alterações na condução cardíaca, incluindo bloqueio cardíaco potencialmente fatal (o que limita bastante o uso desse tipo de medicação em pacientes acometidos por doença arterial coronariana), além de poder predispor a episódios de mania, quando administrados a pacientes com depressão bipolar. INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTURA DE SEROTONINA (ISRS) ✓ Geração mais nova de antidepressivos; ✓ Estruturas heterogêneas; ✓ Início da resposta geralmente de 3 a 4 semanas; ✓ Mais seguros e seletivos e com menos efeitos colaterais; ✓ Fármacos: • Fluoxetina; • Paroxetina; • Sertralina; • Citalopram; • Escitalopram. ✓ Usos clínicos: • Depressão; • Transtorno de ansiedade generalizada (TAG); • Transtorno obsessivo compulsivo (TOC); • Transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM); • Transtorno do estresse pós-traumático (TEPT); • Bulimia; • Emagrecimento; • Ejaculação precoce. Paroxetina: transtorno disfórico. Citalopram e escitalopam: ansiedade. Fluoxetina: emagrecimento (diminui o apetite. MECANISMO DE AÇÃO DOS ISRS ✓ Os ISRS inibem a recaptação da serotonina na fenda sináptica e com isso há mais neurotransmissores disponíveis para a exercer a atividade serotonérgica. VANTAGENS SOBRE IMAO E ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS ✓ Menos efeitos colaterais (mais seletivos, atuam apenas na serotonina). ✓ Menor efeito nos receptores colinérgicos, histaminérgicos e alfa-adrenérgicos; ✓ Baixa toxicidade aguda → mais seguros em superdosagem; ✓ Não apresentam reações com alimentos como os iMAO. DESVANTAGENS DO ISRS ✓ Custo elevado; ✓ Naúsea, anorexia, insônia e disfunção sexual; ✓ Quando associado a IMAO → síndrome serotoninérgica: tremor, hipertermia, rigidez muscular e colapso cardiovascular – maioria dos casos: morte; ✓ Agressividade, violência, relatos de aumento da taxa de suicídio; ✓ Categoria C (FDA): pode causar má-formações fetais → não usar em gestantes; ✓ Interação com diltiazem → aumento da bradicardia; ✓ Fluoxetina: potente inibidor da CYP2D6, enzima responsável por metabolizar opioides, antipsicóticos e betabloqueadores. Risco de interação medicamentosa caso haja associação de fluoxetina com alguma dessas substâncias. ALTERAÇÕES SEXUAIS CAUSADAS POR ISRS ✓ 30-40%: desenvolvem problemas sexuais; ✓ Está relacionado à ativação dos receptores 5-HT2 e não à depressão; ✓ Redução da libido; disfunção erétil; anorgasmo; ejaculação tardia (por isso um dos seus usos é em casos de ejaculação precoce); ✓ Paroxetina: causa mais esses efeitos (YARIS et al.,2003); ✓ Reduz a testosterona; aumenta prolactina e reduz espermogênese. INIBIDORES DA MONOAMINA OXIDADE - IMAO ✓ Drogas muito utilizadas na década de 50; ✓ Raramente são usadas devido a toxicidade e interações com alimentos; ✓ Última opção de tratamento da depressão; ✓ Funções da MAO: • Regular as concentrações de noradrenalina e serotonina dentro dos neurônios através da degradação dos neurotransmissores; • Inativação das aminas endógenas e ingeridas. ✓ Principais fármacos: • Fenelzina; • Tranilcipromida; • Iproniazida; • Moclobemida. ✓ Efeitos adversos: • Inibem catabolismo das aminas da dieta – essas aminas, como a tiramina, podem causar hipertensão; •Tiramina (queijo) – efeito simpático; • Inibição da MAO do intestino e do fígado. MECANISMO DE AÇÃO E EFEITO FARMACOLÓGICO DOS IMAO ✓ Inibição da enzima monoamina oxidase (MAO), que metaboliza neurotransmissores; ✓ Podem ser irreversíveis ou reversíveis (são os mais recentes, inibem MAO A); ✓ Os IMAO inibem uma ou ambas as formas de MAO no cérebro, aumentando, assim as reservas de NA, DA e 5HT; ✓ A inibição da MAO A correlaciona-se com a atividade antidepressiva; ✓ Ação prolongada: inibição irreversível da MAO; ✓ Monoclebida: inibição reversível (inibe MAO A); ✓ Slegilina: Inibidor MAO-B (antiparkisoniano). ✓ Aumento das concentrações citoplasmáticas de 5- HT, NE e DA – SNC e tecidos periféricos; ✓ Aumento do extravasamento espontâneo de monoaminas. FARMACOCINÉTICA DOS IMAO ✓ Absorção via oral; ✓ Metabolismo hepático; ✓ Eliminação renal; ✓ Duração do efeito: tranilciprimina (7d); fenelzina (12h); moclobenina (12h). EFEITOS COLATERAIS ✓ Hipotensão postural (bloqueio simpático); ✓ Estimulação do SNC; ✓ Aumento do peso; ✓ Inquietação; ✓ Insônia; ✓ Convulsões com superdosagem; ✓ Reação ao queijo: tiramina do queijo – hipertensão grave. INTERAÇÃO COM ALIMENTOS E RESTRIÇÕES MEDICAMENTOSAS ✓ Ocorre na ingestão de alimentos contendo tiramina junto com IMAO. ✓ Resultado: hipertensão aguda, levando a uma cefaleia latejante grave, podendo chegar à hemorragia intracraniana potencialmente fatal; ✓ Descongestionantes nasais (simpatomiméticos de ação indireta). ✓ Não devem ser utilizados com antidepressivos tricíclicos. ANTIDEPRESSIVOS ATÍPICOS ✓ Grupo heterogêneo de compostos → eles não apresentam características e nem mecanismo de ação semelhantes. ✓ Efeitos antidepressivos (mais caros); ✓ Vantagens: • Menos efeitos colaterais (sedação e efeitos antimuscarínicos), pois não reagem com outros tipos de receptores. • Menor toxicidade aguda em superdosagem; • Ação com menos demora; • Eficácia em pacientes que não respondem aos TCA e iMAO. CLASSES DE ANTIDEPRESSIVOS ATÍPICOS INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DE NA/5HT ✓ Inibem a SERT (maior afinidade) e a NET; • SERT → receptador de serotonina; • NET → receptador de noradrenalina. ✓ Não bloqueiam receptores colinérgicos, adrenérgicos e histaminérgicos; ✓ Mais seletivos e menos efeitos colaterais que os TCA; ✓ Aumento de pressão, taquicardia, insônia, ansiedade, agitação ✓ Fármacos: venlafaxina, duloxetina, desvenlafaxina. ✓ São os mais utilizados. ANTAGONISTAS 5-HT2 ✓ Bloqueio 5HT2; ✓ Efeitos ansiolíticos, antipsicóticos e antidepressivos; ✓ Atuam como bloqueadores fraco SERT; • SERT → receptador de serotonina. ✓ Trazodona: bloqueia alfa-adrenérgico e H1 (Efeito sedativo e priapismo → ereção involuntária e persistente); ✓ Nefazodona: Hepatotoxicidade; ✓ Sedação e efeitos gastrintestinais; ✓ Hipotensão; ✓ Efeitos sexuais não são comuns. ✓ Agonistas 5-HT2: LSD (ansiedade e alucinógenos); ANTIDEPRESSIVOS TETRACÍCLICOS E UNOCÍCLICOS ✓ Bupropriona: • Bloqueador da recaptação de DA/NA; • Efeitos colaterais: agitação, insônia e anorexia). ✓ Mirtazapina: • Bloqueio de alfa-2; • Aumento da liberação de 5-HT e NA (antagonista 5-HT2 e 5-HT3); • Bloqueio de H1 (efeito sedativo). ✓ Amoxapina e Maprotilina: • Inibidores potente da NET (recaptador de adrenalina) e menos da SERT (recaptador de serotonina); • Propriedades anticolinérgicas. RESPONSIVIDADE DOS ANTIDEPRESSIVOS ESCOLHA DO ANTIDEPRESSIVO ✓ Resposta ou tolerância aos antidepressivos em uso anterior; ✓ Gravidade de sintomas; ✓ Idade: – Infância: sertralina e fluoxetina são seguras; – Idosos: sertralina, citalopram e nortriptilina são drogas de escolha. ✓ Presença de doenças ou problemas físicos, como: cardiopatias, disfunções sexuais, obesos, epilepsia. ✓ Sintomas associados ao quadro depressivo: Ansiedade e insônia; ✓ Gravidez e lactação: Fármacos atravessam a barreira placentária e passam para o leite. ✓ Comorbidades psiquiátricas: Transtorno do pânico; TOC; Transtorno de ansiedade generalizada. ✓ Uso concomitante de outras drogas; ✓ Preço.
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