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Estudo dirigido Hormônios Sistema Endócrino - Documentos Google

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Estudo dirigido 1: Hormônios – Sistema Endócrino. 
 Lidyane Magalhães Oliveira 
 1) Assim que uma substância com ações biológicas acaba de ser descoberta dá-se o 
 nome de fator, quais são as principais características funcionais a ela atribuída para 
 que possamos denominá-la de hormônio? 
 RESPOSTA: Os hormônios são substâncias químicas mensageiras e/ou efetoras que 
 possuem diversas funções na regulação e desenvolvimento do organismo. Podem ou não 
 ser armazenados em glândulas, e sua ação efetiva depende de receptores específicos nas 
 células alvo. 
 2) Quais são as propriedades físico-químicas que classificam os hormônios? Diferencie 
 as ações hormônios protéicos de hormônios esteroidais. 
 RESPOSTA: Os hormônios são substâncias químicas que podem ser compostas por 
 proteínas, peptídeos, aminas e derivados do colesterol como os esteróides. A primeira 
 diferença entre os hormônios proteicos e os esteroidais é o armazenamento e transporte. 
 Os hormônios proteicos são armazenados em glândulas e transportados livres na circulação 
 sanguínea, já os esteroidais não são armazenados e são transportados ligados a proteínas 
 plasmáticas. No que diz respeito a ação desses dois tipos, temos: 
 Proteicos: costumam exercer seus efeitos, pela alteração da permeabilidade da membrana, 
 ou pela ativação de enzimas, a adenilciclase e a guanilciclase produzindo AMPc e GMPc 
 respectivamente, conhecidos como “segundos mensageiros” e que têm suas concentrações 
 aumentadas no interior da célula em resposta ao hormônio primário, regulando e 
 modificando a velocidade de transcrição de genes específicos. Esses hormônios possuem 
 seu tempo de ação bastante rápido, levando segundos ou minutos para fazer efeito. 
 Esteroidais: nesse caso, os hormônios atravessam a membrana plasmática e o citosol até 
 chegar ao núcleo, pois seus receptores estão dentro da célula. A interação 
 hormônio-receptor altera diretamente a transcrição de genes específicos, portanto, esse 
 mecanismo de ação é mais demorado que o anterior, podendo levar horas e em alguns 
 casos até dias, pois requer tempo para síntese de RNAm no núcleo e a subsequente 
 síntese de proteínas nos ribossomos. 
 3) Explique como agem os hormônios secretados pela glândula tireóide. 
 RESPOSTA: Os hormônios tireoideanos possuem seus receptores no núcleo celular, assim 
 eles atravessam a membrana plasmática e se ligam aos receptores agindo diretamente na 
 transcrição de genes específicos, podendo aumentar ou diminuir a expressão desses 
 genes. Essa ação irá desencadear uma série de respostas fisiológicas como por exemplo, 
 regulação da temperatura corporal, crescimento e desenvolvimento do organismo, 
 regulação do gasto energético, entre outras. 
 4) Onde estão localizados os receptores para o estradiol? 
 RESPOSTA: O estradiol é um hormônio lipofílico derivado do colesterol, esse hormônio por 
 ser lipossolúvel consegue penetrar a membrana plasmática sem presença de receptores 
 acoplados a essa membrana, portanto seus receptores estão localizados no interior das 
 células, especificamente no núcleo celular. 
 5) Como ocorre a síntese das catecolaminas? Em qual compartimento celular? 
 RESPOSTA: as catecolaminas são derivadas da tirosina. A tirosina sobre a ação de uma 
 enzima chamada tirosina hidroxilase e se transforma em Dihidroxifenilalanina, essa por sua 
 vez sofre a ação da enzima chamada DOPA-descarboxilase que a transforma em Dopamina 
 e parte fica armazenada em vesículas. Outra parte da Dopamina produzida será 
 transformada em Noradrenalina pela ação da enzima dopamina beta-hidroxilase, parte da 
 Noradrenalina também ficará armazenada em vesículas e parte sofre ação da enzima 
 feniletanolamina-N-metiltransferase, e se transforma em Adrenalina. A síntese das 
 catecolaminas Dopamina e Noradrenalina, ocorrem no neurônio pós-ganglionar, no 
 citoplasma da célula. Já no caso da Adrenalina a síntese ocorre na medula da adrenal, mas 
 também no citoplasma celular. 
 6) Dê exemplos de hormônios proteicos. Onde se localizam os receptores dos 
 hormônios proteicos? 
 RESPOSTA: Alguns exemplos de hormônios proteicos são; insulina, ocitocina, glucagon, 
 vasopressina, LH, FSH, TSH, somatostatina, calcitonina. Os receptores desses hormônios 
 estão localizados na membrana plasmática das células. 
 7) Como estão as concentrações de LH e FSH de mulheres que fazem uso de 
 anticoncepcionais orais à base de estrógenos e/ou progesterona? Explique com 
 base nos mecanismos de regulação da secreção hormonal. 
 RESPOSTA: Em mulheres que fazem o uso de anticoncepcionais a base de estrogênio e 
 progesterona, a concentração de LH e FSH estão baixas, pois a presença constante de 
 estrogênio inibe por retroalimentação negativa a secreção de FSH, que é o hormônio 
 responsável pelo crescimento dos folículos ovarianos. Da mesma forma, por 
 retroalimentação negativa a alta concentração de progesterona inibe a secreção de LH, que 
 é o hormônio responsável pelo rompimento dos folículos. 
 8) Descreva e explique sucintamente como se comportam os hormônios tireoidianos 
 (T4/T3) em relação a estes parâmetros. 
 RESPOSTA: Os hormônios T3 e T4 são produzidos na própria glândula tireóide estimulados 
 pelo hormônio TSH, e sua liberação é regulada pelo hipotálamo e hipófise. Esses 
 hormônios são transportados acoplados a proteínas plasmáticas e possuem seus 
 receptores no núcleo celular, assim sua ação é diretamente na transcrição dos genes, 
 aumentando ou diminuindo a expressão de genes específicos. O T3 e T4 agem na 
 regulação da temperatura corporal, regulação dos batimentos cardíacos, metabolismo de 
 gorduras, carboidratos e proteínas, regulação do ciclo menstrual, entre diversas outras 
 funções. 
 9) Defina e cite exemplos de ritmos circadianos, ultradianos e infradianos de secreção 
 hormonal. Qual a vantagem de um hormônio e/ou neurotransmissor ser secretado 
 de maneira pulsátil (ou ultradiana)? 
 RESPOSTA: O ritmo circadiano é controlado pelo hipotálamo a partir da interpretação de 
 sinais de luz (dia/noite) e que vai regular a produção de hormônios que vão agir durante o 
 período de 24 horas. Um exemplo de hormônios que fazem parte desse ciclo é a 
 Melatonina, que em resposta a escuridão tem seus níveis aumentados para preparar o 
 corpo para dormir, e outro exemplo é o Cortisol, que em resposta a claridade tem seus 
 níveis aumentados para deixar o corpo em alerta e aumentar a vigília para as atividades 
 durante o dia. 
 O ritmo infradiano é aquele no qual as atividades hormonais possuem maior tempo de ação, 
 excedendo 24 horas e podendo durar vários dias, como por exemplo o ciclo menstrual nas 
 mulheres e os períodos de hibernação de algunsanimais. 
 O ritmo ultradiano é aquele no qual as atividades hormonais possuem menor tempo de 
 ação, sendo ciclos que se repetem mais de uma vez em menos de 24 horas. Um exemplo 
 desse ciclo é a regulação da fome pelos hormônios leptina e grelina, ou a regulação dos 
 batimentos cardíacos pela ação das catecolaminas, entre outros. Uma das vantagens do 
 ciclo ultradiano é que a partir dele torna-se mais fácil perceber alterações fisiológicas no 
 nosso organismo, e assim perceber se está tudo funcionando bem ou não. 
 10) Defina os mecanismos de retroalimentação negativa e positiva em fisiologia 
 endócrina. Diferencie retroalimentação de resposta fisiológica de retroalimentação 
 de eixo endócrino. Cite um exemplo para cada mecanismo. 
 RESPOSTA: Retroalimentação positiva - ocorre quando a própria resposta fisiológica a um 
 estímulo, influencia a continuidade dessa resposta até que o estímulo seja cessado. Um 
 exemplo de retroalimentação positiva é a contração uterina na hora do parto, que é gerado 
 pela liberação do hormônio ocitocina, e a própria resposta (contração) influencia a liberação 
 de mais ocitocina, que irá estimular novamente a contração, e esse ciclo continua até o 
 nascimento do bebê. 
 Retroalimentação negativa - neste caso o estímulo que deu origem a uma resposta 
 fisiológica é inibido pela própria resposta. 
 A retroalimentação do eixo endócrino envolve uma configuração em três níveis. O primeiro 
 nível é representado pelos neurônios neuroendócrinos hipotalâmicos que secretam 
 hormônios de liberação. Os hormônios de liberação estimulam (raramente podem inibir) a 
 produção e a secreção de hormônios tróficos da glândula hipófise, configurando o segundo 
 nível. Os hormônios tróficos estimulam a produção e secreção de hormônios das glândulas 
 endócrinas periféricas, configurando o terceiro nível. Já no caso da retroalimentação de 
 resposta fisiológica, a secreção de um hormônio é estimulada ou inibida por uma mudança 
 no nível de um parâmetro extracelular específico, ou seja os níveis hormonais alterados 
 levam a mudanças na fisiologia dos órgãos-alvo que regulam diretamente o parâmetro em 
 questão e essa mudança no parâmetro inibe a secreção adicional do hormônio. 
 11) A síndrome da interrupção da haste hipofisária (descrita em detalhes no Journal of 
 Neuroendocrinology, 2017, 29, 10.1111/jne.12451) é um defeito congênito raro onde 
 ocorre deficiência na secreção dos hormônios hipofisários. A extensão desta 
 deficiência dependerá do conjunto de genes afetados, os quais são responsáveis 
 pelo desenvolvimento do hipotálamo e da hipófise. O fenótipo no período neonatal 
 inclui micropênis, criptorquismo, hipoglicemia e icterícia. Na infância observa-se 
 retardo no crescimento e, em mais da metade dos casos, a altura e o peso estão 
 abaixo do terceiro percentil, com idade óssea atrasada. A puberdade é ausente na 
 maioria dos meninos e, nas meninas, com frequência ocorre um desenvolvimento 
 não favorável dos caracteres sexuais femininos. Considerando a importância da 
 conexão hipotálamo – hipófise para a secreção dos hormônios hipofisários, como 
 estariam as concentrações dos hormônios hipofisários no sangue? 
 RESPOSTA: Uma vez que que a conexão hipotálamo-hipófise é essencial para a secreção 
 da quantidade correta dos hormônios no organismo, o mau funcionamento desse sistema 
 leva a uma baixa produção e secreção desses hormônios, portanto a concentração dos 
 hormônios hipofisários no sangue, em indivíduos que possuem essa doença, é mais baixa 
 que os níveis padrões ideais para funcionamento do organismo. 
 12) O artigo: A novel variation in the AVP gene resulting in familial neurohypophyseal 
 diabetes insipidus in a large Italian kindred, publicado na revista Pituitary (DOI 
 10.1007/s11102-012-0392-x) descreve os aspectos clínicos de pacientes que 
 apresentam uma variação do gene AVP (arginina-vasopressina) resultando em 
 produção inadequada de AVP. Nestes pacientes é instalado um tipo de diabetes 
 chamado de diabetes insipidus familiar (FNDI, em inglês). A FNDI é uma desordem 
 hereditária dominante autosomal, onde os portadores apresentam severa polidipsia e 
 poliuria já na primeira infância. Um dos sujeitos afetados, indicados na tabela como V-1, 
 foi admitido no hospital com 23 anos, apresentando intensa poliúria e polidipsia, 
 sintomas observados desde sua primeira infância. Esses sintomas se exacerbaram 
 durante a puberdade quando a diurese atingiu 12 L por dia . Ela não recebeu tratamento 
 e ajustou-se aos sintomas fazendo a ingestão de muita água. A tabela abaixo mostra os 
 resultados de osmololaridade, concentrações plasmáticas de sódio e de volume urinário 
 em situações de privação de água e administração de ADH. 
 Considerando o efeito do ADH sintético sobre os parâmetros acima, qual é a origem do 
 diabetes insipidus na FNDI? 
 RESPOSTA: A doença é causada por uma deficiência na produção do hormônio 
 antidiurético (vassopresina/ADH) que interfere na absorção de água pelo organismo. 
 13.Por que o tratamento com ADH sintético foi capaz de exercer esse efeito? Explique o 
 mecanismo de ação desse hormônio ao nível renal. 
 RESPOSTA: O hormônio ADH é um hormônio de ação renal proporcionando maior 
 absorção de água pelo organismo, dessa forma funciona como um antidiurético e mantém a 
 osmolaridade normal no sangue. Esse hormônio atua nos túbulos distais e ductos coletores 
 dos rins, e promove maior permeabilidade dessas estruturas e permitindo que maior 
 quantidade de água seja reabsorvida. Assim o ADH garante a redução do volume de água 
 perdido na urina. 
 14.Por que o tratamento com ADH sintético foi capaz de exercer esse efeito? Explique o 
 mecanismo de ação desse hormônio sobre a concentração e diluição da urina 
 RESPOSTA: O hormônio ADH é um hormônio de ação renal proporcionando maior 
 absorção de água pelo organismo, dessa forma funciona como um antidiurético e mantém a 
 osmolaridade normal no sangue. Esse hormônio atua nos túbulos distais e ductoscoletores 
 dos rins, e promove maior permeabilidade dessas estruturas e permitindo que maior 
 quantidade de água seja reabsorvida. Assim o ADH garante a redução do volume de água 
 perdido na urina. 
 15. O gráfico abaixo apresenta o ganho médio de peso em 12 h de ninhadas de ratas 
 lactantes que receberam injeção nos mamilos de anestésico local (xilocaína), injeção 
 subcutânea de um agonista de receptor dopaminérgico (bromocriptina) ou nenhum 
 tratamento (Controle). O que explica o menor ganho de peso nos grupos tratados com 
 xilocaína e bromocriptina? 
 RESPOSTA: No caso da xilocaína, por ser um anestésico que bloqueia o impulso nervoso 
 da dor no cérebro, acaba por reduzir também a sensibilidade na região das mamas, assim 
 as ratas tratadas com esse medicamento podem ter desenvolvido menor produção de leite 
 e consequentemente menor ganho de peso. Já no outro caso, a bromocriptina tende a 
 reduzir a secreção da prolactina, que é o hormônio responsável por aumentar a produção 
 de leite após o parto, assim, na redução de secreção desse hormônio a produção de leite 
 também sofre uma queda, resultando no menor ganho de peso.

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