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Economia Industrial Custos de produção Retornos de escala Economias de escala Rendimentos marginais decrescentes Monopólio natural Economia de escopo PRINCIPAIS TÓPICOS IE/UFRJ - Economia Industrial CUSTOS DE PRODUÇÃO O custo total de produção é a despesa necessária para empresa produzir X unidades do seu produto. No curto prazo, este custo é dividido entre fixo (independe do nível de produção) e variável (depende do nível de produção), enquanto no longo prazo somente existem custos variáveis. No longo prazo, as empresas geralmente optam por economias de escala, que veremos mais à frente. IE/UFRJ - Economia Industrial GRÁFICO 1 IE/UFRJ - Economia Industrial RETORNOS DE ESCALA Crescente: O custo variável médio de longo prazo diminui quando a produção aumenta. Constante: O custo variável médio de longo prazo é constante para todo os níveis de produção. Decrescente: O custo variável médio de longo prazo aumenta quando a produção aumenta. IE/UFRJ - Economia Industrial GRÁFICO 2 IE/UFRJ - Economia Industrial DESECONOMIAS DE ESCALA As economias de escala estão associadas a dois tipos diferentes de fontes, as pecuniárias e as reais. Elas são classificadas como reais quando a quantidade de insumos cresce numa proporção menor que o aumento do nível de produção. Elas são classificados como pecuniárias quando uma redução no preço pago pelo insumo é sua explicação. As fontes principais de economias de escala reais podem ser divididas em quatro: Ganho de especialização, Indivisibilidade técnica, economias geométricas e Economias relacionadas à lei dos grandes números. Uma deseconomia de escala ocorre quando o custo variável de longo prazo cresce numa proporção maior que o nível de produção, aumentando o custo variável médio de longo prazo. Suas principais fontes são custos de transporte e deseconomias gerenciais. ECONOMIAS DE ESCALA RENDIMENTOS MARGINAIS DECRESCENTES A lei dos rendimentos marginais decrescentes define que, no curto prazo, a produtividade marginal é decrescente devido a existência dos insumos fixos, que restringem o processo de produção a partir de um certo ponto no aumento do nível de produção. Diante disso, a produção por unidade de insumos variáveis tende a diminuir na medida que o custo variável médio tende a aumentar. IE/UFRJ - Economia Industrial Uso de fatores comuns, que permite utilizar um fator numa escala maior e mais eficiente. Existência de capacidade ociosa, que permite a produção de um produto secundário que também faça uso de fatores subutilizados enquanto a empresa não tenha necessidade de aumentar a produção de seu principal produto na planta. Complementaridades tecnológicas e comerciais reduzem a escala temporal de curvas de aprendizado, já que certas técnicas são úteis para a produção de mais de um produto, e a dificuldade de conquistar uma reputação positiva com o consumidor para o novo produto, já que eles já associam a empresa a um outro produto de sucesso. Uma economia de escopo ocorre quando uma empresa ao produzir mais de um produto consegue reduzir seus custos caso eles fossem produzidos separadamente. Diz-se que existem economias de escopo em uma atividade produtiva quando uma empresa, ao produzir dois ou mais produtos conjuntamente, opera com custo médio inferior ao que teria se produzisse estes produtos separadamente. Esse tipo de economia se dá, em larga escala, em função da presença de novas economias de escala disponíveis a empresa quando esta produz mais de um produto. Entre as fontes de economias de escopo, podemos citar: ECONOMIA DE ESCOPO MONOPÓLIO NATURAL O monopólio natural ocorre quando o mercado não sustenta mais de uma empresa. Se duas empresas operassem nesse mercado, o custo total aumentaria e a produção ficaria abaixo da escala mínima. Em mercados deste tipo, a escala mínima eficiente da planta suprime toda a demanda do mercado, ou seja, o menor nível de produção em que a empresa pode produzir de tal modo que o custo médio de longo prazo seja minimizado, é o suficiente para suprir todo o mercado. IE/UFRJ - Economia Industrial “This is a classic case of economies of scale: operating income is negative even when gross profit is positive due to large, up-front fixed costs, but that there is a production level at which total revenue equals total variable cost plus total fixedcosts. The grossprofit of each unit produced thereafter flows directly to the bottom line profit, before taxes are applied.” TESLA Fonte: NASDAQ https://www.nasdaq.com/articles/tesla-classic-case-building-economies-scale-achieve-profitability-2018-05-17 Uma situação de deseconomia de escala ocorre pelo aumento do custo médio devido ao aumento da dimensão da unidade de produção. Um exemplo seria o aumento dos custos de produção de certas atividades, como transportes. De acordo com artigo publicado no site da ANPAD, "nos serviços de ônibus movidos a combustível dois fatores provocam deseconomias de escala, o primeiro como conseqüência do uso de veículos de maior porte e, o segundo, pela disponibilidade de outros meios privados de locomoção como os automóveis, táxis, motocicletas e as viagens a pé, os quais tornam-se concorrentes na provisão". INDÚSTRIA DE TRANSPORTES Fonte: ANPAD http://www.anpad.org.br/admin/pdf/enanpad1999-ols-08.pdf Neste caso, o exemplo é de rendimentos crescentes de escala. Dutos de transporte, seja qual for a sua aplicação (oleoduto, gasoduto, etc), possuem a seguinte característica: quando o material usado para fazer um duto é dobrado, afetando seu tamanho e circunferência, a sua capacidade de transporte quadruplica. DUTOS DE TRANSPORTE Fonte: Lumenlearning https://courses.lumenlearning.com/suny-microeconomics/chapter/economies-of-scale/ Durante os estágios iniciais da pandemia, um dos efeitos mais imediatos foi a demissão em massa em diversos setores. Em abril de 2020, 45 mil empregos foram perdidos apenas no município do Rio de Janeiro. A razão para isso é de que, numa estrutura de custos de curto prazo, o trabalho costuma ser o fator de produção mais flexível. Assim, como medida de contenção de gastos, esta foi a opção encontrada pelas firmas. No longo prazo, haveriam alternativas de redução de custos, como uma mudança de local físico para um de aluguel/custo fixo menor, troca de fornecedor, entre outros. PANDEMIA E CUSTOS DE CURTO E LONGO PRAZO Fonte: data.rio https://www.data.rio/datasets/total-de-admiss%C3%B5es-e-desligamentos-por-setores-de-atividade-de-trabalho-no-munic%C3%ADpio-do-rio-de-janeiro-entre-janeiro-2000-janeiro-2021 Neste caso, o exemplo é de rendimentos decrescentes de escala. Grandes empresas como ExxonMobil, Chevron, entre outras, possuem campos de extração de petróleo em diversos lugares no mundo. De certo, os locais mais lucrativos são ocupados em primeiro lugar. Para aumentar a produção, é necessário um investimento maior (maior alocação do fator de produção capital, normalmente em campos offshore) para um aumento de produção que não é proporcional. INDÚSTRIA PETROLÍFERA Fonte: Economia da Energia, 2ª ed. Pequenos negócios são ótimos para exemplificar retornos constantes. Numa confeitaria, por exemplo, um confeiteiro com um dado equipamento consegue preparar X bolos por dia. Ao dobrar a quantidade de insumos (capital e trabalho), adicionando mais um confeiteiro e mais um formo, é razoável assumir que a confeitaria agora é capaz de produzir, em teoria, 2X bolos por dia. RETORNOS CONSTANTES DE ESCALA
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