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Processo Legislativo- Fiel

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UNIVERSIDADE CATOLICA DE MOÇAMBIQUE 
Faculdade de Gestão de Recursos Naturais e Mineralogia 
 
Tema: Procedimento Legislativo em Moçambique 
 
 
Nomes dos Estudantes: 
Alcídes Fernando 
Dorivaldo Andrade 
Sheila Cadeado 
 
 
 
 
 
Trabalho em grupo da Cadeira de Direito Constitucional, 2˚ Ano do Curso de Direito, 
Período Laboral, por Orientação do Docente Jacques Kazadi 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tete, Abril de 2022 
Índice 
1.Introdução ............................................................................................................................... 1 
2.Fundamentação Teórica .......................................................................................................... 2 
2.1.Estado Constitucional .......................................................................................................... 2 
3.Função Legislativa e Actos Legislativos ................................................................................ 2 
3.1.Competência Legislativa ...................................................................................................... 2 
4.Procedimento Legislativo ....................................................................................................... 3 
4.1.Tipos de procedimentos legislativos .................................................................................... 3 
4.2.Fases do Procedimento Legislativo na Constituição da República de Moçambique........... 4 
4.2.1.Fase da Iniciativa de lei ..................................................................................................... 4 
4.2.2.Fase da Instrução............................................................................................................... 5 
4.2.3.Fase da Discussão e Aprovação (artigo 183 da CRM) .................................................... 5 
4.2.4.Fase da Promulgação (artigo 162 nº1 da CRM). .............................................................. 6 
4.2.5.Fase da Publicação (artigo 143 da CRM) ......................................................................... 7 
4.2.6.Vocatio legis ..................................................................................................................... 8 
4.2.7Entrada em Vigor ............................................................................................................... 8 
5.Conclusão ................................................................................................................................ 9 
 
 
 
1 
 
1.Introdução 
A ordem jurídica está em constantes mudanças e evolução, este fenómeno da-se pelo facto da 
ordem jurídica em si ser um produto da evolução da sociedade, o que resulta na criação de 
normas que se adequem a realidade social, cultural, econômica e política de cada sociedade. 
Com efeito, a acção de criar normas obedece a um procedimento, que pode variar de País para 
País. Portanto, o presenta trabalho, tem como tema o Procedimento Legislativo na Constituição 
da República de Moçambique, onde se debruçara mormente sobre as fases do processo 
legistivo patentes na CRM. 
 
1.1.Objectivos 
1.1.1.Objectivo Geral: Conhecer e compreender o funcionamento do precesso legislativo no 
ordenamento jurico Mocambicano. 
1.1.2.Objectivo Específico: 
• Compreender no que consiste o procedimento legislativo; 
• Compreender o que são atos legislativos; 
• Compreender e identificar os órgãos que possuem competência legislativa; 
• Identificar e descrever as fases do processo legislativo patentes da constituição da 
Republica de Moçambique. 
 
1.2. Metodologia 
Para a realização do presente trabalho, passou-se por um processo de pesquisa qualitativa, que 
consistiu na pesquisa bibliográfica e documental, e na consulta de artigos científicos, teses, 
legislações e outros materiais que ajudaram na consolidação da informação constante do 
trabalho. Como método de abordagem, foi usado o método dedutivo. 
1.3. Estrutura do Trabalho: 
O trabalho apresenta: a introdução; Fundamentação Teórica; a conclusão e as referências 
bibliográficas. 
 
 
 
2 
 
 
2.Fundamentação Teórica 
2.1. Estado Constitucional 
Antes de falarmos sobre o tema em análise, faz-se necessário salientar que o Estado 
Moçambicano é um Estado Constitucional, isto é, é um Estado que subordina-se a Constituiçao, 
conforme estabelece o artigo 2˚, a primeira parte do n.º 3 da CRM. 
O Estado Constitucional tem como principal característica a lei como fonte do Direito. Importa 
ainda frisar que a forma dos procedimentos legislativos tende a variar em cada Estado, em 
conformidade com o ordenamento jurídico à que pertence… 
 
3.Função Legislativa e Actos Legislativos 
No exercício do poder público que está atribuído ao Estado, este exerce três funções, das quais 
sobressai a função legislativa, pertencente ao poder legislativo. Os actos legislativos podem 
emanar da Assembleia da Republica ou do Governo. Quando Emanados da AR, assumem a 
forma de leis, quando emanados do Governo, assumem a forma de Decreto-lei. 
 
3.1. Competência Legislativa 
A Constituição da República de Moçambique, estabelece no nº 1 do artigo 168, que a 
Assembleia da República é o mais alto órgão legislativo da República de Moçambique. Para o 
efeito a Assembleia da República determina normas que regem o funcionamento do Estado e 
a vida económica e social através de leis e deliberações de caracter genérico. 
 
3.1.2. As Autorizações Legislativas 
As leis de autorização legislativa são um dos modos específicos de ver o exercício da competência 
legislativa da perspetiva das relações entre a Assembleia da República e o Governo. 
As autorizações legislativas são atos legislativos, mas diferentemente das leis materiais, eles 
adquirem uma função específica: permitir que o Governo desempenhe uma competência 
legislativa que assim se lhe abre e que, de outro modo, não poderia protagonizar. 
 
3 
 
Conforme estabece o n.º 1 do artigo 179 da CRM, as leis de autorização legislativa devem 
definir o objecto, o sentido, a extensão e a duração da autorização. 
No plano da duração das autorizações legislativas, elas caducam com o termo do prazo por que 
foram concedidas, mas também com o termo da legislatura e com a dissolução da Assembleia 
da República. 
Estes factos extintivos explicam-se por a autorização legislativa coenvolver uma relação de 
confiança entre a Assembleia da República e o Governo. 
 
4.Procedimento Legislativo 
Chama-se procedimento legislativo, “a sucessão de actos, factos e decisões que vão da 
apresentação da proposição (iniciativa) legislativa por órgão constitucionalmente competente, 
até à promulgação e publicação da lei” (MACIE, 2012, p.55). 
Neste sentido, entende-se por procedimento legislativo o conjunto de actos realizados por 
órgãos com competência legislativa, objectivando a formação das leis constitucionais, das leis 
ordinárias, das resoluções e dos decretos legislativos. 
 
4.1. Tipos de procedimentos legislativos 
O Procedimento legislativo pode assumir diversas modalidades, quer em razão do tipo de acto 
legislativo, quer em razão do modo como se desenvolvem as fases do mesmo. Portanto, são 
considerados tipos de procedimento legislativo sob ponto de vista de Gouveia (2015), os 
seguntes: 
• Procedimento legislativo parlamentar e procedimento legislativo governamental- que 
pode variar consoante a origem de emanação do acto legislativo jurídico. 
• Procedimento legislativo geral e especial- de acordo com regras gerais ou especificas 
aplicadas para responder a outras tantas necessidades. O procedimento legislativo 
geral é utilizado para fazer leis e o procedimento legislativo especifico é utilizado 
para fazer certa categoria de leis. Ex: lei da concorrência, lei bases de organização e 
funcionamento da administração pública; 
• Procedimento legislativo normal e procedimento legislativo de urgência- na medida 
emque enfrentamos situações de normalidade institucional ou de crise institucional 
que sugiram agilização ou não do procedimento legislativo. 
 
4 
 
4.2. Fases do Procedimento Legislativo na Constituição da República de Moçambique 
Em prima facie, é mister salientar, que para o bom desenvolvimento das normas, dá-se desde 
a criação da norma até a sua aplicação, de modo a garantir os direitos fundamentais do cidadão, 
portanto ela deve refletir os factos sociais, históricos, culturais, económicos, da sociedade a 
que se destina. Para a elaboração da norma seguem-se os seguintes trâmites: 
• Iniciativa de Lei; 
• Fase de Instrução; 
• Discussão e Aprovação; 
• Promulgação ou Veto; 
• Publicação; 
• Vacatio Legis; 
• Entrada em vigor. 
 
4.2.1. Fase da Iniciativa de lei 
A fase da iniciativa legislativa que também podemos designar simplesmente por iniciativa 
legislativa consiste no momento em que a feitura de um ato legislativo começa a sua 
caminhada. 
A iniciativa legislativa compete, nos termos do n.º1 do artigo 182 da CRM: a) aos deputados; 
b) ás bancadas parlamentares; c) ás comissões da Assembleia da República; d) ao Presidente 
da República; e) ao Governo. 
Ao lado das iniciativas, há que ter em atenção as iniciativas relativas à revisão constitucional, 
que conforme estabelece o n.º1 do artigo 299 do mesmo dispositivo legal, pertencem ao 
Presidente da República e a um terço dos deputados da Assembleia da República. 
As iniciativas legislativas apresentadas pelos deputados, pelas Comissões da Assembleia da 
República e pelas Bancadas Parlamentares designam-se Projectos de Lei, porquanto, as 
provindas do Governo e do Presidente da República, dizem-se Propostas de Lei. 
Nesta fase, o órgão competente submete a proposição à SGAR, para efeitos de parecer prévio, 
antes da remissão ao PAR, que os encaminha à Comissão de trabalho competente, ordenando 
a sua distribuição aos deputados. 
 
5 
 
4.2.2. Fase da Instrução 
De acordo com, JORGE MIRANDA A fase da instrução legislativa traduz, após uma primeira 
manifestação de vontade que acontece na iniciativa legislativa, um segundo momento de 
reflexão sobre o sentido nela apresentado, sendo conveniente e também por vezes necessário 
obter informações e opiniões suplementares para melhor legislar. 
A instrução legislativa é protagonizada pela comissão especializada em razão da matéria, que 
regra geral é permanente. A tarefa que fica a cargo do exame pela comissão especializada 
consubstancia-se na apreciação aprofundada da iniciativa legislativa apresentada, trabalho que 
se conclui com a apresentação de um relatório/parecer, analisando a admissibilidade 
constitucional da iniciativa, bem como incorporando os contributos que se imponham no plano 
das operações instrutórias específicas estabelecidas. 
 
4.2.3. Fase da Discussão e Aprovação (artigo 183 da CRM) 
A fase da aprovação legislativa integra o momento mais relevante de todo o procedimento 
legislativo, pois é nele que se assume o ponto culminante da expressão da vontade de legislar, 
o qual acontece no seio do órgão legislativo legiferante. 
É útil, contudo, dissociar entre um momento constitutivo interno que tem lugar dentro das 
paredes do órgão parlamentar e um momento constitutivo externo que acontece fora da 
Assembleia da República e que clama a intervenção de outro órgão. 
A primeira parte desse momento constitutivo consiste na vontade final do órgão que, para 
efeitos simbólicos e políticos, é o autor formal do ato legislativo, a Assembleia da República. 
O outro momento que ocorre na fase constitutiva do procedimento legislativo nacional 
relaciona a vontade final do órgão parlamentar com a intervenção de um órgão exterior: o 
Presidente da República. 
A fase da aprovação parlamentar reparte-se por três diferenciados atos, no seu efeito e, na 
maior parte dos casos, nos respetivos protagonistas patentes no n.º2 do artigo 183 da CRM 
nomeadamente: 
• Á votação na Generalidade; 
• Á votação na Especialidade; e 
• Á votação final Global. 
 
6 
 
A primeira intervenção – que respeita à análise pelo Plenário sobre o conteúdo e princípios 
fundamentais e a sistemática do projeto ou da proposta de lei, assume a importância de se 
saber se determinada iniciativa legislativa deve continuar o seu percurso ou se, pelo contrário, 
não obstante já ter sido apreciada na fase instrutória, não reúne a vontade parlamentar suficiente 
para prosseguir o iter legislativo. 
A segunda intervenção – que cabe à comissão especializada nas matérias que não são da 
competência específica do plenário parlamentar é de pormenor, pois que consiste na discussão, 
artigo a artigo, alínea por alínea ou número por número, seguindo-se a votação.” 
A terceira e última intervenção – necessariamente da competência do plenário parlamentar e 
só possível com a aprovação do texto legislativo na especialidade – significa a definitiva e 
firme vontade da Assembleia da República em relação ao mesmo. 
 
4.2.4. Fase da Promulgação (artigo 162 nº1 da CRM). 
De acordo com GOUVEIA, O momento constitutivo do procedimento legislativo parlamentar 
igualmente integra a intervenção do Presidente da República, agora numa dimensão externa à 
da elaboração inicial do diploma legislativo, a quem o decreto legislativo, depois de aprovado 
e redigido, é enviado para promulgação. 
Assim sendo a promulgação é o ato pelo qual, o Presidente da República atesta a existência da 
lei e ordena que seja observada. É a formação formal, categórica, que o Presidente da República 
executa para que a lei (leis, decretos-leis e decretos regulamentares) exista e tenha valor 
jurídico, porque foi elaborada segundo os tramites e preceitos constitucionais. 
O Presidente da República tem ao seu dispor três comportamentos alternativos nomeadamente: 
• O pedido da fiscalização preventiva da constitucionalidade da lei, devendo fazê-lo no 
prazo de trinta dias a contar da receção do diploma; (nº 2 da CRM no artigo 162). 
• A promulgação da lei, para tanto gozando do prazo de trinta dias desde a sua receção; 
(primeira parte do número 2 do artigo 162 da CRM); 
• O veto da lei, no mesmo prazo de trinta dias, ato que deve ser, no entanto, 
fundamentado em mensagem enviada à Assembleia da República. (nº 3 do artigo 162 
da CRM). 
 
7 
 
 A promulgação significa uma apreciação positiva de mérito por parte do Chefe de Estado a 
respeito do sentido da legislação aprovada pelo órgão competente e que lhe é enviada, assim 
implicando a sua acordança com a mesma. 
Se, porém, o Chefe de Estado entender que o diploma legislativo não merece o seu 
assentimento, por razões de mérito, deverá vetá-lo politicamente, o mesmo é dizer, rejeitar a 
continuação do seu procedimento. 
Com o veto político, ato que carece de fundamentação, o decreto legislativo é devolvido à 
Assembleia da República para efeitos de apreciação no sentido da superação do veto político 
produzido. 
Com a promulgação do decreto legislativo, segue-se uma outra fase, exceto se o Presidente da 
República optar pelo veto político, hipótese em que se abre um leque de três possibilidades de 
agir: 
• A aprovação da lei pela maioria de 2/3 dos Deputados, gerando a obrigação de o 
Presidente da República promulgar e mandar publicar a lei; (artigo 162, nº 4, da CRM); 
• A reaprovação do decreto com a introdução de alterações, caso em que a maioria 
aplicável é a maioria deliberativa geral, devendo o diploma ser reenviado ao Presidente 
da República para nova apreciação para efeitos de promulgação ou veto político; 
• A não confirmação do decreto, situação em que o respetivo procedimento legislativo 
termina por caducidade. 
 
4.2.5. Fase da Publicação (artigo 143 da CRM) 
A Publicação é o meio usado para que a lei chegue ao conhecimento dos seus destinatários. Na 
República de Moçambique, as leis são publicadas no Boletim da República, conforme 
estabelece o artigo 143 da CRM.Antes da publicação, a lei já existe juridicamente, mas ainda não tem valor prático, porque não 
entra logo em vigor. Para que as leis possam ser aplicadas e tenham eficácia, é necessário que 
sejam publicadas. 
O artigo 143 da CRM enumera ainda, os principais actos sujeitos a publicação no Boletim da 
República, e estatui no seu número 1, que a falta de publicação destes actos implica a sua 
ineficácia jurídica. 
 
8 
 
4.2.6. Vocatio legis 
o termo Vocatio legis refe-se ao intervalo entre a publicação de uma norma e a sua entrada 
vigor, de forma a possibilitar o conhecimento pelos destinatários 
 
4.2.7Entrada em Vigor 
Momento em a lei começa a produzir efeitos, é também denominada fase da eficácia 
legislativa, para o que se impõe a realização de um adequado conjunto de procedimentos. 
Com a publicação completam-se todos os requisitos para a entrada em vigor da lei, mas entre 
a publicação e a entrada em vigor da lei, há sempre um lapso de tempo a que se chama Vacation 
Legis, como já referido no ponto anterior. Assim sendo os atos legislativos e outros atos de 
conteúdo genérico entram em vigor no dia neles fixados, não podendo, em caso algum, o início 
da vigência verificar-se no próprio dia da publicação. 
Só assim a comunidade política em geral pode ficar a conhecer o Direito que a rege, assim se 
evitando fontes escondidas, pois todos os atos jurídico-públicos, devem ser publicados no 
Boletim da República, sob pena de ineficácia jurídica. 
A explicitação legal do regime da entrada em vigor dos diplomas legislativos, subdivide-se em 
dois esquemas possíveis para o início da vigência dos diplomas legislativos nomeadamente: 
• Na data neles fixada; 
• Na ausência de uma data específica, 15 dias após a sua publicação. 
Se estabelece que, as leis aprovadas pela Assembleia da República e todos os demais diplomas 
legais entram em vigor quinze dias após a sua publicação em Boletim da República, salvo se 
neles se fixar outra data, o prazo de quinze dias conta-se a partir da data da efetiva publicação 
das leis e demais diplomas, sendo também esta a que neles deve constar. 
 
 
 
 
 
9 
 
5.Conclusão 
Findo trabalho, pudemos perceber que o procedimento legislativo visa a formação ou produção 
de leis através dos actos legislativos dos órgãos competentes para o fazer e, esse procedimento 
legislativo comporta fases que são indispensáveis na formação das leis. As fases do 
procedimento legislativo por sua vez, obedecem e correspondem a um conjunto de normas, à 
este conjunto de normas designa-se tramitação legislativa. Na República de Moçambique, as 
normas que regulam o procedimento legislativo encontram-se consgradas na CRM e na RAR. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
6.Referências Bibliográficas 
Constituição da República de Moçambique. Escolar Editora, 2018 
GOUVEIA, Jorge Bacelar. Direito Constitucional de Moçambique. Lisboa: IDiLP, 2015. 
GREGÓRIO, Jorge. Introdução ao Estudo do Direito. Sociedade Editora, 2009. 
MACIE, Albano. Direito Processo Parlamentar Moçambicano. Escolar Editora, 2012. 
MARQUES DA SILVA, Germano. Introdução ao Estudo do Direito. (3.ª ed). Universidade 
Católica Editora. 
MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. (23.ª ed). São Paulo: Editora Atlas, 2008.

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