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PSICOLOGIA HOSPITALAR 1 PSICOLOGIA HOSPITALAR ESPECIFICIDADES DO TRABALHO NO HOSPITAL ESPAÇOS DE ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NO HOSPITAL (Maria Juliana Vieira Lima CRP 11/09320 e Fernanda Gomes Lopes CRP 11/07624) PSICOLOGIA DA SAÚDE X PSICOLOGIA HOSPITALAR A especialidade Psicologia Hospital é inexistente em outros países, sendo denominada Psicologia da Saúde. No Brasil, esses dois conceitos não são equivalentes, pela compreensão do significado dos próprios termos – saúde e hospital. Enquanto saúde é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como sendo “um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não somente a ausência de doenças”, hospital diz respeito à instituição de cuidado com pacientes que apresentam doenças já instaladas. Assim, o próprio significado da palavra saúde leva-nos a refletir sobre a prática profissional centrada na intervenção primária, secundária e terciária (CASTRO; BORNHOLDY, 2004). Psicologia da Saúde A Psicologia da Saúde tem como objetivo compreender como os fatores biológicos, psicológicos e sociais perpassam o processo saúde-doença. Tem como tripé as Ciências Biomédicas, Psicologia Clínica e Psicologia Comunitária. É o campo de especialização da psicologia que aplica seus princípios, técnicas e conhecimentos científicos para avaliar, diagnosticar, tratar, modificar e prevenir os problemas físicos, mentais ou qualquer outro relevante para os processos de saúde e doença. O psicólogo da saúde pode atuar em diferentes contextos: hospitais, centros de saúde comunitários, organizações não governamentais, domicílios, etc. Psicologia Hospitalar Psicologia hospitalar é o campo de entendimento e tratamento dos aspectos psicológicos em torno do adoecimento e processo de hospitalização. De acordo com a definição do órgão que rege o exercício profissional do psicólogo no Brasil, o CFP (2003), o psicólogo especialista em Psicologia Hospitalar tem sua função centrada nos âmbitos secundário e terciário de atenção à saúde, atuando em instituições de saúde e realizando atividades como: atendimento psicoterapêutico; grupos psicoterapêuticos; grupos de psicoprofilaxia; atendimentos em ambulatório e unidade de terapia intensiva; pronto PSICOLOGIA HOSPITALAR 2 atendimento; enfermarias em geral; psicomotricidade no contexto hospitalar; avaliação diagnóstica; psicodiagnóstico; consultoria e interconsultoria. (CASTRO; BORNHOLDT, 2004) Resumidamente, as diferenças e convergências entre essas duas áreas de atuação encontram- se dispostas no quadro abaixo. PSICOLOGIA HOSPITALAR A Psicologia Hospitalar teve início em 1950, com um grupo de psicólogos de São Paulo, a partir do trabalho realizado em hospitais gerais, diferenciando da prática clínica tradicional. Foi reconhecida como especialidade pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) em 2000. Apresentaremos a seguir alguns aspectos fundamentais da Psicologia Hospitalar, dentre eles: construção histórica; definições e objetivos; fundamentos básicos; modelos de atenção hospitalar e o psicólogo no trabalho em equipe; perspectivas de atuação: descrição da prática, diagnóstico e terapêutica; delimitação das características e peculiaridades do espaço hospitalar (setting); áreas de atuação; e o trabalho com a morte (tanatologia). HISTÓRICO O hospital como instrumento terapêutico é uma invenção que data o final do século XVIII, através do deslocamento da intervenção médica e da displinarização do espaço hospitalar. No Brasil, os primeiros relatos de psicólogo no contexto hospitalar dataram a década de 50. A regulamentação da profissão de psicólogo ocorreu apenas em 1962 (Lei no.4.119), que descreveu a formação como generalista, com três áreas bases de atuação: educacional, clínica e aplicada ao trabalho. PSICOLOGIA HOSPITALAR 3 Dessa forma, a psicologia hospitalar, de início, não teve consistência teórica, passando a utilizar recursos técnicos e metodológicos emprestados de outras áreas de conhecimento da psicologia, principalmente como tentativa de transpor o modelo clínico tradicional para o ambiente hospitalar. Assim, o ingresso do psicólogo nos hospitais não contava, a princípio, com um conhecimento construído que fundamentasse seu fazer. A construção do corpo teórico se fundamentou na própria diversidade do campo, abrigando diversas abordagens teóricas complementares, com perspectivas diferenciadas de seu objeto de estudo e intervenção. A carência original de saberes e fazeres mobilizou a produção sistemática de conhecimento, articulando o tripé assistência, ensino e pesquisa, e focando na tríade paciente, família e equipe (ISMAEL, 2005). A partir do trabalho pioneiro de Mathilde Neder, como início da construção da psicologia hospitalar, apresentaremos os principais marcos históricos que contribuíram para sedimentação da área. Outros autores referenciados foram importantes pra construção desse saber, dentre eles Alfredo Simonetti, Heloisa Benevides de Carvalho Chiattone, Valdemar Augusto Angerami-Camon, Maria Helena Franco, Silvia Maria Cury Ismael, BelkissRomano, Maria Livia T. Moretto, Ricardo Werner Sebastiani, entre outros. 1954 – Mathilde Neder dá início a Psicologia Hospitalar, desenvolvendo atividades no Hospital das Clínicas da USP, mais especificamente na Clínica Ortopédica e Tramatológica, sendo convidada a dar suporte psicológico de crianças submetidas à cirurgia de coluna e seus familiares. 1974 – Belkiss Romano é convidada para organizar e implantar o Serviço de Psicologia no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da USP. 1976 – PUC-SP primeiro curso de atuação no psicólogo no hospital do Brasil, para alunos de graduação, sob responsabilidade de Belkiss Romano. 1981 – Instituto Sedes Sapientiae, em SP, oferece primeiro curso de Especialização em Psicologia Hospitalar, coordenado por Angerami-Camon. 1983 – I Encontro Nacional de Psicologia da Área Hospitalar, organizado por Belkiss Romano, primeiro evento nacional a reunir psicólogos do Brasil. No mesmo ano, publicação do livro Atuação do Psicólogo em Área Hospitalar. 1985 – II Encontro Nacional de Psicologia da Área Hospitalar, com objetivo de construir definições quanto aos rumos da categoria. 1988 – III Encontro Nacional de Psicologia da Área Hospitalar, coordenado por Marisa Sá Leitão. No mesmo ano, Bellkiss Romano defende primeira defesa de doutorado brasileira abordando psicologia hospitalar. PSICOLOGIA HOSPITALAR 4 1991 – IV Encontro Nacional de Psicologia da Área Hospitalar, coordenado por Tateana Forte. Primeiro exemplar Revista de Psicologia Hospitalar. 1992 – I Congresso Brasileiro de Psicologia Hospitalar. 1994 – II Congresso Brasileiro de Psicologia Hospitalar. 1996 – III Congresso Brasileiro de Psicologia Hospitalar. 1997 – Fundação da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar (SBPH). 2000 – Psicologia Hospitalar reconhecida como especialidade pelo CFP. PSICOLOGIA HOSPITALAR – QUESTÕES QUESTÃO 1. (RESMULTI/UNIFESP, 2014) Segundo Michel Foucault, no texto “O Nascimento do Hospital”: I. Os hospitais existem há milênios como instituições de cura, mas apenas no século XVIII descobriu- se que eles não curavam tão bem como deviam. II. Apenas no século XVIII o hospital passou a ser uma instituição médica. III. O primeiro fator que levou à transformação que deu origem ao hospital moderno foi a anulação de seus efeitos nocivos e da desordem, que poderia suscitar doenças tanto nas pessoas internadas, como na população da cidade. IV. A disciplina é a análise do espaço, a individualização pelo espaço, a inserção dos corpos em um espaço individualizado, classificatório, combinatório. V. O médico sempre foi um personagem frequente no hospital mas, com o avanço da medicina no século XVIII, passou a ser o principal gestor dessa instituição.a) As alternativas I, II e IV estão corretas. b) As alternativas I, II e V estão corretas. c) As alternativas II, III e IV estão corretas. d) As alternativas II, III e V estão corretas; e) Todas as alternativas estão corretas. QUESTÃO 2. (UEM, 2018) Sobre a psicologia hospitalar no Brasil, considere as proposições abaixo. I) De acordo com a definição do órgão que rege o exercício profissional do psicólogo no Brasil, o Conselho Federal de Psicologia (CFP), o psicólogo especialista em psicologia hospitalar tem sua função centrada nos âmbitos secundário e terciário de atenção à saúde. II) Para que possamos entender o surgimento e a consolidação do termo “psicologia hospitalar” em nosso país, é importante ressaltar que as políticas de saúde no Brasil são centradas no hospital desde a década de 1940, em um modelo que prioriza as ações de saúde via atenção secundária (modelo clínico/assistencialista) e que deixa em segundo plano as ações ligadas à saúde coletiva (modelo sanitarista). III) No século XX, o hospital passou a ser o símbolo máximo de atendimento em saúde, ideia que, de alguma maneira, persiste até hoje. Muito provavelmente, essa é a razão pela qual, no Brasil, o trabalho da psicologia no contexto hospitalar recebe uma denominação específica (“psicologia hospitalar”), e não “psicologia da saúde”. PSICOLOGIA HOSPITALAR – QUESTÕES Após análise das proposições acima, assinale a alternativa correta. a) Todas as proposições estão corretas. b) As proposições I e II estão corretas. c) As proposições II e III estão corretas. d) As proposições I e III estão incorretas. e) As proposições II e III estão incorretas. QUESTÃO 3. (SSA-HMDCC, 2015) A maioria dos pesquisadores reconhece o início oficial da Psicologia Hospitalar no Brasil no seguinte contexto: (Assinale a alternativa correta). a) na década de 1950, com Matilde Neder e a instalação do Serviço de Psicologia Hospitalar no Hospital das Clínicas, especificamente na Clínica Ortopédica e Traumatológica. b) na década de 1970, com Bellkiss Wilma Romano Lamosa e a implantação do Serviço de Psicologia do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas. c) em 1979, com Wilma C. Torres e a coordenação do Programa de Estudos e Pesquisas em Tanatologia da Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro. d) em 1981, com Valdemar Augusto Angerami-Camon e o oferecimento do primeiro curso de Especialização em Psicologia Hospitalar, no Instituto Sedes Sapientiae de São Paulo. OBJETIVO DA PSICOLOGIA HOSPITALAR A Psicologia Hospitalar é o campo de entendimento e tratamento dos aspectos psicológicos em torno do adoecimento (SIMONETTI, 2004), portanto, busca “dar voz à subjetividade do paciente, restituindo-lhe o lugar de sujeito que a medicina afasta” (MORETTO, 2001). Tem como objetivo principal a minimização do sofrimento provocado pela hospitalização. Busca intervir com paciente e família, mas também em articulação com equipe interprofissional (ANGERAMI-CAMON, 2002; SIMONETTI, 2004). #IMPORTANTE: Essa questão é recorrente em provas! O objetivo da Psicologia Hospitalar é minimizar o sofrimento decorrente do adoecimento e hospitalização dos pacientes e seus familiares. Pode-se trabalhar com as diferentes abordagens psicológicas no ambiente hospitalar. PSICOLOGIA HOSPITALAR – QUESTÕES QUESTÃO 4. (VUNESP-MPE-ES, 2013) A Psicologia Hospitalar tem como objetivo primordial: a) entender e tratar os aspectos psicológicos relacionados ao adoecimento. b) tratar doenças com causas psicológicas conhecidas como psicossomáticas. c) diagnosticar e tratar doentes mentais no contexto dos hospitais psiquiátricos. d) dar apoio psicológico a profissionais de saúde que trabalham em hospitais. e) assegurar a eficiência dos processos de atendimento em instituições hospitalares. QUESTÃO 5. (UFSM, 2015) Assinale a alternativa correta sobre a Psicologia no contexto hospitalar. a) O objetivo principal da área consiste na minimização do sofrimento e, eventualmente, das consequências provocadas pela hospitalização. b) O objetivo principal da área é propiciar ao paciente autoconhecimento, autocrescimento e cura dos sintomas. c) Assim como na psicoterapia, o setting e a atuação do psicólogo são semelhantes e ocorrem por meio de um processo no qual a procura e determinação do seu início surge a partir da mobilização do paciente. d) O processo de hospitalização deve ser compreendido como um processo de institucionalização hospitalar, de modo que a atenção do psicólogo abranja o período no qual se inicia e se encerra a hospitalização. e) A despersonalização do paciente refere-se a um quadro psicopatológico, no qual a intervenção do profissional da Psicologia consiste em mais um estímulo auxiliar ao caráter curativo no processo saúde-doença. QUESTÃO 6. (COREMU/HUPAA/UFAL/PROPEP, 2018) O aparecimento de uma doença física, geralmente, representa para a pessoa uma perda de controle sobre o corpo e sua própria vida. O sujeito vivencia vulnerabilidade e comprometimento de sua autoestima. Ao ser hospitalizado, o paciente atravessa um período de rompimento com sua rotina, laços familiares, de trabalho, convivência social e demais atividades que lhe concedem identidade. Sendo assim, assinale a alternativa correta sobre o trabalho do psicólogo no hospital. a) Ofertar espaço para escutar o paciente, falar sobre si mesmo, sua doença, o que sente, pensa, e, assim, favorecer o surgimento da subjetividade, para, então, possibilitar ressignificação da sua vida. b) Tem como foco primordial de atenção a doença do paciente, avaliação da sua condição física e, a partir desse olhar, ajudar na realização do trabalho dos demais integrantes da equipe de saúde. PSICOLOGIA HOSPITALAR – QUESTÕES A atuação do psicólogo no âmbito hospitalar é fundamental, pois contribui com a minimização do sofrimento provocado pela doença e hospitalização. O trabalho do psicólogo vai além do atendimento ao paciente e seus familiares, atuando geralmente nas equipes multidisciplinares, exercendo o papel de interlocutor na relação* paciente-família-profissional. (ANGERAMI-CAMON, 2002) #ATENÇÃO!! Atua em instituições de saúde, participando da prestação de serviços de nível secundário ou terciário da atenção a saúde. Atua também em instituições de ensino superior e/ou centros de estudo e de pesquisa, visando o aperfeiçoamento ou a especialização de profissionais em sua área de competência, ou a complementação da formação de outros profissionais de saúde de nível médio ou superior, incluindo pós graduação lato e stricto sensu. Atende a pacientes, familiares e/ou responsáveis pelo paciente; membros da comunidade dentro de sua área de atuação; membros da equipe multiprofissional e eventualmente administrativa, visando o bem estar físico e emocional do paciente; e, alunos e pesquisadores, quando estes estejam atuando em pesquisa e assistência. Oferece e desenvolve atividades em diferentes níveis de tratamento, tendo como sua principal tarefa a avaliação e acompanhamento de intercorrências psíquicas c) No contexto hospitalar, focaliza sua atenção para os fenômenos psíquicos, separando-os dos demais aspectos de funcionamento do sujeito. d) Funcionar como interceptador, bloqueando o acesso do paciente ansioso ao médico que o atende. e) A cura da doença é o objeto de estudo e trabalho da psicologia no contexto hospitalar. FUNDAMENTOS BÁSICOS O psicólogo hospitalar tem sua prática baseada no tripé ensino, pesquisa e assistência. A prática assistencial é realizada com a tríade paciente, família e equipe, realizando atendimento aos dois primeiros e suporte ao último. Dessa maneira, o psicólogo nesse contexto necessita habilitar-se para uma prática individualizada, mas também para desenvolver habilidades capazes de o capacitar para trabalhar em equipe (ISMAEL, 2005). PERSPECTIVAS DEATUAÇÃO Descrição da prática A psicologia hospitalar foi reconhecida como especialidade pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) no ano 2000, através da Resolução nº014/00. Na Resolução nº 02/2001, o CFP descreve as atribuições do psicólogo: #FICADICA: Essa resolução é presente constantemente em provas de concurso, por apresentar, de forma bem abrangente, as atribuições do psicólogo hospitalar. QUESTÃO 7. (PSU/RESMULTI, 2017) A Resolução 02/2001, do Conselho Federal de Psicologia institui o título profissional de especialista em Psicologia. Considerando a referida resolução, assinale a alternativa CORRETA acerca das atribuições do psicólogo hospitalar: a) Atua em instituições de saúde, participando da prestação de serviços de nível primário, secundário ou terciário da atenção à saúde. b) Atua como consultor interno, participando do desenvolvimento das instituições, para facilitar processos de grupo e de intervenção psicossocial nos diferentes níveis de atenção. c) Tem como principal tarefa a avaliação e acompanhamento de intercorrências psíquicas dos pacientes, família e equipe de saúde. d) Atua também em instituições de ensino superior e/ou centros de estudo e de pesquisa, visando o aperfeiçoamento ou a especialização de profissionais em sua área de competência, ou a complementação da formação de outros profissionais de saúde de nível médio ou superior. QUESTÃO 8. (UEM, 2018) De acordo com o Conselho Federal de Psicologia (CFP, 2001), NÃO faz (em) parte das atribuições de especialidades listadas no rol de psicologia hospitalar: a) atender a pacientes, familiares e/ou responsáveis pelo paciente; membros da comunidade dentro de sua área de atuação; membros da equipe multiprofissional e eventualmente administrativa, visando ao bem-estar físico e emocional do paciente; alunos e pesquisadores, quando estes estejam atuando em pesquisa e assistência. dos pacientes que estão ou serão submetidos a procedimentos médicos, visando basicamente a promoção e/ou a recuperação da saúde física e mental. Promove intervenções direcionadas à relação médico/paciente, paciente/família, e paciente/paciente e do paciente em relação ao processo do adoecer, hospitalização e repercussões emocionais que emergem neste processo. O acompanhamento pode ser dirigido a pacientes em atendimento clínico ou cirúrgico, nas diferentes especialidades médicas. Podem ser desenvolvidas diferentes modalidades de intervenção, dependendo da demanda e da formação do profissional específico; dentre elas ressaltam-se: atendimento psicoterapêutico; grupos psicoterapêuticos; grupos de psicoprofilaxia; atendimentos em ambulatório e Unidade de Terapia Intensiva; pronto atendimento; enfermarias em geral; psicomotricidade no contexto hospitalar; avaliação diagnóstica; psicodiagnóstico; consultoria e interconsultoria. No trabalho com a equipe multidisciplinar, preferencialmente interdisciplinar, participa de decisões em relação à conduta a ser adotada pela equipe, objetivando promover apoio e segurança ao paciente e família, aportando informações pertinentes à sua área de atuação, bem como na forma de grupo de reflexão, no qual o suporte e manejo estão voltados para possíveis dificuldades operacionais e/ou subjetivas dos membros da equipe. PSICOLOGIA HOSPITALAR – QUESTÕES b) oferecer e desenvolver atividades em diferentes níveis de tratamento, tendo como sua principal tarefa a avaliação e o acompanhamento de intercorrências psíquicas dos pacientes que estão ou que serão submetidos a procedimentos médicos, visando basicamente à promoção e/ou à recuperação da saúde física e mental. c) promover intervenções direcionadas à relação médico/paciente, paciente/família e paciente/paciente e do paciente em relação ao processo do adoecer, hospitalização e repercussões emocionais que emergem nesse processo. d) atuar também em instituições de ensino superior e/ou centros de estudo e de pesquisa, visando ao aperfeiçoamento ou à especialização de profissionais em sua área de competência ou à complementação da formação de outros profissionais de saúde de nível médio ou superior, incluindo pós-graduação lato e stricto sensu. e) atuar na investigação e intervenção nos processos de aprendizagem de habilidades e conteúdos acadêmicos. Na psicologia hospitalar, é necessária construção de um olhar ampliado, que enxergue o sujeito para além do biológico. Como demonstra Simonetti (2004, p.21) enquanto a psicologia “faz da subjetividade seu foco, a medicina exclui a subjetividade do seu campo epistêmico de forma sistemática, tendo mesmo como ideal uma suposta abordagem objetiva do adoecimento não enviesada por sentimentos e desejos. Acaba por excluir a subjetividade tanto do paciente como do médico”. Destarte, a medicina quer esvaziar paciente de subjetividade e a psicologia mergulhar na mesma; a medicina visa curar doenças e salvar vidas, e a psicologia, reposicionar sujeito em relação a sua doença. O destino do sintoma para psicologia não é excluí-lo, mas escutar o que ele tem a dizer, pois carrega dimensão de mensagem. Psicologia Hospitalar Medicina Conhecimento da situação existencial e subjetiva da pessoa adoentada em sua relação com a doença. Conhecimento da doença por meio dos seus sintomas. Classificação Internacional de Doenças – CID-10 PSICOLOGIA HOSPITALAR – QUESTÕES ESPECIFICIDADE DO TRABALHO DO PSICÓLOGO NO HOSPITAL SETTING HOSPITALAR O setting terapêutico do ambiente hospitalar difere-se em diversos aspectos da clínica tradicional. QUESTÃO 09. Na perspectiva Psicodinâmica, o processo de acompanhamento psicológico em enfermaria apresenta algumas peculiaridades que precisam ser consideradas e devem obedecer a uma sequência específica de fases, embora, muitas vezes, alterações nessa ordem sejam necessárias. Nesse contexto, analise os itens abaixo. I Avaliação psicológica. II Diagnóstico situacional e planejamento terapêutico. III Acolhimento e apoio. IV Ação terapêutica. São fases do acompanhamento psicológico em enfermaria as etapas referidas nos itens a) II, III e IV. b) I, II e III. c) I, II e IV. d) I, III e IV. PSICOLOGIA HOSPITALAR – QUESTÕES PSICOLOGIA HOSPITALAR – QUESTÕES QUESTÃO 10. (IDIB, 2016) No contexto hospitalar, onde o risco de vida e a possibilidade da morte estão sempre presentes, o profissional da Psicologia pode facilitar e/ou favorecer a escuta e a elaboração das questões vivenciadas pelos pacientes e a isto se pode denominar promoção de saúde e de qualidade de vida. Neste sentido, sobre a Psicologia Hospitalar, aponte a alternativa INCORRETA: a) Muitas vezes, o espaço físico do hospital é tumultuado, as condições de privacidade no momento do atendimento são precárias e as interrupções por outros profissionais são frequentes. b) A psicoterapia breve é uma prática exclusiva do psicólogo hospitalar, sendo a única forma possível de trabalho do profissional nesse contexto, devido à alta rotatividade da instituição. c) Conforme a Resolução do CFP nº 02/2001, o título de especialista em Psicologia Hospitalar será concedido pelos Conselhos Regionais de Psicologia, após aprovação em concurso de provas e títulos prestados junto ao CFP ou conclusão de curso de especialização credenciado pelo CFP. d) Uma das principais atribuições do psicólogo hospitalar é acolher e trabalhar com pacientes, bem como suas famílias, em sofrimento psíquico decorrente de suas patologias, internações e tratamentos. QUESTÃO 11. (COSEAC, 2019) A Psicologia Hospitalar é o campo de tratamento dos aspectos psicológicos em torno do adoecimento, visando à minimização do sofrimento provocado pela hospitalização. De acordo com Cantarelli, é importante evidenciar que esta especialidade da psicologia visa a ter um olhar como um todo para o paciente, ou seja, nãofaz dicotomia entre: a) classes sociais. b) faixa etária. c) causas psicogênicas versus causas orgânicas. d) saúde pública versus saúde privada. e) psiquiatria versus psicologia. PSICOLOGIA HOSPITALAR – QUESTÕES 9 QUESTÃO 12. (AOCP-EBSERH, 2016) O setting terapêutico, também entendido como local do atendimento, tem suas particularidades quando diz respeito à psicologia hospitalar. Sobre o setting nesse contexto, assinale a alternativa correta. a) O setting no hospital é a sala do psicólogo, onde o paciente é atendido com tranquilidade e livre de intercorrências. b) O psicólogo hospitalar deve ir ao encontro do paciente para realizar atendimento, porém evita-se alas muito cheias, como o pronto-socorro, devido à falta de privacidade e possível violação do sigilo. c) O setting, no contexto hospitalar, é muito complexo, pois necessita de uma estrutura adequada para poder funcionar, seguindo algumas normas que garantam a comodidade tanto do paciente como do profissional. d) Um setting bem estruturado é a base para um bom atendimento psicológico. e) O local do atendimento em psicologia hospitalar é onde o paciente está e o psicólogo necessita encontrar uma postura flexível e criativa objetivando contornar as dificuldades. QUESTÃO 13. (RESMULTI/IMIP, GRUPO 43) Em relação ao setting hospitalar, assinale a alternativa INCORRETA. a) O processo de atendimento não é, necessariamente, contínuo, podendo sofrer interrupções, adiamentos e cancelamentos. b) Reconhece-se a prioridade/hierarquia das ações clínicas desenvolvidas por enfermeiros e médicos em relação àquelas do psicólogo. c) A frequência e o tempo de duração dos atendimentos, para evitar efeitos de resistência, são pouco flexíveis face ao enquadre previamente definido. d) O atendimento, pelas contingências do ambiente físico e da condição clínica do paciente, pode ser desenvolvido no próprio leito do internamento. e) A escuta privilegia os temas relacionados ao processo de adoecimento e/ou hospitalização, daí ser uma ação de apoio emocional e não, um atendimento psicoterápico sistemático (ou clássico). SETORES DE ATUAÇÃO As contribuições do psicólogo no ambiente hospitalar não se diferenciam apenas considerando as particularidades do campo institucional, mas também o local de intervenção. Como revela Romano (1999) “se reconheço a potencialidade de um local em desencadear reações psíquicas, antevejo a demanda e a ela devo me antecipar. Não há, dentro do hospital, o tempo de uma vida inteira para agir”. PSICOLOGIA HOSPITALAR – QUESTÕES Ambulatório “Destina-se ao atendimento de paciente primordialmente para diagnóstico e tratamento, através da execução de ações de promoção, recuperação e reabilitação dirigidas ao indivíduo, à família e ao meio, quando constatada a não necessidade de internação” (PROAHSA, 1978). Enfermaria “As unidades de internação tornaram-se o local reservado a receber pacientes que necessitam de assistência médica e de enfermagem por 24 horas” (PROAHSA, 1978). Unidade de Terapia Intensiva “Se destinam a receber pacientes em estado grave, com possibilidade de recuperação, exigindo permanentemente assistência médica e de enfermagem, além da utilização eventual de equipamentos especializados” (PROAHSA, 1978). Emergência “Destina-se ao atendimento diagnóstico e tratamento de pacientes acidentados ou acometidos de mal súbito com ou sem risco iminente de vida. É uma grande sala de espera de todos os problemas sociais” (PROAHSA, 1978). QUESTÃO 14. (RESMULTI/UNIFESP, 2014) É característica do trabalho nas unidades de emergência no hospital: a) Necessidade constante de tomar decisões rápidas b) Imprevisibilidade, o inesperado é rotina c) Estrutura com sobrecarga de trabalho d) Atendimento a familiares e) Todas as alternativas estão corretas QUESTÃO 15. (RESMULTI/UNIFESP, 2014) Segundo Alfredo Simonetti, no livro “Manual de Psicologia Hospitalar”, “o objetivo do pronto-socorro é a estabilização das funções vitais do paciente e o alívio da dor”. Considerando-se a necessidade do atendimento médico emergencial, a intervenção do psicólogo acontece: a) Logo na entrada, pois desde o primeiro momento o psicólogo deve ser um mediador, traduzindo para os médicos e enfermeiros a angústia subjetiva do paciente. PSICOLOGIA HOSPITALAR – QUESTÕES b) Num segundo momento, quando não há mais risco de morte, devendo acontecer de maneira calma e tranquila e de modo a criar um ritmo menos agitado e mais acolhedor para o paciente. c) Num segundo momento e sempre em local próprio e privado, longe do ritmo de agitação e correria dos demais profissionais, para que o paciente se tranquilize e possa falar mais longamente sobre a angústia decorrente de sua situação num ambiente sigiloso. d) Apenas com os familiares e acompanhantes, uma vez que o paciente está sendo submetido a cuidados de emergência junto à equipe médica e de enfermagem. e) Em todos os momentos, procurando acalmar o paciente durante os procedimentos médicos mais dolorosos e, ao mesmo tempo, dando suporte aos acompanhantes e familiares presentes para que eles se sintam seguros e confortáveis em relação à equipe de saúde. QUESTÃO 16. (PSU-RESMULTI/CE, 2017) Acerca dos objetivos gerais do acompanhamento psicológico na UTI, assinale a alternativa CORRETA: a) Favorecer a atenção integral a família e equipe de saúde à equipe de saúde, favorecendo a elaboração da culpa com o desinvestimento natural no caso dos pacientes terminais. b) Possibilitar uma diminuição e/ou amenização das intercorrências que poderão vir a complicar ou retardar a recuperação do paciente. c) Favorecer a adesão à terapêutica medicamentosa ou, na ausência dela, a consciência dos riscos da não adesão. d) Detectar os fatores de stress na equipe de saúde e na família, e fomentar a contenção emocional do paciente, favorecendo os mecanismos de enfrentamento focalizado no problema. QUESTÃO 17. (COREMU/HUPAA/UFAL/PROPEP, 2018) A hospitalização e o adoecer provocam a aproximação do sujeito com sua condição de fragilidade humana. O hospital é um espaço onde o paciente convive, em alguns momentos, com enfermarias lotadas, adiamentos de cirurgias, agravamento do quadro clínico de outros pacientes e demais situações que não estão diretamente relacionadas ao seu estado orgânico, mas que poderão mobilizar conteúdos emocionais. Nesse contexto, assinale a alternativa correta quanto ao atendimento do psicólogo ao paciente no leito hospitalar. a) Não é adequado o trabalho da psicologia no hospital, devido às diversas interferências do ambiente institucional. PSICOLOGIA HOSPITALAR – QUESTÕES b) Para o paciente, o ideal é mantê-lo afastado dos demais para que o resultado do atendimento psicológico possa acontecer. c) O atendimento aconteceu através da manutenção dos modelos da clínica tradicional, transplantando-os para a instituição, e a partir de então realizar o trabalho. d) Os diferentes olhares, que fazem parte da composição de uma equipe multidisciplinar no contexto hospitalar, dificultam não somente a compreensão, como também a realização do trabalho da psicologia no hospital. e) O atendimento aconteceu a partir da articulação entre teoria e prática, com a utilização de estratégias pertinentes à realidade institucional, a fim de possibilitar espaço para expressão da vivência relacionada ao adoecimento e recursos de enfrentamento. QUESTÕES PARA EXERCÍCIO QUESTÃO 18. (RESMULTI/UFRJ, 2014) De acordo com Chiattone (2000), a tarefa psicológica no hospital geral deve seguir alguns objetivos. Escolha a única alternativa abaixo que corresponde a um destes objetivos. a) Estimular a realização de reuniões interdisciplinares para discussão de casos clínicos, estabelecimento de condutas uniformes e aprimoramento do atendimentob) Participar das reuniões de equipe dos diversos setores do hospital para comunicação dos aspectos psicológicos presentes nos casos clínicos c) Promover reuniões multiprofissionais onde os profissionais possam compartilhar as suas vivências e, assim, aumentar a coesão grupal e diminuir o estresse emocional d) Estimular a realização de reuniões interdisciplinares para discussão de casos clínicos, possibilitando que cada profissional leve em consideração os aspectos psicológicos em suas condutas QUESTÃO 19. (COREMU/HUPAA/UFAL/PROPEP, 2017) No hospital, o trabalho do profissional de psicologia requer a necessidade da reconfiguração do espaço do atendimento, contemplando novas ações para além do modelo clínico tradicional. O sujeito confrontado com a doença vê-se diante da exigência de organizar uma nova forma de existência, de ressignificar a vida afetiva e relacional, a partir do diagnóstico e terapêutica estabelecida. Nesse contexto, a intervenção do psicólogo dá-se: I. a partir da compreensão dos processos psíquicos em torno do sofrimento que surge com o diagnóstico e tratamento. A partir daí, estabelecer um espaço continente de escuta ao sujeito, legitimando seus sentimentos, a fim de que ele possa reconhecê-los; II. numa realidade em que a multiplicidade de situações e agentes envolvidos exige do profissional a compreensão acerca do funcionamento do órgão doente, a fim de minimizar os sintomas físicos; III. no momento do encontro com o traumático, impactante. É justamente nessa fragmentação que, paradoxalmente, há um favorecimento para a subjetivação, surgindo, então, a possibilidade da construção de novos caminhos para o enfrentamento da vivência de adoecimento; IV. na interlocução com os pacientes, a partir do reconhecimento das ambivalências e singularidades do discurso e do desejo humano. Dos itens, está(ão) correto(s) a) I, apenas. b) II e III, apenas. c) II e IV, apenas. d) I, III e IV, apenas. e) I, II, III e IV. QUESTÃO 20. (COREMU/HUPAA/UFAL/PROPEP, 2017) No contexto hospitalar, a escuta terapêutica feita pelo psicólogo, com pacientes e familiares, é imprescindível para o trabalho da equipe de saúde. Pode-se dizer que a atuação do psicólogo junto à equipe e pacientes é importante porque é ele que: 1) volta-se para observar e escutar outras situações e sentimentos, além das preocupações apenas com o quadro orgânico; 2) trabalha os conteúdos emocionais que emergem, as fantasias, os medos, as dúvidas sobre o quadro clínico avaliado ou em avaliação pelo médico e demais membros da equipe; 3) assiste os familiares que vivem junto com o paciente, auxiliando-os a se reorganizarem e iniciarem a readaptação das rotinas domésticas e de visitas frequentes ao hospital (FOSSI e GUARESCHI, 2004; SALDANHA et al, 2013). Diante dessas atribuições, pode-se dizer que, para atuar em equipe multiprofissional de hospitais, o psicólogo: I. exerce a função semelhante a um tradutor, junto ao grupo médico-paciente-família e enfermeiro- paciente-família, minimizando os atritos que porventura surjam entre a equipe e o paciente; II. deve exigir, quando do seu ingresso na equipe hospitalar, respeito aos seus procedimentos técnicos e operacionais, não permitindo questionamentos sobre seu trabalho; PSICOLOGIA HOSPITALAR – QUESTÕES III. não precisa se preocupar com a prática clínica que exercia anteriormente em seu consultório particular, porque o paciente em contexto hospitalar é semelhante ao paciente em contexto de consultório ou clínica psicológica; IV. deve compreender que suas ações e formas de comunicação necessitarão ser delimitadas pelo ambiente hospitalar, que interfere no desempenho técnico e na definição da tarefa psicológica; V. considerar necessária a adoção de protocolos de atendimento e manutenção do diálogo com a equipe, através de discussões de casos, das evoluções de prontuários, com dados relevantes e pertinentes para os profissionais da equipe de saúde. Dos itens, verifica-se que estão corretos apenas a) II e IV. b) I, III e IV. c) I, IV e V. d) II, III e V. e) I, II, III e V. QUESTÃO 21. (PSU/RESMULTI, 2018) Considerando a especificidade da Psicologia no contexto hospitalar, qual a alternativa correta acerca do trabalho do psicólogo no hospital? a) O psicólogo deve articular seus conhecimentos com os demais integrantes da equipe, moldando-se ao modelo tradicional. b) A assistência psicológica deve se integrar ao modelo verticalizado e fomentar a tensão pela hegemonia teórica e prática das ações de saúde. c) A principal tarefa do psicólogo hospitalar é auxiliar a tarefa médica, realizando avaliações que assessorem a equipe médica nos diagnósticos diferenciais. d) O profissional deve considerar que o ambiente hospitalar influencia no desempenho técnico e na tarefa assistencial, sendo sua atuação determinada por limites institucionais. QUESTÃO 22. (PSU/RESMULTI, 2017) A avaliação psicológica é uma atividade frequente do psicólogo hospitalar. Assinale a alternativa CORRETA acerca dos objetivos principais da avaliação psicológica no hospital: a) Conhecer o paciente, identificar o problema, definir a intervenção b) Conhecer o funcionamento psicológico pré-mórbido do paciente e da família c) Conhecer o paciente, definir as hipóteses acerca dos conflitos nucleares, delimitar os focos de intervenção PSICOLOGIA HOSPITALAR – QUESTÕES d) Conhecer o paciente, identificar o problema, delimitar o diagnóstico, definir a intervenção, recolher dados para pesquisa QUESTÃO 23. (PSU/RESMULTI, 2017) No hospital a definição da intervenção psicológica baseia-se em uma avaliação inicial. Acerca das intervenções psicológicas no hospital, assinale a alternativa CORRETA: a) Deve considerar eventuais relações entre as manifestações atuais do paciente e aspectos como local específico que o paciente se encontra, histórico e diagnostico atual, personalidade pré-mórbida e padrão de adesão ao tratamento. b) As intervenções psicológicas se diferenciam segundo as necessidades do paciente, as limitações do ambiente e do contexto e as interferências e inter-relações com a equipe de saúde e a família. c) Fatores ambientais como privações, perdas, recursos do ambiente e da comunidade devem ser alvo de intervenções de modificação ambiental com intuito de favorecer a promoção da saúde do paciente. d) As intervenções psicofarmacológicas devem ser associadas a técnicas de relaxamento sempre que o diagnóstico do funcionamento psíquico sugerir um intenso sofrimento psíquico. QUESTÃO 24. (PSU/RESMULTI, 2017) Acerca das estratégias de implantação de um Serviço de Psicologia numa instituição hospitalar, é CORRETO afirmar: a) O psicólogo deve basear-se na demanda que a instituição lhe direciona. b) O psicólogo deve fazer uso da linguagem e nomenclatura técnicas com o intuito de demarcar o corpo conceitual da ciência psicológica para os profissionais de outras especialidades. c) O psicólogo deve iniciar os atendimentos de forma imediata, se comprometendo desde o primeiro momento com a demanda de assistência do serviço. d) O psicólogo deve favorece uma interlocução inicial com a equipe multidisciplinar, esclarecendo os objetivos do trabalho, atividades, recursos necessários e prazos de implantação das ações. QUESTÃO 25. (PSU/RESMULTI, 2017) O Grupo de Sala de Espera é um modelo frequentemente usado nas instituições de saúde. Acerca dos objetivos e características dessa modalidade de trabalho grupal, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa CORRETA: PSICOLOGIA HOSPITALAR – QUESTÕES I- Funcionam como espaço de reflexão do processo saúde e doença II - São grupos centrados na tarefa, seja esta terapêutica, de aprendizagem ou institucional. III -Tem como objetivo a avaliação psicológica para definição de conduta IV -São grupos fechados,heterogêneos e com número de encontros predefinidos a) Apenas a afirmativa I é verdadeira. b) Apenas a afirmativa IV é verdadeira. c) Apenas a afirmativa III é falsa. d) As afirmativas I, II e III são verdadeiras. QUESTÃO 26. (COREMU/HUPAA/UFAL/PROPEP, 2018) A hospitalização gera impacto na vida do paciente, envolve fantasias provenientes de estereótipos relacionados não apenas à patologia, como também ao tratamento. Há uma ruptura no curso de vida da pessoa doente. Ao sofrimento físico provocado por uma doença acrescenta-se o sofrimento emocional da pessoa que sente o funcionamento da sua vida alterado. Sendo assim, é correto afirmar: a) a subjetividade não interfere no processo de enfrentamento da doença. b) para avaliar e tratar patologias, apenas fatores físicos e anatômicos são suficientes. c) a especificidade de cada patologia, a simbologia dos órgãos afetados e a singularidade de cada paciente necessitam consideração durante os atendimentos com a psicologia. d) a complexidade dos fatores psíquicos que emergem na vivência do adoecimento durante a hospitalização, impossibilita as intervenções da psicologia no ambiente hospitalar. e) no percurso de enfrentamento ao adoecimento, não se faz necessário favorecer reflexões para que o paciente possa conviver de modo menos doloroso com as limitações impostas pela doença. # GABARITO 1.C 2.A 3.A 4.A 5.A 6.A 7.D 8.E 9.C 10.B 11.C 12.E 13.C 14.E 15.D 16.B 17.E 18.A 19.D 20.C 21.D 22.A 23.B 24.D 25.A 26-C PSICOLOGIA HOSPITALAR – QUESTÕES