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Direito Registral e Notarial Material 01

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Função notarial e sua competência – Atividade Notarial.
A Lei nº 8.935/94 – Lei dos Cartórios, estabelece a divisão dos serviços
registrais e notariais em razão de suas funções. Conforme o art. 5º da referida
Lei, são sete categorias, as quais definem os serviços prestados em
determinado local sob a titularidade de:
 Art. 5º Os titulares de serviços notariais e de registro são os:
 I - tabeliães de notas;
 II - tabeliães e oficiais de registro de contratos marítimos;
 III - tabeliães de protesto de títulos;
 IV - oficiais de registro de imóveis;
 V - oficiais de registro de títulos e documentos e civis das pessoas
jurídicas;
 VI - oficiais de registro civis das pessoas naturais e de interdições e
tutelas;
 VII - oficiais de registro de distribuição.
NATUREZA - As referidas competências (art. 5º, Lei dos Cartórios)
também são chamadas de natureza, sendo estas, as sete naturezas dos
serviços notariais e registrais (KAMEL; ROCHA JÚNIOR, 2020, p. 86).
FUNÇÃO NOTARIAL E REGISTRAL – A função pública notarial e
registral é privativa do Estado, mas por força de previsão constitucional
expressa, é delegada a profissionais do direito, previamente aprovados em
concurso público, a quem cabe exercê-la em caráter privativo. Os profissionais
do direito, a quem são delegadas essas funções, são chamados de notários e
registradores e exercem suas funções dentro de serventias extrajudiciais. A
responsabilidade em assegurar a publicidade, autenticidade, segurança e
eficácia dos atos jurídicos é atribuída às serventias extrajudiciais, motivo pelo
qual exercem um importante papel para o desenvolvimento econômico e social
do país (DEMCHUK, 2020, p. 7).
Art. 236, CF/88. Os serviços notariais e de registro são exercidos em caráter
privado, por delegação do Poder Público.
§ 1º Lei regulará as atividades, disciplinará a responsabilidade civil e criminal
dos notários, dos oficiais de registro e de seus prepostos, e definirá a
fiscalização de seus atos pelo Poder Judiciário.
§ 2º Lei federal estabelecerá normas gerais para fixação de emolumentos
relativos aos atos praticados pelos serviços notariais e de registro.
§ 3º O ingresso na atividade notarial e de registro depende de concurso
público de provas e títulos, não se permitindo que qualquer serventia fique
vaga, sem abertura de concurso de provimento ou de remoção, por mais de
seis meses.
A teor do texto constitucional, é possível observar que os serviços
notariais e de registro são de caráter público, ou seja, a função é pública,
mas são realizados em caráter privado por meio da delegação da função para
um particular aprovado em concurso público. Através de delegação, o poder
público transfere ao particular o exercício de determinada atividade que por ele
deveria ser desempenhada. No caso, a atividade da prática de atos notariais e
de registro é atribuída a uma pessoa física, o notário ou o registrador
(DEMCHUK, 2020, p. 8).
TITULARES - Os titulares dos serviços notários são os tabeliães, oficiais
de registro, registradores, ou, como conhecidos popularmente, os denominados
cartórios. Aos responsáveis por tais locais de registro, seus titulares, a lei
alcunha de notário ou tabelião, oficial de registro ou registrador. Notário
ou tabelião, e oficial de registro ou registrador, são profissionais do direito,
dotados de fé pública, a quem é delegado o exercício da atividade notarial e de
registro (KAMEL; ROCHA JÚNIOR, 2020, p. 87). O titular pode ter auxiliares
chamados de prepostos.
Ainda, importante observar que, frente ao disposto nos arts. 1º e 3º da
Lei 8.935/94 (também conhecida como Lei dos Cartórios ou Estatuto dos
Notários e Registradores) é possível conceituar o notário e o registrador como
profissionais do direito, dotados de fé pública, a quem é delegado a atribuição
de cuidar da segurança, validade, eficácia e publicidade dos atos jurídicos
(DEMCHUK, 2020, p. 9).
Art. 1º Serviços notariais e de registro são os de organização técnica e
administrativa destinados a garantir a publicidade, autenticidade, segurança e
eficácia dos atos jurídicos.
Art. 3º Notário, ou tabelião, e oficial de registro, ou registrador, são profissionais
do direito, dotados de fé pública, a quem é delegado o exercício da atividade
notarial e de registro.
FORO EXTRAJUDICIAL - Tais serviços, de notariado e de registro, são
chamados em alguns Estados de foro extrajudicial.
ESTABELECIMENTO - Os estabelecimentos que praticam os serviços
extrajudiciais são os ofícios e os tabelionatos. Ambos também são chamados
de serventias. Ex: Os tabelionatos de notas também podem ser chamados de
serventias de notas.
Importante observar que o Código Civil (CC/2002) intitula os locais de
serviços extrajudiciais de cartórios (art. 1.227 CC) (KAMEL; ROCHA JÚNIOR,
2020, p. 87).
OFÍCIO – É o local de titularidade de um oficial de registro, também
chamado de registrador, no qual ocorrem registros absolutos referente a coisas
(ex: venda de imóvel) e pessoas, tanto físicas (nascimento, nome, casamento)
quanto jurídicas (criação, razão social, extinção) (KAMEL; ROCHA JÚNIOR,
2020, p. 88). Ex: ofício de registro civil ou ofício de registro de imóveis
TABELIONATO – É o local de titularidade de um tabelião, também
denominado notário, no qual ocorrem a lavratura de documentos,
reconhecimento de firmas, entre outros atos (KAMEL; ROCHA JÚNIOR, 2020,
p. 88). Ex: Tabelionato de notas e documentos. (Procuração, ata notarial,
escritura pública).
CUMULAÇÃO DE FUNÇÕES – Em regra é vedada. Conforme o art. 26
da Lei de Cartórios, não podem ser acumuladas as funções de tabelião e
registrador (oficial de registro), EXCETO em municípios que não comportam,
em razão do volume dos serviços ou da receita, a instalação de mais de um
dos serviços. Nesse caso, o mesmo delegatário poderá acumular as duas
funções, hipótese na qual os dois nomes são adotados com o conjuntivo e, por
exemplo: 1º Ofício de Registro Civil e Primeiro Tabelionato de Notas de
Botucaru/RS (KAMEL; ROCHA JÚNIOR, 2020, p. 88).
As funções de cada um dos tabelionatos e ofícios serão abordadas no
decorrer da nossa disciplina.
-> LEGISLAÇÕES APLICÁVEIS À DISCIPLINA (continua)
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição da República do Brasil de 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso
em: 15 julho 2021.
BRASIL. Lei nº 8.935, de 18 de novembro de 1994. Regulamenta o art. 236 da
Constituição Federal, dispondo sobre serviços notariais e de registro. (Lei dos
Cartórios). Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8935.htm>. Acesso em: 15 jul. 2021.
BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil.
Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm>. Acesso
em: 06 ago. 2021.
ROCHA JUNIOR, Cid; KAMEL, Antoine Youssef. Noções elementares da
atividade notarial e registral. Curitiba: Intersaberes, 2020.
DEMCHUK, Natália Gonçalves da Rocha. Notários e Registradores. Curitiba:
Contentus, 2020.

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