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FAMILIA_SUCESSOES aula

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DIREITO DAS FAMÍLIAS E SUCESSÕES– ARA0573
PROF. ALEX CADIER - AULA 6 – 15/09/2022
RESUMO DA ÚLTIMA AULA: UNIÃO ESTÁVEL E OUTRAS ENTIDADES FAMILIARES. / PODER FAMILIAR / ADOÇÃO
· União estável:
· Evolução legislativa.
· Características fundamentais / semelhanças com o casamento.
· Outras entidades familiares:
· Família monoparental.
· Família homoafetiva.
· Família poliafetiva.
· Poder familiar:
· Exercício: art. 1.634, CC.
· Extinção: art. 1.635, CC.
· Suspensão: arts. 1.637, CC.
· Perda: art. 1.638, CC.
· Adoção: arts. 39 a 52-D, Lei 8.069/90 (ECA)
TEMA DA AULA DE HOJE: DA PROTEÇÃO DA PESSOA DOS FILHOS / DA GUARDA / BEM DE FAMÍLIA / ALIMENTOS
DA PROTEÇÃO DA PESSOA DOS FILHOS
Igualdade de direitos dos filhos resultantes de parentesco civil e natural: o parentesco não decorre apenas da consanguinidade mas também da adoção, da afinidade (vínculo entre os parentes de um cônjuge com os parentes do consorte) e da socioafetividade, pois o Código Civil alargou as relações de parentesco, abrindo a possibilidade para o reconhecimento do parentesco socioafetivo, quando, em seu artigo 1.595, afirma que, além dos parentescos natural e civil, ele pode advir de outra origem, possibilitando-se assim o reconhecimento de parentesco no fato de duas pessoas se relacionarem como pai e filho, o que popularmente chamamos de filho de criação (enteado).
Neste sentido, o art. 1.593 do CC preceitua que o “parentesco é natural ou civil, conforme resulte de consanguinidade ou outra origem”. Dessa maneira, a lei reconhece a existência de outra forma de parentesco além da biológica, admitindo o parentesco afetivo. Também merece destaque o enunciado das Jornadas de Direito Civil, que reconhece a posse do estado de filho como uma modalidade de parentesco civil. O enunciado 519 do CJF da V Jornada de Direito Civil: “O reconhecimento judicial do vínculo de parentesco em virtude de socioafetividade deve ocorrer a partir da relação entre pai(s) e filho(s), com base na posse do estado de filho, para que produza efeitos pessoais e patrimoniais”.
Reforçando os elos socioafetivos, a Lei nº 11.924/09, também conhecida como Lei Clodovil, por ter sido oriunda de projeto de lei do deputado, trouxe a possibilidade do enteado ou enteada, judicialmente, e respeitando os requisitos legais, incluir em seu nome o apelido de seu padrasto ou madrasta.
Com relação à adoção, ela é um ato jurídico solene pelo qual uma pessoa estabelece um vínculo fictício de filiação. A adoção é, portanto, um vínculo de parentesco civil, em linha reta, estabelecendo entre adotante (ou adotantes) e o adotado um liame legal de paternidade e filiação civil. Tal posição de filho será definitiva ou irrevogável para todos os efeitos legais, uma vez que desliga o adotado de qualquer vínculo com os pais de sangue, salvo os impedimentos para o casamento (art. 227, §§ 5º e 6º, CRFB), criando verdadeiros laços de parentesco entre o adotado e a família do adotante (art. 1.626, CC).
O art. 227, § 6º, da CF/88, fixou a absoluta igualdade aos filhos, independentemente da origem, não mais sendo admitida a ultrapassada distinção que se fazia entre filiação legítima/ilegítima. Hodiernamente, filhos são apenas filhos, sejam os havidos no casamento ou fora dele, sejam os biológicos ou não biológicos, todos com iguais direitos, deveres e uma qualificação: filhos - não sendo uma igualdade formal, mas verdadeiramente material.
GUARDA
A guarda sempre foi um instituto utilizado na proteção da figura da mulher na relação familiar. No entanto, não há dúvidas de que a evolução da sociedade e a igualdade trazida pela Constituição Federal de 1988 entre homem e mulher clamaram por mudanças no instituto da guarda, deixando para trás a tradicional guarda unilateral para se ter como regramento, que mais atende aos interesses da criança e do adolescente, o compartilhamento da guarda ou direito de convivência de forma equilibrada com ambos os genitores.
Essa é a regra atual, sempre que possível deve-se privilegiar a guarda compartilhada, caso não seja possível pode se fixar um guarda unilateral, tendo em vista o melhor interesse do menor. A definição legal dessas duas categorias esta prevista no § 1º do art. 1.583 do CC: “Compreende-se por guarda unilateral a atribuída a um só dos genitores ou a alguém que o substitua (art. 1.584, § 5º) e, por guarda compartilhada a responsabilização conjunta e o exercício de direitos e deveres do pai e da mãe que não vivam sob o mesmo teto, concernentes ao poder familiar dos filhos comuns”.
Nos termos do art. 1.584[footnoteRef:1] do CC, a guarda, unilateral ou compartilhada, poderá ser (i) requerida, por consenso, pelo pai e pela mãe, ou por qualquer deles, em ação autônoma de separação, de divórcio, de dissolução de união estável ou em medida cautelar; ou (ii) decretada pelo juiz, em atenção a necessidades específicas do filho, ou em razão da distribuição de tempo necessário ao convívio deste com o pai e com a mãe. [1: Importante não confundir guarda compartilhada com guarda alternada, que não tem previsão no CC. Quanto à guarda alternada, ver https://ibdfam.org.br/artigos/1016/Guarda+compartilhada+e+guarda+alternada:+n%C3%A3o+d%C3%A1+para+confundir! ] 
É possível ainda, em função de novos fatos graves que possam surgir, que o juiz regule a guarda de maneira diferente da estabelecida nos artigos antecedentes, levando em consideração da situação dos filhos para com os pais (art. 1.586, CC).
Também o pai ou a mãe que contrair novas núpcias não perde o direito de ter consigo os filhos, que só lhe poderão ser retirados por mandado judicial, provado que não são tratados convenientemente (art. 1.588, CC).
Por fim, de acordo com o art. 1.589 do CC, o pai ou a mãe, em cuja guarda não estejam os filhos, poderá visitá-los e tê-los em sua companhia, segundo o que acordar com o outro cônjuge, ou for fixado pelo juiz, bem como fiscalizar sua manutenção e educação. Tal direito estende-se a qualquer dos avós, a critério do juiz, observados os interesses da criança ou do adolescente.
PROCESSO REsp 1.629.994-RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, por unanimidade, julgado em 6/12/2016, DJe 15/12/2016. RAMO DO DIREITO DIREITO CIVIL TEMA Guarda compartilhada. Não decretação. Possibilidades. DESTAQUE A guarda compartilhada somente deixará de ser aplicada quando houver inaptidão de um dos ascendentes para o exercício do poder familiar, fato que deverá ser declarado, prévia ou incidentalmente à ação de guarda, por meio de decisão judicial. 146 INFORMAÇÕES DO INTEIRO TEOR Consiste a controvérsia em dizer se, à luz da atual redação do art. 1.584, II, § 2º, do Código Civil, é possível ao julgador indeferir pedido de guarda compartilhada sem a demonstração cabal de que um dos ex-cônjuges não está apto a exercer o poder familiar. Inicialmente, importa declinar que a questão relativa à imposição da guarda compartilhada, a partir do advento da nova redação do art. 1.584, II, § 2º, do CC, deixou de ser facultativa para ser regra impositiva. No que toca às possibilidades legais de não se fixar a guarda compartilhada, apenas duas condições podem impedir-lhe a aplicação obrigatória: a) a inexistência de interesse de um dos cônjuges; b) a incapacidade de um dos genitores de exercer o poder familiar. A primeira assertiva legal labora na linha do que é ululante, pois não se pode obrigar, sob vara, um genitor, a cuidar de sua prole. Contudo, do mesmo vício – obviedade – não padece a segunda condição, extraída, contrario sensu, do quanto disposto no art. 1.584, § 2º, do CC. O texto de lei, feito com a melhor técnica redacional, por trazer um elemento positivo: a condição necessária para a guarda compartilhada, aponta, em via contrária, para a circunstância que impedirá a imposição dessa mesma guarda compartilhada: a inaptidão para o exercício do poder familiar. E aqui reside uma outra inovação neste texto legal, de quilate comparável à própria imposição da guarda compartilhada, que consiste na evidenciação dos únicos mecanismos admitidos em lei para se afastar a imposição da guarda compartilhada: a suspensãoou a perda do poder familiar. A suspensão por gerar uma inaptidão temporária para o exercício do poder familiar (art. 1637 do CC); a perda por fixar o término do Poder Familiar. Ocorre, porém, que ambas as situações exigem, pela relevância do direito atingido, que haja uma prévia decretação judicial do fato, circunstância que, pela íntima correlação com a espécie, também deverá ser reproduzida nas tentativas de oposição à guarda compartilhada. É dizer, um ascendente só poderá perder ou ter suspenso o seu poder/dever consubstanciado no poder familiar por meio de uma decisão judicial e, só a partir dessa decisão, perderá a condição essencial para lutar pela guarda compartilhada da prole, pois deixará de ter aptidão para exercer o poder familiar. Essa interpretação, que se extrai do texto legal, embora não crie uma exceção objetiva à regra da peremptoriedade da guarda compartilhada, tem o mérito de secundar o comando principal, pois se passa a exigir, para a não aplicação da guarda compartilhada, um prévio ou incidental procedimento judicial declarando a suspensão ou perda do poder familiar, com decisão judicial no sentido da suspensão ou da perda. (Informativo n. 595)
BEM DE FAMÍLIA
O bem de família é o bem jurídico cuja titularidade se protege em benefício do devedor — por si ou como integrante de um núcleo existencial —, visando à preservação do mínimo patrimonial para uma vida digna, tendo esta proteção como base o direito à moradia, não se limitando ao imóvel, mas estendendo-se a outros bens, considerados acessórios, para a finalidade garantista declarada.
Podemos classificar o bem de família em voluntário, que decorre de ato de vontade dos cônjuges ou da entidade familiar e é instituído de acordo como estatuído nos arts. 260 a 265 da Lei de Registros Públicos (Lei n° 6.015/73), e legal, previsto na Lei n° 8.009/90, que dispõe sobre as hipóteses em que o bem de família estará protegido, sendo impenhorável.
O Código Civil elenca quem poderá instituir o bem de família, reportando-se aos cônjuges, à entidade familiar e até mesmo a um terceiro, ressaltando a obrigatoriedade do registro, o que é coerente, para que possa ter efeito erga omnes (art. 1.711 e 1.714).
O legislador cível cuidou de conceituar o bem de família no art. 1.712 do CC: “o bem de família consistirá em prédio residencial urbano ou rural, com suas pertenças e acessórios, destinando-se em ambos os casos a domicílio familiar, e poderá abranger valores mobiliários, cuja renda será aplicada na conservação do imóvel e no sustento da família”.
O bem de família voluntário só pode ser instituído por quem tenha patrimônio suficiente para a garantia de débitos anteriores (solvente), sob pena de invalidade e até mesmo de caracterizar fraude contra credores quando o devedor tem por intuito livrar o bem de constrição em decorrência de dívidas. Sendo configurada esta situação a instituição do bem de família só terá a validade para as dívidas constituídas posteriormente.
A instituição do bem de família voluntário gera os efeitos indicados nos arts. 1.715 (impenhorabilidade) e 1.717 (inalienabilidade) do Código Civil:
A administração do bem de família caberá aos cônjuges ou, na falta destes, ao filho mais velho ou seu tutor (art. 1.720, CC), sendo possível a extinção ou sub-rogação do bem de família por outro, nas hipóteses do art. 1.719, CC.
O Código Civil elenca, como hipóteses de extinção do bem de família, a morte de um dos cônjuges, caso em que o sobrevivente poderá requerer a extinção, ou a morte de ambos (art. 1.721 e 1.722, CC).
O bem de família legal encontra respaldo na Lei n° 8.009/90, que, em seu art. 1°, esclarece acerca da impenhorabilidade do imóvel: “o imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é impenhorável e não responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses previstas nesta lei. Parágrafo único. A impenhorabilidade compreende o imóvel sobre o qual se assentam a construção, as plantações, as benfeitorias de qualquer natureza e todos os equipamentos, inclusive os de uso profissional, ou móveis que guarnecem a casa, desde que quitados”.
Devemos observar que a locação do imóvel considerado bem de família legal não é desnaturada por estar este alugado, desde que comprovado que os rendimentos auferidos servem à subsistência familiar. Neste sentido o STJ já se manifestou: REsp 439.920/SP, Rel. Ministro CASTRO FILHO, TERCEIRA TURMA, julgado em 11/11/2003, DJ 09/12/2003, p. 280.
Por derivar da lei, o bem de família legal prescinde de registro em cartório, todavia, quando os cônjuges tem mais de um imóvel, a Lei n° 8.009/90 impõe que a impenhorabilidade recairá sobre o de menor valor, a não ser que outro haja sido instituído como bem de família, daí a importância do bem de família voluntário.
Há bens que são considerados impenhoráveis, de acordo com a jurisprudência pátria, levando em consideração não apenas o indispensável para a subsistência familiar, mas o que viabiliza uma vida digna, um conforto mínimo, em clara consonância com a previsão constitucional principiológica da dignidade da pessoa humana, desde que, por uma questão de razoabilidade, sejam bens únicos.
ALIMENTOS (arts. 1.694-1.710, CC)
Conceito:
É tudo o que uma pessoa necessita para sua manutenção, incluindo-se a alimentação, vestuário, moradia, assistência médica, transporte e educação e lazer. Na definição de Orlando Gomes: “alimentos são prestações para satisfação das necessidades vitais de quem não pode provê-las por si”.
Os alimentos têm natureza jurídica de direito da personalidade, pois que se prestam à manutenção da dignidade humana.
Os alimentos são sempre calculados com base no binômio “possibilidade de quem paga – necessidade de quem recebe” (art. 1.694, ª 1º, CC). Esse cálculo deve ser feito com base no princípio da razoabilidade e da proporcionalidade. Isto quer dizer que, não é porque uma pessoa ganha muito que ela, necessariamente, vai ter que pagar muito, mas também não pode pagar um valor irrisório.
Classificação:
1. Quanto à natureza:
1.1. Naturais (alimenta naturalia): são os alimentos necessários para a manutenção de um padrão mínimo de dignidade. (arts 1.694, § 2º, e 1.704, parágrafo único, CC);
1.2. Civis (alimenta civilia ou côngruos): são os alimentos necessários, incluindo-se alimentação e lazer. É tudo o que a pessoa necessita para manter um padrão compatível com o padrão que esta acostumado, compreendem a necessidade intelectual e moral da pessoa, em especial quanto à manutenção da condição social do ser humano, abrangendo educação e lazer.
2. Quanto à causa jurídica:
2.1. Legítimos ou legais: decorrem de uma obrigação legal advinda do vínculo de parentesco, união estável ou casamento, na forma do artigo 1.694, CC/02;
2.2. Voluntários: advêm de um gesto de vontade declarado, seja inter vivos ou causa mortis, como, por exemplo, instituição de usufruto, constituição de renda;
2.3. Indenizatórios: diante de um ato ilícito praticado, surge o dever do causador do dano em reparar o prejuízo, fixando-se, quando for o caso, alimentos que possam manter o sustento da vítima ou de seus familiares (artigos 948, II, e 950, CC/02).
3. Quanto à finalidade:
3.1. Definitivos ou regulares: quando são concedidos em caráter permanente, seja por meio de sentença condenatória, seja em decorrência de acordo de vontades entre quem deve pagar e quem os recebe;
3.2. Provisórios: quando fixados de plano pelo juiz em ação de alimentos um percentual a ser pago pelo devedor até o desfecho do trâmite processual, na forma do artigo 4º da Lei nº 5.478/68 (Lei de Alimentos), de rito especial, devendo, no entanto, existir o mínimo de provas quanto ao vínculo de parentesco, casamento ou união estável, por serem esses irrepetíveis.
Cabe ressaltar a existência da Lei nº 11.804/08, que disciplina os alimentos gravídicos, os quais serão fixados se convencido o juiz da existência de indícios de paternidade.EXERCÍCIOS DE REVISÃO
1- (DPE-PB / Defensor Substituto / 2022) Sandro e Lívia são divorciados e exercem a guarda compartilhada da filha Sofia. Diante da notícia da campanha de imunização contra a Covid-19 para crianças, Sandro manifestou desejo de não vacinar Sofia. Lívia, por outro lado, sustentou que a vacinação atende aos interesses da criança. Considerando a situação, divergindo os pais quanto ao exercício do poder familiar,
(A) deverá ser modificada a guarda para outro familiar.
(B) é assegurado a qualquer deles recorrer ao Poder Judiciário para solução do desacordo.
(C) devem resolver a questão consensualmente, sem a possibilidade de intervenção judicial.
(D) deve prevalecer a decisão do/a genitor/a que detém a base de moradia da filha.
(E) há necessidade de modificação da guarda para a modalidade unilateral.
2- (MP-SP / Promotor Substituto / 2022) João e Maria estão casados há dez anos. Inexistiu união estável anterior entre eles. Não houve pacto antenupcial. Estão ausentes as hipóteses de separação legal/obrigatória de bens. Ele adquiriu um imóvel não residencial a título oneroso em 2010. Ele hoje pretende doar referido bem ao seu pai, viúvo. João é filho único. Pode-se dizer que
(A) a falta de vênia conjugal ou suprimento judicial torna o ato nulo.
(B) são desnecessários vênia conjugal ou suprimento judicial, pois se trata de bem particular do João.
(C) haveria diferente tratamento legal se João não fosse doar, mas sim hipotecar o bem.
(D) a falta de vênia conjugal ou suprimento judicial torna o ato anulável.
(E) são desnecessários vênia conjugal ou suprimento judicial, pois o bem continuará dentro da esfera familiar de João que será, mais adiante, o seu herdeiro.
3- (MP-BA / Estágio / 2022) Juliana se casou com o seu namorado de adolescência, Raul. Os sogros dela, Ana e Ricardo, não ficaram muito satisfeitos, pois preferiam que Raul tivesse se casado com outra pessoa. A irmã de Raul, Eunice, aproveitou para atormentar Juliana com esse fato. Tudo isso gerou uma animosidade entre Juliana e a família de Raul, que não conseguiam conviver no mesmo ambiente. Juliana se arrependeu de ter se tornado parente dos familiares de Raul e passou a considerar o divórcio para extinguir esse vínculo. Diante disso, o divórcio extinguiria o parentesco entre Juliana e:
(A) Ana, por serem parentes por afinidade em linha reta;
(B) Eunice, por serem parentes por afinidade na linha colateral;
(C) Ricardo, por serem parentes socioafetivos em linha reta;
(D) Eunice, por serem parentes socioafetivos na linha colateral;
(E) Ana, Ricardo e Eunice, por serem parentes por afinidade de Juliana.
4- (PGM-SC / Procurador do município de Criciúma / 2021) Marcelo e Camila convivem em união estável desde janeiro de 2005 e da relação nasceram os filhos Mauricio (15 anos) e Carla (10 anos). Marcelo sempre demonstrou sentir um ciúme desmedido de Camila, o que resultou em várias discussões entre o casal. Ocorre que, agravado pelo alcoolismo, Marcelo passou a agredir fisicamente Camila e, em março de 2021, veio a cometer feminicídio, o que causou a morte de Camila. Assim, em relação aos filhos Mauricio e Carla:
(A) Marcelo terá suspenso o poder familiar sobre os filhos, por ato de autoridade policial.
(B) Marcelo perderá o poder familiar sobre os filhos, por ato de autoridade policial.
(C) Marcelo perderá o poder familiar sobre os filhos menores, por ato judicial.
(D) Marcelo terá suspenso o poder familiar sobre os filhos menores, por ato judicial.
(E) Marcelo não perderá o poder familiar em relação a seus filhos menores.

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