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Curso – Assistente Administrativo 
· Português Instrumental
Linguagem e Comunicação
Apresentamos a seguir alguns conceitos que julgamos fundamental que você os assimile e entenda.
Linguagem é a representação do pensamento por meio de sinais que permitem a comunicação e a interação entre as pessoas. Há outras concepções de linguagem que você pode pesquisar para ampliar o seu conceito.
· Língua é um sistema abstrato de regras, não só gramaticais, mas também, semânticas e fonológicas, por meio das quais a linguagem (ou fala) se revela. Martinet (1978) foi um dos primeiros linguistas a apresentar uma distinção clara entre língua e linguagem. Segundo ele, a linguagem designa propriamente a faculdade de que os homens dispõem para se compreenderem por meio de signos vocais.
· Dialetos são variedades originadas das diferenças de região, de idade, de sexo, de classes ou de grupos sociais e da própria evolução histórica da língua (ex.: gíria).
· Variedades linguísticas são as variações que uma língua apresenta, de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada. O que não podemos perder de vista é que nenhuma variação linguística é melhor que a outra, pois elas servem a suas comunidades e ao contexto no qual os interlocutores estão inseridos. 
· Norma culta é a língua padrão, a variedade linguística de maior prestígio social.
· Norma popular são todas as variedades linguísticas diferentes da língua padrão.
Comunicação
A comunicação, do ponto de vista da linguística, nada mais é do que a interação entre um determinado grupo que usa a mesma língua ou o mesmo dialeto; tendo em vista a diversidade linguística e a heterogeneidade no discurso, faz-se necessário adequá-lo estrategicamente para que o fenômeno da comunicação se processe devidamente.
Dessa forma, comunicação e linguagem se relacionam, uma vez que só há comunicação por meio da linguagem, e esta última se realiza na língua, como infraestrutura (base ortográfica), dentro de uma dada sociedade. Ou seja, “se preestabelece num sistema convencional de signos e regras presentes em um dado grupo social por meio do seu código. Sendo alicerce nessa interação social intercomunicativa” (BARROS, 1991, 25). A linguagem é a capacidade do homem de comunicar-se por meio de um sistema de signos, a língua.
Língua
A língua é o laço que une e integra os indivíduos num mesmo universo, e é ela que dá acesso à vida cultural na sociedade. É um sistema de signos, um conjunto organizado de elementos representativos convencionados por indivíduos e utilizados por membros de um mesmo grupo social. 
Observe a afirmação de um estudioso dessa área: Enquanto a linguagem abrange um conjunto multiforme de fatores físicos, fisiológicos e psíquicos, a língua aparece como uma totalidade uniforme, um sistema específico de signos com uma função social predominante: a comunicação (BORBA, 1998, p. 45). 
A língua(gem) é, antes de tudo, uma atividade do sujeito, um lugar de interação entre os membros de uma sociedade e seu conceito é bastante abrangente, pois engloba todas as manifestações realizadas pela fala. Para Bourdieu (1998, p. 81): A linguagem é de modo mais geral, às representações, uma eficácia propriamente simbólica de construção da realidade [...] – ao estruturar a percepção que os agentes sociais têm do mundo social, a nomeação contribui para construir a estrutura desse mundo, de uma maneira tanto mais profunda quanto mais amplamente reconhecida (isto é, autorizada). 
Nessa perspectiva, a partir dessa relação interdiscursiva o sujeito social (homem) tem a necessidade de nomear o mundo que o rodeia, ou seja, uma luta simbólica ritualizada como prática social – de que esse homem transforma e é transformado constantemente.
Níveis de linguagem 
O objetivo principal do estudo dos níveis de fala é encaminhar o estudante a reconhecer as diferenças entre a linguagem padrão e a linguagem coloquial, para que possa selecionar o registro adequado nas mais diferentes situações de comunicação.
A fim de entendermos os diferentes níveis de linguagem e suas mudanças, temos de recorrer à sociolinguística, que é o ramo da linguística que tem como foco de estudos a relação direta entre língua e sociedade.
O domínio dos diferentes níveis de linguagem propicia oportunidades mais efetivas ao falante, de promover a adequação da sua linguagem às exigências do contexto social e, dessa forma, estabelecer uma comunicação mais eficiente e aumentar seu nível de compreensão, interação e interlocução nas várias instâncias sociais nas quais estará inserido.
O Emissor e o receptor 
O emissor envia uma mensagem, que tanto pode ser visual quanto escrita, a um receptor. O receptor recebe a mensagem e, geralmente, dá uma resposta ao emissor. Essa resposta, no caso de uma conversa entre duas pessoas, se manifesta quando o receptor diz palavras tais como: "sim... estou entendendo", etc., muito comum em conversas telefônicas. 
A necessidade de resposta faz parte do processo de comunicação entre os seres humanos. Quando uma pessoa envia a mensagem e não recebe a resposta do receptor, o processo de comunicação não se completa.
Para que a comunicação se processe, são necessários alguns elementos que, segundo denominação de Jakobson (2005), seriam: 
· Fonte ou emissor é quem elabora e transmite a mensagem; 
· Receptor ou destinatário é aquele que recebe a mensagem;
· Mensagem é tudo aquilo que o emissor transmite ao receptor, é o objeto da comunicação; 
· Referente é o assunto da comunicação, o conteúdo da mensagem; 
· Canal é o meio físico, o veículo através do qual a mensagem é levada do emissor ao receptor; 
· Código é o conjunto de signos e suas regras de comunicação.
Funções da linguagem
· Função referencial: no processo comunicativo, predomina o assunto ao qual a mensagem faz referência. Nos textos jornalístico, técnicos e científicos destaca-se essa função, pois buscam transmitir uma informação objetiva. Vejamos os exemplos em cada função.
· Função emotiva: com essa função o emissor objetiva suscitar emoções, opiniões. Ela se destaca nas correspondências pessoais, em diários, discursos de formatura etc.
· Função conativa: seu uso objetiva persuadir o receptor da mensagem, seduzi-lo. Essa função é muito presente em mensagens publicitárias.
· Função fática: visa estabelecer uma relação com o emissor para verificar se a mensagem está sendo transmitida, ou para prolongar ou cessar uma mensagem. Quando atendemos uma chamada telefônica e dizemos ‘Alô’ ou perguntamos, em meio ao discurso, ao receptor ‘Você está entendendo?’, utilizamos da linguagem com essa função.
· Função metalinguística: consiste em usar a linguagem, a língua, para falar dela mesma, tornando-se seu próprio referente. Os dicionários e os textos que estudam e interpretam outros textos são exemplos do emprego da linguagem com essa função.
· Função poética: objetiva expressar sentimentos, descrições, visões de mundo, em textos que exploram a sonoridade, o ritmo, ou seja, novas possibilidades de combinação dos signos linguísticos. Predomina em textos literários, publicitários e em letras de música.
Elementos da língua portuguesa
A gramática da Língua Portuguesa está dividida em grandes campos de estudo: a fonética, a morfologia, a semântica, e a sintaxe. 
· A fonética que estuda os sons da fala.
· A morfologia estuda a forma das palavras, ou seja, a representação gráfica, o vocábulo.
· A semântica preocupa-se não só com a representação gráfica do vocábulo, mas com seu significado. Portanto, é um campo da gramática que estuda a palavra, não apenas o vocábulo.
· A sintaxe é o campo da gramática que estuda a unidade linguística em seu contexto oracional, ou seja, estuda os termos que compõem uma oração. A oração, em Língua Portuguesa, basicamente pode ter sujeito, terá sempre um predicado, e pode ter ou não complementos.
Pode-se dizer, então, que a fonética e a morfologia tratam cada qual de um dos aspectos dos vocábulos, a semântica trata do significado que determinada palavra assume e a sintaxe trata da colocação dostermos nas orações, encarregando-se a fonética de estudar os sons das palavras.
Quem deseja escrever bem, deve respeitar as normas da variante padrão, empregar sua criatividade e ter ciência de que um texto é muito mais do que a soma ou justaposição de orações. É antes uma unidade de sentido, coesa e bem articulada acima de tudo.
 Interpretação e intelecção
No decorrer de nossa trajetória escolar, da mesma forma que fomos convidados a produzir textos, também o fomos para interpretá-los. E a concepção de interpretação textual que embasava os exercícios propostos em muitos casos era ou é errônea. Na maioria das vezes, fomos ensinados que interpretar é descobrir o que o emissor/autor do texto quis ou quer dizer, e as atividades para alcançarmos essa proposta de aula propunham a mera transcrição de dados do texto para um questionário. Quem nunca realizou uma interpretação de texto cujos questionamentos eram “Quem é o autor do texto”? “O que o autor quis dizer no texto”? As respostas a esses questionamentos muitas vezes não correspondiam ao que realmente é interpretar um texto.
Interpretação 
Interpretar não é afirmar, pressupor, deduzir o que o autor/emissor quis dizer, mas estabelecer relações, levantar hipóteses e comprová-las no texto. Cabe ao receptor levantar os implícitos e pressupostos da mensagem, sempre ancorado no texto. 
Intelecção
A intelecção é entender e compreender as reais intenções do emissor em relação à mensagem. É retirar do texto o que está explícito e claro. A exemplo, se o emissor expõe em um texto que é favorável ao aborto, na intelecção desse texto o receptor deve descrever o que está explícito, ou seja, mesmo o receptor não concordando com as ideias do autor/emissor, não se pode deduzir, ou achar que essa não era a ideia principal do texto, simplesmente porque o receptor não é favorável a tais ideias. Assim, a intelecção não admite o uso de termos como “o autor quis dizer”, mas sim de termos que demonstrem, afirmem o que realmente está explícito na mensagem/texto/ discurso.
No processo de leitura, é importante que haja interação entre o emissor e o receptor da mensagem, mediada pelo texto, de modo que haja compreensão e interpretação da mensagem.
LINGUAGEM DE TEXTO
Frase, oração e período
Vamos conhecer mais sobre frase, oração e período:
· Frase é todo enunciado de sentido completo, capaz de estabelecer comunicação. Pode ser nominal ou verbal. 
· Oração é um enunciado que se estrutura em torno de um verbo ou locução verbal. Ex: A menina sujou seu vestido. 
· Período constitui-se de uma ou mais orações. Pode ser simples ou composto. 
· Período simples: A menina ofereceu um livro a Joana. 
· Período composto: O povo anseia que haja uma eleição justa, pois, a última obviamente não o foi.
O Parágrafo: unidade de composição 
O parágrafo é uma unidade de composição constituída por um ou mais de um período, em que se desenvolve determinada ideia central ou nuclear, a que se agregam outras, secundárias, intimamente relacionadas pelo sentido e logicamente decorrentes dela.
Coesão e coerência
Coesão: ou unidade, consiste no resultado do emprego correto dos termos conectivos da linguagem, o que permite expressar uma ideia de cada vez, omitindo o desnecessário e prendendo-se às relações existentes entre a ideia principal e as secundárias. Tal resultado em muito se deve ao correto emprego do tópico frasal. 
Produzir um texto coeso significa organizar as ideias, de forma que haja concordância, relação entre os diversos elementos que constituem um texto.
Dentre os mecanismos de coesão, podemos citar: concordância verbal e nominal, regência verbal, colocação pronominal, retomadas por pronomes ou sinônimos, conexão oracional etc. Assim, escrever de forma coesa é atentar aos detalhes de um texto, articular as partes que o compõem, tornando-o compreensivo ao receptor.
Exemplo:
Os sem-terra fizeram um protesto em Brasília contra a política agrária do país, porque consideram injusta a atual distribuição de terras. Porém, o ministro da Agricultura considerou a manifestação um ato de rebeldia, uma vez que o projeto de Reforma Agrária pretende assentar milhares de sem-terra (BELLEZI, 2007).
Coerência: valendo-nos da definição primariamente apresentada para coerência (a ligação perfeitamente inteligível das partes de um texto com o seu todo), podemos auferir que esta consiste em ordenar e interligar as ideias de maneira clara e lógica e de acordo com um plano definido.
A coerência significa a ligação lógica e harmoniosa da linguagem, ou seja, o sentido do texto deve estar claro e ordenado. Na produção de um texto coerente, deve-se considerar também o público a que se destina a mensagem e o gênero textual que será utilizado como instrumento para transmiti-la. As ideias, os argumentos utilizados em um texto coerente, não podem se contradizer.
Exemplo:
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome, 
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José? [...]
(Carlos Drummond de Andrade)
Observe como ao longo das estrofes há uma sucessão lógica de fatos que nos dão a exata ideia do processo de desagregação social do qual José é vítima. A esse enquadramento dá-se o nome de coerência textual. Assim, a consistência das ideias apresentadas é fator fundamental para garantir um texto coerente. Logo, produzir um texto coeso e coerente é dar sentido a ele, é fazê-lo significar a mensagem que se deseja transmitir.
Dessa forma, ao produzir textos coesos, devemos observar se há sentido entre as ideias do texto e se essas mesmas ideias não se contradizem. Devemos atentar para não repetirmos questões já abordadas anteriormente, ou seja, devemos evitar repetição de ideias e termos.
Estrutura do texto
O leitor de uma redação deve poder detectar, claramente, três partes: a introdução, o desenvolvimento e a conclusão.
O texto da redação deve ter a introdução, o desenvolvimento e a conclusão. Isto facilita o trabalho de quem se habilita a escrever, especialmente uma redação como a que é solicitada para ingresso na universidade ou num processo de seleção para quem pleiteia um emprego.
A figura acima apresenta as três partes de uma redação, que são elementos primordiais para o trabalho inicial de quem escreve. É partindo do conhecimento das partes que compõem o texto de uma redação que se pode planejar aquilo que se vai escrever. O processo de planejamento começa com a escolha do tema sobre o qual se vai escrever. 
Outro fator de sucesso para uma boa redação é que se faça uma pesquisa sobre o assunto, lendo o maior número possível de textos sobre o tema que será abordado no processo de uma nova escrita. Garcia (1985) diz que aprender a escrever bem é, antes de tudo, aprender a pensar. No fundo, quer dizer que o escritor deve aprender a organizar as ideias e a planejar o que vai escrever, para que no momento da escrita as palavras obedeçam a uma lógica e possam conduzir o leitor até o final do texto, com pleno entendimento de tudo o que foi dito.
É importante lembrar que os textos literários possuem a especial licença para provocar suspense e, às vezes, demandar outras leituras para uma compreensão mais ampla. Assim, existe um jogo de palavras, muitas vezes travestidas de seu sentido denotativo, ganhando, pois, um sentido novo e especial dentro do texto, ou seja, um sentido conotativo, uma nova roupagem um papel diferente do que comumente possuem. Podemos dizer que, na linguagem literária, as palavras usam máscaras temporárias e específicas para um determinado contexto literário; portanto seu sentido está intimamente ligado a esse contexto.
Forma e contéudo
A separação entre forma e conteúdo nos livros didáticos tem o único fim de facilitar o aprendizado. No entanto, forma e conteúdo vivem intimamente ligados.
Podemos dizer que a forma é o modo que você usa para pôr suas sensações, seus pensamentos e suas opiniões num papel, compondo o que chamamos de texto. A forma é algo pessoal, é o "jeito" que cada um tem de escrever.Poderia ser chamada de estilo, pois a forma se caracteriza pelas palavras escolhidas (vocabulário), as conjunções e preposições (conectivos), os tempos verbais e os sinais de pontuação.
Esses símbolos formam o código (a Língua Portuguesa) e são tomados por empréstimo para as pessoas se expressarem. Se todas as pessoas fizessem o mesmo "empréstimo" dos símbolos do código, na mesma sequência, com o mesmo sentido, etc., os textos escritos em qualquer lugar seriam todos iguais. Portanto, a forma é o modo particular que cada autor escolhe para expressar suas ideias.
O conteúdo é o assunto sobre o qual se vai escrever. Suponhamos que você seja solicitado a redigir um texto sobre o calor. Você teria que saber o que é, onde, como e por que ocorre o fenômeno, enumerando, ainda, as causas, consequências e exemplos, bem como os fatos complementares.
Percebemos, então, que os conteúdos (assuntos) podem ser os mesmos para várias redações. No entanto, mudará a forma como cada pessoa irá tratá-lo em seu texto. Neste caso você teria dois tipos de escolha de palavras para dois gêneros de textos diferentes. Um texto ficcional, literário, no qual as palavras teriam um sentido mais conotativo e dois textos técnicos: um descritivo e outro dissertativo, ambos de natureza informativa nos quais as palavras estariam em seu sentido denotativo e referencial.
Gênero textual
O gênero textual é a realização concreta dos tipos textuais, uma vez que a comunicação por meio dos diversos gêneros é que ordena as atividades comunicativas, ou seja, narramos, descrevemos, dissertamos a todo instante, porém de diferentes formas, à medida que nosso contexto discursivo nos solicita.
Nessa perspectiva, tanto o funcionamento de um automóvel quanto o de uma experiência de química recorrem à descrição, mas pertencem a gêneros diferentes, o primeiro resultará num manual técnico, próprio à indústria e ao comércio, o segundo, num relatório científico, muito comum na escola. Essa necessidade de definir gêneros textuais surge quando precisamos escrever para alguma repartição pública, por exemplo, logo temos que escolher dentre vários gêneros textuais. Caso se trate do gênero jurídico, produziremos pareceres, laudos, requerimentos etc. Produzindo textos do gênero jornalístico, podemos optar pelos subgêneros: entrevista, editorial, artigo de opinião etc.
Marcuschi (2008) os caracteriza como eventos textuais altamente maleáveis, dinâmicos e plásticos. Surgem emparelhados às necessidades e atividades socioculturais, bem como na relação com inovações tecnológicas, o que é facilmente perceptível ao se considerar a quantidade de gêneros textuais hoje existentes em relação a sociedades anteriores à da era digital.
Na próxima aula vamos tratar mais detalhadamente de algumas dessas tipologias textuais que serão corriqueiras ao longo do curso e da sua vida pessoal e profissional.
Pontuação
Vírgula ( , )
Seu uso se dá nos seguintes casos: 
· Nas datas. Ex. Cacoal, 23 de junho de 2013.
· Após o uso dos advérbios "sim" ou "não", usados como resposta, no início da frase. Ex. Você gostou do jantar? – Sim, eu adorei! 
· Após a saudação em correspondências. Ex. Atenciosamente, 
· Para separar termos de uma mesma função sintática. Ex. A casa tem três quartos, dois banheiros, três salas e um quintal. 
· Para destacar elementos intercalados, como:
· Uma conjunção. Ex. Estudamos bastante, logo, merecemos férias!
· Um adjunto. adverbial Ex. Estas crianças, com certeza, serão aprovadas.
· Um vocativo. Ex. Apressemo-nos, Lucas, pois não quero chegar atrasado.
· Um aposto. Ex. Juliana, a aluna destaque, passou no vestibular.
· Uma expressão explicativa. Ex. O amor, isto é, o mais forte e sublime dos sentimentos humanos, tem seu princípio em Deus
· Para destacar os objetos pleonásticos. Ex. As provas, eu as corrigi hoje. 
· Para separar orações intercaladas. Ex. Felicidade, já dizia minha mãe, é amar e ser amado. 
· Para separar orações coordenadas adversativas, conclusivas, explicativas e algumas orações alternativas. Ex. Esforçou-se muito, porém não conseguiu o prêmio. Vá devagar, que o caminho é perigoso. Estude muito, pois será recompensado. As pessoas ora dançavam, ora ouviam música. 
· Para separar orações subordinadas substantivas e adverbiais (quando estiverem antes da oração principal). Ex. Quem inventou a fofoca, todos queriam descobrir. Quando voltei, soube que precisava estudar para a prova. 
· Para isolar as orações subordinadas adjetivas explicativas. Ex. A incrível professora, que ainda estava na faculdade, dominava todo o conteúdo.
Ponto e vírgula ( ; )
· Usado para marcar uma pausa mais longa, ou seja, é um sinal de pontuação que está entre a vírgula e o ponto final. 
· Utiliza-se para marcar itens de uma enumeração. Ex. O portfólio conta com os seguintes documentos;
· Separar orações coordenadas que já possuem vírgulas. Ex. Após a realização da prova, 35 alunos foram aprovados; 5 alunos, não.
Ponto ( . ) 
· Usa-se o ponto para encerrar uma frase, período, oração declarativa. Ex. Vitor é uma criança muito feliz.
Ponto de interrogação ( ? ) 
Empregado após uma pergunta direta. Ex. Você está compreendendo as aulas de português?
Ponto de exclamação ( ! ) 
Para indicar surpresa, espanto, estados emotivos, chamamento. Ex. Vamos continuar nossa jornada!
Dois pontos ( : ) 
· Usados para iniciar citações. Ex. Já dizia o ditado: filho de peixe, peixinho é. 
· Marcar falas em um diálogo. Ex. A mãe encheu os olhos de lágrimas e disse: - Minha filha, eu te amo! 
· Iniciar uma enumeração. Ex. O portfólio conta com os seguintes documentos: memorandos
Aspas ( “ ” ) 
· Empregam-se para marcar citações. Ex. “Vivemos em um país democrático”, destacou a presidente.
·  Destacar palavras estrangeiras, gírias. Ex. O “show” foi maravilhoso! 
· Destacar nomes de livros. Ex. O livro “Dom Casmurro” de Machado de Assis é uma importante obra da literatura brasileira.
Concordância
Sintaxe é o estudo das regras que regem a construção de frases nas línguas naturais. A sintaxe é a parte da gramática que estuda a disposição das palavras na frase e das frases no discurso orais e escritos, incluindo a sua relação lógica entre as múltiplas combinações possíveis para transmitir um significado completo e compreensível. Logo, a concordância é o mecanismo através do qual as palavras alteram suas terminações para se adequarem harmonicamente umas as outras na frase. Assim, sintaxe de concordância é a harmonia de flexão das palavras de uma frase, e esta se divide em dois tipos principais: a concordância nominal e a concordância verbal.
O que devemos levar em consideração no aprendizado da sintaxe de concordância é sua empregabilidade em situações significativas e reais de uso, ou seja, tanto na oralidade quanto na escrita. Vejamos alguns exemplos que, corriqueiramente, podem acontecer, principalmente a partir da concordância. Observe os exemplos a seguir, nos quais os termos destacados estão errados.
Em entrevista de emprego:
· Ex. Estou quite com o serviço militar. / Estou quites com o serviço militar. 
· Estou meio nervosa. / Estou meia nervosa
O que é concordância nominal? 
É a concordância em gênero e número do adjetivo, artigo, numeral e pronome com o substantivo a que se refere.
Ex.: Veja este carro quebrado.
Vendo moto e carro usados.
Tabela 1 - Regras especiais de concordância nominal
	REGRAS ESPECIAIS
	Casos
	Normas
	Exemplos
	Adjetivo posposto a dois ou mais substantivos
	O adjetivo fica no plural ou concorda com o substantivo mais próximo
	Comprei abacaxi e melancia maduros.
Comprei abacaxi e melancia madura.
	Adjetivo anteposto a dois ou mais substantivos
	O adjetivo concorda com o substantivo mais próximo
	Na sala, havia lindas fotografias e desenhos.
Na sala, havia lindos desenhos e fotografias.
· Se os substantivos pospostos forem sinônimos, o adjetivo deve concordar com o mais próximo.
Ex.: Cuidava dos doentes com carinho e ternura exemplar.
· Se os substantivos pospostos forem nomes próprios, o adjetivo deve ficar no plural.
Ex.: A torcida vibrava com os talentososZico e Sócrates.
Tabela 2 - Regras especiais de concordância nominal
	LEMBRETE
	Caso
	Norma
	Exemplos
	Obrigado
	Concordam com a palavra a que se referem.
Ou com o gênero e número do emissor.
	Muito obrigado, disse Cristian.
Muito obrigada, disse Ingrid.
Muito obrigada! (Emissor do gênero feminino.)
	Próprio/mesmo
	
	Ele próprio/mesmo fez o trabalho.
Ela própria/mesma fez o trabalho.
Eu mesma fiz o trabalho. (Emissor do gênero feminino.)
	Anexo
	
	O documento segue anexo.
A carta segue anexa.
	Quite
	
	Estou quite com meus credores.
Estamos quites com nossos credores.
	Meio
	
	Maria comeu meia jaca e ficou meio enjoada.
· Anexo precedido da preposição “em” fica invariável.
Exemplos: Ex.: A fotografia vai em anexo. O livro segue em anexo.
Tabela 3 - Regras especiais de concordância nominal
	LEMBRETE
	Casos
	Normas
	Exemplos
	Bastante
	Se adjetivo, é variável.
Se advérbio é invariável.
	Aprendemos bastantes (adj.) novidades hoje. Nossas aulas são bastante (adv.) interessantes.
	Possível
	Com a expressão o mais...possível, deve-se fazer a variação de acordo com o artigo que a precede.
	Vencia obstáculos o mais difíceis possível.
Vencia obstáculos os mais difíceis possíveis.
	Menos
	Advérbio, portanto, invariável.
	Há menos alunas do que prevíamos.
	É proibido / É necessário / É bom
	Essas expressões ficam invariáveis quando o sujeito não vem acompanhado de artigo ou pronome.
	É proibido entrada de animais.
Dedicação é necessário ao candidato.
Água é bom para a saúde.
Mas:
É proibida a entrada de animais.
A dedicação é necessária ao candidato.
Esta água é boa para a saúde.
O que é concordância verbal?
· Na concordância verbal, o verbo concorda com o sujeito em número e pessoa.
Ex: Nós vamos à praia. Paula vai ao supermercado.
Tabela 4 - Regras especiais de concordância verbal
	REGRAS ESPECIAIS
	Casos
	Normas
	Exemplos
	O sujeito coletivo no singular + substantivo plural.
	O verbo pode ficar no singular ou no plural.
	Um grupo de garotos começou o tumulto.
Um grupo de garotos começaram o tumulto.
	O sujeito é pronome de tratamento.
	O verbo é empregado na 3ª pessoa.
	Vossa Excelência conhece bem este caso.
Vossas Excelências ouvirão toda a verdade.
	A maioria de, a metade de, parte de + substantivo plural.
	O verbo pode ficar no singular ou concordar com o substantivo plural.
	A maioria dos brasileiros vive na pobreza.
A maioria dos brasileiros vivem na pobreza. (Forma desprestigiada.)
	*Porcentagens
	O verbo pode concordar com o numeral ou com o substantivo a que a porcentagem se refere.
	40% da população apoiam a política econômica.
40% da população apoia a política econômica.
90% dos alunos foram aprovados.
	*Sujeito composto anteposto ao verbo
	O verbo fica no plural.
	O cão e o gato dormiam lado a lado.
	Sujeito composto posposto ao verbo
	O verbo fica no plural ou concorda com o núcleo mais próximo.
	Viajaram a mãe e a filha.
Viajou a mãe e a filha.
	*Pessoas gramaticais diferentes
	O verbo vai para o plural, observando-se que a 1ª pessoa prevalece sobre a 2ª e 3ª.
	Tu, eu e meus filhos partiremos hoje.
	Sujeito composto resumido por palavra ou expressões no singular
	O verbo fica no singular
	O frio, a fome, o cansaço, nada o impediu de terminar a jornada.
	Concordância do verbo ser:
· Quando o sujeito é nome de pessoa e o predicativo é nome de coisa.
· Nas indicações de horas, datas, distâncias.
· Nas expressões: é muito/ é pouco/ é bastante / é menos
	· O verbo fica no singular. (sujeito sempre prevalece sobre objeto ou abstração.).
· A concordância se fará com a expressão numérica.
· Concordam com o predicativo do sujeito
	· Vitor era as alegrias da casa.
· Manuel era só lamúrias.
· Hoje são 17 de dezembro.
· Daqui ao shopping são três quilômetros.
· Cem metros é muito.
· Dois reais é pouco.
· Dez quilos é suficiente.
	*Verbo com índice de indeterminação do sujeito.
	Verbo acompanhado de partícula se ficará obrigatoriamente no singular, caso se trate de verbo intransitivo ou transitivo indireto.
	Precisa-se de digitadores.
Vive-se bem aqui.
	Voz passiva sintética.
	Verbo transitivo direto acompanhado de pronome apassivador se concorda com sujeito.
	Vende-se galinha. (Uma galinha é vendida.)
Vendem-se galinhas. (Galinhas são vendidas.)
	Verbos impessoais
	Os verbos fazer e haver quando indicarem passagem de tempo. Em formas compostas, o verbo auxiliar também será impessoal.
	Faz um ano que ele se mudou.
Faz dez anos que ele se mudou.
Deverá fazer dez anos que ele se mudou.
Havia meses que o dólar se desvalorizava.
	
	O verbo haver, na acepção de existir.
	Há poucas ofertas de emprego nesta época. (MAS Existem poucas ofertas de emprego nesta época.)
	
	Verbos que indicam fenômeno da natureza: chover, nevar, trovejar etc.
	Choveu meses nas regiões serranas.
TEXTO E FORMAS DO DISCURSO
O ato de escrever
Considerando que o redator só alcança o objetivo de produzir resposta, tornar comum suas ideias e persuadir se estiver usando um código conhecido do leitor, que é seu receptor, e que em certas circunstâncias a redação é feita para satisfazer necessidades curriculares, a pessoa que escreve uma redação escolar ou de vestibular, por exemplo, não pode esquecer que os examinadores estarão sempre levando em conta os conhecimentos básicos de Língua Portuguesa, bem como a clareza de raciocínio, demonstrada no modo como a redação é estruturada. 
De forma simplificada, isso significa que toda boa redação deve ter começo, meio e fim. Cada uma dessas partes deve ter ligação com a parte anterior, para dar unidade (coesão) ao texto. Não se deve esquecer que o emissor codifica a mensagem que será enviada ao receptor e que este, ao recebê-la, inicia o processo de decodificação, interpretando-a. Por isso, é fundamental que os códigos utilizados pelo emissor sejam conhecidos do receptor. No caso de uma redação, o código (a Língua Portuguesa) deve ser entendido por todos os que escrevem e leem. Daí, ser uma necessidade básica de quem escreve ter conhecimentos da Língua Portuguesa.
Tipologia textual
A tipologia textual indica a forma como o sujeito da escrita apreende o objeto do qual está tratando, essa forma pode ser influenciada pelo próprio objeto. Uma corrida ou partida de futebol encaminham uma narração, um acidente requer uma descrição, a defesa de uma postura origina uma dissertação. A divisão tipológica de construção textual em Narração, Descrição e Dissertação nos possibilita, como emissor da mensagem/texto, estabelecer a finalidade, o objetivo da mensagem. 
Você se lembra de que em nossa trajetória escolar produzíamos textos narrativos, descritivos e dissertativos? O tema de redação “Minhas férias”, que acompanhou muitos de nós nas primeiras séries escolares, contemplou a narração, a descrição e a dissertação. Hoje necessitamos trabalhar com textos diferentes de uma redação escolar. 
Além disso, há três tipos de redação: a dissertação, a narração e a descrição. Essa divisão é meramente didática, pois, em um texto, um único autor pode usar os três tipos de redação, se julgar que os três gêneros facultam-lhe uma forma mais clara e eficiente para o que ele quer comunicar. Dificilmente serão encontrados textos puramente dissertativos, narrativos ou descritivos. 
Texto narrativo, descritivo e dissertativo
Texto narrativo
Narração é uma redação por meio da qual se escreve uma história, uma piada, um conto, uma novela ou qualquer outro tipo de texto que tenha dois elementos essenciais: ação e personagem. Quando se trata de uma narração literária, tentar narrar algo de maneira diferente do que as pessoas costumam imaginar é o primeiro passo para quem pensa em "escrever bem".
Quem escreve não deve esquecer que "escrever bem" é fazer boas escolhas, ter boas ideias, é dedicar atenção no trato dos padrões linguísticos já apontados aqui, é ser criativo procurando sempre ser entendido pelas pessoas que estão lendo o texto escrito. Lembramos, ainda, que você deve considerar os componentes básicos da narração, já comentados neste caderno, pois eles o auxiliarão a obter sucessona escrita de sua narrativa.
Assim, será sempre importante que as narrativas respondam às seguintes questões:
· QUEM? A resposta a esta pergunta aponta o personagem ou os personagens da narração.
· O QUÊ? Conduz ao fato central; é o que se pode chamar de "fio condutor". É como se fosse a estrutura do enredo (assunto). Na narração, poderíamos simplificar e dizer que se trata do conteúdo.
· QUANDO? É o tempo em que os fatos narrados ocorreram.
· ONDE? Marca o espaço, o local onde os fatos ocorreram ou estão ocorrendo.
· COMO? O enredo, ou seja, o conteúdo baseia-se nas respostas a essa pergunta.
· POR QUÊ? As razões, os motivos, as causas que levaram ao fato que se está narrando.
Como podemos ver, a narração carrega, em si, uma ideia de ação, de movimento. É como se quem narra estivesse acompanhando os fatos no exato momento em que se desenrolam. O narrador seria, pois, uma espécie de testemunha ocular do que está acontecendo, enquanto narra.
Ao contarmos um fato na forma oral ou escrita, estamos simplesmente narrando, assumindo a função de narrador. Narrar é encadear fatos em uma sequência lógica, as personagens da narração transitam em um determinado espaço e tempo cronológico. Ao construirmos uma narrativa, devemos considerar que há diferenciações entre a narrativa oral e a escrita. Em uma narrativa escrita, temos que levar em consideração que há um código linguístico a ser seguido, ou seja, nossa língua possui formas e regras estabelecidas.
Exemplo:
O Coveiro
Ele foi cavando, cavando, cavando, pois sua profissão - coveiro - era cavar. Mas, de repente, na distração do ofício que amava, percebeu que cavara demais. Tentou sair da cova e não conseguiu. Levantou o olhar para cima e viu que sozinho não conseguiria sair. Gritou. Ninguém atendeu. Gritou mais forte. Ninguém veio. Enrouqueceu de gritar, cansou de esbravejar, desistiu com a noite. Sentou-se no fundo da cova, desesperado. A noite chegou, subiu, fez-se o silêncio das horas tardias. Bateu o frio da madrugada e, na noite escura, não se ouviu um som humano, embora o cemitério estivesse cheio de pipilos e coaxares naturais dos matos. Só pouco depois da meia-noite é que vieram uns passos. Deitado no fundo da cova o coveiro gritou. Os passos se aproximaram. Uma cabeça ébria apareceu lá em cima, perguntou o que havia: O que é que há?
O coveiro então gritou, desesperado: Tire-me daqui, por favor. Estou com um frio terrível! Mas, coitado! - condoeu-se o bêbado - Tem toda razão de estar com frio. Alguém tirou a terra de cima de você, meu pobre mortinho! E, pegando a pá, encheu-a e pôs-se a cobri-lo cuidadosamente.
(Millôr Fernandes)
Texto dissertativo
Todos nós, em algum momento, já fomos solicitados a dissertar, e em muitos desses momentos não tínhamos clareza do que isso significava. Ao colocar no papel nossas ideias e pensamentos, estamos dissertando, ou seja, expondo aquilo que pensamos.
Assim, dissertar ou produzir um texto dissertativo é explicar, avaliar, classificar, apresentar ideias sobre um determinado assunto, porém essas ideias devem estar fundamentadas, por isso temos os textos dissertativo-argumentativos. Nesses textos prevalece o poder de persuasão do emissor, o qual apresenta exemplos, demonstra e comprova fatos a fim de convencer o receptor/leitor das ideias expostas. Um texto dissertativo não se confunde com um texto narrativo ou descritivo, à medida que nesses dois últimos tipos textuais, pessoas, objetos e situações constituem-se os temas.
Agora pense em ARGUMENTAR e CONVENCER. A vida cotidiana traz constantemente a necessidade de exposição de ideias pessoais, opiniões e pontos de vista. Em alguns casos, é preciso persuadir os outros a adotarem ou aceitarem uma nova forma de pensar. Em todas essas situações e em muitas outras, utiliza-se a linguagem para dissertar, ou seja, organizam-se palavras, frases, textos, a fim de, por meio da apresentação de ideias, dados e conceitos, chegar a conclusões.
Em suma, dissertar ou escrever uma dissertação implica apresentar uma discussão de ideias, oferecer argumentação e organização do pensamento, expor a defesa de pontos de vista, oferecer a descoberta de soluções. É, portanto, necessário que se tenha conhecimento sobre o assunto que se vai abordar, aliado a uma tomada de posição diante dele.
Nas dissertações aceita-se o uso do plural majestático, ou seja, o uso da primeira pessoa do plural, e, modernamente, passou-se a aceitar o uso da primeira pessoa do singular. Mas, se você optar pela primeira pessoa do singular, evite "aparecer" no texto, usando inteligentemente essa escolha como um instrumento argumentativo, fazendo parecer ao leitor que as ideias expostas por você são de aceitação universal. 
A dissertação expõe ideias, defende opiniões, apresenta reflexões sobre essas pessoas, objetos, situações, sobre fatos concretos etc. Logo, há também uma estrutura que organiza a produção de textos dissertativos: a introdução, o desenvolvimento e a conclusão.
Vamos identificar os elementos que compõem essa estrutura?
· Introdução: é o início do texto. É a exposição do assunto ou tema que será tratado, desenvolvido e concluído ao longo da redação. Ela pode ser iniciada por uma citação, por uma afirmativa ou até mesmo por um questionamento, a fim de despertar o interesse do leitor.
· Desenvolvimento: é o desenrolar do assunto, a parte em que as ideias, as informações, os conceitos e os argumentos serão desenvolvidos progressivamente.
· Conclusão: é a parte final do texto. Uma avaliação final do assunto, um fechamento, em que o assunto é retomado para ser concluído.
Exemplo:
Sem limites
Não há limites para o imaginário humano. Mesmo em condições adversas, o homem é capaz de criar representações da realidade, seja com a intenção de mudar uma situação vigente, seja para sair da rotina monótona do cotidiano ou fugir de uma realidade hostil à vida. Essas imagens exercem um importante papel na alma humana e vão muito além da conotação recreativa, elas formam a esperança e, em alguns casos, podem determinar a sobrevivência do indivíduo.
No filme “A vida é bela”, cujo contexto é o da Segunda Guerra Mundial, um homem, prisioneiro em um campo de concentração, tece uma gama de imagens positivas e divertidas para que seu filho, uma criança, pense estar em meio a uma brincadeira. Nesse caso, a fuga da realidade por meio da inventividade humana, significou o alheamento do indivíduo, mas isso lhe garantiu a sobrevivência, pois o garoto resiste até o fim para que possa receber sua recompensa.
No filme “O náufrago”, o personagem interpretado por Tom Hanks imagina uma bola falante dotada de pensamento, a qual foi dada o nome de Wilson. Essa criação do náufrago evitou que a solidão o levasse à loucura e ao suicídio até ser resgatado. Ambos os exemplos dados são substituições da realidade por imagens, visando o “eu”, assim como ocorre na sociedade atual, em que o individuo cresce, a competição acirra-se e cria-se uma realidade hostil; a fuga torna-se uma questão de sobrevivência.
Luther King, ao proferir a frase “I have a dream”, referia-se à imagem criada por ele de um mundo melhor, em que o convívio entre brancos e negos fosse pacífico. A realidade, entretanto, era marcada por um verdadeiro apartheid, ataques de organizações como a ku klux klan, numa espécie de caça às bruxas. Após King, muito da intolerância diminuiu.
A imagem criada por um homem salvou o coletivo. Dessa forma, nem somente para fugir da realidade servem as imagens. Elas exercem papel fundamental na transformação do mundo, o qual de hostil pode tornar-se melhor, como o conseguido por King.
Fonte: letrasmundosaber.logspot.com/2008/12/texto-dissertativo-argumentativo.html
Elaborar textos dissertativos é uma atividade em que você deve considerar os objetivos do seu texto e a quem se destina, pois devemos escrever para responder indagações, questionamentos e posicionamentos que objetivamos inicialmente alcançar.
Texto descritivo
Enquanto, por meio da dissertação, quem escreve defende uma ideia e se posiciona a respeito do assunto sobre oqual escolheu dissertar, em uma descrição, a ênfase objetivará com maior detalhe descrever objetos, ambientes, estado de espírito, etc. 
O importante da descrição é que quem escreve consiga fazer com que o leitor entenda claramente aquilo que é descrito. Lembramos que outro fator importante na descrição é que o redator tenta apenas descrever algo, sem tomar partido, sem se envolver, apenas descrevendo de modo distanciado o que está observando. Descrever é representar verbalmente algo ou alguém, a partir de um ponto de vista.
Enfatizamos, ainda, que a descrição "pura" não existe e que descrever é colocar no papel as características de objetos, de imagens, de locais, de pessoas, da forma mais próxima possível do real para, assim, o leitor ser capaz de reconstruir o que foi descrito. É como se o tempo não existisse e o leitor mergulhasse no assunto com a sensação de que a descrição é atual, não importando o tempo a que ela remete ou em que foi escrita.
Exemplo:
Às 7h30min da manhã, o escritório está vazio; às 8h00, recebe os primeiros funcionários; às 10h00 é uma verdadeira feira [...] (nesse caso, há narrativa, pois há transformação temporal; os fatos apresentados distribuem-se entre 7h30min e 10h00) (MEDEIROS, 2000, p. 135).
Medeiros (2000, p 135) informa que as etapas para construção de um processo descritivo são:
· Pesquisa e seleção dos dados a serem apresentados;
· Rascunhar o que se escreve;
· Correção – revisão e redação final.
O texto descritivo tem como característica principal a exatidão da comunicação, pois seu objetivo é esclarecer, informar, comunicar.
Redação científica
Ao longo do tempo, percebemos que a falta de conhecimento linguístico e de normas que possam facilitar a vida dos alunos, professores e pesquisadores na elaboração dos seus trabalhos é uma constante quando se trabalha a língua como pressuposto científico. 
Sendo assim, o principal objetivo da redação científica é fazer com que os trabalhos comumente realizados em cursos que você realiza sejam feitos por meio da pesquisa e dos seus embasamentos técnico-científicos, bem como sociais. Para Medeiros (1997, p. 12), apud Câmara Jr. (1978, p. 58): “A leitura exige objetivo preestabelecido, análise, síntese, reflexão, aplicação do que se leu”. 
Ou seja, “Ninguém é capaz de escrever bem, se não sabe bem o que quer escrever”. No curso que está realizando e diante dos textos das aulas, acreditamos que você já percebeu que “A leitura exige objetivo preestabelecido, análise, síntese, reflexão, aplicação do que se leu” (MEDEIROS, 1997, p. 12) e temos que concordar com Câmara Jr. (1978) quando ele afirma que não é possível escrever bem quando não se sabe exatamente o que se pretende escrever.
Fichamento 
O fichamento é um processo utilizado para elaborar fichas de leitura na qual devem constar as informações mais relevantes de um texto lido. São anotações que servirão posteriormente para consulta, na elaboração do seu trabalho. Lembramos que fichamento não é um resumo, mas sim um apontamento das principais ideias contidas num artigo ou obra lida. É válido ressaltar que o fichamento, segundo Medeiros (1997, p. 93), é precedido por uma leitura que atenta para o texto. Assim teremos: fichas de comentário, citação direta, resumo e crítica/analítica. A diferença entre os vários tipos de fichas é só o seu texto. As fichas compreendem o cabeçalho, referências bibliográficas, corpo da ficha e local onde se encontra a obra. O cabeçalho engloba título genérico ou específico e letra indicativa da sequência das fichas, se for utilizar mais de uma. 
Resumo 
É a captação da ideia maior do texto, o ponto central. A norma NBR 6028:1990 define resumo como “apresentação concisa dos pontos relevantes de um texto”. Segundo Medeiros (1997, p. 142), resumo é "uma apresentação sucinta, compacta dos pontos mais importantes de um texto".
Resenha 
Para Andrade (1995, p. 60), apud Medeiros (1997, p.132), a resenha é um tipo de trabalho que “exige conhecimento do assunto, para estabelecer comparação com outras obras da mesma área e maturidade intelectual para fazer avaliação e emitir juízo de valor”. Logo, observamos a resenha com algumas condições estruturais: delimitação, análise textual, temática, interpretativa, problematização e síntese pessoal. 
Segundo Santos (2001), as partes essenciais de uma resenha são: identificação da obra (referência bibliográfica), credenciais do autor, conteúdo (resumo da obra/digesto), a crítica e a indicação do resenhista. A resenha não é um resumo. Medeiros afirma que enquanto o resumo não aceita o juízo valorativo, o comentário e a crítica à resenha exige esse elemento.
Para estruturar uma resenha deve-se compor os seguintes itens: referências bibliográficas, credenciais do autor, resumo da obra (digesto), apreciação (crítica do resenhista) e indicações do resenhista. 
O estudo dessa tipologia é uma necessidade prática, que atende ao desempenho dos trabalhos técnicos voltados às áreas comerciais, administrativas e financeiras, lembrando que redigir é aprender manusear a língua (viva) como essência material na linguagem, seja técnica ou científica.
 Textos técnicos e de instrução
Mensagem eletrônica (e-mail) 
As mensagens eletrônicas, que também podem ter cunho técnico-administrativo, estão sendo muito usadas atualmente, e a celeridade de sua circulação requer cuidados quando utilizadas para fins profissionais. O emissor da mensagem deve atentar para sua clareza, coerência e coesão, não se esquecendo do uso de uma linguagem padrão, formal, uma vez que nas mensagens eletrônicas institucionais e profissionais não cabem abreviaturas, gírias, linguagem coloquial, tal qual usamos em mensagens eletrônicas pessoais. 
Convocação 
A convocação é uma produção textual utilizada para convocar, chamar, convidar alguém para uma reunião, encontro. É necessário especificar o local, a hora, a data e o objetivo da convocação, a exemplo da pauta de uma reunião ou assembleia. 
Ata 
É um texto elaborado a partir de relatos, fatos, deliberações ocorridos em uma reunião, encontro, assembleia. Suas principais características são:
· Texto constituído sem parágrafos, emendas ou rasuras, uma vez que a ata é um documento, não se admitindo modificações posteriores. Caso seja necessária alguma alteração, deve-se usar a expressão “Em tempo:”, com a anuência do presidente;
· Números são grafados por extenso; 
· O texto poderá ser manuscrito em livro próprio para este fim ou digitado, este último com numeração para cada ata; 
· A ata deverá ser assinada, obrigatoriamente, pelo presidente da reunião e pelo secretário desta. Poderá ser assinada pelos demais presentes à reunião, desde que necessário; 
· Obrigatoriamente, o texto/ata deverá conter dia, mês, ano e hora da reunião, grafados por extenso; local da reunião; relação nominal dos presentes à reunião; pauta (ordem do dia) e o fecho da ata
Memorando 
É um documento que objetiva a comunicação interna entre setores ou departamentos de uma mesma instituição ou empresa. A celeridade da comunicação é uma característica dessa redação. Sua estrutura consiste em: 
· Destinatário (nome ou cargo/função) 
· Emissor (nome ou cargo/função) 
· Assunto: sobre o que o memorando está tratando 
· Data 
· Mensagem em si 
· Fechamento 
· Assinatura
Requerimento 
É um texto produzido com a finalidade de solicitar, requerer algo dentro de uma mesma instituição pública ou privada. Esse documento é elaborado quando se tem a presunção de que a solicitação tem amparo legal. Como exemplo, tomemos a solicitação, via requerimento, da licença-maternidade.
Declaração 
É um documento em que se declara, conceitua, ou explica algo a alguém. Quando queremos comprovar que estamos estudando em determinada instituição, por exemplo, solicitamos da secretaria escolar uma declaração de que estamos matriculados.
Procuração 
Documento utilizado para que uma pessoa represente outra, legalmente. Nesse documento, delimitamos ou constituímos amplos poderes, ou seja, delegamos poderes ao procurador para realizar atos quando estiver nos representando.A procuração pode ser simples, redigida de próprio punho ou digitada, ou ainda feita em cartório, também conhecida como procuração pública. É importante ressaltar que a procuração, tal qual a ata, deve ser redigida sem parágrafos, uma vez que não são permitidas emendas ou rasuras. Ela só terá validade se a assinatura for reconhecida em cartório. Isso vale para os dois tipos de procuração, a simples e a pública.
Ofício 
Documento de uso exclusivo de órgãos públicos, uma vez que os assuntos tratados nesse documento são sempre oficiais, logo ele pode ser emitido somente por órgãos públicos, porém o destinatário poderá ser a própria administração pública ou empresa/instituição particular. Por se tratar de um documento oficial, deve ser redigido em papel timbrado. Instituições ou empresas particulares utilizam a carta comercial para se comunicarem com outras empresas ou com a administração pública, uma vez que não podem utilizar o ofício.
Relatório administrativo 
Com o intuito de comunicar algo a alguém, o relatório administrativo é um relato, opinião/ponto de vista do autor acerca de fato, ação ou ocorrência administrativa. Sua organização consiste em introdução do assunto, desenvolvimento minucioso das ideias/fatos/ocorrências elencadas na introdução e conclusão do que foi exposto, com possíveis recomendações.
Formas de discurso
Discurso direto 
É aquele em que o autor reproduz exatamente o que escutou ou leu de outra pessoa.
Podemos enumerar algumas características do discurso direto:
· Emprego de verbos do tipo: afirmar, negar, perguntar, responder, entre outros;
· Uso, especificamente para introduzir os diálogos, dos seguintes sinais de pontuação: dois-pontos e travessão.
Como exemplo de discurso direto, observe o trecho abaixo retirado do livro Contos da Floresta:
"Então o velho falou para a velha:
- Não sei por que todos foram embora, mas não vamos sair daqui. Esse é nosso lugar e onde morreremos, quando chegar nossa hora.
- Sim, meu velho, você tem razão, nada nos fará sair daqui."
 Yaguarê Yamã - Contos da floresta
Discurso indireto
É aquele em que o narrador reproduz com suas próprias palavras aquilo que escutou de outra pessoa ou leu sobre ela. No discurso indireto eliminamos os sinais de pontuação que introduzem o diálogo e usamos conjunções: que, se, como, etc. 
Agora perceba como ficaria o mesmo texto, visto no exemplo interior, caso o discurso fosse indireto:
"O velho falou para a velha que não sabia por que todos tinham ido embora, mas não queria sair de lá. Disse que aquele era o lugar deles, onde morreriam  quando chegasse a hora. A velha concordou dizendo que nada faria eles saírem de lá.".
Discurso indireto livre
É aquele em que o narrador reconstitui o que ouviu ou leu por conta própria, servindo-se de orações.
Tipologia Textual
· Texto expositivo – Informa o receptor de temas de interesse, tentando responder a um “o quê?”, “como?”, “por quê?”. Também apresenta uma série de ideias que esclarece ou explica conceitos e argumentos. Característica fundamental do texto é claramente a informação.
O emitente deve considerar alguns aspectos essenciais como:
Natureza da informação ou mensagem;
Tipo de receptor;
Objetividade;
Lacuna de conhecimento entre emissor e receptor;
Coerência e coesão.
Estrutura geral do texto expositivo:
-Introdução: Responde a “Como?”
- Desenvolvimento: expõe, explica, esclarece, exemplifica, descreve, analisa crônicas, relatórios... responde “Por quê?”
-Conclusão: parte final e sintetiza ou recapitula o tema. Pode apresentar conclusões. Responde ao que deve ser feito. 
· Texto Injuntivo – Indica como realizar uma ação. Também é utilizado para predizer acontecimentos e comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Maioria em modo imperativo e infinitivo, ou futuro do presente.
FORMATAÇÃO DE DOCUMENTOS
Como Redigir: Bilhete e Correio Eletrônico (E-mail)
O que é específico na redação de textos empresariais e oficiais? 
Esses tipos de escrita são atividades com formas de atuação e objetivos bastante específicos, têm estilos e características próprias, o que as distingue sobremaneira de redações literárias. A linguagem da redação de documentos considera, principalmente, a objetividade, a eficácia e a exatidão dos informes.
Usa-se para tal a linguagem denotativa (sentido real das palavras), estrutura simples, paragrafação clara e objetiva. Isso não quer dizer que não devamos preocupar-nos com a estética tanto da linguagem quanto do documento em geral, pelo contrário, isso é primordial para uma boa comunicação. Quando alguém recebe uma comunicação por nós enviada, está também recebendo uma imagem de nós mesmos por aquilo que escrevemos. 
É bastante comum as empresas ofertarem treinamento para os funcionários responsáveis pela confecção de comunicação. Essa atitude mostra preocupação com a imagem da empresa, pois as pessoas responsáveis pela escrita não podem cometer erros de gramática, de vocabulário ou de estrutura textual.
Redação empresarial
A redação empresarial é um meio de se estabelecer comunicação entre pessoas por meio de papéis, cartas ou outros documentos. É o conjunto de instrumentos de comunicação escrita: cartas, bilhetes, memorandos, ofícios, requerimentos, contratos. Esse tipo de comunicação é utilizado por empresas, indústria e comércio, com o objetivo de iniciar, manter ou encerrar transações.
A redação empresarial e a correspondência ou redação oficial, às vezes, confundem-se porque se inter-relacionam e unem os objetivos e interesses do comércio, indústria e bancos. Daí pode-se denominar de empresarial ou oficial a reunião dessas comunicações (comerciais, empresariais e bancárias).
Correspondência oficial ou redação oficial?
A correspondência oficial é o meio de que as pessoas se utilizam para manter as relações de serviço na administração pública direta ou indireta, nos âmbitos federal, estadual ou municipal. Assim, redação oficial é a maneira de redigir a correspondência dos mais diversificados objetos de serviços, nos órgãos públicos.
Como redigir
As palavras integram a maior parte das situações que vivemos e, geralmente, expressam o que sentimos. Daí a importância de uma escrita clara e objetiva, ainda mais quando o nosso objeto é a redação empresarial ou oficial. A partir deste encontro, vamos aprender a produzir alguns gêneros textuais que circulam nas esferas sociais de empresas privadas e públicas, para ilustração de sua linguagem e características. Perceba em cada um deles sua finalidade, o perfil de seus interlocutores, sua estrutura e, ainda, o suporte no qual pode ou deve ser veiculado.
Comecemos, então, a nossa produção textual por dois gêneros de uso habitual na comunicação empresarial e oficial: o bilhete e o correio eletrônico ou e-mail.
Bilhete
É um gênero usado para comunicações breves; atualmente, está sendo substituído pelo e-mail. De uma forma ou de outra, há que se ter atenção para ser utilizado o padrão culto da língua. Não se deve esquecer o destinatário e a assinatura no bilhete. É um gênero textual que pode ter significados diversos, pois pode ser um tipo de documento de valor comprovado, ou um breve recado escrito para alguém. 
Alguns podem ter código de barras ou uma tarja magnética para armazenar dados nele contidos.
Exemplos:
· Bilhete de loteria, que dá direito a concorrer a sorteios;
· Bilhete ferroviário, que é impresso e dá direito a viajar em transportes coletivos;
· Bilhete rodoviário, que comprova a efetuação de pagamento;
· Bilhete escolar;
· Bilhete (ingresso).
Correio eletrônico ou e-mail
O correio eletrônico ("e-mail"), por seu baixo custo e celeridade, transformou-se na principal forma de comunicação para transmissão de documentos. Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não interessa definir forma rígida para sua estrutura. Entretanto, deve-se evitar o uso de linguagem incompatível com uma comunicação empresarial.
O campo assunto do formulário de correio eletrônico (mensagem) deve ser preenchido de modo a facilitar a organização documental tantodo destinatário quanto do remetente. Para os arquivos anexados à mensagem deve ser utilizado, preferencialmente, o formato Rich Text. A mensagem que encaminha algum arquivo deve trazer informações mínimas sobre seu conteúdo.
Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de confirmação de leitura. Caso não seja disponível, deve constar na mensagem o pedido para confirmação de recebimento.  Nos termos da legislação em vigor, para que a mensagem de correio eletrônico tenha valor documental, e, para que possa ser aceito como documento original, é necessário existir certificação digital que ateste a identidade do remetente, na forma estabelecida em lei.
Mala Direta 
É um tipo de correspondência que atinge um número grande de pessoas. Deve ter linguagem simples, clara e objetiva, pois se destina a públicos diferentes, de diferentes classes sociais, objetivos e campos de atuação.
Exemplo de Mala Direta
Figura 1- Mala Direta
Fonte: Site Ferwdi
Release
O release é um material informativo distribuído entre jornalistas antes de eventos, solenidades, entrevistas, lançamento de filmes, livros, etc. Normalmente, traz informações sobre fatos, programas ou assuntos para os quais  se quer atenção da mídia.
Exemplo de release:
Sala de Imprensa
Release
Refletir sobre dados abertos e democracia na era digital é uma das metas do IV Consegi. O Evento convoca representantes de governos, movimentos sociais, hackativistas, pesquisadores e estudantes para o encontro gratuito, em maio.
A onda de abertura de dados governamentais e debates sobre o direito do acesso à informação pública pelo mundo já chegou ao Brasil e movimenta poder público, hackativistas, profissionais de tecnologia, comunidades e pesquisadores. Para reunir essas peças chaves e especialistas nacionais e internacionais, o IV Congresso Internacional Software Livre e Governo Eletrônico (Consegi) oferecerá palestras, oficinas e debates, de 11 a 13 de maio, na Escola de Administração Fazendária (Esaf), em Brasília.
Entre os destaques do evento, está confirmada a participação do professor Nigel Shadbolt, da Universidade de Southampton, no Reino Unido, que liderou com Tim Berners-Lee (um dos criadores da Web) o desenvolvimento do data.gov.uk, projeto do governo britânico para abrir quase todos os dados do setor público, desde estatísticas de tráfego a números de crimes para livre reutilização. O modelo é apontado como um dos mais avançados do mundo, junto com iniciativas dos Estados Unidos (data.gov), Espanha, Canadá, Austrália e Nova Zelândia.
A programação do Consegi 2011 divide-se em oito eixos temáticos, terá mais de 100 palestras e 70 oficinas. As inscrições pelo sítio www.consegi.gov.br já estão abertas e são gratuitas. Neste ano, são esperadas mais inscrições do que no ano passado, quando foram 6,5 mil inscritos incluindo 600 estudantes dos cursos de tecnologia de Institutos e Universidades Federais e Estaduais. As caravanas poderão acampar no Jardim Botânico de Brasília,que fica ao lado da Esaf, com infraestrutura disponibilizada pelo Consegi.
Os interessados em organizar caravanas devem fazer a reserva, até 4 de abril, pelo e-mail: caravanasconsegi@serpro.gov.br.
Eixos temáticos
A tônica da programação continua sendo o software livre e a evolução do governo eletrônico, assim como a cooperação e compartilhamento de conhecimento entre entes da Administração Pública, comunidades e países vizinhos.
As oito trilhas temáticas abordam, além de dados abertos, assuntos como gestão de Tecnologia da Comunicação e Informação (TIC), e-democracia, multimídia, mobilidade, interoperabilidade, políticas de desenvolvimento tecnológico, educação e inclusão digital.
Consegi 2011
O Consegi é uma realização conjunta do Ministério da Fazenda e Esaf, com patrocínio do Serpro, Itaipu Binacional, BNDES, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Sebrae, além de parceria com a Presidência da República, Ministério das Relações Exteriores (MRE), Ministério da Educação (MEC), Telebrás, Governo do Distrito Federal e outras instituições públicas.
Informações para Imprensa
Jornalista: João da Silva
 Telefone: (xx) xxxx-xxxx
 email: release@release.gov.b
Fonte: www.consegi.gov.br
Convite
O convite é um meio de comunicação pelo qual podemos pedir o comparecimento de alguém a alguma cerimônia. A convocação, em última instância, passa a ser outro instrumento de comunicação, que parece mais formal do que o convite e, de certa forma, exige a presença do convidado. Quando usar a formalidade? A quem se dirigir?
Essas são algumas das questões que formulamos quando pensamos em fazer um convite ou convocação. O convite é menos formal, enquanto a convocação pede formalidade. No segundo caso, quem recebe a mensagem não se deve desobrigar do comparecimento ao evento (reunião). O convite é de livre aceitação.
Exemplo de convite
Figura 1 - Exemplo de convite
Fonte: Site Judice
Exemplo de convocação 
CONVOCAÇÃO DE ELEIÇÃO PARA REPRESENTANTES DOS EMPREGADOS  NA CIPA
Ficam convocados os empregados desta Empresa para eleição dos membros da “Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA”, de acordo com a Norma Regulamentadora – NR 05 atual, baixada pelo Ministério  do Trabalho, a ser realizada, em escrutínio secreto, no dia _______ às _______ horas, no _____________________(local).
Apresentaram-se e, serão votados os seguintes candidatos: ..........(nome dos candidatos da cédula de votação).
Data ______________
(assinatura e carimbo do empregador)
ou 
(Comissão Eleitoral)
Fonte: www.seconci-pr.com.br
Carta Comercial
A carta comercial é um instrumento de comunicação de que se valem as empresas ou pessoas no relacionamento comercial. É, também, a imagem de quem a representa. Portanto, não basta que transmita um conteúdo, mas  que o faça de maneira que impressione bem, por isso é necessário que sua apresentação cause uma impressão de ordem, organização e competência.
Como em qualquer comunicação, a clareza é uma qualidade imprescindível, pois não se podem esclarecer as dúvidas de imediato. Além da perda de tempo, pode haver como consequência, sérios prejuízos financeiros decor rentes de interpretação errônea motivada pela obscuridade do texto. Então, o mínimo exigido de uma carta é que ela seja inteligível.
Deve-se, também, usar um vocabulário simples, atual, com os termos bem estruturados nas frases. No mundo empresarial, tempo é dinheiro; tempo de quem redige e de quem lê. A carta tem de ser, portanto, concisa, ou seja, deve ter a informação completa com o menor número de palavras, sem se alongar em introduções ou encerramentos já em desuso há muito tempo. 
A correção gramatical é importante: é necessário tomar cuidado com o emprego dos pronomes de tratamento que deve ser uniforme, sem que se misture a terceira pessoa gramatical com a segunda, como já estudamos em uma das aulas anteriores.
Exemplo de carta comercial
Lojas RPDP
Goiânia, 22 de março de 2011.
Senhor diretor:
Confirmamos o recebimento de uma reivindicação de depósito no valor de três mil reais referente ao mês de fevereiro. Informamos que o valor foi depositado no dia 1o de março, na agência 0003, conta corrente 3225, Banco dos empresários. Por favor, solicitamos a verificação do depósito e que o senhor nos comunique a efetivação do pagamento. Pedimos desculpa, por não termos feito o depósito anteriormente, porém não possuíamos a sua nova conta bancária.
Agradecemos a sua compreensão e aguardamos o contato.
Atenciosamente, 
Amélia de Sousa
Gerente comercial
RPDP e Cia. Ltda.
Empresa de Comércio
Av. Brasil, 1200 
Goiânia - GO
 Fonte: Adaptado de https://brasilescola.uol.com.br/
Aviso
Usado para manter a comunicação social em uma empresa, comunica com objetividade e eficácia a Rescisão de Contrato de Trabalho (aviso prévio), por exemplo.
Pode ser fixado em local visível ao público ou ser publicado em jornal de grande circulação.
O aviso pode ser:
· De cientificação, notícia, ordem ou prevenção, de texto e formato variados, transmitida direta ou indiretamente ao destinatário;
· Tipo de correspondência, semelhante ao ofício, assinadopor ministro de Estado e dirigido a altas autoridades em assunto de serviço;
· Expediente pelo qual um ministro de Estado dá conhecimento, em sua área, de suas decisões de caráter administrativo e de ordem geral, caso em que o documento não traz destinatário expresso nem, logicamente, fecho com expressão de cortesia. (BELTRÃO. 2005)
Atualmente, os avisos são divididos em três tipos distintos:
· O tradicional, de caráter geral e feito através da imprensa ou afixado em quadro próprio, nos locais onde funcionam os serviços públicos (correspondência multidirecional);
· O ministerial, individual ou circular, com aspecto de ofício (correspondência uni ou multidirecional);
· Em fórmula, individual, igual ao utilizado nos escritórios comerciais, industriais e bancários (correspondência unidirecional). (BELTRÃO. 2005)
Quando com um aviso não se obtiver retorno, entrará em ação a carta, gênero que estudamos na aula anterior.
Exemplo de aviso - 1
“A aposentadoria do servidor regido pela C.L.T., rompe o vínculo empregatício a partir do recebimento pela Unidade de Ensino do comunicado de concessão do benefício pelo INSS, deixando de assinar o ponto, assim como praticar atos pertinentes às atribuições da função  que exercia, não podendo o Diretor da Unidade de Ensino, como chefe imediato, permitir que ocorra a continuidade do exercício da função.”  
Tendo esta Unidade de Ensino recebido, em ___/___/___,o Comprovante de Concessão de Aposentadoria expedido pelo INSS, com data de  ___/___/___, estamos rescindindo a partir desta última, o Contrato de  Trabalho existente entre o CEETEPS e Vossa Senhoria.  
Atenciosamente,  
Diretor 
Exemplo de aviso - 2
Senhor(a) _____________________(nome do funcionário ou  funcionária) _____________________, pelo presente o notificamos  que a partir da data subsequente da entrega deste, não mais serão  utilizados os seus serviços, pela nossa firma e, por isso, vimos avisá-lo, nos  termos e para efeitos do disposto no art. 487 item II - cap. VI - título IV, do  decreto lei n.º 5.452, de primeiro de maio de 1943, (consolidação das leis  do trabalho).  
Observações: aviso prévio indenizado  
Saudações  
Cuiabá,_______de ______________de ______. 
Empresa:  
CNPJ:  
Assinatura  
Circular
A circular é um documento noticioso remetido a diferentes pessoas, órgãos ou entidades. São objetos de circulares as notícias relativas à empresa, de uma forma geral. É toda comunicação reproduzida em vias, cópias, como documento. Destina-se a ordenar, avisar ou instruir.
Exemplo de circular
CIRCULAR Nº _______, _______ DE _______ DE _______.
Senhor Secretário: 
Comunico a Vossa Excelência que, por determinação do Senhor  Governador do Estado do Paraná, no dia 28 do mês em pauta,  dia do Servidor Público, o expediente será normal nas repartições públicas do Estado. Porém, será considerado ponto facultativo o dia  1° de novembro, segunda-feira. A medida não abrangerá serviços que, por sua natureza, não admitem paralisação. 
Atenciosamente, 
Nome, 
Cargo do signatário. 
Ao senhor 
Nome, 
Secretário de Estado _____________________, 
Nesta Capital. 
Fonte: Site Arquivo Público
Ofício
O ofício é um documento expedido entre os órgãos de serviços públicos. Entidades civis, religiosas ou comerciais se utilizam deste termo “ofício” para renomear a carta. É um documento público expedido por alguém superior para troca de informações de subalternos e entre a administração e empresas particulares, em caráter oficial.
De acordo com o Manual de Redação da Presidência da República, se considerarmos o aviso oficial e o ofício, ambos:
São modalidades de comunicação oficial praticamente idênticas. A única diferença entre eles é que o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de Estado, para autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o ofício é expedido para e pelas demais autoridades. Ambos têm como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre si e, no caso do ofício, também com particulares. (MENDES, 2002)
Quais as partes que compõem o ofício?
1. Cabeçalho ou timbre
2. Índice e número
3. Data
4. Vocativo
5. Introdução
6. Explanação
7. Fecho (despedida e assinatura)
8. Anexo
9. Destinatário
10. Iniciais (redator e datilógrafo/digitador)
Exemplo de Ofício
Prefeitura de Manaus 
Rua São Luis, nº 416 
CEP 81000-600 
(92) 5543-0050
OFÍCIO N.º 3536/2010  
Manaus, 20 de julho de 2010.  
Senhor Presidente, 
Em atenção ao Ofício nº 026/2010, de 26/05/2010, informamos a  Vossa Senhoria, conforme posicionamento da Subsecretaria de Logística desta Secretaria de Administração, que os serviços serão programados em possível Termo Aditivo, previsto para o segundo semestre de 2010. 
Atenciosamente, 
José Almeida 
Secretário Municipal de Administração 
Ao 
Senhor 
Antônio Monteiro Cavalcante 
Presidente da Associação dos Moradores do Conjunto Habitacional Santa Clara 
Rodovia Torquato, s/nº, Conjunto Santa Clara – Bairro Paz 
Procuração
Instrumento pelo qual uma pessoa recebe de outra poderes para, em nome dela, praticar atos ou administrar bens.
A procuração pode ser:
· pública: se lavrada em cartório;
· particular: se passada de próprio punho pela pessoa que a dá. Mesmo assim esta deve subordinar-se a certas regras formais para que se identifique como ato perfeito.
Quem passa a procuração é o mandante, constituinte ou outorgante; e quem recebe o mandato é o mandatário, procurador ou outorgado.
· Substabelecer: nomear como substituto; transferir a outrem a procuração recebida de alguém.
· Outorgar: conceder, dar; declarar em escritura pública.
Exemplo de Procuração
Na procuração, deve ficar claro o objeto, ou seja, deve-se colocar todas as atribuições do outorgado para que problemas futuros sejam evitados.
Eu,_________________________ portador da RG n.o _____________ órgão emissor ________, Brasileiro, solteiro e domiciliado na rua ________________________, no ____, apto____, bairro _________________________, na cidade de _____________________, estado do (a)___________, nomeio e constituo o meu bastante procurador ____________
_______________, portador da RG no ____________, órgão emissor _______, Brasileiro, solteiro residente e domiciliado na rua _________________________, bairro ____________________, n.o_____, apto____, na cidade de ______________________, no estado do(a)______________, para______________ junto ao __________________.
Cidade , ____/____/____
Ass.________________________________________________________.
Ata
O que é uma ata? 
É um documento em que se registram as ocorrências de uma reunião. É um ato de registro. A ata pode ser manuscrita em livro próprio ou digitada em folhas numeradas.
Como fazer uma ata?
A ata pode ser manuscrita em livro próprio ou digitada em folhas numeradas. Todas as folhas devem ser rubricadas pelos participantes e pelo presidente da reunião. É importante que se saiba da obrigatoriedade da assinatura do secretário e do presidente, os demais participantes da reunião assinam a ata se for o caso.
O texto deve ser escrito em linhas corridas, sem rasuras e emendas. Se isso ocorrer, deve-se escrever "digo" e em seguida grafa-se o termo exato. "Aos dezessete de julho, digo, junho, de 2006...".
Abre-se somente o parágrafo inicial. Não se devem utilizar números, a escrita deve ser feita por extenso. O tempo verbal a ser usado é o pretérito perfeito do indicativo (ontem). Deve-se ser objetivo. Se o secretário for nomeado no momento da reunião, deve-se usar o termo "ad hoc", que significa que o secretário só o é para aquela ocasião. Se, por um acaso, a ata contiver um erro e este só for observado após a digitação ou o término da grafia, deve-se, antes de se encerrar a ata com assinatura do presidente da reunião, colocar a expressão "em tempo: onde se lê... leia-se..."
Termo de abertura
Este livro contém X folhas numeradas e rubricadas por mim, (nome do secretário), e destina-se ao registro de Atas das reuniões de (colocar o nome condomínio, empresa).
Termo de encerramento 
Eu, (nome do secretário), Secretário de (colocar o nome do condomínio, empresa),declaro encerrado este livro de atas/declaro encerrada esta ata de reunião.
Exemplo de ata formal
Ata da Décima Reunião da Diretoria da Empresa ABC
Aos dezenove dias do mês de outubro de dois mil e dez, às oito horas, na sala de reuniões da Empresa ABC, sito na Avenida Batel, número quinhentos e trinta, Curitiba, Estado do Paraná, sob a presidência da Srta. Meire Santos, estando presentes as sócias Andresa Pereira, Mara Lucia Bin e Silvana Vasconcelos. A Srta. Meire Santos abriu os trabalhos solicitando a Srta. Andresa Pereira que secretariasse a reunião e, de imediato lesse a ata da reunião anterior, que foi aprovada sem ressalvas. Pauta: A) Projeto de marketing para 2005. Em seguida a Srta. Andressa Dellabona leu o projeto de marketing para o ano de 2005, que foi aprovado e assinado pelos membros presentes. B) Relatório de custos de setembro. Após a Srta. Andresa Dellabona apresentou relatório de custos referente o mês de setembro de 2004. C) Contratação de funcionários. A gerente de RH Srta. Silvana Vasconcelos solicitou a contratação de mais uma secretária, aprovada a contratação por unanimidade. D) Orçamento para festa de encerramento do ano 2004. A Srta. Mara Lucia Bin apresentou orçamento para realização da festa de fim de ano que será no dia dezoito de dezembro de dois mil e quatro, no restaurante Toscana em Santa Felicidade. O orçamento foi aprovado e assinado pelos membros presentes. Sendo assim, e nada mais havendo a tratar, foi encerrada a reunião, e eu, Andresa Pereira, secretária ad hoc, lavrei a presente ata, que, após lida e aprovada, será assinada por todos os presentes. Curitiba, dezenove de outubro de dois mil e dez. (Seguem-se as assinaturas).
Meire Santos – Presidente
Andressa Pereira – Secretária
 
Exemplo de ata informal 
Ata da Reunião da Diretoria da Reality
Ata número: 101 do dia 23-11-2010 às 10h30.
Local: Av. Batel, 50 – Batel – Curitiba – PR
Presidente: Maria Barth               Secretária: Andressa Dos Santos
Presentes: Mara Lúcia Bin, Joana da Silva, Carmem de Souza
Pauta e deliberações:
1.  Apresentação do projeto para jornal informativo. O modelo apresentado ficou sob a responsabilidade da Sra. Mara Lúcia Bin, que fará as devidas alterações.
2.  Compra de dois computadores. A Sra. Carmem solicitou a compra de dois computadores, um para o setor de marketing e outro para a recepção. Aprovada a compra dos dois equipamentos. A compra será feita pelosetor do CPD através de três orçamentos.
Encerramento: 11h30 do dia 23-11-2010.
Assinaturas:
Contrato
Documento por meio do qual se estabelecem acordos entre pessoas ou entidades. A partir de um contrato existe algum direito ou obrigação entre as partes interessadas.
Quando se faz um contrato?
Quando da compra e venda de bilhetes de loteria ou passagem, em caso de matrícula em uma instituição de ensino, casamentos, prestação de serviços, compra e venda em gera, locações etc.
O que deve constar em um contrato?
O que gerou a negociação? Detalhes
Quais os direitos e deveres dos contratantes?
Quais as penalidades, se o contrato for quebrado?
Quais os prazos de pagamento, entrega, juros?
Onde residem os contratantes?
Qual o foro para esclarecimento de dúvidas?
Quando e onde foi firmado o contrato?
Quem assina?
Precisa de registro em cartório?
Quanto à forma, um contrato pode ser:
· Solene: de acordo com a forma prescrita na lei. Exemplo: testamento, casamento.
· Não solene: quando não segue uma forma de existir prescrita na lei. Exemplo: contrato de compra e venda.
Quanto ao modo de existir, um contrato pode ser:
· Principal: não depende de outro para existir. Exemplo: contrato de locação.
· Acessório: depende de outro para existir. Exemplo: contrato de fiança.
Quanto à natureza, um contrato pode ser:
· Gratuito ou unilateral: quando a despesa acontece somente para um dos contratantes. Exemplo: doação, empréstimo.
· Oneroso ou bilateral: quando gera gastos para ambas as partes. Exemplo: compra de um imóvel.
Exemplo de Contrato
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PROFISSIONAIS
Pelo presente instrumento particular, ________________ CGC ______________ estabelecida _____________________________, e aqui denominada CONTRATADA e _______________________, CPF/CGC: ______________________, RG/IE: ________________, estabelecido a ______________________________, aqui denominado CONTRATANTE, têm entre si justo e contratado o seguinte:
I – DO OBJETO DO CONTRATO
O presente contrato tem como objeto a formulação do conjunto de páginas eletrônicas e gráficas, aqui denominado simplesmente por ”SITE” ou “HOME PAGE”, para uso exclusivo na Internet, com referência institucionais da CONTRATANTE, demonstrando os seus produtos, serviços e tecnologia. Também incluso a prestação de serviço referente à manutenção deste “SITE”.
II - DAS OBRIGAÇÕES DA CONTRATADA
A CONTRATRADA se obriga a desenvolver o objeto deste contrato da maneira mais adequada e dinâmica, dando ênfase a marca e a qualidade dos produtos e serviços da CONTRATANTE. Faz parte ainda os seguintes serviços a serem executados pela CONTRATADA:
· Elaboração do projeto gráfico e fluxo das informações;
· Programação das páginas em HTML;
· Programação das páginas em ASP;
· Programação dos bancos de dados necessários;
· Manutenção do “SITE” assim que as partes acharem necessário.
III - DAS OBRIGAÇÕES DO CONTRATANTE
Ficará sobre responsabilidade da CONTRATANTE, a entrega de todo o material necessário para execução dos trabalhos ora tais como:
· Fotos e imagens a serem adicionadas nas páginas;
· Textos descritivos;
· Logotipo.
O CONTRATANTE deverá efetuar corretamente os pagamentos à CONTRATADA, segundo item V.
IV - DA MANUTENÇÃO DOS SERVIÇOS
A CONTRATADA através da manutenção dos serviços, sendo Preventivo e/ou Corretivo, manterá o “SITE” em condições de navegabilidade, efetuando os necessários ajustes, configurações e reparos visuais.
1º. Somente os técnicos da CONTRATADA poderão executar serviços técnicos preventivos e ou corretivos, a que se refere esta cláusula.
2º. A manutenção dos serviços aqui contratados não incluem:
· Os serviços adicionais aos mencionados neste contrato;
· Elaboração e construção de bancos de dados extras;
· Produção de fotos;
· Produção de vídeos;
· Configuração de estação de usuário da Internet;
· Problemas apresentados nos equipamentos de comunicação, tais como modems e cabos de redes;
· Problemas apresentados em consequência da presença de vírus no equipamento;
· Problemas apresentados em consequência de software defeituosos, mal instalados ou mal configurados;
· Criação de novas páginas ou alterações de layout diferenciado para o “SITE” do CONTRATANTE;
Problemas que não estão ligados diretamente à ___________________(nome da empresa contratada).
3º. A CONTRATADA se reserva no direto de inserir uma pequena imagem de aproximadamente 70x40 pixels na página principal da CONTRATANTE com a seguinte descrição:
“____________________”.
4º. A CONTRATADA se compromete a cadastrar o “SITE” do CONTRATANTE nos principais “SITES” de busca nacionais e internacionais.
V - PREÇO E FORMA DE PAGAMENTO
Para os serviços de construção, manutenção e inclusão do “SITE”, objeto deste contrato, ora estipulado terá um custo no valor de:
- Construção: R$ ____________
Uma vez que a CONTRATADA cumpra todos os requisitos, o CONTRATANTE efetuará o pagamento do serviço prestado de construção do “SITE” da seguinte forma:
(forma de pagamento)
- Manutenção: R$ ____________________, a serem pagos da seguinte forma:
- (forma de pagamento)
VI - DA RESCISÃO DO CONTRATUAL
O presente contrato poderá ser rescindido pelo CONTRATANTE, sem ônus algum, quando:
· A CONTRATADA não executar os serviços solicitados pelo CONTRATANTE, e que estejam de acordo com as ANOTAÇÕES cláusulas deste contrato.
· Quando a CONTRATADA descumprir alguma das cláusulas deste contrato.
O presente contrato poderá ser rescindido pela CONTRATADA, quando:
O CONTRATANTE na hipótese de inadimplência das obrigações ora assumidas, devendo a parte inocente notificar a parte culpada a sanar sua falha no prazo de 30 dias, após isso, não sanada a dívida,

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