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DIRETORIA DE ENSINO 
DEPARTAMENTO DE ENSINO MÉDIO E LICENCIATURAS 
CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRISCILA DE SOUSA CUNHA MAIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
A EVASÃO NO CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA 
MODALIDADE A DISTÂNCIA DO IFCE – UM ESTUDO 
COMPARATIVO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORTALEZA 
2013 
 2 
 
PRISCILA DE SOUSA CUNHA MAIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
A EVASÃO NO CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA 
MODALIDADE A DISTÂNCIA DO IFCE – UM ESTUDO 
COMPARATIVO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Artigo científico apresentado ao Curso de 
Licenciatura em Matemática, como requisito 
para obtenção do grau de Licenciado em 
Matemática pelo Instituto Federal de 
Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará. 
 
Profa. Orientadora: Ma Andrea Maria Rocha Rodrigues 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORTALEZA 
2013 
 3 
 
 4 
 
RESUMO 
 
A EAD está se expandindo consideravelmente no território brasileiro, no entanto, conforme 
dados apresentados no AbraEAD/2008, proporcionalmente ao número de matriculados nesta 
modalidade de ensino, cresce, também, o número de evadidos. Com o objetivo de verificar os 
índices de evasão no curso de Licenciatura em Matemática do IFCE na modalidade a 
distância em relação à evasão do mesmo curso na modalidade presencial, foi realizada a 
presente investigação. A metodologia consistiu no levantamento de dados bibliográficos e 
pesquisas documentais, por meios de anuais, artigos, livros, revistas científicas e sites. Os 
autores que nortearam sobre a EAD, foram: Lemgruber, Lobo Neto, Carmen Maia, João 
Mattar, Moran e Rumble. Trata-se, também, de uma pesquisa quantitativa, por meio de estudo 
de casos, na qual foram coletados dados na própria instituição através do sistema acadêmico 
utilizado pela a coordenação dos cursos. As turmas analisadas foi a do primeiro semestre do 
ano de 2007 na modalidade a distância, que só foi registrada no sistema acadêmico em 
2008.1, e a do primeiro semestre do ano de 2008 do campus Fortaleza na modalidade 
presencial ambas do curso de Licenciatura em Matemática. Os dados coletados apresentaram 
resultados insatisfatórios, pois foi verificado que os índices de evasão, tanto da turma na 
modalidade a distância quanto da turma na modalidade presencial, é bastante elevado 
chegando a 50% dos matriculados, sendo que a turma da modalidade a distância apresenta o 
índice de concludentes, representado por 33,68%, superior ao índice de concludentes da 
modalidade presencial, representado por 2,63%. 
Palavras-chave: Evasão na EAD; Licenciatura em Matemática IFCE; Educação a Distância. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5 
INTRODUÇÃO 
 
A Educação a Distância (EAD) surge no Brasil no final do século XIX por meio de 
cursos profissionalizantes, oferecidos através de anúncios em jornais de grande circulação do 
Rio de Janeiro, realizados por correspondências. Porém, o ano de 1904 é o marco de 
referência oficial, pois ocorre a Instalação de Escolas Internacionais, instituição filiada a uma 
organização norte-americana, onde eram oferecidos cursos nos setores de comunicação e 
serviços, realizados, também, por correspondência. 
A evolução das tecnologias faz com que essa modalidade educacional seja oferecida 
por outros meios: em 1923, via rádio; na década de 60, através da televisão; e a partir da 
década de 70, com o advento da internet, por computadores. 
Com as grandes mudanças nas formas de comunicação, ocorridas nos últimos tempos, 
fazendo o mundo mais globalizado, a educação a distância aparece cada vez mais no contexto 
das sociedades contemporâneas. De acordo com Belloni (2006) esta modalidade de educação 
surge como uma forma de atender às novas demandas educacionais decorrentes das mudanças 
causadas pela globalização, que não é apenas um fenômeno econômico, mas também um 
processo de transformação do espaço e do tempo. 
Conforme dados apresentados pelo o INEP/MEC no Resumo Técnico do Censo da 
Educação Superior de 2009, o número de instituições que ofertam ao menos um curso de 
graduação ou sequencial de formação específica passa de 1.180, em 2000, para 2.314, em 
2009, um aumento de 96%. Porém, o aumento das instituições que ofertam ao menos um 
curso de graduação ou sequencial de formação específica e dos milhares de alunos que estão 
matriculados nessa modalidade cresce, também, as taxas de evasão. 
Diante do exposto e com a finalidade de apurarmos alguns dados estatísticos em 
relação à evasão da turma do primeiro semestre do ano de 2007 do curso de Licenciatura em 
Matemática na modalidade a distância do IFCE foi realizada uma investigação. 
Posteriormente, compara os percentuais com os índices da turma do primeiro semestre do ano 
de 2008 do mesmo curso na modalidade presencial, para uma melhor percepção da evasão na 
modalidade a distância em relação à evasão da modalidade presencial. A metodologia consiste 
no levantamento de dados bibliográficos e pesquisas documentais, por meios de anuários, 
 6 
artigos, livros, revistas científicas e sites. Posteriormente, serão realizadas coletas de dados, de 
documentos e de informações sobre a evasão na supracitada instituição. 
Para tanto, o presente trabalho divide-se em cinco tópicos. No primeiro tópico faz-se 
uma breve definição da Educação a Distância, bem como sua caracterização. No segundo 
defini-se o termo evasão e alguns levantamentos de dados sobre essa questão. O terceiro 
tópico apresenta um breve histórico da implantação da EAD no IFCE. O quarto tópico 
apresenta o curso de Licenciatura em Matemática na modalidade a distância do IFCE. Por 
fim, apresentaremos o levantamento de dados, bem como a análise destes em relação à evasão 
das referidas turmas. 
 
O que é Educação a distância? 
 
Sendo oficializada em 1996, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – 
Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996, a EAD, segundo Lobo Neto (2002), „deixa de 
pertencer ao elenco de projetos sempre designados como “experimentais”, ao sabor de 
momentâneas arbitrariedades, tanto a favor quanto contra, sem qualquer respeito a resultados 
educacionais concretos‟. Daí em diante, a EAD, com a chancela da lei, tem se efetivado e 
paulatinamente sido reconhecida como modalidade educacional. 
Em 1998, o Decreto n.º. 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, que regulamentava a 
educação a distância, a define como “uma forma de ensino que possibilita a auto-
aprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, 
apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e 
veiculados pelos diversos meios de comunicação”. 
Atualmente, a EAD é definida, oficialmente, pelo o Art. 1º do Decreto n.º 5.622, de 19 
de dezembro de 2005, como “modalidade educacional na qual a mediação didático-
pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e 
tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo 
atividades educativas em lugares ou tempos diversos”. 
Carmem Maia e João Mattar (2007, p. 6) enfatizam que “a EAD é uma modalidade de 
educação em que os professores e alunos estão separados, planejada por instituições e que 
utiliza diversas tecnologias de comunicação”. 
 7 
Marcio Lemgruber (2008) discorda e prefere defini-la como uma forma educacional, 
pois “apesar de ser corrente a referência à educação a distância como uma modalidade, o 
termo pode trazer confusão com especificidade educacionais tais como Educação de Jovens e 
Adultos, Educação Especial, (...) estas sim modalidades educacionais”. 
Moran (2002) compartilha outra visão ao conceituar a educação a distância como um 
processo de ensino aprendizagem, mediado por tecnologias, onde professores e alunos estão 
separados espacial e/ou temporalmente. No entanto, enfatiza que a palavra “educação” não é 
perfeitamente adequada, mas é a mais abrangente. Pois na expressão “ensinoà distância” a 
ênfase é dada ao papel do professor. 
Lobo Neto (2001) destaca que a educação a distância é uma alternativa de mediação 
na construção da sociedade e através do seu caráter massivo poderá possibilitar emergência 
das culturas locais e comunitárias. 
Para Greville Rumble (2003) dentre as principais características da dessa modalidade 
podemos destacar: o atendimento, em geral, a uma população estudantil dispersa 
geograficamente; a administração de mecanismos de comunicação múltipla; a possibilidade 
de personalização do processo de ensino aprendizagem, de acordo com o ritmo do rendimento 
do alunado; a formalização das vias de comunicação bidirecionais e frequentes relações de 
mediação dinâmica e inovadora; a garantia de permanência do aluno em seu meio cultural e 
natural, o que evita os êxodos; a combinação da centralização da produção com a 
descentralização do processo de aprendizagem. 
Resumidamente, a EAD é, em geral, voltada especialmente (mas não exclusivamente) 
para o adulto que não possui tempo suficiente para estudar, a fim de completar a sua formação 
ou fazer um novo curso. Além disso, ela permite que estudo e cotidiano se combinem, 
garantindo a permanência do alunado em seu próprio ambiente, seja ele profissional, cultural 
e familiar. Com isso, essa modalidade de ensino democratiza a educação. 
Nesse contexto, essa modalidade de educação, vem crescendo consideravelmente no 
Brasil, conforme dados apresentados em censos realizados pelo o INEP/MEC, mas atrelado a 
tal crescimento está, também, aumentando a quantidade de alunos que deixam o curso 
precocemente caracterizando a evasão na EAD. 
 
 
 8 
A Evasão na EAD 
 
Segundo, Utiyama e Borba (2003), a evasão é entendida como a saída definitiva do 
aluno de seu curso de origem, sem concluí-lo. Para Maia e Meireles (2005), a evasão consiste 
em alunos que não completam cursos ou programas de estudo, podendo ser considerada como 
evasão aqueles alunos que se matriculam e desistem antes mesmo de iniciar o curso. E Abbad, 
Carvalho e Zerbini (2005) dizem que a evasão refere-se à desistência definitiva do aluno em 
qualquer etapa do curso. Porém, é importante esclarecer, para cada pesquisa a evasão deve ser 
definida levando-se em consideração a categorização dos processos de entradas e saídas 
adotados pelo o pesquisador. 
Segundo consta no Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a Distância de 
2008 (AbraEAD/2008), entre 2004 e 2007, o crescimento no número de alunos da modalidade 
a distância foi de 213%, fazendo com que o número de estudantes, em 2007, em cursos a 
distância de instituições credenciadas pelo Sistema de Ensino atingisse 972.826 alunos. 
Pode-se observar nos dados divulgados pelo Censo da Educação Superior 2010, 
elaborado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 
Inep/MEC, que houve uma significativa expansão das matriculas de cursos a distância no 
período de 2005 a 2009, com ritmo ligeiramente inferior no ano de 2010. No referido ano, 
14,6% das matriculas em curso superior correspondem à modalidade a distância (930.179), 
das quais, quanto ao grau acadêmico, 426.241 correspondem às matriculas de licenciatura; 
268.173 de bacharelado e 235.765 em cursos superiores de tecnologia (CST). 
Os dados apresentados são promissores, no entanto vale enfatizar que juntamente com 
o aumento de matriculas nessa modalidade de educação há uma grande parcela de alunos que 
desistem do curso precocemente, caracterizando a evasão escolar. Conforme podemos 
verificar a seguir. 
A pesquisa AbraEAD/2008 destaca que foram encontradas 257 instituições 
credenciadas pelo Sistema de Ensino para ministrar cursos de Educação a Distância no Brasil, 
nos níveis básico/técnico/EJA, 93 instituições foram registradas nos respectivos Conselhos 
Estaduais de Educação. Já em nível superior, 164 instituições foram legitimadas pelo 
Conselho Nacional de Educação. Dentre estas, 140 (55% do universo) responderam a uma 
pesquisa que detalha suas metodologias. Os dados estatísticos da pesquisa relatam que 60% 
das instituições que responderam a pesquisa realizam pesquisas sobre a evasão. Conforme 
 9 
essas pesquisas, os motivos mais frequentes entre os apontados para a evasão são o financeiro 
(35%) e a falta de tempo (22.9%). Ainda nesta pesquisa foi constatado que o percentual de 
instituições com evasão alta (superior a 30% dos alunos) é de 11% e 75% apontaram a evasão 
igual ou inferior a 20%. 
O AbraEAD/2008, ainda, realizou pesquisa com 204 alunos (102 evadidos e 102 
formados), segundo a pesquisa “o problema da falta de tempo do aluno, aliada á necessidade 
de mais atenção para a solução de dúvidas, por exemplo, se sobrepõem a um motivo clássico 
para a evasão, a falta de dinheiro para dar continuidade ao curso”. Dos 102 alunos evadidos, 
conforme a pesquisa, a quase totalidade (91,2%) não chegou nem a metade do curso, e 85% o 
abandonaram no inicio; 4,9% fez mais que a metade; e, apenas, 2,9% chegaram quase no 
final. 
Dentre as instituições que ofertam algum tipo de curso na modalidade a distância, 
podemos citar o Instituto Federal do Ceará (IFCE) que oferecem cursos por meio do sistema 
Universidade Aberta do Brasil (UAB)
1
 e da Escola Técnica Aberta do Brasil (e-TEC)
2
. 
 
A EAD no IFCE 
 
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) é uma 
autarquia federal vinculada ao Ministério de Educação, portanto, na forma da lei, goza de 
autonomia pedagógica, administrativa e financeira.Tendo em vista, o reconhecimento da 
vocação da supracitada instituição para desenvolvimento do ensino de graduação e pós-
graduação tecnológica, bem como extensão e pesquisa aplicada, o Ministério da Educação, 
através do inciso V, parágrafo 4º do Decreto n.º 5.225, de 1º de outubro de 2004, reconheceu, 
dentre outros objetivos, que o IFCE tem a finalidade de ministrar ensino superior de 
graduação e de pós-graduação “lato sensu” e “stricto sensu”, visando à formação de 
profissionais especialistas na área tecnológica. 
 
1
Sistema integrado por universidades públicas que oferece cursos de nível superior para camadas da população 
que têm dificuldade de acesso à formação universitária, por meio do uso da metodologia da educação a distância. 
2
Sistema que visa à oferta de educação profissional e tecnológica a distância e tem o propósito de ampliar e 
democratizar o acesso a cursos técnicos de nível médio, públicos e gratuitos, em regime de colaboração entre 
União, estados, Distrito Federal e municípios. 
 10 
A referida instituição tem como marco referencial de sua história institucional um 
contínuo processo de evolução, que acompanha o processo de desenvolvimento do Ceará, da 
Região Nordeste e do Brasil. Essa evolução, aliada ao novo contexto regional, aponta para um 
posicionamento estratégico, sua transformação em Universidade Tecnológica. Este novo 
“status” institucional de Universidade Tecnológica representa a visão de futuro do IFCE e se 
constitui no elemento mobilizador da comunidade para o comprometimento com a 
continuidade de seu crescimento institucional necessário para acompanhar o perfil atual e 
futuro do desenvolvimento do Ceará. 
Portanto, o IFCE, norteado pela Lei n.° 9394/96, e estando apto a expandir o acesso a 
formação e interiorização, pela via da modalidade de Educação a Distância, tem levado 
formação necessária àqueles indivíduos e profissionais que estão distantes dos grandes centros 
de ensino e/ou que enfrentam dificuldades em frequentar o ensino presencial. E, também, ao 
reconhecer a importância estratégica do uso das Tecnologias da Informação e Comunicação 
(TICs) como apoio e enriquecimento do ensino presencial e da modalidade da Educação a 
Distância, amparada pela legislação, para expansão do ensino, ampliação do acesso e 
democratização do ensino, esta instituição vemenvidando esforços para assumir o desafio e 
consolidar-se como centro de excelência em EAD ao disseminar educação às mais diversas 
localidades. 
Com isso, a área de EAD no IFCE vem realizando diversas ações de investigação e 
experimentação desde 1994, desembocando em atividades no âmbito da pesquisa,da extensão 
e do ensino. 
Na pesquisa, várias propostas se revertem no uso das TICs, destacando-se o módulo 
do SIEP (Sistema de Informação da Educação Profissional) desenvolvido no âmbito do 
CG/DDPE/SETEC/MEC
3
 denominado ― Portal da Educação Profissional a Distância ou 
EPT Virtual. 
Na extensão, podemos citar vários projetos sociais de inclusão digital e social com uso 
da informática como Alfabetização Tecnológica (IFCE Juazeiro do Norte), Inclusão Online na 
Educação Especial, Conectando Gerações (IFCE Cedro), Inclusão Digital na 3ª. Idade (IFCE 
Fortaleza), Ilha Digital (IFCE Fortaleza), este último resultante de convênio firmado entre o 
 
3
Coordenação Geral do Departamento de Despesa de Pessoas da Secretaria de Educação Profissional e 
Tecnológica do Estado. 
 11 
IFCE e o Banco do Brasil para instalação de telecentros comunitários como parte do 
programa de inclusão digital, entre outros. 
No ensino, pode-se citar o programa denominado FormaTE que constitui minicursos 
diversos de formação e capacitação de professores em tecnologias informáticas telemáticas e 
EAD visando alfabetização tecnológica; utilização de TICs em sala de aula; conhecimento e 
domínio de ferramentas e plataformas de EAD; produção de conteúdo; o projeto piloto ― 
Ciranda da Educação Profissional, realizado entre quatro IFCEs usando videoconferência; 
Curso Didática Aplicada à Videoconferência para professores do IFCE, repetido em diversas 
ocasiões; Capacitação no e-PROINFO
4
; Capacitação em EAD (60hs). 
Com o intuito de desenvolver uma educação de qualidade na modalidade a distância, 
criou-se o Núcleo de Tecnologias Educacionais e Educação a Distância- NTEAD, que 
atualmente tem o status de Diretoria de Educação a Distância – DEAD diretamente ligada a 
Pro Reitoria de Ensino. Posteriormente, devido à consolidação da Universidade Aberta do 
Brasil (UAB) no IFCE, com a oferta dos cursos de Tecnologia em Hotelaria e Licenciatura 
em Matemática em polos do interior do estado, fez-se necessário que o NTEAD/DEAD do 
IFCE, que já abrigava projetos e programas de TICs na Instituição, se reformulasse com a 
finalidade de atingir os objetivos de preparação e implementação dos cursos à distância da 
UAB. Para tal, foi criada um sistema de gestão, infra-estrutura e formação de equipe 
multidisciplinar de preparação e implementação dos cursos. 
O modelo de Gestão Sistêmica foi o sistema de gestão escolhido para a DEAD do 
IFCE, este modelo considera e envolve, de forma articulada e ritmada, todas as áreas de uma 
organização buscando assegurar o cumprimento de prazos, manutenção da qualidade e 
equilíbrio de ações. O supramencionado sistema de gestão compreende cinco grandes pilares 
que são: institucional, pedagógico, tecnológico, administrativo financeiro e recursos humanos. 
No subsistema institucional, reúne-se os instrumentos que auxiliam a administração 
tendo por finalidade fixar a razão de ser do empreendimento de acordo com as crenças, 
valores, convicções e expectativas dos empreendedores. Além de, definir a identidade da 
instituição, caracterizando as finalidades internas e externas que ela se propõe atender. 
No subsistema pedagógico, procura-se um conjunto coerente de escolhas de pontos de 
vistas, de orientações metodológicas, de representações, de conceitos, de transposição didática 
 
4
Ambiente Colaborativo de Aprendizagem que utiliza a Tecnologia Internet e permite a concepção, 
administração e desenvolvimento de diversos tipos de ações. 
 12 
de materiais e de princípios de ações que definem o ângulo da abordagem centrada no aluno. 
Para, assim, adequar a abordagem de conhecimentos de uma forma que busque prender a 
atenção do aluno, oferecendo ao mesmo a condição de estudar e de desenvolver a sua 
autonomia, através de recursos incorporados ao material impresso e digital. 
O subsistema tecnológico é constituído por instrumentos, os quais dão suporte à 
administração e que agem de uma forma catalisadora na obtenção de dados para o alcance de 
informações que auxiliam na tomadas de decisões para o alcance dos resultados institucionais, 
no que diz respeito à orientação, organização, coordenação e ao controle das atividades de 
forma a assegurar que estas atividades sejam dirigidas às finalidades, agregando ainda, 
valores importantes para a sustentabilidade do sistema de gestão em EAD. 
No âmbito do subsistema Administrativo Financeiro, visa o apoio à execução e 
fiscalização dos gastos com as ações inerentes à Educação a Distância, para que se possa, de 
uma forma eficiente e eficaz, aliar custo e benefício para o alcance de metas e objetivos pré-
estabelecidos no planejamento estratégico institucional. 
Quanto ao subsistema de Recursos Humanos podemos destacar que é constituído por 
um conjunto de colaboradores capacitados que executam tarefas inerentes ao modelo de 
Educação a Distância adotado pelo o IFCE. 
Após essa panorâmica do desenho institucional da EAD no IFCE, passamos a falar de 
um dos cursos por ele ofertados no âmbito dessa modalidade. Em 2007, a instituição se 
propôs a oferecer, via UAB, o curso de graduação de Licenciatura em Matemática na 
modalidade a distância visando atender a uma demanda reprimida e crescente de pessoas que 
não têm acesso a cursos presenciais superiores nesta e em outras áreas pelos motivos 
clássicos: alunos que não puderam ter acesso ao ensino superior , não há Instituições de 
Ensino Superior nas localidades que habitam, custo alto para cursar faculdade em outra cidade 
ou centro urbano, alunos que têm que conciliar trabalho e estudo, questões relacionadas a 
dificuldades de deslocamento (acessibilidade), tempo, entre outras razões que justificam a 
implementação de cursos na modalidade a distância. 
 
 
 
 
 13 
O Curso de Licenciatura em Matemática a distância do IFCE 
 
O Curso de Licenciatura em Matemática juntamente com o Curso de Tecnologia em 
Hospedagem na modalidade a distância começou a ser implementado e acompanhado, via 
UAB, em 2007, com a oferta do 1º e 2º semestres, possibilitando o ingresso de 400 alunos nos 
referidos cursos em diversos municípios do estado do Ceará, sendo que, em 2008, este 
número chegou a ser de 575 alunos. Em 2009, se possibilitou o acesso a 510 alunos, 
distribuídos em 13 municípios. Já em 2010 o número de vagas ofertadas foi de 590 para os 
dois cursos superiores. 
Atualmente, o IFCE atende com o curso de Licenciatura em Matemática doze polos 
distribuídos nos municípios do interior do Estado do Ceará, a saber: Meruoca, Ubajara, 
Limoeiro do Norte, Quixeramobim, Campos Sales, Tauá, Orós, Camocim, Acaraú, Jaguaribe, 
São Gonçalo e Itapipoca. Estes polos contam com um espaço físico que geralmente possuem: 
salas de aulas, sala de tutoria, secretaria, sala de videoconferência ou web conferência, sala de 
coordenação e laboratório de informática com conexão em Internet viabilizando a 
participação dos alunos nos trabalhos do curso, ou seja, no acesso às aulas e atividades que 
envolvem a sua acessibilidade a partir das ferramentas pedagógicas em chats e fóruns, 
atividades realizadas via ambiente virtual de aprendizagem. 
O Curso de Licenciatura em Matemática na modalidade a distância, conforme consta 
no Projeto Político Pedagógico (PPP) do referido curso, foi formulado dentro de um contexto 
histórico e social, que demanda, cada vez mais, de docentes que sejam atualizados e 
comprometidos com o processo incessante de reconstrução do saber, tendo por finalidade de 
formar profissionais licenciados emmatemática para atuação na educação básica, respeitando 
as diversidades culturais e sociais presentes no estado, por meio da pesquisa, da reflexão 
teórica e prática e da autonomia do sujeito em formação, considerando o seu crescimento 
formativo e participativo com o artifício de igualdade e democracia. 
Desta forma, conforme consta no PPP, o licenciado em matemática deve ser capaz de: 
 compreender a ciência como atividade humana contextualizada e como elemento de 
interpretação e intervenção no mundo; 
 entender a relação entre o desenvolvimento de Ciências Naturais e o desenvolvimento 
tecnológico e associar as diferentes tecnologias à solução de problemas; 
 entender e aplicar métodos teóricos/computacionais e procedimentos próprios das 
Ciências Naturais predominantemente nas ciências da matemática e da física; 
 14 
 elaborar projetos para o Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) e para o Ensino Médio 
concatenados com os novos parâmetros curriculares nacionais e com a práxis educativa; 
 entender o papel social da escola na sociedade vigente e suas contradições; 
 fazer uso de recursos da tecnologia de informação e da comunicação de forma a 
potencializar as possibilidades de aprendizagens dos alunos; 
 manejar diferentes estratégias de comunicação dos conteúdos, sabendo eleger as mais 
adequadas, considerando a diversidade dos alunos, os objetivos das atividades propostas e as 
características dos próprios conteúdos; 
 intervir nas situações educativas com sensibilidade, acolhimento e afirmação 
responsável de sua autoridade; 
 identificar, analisar e produzir materiais e recursos para utilização didática, 
diversificando as possíveis atividades e potencializando seu uso em diferentes situações; 
 utilizar estratégias diversificadas de avaliação da aprendizagem e, a partir de seus 
resultados, formular propostas de intervenção pedagógica, considerando o desenvolvimento 
de diferentes capacidades dos alunos; 
 pautar sua conduta profissional por critérios humanísticos e de rigor científico, assim 
como por referenciais éticos e legais sempre com a visão e perspectiva de seu importante 
papel social como educador;e 
 produzir textos para relatar experiências, formular dúvidas ou apresentar conclusões, 
inclusive realizar análises críticas e teóricas de livros disponíveis no mercado de trabalho. 
Para tornar os egressos capacitados a realizar todas as atividades supracitadas optou-
se, para o curso, pelo o ambiente virtual de aprendizagem, o Moodle (Modular Object-
Oriented Dynamic LearningEnvironment). Esse ambiente viabiliza a troca de informações e 
experiências entre educando e educador, além da interatividade entre alunos. Trata-se, 
também, de um ambiente de simples uso, além de várias experiências práticas anteriores 
demonstrarem sua adequabilidade às necessidades didáticas, de comunicação e gestão do 
curso, bem como ao perfil de um público-alvo com diferentes níveis de experiência no uso da 
Internet. 
Além de ter uma matriz curricular que contempla a integração multidisciplinar, 
conforme podemos observar a seguir, vale ressaltar o caráter flexível, a articulação dos 
conteúdos, experiências interdisciplinares, a fim de não fragmentar a formação, assegurando a 
indispensável preparação profissional dos futuros professores. 
 15 
 
Figura 1 – Matriz Curricular do curso de Licenciatura em Matemática na modalidade a distância do IFCE. 
 16 
Serão apresentados, a seguir, os dados referentes à pesquisa realizada com o objetivo 
de quantificar a evasão escolar do Curso de Licenciatura em Matemática do IFCE na 
modalidade a distância, e, posteriormente, comparar os dados do mesmo curso na modalidade 
presencial do campus Fortaleza. 
 
Apresentação e Análise dos dados 
 
A pesquisa foi realizada no período compreendido entre junho e setembro de 2012. O 
objetivo da mesma foi identificar o percentual de evasão da turma do primeiro semestres do 
ano de 2007 do Curso Superior de Licenciatura em Matemática na modalidade a distância do 
IFCE. 
Trata-se de um estudo de caso, além de uma pesquisa documental. Para a obtenção dos 
dados foram analisados relatórios e quadros estatísticos fornecidos pelo o sistema eletrônico 
utilizado pela a referida instituição, o acesso ao sistema foi realizado por intermédio de 
funcionários da instituição. 
Enfatizo que foi analisada a evasão da turma, sendo considerado como aluno evadido 
aquele que começa o curso e em algum momento desiste e ao retornar ao curso não é 
contabilizado como evadido. 
Pode-se observar os dados fornecidos pela a coordenação do curso nas tabelas abaixo 
Tabela 1 – Quantidade de alunos matriculados a turma de 2007.1 do Curso de Licenciatura em 
Matemática modalidade a distância por semestre. 
Polos 
Quantidade de alunos 
2008.1 2008.2 2009.2 2010.1 2010.2 2011.1 2011.2 
Quixeramobim 60 60 49 46 41 36 35 
Limoeiro do Norte 50 50 43 32 29 28 25 
Ubajara 30 30 23 21 16 15 15 
Meruoca 50 50 32 28 24 24 24 
Fonte: IFCe, Campus Juazeiro do Norte, Coordenação de Controle Acadêmico (CCA). 
Nota: Em 2010.2 houve o reingresso de 01 aluno no polo de Meruoca. 
Tabela 2 – Quantidade de alunos evadidos por semestre da turma de 2007.1 do Curso de 
Licenciatura em Matemática modalidade a distância por semestre. 
Polos 
Quantidade de alunos 
2008.1 2008.2 2009.2 2010.1 2010.2 2011.1 2011.2 
Quixeramobim 0 0 11 03 05 05 01 
Limoeiro do Norte 0 0 07 11 03 01 03 
Ubajara 0 0 07 02 05 01 0 
Meruoca 0 0 18 04 05 0 0 
Fonte: IFCe, Campus Juazeiro do Norte, Coordenação de Controle Acadêmico (CCA). 
Nota: Em 2010.2 houve o reingresso de 01 aluno no polo de Meruoca. 
 17 
Tabela 3 – Quantidade de alunos concludentes da turma de 2007.1 de Licenciatura em 
Matemática modalidade a distancia em 2011.2. 
Polos Quantidade de alunos 
Quixeramobim 28 
Limoeiro do Norte 18 
Ubajara 07 
Meruoca 11 
Total 64 
Fonte: IFCe, Campus Juazeiro do Norte, Coordenação de Controle Acadêmico (CCA). 
Antes da análise dos dados temos que destacar que a turma analisada teve seu ingresso 
mediante vestibular realizado em 2007.1, porém o primeiro semestre letivo foi registrado no 
sistema acadêmico somente em 2008.1. Além disso, podemos perceber que o semestre de 
2009.1 está suprimido, isso ocorreu devido à prolongação do semestre de 2008.2. 
Observando os dados apresentados, observamos que em 2008.1 havia 190 acadêmicos 
distribuídos entre os quatro polos, sendo que 60 alunos (aproximadamente 31,58%) 
ingressaram no polo de Quixeramobim, 50 (26,32%) nos polos de Limoeiro do Norte e 
Meruoca e 30 (15,78%) no polo de Ubajara. O mesmo número se repete no semestre de 
2008.2, ressaltando que este semestre foi estendido, suprimindo, assim, o semestre de 2009.1. 
No semestre de 2009.2 o número de matriculas diminui para 147, uma redução de 43 
alunos (aproximadamente 22,63%). Dos evadidos 11 alunos (aproximadamente 5,79%) são 
do polo de Quixeramobim, 07 (3,68%) dos polos de Limoeiro do Norte e Ubajara, e 18 
(9,48%) do polo de Meruoca. 
Em 2010.1 houve a evasão de mais 20 alunos, totalizando 63 alunos evadidos, o que 
representa uma redução de aproximadamente 33,16% em relação à turma inicial, sendo que 
14 alunos (cerca de 7,37%) são do polo de Quixeramobim, 18 (9,47%) do polo de Limoeiro 
do Norte, 9 (4,74%) do polo de Ubajara e 04 (11,58%) do polo de Meruoca. 
Em 2010.2 mais 18 alunos desistiram e houve o reingresso de 01 aluno no polo de 
Meruoca. Logo no total houve a evasão de 80 alunos em relação à turma ingressante, 
reduzindo a turma em aproximadamente 42,1%, sendo que 19 alunos (cerca de 10%) 
desistentes são do polo de Quixeramobim, 21 (11,05%) do polo de Limoeiro do Norte, 14 
(7,37%) do polo de Ubajara e 26 (13,68%) do polo de Meruoca. 
Em 2011.1 houve a evasão de mais 07 alunos, totalizando 87 alunos evadidos da 
turma, o que representa um percentual de evasão de aproximadamente 45,78% da referida 
turma. Desse valor, aproximadamente 12,63%(24 alunos) correspondem ao percentual de 
evasão do polo de Quixeramobim, 11,58% (22 alunos) do polo de Limoeiro do Norte, 7,89% 
(15 alunos) do polo de Ubajara e 13,68% (26 alunos) do polo de Meruoca. 
 18 
No último semestre (2011.2) a turma obteve uma redução de mais 04 alunos em 
relação ao semestre anterior, fazendo com que o total de alunos evadidos passasse para 91, 
apresentando um percentual de evasão de aproximadamente 47,89%, do qual 13,16% 
(correspondente a 25 alunos) representam o percentual de evadidos do polo de Quixeramobim 
e de Limoeiro do Norte, 7,89% (15 alunos) o percentual do polo de Ubajara e 13,68% (26 
alunos) o percentual de evadidos do polo de Meruoca. Apesar de 2011.2 ser o semestre 
preestabelecido para a conclusão dos ingressantes em 2007.1, apenas 64 alunos, ou seja, 
aproximadamente 33,68%, concluíram o curso nesse semestre, no entanto, os alunos 
remanescentes podem ter se evadido ou concluído o curso em outros semestres. 
 
Figura 2 - Evasão da Turma de 2007.1do curso de Licenciatura em Matemática na modalidade a distância do 
IFCE por semestre. 
Quanto aos índices de evasão por polo temos que Quixeramobim apresentou 
percentual de aproximadamente 41,67%. Dentro desse valor, 18,33% está relacionado com o 
semestre de 2009.2, a quantidade de 5,01% é a relativa ao semestre de 2010.1, a de 8,33% 
relacionado aos semestres de 2010.2 e 2011.1, pois ambos tiveram o mesmo número de 
alunos evadidos, e apenas 1,67% no semestre de 2011.2. A quantidade de concludentes em 
2011.2 neste polo foi de 28 alunos, ou seja, 46,67%. 
O polo de Limoeiro do Norte apresentou 50% de evasão, do qual 14% correspondem 
ao percentual de alunos evadidos no semestre de 2009.2, 22% no semestre de 2010.1, 6% em 
2010.2 e 2011.2 e 2% em 2011.1. Os concludentes neste polo em 2011.2 representam 36%. 
O polo de Ubajara, também, apresentou 50% de evasão, sendo que dentro desse valor, 
o valor de 23,33% é o percentual que representa a evasão no semestre de 2009.2; 6,67% em 
18,42%
33,68%
0,00%0,00%
22,63%
10,53%
8,95%
3,68%
2,11%
EVASÃO DA TURMA DE 2007.1 DO CURSO DE 
LICENCIATURA EM MATEMÁTICA NA MODALIDADE A 
DISTÂNCIA DO IFCE
Remanescentes
Concludentes em 2011.2
Evadidos em 2008.2
Evadidos em 2009.1
Evadidos em 2009.2
Evadidos em 2010.1
Evadidos em 2010.2
Evadidos em 2011.1
Evadidos em 2011.2
 19 
2010.1; 16,67% em 2010.2; 3,33% em 2011.1; em 2011.2 não houve desistente. A 
porcentagem de concludentes em 2011.2 foi de 23,33%. 
Em relação ao polo de Meruoca, a taxa de 52% é que representa o índice de evasão, 
sendo 36% o índice de evasão relacionado ao semestre de 2009.2; 8% representa o percentual 
de evasão tanto do semestre de 2010.1 quanto do 2010.2, ressalto que em 2010.2 houve o 
reingresso de 01 aluno; em 2011.1 e 2011.2 não houve nenhum desistente. Dentre os polos 
que ofereceram o curso este foi o polo que apresentou a menor quantidade de concludentes 
em 2011.2, apenas 14%. 
 
Figura 3 - Evasão da Turma de 2007.1do curso de Licenciatura em Matemática na modalidade a distância do 
IFCE por polo. 
Para realizarmos uma pesquisa mais consistente, faz-se necessário um comparativo 
entre o ensino presencial e a distância (semi-presencial), portanto, a seguir, serão apresentados 
os dados da turma do primeiro semestre do ano de 2008 do Curso de Licenciatura em 
Matemática do Campus Fortaleza na modalidade presencial do IFCE. Os dados que compõem 
as tabelas abaixo nos foram fornecidos pela Coordenação de Controle Acadêmico (CCA) 
Campus Fortaleza. 
Tabela 4 – Quantidade de alunos matriculados da turma de 2008.1 do Curso de Licenciatura em 
Matemática Campus Fortaleza por semestre. 
Semestre Quantidade de alunos 
2008.1 38 
2008.2 27 
2009.1 26 
2009.2 24 
2010.1 20 
2010.2 20 
2011.1 20 
2011.2 19 
Fonte: IFCe, Campus Fortaleza, Coordenação de Controle Acadêmico (CCA). 
Nota: Houve um reingresso em 2011.1. 
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
2008.1 2008.2 2009.2 2010.1 2010.2 2011.1 2011.2
EVASÃO DA TURMA DE 2007.1 DO CURSO DE LICENCIATURA 
EM MATEMÁTICA NA MODALIDADE A DISTÂNCIA DO IFCE 
POR POLO
QUIXERAMOBIM
LIMOEIRO DO 
NORTE
UBAJARA
MERUOCA
 20 
Tabela 5 – Quantidade de alunos evadidos da turma de 2008.1 do Curso de Licenciatura em 
Matemática Campus Fortaleza por semestre. 
Semestre Quantidade de alunos 
2008.1 0 
2008.2 11 
2009.1 01 
2009.2 02 
2010.1 04 
2010.2 0 
2011.1 01 
2011.2 01 
Fonte: IFCe, Campus Fortaleza, Coordenação de Controle Acadêmico (CCA). 
Nota: Houve um cancelamento de matrícula em 2009.2 e um reingresso em 2011.1. 
Podemos perceber que a turma iniciou, em 2008.1, com 38 alunos, porém no segundo 
semestre, em 2008.2, houve a evasão de 11 alunos o que representa um percentual de 
aproximadamente 28,95%. Em 2009.1, terceiro semestre, houve a evasão de mais 01 aluno, 
fazendo aumentar a porcentagem de evasão para 31,58%. Em 2009.2, quarto semestre, houve 
a evasão de mais 02 alunos, sendo que 01 cancelou a matricula, isso faz com que a evasão da 
turma passasse para 36,84%. Em 2010.1, houve a evasão de mais 04 alunos, e a porcentagem 
ficou em 47,37%, essa porcentagem não se modificou em 2010.2 e em 2011.1, ressalto que 
em 2011.1 houve a evasão de 01 aluno, porém houve, também, o reingresso de 01 aluno. Em 
2011.2, último semestre da turma, o que fez a porcentagem de evasão da turma atingir 50%. 
Informo que da referida turma apenas 01 aluno concluiu o curso em 2011.2, o que representa 
2,63% dos ingressantes, enfatizo, também, que os remanescentes podem ter se evadido ou 
concluído o curso em outros semestres. 
 
Figura 3 - Evasão da Turma de 2008.1do curso de Licenciatura em Matemática na modalidade a presencial do 
campus Fortaleza do IFCE. 
47,37%
2,63%
28,95%
2,63%
5,26% 10,53%
0,00%
0,00% 2,63%
EVASÃO DA TURMA DE 2008.1DO CURSO DE 
LICENCIATURA EM MATEMÁTICA NA MODALIDADE 
PRESENCIAL CAMPUS FORTALEZA DO IFCE
Remanescentes
Concludentes em 2011.2
Evadidos em 2008.2
Evadidos em 2009.1
Evadidos em 2009.2
Evadidos em 2010.1
Evadidos em 2010.2
Evadidos em 2011.1
Evadidos em 2011.2
 21 
 
Analisando os dados apresentados podemos perceber que da turma do primeiro 
semestre do ano de 2007 do curso de Licenciatura em Matemática do IFCE na modalidade a 
distância analisada 47,89% dos alunos evadiram-se do curso. O semestre que apresentou o 
maior percentual de evasão foi o semestre 2009.2 com aproximadamente 22,63% e o menor, 
excluindo os semestres de 2008.1 e 2008.2 que não apresentaram nenhum percentual, foi o 
semestre 2011.2 com aproximadamente 2,11% de taxa de evasão. Dentre os polos que 
atenderam a turma analisada o que apresentou o maior percentual de evasão foi o polo de 
Meruoca, com 52%, e o menor foi o polo de Quixeramobim, com aproximadamente 41,67%, 
porém os dois polos apresentam índices elevados. 
Quanto à analise dos dados da turma do primeiro semestre do ano de 2008 do mesmo 
curso do campus Fortaleza na modalidade presencial, 50% dos matriculados evadiram-se do 
curso, sendo que o segundo semestre (2008.2) apresentou o maior índice de evasão, 28,95% 
dos matriculados, e o que apresentou a menor taxa foram os semestres de 2010.2 e o de 
2011.1, ambos não apresentaram alunos evadidos. 
Além disso, quando comparamos a evasão da turma da modalidade a distância com a 
presencial concluímos que os índices são equiparáveis, ambas apresentando taxas 
equivalentes a 50%, sendo esta taxa considerada elevada, porém o índice de concluintes da 
turma da modalidade a distância em 2011.2, representado por 33,68%, é maior que o índice da 
turma da modalidade presencial, representado por 2,63%. A diferença exorbitante em relação 
aos índices de concludentes, faz com que ocorra, também, diferença considerável entre a taxa 
de remanescentes da turma na modalidade a distância, que é de 18,2%, em relação a taxa 
apresentada pela turma na modalidade presencial, que é de 47,37%. 
 22 
 
Figura 4 – Quadro comparativoda turma de 2008.1 do curso de Licenciatura em Matemática do IFCEna 
modalidade a distância e modalidade presencial do campus Fortaleza. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
0% 10% 20% 30% 40% 50%
Total Evadidos
Remanescentes
Concludentes em 2011.2
Evasão em 2008.2
Evasão em 2009.1
Evasão em 2009.2
Evasão em 2010.1
Evasão em 2010.2
Evasão em 2011.1
Evasão em 2011.2
PERCENTUAL
LICENCIATURA EM MATEMÁTICA TURMA 2008.1
Educação a Distância
Presencial campus Fortaleza
 23 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Com a presente pesquisa foi possível perceber que a EAD esta se expandindo, dando, 
assim, oportunidade a uma população que, antigamente, encontrava obstáculos para se 
aperfeiçoar. Porém os números relativos aos índices de evasão não são favoráveis, pois 
proporcionalmente ao crescimento de matrículas nessa modalidade cresce, também, a 
quantidade de alunos evadidos. 
O percentual de evasão de alunos das analisadas turmas quando comparados não se 
tornam tão discrepantes, sendo equiparáveis a 50% dos matriculados, logo, ao contrário do 
que se pensa, a evasão na modalidade a distância, em alguns cursos, não é maior do que na 
modalidade presencial, são praticamente as mesmas. Porém, a porcentagem de concludentes 
no ensino a distância, representada por 33,68%, é superior a apresentada pela a turma do 
ensino presencial, representada por 2,63%, o que faz com que ocorra, também, discrepância 
entre as taxas de remanescentes. 
Não obstante, a presente pesquisa não é suficiente para diagnosticar a evasão no curso, 
uma vez que não apresenta os motivos e as possíveis formas de contenção. Sendo, portanto, 
necessário a realização de novas pesquisas, a fim de apresentarmos medidas eficazes para 
reduzir o percentual apresentado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 24 
REFERÊNCIAS 
 
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<http://repositorio.bce.unb.br/bitstream/10482/3912/1/2007_OniliaCristinadeSouzadeAlmeid
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nacional.Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-
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BRASIL. Decreto n
o
 2.494, de 10 de fevereiro de 1998. Regulamenta o art. 80 da Lei nº 
9.394, de 20 de dezembro de 1996, e dá outras providências. Revogado pelo Decreto nº 5.622, 
de 2005. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2494.htm>. Acesso 
em: 03 fev. 2012. 
 
BRASIL. Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da 
educação nacional. Disponível em: 
<http://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaTextoIntegral.action?id=75723>. Acesso em: 03 
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INEP, Resumo Técnico – Censo da Educação Superior 2010. Disponível em:< 
http://download.inep.gov.br/educacao_superior/censo_superior/resumo_tecnico/resumo_tecni
co_censo_educacao_superior_2010.pdf>. Acesso em: 03 fev. 2012. 
 
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ. 
Projeto Político Pedagógico do curso de Licenciatura em Matemática modalidade de 
Educação a Distância. Juazeiro do Norte,CE, 2010. 
 
INSTITUTO MONITOR. Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a 
Distância: 2008. Disponível em: < http://www.abraead.com.br/anuario/anuario_2008.pdf>. 
Acesso em: 03 fev. 2012. 
 
LEMGRUBER, M. Silveira. Educação a Distância: para além dos caixas eletrônicos. 
Disponível em: 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/DEC%202.494-1998?OpenDocument
 25 
<http://portal.mec.gov.br/arquivos/conferencia/documentos/marcio_lemgruber.pdf>. Acesso 
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LOBO NETO, F.J. Silveira (org). Educação a Distância: Referências e trajetórias. Rio de 
Janeiro: Editora Plano, 2001. 
 
LOBO NETO, F.J. Silveira. Educação a Distância: Regulamentação e Realização. Boletim 
Técnico do SENAC, v.28, n.2, mai-ago 2002, pág 44-55. Disponível em: 
<http://www.senac.br/BTS/282/boltec282e.htm>. Acesso em: 31 jan. 2012. 
 
MAIA, Carmen; MATTAR, João. ABC da EAD: Educação a distância hoje. São Paulo: 
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MORAN, J. Manuel. O que é educação a distância. Disponível em: 
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RUMBLE, Greville. A Gestão dos Sistemas de Ensino a Distância. Brasília, DF: Editora 
Universidade de Brasília: Unesco, 2003.

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